FRUTOS DA FLORESTA AMAZÔNICA. PARTE I:

Marc G. M. VAN ROOSMALEN1, Maria del Pilar Diaz BARDALES2, Olímpia Maria da Cruz Gomes GARCIA1

RESUMO — Descrições e desenhos de frutos e sementes das espécies da família Myristicaceae, na Amazônia legal, são apresentadas, juntamente com informações adicionais sobre o hábito, habitat, distribuição geográfica e dispersão de sementes de cada espécie. O presente trabalho consta de um glossário visualizado, dos termos botânicos amplamente utilizados. Palavras-chave: Amazônia; Myristicaceae; frutos; morfologia; ecologia; dispersão de sementes; glossário de inflorescências, folhas, e frutos. Fruits of the Amazonian Forest. Part I: Myristicaceae. ABSTRACT — Descriptions and line drawings of fruits and seeds from woody of the family Myristicaceae occuring in Amazon, and their habitat, distribution and seed dispersal. Including a visualised glossary of widely used botanical terms. Key words: Amazon; Myristicaceae; fruits; morphology; ecology; seed dispersal; glossary for inflorescences, leaves and fruits.

INTRODUÇÃO preferido. O tipo de dispersão de sementes, no caso de zoocoria, quais animais nela Este é o primeiro de uma série de envolvidos. A predação de sementes e quais artigos onde pretende-se descrever e animais envolvidos. Características gerais visualisar os frutos de plantas lenhosas sobre folhas e inflorescências, foram ocorrentes na Amazônia. Estimamos que incluídas para auxiliar, quando necessário, na Amazônia legal encontra-se, no a identificação dos frutos. mínimo, 10.000 espécies de árvores, Em anexo, o trabalho consta de um arbustos, cipós e hemiepífitas, cinco glossário visualisado com os principais tipos vezes superior aquelas tratadas no livro de inflorescências, folhas (arranjos, margens, "Fruits of the Guianan Flora", publicado ápices, bases, superfícies, revestimentos e por Van Roosmalen em 1985. formas), e frutos (formas e tipos), que Famílias recém revisadas, sem podem auxiliar a compreensão deste e dos problemas taxonômicos, serão as mais artigos seguintes. utilizadas. A série começa com a família Myristicaceae, revisada por Dr. William MATERIAL E MÉTODOS A. Rodrigues, seguidas por Sapotaceae, Lecythidaceae, Annonaceae, Clusiaceae, As descrições e os desenhos dos Combretaceae, Convolvulaceae e outras, frutos e sementes foram baseados em objetivando reunir cerca de 110 famílias. material herborizado, de herbários Cada tratamento consta de descrições nacionais e estrangeiros, principalmente, do elaboradas dos frutos e sementes, Instituto Nacional de Pesquisas da complementadas com informações sobre a Amazônia (INPA), Manaus, da distribuição geográfica, hábito e habitat Universidade de Utrecht, Holanda, e da

1 Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, Estrada Cosmc Ferreira, 1756 - Alcixo - Manaus - AM

2 Yavari 416 - Iquitos, Pcrú

ACTA AMAZONICA 26(4): 209-264.1996. Universidade de Paramaribo, Suriname, com. pess. = comunicação pessoal a maioria das cxsicatas sendo CP. = Carlos Peres, primatólogo, que identificadas por o especialista da família, pesquisava as comunidades de primatas nas Dr. William A Rodrigues, além de mate­ áreas dos rios Urucu e Juruá, Amazonas. rial fresco, coletado e preservado na E.F. = Edson da Rocha Frazão, carpoteca do INPA. que pesquisou o comportamento As principais áreas de coletas alimentar do macaco cuxiú (Chiropotes próximas a Manaus foram: Rio Tarumã, satanas chiropotes) na área do projeto Arquipélago de Anavilhanas, Ilha de WWF/INPA. Marchantaria, reservas do projeto WWF/ E.S. = Eleonore Zulnara Freire INPA (ZF-2, 80 km ao norte de Manaus), Setz, que pesquisou o comportamento Reserva Florestal Ducke (AM-10, km 25), alimentar do macaco parauacu (Pithecia e Reserva do rio Cuieiras (Br-174, km 33- pithecia chrysocephala) na área do 37). As áreas mais distantes foram as dos projeto WWF/INPA. rios Tefé, Urucu (RUC-2, Petrobrás), INPA = Instituto Nacional de Juruá, Negro, Jauapcrí, Cauaburi (Parque Pesquisas da Amazônia. Nacional do Pico da Neblina), Abacaxi e J.P.B. = Jean-Philippe Boubli, que Maués. Os desenhos, quando possível, fo­ pesquisou o comportamento alimentar do ram feitos de frutos frescos ou preservados macaco uacarí-preto (Cacajao m. em AFA, álcool a 70%, formol a 10%, ou melanocephalus) no Parque Nacional do glícerol a 50%. Pico da Neblina, Amazonas. Informações complementares e MvR = Marcus G.M. Van outros dados de campo foram incluídos no Roosmalen, pesquisador do INPA, que trabalho, após anos de pesquisas sobre a pesquisou os frutos, a ecologia de ecologia de primatas e outros vertebrados, primatas, e as relações entre plantas e realizados pelo primeiro autor no Suriname animais no Suriname, Guiana Francesa, ( 1976-1979), Guiana Francesa ( 1983-1985) e Brasil e no Brasil (de 1987 até a presente data). S.E. = Silvia G. Egler, que pesquisou Todas as ilustrações de frutos e a ecologia do macaco sauím-de-coleira sementes foram desenhadas em tamanho (Saguinus b. bicolor) numa área próxima natural, 1:1. de Manaus, e no rio Cuieiras, Amazonas. No Apêndice estão ilustrações s/n - sem número explicando as terminologias usadas nas T.R.D. = Thomas R. Defler, caracterizações. primatólogo, que pesquisou a ecologia de As descrições das espécies seguem primatas do rio Apaporis Colombia a ordem alfabética dos nomes dos taxa. W.S. = Wilson Spironelo, que Toda coleção examinada e estudada, no pesquisou o comportamento alimentar do Brasil, encontra-se citada no final de cada macaco prego (Cebus a. apella) na área do descrição, incluindo as informações projeto WWF/INPA, Amazonas. adicionais. WWF = World Wildlife Fund/ O trabalho consta de seguintes Fundação Mundial da Conservação da abreviações: Natureza. Z.F. = Zona Franca. ligeiramente onduladas e às vezes recurvadas estreitamente nas margens, Tratamento sistemático pecioladas. Inflorescências 1-2 nas axilas das MYRISTICACEAE folhas ou sobre ramos desfolhados, Folhas alternas, simples, inteiras, racemosa, fasciculada racemosa ou peninérveas, às vezes coriáceas, estritamente paniculada, brácteas caducas, pecioladas, estipulas ausentes. bracteolas ausentes, flores dióicas, Inflorescência cimosa ou racemosa, pediceladas; flores masculinas 3-25 por paniculada ou umbelada; flores fascículo, tépalas parcialmente unidas, mais unissexuais, monóicas às vezes no gênero ou menos carnosas, 3 ou raramente 4-5- lryanthera ou dióicas, pequenas, em lobadas, anteras 4-10, compridas; flores racemos axilares ou terminais, às vezes femininas 1-8 por fascículo, tépalas fasciculadas ao final ou ao longo das parcialmente unidas, ovàrio unicarpelar, ramificações, apétalas; cálice cupulado ou subgloboso ou elipsóide, estigma sub-séssil, campanulado, 2-3 (-5)-lobado, lobos bilobado. Fruto uma cápsula elipsóide, valvados; flores masculinas 2-30, anteras 3 glabra, deiscente em duas valvas, lisa ou ou mais, extrorsas dorsalmente adnadas a obscuramente carenada, pedicelada; uma coluna central estaminal; flores pericarpo tènue, cartàceo, ás vezes lenhoso, femininas, ovàrio supero, 1 -locular, com um arilo essencialmente inteiro ou óvulo basal anátropo, estilete curto, estigma diminutamente laciniado no ápice; semente sub-séssil forma de disco lobado. Fruto uma elipsóide, testa delgada, lisa, geralmente cápsula, às vezes polposo, lenhoso, irregularmente manchada de preto ou geralmente deiscente ao longo de duas purpuráceo, ás vezes sem essas manches, suturas ventrais e dorsais; 1 semente, endosperma não ruminado. revestido por um atilo delgado ou polposo, Hábito: Arvores ou arbustos, inteiro ou laciniado, arilo freqüentemente pequenos, dióicos, freqüentemente com vermelho, rico em lipídeos, semente com seiva vermelha. abundante óleo; endosperma às vezes Dispersão: Os frutos são comidos por ruminado, aromàtico. frugívoros especialistas, principalmente Hábito: Arbustos ou árvores, pássaros (SNOW, 1981) e macacos. comumente exudando uma seiva, quando 1.1. Compsoneura capiteüata (A. DC.) cortado, de cor vermelha transparente. Warb. PI. 1, fig. 1 Dispersão: Endozoocórica, por frugívoros especializados como Pedicelo de fruto 0,4-0,5 cm de macacos-aranha {Ateies belzebuth, comprimento. Cápsula elipsóide, com Ateies paniscus) (VAN menor freqüência globosa, 4,3-6,8 χ 3,9- ROOSMALEN, 1985), tucanos e 4,8 cm, glabra, madura verde a amarelo cotingas (VAN DER PIJL, 1982; escura, ápice arredondado, às vezes Mc KEY, 1975). ligeiramente sulcado, estipitado, base arredondada, sutura longitudinal 1. Compsoneura Warb. apresentando sempre uma quilha longitudi­ Folhas alternas, glabras, inteiras ou nal unilateral; pericarpo abrindo-se de um lado, espesso, carnoso quando fresco, duro, fig-3 lenhoso quando seco, 0,4 cm de espessura, Infrutescência 5,2-6,0 cm de arilo delgado; semente 2,74,3 χ 3,0-3,2 cm, comprimento, pedúnculo 0,5-1,8 cm de testa dura de cor marrom, sem máculas, comprimento, 1-2 frutos maduros por endosperma não ruminado. infrutescência,pedicelados; pedicelo Hábito e habitat: Arbusto ou árvore delgado, 0,4-0,8 cm de comprimento, até 28 m; mata de terra firme. distalmente dilatado, 3 sépalas persistentes Distribuição: Brasil (Amazonas), até ao fruto. Cápsula elipsóide, 1,9-2,4 χ 1,0- Colômbia, Equador, Peru. 1,1 cm, imatura verde, madura amarela Material examinado: Huashicat 1025/ pálida, obtusa ou dirninutamente apiculada INPA 99810; Schunke 4596/INPA 105810; no ápice, dirninutamente estipitada na base, Gentry et al. 40364/ΓΝΡΑ 114305; Neill estipe ca. de 0,1-0,2 cm de comprimento, 7150/INPA 147966; Vásquez et al. 5164/ sutura longitudinal impressa; pericarpo ΓΝΡΑ 147967; Gentry et al. 48000/INPA delgado e frágil, arilo branco; semente 148581 ; Gentry et al 48435ΛΝΡΑ 148582; elipsóide e com manchas. Gentry et al. 53694/ΊΝΡΑ 149922. Hábito e habitat: Arbusto ou árvore 1.2. Compsoneura debitis (A. DC.) até 8 m; mata de terra firme, em solo argilo- Warb. PI. 1, fig. 2 arenoso, encontrando-se também na Infrutescência 3,4-4,5 cm de campina e capoeira alta, em solo argiloso comprimento, pedúnculo 0,5-1,9 cm de sujeito à inundação temporária. comprimento, 2-4 frutos maduros por Dispersão: O arilo é consumido infrutescência, pcdicelados; pedicelo grosso, pelo menos por macaco-prego (Cebus 0,5-0,8 cm de comprimento, distalmente apella) (PERES, com. pess.). dilatado, 3 sépalas persistentes até ao fruto. Distribuição: Brasil (Acre, Amapá, Cápsula elipsóide a ligeiramente oblonga, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, 1,9 χ 1,0 cm, obtusa no ápice, Rondônia), Bolívia, Guiana. dirninutamente estipitada na base, sutura Material examinado: Coelho & longitudinal impressa, sem elevação; Coelho s/n/INPA 4102; Rodrigues & pericarpo frágil, delgado, epicarpo liso, arilo Chagas 1727/ΓΝΡΑ 8090; Prance 6865/ espesso, inteiro, purpurino, oleoso; semente INPA 23623; Prance 18472/INPA 41774; elipsóide a oblonga, 1,4 χ 0,7 cm Ramos 1043/INPA 115615; Daly & Hábito e habitat: Arbusto até 6 rrr, em Campbell 729/INPA 116714; Daly & caatinga alta e arenosa, comum na campina Calejas 1037/ΓΝΡΑ 116949; Silva et al. alta. 6585/ENPA 135828; Peres 999. Distribuição: Brasil (Amazonas), 2. Iryanthera Warb. Colômbia, Venezuela. Material examinado: Rodrigues Folhas alternas, inteiras, glabras, 959/INPA 7195; Coelho 16/ INPA às vezes ligeiramente recurvadas nas 49897; Cavalcante 3115/INPA 79221; margens, coriáceas, pecioladas. Van Roosmalen 56. Inflorescência fasciculada racemosa, ou estreitamente paniculada, axilar ou sobre 1.3. Compsoneura ulei Warb. PI. 1, ramos desfolhados, às vezes bi- ou PI. 1. Figs. 1-3. MYRISTICACEAE. 1. Compsoneura capitellata, a. fruto ; fruto diferente; c. fruto visto de baixo (Vásquez et al. 5164/INPA 147967). 2. C. deb'ilis, a. infrutescência; b. semente (Coelho 16/INPA 49897). 3. C. ulei, a. infrutescência; b. fruto visto de baixo mostrando o càlice 3-lobado (Rodrigues & Chagas 1727/INPA 115615; Peres 999).

Frutos da Floresta Amazônica . 213 trifurcada na base, pedúnculo curto, truncada, estreitando-se nos extremos, minuciosamente estrigoso com pelos estipe grosso, até 0.5 cm de semelhantes aos dos ramos ou comprimento. , epicarpo liso, arilo glabrescentes; flores dióicas, às vezes escarlate; semente transversalmente monóicas, em pequenos fascículos ao longo elipsóide, 0.7 χ 1.1 cm. das ramificações, brácteas decíduas, Hábito e habitat: Arbusto ou bractéolas 1-2 persistentes; perianto arvoreta até 8 m, diòico, casca com estaminado pequeno, sem pubescência, exsudação vermelha; campina baixa, internamente glabro, 3 (raramente 4)- em solo silicoso. lobado, filamentos conados numa coluna, Distribuição: Brasil (Amazonas). anteras 3 (raramente 4) conadas no ápice, Material examinado: Rodrigues et distalmente divergente ou livre na base; al. 10104/INPA 81587 perianto pistilado ligeiramente grande e mais carnoso que o estaminado, ovàrio elipsóide, 2.2. Iryanthera coriacea Ducke cònico ou cilíndrico, glabro, estilete curto, PI. 2, fig. 2 estigma inconspícuo. Fruto uma cápsula, Infrutescência 1,7-1,9 cm de transversalmente elipsóide, essencialmente comprimento, pedúnculo ca. de 1,5 cm globosa, deiscente em 2 valvas; pericarpo de comprimento, 2-7 frutos maduros lenhoso, arilo inteiro ou inconspicuamente por infrutescência, pedicelado, pedicelo laciniado distalmente, vermelho; semente até 0,4 cm de comprimento. Cápsula transversalmente elipsóide ou globosa. transversalmente elipsóide, 1,3 χ 1,9 Hábito: Arbustos ou árvores, casca cm, imatura verde-ferrugínea, ápice interna freqüentemente exudando um obtuso, base truncada, estreitando-se líquido vermelho. nos extremos, sutura longitudinal Dispersão: O fruto é consumido e as distintamente carenada; pericarpo ca. sementes dispersas por macacos Callicebus de 0,2 cm de espessura, epicarpo liso, (KINZEY 1981 ; GRANDLEMIRE, 1988), arilo escarlate; semente Lagothrix (DEFLER, PERES, com. pess.; transversalmente elipsóide, 1,8 χ 0,8 RAMIREZ, 1988), Ateies (VAN cm. ROOSMALEN, com. pess.), e Cebus Hábito e habitat: Arbusto ou (PERES, com. pess.), tucanos (PERES, árvore até 21 m; mata de terra firme, com. pess.), e araçaris. em solo argilo-arenoso, encontrando-se também na campinarana e capoeira, 2.1. Iryanthera camparne W. Rodrigues em solo argiloso. PI. 2, fig.1 Distribuição: Brasil (Amazonas, Pará). Infrutescência sobre ramos Material examinado: Rodrigues & desfolhados, bifurcada na base, Coelho 5219/INPA 13888; Coelho 66/ pedúnculo 1.5-1.7 cm de comprimento, INPA 98464. 1-2 frutos maduros por infrutescência, 2.3. Iryanthera crassi/olia A.C. pedicelo 1 cm de comprimento. Cápsula Smith PI. 2, fig. 3 ligeiramente transversalmente elipsóide, Infrutescência 4-10 cm de 1.7 χ 1.3 cm, ápice obtuso, base comprimento, pedúnculo curto, ca. de PI. 2. Figs 1-4. MYRISTICACEAE. 1. lryanthera campinae (Rodrigues et al. 10104/INPA 81587). 2.1. coriacea, a. inflorescência; b. infrutescência caulicarpa (Rodrigues & Coelho 5219/ INPA 13888). 3 I. crassifolia, fruto em dciscência (Gentry et al. 21304/INPA 83229). 4. I. ellíptica, a. fruto; b. valva com semente e arilo; c. semente. arilo removido (Rodrigues & Coelho 7568/1NPA, 16871, Costa et al. s/n/INPA 126659). 0,4 cm de comprimento, 3-5 frutos Hábito e habitat: Arbusto ou maduros por infrutescência, pedicelados, árvore até 30m ;mata de terra firme, pedicelo curto, 1,1 -1,5 cm de comprimento, em solo argiloso. grosso. Cápsula ligeiramente elipsóide Distribuição: Brasil (Acre, Amazonas, transversalmente ou ovòide, 1,9-2,6 χ 2,4- Rondônia), Colômbia, Peru, Venezuela. 2,6 cm, glabra, àpice obtuso, base Dispersão: O arilo é consumido brevemente arredondada a obtusa, sutura por tucanos (Ramphastos sp.), longitudinal inconspicuamente carenada; barrigudos (Lagothrix lagotricha pericarpo lenhoso, ca. de 0,4 cm de cana), macacos prego {Cebus apella) espessura, epicarpo liso, arilo vermelho; (PERES, com. pess.), e cuxiús semente transversalmente elipsóide, 0,7 (Chiropotes satanas chiropotes) χ 1,1 cm. (FRAZAO, 1992); a semente imatura é Hábito e habitat: Arbusto ou comida por macaco prego {Cebus apella), árvore até 25 m; mata de terrafirme, parauacú branco (Pithecia albicans) e em solo argilo-arenoso. papagaios (PERES, com. pess.). Distribuição: Brasil (Acre, Material examinado: Rodrigues Amazonas), Colômbia, Equador, Peru. & Coelho 7568/INPA 16871; Prance Material examinado: Rodrigues & 8449/INPA 25247; Monteiro & Ramos Ramos 9594/INPA 48324; Paulino 71/INPA 54551; Clemente s/n/INPA Filho 51/INPA 81846; Gentry et al. 84456; Trucios 116/TNPA 99989; Costa 21304/INPA 83229; Diaz & Jaramillo et al. s/n/TNPA 126659; Nascimento et 1535/INPA 101402; Gentry et al. al. s/n/INPA 126716; Nascimento et ai 29131/INPA 101415; Gentry et al. s/n/TNPA 126742; Boom et al. 5726/ 27649/INPA 108924; Juncosa 1016/ INPA 142529; Peres 197, 246, 326, INPA 128837. 149385. 538; Frazão 81, 148.

2.4. Iryanthera elliptica Ducke 2.5. Iryanthera grandis Ducke PI. 2, fig. 4 PI. 3, fig. 1 Infrutescência ca. de 7 cm de Infrutescência ca. de 11 cm de comprimento, pedúnculo 2,5 cm de comprimento, poucos frutos maduros comprimento, 2-3 frutos maduros por por infrutescência, pedicelados; infrutescência, pedicelados, pedicelo grosso, pedicelo grosso, rugoso, ca. de 1 cm ca. de 1 cm de comprimento. Cápsula de comprimento. Cápsula espessa, transversalmente elipsóide ou estreitamente coriacea, transversalmente elipsóide a subglobosa, 5,0 χ 3,5 cm, ápice obtuso, subglobosa, 3,4 χ 4,0 cm, ápice estipe grosso até 3,0 cm de comprimento, arredondado, as extremidades laterais base arredondada, sutura longitudinal arredondadas, estipe grosso, ca. de 0,5 distintamente carenada; pericarpo carnoso, cm de comprimento, base aguda, sutura rugoso, ca. de 1,4 cm de espessura, epicarpo longitudinal carenada e com elevação; lustroso, arilo vermelho; semente pericarpo lenhoso,glabro, muito rugoso, transversalmente elipsóide ou subglobosa, ca. de 0,9 cm de comprimento, arilo 1,5 χ 0,4 cm. purpureo, curto laciniado perto do ápice; semente lisa, transversalmente árvore até 30 m; mata de terra firme. elipsóide ou subglobosa, 1,9 χ 2,0 cm. Distribuição: Brasil (Amazonas, Hábito e habitat: Arbusto ou Pará), Guiana Francesa, Suriname, Venezu­ árvore até 30 m; mata de terra firme, ela em solo argiloso. Dispersão: O arilo é consumido Distribuição: Brasil (Amazonas, por tucanos (PERES, com. pess.) e Mato Grosso, Pará, Rondônia), Peru. cuxiús (Chiropotes satanas chiropotes) Material examinado: Rodrigues (FRAZÃO, 1992). 8997/INPA 28473; Prance 18537/INPA Material examinado: Austin et 41840; Rodrigues & Loureiro 9512/ al. 7354/INPA 97356/ Grénand 1754/ INPA 43706; Ayres 2/INPA 75546; INPA 100948; Liesner et al. 13879/ Gentry et al. 25428/INPA 96570; Filho INPA 116143; Stergios et al. 10287/ 18/ΓΝΡΑ 98764. INPA 148288; Peres 456, 503; Dispersão: A semente do fruto Frazão VIII. imaturo e o arilo são consumidos por cuxiús 2.7. Iryanthera inpae W. Rodrigues [Chiropotes albinasus) (AYRES, 1981), apenas o arilo por tucanos (Ramphastos Infrutescência e folhas muito cuvieri, Ramphastos vitellinus), araçaris parecidas com /. tricornis, um fruto por (Pteroglossus aracari, Pteroglossus infrutescência. Cápsula transversalmente bitorquatus, Pteroglossus viridis), e elipsóide, 1.5 χ 2,2 cm, indistintamente Bucconidae (Notharchus tectus) (INPA carenada, não apiculada no ápice. 98746), e o arilo maduro por barrigudos Hábito e habitat: Arvore até 15 (Lagothrix lagotricha cana) (RAMIREZ, m; mata de terra firma, em solo argiloso. 1988) e a semente dispersa. Distribuição: Brasil (Amazonas). Material examinado: Prance 2.6. Iryanthera hostmannii (Benth.) 20540/INPA44518. Warb. PI. 3, fig. 2 Infrutescência 3 cm de comprimento, 2.8. Warb. PI. 2-5 frutos maduros porinfrutescência, 3, fíg. 3 pedicelados; pedicelo grosso, ca. de 0,6 cm Infrutescência ca. de 6 cm de de comprimento. Cápsula transversalmente comprimento, pedúnculo 3,9 cm de elipsóide, 2,4 χ 1,5 cm, ligeiramente comprimento, frutos fasciculados no deprimida, lisa, as extremidades laterais tronco ou ramos velhos, 1-3 frutos arredondadas, cor verde a amarelo, ápice maduros por infrutescência, apiculado, base curta estipitada, estipe pedicelados; pedicelo grosso, ca. de grosso, ca. de 0,3-0,6 cm de comprimento, 0,5-0,7 cm de comprimento. Cápsula sutura longitudinal conspicuamente transversalmente elipsóide ou carenada, espessada sobre as suturas e no subglobosa, 2,8 χ 2,0 cm, ápice liso, ápice; pericarpo rugoso, 0,3 cm de extremidades laterais arredondadas, base espessura, arilo vermelho; semente ligeiramente deprimida ou obtusa, sutura transversalmente elipsóide, 1,2 χ 1,7 cm. longitudinal inconspicuamente carenada às Hábito e habitat: Arbusto ou vezes ligeiramente impressa; pericarpo PI. 3. Figs. 1-3. MYRISTICACEAE. 1. Iryanlhera grandis, a. fruto em deiscência; b. fruto completamente deiscente mostrando semente e arilo (Gentry et al. 254228/1NPA 96570, Filho 18/ INPA 98764). 2.1. hostmannii, a. fruto jovem; b. fruto maduro com estipe mais comprida (Grenand 1754/lNPA 100948; Peres 456; Frazão Vili). 3. I. juruensis, a. fruto jovem; b. infrutescência madura (Pires et al. 16895/INPA 93784; Peres 248). espesso, rugoso, 0,1-0,2 cm de primento, 5-10 frutos maduros por espessura, epicarpo liso, arilo infrutescência,pedicelados; pedicelo vermelho, inconspicuamente laciniado grosso, rugoso, 0,5-1,0 cm de no seu terço superior, lacínias grossas; comprimento. Cápsula transversalmente semente transversalmente subglobosa, elipsóide, 3,6 χ 2,9 cm, ápice apiculado, 1,3 χ 0,9 cm. estipe grosso, 0,2-0,4 cm de Hábito e habitat: Arbusto ou árvore comprimento, base arredondada, sutura até 28 m; mata de terra firme, em solo longitudinal cristada, parte superior argilo-arenoso, ou capoeira. deprimida, elipsoidal nos extremos de Distribuição: Brasil (Acre, contorno; pericarpo rugoso, pouco Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, carnoso, 0,1 cm de espessura, arilo Roraima), Bolívia, Colômbia, Equador, vermelho; semente transversalmente Guianas, Venezuela, Peru. elipsóide, 3,2 χ 2,2 cm. Dispersão: Alimentam-se do arilo e Hábito e habitat: Arbusto ou árvore semente imatura parauacús (Pithecia até 28 m; mata de terra firma, em solo pithecia chrysocephala) (SETZ, 1993), argiloso e arenoso úmido, e igapó. barrigudos (Lagothrix lagotricha Distribuição: Brasil (Amazonas, poeppigii) (LZAWA, 1975; RAMIREZ, Mato Grosso, Pará, Rondônia), Peru, 1988), dos frutos maduros zogue-zogues Colômbia, Equador. (Callicebus moloch) (GRANDLEMIRE, Dispersão: O arilo maduro é comida 1988), cairaras (Cebus albifrons) por parauacús (Pithecia pithecia (PERES, com. pess.), e barrigudos chrysocephala) (SETZ, 1993), barrigudos [Lagothrix l. lagotricha) (DEFLER, (Lagothrix l. lagotricha) (DEFLER, cora cora pess.), somente o arilo é consumido pess.), tucanos (Ramphastos cuvieri, por tucanos (Ramphastos cuvieri, Ramphastos vitellinus) e araçaris Ramphastos vitellinus) e araçaris (Pteroglossus aracari, Pteroglossus (Pteroglossus viridis, Pteroglossus bitorquatus, Pteroglossus viridis), cotingas aracari, Pteroglossus bitorquatus). (Phoenicircus carnifex, Lipaugus Material examinado: Ferreira 163/ vociferans), Barypthengus duficapillus, e 57/ΓΝΡΑ 5921; Loureiro et al. s/n/TNPA Bucconidae (Notarchus tectus) (ΓΝΡΑ 35802; Loureiro et al. s/n/TNPA 37734; 98768, 98738) (SETZ, I.e.). Loureiro et al. s/n/TNPA 37879; Lisboa Material examinado: Rodrigues & et al. 562/ΓΝΡΑ 53114; Ramos & Mota Coelho 7619/ΓΝΡΑ16922; Coelho s/n/TNPA 331/INPA 57003; Filho et al. 33/TNPA 47276; Loureiro et al. 125/ΓΝΡΑ 48282; Cid 70536; Lima eí al. 153/INPA 80209; et al. 3075/ΓΝΡΑ 98276; Cid et al. 3115/ Plowman et al. 7545/ΓΝΡΑ 80557; Peres INPA 98316; Filho 32/ΓΝΡΑ 98738; Defler 248;Defler 159. 244, 304. 2.9. Iryanthera laevis Markgraf 2.10. Iryanthera lanci/olia Ducke PI. 4, fig. 1 PI. 4, fig. 2 Infrutescência desde a base Infrutescência 3,5-4,2 cm de dos ramos, ca. de 5 cm de com­ comprimento, frutos pedicelados, PI. 4. Figs. 1-2. MYRISTICACEAE. 1. lryanthera laevh, a. infrutescência, um fruto com valva esquerda esvaziada; b. fruto deiscente; c. fruto grande do Peru com nervura lateral embotada e centralmente sulcada; d. o mesmo fruto como em c. mas visto do outro lado, mostrando uma nervura longitudinal afiada (Coelho s/n/lNPA 47276; Cid 3075/INPA 98276; Gentry et al. 36528/1NPA 114533; Diaz et al. 2285/INPA 149388). 2. /. lancifolia, a. fruto; b. fruto maior do Peru; c. semente (Monteiro & Damião 141/INPA 55980; Huashicat 2174/ INPA 101409; Setz 152). pedicelo curto, 0,4 cm de comprimento. argiloso e arenoso, e mata alagável. Cápsula ligeiramente transversalmente Distribuição: Brasil (Amazonas), elipsóide ou estritamente subglobosa, Colômbia, Guianas, Peru. 3,0-3,8 χ 3,2-3,6 cm, ápice arredondado, Dispersão: O arilo é consumido ligeiramente curvo, curtamente por tucanos e araçaris (Ramphastos estipitado na base, sutura longitudinal cuvieri, Ramphastos vitellinus, inconspicuamente carenada; pericarpo Pteroglossus aracari, Pteroglossus espesso, muito rugoso, lenhoso, 0,5-0,8 bitorquatus, Pteroglossus viridis) cm de espessura, arilo laciniado; (INPA 6188). semente transversalmente elipsóide ou Material examinado: Coelho et subglobosa, 1,7-2,2 χ 2,6-3,2 cm. al. s/n/INPA 3233; Coelho s/n/INPA Hábito e habitat: Arbusto ou 3836; Rodrigues & Monteiro 8325/ árvore até 30 m; mata de terra firme, INPA 19316; Prance 11843/INPA em solo argiloso, e igapó. 30156; Silva et al. 93/INPA 35470. Distribuição: Brasil (Acre, Amazonas, 2.12. Iryanthera obovata Ducke Pará, Rondônia), Peru e Suriname. PI. 5, fig. 2 Dispersão: O arilo maduro é consumido por parauacús {Pithecia Infrutescência ca. de 4 cm de pithecia chrysocephala)(SET7,, 1993). comprimento, pedúnculo ca. de 1,6 cm de Material examinado: Silva et comprimento, 2-3 frutos maduros por al. 631/INPA 36722; Silva et al. 547/ infrutescência, pedicelados; pedicelo INPA 37038; Prance 20709/INPA delgado, ca. de 2 cm de comprimento. 44688; Monteiro & Damiãol41/TNPA Cápsula transversalmente elipsóide, com as 55980; Aguiar 5/ΓΝΡΑ 95025; Setz 152. extremidades subglobosas a arredondadas, 1,2-1,4 χ 1,8-2,3 cm, 2.11. Iryanthera macrophyUa (Benth.) ápice truncado, base arredondada, sutura Warb. PI. 5, fig. 1 longitudinal distintamente carenada, com Infrutescência 3,6-5,0 cm de pouca elevação; pericarpo 0,1-0,2 cm de comprimento, pedúnculo 1 cm de espessura, arilo laciniado; semente comprimento, 3-4 frutos maduros por transversalmente elipsóide, 0,9-1,1 χ 0,9- infrutescência, pedicelados; pedicelo 2,1 cm. grosso, 0.5-1,0 cm de comprimento. Hábito e habitat: Arbusto ou árvore Cápsula transversalmente elipsóide, até 25 m; em vegetação tipo caatinga. lateralmente comprimida, 3,5 χ 3,0 cm, Distribuição: Brasil (Amazonas), glabra, ápice levemente apiculado, base Venezuela. obtusa, sutura longitudinal carenada; Material examinado: Lisboa 1575/ pericarpo rugoso, arilo vermelho, INPA 99654; Liesner 16219/INPA laciniado próximo da metade do 144057; Vásquez et al. 3822/INPA comprimento total; semente 149589. transversalmente elipsóide. Hábito e habitat: Arbusto ou árvore 2.13. Iryanthera olacoides (A.C. até 28 m; mata de terra firme, em solo Smith) A.C. Smith PI. 5, fig.3 Infrutescência compacta, 1,6-2,0 Hábito e habitat: Arbusto ou cm de comprimento, pedúnculo delgado, árvore até 25 m; mata de terra firme, 0,4-0,5 cm de comprimento, 1-3 frutos em solo argiloso e arenoso. maduros por infrutescência, pedicelados; Distribuição: Brasil (Amazonas), pedicelo 0,2-0,4 cm de comprimento. Peru, Venezuela. Cápsula transversalmente elipsóide, 1,0 χ Dispersão: O arilo e as sementes 1,3 cm,marrom a preta quando seca, ápice imaturas são consumidas por cuxiús apiculado, conspicuamente estipitado na (Chiropotes satanas chiropotes) base, estipe 0,1 -0,2 cm de comprimento, (FRAZÃO, 1992), o arilo maduro é sutura longitudinal ligeiramente carenada, comido por barrigudos (Lagothrix com uma pequena elevação que vai até o lagotricha carca)(PERES, com. pess). ápice; pericarpo ca. de 0,5 cm de espessura, Material examinado: Rodrigues & arilo laciniado; semente transversalmente Coelho 9607/ΓΝΡΑ 49781 ; Steyermark elipsóide, 0,6 χ 1,0 cm. et al. 122213/INPA 102576; Cid et al. Hábito e habitat: Arbusto ou árvore 6665/INPA 138299; Boom et al. 5356/ até 12 m; mata de terra firme, em solo INPA 142523; Boom et al. 5896/ΓΝΡΑ argiloso, capoeira, mata de várzea, e igapó. 142532; Peres 541; Frazão 72, 160. Distribuição: Brasil (Acre, 2.15. Iryanthera paraensis Huber Amazonas), Peru. PI. 6, fig. 1 Material examinado: Rego & Souza 40/INPA 54068; Cid & Souza Infrutescência até 6,5 cm de 3001/INPA 98202; Monteiro & Lima comprimento, pedúnculo muito 172/INPA 99113; Gentry et al. 38747/ reduzido, até 0,2 cm de comprimento, INPA 128850. a infrutescência divide-se perto da base, 2-8 frutos maduros por 2.14. Iryanthera paradoxa (Schwacke) infrutescência, pedicelados; pedicelo Warb. PI. 5, fig. 4 0,3-0,7 cm de comprimento. Cápsula Infrutescência ca. de 5,2 cm de transversalmente elipsóide, 1,7 χ 2,4 comprimento, pedúnculo 0,9 cm de cm, verde a laranja-vermelha, as comprimento, 3-7 frutos maduros por extremidades laterais arredondadas, infrutescência, agrupados no final do diminutamente apiculada ou lisa no ápice, ramo, pedicelados; pedicelo 1,1 cm de a base vai estreitando-se num curtoestipe comprimento, glabrescente. Cápsula grosso, 0,1-0,3 cm de comprimento, sutura transversalmente elipsóide a subglobosa, longitudinal distintamente carenada, mais 2,4-2,7 χ 2,6-2,8 cm, ápice obtuso, base elevada no ápice; pericarpo rugoso, ca. de arredondada a truncada, sutura longitu­ 0,2 cm de espessura, arilo vermelho dinal distintamente carenada até a base; brilhante; semente transversalmente pericarpo carnoso, 0,7 cm de elipsóide, 0,8 χ 2,2 cm. espessura,aril o vermelho-laranja, Hábito e habitat: Arbusto ou laciniado, sem alcançar a base; semente árvore até 20 m; mata de terra firme, transversalmente elipsóide, 1,2-1,7 χ encontrando-se em terrenos sujeitos a 2,2-2,5 cm. inundação temporária.

222 Roosmalen et al. PI. 5. Figs. 1-4. MYRISTICACEAE. 1. Iryanthera macrophylla, infrutescência jovem (Filho 11/ INPA 92178). 2. I. obovata, infrutescência com frutos em deiscência (Liesner 16219/1NPA 144057). 3.1, olacoides, fruto (Ramos s/n/INPA 54117). 4.1. paradoxo, a. infrutescência jovem; b. fruto; c. fruto deiscente; d. valva vista internamente, semente removida (Prance 13578/INPA 28727; Boom et al. 5356/INPA 142523; Peres 541; Frazão 72, 160).

Frutos da Floresta Amazônica 223 1. 6. Figs. 1-2. ΜYR1STICACEAE. 1. Iryanthera paraensis, infrutescência (Loureiro s/n/INPA 48276). 2. I. polyneura, a. fruto visto de um lado; b. fruto visto de outro lado; c. semente arilo removido (Peres 153; Set/. 87; Van Roosmalcn 55). Distribuição: Brasil 2.17. Iryanthera sagotiana (Benth.) (Amazonas, Maranhão, Pará), Warb. PI. 7, fig. 1 Colômbia, Peru, Suriname, Venezuela. Infrutescência ca. de 3,6 cm de Material examinado: Prance comprimento, frutos fasciculados sobre 9374/ΓΝΡΑ 26510; Prance 13578/INPA o tronco ou ramos velhos, pedicelados; 28727; Monteiro & Damião 243/INPA pedicelo 0,5-0,8 cm de comprimento. 56093; Revilla 2346/INPA 83214; Cápsula transversalmente elipsóide, 2,4 Prance 25764/INPA 90871. χ 2,6 cm, verde a amarela, ápice obtuso, 2.16. Iryanthera polyneura Ducke base estipitada, estipe 0,3-0,4 cm dc PI. 6, fig. 2 comprimento; pericarpo ca. de 0,3 cm de espessura, sutura longitudinal Infrutescência 2,3-3,0 cm de carenada pronunciada, arilo vermelho; comprimento, fruto caulinar lustroso, semente transversalmente elipsóide. pedicelado; pedicelo grosso, 0,4 cm de Hábito e habitat: Arbusto ou comprimento. Cápsula transversalmente árvore até 35 m; mata de terra firme, em elipsóide ou subglobosa, 2,9 χ 3,8 cm, solo argilo-arenoso, e mata de igapó. lisa, ápice obtuso, base arredondada; Distribuição: Brasil (Amapá, pericarpo lenhoso, 0,6-0,9 cm de Amazonas, Pará, Rondônia), Guianas. espessura, sutura longitudinal espessada, Material examinado: Rodrigues com elevação somente num extremo que 3798/INPA 10355; Filho 7/INPA vai até o ápice, arilo vermelho; semente 81769; Monteiro 23/INPA 98968; transversalmente elipsóide, 1,3 χ 2,5 cm. Grénand 674/INPA 100945; De Hábito e habitat: Arbusto ou Granville 3222/INPA 100950. árvore até 25 m; mata de terra firme, em solo argilo-arenoso. 2.18. Iryanthera tessmannü Markgraf Distribuição: Brasil PI. 7, fig. 2 (Amazonas, Pará, Rondônia), Colômbia e Peru. Infrutescência compacta, ca. de 2,5 Dispersão: O arilo é comido cm de comprimento, 2-3 frutos maduros por macaco-prego (Cebus por infrutescência, pedicelados; pedicelo 0,3- ape lia) (PERES, com. pess.), e a 0,6 cm de comprimento. Cápsula semente imatura por parauacús transversalmente elipsóide a ligeiramente (Pithecia pithecia ovòide, 1,3 χ 1,3 cm (incluindo o estipe de chrysocephala)(SETZ, 1993). 0,2 cm de comprimento), base estipitada Material examinado: Loureiro ápice coaspicuamente apiculado, sutura lon­ et al. s/n/INPA 37533; Barriga-Garcia gitudinal carenada quase impressa semente 13518/INPA 47257; Coelho s/n/INPA coaspicuamente transversalmente elipsóide 47278; Loureiro et al. s/n/INPA 48251 ; a ovòide. Loureiro s/n/INPA 48276; Monteiro et Hábito e habitat: Arbusto ou al. 20/INPA 54331 ; Coelho 795/INPA árvore até 30 m; mata de várzea em solo 58733; Peres 153; Van Roosmalen 19, arenoso. 55. Distribuição: Brasil (Amazonas, Mato Grosso, Pará), Peru. 220. Iryanthera ulei Warb. PI. 8, fig. 1 Material examinado: Silva s/n/ Infrutescência ca. de 2,5 cm de INPA 49992; Revilla 2164/INPA comprimento, 1-3 frutos maduros por 83217; Gentry et al. 20776/INPA infrutescência, pedicelados; pedicelo grosso, 83235; Gentry et a/.25325/INPA 0,6-0,8 cm de comprimento. Cápsula 96569; Vásquez et al. 35/ΓΝΡΑ 101395; transversalmente elipsóide, 1,9 χ 2,5 cm Peters 39/ΓΝΡΑ 147947; Vásquez et al. (incluindo o estipe), ápice apiculado, base 4294/INPA 149602. estipitada, estipe ca. de 0,4 cm de 2.19. Iryanthera tricornis Ducke comprimento, as extremidades laterais PI. 7, fig. 3 subagudas ou arredondadas, sutura longi­ tudinal conspicuamente carenada; pericarpo Infrutescência ca. de 4,7 cm de delgado, rugoso, ca. de 0,3 cm de espessura, comprimento, 1-3 frutos maduros por sendo mais espesso sobre as suturas, arilo infrutescência, pedicelados; pedicelo grosso, vermelho; semente lisa, mais comprida que rugoso, 1,3 cm de comprimento. Cápsula larga transversalmente elipsóide, 2,3 χ 3,2 cm, lisa, ápice subagudo, horizontalmente Hábito e habitat: Arbusto ou árvore até 25 m; mata de terra firme, em solo deprimido, base estipitada, estipe forte, 0,4 argiloso ou arenoso, e mata de igapó. cm de comprimento, sutura longitudinal conspicuamente carenada, as suturas Distribuição: Brasil (Acre, Amazonas, Mato Grosso, Rondônia), Bolívia, pronunciadas formando uma elevação de Colômbia, Peru. 0,2 cm de altura, as extremidades laterais Dispersão: Alimenta-se do arilo apiculadas; pericarpo lenhoso, 0,3 cm de maduro parauacús {Pithecia pithecia espessura, mais espesso na base, ápice e chrysocephala)(SETL, 1993). suturas, arilo vermelho; semente Material examinado: Prance 19915/ transversalmente elipsóide com os extremos INPA 43399; Prance 22789/INPA 47372; terminando quase em uma ponta, 0,7 χ Loureiro s/n/TNPA 48097; Loureiro s/n/ 1,4 cm. ΓΝΡΑ48196; Rodrigues et al. s/n/TNPA Hábito e habitat: Arbusto ou 48236; Gomez & Hiranda 131/ΓΝΡΑ 62853; árvore até 30 m; mata de terra firme, Gomez & Hiranda 365/ΓΝΡΑ 64450; Setz em solo argilo-arenoso. 16. Distribuição: Brasil (Amazonas), Colômbia, Peru. 3. Osteophloeum Warb. Dispersão: A semente imatura é Folhas alternas, inteiras, comida por o parauacú-branco (Pithecia estreitamente revolutas nas margens, albicans) (PERES, com. pess.). glabras quando adultas, coriáceas, Material examinado: Prance pecioladas. Inflorescências 1-3 nas axilas 22968/ΓΝΡΑ 47551 ; Krukoff 7192/ΓΝΡΑ das folhas ou nos ramos desfolhados, 81271; Silva 133/ΓΝΡΑ 107864; Prance puberulentas, simples ou com 1-4 et al. 1720/ΓΝΡΑ132899; Vásquez 3317/ ramos laterais curtos; flores dióicas, INPA 145951; Cid et al. 8230/INPA solitárias ou fasciculadas; brácteas 148547; Peres 195. PI. 7. Figs. 1-3. MYRISTICACEAE. 1. Iryanthera sagotiana, a. infrutescência; b. fruto em deiscência; c. infrutescência com frutos maiores (Rodrigues 3798/INPA 10355; Filho 7/INPA 81769. 2.1, tessmannii, a. infrutescência; b infrutescência diferente (Gentry et al. 20776/INPA 83235; Peters, 39/INPA 147947). 3. I. tricornis, fruto (Prance 22968/INPA 47551; Peres 195). pequenas, pediceladas, decíduas ou Pará, Roraima), Colômbia, Equador, ausentes; bractéolas muito pequenas, Guianas, Panamá, Peru, Venezuela. decíduas; perianto estaminado carnoso, Dispersão: Alimentam-se do fruto glabro no interior, 3-lobado; filamento (arilo) tucanos (Ramphastos cuvieri, conado numa coluna cilíndrica carnosa; Ramphastos vitellinus), araçaris anteras geralmente 14, às vezes 12; (Pteroglossus aracari, Pteroglossus perianto pistilado ligeiramente maior e bitorquatus, Pteroglossus viridis) (INPA* mais carnoso que o estaminado. Fruto 98773), e macacos Ateies paniscus, uma cápsula, transversalmente Alouatta seniculus (VAN elipsóide, deiscente com 2 valvas; ROOSMALEN, com. pess.), Cebus pericarpo lenhoso, delgado, arilo quase apella (SPIRONELO, com. pess.), e inteiro; semente transversalmente Lagothrix l. lagotricha (DEFLER, VAN elipsóide, testa espessa, dura e rugosa. ROOSMALEN, com. pess.). Hábito: Arvores dióicas. Material examinado: Ducke 1487/ Dispersão: As sementes são INPA 9030; Prance 10412/INPA dispersas endozoocoricamente por 26186; Prance 11117/INPA 29518; macacos, tucanos, e araçaris. Loureiro et al. s/n/INPA 37535; Loureiro et al. s/n/INPA 38017; 3.1. Osteophloeum platyspermum Loureiro et al. s/n/TNPA 48423; Filho 4/ (A. DC.) Warb. PI. 8, fig. 2 INPA 92173; Santos 60/ΓΝΡΑ 94183; Infrutescência 3-5 cm de Van Roosmalen 23; Defler 238. comprimento, pedúnculo forte, 0,4-0,8 cm de comprimento, com 1 ou 2 frutos 4. Otoba (DC.) Karsten maduros por infrutescência, Folhas alternas, inteiras, pedicelados; pedicelo grosso, 0,4-0,6 distinetamente lisas e glaucas ou de cor cm de comprimento. Cápsula globosa parda na parte inferior, as nervaduras ou transversalmente elipsóide, 2,4-2,8 secondárias pobremente proeminentes. χ 2,7-3,6 cm, imatura verde, madura Infrutescência com 1-3 frutos maduros. marrom escura, apiculada no ápice, Fruto uma subglobosa cápsula, estipitada na base, estipe 0,2-0,4 cm de acuminada ou cuspidada no ápice, lisa ou comprimento, sutura longitudinal muito carinada, verde quando madura, arilo proeminente carenada; pericarpo laciniado, branco ou ròseo, com sabor quando seco 0,2 cm de espessura, muito doce; semente subglobosa, sendo mais espesso na sutura, epicarpo longitudinalmente sulcada. coriàceo quando seco, rugoso, arilo Hábito: Árvores grandes, dióicas. vermelho; semente transversalmente Dispersão: Endo- e sinzoocórica, elipsóide ou globosa. por morcegos e macacos. Hábito e habitat: Arbusto ou 4.1. Otoba glycycarpa (Ducke) W. árvore até 22 m; mata de terra firme, Rodrigues PI. 9, fig. 1 em solo argilo-arenoso, também em floresta de várzea. Infrutescência 1,5-9 cm de Distribuição: Brasil (Acre, Amazonas, comprimento, subglabra, simples ou PI. 8. Figs. 1-2. MYRISTICACEAE. 1. Iryanthera ulei, infrutescência (Neill et al. 7502/INPA 149940; Set/. 16). 2. Osteophloeum platyspennum, a. infrutescência; b. semente de um lado. arilo removido; c. semente visto de cima (Loureiro et al. s/n/lNPA 37535; Van Roosmalen 23; Defler 238). pauciramosa, frutos maduros 1 ou 2 alternas, inteiras, submembranáceas a por infrutescência; pedicelo grosso, 0,4- coriáceas, de forma oblonga ou elíptica, 0,8 cm de comprimento. Cápsula em geral pecioladas, em algumas subglobosa quando imatura, obovada espécies o peciolo é tão curto que as quando seca, 2,7-3,2 χ 2,3-2,5 folhas se parecem sésseis, a base da cm,unilateralmente subcarinada, obtusa lâmina varia de amplamente cerdada a na base, curtamente acuminada no atenuada ou cuneada, o ápice ápice, pericarpo firmemente coriàceo, frequentemente é acuminado ou duro quando seco, 0.4-0.5 cm de cuspidado, raramente um tanto espessura, externamente opaco, emerginado, a pubescência na maioria granuloso-ruguloso, arilo laciniado, das espécies ocorre na parte inferior das branco ou ròseo, com sabor muito folhas, a nervação caracteriza a maioria doce; semente subglobosa, 1.8 χ 1.8 χ das espécies tanto pelo número de 1.5-1.7 cm, longitudinalmente sulcada nervaduras secundárias como pela e freqüentemente subtuberculada. disposição na lâmina foliar. Hábito e habitat: Arvore até 30 m de Inflorescência de ambos os sexos pode altura, freqüente na mata de terra firme. ser subterminal ou mais comumente Distribuição: Brasil (Amazonas), axilar, nunca cauliflora ou ramiflora, Peru, Colômbia. como freqüentemente ocorre no gênero Material examinado: Egler 818. Iryanthera, sua dimensão é muito variável, porém as do sexo feminino 42. Otoba parvifotia (Markgraf) A. são em geral relativamente menores que Gentry PI. 9, fig. 2 as do sexo masculino; os pedúnculos das Infrutescência até 13 cm de inflorescências masculinas podem ser comprimento, glabra inteiramente, caracteristicamente planadas ou subteretes, frutos maduros 1-3 por infrutescência; na maioria; brácteas são sempre deciduas, pedicelos 0,5-1,8 cm de comprimento. muitas são inconspícuas ou nulas, porém Cápsula 2,5-3,3 χ 1,5-2,8 cm, outras são sempre relativamente grandes e curtamente estipetada na base, distintas, bracteólas são sempre ausentes; freqüentemente cuspidada no ápice, lisa fascículos florais masculinos,dispostos em ou ligeiramente carinada; pericarpo 0,1 - geral distalmente na inflorescência, são 0,2 cm de espessura; semente 1,7-2,2 χ muito variáveis em número de flores, 1,2-2,0 cm, testa frágil. porém há algumas espécies cujos Hábito e habitat: Árvore até 40 m fascículos chegam a ter cerca de 100 de altura, na mata de terra firme. flores cada um; o perigonio pode ser Distribuição: Brasil (Acre, membranàceo ou tenuamente carnoso, Amazonas), Colômbia, Peru, Venezuela. infundibuliforme, 3 ou 4 (raramente 5)- Material examinado: Van lobado, freqüentemente esses lóbulos Roosmalen 25. podem apresentar caracteristicamente 5. Virola Aubl. uma visível nervadura mediana; o tamanho do androceu é muito variável, Folhas dísticas, simples, o mesmo ocorrendo proporcionalmente, PI. 9. Figs. 1-2. MYRISTICACEAE. 1. Otoba glycycarpa, a. fruto; b. fruto visto de cima (Egler 818). 2. O. parvi/olia, a. infrutescência com frutos em deiscência; b fruto (Van Roosmalen 25). entre andróforo e antera; as anteras 1975), algumas espécies de frutos de podem ser apiculadas ou obtusas no Virola são comidos por Ateies ápice, soldadas inteiramente ou belzebuth, Ateies geoffroyi e Ateies divergentes totalmente, porém nunca paniscus (VAN ROOSMALEN & livres totalmente; as inflorescências KLEIN, 1988), Cebus capucinus femininas geralmente são muito mais curtas (FREESE et ai, 1981), Brachyteles que as masculinas e suas flores arachnoides (o muriquí ou caracterisücamente maiores; ovàrio é séssil, mono)(AGUIRRE, 1971) e frugívoros monocarpelar, densamente tomentoso e noturnos (HOWE, 1983). com um único óvulo basal; quase sempre o estilete é muito curto ou nulo e o estigma 5.1. Virola caducifotia W. Rodrigues geralmente bifido, muito pequeno e quase PL 10, fig. 1 séssil. Infrutescência curtamente Infrutescência até 7,2 cm de pedunculada, com exceção apenas de várias comprimento, 1-7 frutos maduros por espécies. Fruto uma cápsula, subgloboso, infrutescência, pubescente, pedúnculo 1,4 elíptico ou oblongo, nunca transversalmente cm decomprimento, fruto pedicelado; elipsóide, como em geral ocorre nos gêneros pedicelo grosso, curto ca. de 0,4 cm de Iryanthera e Osteophloeum, muitos frutos comprimento. Cápsula elipsóide ou ovòide, carenados, outros lisos; pericarpo varia de 2,4- 2,8 χ 1,4-2,2 cm, ápice levemente muito fino a espesso e lenhoso, a apiculado a quase arredondado, base obtusa pubescência pode variar de uma espécie para a arredondada, fruto imaturo verde-escuro, outra e mesmo dentro de uma mesma ferrugineo, maduro coberto por um ligeiro espécie, a maioria dassementes é envolvida tomento ferrugineo que mais tarde vai se por um arilo avermelhado e laciniado quase desprendendo, sutura longitudinal levemente totalmente ou pelo menos além da metade carenada em ambos os lados; pericarpo ca. do seu comprimento total; semente mais ou de 0,3 cm de espessura, arilo ròseo, menos da mesma forma do fruto, globosa laciniado quase até a base; semente ou elipsóide, testa lisa, fina e quebradiça, elipsóide, 1,7-2,1 χ 1,2-1,3 cm, endosperma ruminado. longimdinalrnente sulcada pela pressão do Hábito: Arbustos ou árvores até arilo. 40 m, dióicos, troncos monopodial Hábito e habitat: Arbusto ou ortotrópico e a ramificação verticilada árvore até 40 m; mata de terra firme, plagiatrópica, às vezes com sapopemas em solo argilo-arenoso. ou raízes-escoras, a casca interna exuda Distribuição: Brasil (Amazonas, um suco transparente de cor castanho Pará). que, em contato com o ar oxida e Dispersão: O fruto é comido por torna-se avermelhado. araçaris e tucanos (Pteroglossus Dispersão: Endozoocórica (VAN aracari, Pteroglossus bitorquatus, ROOSMALEN, 1985); o arilo é Pteroglossus viridis, Ramphastos comido por pássaros e mamíferos vitellinus, e Ramphastos cuvieri) frugívoros especializados (SNOW, (INPA 98741). 1981; HOWE et al., 1982; McKEY, Material examinado: Rodrigues • 8583/INPA 21564; Rodrigues et al. Rodrigues 5534/ΓΝΡΑ 14207; Prance 3779/ 8700/INPA 27872; Rodrigues 9598/ INPA19404; Rodrigues & Coelho 8290/ INPA 48892; Monteiro & Guedes 12/ ΓΝΡΑ 19185; Prance 3845/ΓΝΡΑ 19469; INPA 94561; Filho 35/INPA 98741; Peres 642. MacKenzie s/n/INPA 126686; Van 5.3. Virola calophylloidea Markgraf Roosmalen 26. PI. 10, fig. 3 5.2. Virola calophylla Warb. PI. 10, Infrutescência até 8 cm de fig. 2 comprimento, com 1 -5 frutos maduros Infrutescência 6-7 cm de por infrutescência; pedicelo curto. comprimento, 1-32 frutos por Cápsula obovóidc-elipsóide, 1,5-2,5 χ infrutescência, pedúnculo 4,2 cm de 0,8-1,5 cm, arredondada ou curtamente comprimento, fruto pedicelado; pedicelo apiculada no ápice, estreitada distalmente, grosso, ca. de 0,4 cm de comprimento. levemente carinada, forte e diminutamente Cápsula estreitamente elipsóide-ovóide ou estrelada-tomentosa; pericarpo até 0,5 cm subglobosa, 1,9-3,2 χ 1,2-2,0 cm, de espessura; arilo fendido até cerca da densamente tomentosa, coberta com metade de seu comprimento total; indumento ferrugineo, depois glabrescente, semente elipsóide. levemente rugosa, ápice obtuso a Hábito e habitat: Arvoreta ou árvore apiculado, base ligeiramente estipitada a delgada até 15 m; mata de terra firme. quase arredondada, sutura longitudinal Distribuição: Brasil (Acre, levemente carenada; pericarpo 0,5 cm de Amazonas), Colômbia, Guianas, Peru. espessura, arilo vermelho-laranja, fendido até Material examinado: Rodrigues ca. da metade do seu comprimento total; 9008/INPA 28478; Peres 486. semente elipsóide a ovòide-globosa, 1,4-2,5 χ 0,8-1,0 cm 5.4. Virola carinata (Spruce ex Benth.) Warb. PI. 10, fig. 4 Hábito e habitat: Arbusto ou árvore até 25 m; mata de terra firme, em Infrutescência ca. de 10,5 cm de solo argilo-arenoso, ocasionalmente em comprimento, inteiramente glabra na mata secundária, mata úmida, mata de maturidade, 4-12 frutos maduros por terra baixa, em solo pantanoso, solo infrutescência, pedúnculo delgado, 2,5- arenoso branco, capoeira e caatinga. 4,0 cm de comprimento, fruto Distribuição: Brasil (Acre, pedicelado; pedicelo grosso, 0,5-0,8 cm Amazonas, Mato Grosso, Pará, de comprimento. Cápsula Rondônia), Bolívia, Colômbia, Peru, subglobosa, 1,6-2,0 χ 1,7-1,9 cm, Guiana, Venezuela. arredondada ou apiculada no ápice, base Dispersão: O arilo é comido e as arredondada, sutura longitudinal impressa, sementes são dispersas por tucanos e ás vezes ligeiramente carenada; pericarpo araçaris {Ramphastos e Pteroglossus) coriàceo, liso ou rugoso quando seco, ca. (PERES, com. pess.). de 0,3 cm de espessura, arilo vermelho, Material examinado: Rodrigues 829/ fendido perto da base; semente subglobosa INPA 7065; Rodrigues 4997/ΓΝΡΑ 13658; ou ligeiramente elipsóide, 1,3-1,7 χ 1,3- PL 10. Figs. 1-4. MYRISTICACEAE. 1. Vimla caducifolia, a infaitescência; b. semente com arilo (Rodrigues 8583/INRA 21564; Van Roosmalen 26). 2. V. calophylla, a. infrutescência; b. fruto deiscente, semente removido; c. semente com arilo; d. semente sem arilo (Cid et al. 5357/INPA 137670; Peres 642). 3. V. calophyUoidea, a. infrutescência; b. semente, arilo removido (Peres 486). 4. V. cannata, a. infrutescência; b. semente, arilo removido (Rodrigues & Monteiro 9591/INPA 48321). 1,6 cm. comprimento, ferrugínea-tomentosa, Hábito e habitat: Arbusto ou pedúnculo ca. de 1,2 cm de comprimento, árvore até 30 m; comum em matas 3-5 frutos maduros por infrutescência, alagadiças, igapós, restingas, pântanos, pedicelados. Cápsula elipsóide-ovóide, 1,6- freqüente também na beira dos igarapés. 2,4 χ 1,6-2,0 cm, densamente ferrugínea- Distribuição: Brasil (Amazonas, tomentosa, ápice apiculado, base Rondônia), Colômbia e Venezuela. arredondada, sutura longitudinal nitidamente Dispersão: O fruto é consumido por carenada, pericarpo mais ou menos tucanos (Ramphastos sp.), e araçaris carnoso, ca. de 0,4 cm de espessura, arilo (Pteroglossus sp.) ( PERES, com. pess). vermelho, laciniado; semente elipsóide- Material examinado: Ducke s/n/ ovóide, 1,3-2,0 χ 1,2-1,5 cm. INPA 9031; Schultes 26181-A/INPA Hábito e habitat: Arbusto ou 37226; Silva et al. 1715/INPA 38797; árvore até 25 m; frequente em mata Coelho s/n/TNPA 46523; Rodrigues & primária de terra-firme. Monteiro 9591/ΓΝΡΑ 48321. Distribuição: Brasil (Amapá, Pará). 5.5. Virola coelhoi W. Rodrigues PI. Dispersão: O arilo é comido por 11, fig. 1 tucanos (Ramphastos cuvieri, Ramphastos vitellinus) e araçaris (Pteroglossus aracarí, Infrutescência até 5,0 cm de Pteroglossus bitorquatus, Pteroglossus comprimento, ferruginea, puberulenta, 1-8 inscriptus) (ΓΝΡΑ 98752,131160,113763). frutos por infrutescência, amarelo-ferrugíneo, Material examinado: Filho 7/ΓΝΡΑ pedicelados; pedicelo grosso, 0,3-0,4 cm de 98752; Filho 11/ΓΝΡΑ 98755; Rosa 4446/ comprimento. Cápsula subglobosa, 0,9-1,8 ΓΝΡΑ 113763. χ 0.8-1,7 cm, arredondada no ápice,arredondada e curtamente estipitada 5.7. Virola divergens Ducke na base, sutura longitudinal carenada em PI. 11, fig. 3 torno da sutura superior, ferrugínea- Infrutescência ca. de 14 cm de puberulenta e depois glabrescente, rugosa, comprimento, 4-8 frutos maduros por pericarpo, 0,1-0,3 cm de espessura, arilo infrutescência, pedúnculo até 4,5 cm de vermelho; semente subglobosa, 0,7-1,5 χ comprimento. Cápsula subglobosa ou 0,7-1,4 cm ligeiramente elipsóide, 1,8-3,8 χ 1,6-3,3 Hábito e habitat: Arbusto ou cm, densamente e persistentemente árvore até 38m; freqüente em mata de tomentosa, pelos desprendem-se com terra firme, em solo argiloso. facilidade quando os frutos estão velhos, Distribuição: Brasil (Amazonas), ápice arredondado ou levemente apiculado, Colômbia. base arredondada, sutura longitudinal im­ Material examinado: Coelho 619/ pressa, pericarpo quebradiço, coriàceo, ca. ΓΝΡΑ 53737. de 0,3 cm de espessura; arilo purpùreo, laciniado até perto da base; semente 5.6. Virola crebrinervia Ducke subglobosa ou ligeiramente elipsóide, 1,4- PI. 11, fig. 2 2,3 χ 1,0-1,6 cm. Infrutescência ca. de 9,5 cm de Hábito e habitat: Arbusto ou baixo pantanoso, e na mata de terra firme, árvore até 25 m; mata de terra firme, em solo argilo-arenoso. em solo arenoso. Distribuição: Brasil (Acre, Distribuição: Brasil (Acre, Amazonas), Colômbia, Equador, Peru. Amazonas, Rondônia, Roraima), Peru. Dispersão: O arilo é consumido Dispersão: O arilo é comido por por araçaris (Pteroglossus aracari) macaco-prego (Cebus apella apella) (INPA 98449). (SPIRONELO, com. pess.). Material examinado: Rodrigues et al. Material examinado: Coelho et al. s/ 10290/ΓΝΡΑ 98449; Monteiro & Lima 29/ n/INPA 2995; Prance 2143/ΓΝΡΑ 17710; ΓΝΡΑ 98974; Soria 22/ΓΝΡΑ 127807. Rodrigues & Monteiro 8220/ΓΝΡΑ 17607; 5.9. Virola elongata (Benth.) Warb. Aluísio 107/INPA 21386; Prance 11436/ PI. 11, fíg. 5 INPA 28586; Prance 12301/INPA 30624; Silva 251/ΓΝΡΑ 36342; Silva 266/ΊΝΡΑ Infrutescência ca. de 11 cm de 36357; Frazão 219; Van Roosmalen 32; comprimento, pedúnculo até 28 cm de Spironelo 204,304. comprimento, frutos pedicelados, pedicelos 0,2-0,5 cm de comprimento, imatura ca. de 5.8. Virola duckei A.C. Smith 40 frutos por infrutescência, madura 5-22 PI. 11, fig. 4 frutos por infrutescência. Cápsula Infrutescência ca. de 12 cm de elipsóide ou subglobosa, 1,1 -2,0 χ 1,0- comprimento, pedúnculo 1,2-4,0 cm de 1,5 cm, fruto imaturo coberto com comprimento, semicilíndrico ou pubescência ferruginea, maduro de cor deprimido, frutos pedicelados, pedicelo amarela, inicialmente densamente 0,5-0,6 cm de comprimento, ferrugíneo- tomentoso, logo glabrescente, apenas tomentoso e depois glabrescente e preto, persistentemente ferrugíneo-tomentoso na 2,4 (-13) frutos por infrutescência. base, obtuso ou dirninutamente apiculado Cápsula subovóide-elípsóde, 2,3-2,4 χ na ápice, base quase arredondada, sutura 1,8-2,0 cm, imatura ferrugínea- longitudinal sem elevação ou levemente tomentosa, madura glabrescente exceto carenada,pericarpo lenhoso, 0,1 -0,2 cm na base onde o tomento sempre é mais de espessura, arilo vermelho, laciniado ou menos persistente, obtusa no ápice, até perto da base; semente elipsóide, 1,0- base truncada, sutura longitudinal 1,5 χ 0,9-1,3 cm. levemente carenada, pericarpo grosso, Hábito e habitat: Arbusto ou ca. de 0,4 cm de espessura, coriàceo, árvore até 30 m; mata de terra firme, indeformável, após a deiscência quase em solo argilo-arenoso, floresta de preto e ruguloso; arilo vermelho, várzea, mata de igapó sujeito à laciniado desde o ápice até perto da inundação temporária, nas margens base; semente espessa, subovóide- dos rios ou áreas alagáveis. elípsóide, 2,1-2,4 χ 1,3-1,4 cm. Distribuição: Brasil (Acre, Hábito e habitat: Arbusto ou árvore Amazonas, Mato Grosso, Pará, até 35 m, casca um tanto lisa e sapopemas Rondônia, Roraima), Bolívia, Colômbia, ca. de 2 m de altura; freqüente na mata de Equador, Peru, Venezuela. PI. II. Figs. 1-5. MYRISTICACEAE. 1. Virola coelhoi, infrutescência (Coelho 619/INPA 53737). 2. V. crebrinen'ia, infrutescência (Rosa 4446/INPA 113763). 3. V. divergens, infrutescência (Frazão 219; Spironelo 204, 304). 4. V. duckei, a. infrutescência; b. fruto do tipo diferente; c. semente (Rodrigues et al. 10290/INPA 98449). 5. V. elongata (- theiodora), a. infrutescência; b. fruto deiscente; c. fruto do tipo diferente (Loureiro et al. s/n/INPA 37587). Dispersão: O arilo é comido por 5.11. Wrote gugenheimü W. Rodrigues tucanos (Ramphastos cuvieri, Ramphastos PI. 12, fig. 2 vitellinus) e araçaris (Pteroglossus aracari, Infrutescência ca. de 7 cm de Pteroglossus bitorquatus e Pteroglossus comprimento, pedúnculo grosso, ferrugíneo- viridis) (ΓΝΡΑ 98775). tomentoso, 1,0-2,5 cm de comprimento, 1- Material examinado: Prance 10399/ 5frutos maduros por infrutescência, INPA 26173; Barata s/n/INPA 37436; pedicelados, pedicelo grosso, até 0,5 cm de Loureiro et al. s/n/INPA 37587; Coelho & comprimento. Cápsula elipsóide ou ovòide, Aniceto s/n/TNPA 52384; Mello & Mota 88/ 1,8-2,7 χ 1,4-1,7 cm, fruto jovem coberto INPA 57410; Mello & Mota 96/INPA com indumento ferrugineo, maduro, 57418; Mello & Mota s/n/INPA 57890; glabrescente, ficando somente na base Mello & Mota s/n/INPA 57931. ferrugíneo-tomentoso, arredondado ou 5.10. Virola flexuosa A.C. Smith levemente apiculado no ápice, obtuso a PI. 12, fig. 1 arredondado na base, sutura longitudinal levemente carenada, pericarpo até 0,4 cm Infrutescência compacta, ca. de 7 cm de espessura, arilo ròseo, laciniado quase até de comprimento, pedúnculo 0,7-1,3 cm de a base; semente elipsóide ou ovòide, 1,6- comprimento, ferrugíneo-puberulento, fruto 2,5 χ 1,3-1,6 cm. pedicelado, pedicelo até 4,0 cm de Hábito e habitat: Arbusto ou árvore comprimento, 1-10 frutos por até 30 m, tronco cilíndrico, sem sapopemas, infrutescência. Cápsula elipsóide-ovoide, casca rugosa e fissurada longitudinalmente; 1,6-1,8 χ 1,5-1,6 cm, o fruto no começo mata de terra firme,em solo argiloso. copiosamente ferrugíneo-tomentoso, mas Distribuição: Brasil (Amazonas, presumivelmente glabrescente, arredondado Pará). a levemente apiculado no ápice, obtuso ou Material examinado: Filho 35/ΓΝΡΑ arredondado na base, no início abundante 81839; Coelho et al. 54/ΓΝΡΑ 98373. e uniformemente ferrugíneo-tomentoso, logo glabrescente, sutura longitudinal 5.12. Virola loretensis A.C. Smith levemente carenada, pericarpo 0,2 cm PI. 12, fig. 3 de espessura, arilo vermelho e Infrutescência até 40 cm de laciniado; semente elipsóide, 1,4- 1,5 comprimento, pedúnculo até 18 cm de χ 1,1-1,3 cm. comprimento, fruto pedicelado, pedicelo Hábito e habitat: Arbusto ou árvore grosso, ca. de 0,5 cm de comprimento, até 35 m; mata de terra firme, mata fechada tricomas ca. de 0,5 cm de comprimento, alta, mata de várzea e de igapó. 4-40 frutos por infrutescência, fruto Distribuição: Brasil (Amazonas), pendular piloso com densa pubescência Bolívia, Colômbia, Equador, Peru, Venezu­ ferruginea. Cápsula subglobosa ou ela. ligeiramenteelipsóide, 1,8-2,0 χ 1,4-1,5 cm, Material examinado. Coelho s/η/ΓΝΡΑ densa e persistentemente tomentosa, sutura 47252; Filho 8/ΓΝΡΑ 92176; Begazo 57/ longitudinal não distinguindo-se por estar ΓΝΡΑ 99968; Boom 4171ΛΝΡΑ 123927; coberto completamente o fruto com denso Boom4492/INPA 123934. e persistente tomento, pericarpo frágil, PI. 12. Figs. 1-3. MYRISTICACEAE. 1. Virola flexuosa, infrutescência (Begazo 57/1NPA 99968; Boom 4492/INPA 123934). 2. V. gugenheimii, a. infrutescência; b. fruto do tipo diferente (Filho 35/INPA 81839: Coelho et al. 54/INPA 98373). 3. V. loretensis, a. infrutescência, b. valva com semente e arilo (Prance et al. 23905/INPA 63290). geralmente 0,5 cm de espessura, arilo comprimento, pedúnculo ca. de 0,5 cm vermelho, reticulado; semente elipsóide ou de comprimento, 2-7 frutos por subglobosa, 1,4-1,5 χ 0,5-0,6 cm infrutescência. Cápsula coberta com Hábito e habitat: Arbusto ou pubescência ferruginea, alongada- árvore até 15 m; mata de terra firme, elipsóide, 1,7-2,2 χ 1,0-1,2 cm, ápice em solo argiloso, freqüentemente na obtuso, base atenuada, sutura longitu­ mata de várzea, caatinga, e em terrenos dinal impressa, pericarpo até 0,4 cm de freqüentemente inundados. espessura, arilo laranja, laciniado quase Distribuição: Brasil (Acre, até a base; semente elipsóide, 1,4-1,9 Amazonas), Colômbia, Peru. χ 0,7-0,8 cm. Material examinado: Prance Hábito e habitat: Arbusto até 8 16922/INPA 40113; Prance 17097/ m; mata de baixa de terra firme, em INPA 40290; Nascimento et al. 152/ solo argiloso úmido. INPA 54502; Ramos s/n/INPA 54123; Distribuição: Brasil (Amazonas, Pará), Rosa 499/INPA 57045; Prance et al. Peru. 23905/INPA 63290. Material examinado: Gentry et al. 20644/ΓΝΡΑ 83236; Monteiro & Coelho s/ 5.13. Virola malmei A.C. Smith PI. 13, n/INPA 97498; Gentry & Revilla 15874/ fig.l ΓΝΡΑ 108900; Vásquez et al. 1772/ΓΝΡΑ Infrutescência 4,0-4,5 cm de 120637; Vásquez

5.19. Virola multinervia Ducke Infrutescência até 5 cm de PI. 14, fíg. 4 comprimento, pedúnculo curto, ca. de 0,8 cm de comprimento, tomentoso, Infrutescência até 15,5 cm de fruto pedicelado, pedicelo quase séssil, comprimento, pedúnculo 4,5 cm de até 0,2 cm de comprimento, ferrugineo comprimento, piloso, fruto pedicelado, PI. 14. Figs. 1-4. MYRISTICACEAE. 1. Virola mimiiijlora, a. infrutescência; b. semente, arilo removido (Rodrigues & Monteiro 10027/INPA 70972; Rodrigues & Ramos 10094/INPA 80463). 2. V. mollisima, a. infrutescência; b. semente (Aguiar 3/INPA 95023) 3. V. multicostata, fruto deiscente (Egler 644). 4. V. multinervia, a. fruto deiscente; b. valva vista internamente mostrando semente e arilo; c. semente com arilo; d. semente, arilo removido (Peres 545, 702). tomentoso, 1-7 (-10) frutos por Dispersão: O arilo é consumido por infrutescência, pendulosos. Cápsula tucanos (Ramphastos cuvieri, Ramphastos ovóide-elipsóide, 2,2 χ 1,2 cm, vitellimis), araçaris (Pteroglossus aracari, tenuamente ferrugínea-tomentosa, ápice P. bitorquatus, P. viridis ), cotingas arredondado ou longitudinal impresso a (Lipaugus vociferans, Co tinga cay and), e levemente carenado, pericarpo trogonidae (Trogon melanurus, Τ. viridis, tenuamente coriàceo a lenhoso, ca. de 0,3 Τ. violaceus) (ΓΝΡΑ 98737, 98771); a cm de espessura, arilo escarlate; semente semente é engolida por Ramphastos sp., ovóide-elipsóide, estreitando-se em Cebus apella, e Ateies chamek (PERES, direção a base, 0,9-1,8 χ 1,5 cm. com. pess.). Hábito e habitat: Arbusto ou Material examinado: Coelho s/n/INPA árvore até 8 m; mata de terra firme. 5160; Loureiro et al. s/η/ΓΝΡΑ 37639; Distribuição: Brasil (Amazonas), Prance 15633/ΓΝΡΑ 33850; Loureiro et al. Colômbia, Equador, Peru. s/n/INPA 38954; Loureiro et al. s/n/TNPA Material examinado: Prance 3269/ 48416; Nascimento et al. 5/INPA 53739; ΓΝΡΑ 18845; Prance et al. 23786/ΓΝΡΑ Nascimento et al. 51/INPA 53740; 63119; Coelho 1789/INPA 95760; Ramos s/n/TNPA 54144; Peres 114, 506, Monteiro et al. 20/ΓΝΡΑ 95780. 584, 701; Van Roosmalen 47; Defler 138, 226. 5.21. Virola pavonis (A. DC.) A.C. Smith PI. 15, fig. 2 . 5.22. Virola peruviana (A. DC.) Infrutescência 16,5 cm de Warb. PI. 16, fig. 1 comprimento, espalhadamente puberulenta Infrutescência 10-12 cm de ou inteiramente glabra, pedúnculo 5,4 cm complimento, glabrescente, pedúnculo de comprimento, fruto pedicelado, pedicelo tomentoso, depois glabro, até 2 cm de grosso, 0,4-0,7 cm de comprimento, poucos complimento, fruto pedicelado, pedicelo frutos maduros por infrutescência Cápsula grosso, 0,4-0,5 cm de comprimento, 5-15 elipsóide, 3,6-4,2 χ 3,0-3,4 cm, imatura frutos maduros por infrutescência. Cápsula verde, madura verde-amarelada, sutura lon­ elipsóide, 1,4-2,4 χ 1,1-2,3 cm, madura de gitudinal nitidamente carenada, pericarpo cor amarela, ferrugínea-tomentosa, depois coriàceo, rugoso, lenhoso, ca. de 0,7 cm glabrescente, aguda ou apiculada no ápice, de espessura, arilo laciniado quase até a base arredondada ou obtusa, sutura longi­ base; semente elipsóide, longitudinalmente tudinal conspicuamentecarenada, com muita sulcada pela pressão do arilo, 2,0-2,6 χ 1,1- elevação, pericarpo 0,3-1,4 cm de 1,5 cm espessura, na maturidade muitas vezes Hábito e habitat: Arbusto ou árvore levemente pontuado, arilo grosso, até 30 m; comum na mata de terra firme, laciniado; semente elipsóide, 1,1-1,5 χ às vezes nas caatingas, menos freqüente na 0,9-1,3 cm. mata pantanosa e igapó. Hábito e habitat: Arbusto ou árvore Distribuição: Brasil (Acre, Amazonas, até 35 m; mata de terra firme, e margens Mato Grosso, Pará, Rondônia), Colômbia, inundáveis dos rios, geralmente ocorre em Equador, Peni, Venezuela. regiões de baixa altitude. PL 15. Figs. 1-2. MYRISTICACEAE. 1. Virola obovata (Coelho 1789/INPA 95760; Monteiro et al. 20/ INPA 95780). 2. V. pavonis, a. infrutescência; b. valva vista internamente, mostrando semente e arilo; c. semente, arilo removido (Peres 114,506,584,701; Van Roosmalen 47; Defler 138,226). Distribuição: Brasil (Acre, (Pteroglossus torquatus), e motmots Amazonas), Colômbia, Equador, Peru. (Baryphthengus martii) (HOWE, 1981; Dispersão: O arilo é consumido HOWE et al, 1982), marsupiais (Di- por araçaris (Pteroglossus aracari, Ρ delphis marsupialis, Philander opos­ bitorquatus, e P. viridis) (ΓΝΡΑ 92175). sum, Caluromys philander, Marmosa Material examinado: Prance 7510/ cinerea, e Marmosa murino) e kinka- INPA 24309; Prance 13692/INPA jous, macacos-da-noite ou juparás 31908; Prance 19742/INPA 43226; (Potos /7avtis)(CHARLES-DOMIN- Barriga 14006/INPA 47265; Damião IQUE et al, 1981); a semente imatura 2617/ΓΝΡΑ 72415; Rodrigues 98/ΓΝΡΑ é predada por roedores como o porco- 85368; Filho 4/ΓΝΡΑ 92175. espinho (Coendu prehensilis) e Echimys armatus (CHARLES-DOMINIQUE, et 5.23. Virola sebifera Aublet PI. 16, al, 1981 ), e a semente madura é comida fig. 2 por cutias (Dasyprocta Infrutescência 16,5 cm de punctata)(HOWE, 1981). comprimento, pedúnculo 2,5-3,0 cm de Material examinado: Prance 4567/ comprimento, fruto pedicelado, pedicelo ΓΝΡΑ 20200; Prance 5755/ΓΝΡΑ 22512; 0,1-0,4 cm de comprimento, 10-30 frutos Prance 13850/INPA 32066; Maguire et al. por infrutescência. Cápsula elipsóide ou 56928/INPA 36269; Irwin 17058/INPA subglobosa, 1,2-2,1 χ 1,0-1,4 cm, 36271; Irwin et al. 116444/INPA 36272; densamente feirugínea-tomentosa, depois Anderson 10244/TNPA 47047; Anderson glabrescente, ápice levemente apiculado 10006/INPA 47049; Cordeiro 67/ΓΝΡΑ aobtuso, base atenuada, sutura longitu­ 48896; Anònimo s/n/INPA 57268. dinal lisa à levemente carenada, pericarpo 5.24. Virola sessilis (A. DC.) Warb. 0,4-1,1 cm de espessura, arilo vermelho, PI. 17, fig. 1 laciniado até a metade do seu comprimento e às vezes mais profundamente; semente Infrutescência até 8,5 cm de elipsóide ou subglobosa, 1,0-1,3 χ 0,8-1,0 comprimento, geralmente bifurcada, cm, sulcada pela pressão do arilo. pedúnculo até 3,4 cm de comprimento, Hábito e habitat: Arbusto ou fruto pedicelado, pedicelo grosso, 0,2-0,6 árvore até 30 m, muitas vezes com cm de comprimento, 2-15 frutos maduros sapopemas; mata de terra firme, em por infrutescência. Cápsula elipsóide, 1,4- solo argiloso, em capoeira e cerrado. 2,5 χ 1,0-1,9 cm, formando uma meia lua, Distribuição: Brasil (Acre, lisa, apiculada no ápice a ligeiramente Amapá, Amazonas, Mato Grosso, arredondada, obtusa na base, tenuamente Rondônia, Roraima), Bolívia, castanho puberulenta, pericarpo ca. de 0,5 Colômbia, Guiana, Peru. cm de espessura, arilo vermelho, Dispersão: O arilo é consumido por fendido quase até a base; semente pássaros frugívoros especializados como elipsóide, 1,2-2,3 χ 1,0-2,2 cm. cotingas (Tityra semifasciata), tucanos Hábito e habitat: Arbusto ou árvore (Ramphastos swainsonii, R. sulfuratus), até 2 m, freqüente no cerrado aberto Trogonidae (Trogon masseria), araçaris sobre solo arenoso. PI. 16. Figs. 1-2. MYRISTICACEAE. 1. Virola peruviana, a. c b. fruto jovem, ferrugíneo-tomentoso; c. infrutescência madura (Filho 4/INPA 92175). 2. Κ sebifera, a. e b. fruto jovem, ainda ferrugíneo- tomentoso; c. fruto deiscente; d. semente com arilo (Irwin et al. 116444/INPA 36272). Distribuição: Brasil (Mato Grosso, Barypthengus martii, Pteroglossus Rondônia). torquatus, Tityra semifasciata ('ladrão Material examinado: Silva et al. de frutos'), e Ateies geoffroyi (HOWE 4576/INPA 135052; Maguire et al. & VAN DE KERCKHOVE, 1981; 56558/ΓΝΡΑ 36265. HOWE, 1981, 1983); macacos aranha, cotingas e tucanos (VAN 5.25. Virola surinamensis (Rol.) ROOSMALEN, 1985); Ramphastos Warb. PI. 17, fig. 2 tucanus, Pteroglossus vitellinus, P. Infrutescência tomentosa, depois aracari, P. bitorquatus, P. inscriptus, essencialmente glabra por inteiro, ca. de Gynnoderus foetidus, e Megarhynchus 8,5 cm de comprimento, pedúnculo até pitangua (ΓΝΡΑ 98749, 98748); o arilo 4,0 cm de comprimento, fruto é comido por Ateies paniscus (VAN pedicelado, pedicelo até 0,7 cm de ROOSMALEN & KLEIN, 1988); o comprimento, 2-8 frutos por arilo e a semente imatura são infrutescência. Cápsula elipsóide ou consumidos por Chiropotes satanas subglobosa, 1,2-2,3 χ 1,5-2,2 cm, ápice chiropotes (FRAZÃO, 1992) e apiculado, base levemente estipitada, Pteroglossus e Ramphastos (PERES, amareia-marrom tomentosa, depois com. pess.); o arilo maduro é comido e glabrescente, sutura longitudinal a semente dispersa por kinkajous, juparás ligeiramente carenada, pericarpo até 0,3 ou macacos-da-noite (Potos flavus), cm de espessura, coriàceo, arilo vermelho, somente o arilo é comido por marsupiais fendido quase até a base; semente (Didelphis marsupialis, Philander opos­ levemente elipsóide, 1,4-1,7 χ 1,3-1,5 cm. sum, Caluromys philander, Marmosa Hábito e habitat: Arbusto ou cinerea, e Marmosa murino.), e a árvore até 50 m; em solo argiloso semente imatura é predada por porco- sujeito à inundação temporária, espinhos {Coendu prehensilis) e Echimys acompanhando as margens dos rios, armatus (CHARLES-DOMINIQUE et igapós, até o limite da inundação, al, 1981). limitando-se à mata periodicamente Material examinado: Rodrigues inundada de preferência de água branca 747/INPA 6895; Prance 8682/INPA (várzea). 25481; Agostini et al. 1683/INPA Distribuição: Brasil (Amazonas, 46813; Zarucchi 1247/INPA 90315; Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Kato 1/TNPA 91934; Zarucchi 1247-A/ Pará, Piauí, Roraima), Antilhas INPA 94010; Peres 334, 746; Frazão Menores desde Guadalupe até 160; Defler 80, 119. Granada, Colômbia, Equador, Guianas, 5.26. Virola venosa (Benth.) Warb. Peru, Tobago, Trinidade, Venezuela PI. 17, fig. 3 Meridional. Infrutescência 3,5-7,0 cm de Dispersão: Endozoocórica. O arilo comprimento, castanho-marrom- é consumido por tucanos (Rampltastos puberulenta, glabrescente, pedúnculo swainsonii, R. sulfuratus), Penelope até 0,9 cm de comprimento, fruto purpurascens,Trogon massena, PI. 17. Figs. 1-3. ΜYRISTICACEAE. 1. Virola sessilis, a. fruto deiscente; b. c. e d. frutos de tipos diferentes (Silva et al. 4576/INPA 135052; Maguire et al. 56558/INPA 36265) 2. V. surinamensis, a. fruto jovem, uma valva removida; c. fruto maduro; d. fruto deiscente, mostrando semente com arilo; e. semente; b. fruto jovem, uma valva removida; c. fruto maduro; d. fruto deiscente, mostrando semente com arilo, e. semente, arilo removido (Peres 334, 746; Frazãol60; Defler 80, 119). 3. V. venosa, a. infrutescência; b. fruto deiscente, semente e arilo removidos; c. semente com arilo (Peres 486; Van Roosmalen 52; Defler 61). pedicelado, pedicelo grosso, 0,3-0,6 cm Freire Setz, Dr. Jean-Philippe Boubli, Dr. de comprimento, 2-6 frutos por Thomas R. Defler, Silvia Egler, Edson da infrutescência. Cápsula subglobosa Rocha Frazão e Wilson Spironelo; ao Dr. ouelipsóide, 1,9-2,2 χ 1,6-1,8 cm, William A. Rodrigues, especialista na puberulenta, depois glabrescente, taxonomia das Miristicáceas e responsável nitidamente carenada-arrendada e pela identificação da maioria das plantas paniculada, assimétrica, um lado do citadas neste texto, e dois revisores ápice mais elevado, arredondada na anônimos pela revisão do texto; á Sra. base, pericarpo liso, 0,3 cm de Lambertha Blijenberg por desenhar os espessura, arilo laciniado até quase a frutos e sementes. base; semente elipsóide, 1,4-1,5 χ 1,2- Bibliografia Citada 1,3 cm, lisa. Hábito e habitat: Arbusto ou árvore AGUIRRE, A.C. 1971. 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As Espécies de Iryanthera Warburg Rodrigues 5561/INPA 14234; (Myristicaceae) da Reserva Florestal Ducke. Rodrigues 6708/TNPA 15158; Loureiro Dissertação de Mestre ao INPA/FUA, s/n/INPA 16175; Peres 486; Van Manaus-AM, Brasil, 94 p. Roosmalen 52; Defler 61. BENTHAM, G. 1853. Notes on the American Species of Myristica Hook. Journ. Bot. AGRADECIMENTOS & Kew Card. Misc., 5: p. 1-7. Agradecemos aos seguintes BENTHAM G. & J.D. HOOKER. 1880. pesquisadores e estudantes de pós- Myristicaceae. In: Genera Plantarum. Lon­ don 3(1): p. 135-139. graduação e doutorado que doaram as suas BUCHANAN, D„ MITTERMEIER, R.A. & coleções de frutos ao primeiro autor em M.G.M. VAN ROOSMALEN. 1981. troca de identificação do material, e que The Saki Monkeys, Pithecia. In: comunicaram sobre o consumo e a Ecology and Behavior of Neotropical dispersão de sementes pelos animais Primates. Vol.1. Eds. Coimbra-Filho A. & R.A. Mittermeier. 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Aceito para publicação em 10.10.96

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