Plano Estratégico De Desenvolvimento De Ponte Da Barca

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Plano Estratégico De Desenvolvimento De Ponte Da Barca Ri f orter Consultoria em Ord enamento do Território, Lda. PLANO ESTRATÉGICO DE DESENVOLVIMENTO DE PONTE DA BARCA ESTUDO PRÉVIO PLANO ESTRATÉGICO DE DESENVOLVIMENTO DO MUNICÍPIO DE PONTE DA BARCA ESTUDO PRÉVIO / Nov. 2006 RIFORTER – CONSULTORIA EM ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO LDA __________________________________________________________ J.A. Rio Fernandes (coord.) NovemNovembrobro de 2002006666 ÍNDICE CARACTERIZAÇÃO 9. Turismo (Luís Saldanha Martins) Coordenação: José Alberto V. Rio Fernandes AAAcçõesAcções de envolvimentoenvolvimento: Mário G. Fernandes (entrevistas e inquéritos) ColaboraçãoColaboração: Pedro Chamusca, Bruno Pires, Ana Silva e Ângela Silva (levantamentos de campo, com registo fotográfico e geo-referenciação) PLANO ESTRATÉGICO DE DESENVOLVIMENTO DO MUNICÍPIO DE PONTE DA BARCA ESTUDO PRÉVIO / Nov. 2006 RIFORTER – CONSULTORIA EM ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO LDA __________________________________________________________ Caracterização PLANO ESTRATÉGICO DE DESENVOLVIMENTO DO MUNICÍPIO DE PONTE DA BARCA ESTUDO PRÉVIO / Nov. 2006 RIFORTER – CONSULTORIA EM ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO LDA __________________________________________________________ 9. TURISMO 9.1. Introdução A componente do «turismo» que é apresentada integra o Plano Estratégico de Ponte da Barca, pretendendo-se aqui enunciar um conjunto de linhas estratégicas que orientem o desenvolvimento do município, considerando-o como parte incontornável tanto da definição da estrutura territorial, como da projecção e notoriedade exterior. A componente do turismo será estruturada de forma objectiva e ponderada, tendo como referência um cenário temporal equivalente a dois ciclos eleitorais. A organização do texto passará por quatro alíneas, a primeira e a segunda enunciado um conjunto de aspectos de enquadramento e de diagnóstico da situação do turismo, a terceira e a quarta produzindo uma análise do quadro de referência que baliza a actividade turística desejável e futura, apontando igualmente linhas prospectivas e as grandes tendências propostas para o desenvolvimento do turismo em Ponte da Barca. Importa, desde as primeiras linhas de desenvolvimento do tema e como afirmação de princípios, declarar o reconhecimento da importância e até da imprescindibilidade, em articular as iniciativas e as actividades associadas ao turismo com o quadro urbano, com as componentes rurais ou naturais e com a conservação e protecção das paisagens, nomeadamente humanizadas, ou com as tendências e a agenda cultural. Acresce que, na actualidade, o turismo afirma-se, PLANO ESTRATÉGICO DE DESENVOLVIMENTO DO MUNICÍPIO DE PONTE DA BARCA ESTUDO PRÉVIO / Nov. 2006 RIFORTER – CONSULTORIA EM ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO LDA __________________________________________________________ igualmente, como uma referência para a qualidade de vida ou para as características dos serviços prestados às populações, confirmando a actividade turística ser um dos importantes vectores do ciclo de desenvolvimento que percorremos. Sublinhe-se, igualmente, que muitas das actividades de turismo bem como a criação de produtos turísticos relevantes, deverão passar pela integração em dinâmicas que ultrapassem as referências territoriais do município, sendo importante sem dúvida a afirmação da identidade local, mas também a articulação com outros territórios para a assunção da massa crítica que potencie a penetração em mercados mais amplos. 9.1. QQuadrouadro de referência e apontamentos de diagnóstico A situação conjuntural que se atravessa, a par do desenho de um desenvolvimento estrutural assente ainda no longo e significativo processo de crescimento pós segunda grande guerra mundial – os «trinta gloriosos» – reforçam a importância da incontornável e profunda interligação entre as dinâmicas expansivas, regressivas ou de estagnação que animam os países individualmente ou no seu conjunto. Esta perspectiva de maior amplitude, permite evocar as grandes tendências que têm caracterizado o turismo internacional nas últimas décadas, sem que todavia se deixe de justificar abordagens a diferentes escalas – do país ao lugar – que permitam esmiuçar algumas linhas identificadoras que são marcas indeléveis do território em análise. PLANO ESTRATÉGICO DE DESENVOLVIMENTO DO MUNICÍPIO DE PONTE DA BARCA ESTUDO PRÉVIO / Nov. 2006 RIFORTER – CONSULTORIA EM ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO LDA __________________________________________________________ TenTendênciasdências do turismo internacional Longo processo de crescimento que culmina numa “indiferente incerteza” Deslocações intra-continentais e procura de destinos «seguros» Pulverização dos mercados e das clientelas Explosão da comunicação entre áreas turísticas e potenciais clientes em experiências virtuais num novo mundo «on-line» Novidade dos transportes aéreos de baixo custo O turismo mundial percorreu desde os anos 50 até 2001, um período de crescimento quase ininterrupto, que culminou numa fase de imensa euforia, marcada pela «dupla» passagem do milénio. Na actualidade, a actividade turística, atravessa uma fase de renovada energia que se expande sobre as ondas de choque provocadas pela série «negra» de acontecimentos que esmoreceu esse longo crescimento, com epidemias, acidentes, desastres naturais e terrorismo, que marcaram em permanência o fim do século XX e o arranque do XXI. Os movimentos de turistas nos anos de 2004 e 2005, não só deixam transparecer o esmorecimento nas memórias individuais e colectivas dos acontecimentos anteriores, como evidenciam o reforço do turismo intra-continental (em 1998 na Europa 87,4%) assente essencialmente em opções por destinos «seguros» de proximidade. PLANO ESTRATÉGICO DE DESENVOLVIMENTO DO MUNICÍPIO DE PONTE DA BARCA ESTUDO PRÉVIO / Nov. 2006 RIFORTER – CONSULTORIA EM ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO LDA __________________________________________________________ Evolução do número de turistas em milhões (1950-2005) 900 800 700 Mundo Europa 600 500 400 300 200 100 0 1950 1955 1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 Fonte: Organização Mundial do Turismo Paralelamente, regista-se uma acentuada tendência para o aumento do número de deslocações, repartidas ao longo do ano, e uma contracção na duração, sobretudo do período mais longo. Desde os anos 90 que esta alteração se foi acentuando, sendo acompanhada pelo aumento na diversidade dos destinos, acrescentando aos mais tradicionais uma panóplia de alternativas que permitem criar domínios de forte especialização e a segmentação de mercados e clientelas. Continuando o destino «sol e mar» a constituir a primeira e principal opção, a cidade, o rural e a montanha, assentes em fortes componentes de preenchimento cultural e ambiental – esta como clara extensão cultural – têm visto fortemente reforçadas as respectivas cotas no mercado de viagens. A comunicação entre visitantes e destinos tem igualmente sofrido fortes transformações, sendo sucessivamente reduzida a presença de «intermediários», na medida em que os potenciais consumidores passam a utilizar pesquisas na PLANO ESTRATÉGICO DE DESENVOLVIMENTO DO MUNICÍPIO DE PONTE DA BARCA ESTUDO PRÉVIO / Nov. 2006 RIFORTER – CONSULTORIA EM ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO LDA __________________________________________________________ «Internet» como grande meio de acesso à informação, à preparação das deslocações e à aquisição. O Reino Unido, em 2004, registava uma percentagem de reservas «on-line» já superior a 50% do total enquanto a França tinha ultrapassado os 30%, muito próximo dos valores de reservas efectuadas em «agências de viagem». Nas deslocações realizadas na Europa, o transporte individual continua a representar uma muito importante componente, tendo-se registado em 2004 um volume de chegadas de turistas na ordem dos 54% em veículo automóvel próprio, facto que deve merecer uma cuidada atenção sobretudo num período de crescente saturação dos transportes aéreos nos picos de férias, mas também num período em que a aviação de «baixo custo» explodiu numa ampla gama de oferta de destinos. Tendências do tuturismorismo nacional Apresentação do «Plano Estratégico Nacional do Turismo» e articulação com o PNPOT Reforço da concentração da oferta turística no Algarve, Lisboa e Madeira Concentração da procura nos mercados espanhol, britânico, alemão, francês e holandês Dominância do “sol e mar”, “golfe”, “circuitos” e “curta duração” As actividades turísticas em Portugal encontram-se balizadas entre duas referências essenciais: o «Plano Estratégico Nacional do Turismo» que enuncia as linhas mestras para o desenvolvimento das actividades turísticas na componente PLANO ESTRATÉGICO DE DESENVOLVIMENTO DO MUNICÍPIO DE PONTE DA BARCA ESTUDO PRÉVIO / Nov. 2006 RIFORTER – CONSULTORIA EM ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO LDA __________________________________________________________ territorial e na definição dos «produtos» a promover, e a consolidação dos principais indicadores da actividade turística. O «Plano Estratégico Nacional do Turismo» foi apresentado em Janeiro de 2006, na Bolsa de Turismo de Lisboa, tendo como cenário temporal de referência 2015. Este quadro temporal visa implementar cinco grandes eixos que permitirão ancorar a intervenção no turismo nacional: Eixo I – Território, Destinos e Produtos; Eixo II – Marcas e Mercados; Eixo III – Qualificação de Recursos; Eixo IV – Distribuição e Comercialização e Eixo V – Inovação e Conhecimento. Admitindo que o quadro de referência definido para cada um dos eixos permitirá alimentar intervenções preferenciais e imprimirá uma renovada dinâmica às acções a lançar no futuro imediato, são destacáveis algumas componentes que seguramente
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