Ricardo Vidal Golovaty

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Ricardo Vidal Golovaty RICARDO VIDAL GOLOVATY O ELOGIO DA MEDIOCRIDADE: PERCURSOS DE AMADEU AMARAL (1875†19292009) UFU 2010 RICARDO VIDAL GOLOVATY O ELOGIO DA MEDIOCRIDADE: PERCURSOS DE AMADEU AMARAL (1875†19292009) Tese de doutoramento apresentada às professoras doutoras Jacy Alves de Seixas (orientadora, UFU), Joana Muylaert de Araújo (UFU), Josianne Francia Cerasoli (UFU), Maria Stella Martins Bresciani (UNICAMP/SP) e Virgínia Célia Camilotti (UNIMEP/SP) como requisito parcial para obtenção do título de Doutor em História Social, pelo Programa de Pós-Graduação em História, do Instituto de História, da Universidade Federal de Uberlândia. UFU 2010 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) G628e Golovaty, Ricardo Vidal, 1978- O elogio da mediocridade: percursos de Amadeu Amaral (1875†19292009). / Ricardo Vidal Golovaty. - 2010. 334 f. Orientadora: Jacy Alves de Seixas. Tese (doutorado) – Universidade Federal de Uberlândia, Programa de Pós-Graduação em História. Inclui bibliografia. 1. História social - Teses. 2. Amaral, Amadeu, 1875-1929 - O elo- gio da mediocridade - Crítica e interpretação - Teses. 3. Brasil - Histó- ria, 1920 - Teses. 4. Literatura e história - Teses. I. Seixas, Jacy Alves. II. Universidade Federal de Uberlândia. Programa de Pós-Graduação em História. III. Título. CDU: 930.2:316 Elaborada pelo Sistema de Bibliotecas da UFU / Setor de Catalogação e Classificação BANCA EXAMIDADORA ____________________________________________________ Profa. Dra. Jacy Alves de Seixas (orientadora, UFU) _______________________________________ Profa. Dra. Joana Muylaert de Araújo (UFU) _______________________________________ Profa. Dra. Josianne Francia Cerasoli (UFU) _____________________________________________ Profa. Dra. Maria Stella Martins Bresciani (UNICAMP/SP) ____________________________________________ Profa. Dra. Virgínia Célia Camilotti (UNIMEP/SP) RESUMO O elogio da mediocridade por Amadeu Amaral (1875†19292009) constitui estrada a projetos literários e políticos dos anos 1920 e seus arredores. Pelo elogio da mediocridade Amadeu Amaral elaborou uma performance de instituição literária, política e ética. O elogio da mediocridade perpassa todas as linguagens que o escritor labutou e lutou: prosa e poesia, crítica literária, ensaios políticos, estudos folclóricos. Foi nessa chave de leitura que tramei a minha metodologia: cruzando os diferentes escritos/linguagens de Amadeu Amaral pude contrapô-los à cadeia histórica da sua recepção crítica, dos seus contemporâneos aos meus contemporâneos. Desdobrado este método em tese historiográfica, encontrei no estudo de Amadeu Amaral questionamentos sobre alguns lugares-comuns ou heranças historiográficas da literatura e política brasileiras, tais como as noções de “república velha”, “pré-modernismo”, “modernismo” e “regionalismo” do período 1889-1929. E dado que ao historiador cabe buscar o presente do passado tentei ao máximo ser fiel às performances do autor: elogiando a mediocridade no sentido “daquilo que o é” almejei traçar algumas rotas alternativas. Uma nova oportunidade a Amadeu Amaral, para ele f(r)aturar tais heranças ou lugares-comuns. Deixo então ao leitor o convite a também f(r)aturar. Esta tese. PALAVRAS-CHAVE: Amadeu Amaral, anos 1920, história e literatura, performance. AGRADECIMENTOS Especialmente para a CAPES, pela concessão da bolsa de estudos que permitiu a produção desta tese. Às professoras da banca do Exame de Qualificação, professoras doutoras Joana Araújo e Josianne Cerasoli. Às professoras doutoras convidadas, Virgínia Célia Camilotti e Stella Bresciani. À minha orientadora Profa. Dra. Jacy Seixas, pela confiança (demasiada?) e pelo apoio na sobrevivência acadêmica. Sobretudo pelo exemplo de historiadora aberta aos estranhos, como crítica dos fechamentos historiográficos dos amigos e inimigos. À Profa. Dra. Christina Roquette Lopreato, pelas ajudas na obtenção de documentação e leituras sugeridas. Aos professores do Programa de Pós-Graduação em História da UFU que participaram da minha trajetória (Mestrado e Doutorado), especialmente ao Prof. Dr. Newton Dângelo e também aos professores doutores Maria Clara Tomaz Machado, Antônio de Almeida e Guilherme Amaral Luz. Aos professores e companheiros do NEPHISPO. Aos funcionários das bibliotecas da UFU, PUC-SP e FFLCH-USP. Aos funcionários do Instituto de Estudos Brasileiros (IEB-USP) e do Centro Cultural Martha Watts, de Piracicaba/SP. Aos técnico-administrativos do PPGHIS-UFU. Aos camaradas de sala de aula do doutorado, seja pelos prazeres da companhia, seja pelos desprazeres das idio(ta)ssincrasias historiográficas. Aos amigos Diogo Brito, Dorian Castro, Marcel Maia e Vitor Azevedo Júnior. Ao sítio estantevirtual (e sebos nele alocados): precioso instrumento de pesquisa e obtenção de fontes. Aos livros com índice onomástico e remissivo. À Michele e Marina, testemunhas desta história. Aos meus pais e irmãos. RESUMO.........................................................................................................................05 AGRADECIMENTOS....................................................................................................06 PRÓLOGO: oitenta anos sem Amadeu Amaral..............................................................10 INTRODUÇÃO...............................................................................................................11 PARTE 1. POLÍTICAS DO LITERÁRIO: do bico da pena no tinteiro passadista aos martelares da maquinaria modernista..............................................................................38 1. Medíocres disputas: APL, OESP, ABL.......................................................................39 1.1. O elogio da mediocridade: carta aos convivas e pósteros ou método e sobrevivência em história e crítica literárias.............................................................................................................41 1.2. Um medíocre mediador.........................................................................................................48 1.3. Amadeu Bondade, Amadeu Palmeira, Amadeu Nietzsche...................................................54 1.4. Uma reprovação simbolista e uma aprovação parnasiana.....................................................74 1.5. Medíocre imortalidade ou novos problemas.........................................................................78 2. De novos jogadores ao “ouro da sabedoria e da bondade”..........................................85 2.1. “Marinotti” solicitando conver(sa)ções: cordiais ironias com Mário de Andrade e Menotti Del Picchia....................................................................................................................................86 2.2. Pequeno salto até 1939: mediocridade versus cabotinismo ou o poeta trabalhador de Amadeu Amaral versus o cabotinismo inevitável de Mário de Andrade...................................100 2.3. Imagens pós-morte: a santificação do “Amadeu, aquele bom”...........................................117 3. O predestinado pré-modernismo: diferentes percursos rumo ao limbo.....................142 3.1. Manoel Cerqueira Leite & Sérgio Milliet: os opostos se atraem........................................144 3.2. Na Revista da A.B.D.E.: levanta, sacode a poeira e dá a volta no mesmo..........................164 3.3. Fenômeno singular, vexame nacional: Neoparnasianismo.................................................173 4. Medíocres sonetos de ilusões e desilusões................................................................181 4.1. Balanço: dos críticos à copa das palmeiras.........................................................................183 4.2. Elogiando a mediocridade das coisas transitórias...............................................................187 PARTE 2: LITERATURAS DO POLÍTICO: medíocres testemunhos e testamentos..199 5.Caipiricidades nº1: proseando com o cândido-cânone-romântico-modernista..........202 5.1. O legado do crítico: metáforas orgânicas e antropofagia como superação da condição colonizada...................................................................................................................................204 5.2. A pulseira de ferro: literatura, ciência, política...................................................................211 6.Caipiricidades nº2: proseando com a medíocre-utopia-folclórico-solidarista............231 6.1. O duvidoso Amadeu, ou da medíocre linguagem entre raça e cultura................................239 6.2. Da língua à linguagem do povo...........................................................................................243 6.3. Linguagem política: ao povo, medíocres instituições.........................................................270 7. Caipiricidades nº3: proseando com a utopia anti-medíocre......................................297 7.1.Uma lâmpada antiga ilumina o passageiro de bonde...........................................................298 7.2. Um ilustre debatedor...........................................................................................................304 8. Conclusões: ironia e piedade como sentimentos morais...........................................313 9. Bibliografia................................................................................................................317 10. Apêndice (Quadro dos diferentes enquadramentos do poeta Amadeu Amaral)......333 PRÓLOGO: Oitenta anos sem Amadeu Amaral (1875†19292009) O jornal O Estado de São Paulo, a Academia Brasileira de Letras e a Academia Paulista de Letras não lembraram
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