Diversidade E Conservação Dos Peixes Da Caatinga Ricardo Rosa Universidade Federal Da Paraíba

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Diversidade E Conservação Dos Peixes Da Caatinga Ricardo Rosa Universidade Federal Da Paraíba Diversidade e conservação dos peixes da Caatinga Ricardo Rosa Universidade Federal da Paraíba 149 Arq. Fundação Biodiversitas Arq. Fundação Açude de Cocorobó, Canudos - BA INTRODUÇÃO O conhecimento da diversidade e Velhas cujas distribuições se estendem para taxonomia de peixes de água doce áreas do bioma Caatinga na bacia do rio neotropicais é ainda incipiente (Menezes São Francisco. 1992, Rosa & Menezes 1996). Para as A Comissão Científica de Exploração, bacias interiores do Nordeste brasileiro, que constituída pelo Instituto Histórico e perfazem a maior parte dos ambientes Geográfico Brasileiro, efetuou coletas de peixes aquáticos do bioma Caatinga, essa de água doce no Ceará, entre os anos de 1859 situação é predominante. Os trabalhos de e 1861. Entretanto, os espécimes oriundos inventário ictiofaunístico nessa região, desse trabalho não foram adequadamente apesar de terem sido iniciados no século conservados no Museu Nacional (Braga 1962, XIX, são ainda escassos e localizados. Paiva & Campos 1995). A Expedição Thayer, organizada por Histórico e estado do conhecimento Louis Agassiz, que percorreu o Brasil entre os Johan von Spix e Karl von Martius, anos de 1865 e 1866, obteve espécimes de em sua expedição pelo Brasil, coletaram peixes provenientes das bacias dos rios São espécimes zoológicos durante os anos de Francisco, coletados por Orestes Saint-John 1818 e 1819 em diversas localidades do e John Allen, e Parnaíba, coletados por Orestes bioma Caatinga, nos estados da Bahia, Saint-John. Esses peixes foram depositados Pernambuco, Ceará, Piauí e Maranhão no Museum of Comparative Zoology, da (Papavero 1971, Paiva & Campos 1995). Universidade de Harvard, mas apenas uma Os peixes obtidos nessa expedição foram pequena parte do material foi trabalhada no posteriormente trabalhados por Spix e contexto de revisões sistemáticas e serviu para Agassiz (Selecta genera et species piscium a descrição de novas espécies de peixes do Brasiliensium, 1829-1831) (Paiva & Nordeste (p. ex. Garman 1913). Com base no Campos 1995). Todavia, com poucas exame preliminar desse material, Louis Agassiz exceções, a procedência das espécies apontou a similaridade entre a fauna do descritas não é indicada com precisão, Nordeste e a da região amazônica (Agassiz & conforme se constata na publicação Agassiz 1975). original e em sua tradução (Pethiyagoda & Já no início do século XX, durante o Kottelat 1998). ano de 1903, Franz Steindachner percorreu Reinhardt (1851) e Lütken (1875) os rios São Francisco e Parnaíba, de onde descreveram espécies de peixes do rio das coletou e descreveu diversas espécies de 150 peixes (Steindachner 1906, 1915). John A literatura recente inclui, ainda, Haseman percorreu o rio São Francisco diversas citações de espécies de peixes para nos anos de 1907 e 1908, de onde obteve o bioma Caatinga, entre elas, Weitzman coleções de peixes, encaminhadas para o (1964), Roberts in Menezes (1973), Mees museu da Universidade de Stanford, na (1974), Garavello (1979), Rosa (1985), Califórnia. Ainda nesse período, outros Soares (1987), Lucena (1988), Vari (1989, autores descreveram espécies de peixes do 1991, 1992), Castro (1990), Fink (1993), Ceará (Ihering 1907, Fowler 1915), Rio Oyakawa (1993), Langeani Neto (1996) e Grande do Norte (Starks 1913), Bahia Armbuster (1998). (Ribeiro 1918), da bacia do rio São O quadro atual de conhecimento Francisco (Ihering 1911, Eigenmann 1914) sobre a diversidade da ictiofauna da e do rio Itapicurú (Eigenmann & Henn in Caatinga somente poderá ser modificado Eigenmann 1916, Eigenmann 1917). com a realização de programas de Ainda na primeira metade do século amostragem nas diversas bacias, e a XX, tivemos as contribuições de Ribeiro análise do material zoológico obtido no (1937), que estudou coleções de contexto de novas revisões sistemáticas. vertebrados do Nordeste e descreveu peixes da Paraíba e Ceará, e de Fowler (1941), que descreveu 38 espécies de peixes de água doce do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco. Esse último METODOLOGIA trabalho, a exemplo de outros sobre a ictiofauna de água doce do Nordeste, A compilação de espécies de peixes esbarra em problemas taxonômicos, como da Caatinga incluiu a pesquisa na literatura identificações errôneas, descrições ina- taxonômica primária e em fontes não dequadas ou em sinonímia e imprecisões publicadas, como teses, dissertações e na procedência do material. relatórios. Foram coligidas as informações Outras dificuldades no estudo da acerca de todas as espécies de peixes de ictiofauna da Caatinga decorrem dos água doce que ocorrem no bioma, e não programas de erradicação de piranhas, com apenas daquelas endêmicas, tendo em ictiocidas, e introdução de espécies vista a dificuldade de estabelecer, de forma alóctones, conduzidos por órgãos gover- mais segura, todos os endemismos, uma namentais, que certamente alteraram sua vez que os problemas taxonômicos são composição com extinções localizadas. frequentes, conforme apontado anterior- Como exemplo de trabalhos recentes mente. Além disso, diversas espécies que contribuíram para aumentar o podem estar distribuídas ao longo de rios conhecimento sobre a diversidade da que cortam a Caatinga, mas cujos cursos ictiofauna da Caatinga, destacam-se as superior e/ou inferior estão fora do bioma. contribuições de Costa e colaboradores sobre Deste modo, estão indicados na seção de os peixes anuais da família Rivulidae, resultados os endemismos para as ecor- incluindo descrições de espécies e revisões regiões ali definidas, e não propriamente sistemáticas (Costa 1989, 1995, 1998, Costa para o bioma. Não foram incluídos registros & Brasil 1990, 1991, 1993, 1994, Costa et de espécies marinhas que penetram o al. 1996). Outros autores que realizaram curso inferior dos rios costeiros. As revisões sistemáticas recentes e descreveram sinonímias foram resolvidas, em parte, espécies de peixes do bioma Caatinga através da literatura, incluindo catálogos incluem Nijssen & Isbrücker (1976, 1980), (Eschmeyer 1998), revisões recentes (p. ex. Garavello (1976), Kullander, (1983), Reis Nijssen & Isbücker 1976, Kullander 1983, (1989), Higuchi et al. (1990), Ploeg (1991), Ploeg 1991, Vari 1989, 1991), teses e Pinna (1992), Weber (1992), Berkenkamp dissertações não publicadas (p. ex. (1993), Trajano & Pinna (1996), Schaefer Garavello 1979, Castro 1990) e comu- (1997) e Ferraris Jr. & Vari (1999). nicações pessoais do Dr. Heraldo A. Britski. 151 Miguel T. Rodrigues Miguel T. Rio São Francisco RESULTADOS E DISCUSSÃO Foram compiladas informações de Ibiapaba, Araripe e Borborema, por referentes à ocorrência de 240 espécies de vezes drenando áreas de brejos de peixes distribuídas em 111 gêneros na área altitude, e que cortam áreas de Caatinga de abrangência do bioma Caatinga. A lista na maior parte de seus cursos; dessas espécies é apresentada no (3) São Francisco compreende o rio Anexo 1, onde além da autoria, são mais longo que corta o bioma, e seus também indicadas informações zoogeo- afluentes da vertente ocidental, que gráficas, incluindo a distribuição nas nascem em áreas de cerrado, no ecorregiões do bioma, os casos de Chapadão Ocidental, e cortam a endemismos para as mesmas, bem como Caatinga apenas no seu curso inferior, as espécies introduzidas no bioma. e os afluentes da vertente oriental, que O bioma Caatinga foi subdividido em nascem na Chapada Diamantina e quatro ecorregiões aquáticas, como se segue: cortam áreas de caatinga em quase (1) Maranhão-Piauí inclui as bacias toda sua extensão; costeiras do leste do Maranhão e a (4) Bacias do Leste que inclui os rios bacia do rio Parnaíba, cujas cabeceiras costeiros à leste da bacia do rio São encontram-se em áreas de cerrado e Francisco, cujas cabeceiras situam-se cujo curso médio corta apenas na vertente oriental da Chapada parcialmente a Caatinga; Diamantina e cujos cursos superior e (2) Nordeste Médio-Oriental inclui as médio drenam áreas da Caatinga. bacias compreendidas entre os rios A riqueza de espécies de peixes nas Parnaíba e São Francisco, cujas principais bacias, segundo os dados cabeceiras encontram-se nas chapadas compilados, é apresentada na Tabela 1. 152 A diversidade da bacia do rio São Francisco impossibilitando a obtenção de informa- foi, possivelmente, subestimada, face à ções sobre aquelas exclusivas do bioma dificuldade em determinar-se com um Caatinga. mínimo de precisão, aquelas espécies que A área situada entre as bacias dos ocorrem no bioma Caatinga. rios São Francisco e Parnaíba (Nordeste Duas das principais bacias hidro- médio-oriental) apresenta bacias hidro- gráficas da região, dos rios Parnaíba e São gráficas de médio a pequeno porte, sendo Francisco, têm maior volume de dados algumas das principais as dos rios sobre a ocorrência de peixes, mas ainda Capibaribe, Jaguaribe, Ipojuca, Piranhas- assim, certamente acham-se subamos- Assú e Paraíba. Paiva (1978), comparando tradas. Os dados compilados sobre a a ictiofauna dessa área às das bacias dos ictiofauna da bacia do rio Parnaíba rios São Francisco e Parnaíba, deduziu que apontam a presença de 75 espécies as espécies comuns a essas últimas nominais, incluídas em 63 gêneros habitaram outrora a área. Segundo ele, ali representando 25 famílias. Paiva (1978) subsistiram apenas os grupos adapta- estimou em torno de 80 a 100 espécies tivamente de maior plasticidade e por esta para a fauna da bacia do Parnaíba, razão não é fácil encontrar endemismos. ressaltando que a mesma seria de origem Ainda, segundo Paiva (1978), a ictiofauna quase inteiramente amazônica, depaupe- dessa área estaria representada
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