MÁRCIO JOAQUIM DA SILVA ______Tese De Doutorado Natal/RN, Abril De 2017 MÁRCIO JOAQUIM DA SILVA
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE BIOCIÊNCIAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SISTEMÁTICA E EVOLUÇÃO DIVERSIDADE E CONSERVAÇÃO DA ICTIOFAUNA DAS BACIAS ENVOLVIDAS NO PROJETO DE TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO MÁRCIO JOAQUIM DA SILVA ________________________________________________ Tese de Doutorado Natal/RN, abril de 2017 MÁRCIO JOAQUIM DA SILVA DIVERSIDADE E CONSERVAÇÃO DA ICTIOFAUNA DAS BACIAS ENVOLVIDAS NO PROJETO DE TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO Tese apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Sistemática e Evolução da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em cumprimento às exigências necessárias para obtenção do título de Doutor em Sistemática e Evolução. ORIENTADOR: DR. SERGIO MAIA QUEIROZ LIMA CO-ORIENTADOR: DR. TELTON PEDRO ANSELMO RAMOS NATAL-RN 2017 Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN Sistema de Bibliotecas - SISBI Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial Prof. Leopoldo Nelson - •Centro de Biociências - CB Silva, Márcio Joaquim da. Diversidade e conservação da ictiofauna das bacias envolvidas no Projeto de Transposição do rio São Francisco / Márcio Joaquim da Silva. - Natal, 2017. 163 f.: il. Tese (Doutorado) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Biociências. Programa de Pós-Graduação em Sistemática e Evolução. Orientador: Prof. Dr. Sergio Maia Queiroz Lima. Coorientador: Dr. Telton Pedro Anselmo Ramos. 1. Ictiofauna Neotropical - Tese. 2. Ecorregião Nordeste Médio-Oriental - Tese. 3. IBWT - Tese. 4. Unidades de Conservação - Tese. 5. Modelagem de nicho - Tese. 6. Invasões biológicas - Tese. I. Lima, Sergio Maia Queiroz. II. Ramos, Telton Pedro Anselmo. III. IV. Título. RN/UF/BSE-CB CDU 502/504 MÁRCIO JOAQUIM DA SILVA DIVERSIDADE E CONSERVAÇÃO DA ICTIOFAUNA DAS BACIAS ENVOLVIDAS NO PROJETO DE TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO Aprovado em ____de abril de 2017. Banca examinadora ______________________________________________________ Prof. Dr. Sergio Maia Queiroz Lima (UFRN) (Orientador) _______________________________________________________ Prof. Dr. Carlos Augusto Assumpção de Figueiredo (UNIRIO) (Examinador externo) _______________________________________________________ Prof. Dr. José Alves de Siqueira Filho (UNIVASF) (Examinador externo) _______________________________________________________ Prof. Dr. Elvio Sergio Figueiredo Medeiros (UEPB) (Examinador externo) _______________________________________________________ Prof. Dr. Helder Viana Espírito Santo (UFRN) (Examinador interno) Meus amados pais, Inácio Joaquim da Silva (In memoriam) e Maria Otília da Silva, tenho muito a agradecer ao senhor e a senhora, primeiro pelo carinho, cuidados, confiança e amor, depois pelos exemplos de humildade e de vida. Os dois me proporcionaram todo o apoio e recursos na longa jornada da educação formal; esse foi o maior presente que me deram, serei eternamente grato e dedico esse trabalho a vocês. AGRADECIMENTOS A Deus por suprir todas as minhas necessidades, desde as coisas mais simples do cotidiano as mais complexas da vida acadêmica; Aos meus irmãos, Mônica, Márcia, Mércia e Inácio (Junior), por tudo que já fizeram por e para mim, sobretudo, quando saí de casa para estudar em outras cidades; À Nathalline Cecília pelo amor, companheirismo, incentivo e paciência, nestes mais de 10 anos. Você, mais que ninguém, sabe de todas as dificuldades e alegrias dessa jornada acadêmica entre o mestrado e o doutorado, e com toda certeza foi e é, peça fundamental na minha vida, amo você; Ao meu orientador e amigo Sergio Lima pelo convite e incentivo a “pensar fora da caixa” durante a concepção do projeto do doutorado; por aceitar me orientar e repassar seus valiosos conhecimentos; pelos poucos, porém necessários, “puxões de orelha acadêmicos” e pelo exemplo de profissional; Ao meu estimado amigo, irmão e co-orientador Telton Ramos pelo apoio, 11 anos de amizade, hospedagem em João Pessoa, coletas, trabalhos, conselhos e discussões científicas cruciais no decorrer da minha vida acadêmica; Aos professores Bruno Bellini e Fúlvio Freire pelas valiosas contribuições na avaliação do exame de qualificação, por serem sempre solícitos durante todo o período do doutorado e pelas conversas, brincadeiras e incentivos nos corredores e laboratórios da UFRN; Aos professores, Carlos Figueiredo, José Siqueira Filho, Elvio Medeiros, Adrian Garda e Fúlvio Freire por aceitarem compor a banca de avaliação deste trabalho e, desde já, pelas valiosas contribuições para melhoria do texto e do meu pensamento crítico; Ao casal de amigos e irmãos Danilo e Isabel Vita pelo apoio e palavras de encorajamento no decorrer desta jornada que foi o doutorado, estes anos sempre serão lembrados; A todos os meus amigos do LISE (Waldir Berbel-Filho, Roney Paiva, Luciano Barros-Neto, Mateus Lira, Lucas Medeiros, Nathalia Costa, Thais Araújo, Miguel Fernandes, Ana Bennemann, Yasmin Costa e Flávia Petean) e GEEFAA (Carlos Alencar, Sávio Moraes, Alex Moraes, Daniele Soares, Vanessa Brito, Valéria Vale, Bruna Figueiredo, Matheus Rocha, Carolina Puppin, Ana Carolina Xavier e Nielson Félix) pela ajuda nas coletas, curadoria dos peixes, análises laboratoriais, conversas e discussões produtivas ao longo do doutorado, pelas gargalhadas nos muitos momentos de descontração no laboratório e confraternizações, com certeza sentirei saudades; A Robson Ramos (UFPB), Fernando Carvalho (UFMS), Marcelo Brito (UFS), Ricardo Rosa (UFPB), Eduardo Venticinque (UFRN), Gabriel Costa (UFRN), Juan Zurano (UFRN), Jorge Botero (UFC), José Luís Novaes (UFERSA), Rodrigo Torres (UFPE) e muitos outros, que contribuíram com discussões, ajuda em análises, sugestões acadêmicas e espécimes incorporados aos dados desta tese; À CAPES pela concessão da bolsa, essencial a minha permanência em Natal, ao CNPq e ICMBio (Chamada N° 13/2011. Processo: 552086/2011-8) pelo apoio financeiro e logístico das coletas; Ao Programa de Pós-Graduação em Sistemática e Evolução (PPGSE/UFRN) pelo apoio financeiro que viabilizou algumas atividades essenciais ao desenvolvimento do trabalho e a secretária Gisele por atender meus pedidos, quando viáveis, durante esses anos; Aos professores do PPGSE/UFRN com quem tive a honra de estudar, aprender técnicas novas e aprimorar as que já conhecia nesses anos na UFRN; Ao LISE/UFRN pela estrutura física laboratorial cedida para as análises; A todos que contribuíram de alguma forma para realização deste estudo; E por fim, aos peixes que foram sacrificados em prol da ciência. RESUMO Os ecossistemas aquáticos dulcícolas estão entre os mais ricos, em termos de número de espécies, e ameaçados por alterações antrópicas no mundo. Impactos como a introdução de espécies não nativas e as transposições de águas entre bacias distintas (como é o caso do Projeto de Transposição do rio São Francisco-PISF) ameaçam a conservação das espécies. A preocupação com a conservação das espécies fomentou a criação das chamadas Unidades de Conservação (UCs - No Brasil foram criadas a partir de 1930 e tem níveis de restrição de usos diversos). Provavelmente, estes mecanismos têm sido insuficientes na conservação dos peixes, pois mesmo após suas criações, a contribuição das espécies não nativas nas comunidades naturais só tem crescido ao longo dos anos e é apontada como a segunda causa de extinção de espécies do planeta. Nesse contexto, o presente estudo buscou estabelecer uma padronização da nomenclatura das espécies nas bacias envolvidas no PISF, antes da conexão artificial, evidenciando o atual nível de conhecimento da ictiofauna e construir uma linha de base para detectar futuros impactos da obra. Além disso, objetivamos avaliar a efetividade das UCs em proteger os peixes das bacias envolvidas no projeto e modelar o risco de invasão de espécies exclusivas da bacia doadora nas receptoras. Para tanto, foram utilizados registros primários e secundários das espécies. Os resultados apontam para baixa similaridade entre a composição de espécies das bacias doadora e receptoras do PISF, além de indicar a importância das UCs para conservação dos peixes da região, que mesmo com tamanho reduzido (~1% da Caatinga) abrigam porcentagem significativa da fauna associada (entre 24 e 31% das espécies de cada bacia). Ademais, foi obtido que as bacias receptoras do PISF, apresentam adequabilidade para 11 espécies (sete famílias e três ordens) exclusivas da bacia doadora (Leporinus friderici, Megaleporinus obtusidens, Pamphorichthys hollandi¸ Pimelodus maculatus, Moenkhausia sanctaefilomenae, Hemigrammus brevis, Pimelodella laurenti, Cichlasoma sanctifranciscense, Centromochlus bockmanni, Conorhynchos conirostris e Pseudoplatystoma corruscans, ordem decrescente de adequabilidade geral). Por fim, reforçamos a necessidade da criação/ampliação das UCs nas bacias envolvidas, para que estas cumpram melhor o seu objetivo conservacionista e, corroboramos a necessidade do monitoramento constante da invasão de espécies nas bacias receptoras das águas do PISF, a fim de garantir a preservação das comunidades ícticas nativas. Palavras-chave: Ictiofauna Neotropical, Ecorregião Nordeste Médio-Oriental, IBWT, Unidades de Conservação, Modelagem de nicho, Invasões Biológicas, MaxEnt. ABSTRACT Freshwater ecosystems are within the richest in terms of species number and are threatened by anthropic transformations worldwide. Impacts such as non-native species introduction and interbasin water transfer (like São Francisco River Interbasin Water Transfer Project – SF- IBWT, PISF – in Portuguese) put species conservation in peril. The concern with this matter promoted the creation