JORNALJORNAL DODO SENADOSENADO Ó RGÃO DE DIVULGAÇÃO DAS ATIVIDADES DO SENADO FEDERAL ANO V II – N º 1.250 – B RASÍLIA, QUARTA- FEIRA, 7 DE MARÇO DE 2001

ADIADA PARA HOJE VOTAÇÃO HOMENAGEM A MÁRIO COVAS DO PROJETO QUE ESTIMULA A FIDELIDADE PARTIDÁRIA A proposta, do senador Jorge Bornhausen, exi- ge um prazo mínimo de quatro anos de filiação partidária de candidatos que já tenham perten- Ex-senador deixa cido a outro partido, tornando praticamente impossível a troca de legenda partidária. PÁGINA 8 exemplo de vida

“Ele foi um dos heróis da redemocratização, ao lado CPI DO FUTEBOL OUVE O de Ulysses, Tancredo e DEPUTADO ROBSON TUMA Teotônio” SOBRE LAVAGEM DE DINHEIRO Jader Barbalho (presidente do Senado) A comissão parlamentar de inquérito que inves- tiga irregularidades no futebol marcou também para hoje o depoimento do ex-deputado estadual “Foi respeitável e do José Francisco Veloso, que in- respeitado porque dizia o vestigou a evasão de renda nos estádios. PÁGINA 8 que pensava, fazia o que dizia” JADER FORMALIZA AO Bernardo Cabral (PFL-AM) BC PEDIDO DE CÓPIA DE “Covas colocou seu nome na RELATÓRIO SOBRE BANPARÁ galeria daqueles poucos O presidente do Senado, Jader Barbalho, en- homens que conseguem mudar caminhou ontem ao Banco Central requerimento solicitando cópia de um suposto documento a história de um país” sobre investigações no Banco do Estado do Pará (Banpará), em que seu nome estaria citado. José Roberto Arruda (PSDB-DF) PÁGINA 2 x-senador, ex-deputado e ex- prefeito, o governador licenciado “Que vá em paz, OMISSÃO DISCUTE COM E C de São Paulo, Mário Covas – que pois ele cumpriu sua PRESIDENTE DO TCU O falecera pela manhã, depois de lutar dois anos contra o câncer –, recebeu ontem tarefa como poucos CONTROLE ORÇAMENTÁRIO emocionada homenagem do Plenário. o fizeram” A análise das contas públicas federais e o A capacidade administrativa, a postura controle da execução orçamentária são temas ética e o exemplo de vida de Covas Geraldo Cândido (PT-RJ) a serem abordados pelo presidente do Tribu- foram destacados por 29 senadores. nal de Contas da União, Humberto Souto, na Comissão de Orçamento no próximo dia 13. PÁGINAS 3 A 7 PÁGINA 8 2 JORNAL DO SENADO BRASÍLIA, QUARTA-FEIRA, 7 DE MARÇO DE 2001 Jader pede cópia de relatório ao BC AGENDA QUARTA-FEIRA, 7 DE MARÇO DE 2001 Senador estranha ressurgimento do episódio depois de o Banco Central ter atestado, em 1996, que não havia “absolutamente nenhum registro” em relação ao seu nome PLENÁRIO 14h30 – Sessão deliberativa ordinária O presidente do Senado, Jader do Pará, “a autoridade cabível para Pauta: PLS nº 187/99, modifica a Lei nº 9.096, de Barbalho, encaminhou ontem ao apreciar se há alguma acusação de 1995, com a finalidade de ampliar o prazo de filiação partidária; PDL nº 213/99, aprova o ato que renova presidente do Banco Central (BC) ilícito em relação ao patrimônio em a concessão outorgada à Rádio Paranaíba para requerimento solicitando cópia de meu estado”, e manifestou estra- explorar serviço de radiodifusão sonora em onda um suposto documento sobre in- nheza por ver o episódio ressurgir média, na cidade de Itumbiara (GO); PDL nº 242/ 99, aprova o ato que renova a concessão da Rádio vestigações no Banco do Estado do Jader: “Se esse depois de o BC ter atestado, em 1996, Clube de Itapeva para explorar serviço de radiodifusão Pará (Banpará) em que seu nome relatório existe, tem não haver “absolutamente nenhum sonora em onda média na cidade de Itapeva (SP); estaria citado. A imprensa vem no- que aparecer. Como registro” em relação ao seu nome. PDL nº 293/99, aprova o ato que outorga permissão à Rádio Correio do Vale para explorar serviço de ticiando a existência de um relató- posso me defender – Eu deveria ter o direito de saber radiodifusão sonora em freqüência modulada na rio sobre a intervenção no Banpará, de um documento do que estou sendo acusado, assim cidade de Mamanguape (PB); PDL nº 2/2000, aprova no qual o senador estaria mencio- que não conheço?” como qualquer um de vocês – disse o ato que renova a concessão da Rádio Paiquerê para explorar serviço de radiodifusão sonora em nado. Jader disse que recebeu em aos jornalistas – e esse é o meu único onda média na cidade de Londrina (PR); PDL nº 3/ 1996 um ofício do então presidente tar direito de defesa que é assegu- e FonteCindam. O presidente do Se- constrangimento, e é como cidadão, 2000, aprova o ato que renova a concessão da Rádio do BC, Gustavo Loyola, garantindo rado constitucionalmente a todos nado sustenta que as matérias pu- não como presidente do Senado. Difusora Apucarana para explorar serviço de radiodifusão sonora em onda média na cidade de que seu nome não constava de qual- os cidadãos brasileiros”, afirma no blicadas nos últimos dias pela im- O senador reconheceu como sua Apucarana (PR). PDL nº 22/2000, aprova o ato que quer conclusão de investigações re- requerimento Jader Barbalho. prensa buscam agora envolver de a assinatura em um cheque divul- outorga concessão à Brasil Amazônia Comunicação metidas ao Ministério Público. Depois do ofício de Loyola, acres- forma “inconseqüente e leviana” gado pela imprensa, mas observou e Empreendimentos para explorar serviço de radiodifusão sonora em ondas médias na cidade de “Ao longo desses anos, nunca fui centa o presidente do Senado, ne- pessoas de sua família com fatos que que isso não prova nada de errado. Abaetetuba (PA); PDL nº 86/2000, aprova o ato que instado pelo Banco Central, pelo nhum fato novo o ligou ao Banco até hoje ele não conhece. “Quem utiliza a rede bancária e tem outorga permissão à Empresa Chapadense de Ministério Público do Pará ou por Central, exceto a criação da CPI dos No requerimento, Jader Barbalho talão, emite cheques, mas daí a se Comunicação para explorar serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada na cidade de qualquer órgão público sobre a exis- Bancos, de sua iniciativa, quando foi pede ao presidente do Banco Cen- dizer que é produto de irregulari- Chapadão do Sul (MS); PDL nº 122/2000, aprova o tência desse pretenso relatório, seja apurada, entre outras coisas, a tral, Armínio Fraga, que, caso real- dade, é preciso a pessoa saber efeti- ato que outorga permissão à Rádio Debie para para dar-me conhecimento, seja ação do BC no episódio da ajuda mente exista relatório em que este- vamente do que está sendo trata- explorar serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada na cidade de Ivaiporã (PR); para possibilitar exercer o elemen- de R$ 1,8 bilhão aos bancos Marka ja citado, remeta imediatamente o do, e vocês hão de convir que eu Requerimento nº 14-A, solicita a retirada, em caráter assunto ao Ministério Público do tenha dificuldade de falar de um definitivo, do PLS nº 276/2000-Complementar, que Pará. Esclarece ainda que tem o di- episódio ocorrido há 17 anos, so- acrescenta dispositivos à Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, para uniformizar os mandatos reito de conhecer o conteúdo das bre uma acusação da qual ainda não dos dirigentes de órgãos do Poder Judiciário com o Comissão ouvirá técnicos do investigações, como prevê o artigo tenho conhecimento.” exercício financeiro; Requerimento nº 15/2001, 5º da Constituição. Jader garantiu não ter tocado no solicita a tramitação conjunta do PLS nº 252/2000 (dispõe sobre o financiamento público exclusivo de Prodasen sobre sigilo do painel Ele afirma também que as infor- assunto em seu encontro com o campanhas eleitorais), com os de nºs 151 e 353, de que a revista IstoÉ publicou re- mações que a imprensa vem divul- presidente Fernando Henrique: 1999, que já se encontram apensados, por versarem Diretores e ex-diretores do Ser- gando são, em tese, sigilo bancário – Conversamos sobre as medidas sobre o mesmo assunto; Requerimento nº 16/2001, viço de Processamento de Dados portagem revelando o que teria solicita a tramitação conjunta do PLS nº 595, de sido uma conversa entre o sena- sob a guarda do BC. Lembra que esta que o presidente pretende anunci- 1999, com os de nºs 545, 582, 665 e 681, de 1999, do Senado (Prodasen) prestaram não é a primeira vez que a imprensa ar. Ele está preocupado em fazer que já se encontram apensados, por regularem a depoimento ontem à comissão de dor Antonio Carlos Magalhães e três procuradores da República. divulga “pseudo-informações que crescer os investimentos na área mesma matéria; e Requerimento nº 17/2001, inquérito administrativo que in- seriam extraídas do tal relatório que social e as possibilidades de empre- solicita a tramitação conjunta da PEC nº 39, de 2000, vestiga a possibilidade de se co- Conforme a revista, Antonio Car- com as de nºs 29 e 39, de 1999, que já se encontram los teria dito aos procuradores estaria sob a guarda do Banco Cen- go, e muito otimista com o desem- apensadas, por versarem sobre o mesmo assunto. nhecerem os votos dos senado- tral” e, desta vez, atingem seu pai, penho da economia – informou. res nas sessões secretas e disse- que sabia quem votara contra e a COMISSÕES favor da cassação do senador Luiz sua ex-mulher e até seu filho mais MOLINA ram não saber se isso é possível velho, que, à época em que teriam O presidente do Senado confir- Após a Ordem do Dia – CPI do Futebol ou não. Segundo o presidente da Estevão, no ano passado. Dirceu Teixeira informou ainda ocorrido as investigações, tinha ape- mou a presença do foneticista Ricar- Pauta: Depoimentos do deputado Robson Tuma comissão, Dirceu Teixeira, ne- e do ex-deputado estadual José Francisco que os técnicos da Unicamp vol- nas oito anos de idade. do Molina no Senado amanhã para Veloso, que presidiu a CPI criada na Assembléia nhum dos diretores sabia respon- ESTRANHEZA prestar depoimento à comissão que Legislativa do estado do Rio de Janeiro, em der à questão. “Eles afirmaram tarão a Brasília amanhã, quando pretendem ligar pela primeira vez – Se esse relatório existe, tem que investiga a vulnerabilidade do painel 1994, para investigar a evasão de renda nos que essa resposta só pode ser aparecer. Como posso me defender eletrônico, mas disse que o compa- estádios de futebol. Ala senador Nilo Coelho, dada pelos técnicos do Prodasen, o painel de votações desde que anexo II, sala 2 ele foi lacrado. O presidente da de um documento que não conhe- recimento do procurador Luiz Fran- 17h – Comissão de Fiscalização e Controle os quais serão convidados a falar ço? Preciso ter conhecimento dis- cisco de Souza ainda não está Pauta: Apreciação de diversos requerimentos. à comissão nos próximos dias”, comissão acredita que os técni- Ala senador Nilo Coelho, anexo II, sala 6 cos só devem emitir uma opinião so, não só como homem público, agendado. Molina deverá apresen- informou. mas como cidadão – afirmou Jader tar uma degravação da fita que lhe ESPECIAL A comissão foi criada pelo pre- depois que examinarem, em Cam- pinas, cópias em disquetes de to- Barbalho, em entrevista. foi entregue, e que conteria diálogo sidente do Senado, Jader Barba- Jader informou ter requerido do senador Antonio Carlos Maga- 15h – Reunião do Bloco Oposição lho, para apurar a vulnerabilida- dos os programas dos computa- Pauta: Reunião dos líderes da oposição do dores que alimentam o painel. também que o suposto relatório seja lhães (PFL-BA) com três procurado- Senado Federal e da Câmara dos Deputados. de do painel de votações depois encaminhado ao Ministério Público res, no qual o assunto é tratado. Liderança do PT na Câmara dos Deputados

JORNAL DO SENADO www.senado.gov.br - E-mail: [email protected] - tel.: 0800 612211 - fax: (61) 311 3137 MESA DO SENADO FEDERAL Diretor-Geral do Senado: Agaciel da Silva Maia Endereço: Praça dos Três Poderes Presidente: Jader Barbalho Secretário-Geral da Mesa: Raimundo Carreiro Silva Ed. Anexo I do Senado Federal, 1º Vice-Presidente: Edison Lobão Diretor de Divulgação e Integração: Helival Rios (61) 311-1150 O noticiário do Jornal do Senado é Diretor do Jornal do Senado: José do Carmo Andrade (61) 311-3170 produzido pela equipe de jornalistas 20º andar 2º Vice-Presidente: Antonio Carlos Valadares da Subsecretaria Agência Senado Brasília - DF - 70165-920 1º Secretário: Carlos Wilson Diretor da Agência Senado: Flávio de Mattos (61) 311-3327 2º Secretário: Antero Paes de Barros Editor-Chefe: Edson de Almeida 3º Secretário: Ronaldo Cunha Lima Editores: Djalba Lima, Eduardo Leão, João Carlos Ferreira da Silva e Sylvio Costa 4º Secretário: Mozarildo Cavalcanti Diagramação: Sergio Luiz, Wesley Bezerra de Carvalho e Osmar Miranda Impresso pela Suplentes de Secretário: Alberto Silva, Marluce Pinto, Revisão: Lindolfo do Amaral Almeida, Miquéas Dantas de Morais e Eny Junia Carvalho Secretaria Especial Fotos: Célio Azevedo, Márcia Kalume, Waldemir Rodrigues, Roosevelt Pinheiro, Roque Sá, José Cruz e Jane Araújo de Editoração e Maria do Carmo Alves e Publicações Nilo Teixeira Campos Arte: Cirilo Quartim BRASÍLIA, QUARTA-FEIRA, 7 DE MARÇO DE 2001 JORNAL DO SENADO 3 Senado presta homenagem a Mário Covas

O Senado prestou ontem uma emocionada ho- menagem ao governador Mário Covas, de São Pau- lo, falecido pela manhã depois de lutar dois anos Mário Covas: contra o câncer. Durante mais de três horas, 29 par- parlamentares lamentares elogiaram a postura ética e a capacidade lembraram trajetória administrativa de Covas, apontando como uma de política – de deputado federal cassado a suas principais realizações a recuperação das finan- governador consagrado ças do estado de São Paulo. duas vezes Ao final da sessão, foram aprovados requerimen- tos do presidente do Senado, Jader Barbalho, e de outros senadores para inserção em ata de voto de pesar pelo falecimento do governador. Serão também enviadas condolências à família, à Assembléia Legislativa e ao go- verno de São Paulo, bem como ao partido de Covas, o PSDB. Jader designou uma comissão – formada por ele próprio e pelos senado- res Pedro Piva (PSDB-SP), Romeu Tuma (PFL-SP), Eduardo Suplicy (PT- SP), Ramez Tebet (PMDB-MS) e Pedro Simon (PMDB-RS) – para re- presentar o Senado nos funerais. Antes do fim da sessão, o Plenário obser- vou um minuto de silêncio em homenagem ao governador falecido. Em data a ser marcada, será realizada uma sessão de homenagem póstuma a Covas, de acordo com requerimentos dos senadores Teotonio Vilela Filho (PSDB-AL) e Maguito Vilela (PMDB-GO).

de deputado federal; o seu retor- no aos palanques como um dos Engenheiro e cartesiano líderes da redemocratização no início dos anos 80 e a candidatura com discurso político a presidente em 1989. Durante todo esse período, Covas mostrou “Sou engenheiro de formação e, do país em andamento, foi eleito para coragem diante dos desafios – a portanto, meu raciocínio é cartesia- o terceiro mandato de deputado fe- mesma coragem com que enfren- no”, costumava dizer o governador de deral pelo PMDB, mas afastou-se para São Paulo, Mário Covas, ao tempo em ocupar a prefeitura de São Paulo, no- taria a doença, de acordo com o que era senador atuante na Comissão meado pelo então governador Franco JADER BARBALHO ARRUDA líder do governo. de Assuntos Econômicos (CAE) e esta- Montoro. O sistema em vigor era o dos vam em debate acordos internacio- administradores “biônicos”. Já no Se- Biografia se Em toda a vida, nais, renegociação de dívidas estadu- nado, cinco anos depois, liderou o ais ou a escolha de diretores do Banco PMDB nos trabalhos da Assembléia confunde com a bravura diante Central. Com a voz anasalada e frases Nacional Constituinte. medidas, Covas esmiuçava os temas em A segunda grande derrota de sua vida história do PMDB dos desafios discussão, de modo a não deixar idéi- pública – depois da cassação – foi não O presidente do Senado, Jader O líder do governo no Senado, as embaralhadas ou tratadas de for- conseguir eleger-se presidente nas elei- Barbalho, afirmou que o governa- José Roberto Arruda (PSDB-DF), ma ilógica. ções de 1989. Com o passado que tinha Seus pares na CAE o ouviam com e as credenciais de bom administrador dor de São Paulo, Mário Covas, foi disse ontem que a maior home- atenção, quase como se assistissem a e figura ética, Covas não conseguiu fa- um dos heróis da redemocratiza- nagem recebida pelo governador uma aula. Sua atuação na comissão zer frente a Luiz Inácio Lula da Silva ção do Brasil, ao lado de persona- de São Paulo, Mário Covas, par- Em nota, Marco refletia o estilo que desenvolveu ao lon- (PT) e Fernando Collor de Mello (PRN), lidades políticas como Ulysses Gui- tiu do povo, que está fazendo fi- go da carreira. Esgotava os temas sem que acabou vencendo o pleito, mas marães, e Teotô- las em frente ao Palácio dos Ban- Maciel destaca se tornar enfadonho, o que lhe rendeu depois teve que deixar o cargo sob acu- nio Vilela. Falando também como deirantes para se despedir do ex- trunfos como orador e o tornou um sações de corrupção. presidente do PMDB, Jader desta- senador, ex-deputado e ex-pre- integridade líder popular, apesar da sofisticação Só em 1995, Covas voltaria a ocu- cou que Covas foi um dos funda- feito da capital paulista. Segun- e coerência de suas análises. Em 1986, por exem- par cargo executivo, tendo sido eleito dores daquele partido. do Arruda, nenhum líder políti- plo, foi eleito para o Senado com 7,7 no ano anterior para o governo de – A história de Mário Covas, em co obteve tanto reconhecimento O senador José Jorge (PFL-PE) milhões de votos – uma votação re- São Paulo. No dia da posse, foi surpre- grande parte, se confunde com a sem ter chegado à Presidência da leu, em plenário, ontem, mensa- corde. A Casa parou para ouvir seu endido pela intervenção do Banco história do PMDB, desse partido República. gem de pesar do vice-presidente primeiro discurso. No ano seguinte, Central no Banco do Estado de São que, como tantas outras institui- – Por paradoxal que pareça, o da República, Marco Maciel, pelo sofreu um infarto e recebeu três pon- Paulo (Banespa). A crise no banco era ções brasileiras, foi a viga mestra Brasil fica mais pobre e ao mesmo falecimento do governador Má- tes de safena, interrompendo o con- o símbolo da grave crise financeira que da redemocratização do país – afir- tempo se engrandece ao sentir a rio Covas. Eis trecho da nota: sumo de cigarros. enfrentava o estado. Covas passaria o mou Jader Barbalho. dor pela perda de um de seus fi- “Já se disse que a maior ho- Nascido em 1930 na cidade portuá- mandato tentando equacionar a dívi- Ele acrescentou que a luta do lhos – afirmou o líder do gover- menagem que se pode prestar a ria de Santos, Covas começou sua car- da estadual e foi submetido a vários governador em favor da democra- no, que falou também em nome um morto é a verdade. Mário reira política como deputado federal testes políticos, o que não impediu sua cia deve ser difundida entre os jo- do presidente Fernando Henrique Covas foi forte na doença e na pelo PST de São Paulo, em 1963. Ree- reeleição, contra a própria vontade. vens como exemplo para que o Cardoso. vida: a coragem em defender legeu-se em 1967, já pelo extinto Mo- Seu segundo mandato começou de for- vimento Democrático Brasileiro ma turbulenta. Enfrentou manifesta- Brasil não volte a “mergulhar em Arruda citou as diversas posi- suas convicções mudou, algo período negro como o da época ções ocupadas por Covas ao lon- (MDB). Conhecido por sua combativi- ções hostis e, já depois da operação raro na política, em muitas opor- dade, proferia discursos inflamados. para retirada do câncer na próstata, da ditadura militar, particular- go de sua vida pública; a cassa- tunidades, o rumo dos aconte- mente após o AI-5”. ção, quando ocupava uma vaga Com o recrudescimento da ditadura chegou a confrontar fisicamente um cimentos. Íntegro e coerente, militar, acabou cassado por dez anos grupo de manifestantes. Iniciava-se um imprimiu caráter a todas as suas com base no AI-5. período de muitas batalhas – a prin- palavras, gestos e ações”. Em 1982, com a redemocratização cipal delas para se manter vivo. 4 JORNAL DO SENADO BRASÍLIA, QUARTA-FEIRA, 7 DE MARÇO DE 2001 cresceu ainda mais – afirmou. çou sua militância na década de 80, “pelo seu idealismo, dinamismo Ao finalizar seu pronunciamen- mas pôde observar a capacidade e coerência, e por sua maneira to, Bernardo Cabral rememorou as do governador de buscar a verda- exímia de administrar o dinheiro palavras do escritor Guimarães de em toda sua vida pública e sua público”. Rosa, segundo o qual algumas pes- luta por um Brasil melhor. Maguito Vilela lembrou sua con- soas excepcionais não morrem, fi- vivência com Mário Covas, inicia- cam encantadas. “Em poucas pes- da na Assembléia Nacional Cons- soas essas palavras caem tão bem.” tituinte, e que prosseguiu em 1989, quando se tornou um dos CARLOS PATROCÍNIO coordenadores da campanha de Covas à Presidência da Repúbli- ca, em Goiás. Ele classificou a cam- Eleição para a panha de Covas em Goiás como “uma das mais dignas que o esta- Presidência em do já conheceu”. 2002 seria certa SATURNINO O senador disse ainda que ele, como governador de Goiás, e Má- O senador Carlos Patrocínio Fidelidade à ética rio Covas, então eleito pela primei- FRANCELINO PEREIRA (PFL-TO) lamentou o prematuro ra vez para o governo de São Pau- falecimento de Mário Covas, que, estava acima de lo, travaram lado a lado uma luta afirmou, impediu o governador contra o instituto da reeleição. Os BERNARDO CABRAL “Covas lutou de São Paulo de chegar à Presi- artimanhas políticas dois, afirmou Maguito, eram talvez como poucos dência da República em 2002. Para O senador Roberto Saturnino os únicos governadores que se “Grandeza política ele, o PSDB não poderia encon- (PSB-RJ) disse que Mário Covas posicionavam contra a reeleição. pela democracia” trar um melhor candidato, somen- representou muito em sua vida. – Mário Covas deixa o nosso te comparável a Juscelino convívio, mas deixa o seu legado só era comparável à Um forte sentimento de pesar “Foi uma espécie de farol”, com- Kubitschek e Getúlio Vargas. Co- para as atuais e futuras gerações marcou o discurso de Franceli- parou. Saturnino lembrou que coerência e retidão” vas certamente seria eleito, disse de políticos brasileiras: coerência, no Pereira (PFL-MG) sobre a mor- ambos chegaram juntos à Câmara Patrocínio, porque o povo já es- humildade, obstinação e, acima de Ao encaminhar o requerimento te de Mário Covas, que, na opi- dos Deputados, quando eram jo- tava entendendo sua maneira fran- tudo, honestidade. Temos certeza de voto de pesar do Senado pelo nião do senador, mostrou enor- vens engenheiros e iniciavam a ca de ser e sua coerência ideoló- de que ele ganhou o reino de Deus falecimento do governador de São me coragem ao enfrentar publi- carreira política. “Éramos jovens gica e política. – afirmou Maguito. Paulo, Mário Covas, o senador Ber- camente a sua doença. O parla- líderes de pequenos partidos, ele Patrocínio afirmou que a popu- nardo Cabral (PFL-AM) relembrou mentar traçou um paralelo en- do PST e eu do PSB, quando en- lação brasileira foi conquistada fatos da Assembléia Constituinte tre a sua própria trajetória polí- frentamos votações e situações pela maneira intransigente com quando, na qualidade de líder do tica e a de Mário Covas. Franceli- difíceis após o golpe de 64”, disse. que Mário Covas defendia suas PMDB, Covas redigiu o artigo das no lembrou que, da época em que Saturnino ressaltou ainda a “con- idéias e por sua coragem de dizer disposições transitórias sobre for- os dois eram integrantes da União vivência perfeita” nos quatro anos sempre o que pensava, convicto mação de novos partidos, o que Nacional dos Estudantes (UNE) do primeiro mandato e, disse que de que era o melhor para o país. abriu caminho para a criação do até o momento em que chega- o governador paulista representa PSDB. Segundo Cabral, não se faz ram ao Senado, sempre estabe- a fidelidade mais absoluta aos va- justiça, nos dias de hoje, à iniciativa leceram uma relação de respeito lores da ética e da moral, “acima marcante de Covas no episódio. pontuada apenas por algumas di- das artimanhas políticas”. HUGO NAPOLEÃO Para Cabral, o governador foi um ferenças ideológicas. – Essa pós-modernidade que grande estadista, democrático e Para ilustrar as divergências polí- estamos vivendo tende a colocar honrado, fato que nem seus mais ticas, o parlamentar disse que cada de lado a ética em nome da efici- Convivência afável ferrenhos adversários conseguem um caminhava em lados opostos do ência e do resultado. Poderíamos com adversários negar. “Foi respeitável e respeitado, mesmo rio, mas compartilhavam o dizer, sem megalomania e levando porque dizia o que pensava, fazia o nobre objetivo de chegar a soluções em conta o que o Brasil representa ou companheiros que dizia e jamais usou as palavras para os problemas do país. TIÃO VIANA para o mundo, que a humanidade como instrumento de escamotea- Em comum com o governador, o está de luto pela morte de Mário O líder do PFL no Senado, Hugo ção de seu pensamento”, afirmou. parlamentar destacou o fato de ter Covas – concluiu Saturnino. Napoleão (PI), lembrou a convivên- Ele lamentou que Covas não te- feito a sua carreira em Minas Gerais, Destaque para cia afável que Mário Covas manti- nha podido completar sua obra que, assim como São Paulo, tem na nha com todos, fossem eles adver- política exercendo a Presidência da indústria cafeeira um dos pilares de a coragem ao sários ou companheiros de legen- República, cargo a que estava desti- sustentação de sua economia. Res- enfrentar a doença da. Sempre elegante, lutador ferre- nado por sua grandeza política, só saltou que chegaram juntos à Câ- nho por suas idéias, o governador comparável à sua coerência ideoló- mara em 1962 e juntos enfrentaram A coragem de Mário Covas ao conseguiu sair-se bem de todos os gica e retidão de caráter. “É um en- a ditadura. enfrentar a doença que o vitimou desafios políticos e administrativos, gano se imaginar que São Paulo per- – Cassado em 1969, Covas teve a ontem foi enaltecida pelo senador segundo o líder. “Saudade é o senti- deu um incomparável governador, carreira emoldurada por não ter se Tião Viana (PT-AC) que, na condi- mento que estamos sentindo, aque- é o Brasil inteiro que está de luto”, aproveitado do regime de exceção ção de médico, hipotecou solida- MAGUITO VILELA les que tivemos o privilégio de con- enfatizou. Cabral lembrou a atitude e ter lutado como poucos pela de- riedade à equipe que tratou o go- viver com ele”, disse. de Covas de comparecer esponta- mocracia – disse Francelino. vernador de São Paulo. O senador Para Napoleão, o governador neamente para depor na CPI dos A honradez e o trabalho foram pelo Acre, que prestou sua home- Governador deixa foi o “espadachim da abertura po- Precatórios, quando outros prefei- apenas duas das qualidades do po- nagem em aparte ao discurso do lítica do Brasil”, lutando ao lado tos e governadores se esquivavam. lítico paulista que Francelino fez senador Bernardo Cabral (PFL- legado de obstinação de Tancredo Neves e de tantos ou- – Mário Covas fez questão de vir, questão de destacar. Na sua avalia- AM), lembrou que Covas apegou- e honestidade tros líderes pela restauração da em lealdade à sua biografia e em ção, Mário Covas saiu de Santos se à vida de uma maneira profun- democracia no país. “Ele enfren- respeito às suas convicções. Como para tornar-se um dos grandes per- da, encantando o Brasil e dando O senador Maguito Vilela (PMDB- tou a morte com a mesma cora- não poderia deixar de ser, a admi- sonagens da história do país. Em uma lição a todos. GO) disse ontem que a morte do gem e elegância com que gover- ração de todos por ele e por seu nome dos 18 milhões de habitantes Tião Viana esclareceu que acom- governador Mário Covas encerra nou São Paulo, onde fez uma ad- trabalho magnífico de administra- de Minas Gerais, Francelino lamen- panhou a distância a carreira polí- a carreira de um dos políticos mais ministração séria, competente e ção proba dos recursos públicos tou a morte de Covas. tica de Mário Covas, já que come- respeitados do Brasil, sobretudo eficaz”, concluiu. BRASÍLIA, QUARTA-FEIRA, 7 DE MARÇO DE 2001 JORNAL DO SENADO 5 gaça, nunca usou o fato de ter sido enfrentar os desafios que decor- cassado, perseguido e marginaliza- rem da atividade de legislar ou ad- do pelo regime militar para arreca- ministrar. dar dividendos políticos. “Mário não Recordando o tempo em que con- via mérito no sofrimento; ele lutava viveu com Covas no extinto MDB, e para que no Brasil ou em qualquer depois no PMDB, Iris declarou ser outro país jamais houvesse regime testemunha de que o ex-senador, ex- de exceção e ausência de democra- deputado e ex-prefeito de São Paulo cia”, afirmou o senador. nunca mudou seu caráter ou seu JOSÉ JORGE comportamento, constituindo-se EDUARDO SIQUEIRA numa “figura excepcional”. Iris citou como um dos momen- Coerência entre tos marcantes da vida de Covas a Apoio decisivo luta do governador para resolver para a criação discurso e prática os graves problemas penitenciá- é destacada rios do estado de São Paulo. O se- do Tocantins nador goiano lembrou ter sido tes- Em nome do PFL, o senador Ao encaminhar requerimento temunha do arrojo – e ao mesmo de pesar pelo falecimento do go- José Jorge (PE) prestou ontem tempo da humildade – de Covas sua homenagem a Mário Covas. vernador de São Paulo, o sena- GERALDO CÂNDIDO quando, como governador de São dor Eduardo Siqueira Campos O senador disse que uma mi- Paulo, discutiu com Iris, então mi- ROBERTO FREIRE noria de políticos consegue (PFL-TO) lembrou o apoio decisi- “Cumpriu sua nistro da Justiça, o tratamento das vo de Mário Covas, durante a As- manter a coerência entre o dis- questões relativas aos presídios. Covas poderia dar curso e a prática. Mário Covas, tarefa como sembléia Nacional Constituinte, acrescentou, era um desses po- para a criação do estado do To- nome a frente líticos. poucos o fizeram” cantins. “Quero expressar, nesse parlamentarista Ao apresentar suas condo- momento, a dor e o reconheci- lências aos familiares do gover- O senador Geraldo Cândido (PT- mento do governo e do povo to- A melhor homenagem que o nador, José Jorge disse que Co- RJ) prestou homenagem a Mário cantinenses”, disse. PPS pode prestar ao falecido vas vai servir de exemplo não Covas comparando-o a políticos Segundo relatou Eduardo Si- governador Mário Covas, segun- só para seu estado, mas para ilustres como Tancredo Neves, queira Campos, Mário Covas, na do o senador Roberto Freire todos os políticos brasileiros. Ulysses Guimarães e Petrônio Por- qualidade de líder da maioria, tra- (PPS-PE), é conclamar as forças tella. “Mário Covas era um políti- balhou para dar ao pai do sena- políticas democráticas a lança- co de espécie rara. Colocado ao dor, o então deputado Siqueira rem, de forma organizada, o lado de outros já falecidos, faria ROBERTO REQUIÃO Campos, a relatoria da subcomis- Movimento Mário Covas pelo um time dos homens mais impor- são para criação de novos estados, Parlamentarismo. O novo siste- tantes do século 20”, afirmou. Referência moral abrindo caminho para consolidar ma de governo entraria em vi- Cândido disse que Covas era um a criação do estado do Tocantins. gor a partir de 2006, depois de dos políticos considerados “qua- no processo ser submetido a um referendo se insubstituíveis”, devido ao com- político do país nacional. portamento assumido na vida pú- – Se o parlamentarismo esti- blica, pela tenacidade no cumpri- O senador Roberto Requião vesse em vigor hoje, não tería- JOSÉ FOGAÇA mento das tarefas e pela lisura no (PMDB-PR) disse ontem, ao re- mos presidentes de partidos pe- trato com o dinheiro público. gistrar seu pesar pela morte do dindo a demissão de ministros e Para ele, Covas sai da vida sem governador de São Paulo, que não haveria ambigüidade na Imagem era a deixar nada que possa enlamear Mário Covas merece ser “consa- base de sustentação do gover- o seu passado. “Que vá em paz, grado como uma referência mo- no – disse Freire. de um presidente pois ele cumpriu sua tarefa como ral no processo político brasilei- O senador leu nota do Partido da República poucos o fizeram”, concluiu. ro”. Requião observou, contudo, ARLINDO PORTO Popular Socialista (PPS) que que, embora muito tenha se fala- classifica Mário Covas como “Talvez Mário Covas seja o pri- do da participação do falecido Capacidade foi uma das “raríssimas pessoas” no meiro presidente da República da governador de São Paulo na fun- país que alcançaram a condição nossa história que morreu antes dação do PSDB, na sua opinião, reconhecida com de unanimidade. de tê-lo sido”, afirmou o senador pelo comportamento, pela firme- segundo mandato Freire afirmou ainda que Co- José Fogaça (PMDB-RS) ao regis- za e correção de Mário Covas, ele, vas engrandeceu seu estado, o trar o seu pesar pelo falecimento na verdade, marcou sua passa- O senador Arlindo Porto Brasil e seu povo. do ex-governador de São Paulo. gem pela política brasileira como (PTB-MG) destacou que Mário – O fato é por si relevante Ele disse que, quando lembrava a “o antípoda do presidente da Re- Covas soube governar com au- quando nos debruçamos sobre figura política de Covas, surgia pública”. toridade e enfrentou desafios notícias de escândalos e anali- imediatamente a imagem de um IRIS REZENDE Roberto Requião criticou a mí- com determinação. De acordo samos a estatura de alguns ho- presidente da República, pela sua dia televisiva que quer transfor- com o senador, Covas conse- mens públicos que hoje, equivo- “biografia perfeita, caráter ade- Dedicação à vida mar a morte de Covas em mais guiu administrar as contas pú- cadamente, se auto-referenciam quado e moldura pessoal defini- show, assim como ocorreu com o blicas com maestria e obteve o como líderes nacionais – afir- da para essa dura tarefa”. pública é exemplo piloto Aírton Senna. Ele lamentou reconhecimento dos paulistas, mou. Fogaça destacou como uma das às novas gerações também “o triste espetáculo” que que o reelegeram para um se- O PPS, lembrou Freire, desde principais características de Mário políticos e personalidades deram gundo mandato. a época do antigo PCB, sempre Covas a transparência. “Todas as O exemplo que Mário Covas dei- em frente ao Incor, em São Paulo, Arlindo Porto disse que “feliz manteve com Covas boas e questões políticas e humanas ele xa para as novas gerações é a sua quando, em entrevistas, se apro- é o homem público que encerra produtivas relações. As diver- enfrentava sem viés, sem desvios, dedicação à vida pública, na forma veitaram da dor de Mário Covas e a sua carreira recebendo o re- gências entre ele e o partido sem dissimulação, sem subterfúgio de um sacerdócio, segundo disse de sua família “para transformar conhecimento de todos”, ressal- eram, naturalmente, equaciona- e sem descaminho, mas com reti- ontem o senador Iris Rezende o hospital em um palco e lançar tando que líderes dos mais vari- das tomando por base o respei- dão e frontalidade”, afirmou o se- (PMDB-GO). De acordo com Iris, idéias e candidaturas, sem que ados partidos estiveram na tri- to, a fraternidade e a crença no nador pelo Rio Grande do Sul. Covas fazia parte daquela catego- suas fisionomias estampassem um buna para lembrar momentos regime democrático, assinalou. Mário Covas, prosseguiu José Fo- ria de político que se agiganta ao mínimo de dor ou sentimento”. políticos de Mário Covas. 6 JORNAL DO SENADO BRASÍLIA, QUARTA-FEIRA, 7 DE MARÇO DE 2001 em uma ocasião, quando cami- que Covas deixou o PMDB por brada pelo senador Casildo Mal- nhava ao lado de Covas, então lí- discordar dos rumos que o parti- daner (PMDB-SC). “Ele me disse: der do PMDB na Constituinte e do seguia. Maldaner, mais cedo ou mais tar- cerc