Supremo Tribunal Federal
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Poder Judiciário Supremo Tribunal Federal Recibo de Petição Eletrônica AVISO É de responsabilidade do advogado ou procurador o correto preenchimento dos requisitos formais previstos no art. 9º, incisos I a IV, da Resolução 427/2010 do STF, sob pena de rejeição preliminar, bem como a consequente impossibilidade de distribuição do feito. O acompanhamento do processamento inicial pode ser realizado pelo painel de petições do Pet v.3 e pelo acompanhamento processual do sítio oficial. Protocolo 00542887120211000000 Petição 52138/2021 Classe Processual MS - MANDADO DE SEGURANÇA Sugerida Marcações e Medida Liminar Preferências Relação de Peças 1 - Petição inicial Assinado por: GEAN CARLOS FERREIRA DE MOURA AGUIAR 2 - Documentos comprobatórios Assinado por: GEAN CARLOS FERREIRA DE MOURA AGUIAR 3 - Documentos comprobatórios Assinado por: GEAN CARLOS FERREIRA DE MOURA AGUIAR 4 - Documentos comprobatórios Assinado por: GEAN CARLOS FERREIRA DE MOURA AGUIAR 5 - Documentos comprobatórios Assinado por: GEAN CARLOS FERREIRA DE MOURA AGUIAR 6 - Documentos comprobatórios Assinado por: GEAN CARLOS FERREIRA DE MOURA AGUIAR 7 - Documentos comprobatórios Assinado por: GEAN CARLOS FERREIRA DE MOURA AGUIAR 8 - Documentos comprobatórios Assinado por: GEAN CARLOS FERREIRA DE MOURA AGUIAR Polo Ativo ELVINO JOSE BOHN GASS (CPF: 125.582.062-49) MARCELO RIBEIRO FREIXO (CPF: 956.227.807-72) ARLINDO CHIGNALIA JUNIOR (CPF: 068.211.461-87) WOLNEY QUEIROZ MACIEL (CPF: 749.899.104-78) TALIRIA PETRONE SOARES (CPF: 111.382.957-52) RENILDO VASCONCELOS CALHEIROS (CPF: 209.360.794-87) JOENIA BATISTA DE CARVALHO (CPF: 323.269.982-00) DANILO JORGE DE BARROS CABRAL (CPF: 509.036.914-34) ALESSANDRO LUCCIOLA MOLON (CPF: 014.165.767-70) Polo Passivo ARTHUR CESAR PEREIRA DE LIRA (CPF: 678.210.904- 25) Data/Hora do Envio 19 /05/2021, às 12:20:16 Enviado por GEAN CARLOS FERREIRA DE MOURA AGUIAR (CPF: 047.441.961-44) EXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, MINISTRO LUIZ FUX ELVINO JOSÉ BOHN GASS, brasileiro, casado, agricultor e professor de História, portador do RG nº 8.021.611.796 – SDJ/RS e CPF nº 125.582.062-49, atualmente no exercício do mandato de Deputado Federal pelo PT/RS, com endereço na Câmara dos Deputados – Anexo III – Gabinete 469 – Brasília (DF) e, ainda, Líder da Bancada do Partido dos Trabalhadores na Câmara Federal, com endereço eletrônico [email protected]; MARCELO RIBEIRO FREIXO, brasileiro, casado, Deputado Federal pelo Estado do Rio de Janeiro e Líder da Minoria na Câmara dos Deputados, portador da identidade parlamentar no 56315 e CPF no 956.227.807-72, com endereço profissional no Palácio do Congresso Nacional, Praça dos Três Poderes, Câmara dos Deputados, Anexo IV, Gabinete 725, Brasília-DF, 70160-900, com endereço eletrônico [email protected]; ALESSANDRO LUCCIOLA MOLON, brasileiro, casado, Deputado Federal pelo Estado do Rio de Janeiro e Líder da Oposição na Câmara dos Deputados, portador da carteira de identidade parlamentar no 287, expedida pela Câmara dos Deputados, com endereço profissional no Palácio do Congresso Nacional, Praça dos Três Poderes, Anexo IV, Gabinete 304, Brasília/DF, 70165-900, com endereço eletrônico [email protected]; ARLINDO CHIGNALIA JUNIOR, brasileiro, casado, Deputado Federal pelo Estado de São Paulo e Líder da Minoria no Congresso Nacional, portador da cédula de identidade no 4726765, inscrito no CPF sob o no 068.211.461-87, com endereço profissional na Praça dos Três Poderes, Palácio do Congresso Nacional, Câmara dos Deputados, Edifício Principal, Gabinete 4, BrasíliaDF, 70165-900, com endereço eletrônico [email protected]; WOLNEY QUEIROZ MACIEL, Deputado Federal, Líder do PDT na Câmara dos Deputados, brasileiro, casado, portador do RG 4.077.009 SSP/PE, CPF nº 749.899.10478; com endereço na Câmara dos Deputados, gabinete 936, anexo IV, CEP 70160-900, [email protected]; TALÍRIA PETRONE SOARES, brasileira, solteira, professora, portadora do RG nº 12.608.655-2 DETRAN/RJ, CPF nº 111.382.957- 52 atualmente no exercício do mandato de Deputada Federal pelo PSOL/RJ, com endereço na Câmara dos Deputados, anexo IV, gabinete 617 – Brasília (DF) e, ainda, Líder da Bancada do Partido Socialismo e Liberdade na Câmara Federal, com endereço eletrônico [email protected]; RENILDO VASCONCELOS CALHEIROS, brasileiro, solteiro, geólogo, portador do RG nº 286701SSP/AL e inscrito no CPF nº 209.360.794-87, atualmente no exercício do Mandato 1 de Deputado Federal pelo PCdoB/PE, com endereço na Praça dos Três Poderes, gabinete nº 915, anexo IV, da Câmara dos Deputados, Brasília/DF e, ainda, Líder da Bancada do Partido Comunista do Brasil na Câmara Federal, com endereço eletrônico [email protected]; JOÊNIA BATISTA DE CARVALHO, brasileira, Deputada Federal, indígena Wapichana, Líder da REDE na Câmara dos Deputados, portadora da cédula de identidade nº 90475, inscrita no CPF sob o no 323.269.982-00, com endereço profissional na Praça dos Três Poderes, Câmara dos Deputados, Anexo IV, Gabinete no 231, Brasília/DF, CEP 70160-900, endereço eletrônico [email protected]; DANILO JORGE DE BARROS CABRAL, brasileiro, casado, inscrito no CPF nº 509.036.914-34, atualmente no exercício do Mandato de Deputado Federal pelo PSB/PE, com endereço na Praça dos Três Poderes, gabinete nº 423, anexo IV, da Câmara dos Deputados, Brasília/DF e, ainda, Líder da Bancada do Partido Socialista Brasileiro na Câmara Federal, com endereço eletrônico [email protected], vêm à douta presença de Vossa Excelência, por intermédio dos Advogados que ao final subscrevem, com fundamento nos artigos 5°, inciso LXIX, 37, caput, Art. 62, da Constituição Federal e, ainda, no que estatui o artigo 1° da Lei 12.016, de 2009, impetrarem e ainda, na jurisprudência consolidada desta Egrégia Corte, propor a presente MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR Contra ato ilegal, abusivo e inconstitucional, perpetrado pelo Exmo. Senhor Presidente da Câmara dos Deputados, o Deputado Artur Lira (PP-AL), desde logo indicado como autoridade Coatora, o qual deverá ser intimado/citado para os atos do presente mandamus, junto à Presidência da Câmara dos Deputados - Câmara dos Deputados – Brasília (DF), tendo em vista os fatos e fundamentos de direito adiante delineados. I – Considerações iniciais 1. Afirma-se inicialmente que à semelhança dos Regimentos Internos dos Tribunais pátrios, o Regimento Interno da Câmara dos Deputados e, neste caso em específico, o Ato Conjunto das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal nº 1/2020, que estabelece regras de análise das medidas provisórias pelos Plenários da Câmara e do Senado, tem natureza jurídica de lei material e, nessa condição, busca seu fundamento de validade no próprio seio do texto da Carta da República. 2 2. Nesse sentido, mutatis mutandi, foi o entendimento desse Supremo Tribunal Federal nos autos da ADI 1.105-7/DF, da relatoria do ministro Ricardo Lewandowski: PRECEDENTE: RELATOR(A) MINISTRO PAULO BROSSARD - STF - ADI-MC - MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE - PROCESSO: 1105/DF - DJ 27-04-01. VOTO. (...) Os antigos regimentos lusitanos se não confundem com os regimentos internos dos tribunais; de comum eles têm apenas o nome. Aqueles eram variantes legislativas da monarquia absoluta, enquanto estes resultam do fato da elevação do Judiciário a Poder do Estado e encontram no Direito Constitucional seu fundamento e previsão expressa. O ato do julgamento é o momento culminante da ação jurisdicional do Poder Judiciário e há de ser regulado em seu regimento interno, com exclusão de interferência dos demais Poderes. A questão está em saber se o legislador se conteve nos limites que a Constituição lhe traçou ou se o Judiciário se manteve nas raias por ela traçadas, para resguardo de sua autonomia. Necessidade do exame em face do caso concreto. A lei que interferisse na ordem do julgamento violaria a independência do judiciário e sua conseqüente autonomia. Aos tribunais compete elaborar seus regimentos internos, e neles dispor acerca de seu funcionamento e da ordem de seus serviços. Esta atribuição constitucional decorre de sua independência em relação aos Poderes Legislativo e Executivo. Esse poder, já exercido sob a Constituição de 1891, tornou- se expresso na Constituição de 34, e desde então vem sendo reafirmado, a despeito, dos sucessivos distúrbios institucionais. A Constituição subtraiu ao legislador a competência para dispor sobre a economia dos tribunais e a estes a imputou, em caráter exclusivo. Em relação à economia interna dos tribunais a lei é o seu regimento. O regimento interno dos tribunais é lei material. Na taxinomia das normas jurídicas o regimento interno dos tribunais se equipara à lei. A prevalência de uma ou de outro depende de matéria regulada, pois são normas de igual categoria. Em matéria processual prevalece a lei, no que tange ao funcionamento dos tribunais o regimento interno prepondera. Constituição, art. 5º, LIV e LV, e 96, I, a. Relevância jurídica da questão: precedente do STF e resolução do Senado Federal. Razoabilidade da suspensão cautelar de norma que alterou a ordem dos julgamentos, que é deferida até o julgamento da ação direta. 3. Nessa perspectiva, eventual inobservância das regras regimentais, notadamente por seus destinatários naturais (Deputados Federais), quando se está em jogo matéria de estatura eminentemente constitucional (tramitação das medidas provisórias 3 submetidas à apreciação do Congresso Nacional - art. 62 da Constituição), longe de circunscrever-se como mera questão interna, configura verdadeira ilegalidade a suscitar a intervenção do Poder Judiciário. 4. Versa a presente Impetração acerca de decisão ilegal, adotada pelo Presidente eleito da Câmara dos Deputados, em clara violação não apenas ao art. 62 da Carta Constitucional e às decisões desta Corte no bojo da ADPF 663, que é fundamento de validade do Ato Conjunto 1/2020, mas, principalmente, ao artigo 5º, LIV, da CF/88, que estabelece o devido processo legislativo e art. 1º e 5º, XXXVI, CF, que versa sobre a segurança jurídica.