O Congresso Nacional E a Política Externa Brasileira. Posicionamento Dos Senadores Frente Às Negociações Para a Formação Da ALCA (1994-2005)

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O Congresso Nacional E a Política Externa Brasileira. Posicionamento Dos Senadores Frente Às Negociações Para a Formação Da ALCA (1994-2005) Universidade de Brasília - UnB Departamento de História Programa de Pós-Graduação em História O Congresso Nacional e a Política Externa Brasileira. Posicionamento dos senadores frente às negociações para a formação da ALCA (1994-2005) Rodrigo Regazonni de Oliveira Brasília 2011 Universidade de Brasília - UnB Departamento de História Programa de Pós-Graduação em História O Congresso Nacional e a Política Externa Brasileira. Posicionamento dos senadores frente às negociações para a formação da ALCA (1994-2005) Rodrigo Regazonni de Oliveira Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em História da Universidade de Brasília – UnB, como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em História Social. Orientadora: Profa. Dra. Albene Miriam F. Menezes. Brasília 2011 2 Rodrigo Regazonni de Oliveira O Congresso Nacional e a Política Externa Brasileira. Posicionamento dos senadores frente às negociações para a formação da ALCA (1994-2005) Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em História da Universidade de Brasília – UnB, como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em História Social. Banca Examinadora: ______________________________ Orientadora Profa. Dra. Albene Miriam F. Menezes Universidade de Brasília – UnB Brasília/DF ______________________________ Prof. Dr. Joanisval Brito Gonçalves Senado Federal Brasília/DF ______________________________ Prof. Dr. Antônio José Barbosa Universidade de Brasília – UnB Brasília/DF Brasília 2011 3 AGRADECIMENTOS Agradeço à Universidade de Brasília e ao seu Programa de Pós-Graduação em His- tória pela valiosa contribuição à minha formação profissional como pesquisador e historia- dor. À minha orientadora, Professora Albene Miriam Ferreira Menezes, pela confiança e pelo apoio demonstrados. Aos responsáveis pela criação e funcionamento dos sites do Senado Federal e da Câmara de Deputados na Rede Mundial de Computadores, de cujos sistemas de pesquisa me servi para identificar, levantar e armazenar uma quantidade expressiva de documentos em formato eletrônico. Ao pesquisador do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP), Neuriberg Dias; à Consultora Legislativa do Senado Federal, Maria Cláudia Drummond; ao Secretário da Representação Brasileira da Comissão Parlamentar Conjunta do Mercosul, Antônio Costa Filho; à ex-deputada federal Maria José Maninha e aos senadores Eduardo Suplicy e Pedro Simon, pela disposição em atender minhas solicitações por informações referentes à atividade parlamentar brasileira. Aos meus pais, Mauro de Oliveira e Clarice Maria de Brito Oliveira, por quem te- nho amor e admiração incondicionais. Aos meus irmãos Márcio e Rosana, por tudo que já fizeram por mim. Aos meus tios Jaime e Alice, pelo carinho que tenho por eles. Ao Mário, meu cunhado, por sua cordialidade. À Cirlayna, por tornar minha vida mais alegre. Aos meus dois estimados amigos Flávio e Alexandre. E a um casal de professores muito especial. 4 RESUMO Este trabalho analisa o posicionamento dos integrantes do Congresso Nacional frente às negociações para a formação da Área de Livre Comércio das Américas (ALCA), a concen- trar sua atenção sobre o Senado Federal, com eventuais incursões pela Câmara dos Deputados. O período por nós delimitado compreende, respectivamente, o lançamento da proposta pela integração continental, ocorrida na I Cúpula das Américas, nos EUA, em 1994, até o ano de 2005, em que se evidenciou a paralisação do processo negociador. Dois fatores estimularam- nos a realizar esta tarefa. Primeiro, colocar à prova a tese, disseminada pelo senso comum, de que o Parlamento não demonstra interesse por questões ou assuntos internacionais. Segundo, fornecer uma contribuição à escassa bibliografia disponível a respeito da relação entre os con- gressistas e a produção da política externa brasileira de integração regional, em particular. Apesar de não ignorarmos o papel predominante do Poder Executivo na formulação e condução da política externa nacional, e nem a comprovada carência de mecanismos participa- tivos e decisórios formais à disposição do Parlamento para atuar nas diferentes facetas deste plano, procuramos aferir em que medida a atividade parlamentar se restringe ou não, na práti- ca, ao seu exercício constitucional de aprovar ou rejeitar matérias sobre política exterior, con- forme nos aponta o senso comum. O caráter polêmico das negociações e dos debates ocorridos no Brasil a respeito da conformação da ALCA, ao longo de mais de uma década, levou-nos a questionar qual teria sido o posicionamento dos congressistas com relação ao assunto, ou seja, se teriam manifestado interesse em se envolver mais intensamente com a questão, ou se reser- vado a debatê-la somente na ocasião em que fosse submetida, na forma de um acordo, à sua apreciação. A elaboração do presente trabalho orientou-se pela pretensão em alcançar respostas pa- ra duas perguntas formuladas por nós: a ausência de mecanismos formais de participação par- lamentar nas negociações sobre a ALCA teria refletido um suposto desinteresse dos senadores pela questão? Em que medida esta referida ausência não teria impelido o Parlamento a buscar influenciar o processo por outros meios, ou até mesmo fomentado demandas pela ampliação de seu papel constitucional no tratamento de questões externas? Para tentar responder a tais per- guntas, servimo-nos especialmente dos apanhamentos taquigráficos dos Pronunciamentos rea- lizados pelos senadores; de Proposições elaboradas pelos congressistas e de Atas e Notas Ta- quigráficas de Audiências Públicas promovidas por Comissões do Congresso Nacional. 5 ABSTRACT This study examines the positioning of members of Congress ahead with negotiations for the formation of the Free Trade Area of the Americas (FTAA), to focus his attention on the Senate, with occasional incursions by the Chamber of Deputies. The period defined by us in- clude, respectively, the release of the proposal for continental integration, which occurred in the first Summit of the Americas, USA, in 1994, by the year 2005, which highlighted the pa- ralysis of the negotiating process. Two factors encouraged us to perform this task. First, get to test the thesis, spread by common sense, that Parliament does not show interest in issues or international affairs. Second, provide a contribution to the scant literature available on the rela- tionship between lawmakers and the production of Brazilian foreign policy of regional integra- tion in particular. Altholgh we do not ignore the predominant role of the Executive in the formulation and conduct of national foreign policy, and neither proven lack of formal decision-making and participatory mechanisms available to Parliament to act on the different facets of this plan, we assess the extent to which parliamentary activity restricted or not, in practice, the exercise of approve or reject propositions about foreign policy, as pointed out by common sense. The controversial character of the negotiations and discussions that took place in Brazil on the es- tablishment of the FTAA, for over a decade, has led us to wonder what would have been the positioning of Congress with respect to the subject, whether they had expressed interest to en- gage more intensively with the issue, or if allowed to discuss it only on occasion when it was submitted in the form of an agreement, at its discretion. The preparation of this work was guided by the desire to achieve answers to two ques- tions for us: the absence of formal mechanisms of parliamentary participation in the FTAA negotiations would have reflected a supposed lack of interest among the senators question? To what extent this absence that would not have compelled the Parliament to seek to influence the process by other means, or even encouraged demands for expansion of its constitutional role in dealing with external? To help answer such questions, we use the shorthand especially Pickup pronouncements made by Senators, Congressmen prepared by the Propositions and Stenogra- phic Notes and Minutes Public Hearings Commissions promoted by the National Congress. 6 LISTA DE SIGLAS E ABREVIAÇÕES ALADI Associação Latino-americana de Integração ALALC Associação Latino-americana de Livre Comércio ALCA Área de Livre Comércio das Américas ALCSA Área de Livre Comércio da América do Sul BID Banco Interamericano de Desenvolvimento CAFTA Acordo de Livre Comércio da América Central CARICOM Caribbean Comunity CAN Comunidade Andina CEALCA Comissão Especial Destinada a Acompanhar as Negociações da ALCA CEPAL Comissão Econômica para a América Latina CNA Campanha Nacional contra a ALCA CNBB Confederação Nacional de Bispos do Brasil CNC Comitê de Negociações Comerciais – ALCA CNI Confederação Nacional da Indústria CONTAG Confederação dos Trabalhadores em Agricultura COPA Confederação Parlamentar das Américas CPCM Comissão Parlamentar Conjunta do Mercosul CUSFTA Acordo de Livre Comércio Canadá-Estados Unidos da América CUT Central Única dos Trabalhadores DIAP Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar EUA Estados Unidos da América FMI Fundo Monetário Internacional FPM Fórum Parlamentar Mundial FSM Fórum Social Mundial GATT General Agreement on Tariffs and Trade MERCOSUL Mercado Comum do Sul MRE Ministério das Relações Exteriores NAFTA North American Free Trade Area OCDE Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico OEA Organização dos Estados Americanos OMC Organização Mundial do Comércio PARLATINO Parlamento Latino-americano PC do B Partido Comunista do Brasil PCH Programa de Cooperação Hemisférica PDT Partido
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