RIBEIRINHA • PIEDADE • CALHETA DO NESQUIM • • LAJES • SÃO JOÃO 2006 FEVEREIRO |MARÇO Nº26 João Brum Tratamento deáguasconsumo Orçamento Municipal2006 Agenda [primeiras palavras] [destaques]

3 Muito em pouco tempo 7 Tratamento da água para consumo humano

7 [aconteceu] 8 Lajense vitorioso

4 Vitorino e Zé Carvalho 8 Promover a amizade e a saúde

4 Festa de Nossa Senhora da Boa Viagem 8 Prémios para os melhores alunos

[em movimento] 8 IV Estágio de Karaté-do Shotokan

10 5 Câmara apoia actividades e associações 10 ORÇAMENTO MUNICIPAL PARA 2006 E PLANO DE INVESTIM ENTOS PARA 6 Regulamento de Abastecimento de Água 2006-2009

6 Cinema para todos LIVROS E LEITURAS

16 Recensão: No vazio da onda - trio e quarteto, por Inês Dias

20 17 Antologia: Tríptico, de João Brum

19 IMPRESSÕES DIGITAIS

Paulo Benvindo

20 AGENDA

22 INFORMAÇÕES ÚTEIS

Boletim Municipal das www.municipio-lajes-do-pico.pt Ano 13, Nº 26, Fevereiro/Março de 2006

Direcção: Sara Santos Coordenação editorial: Carlos Alberto Machado Colaborações deste número: João Brum (Tríptico), Paulo Benvindo (Impressões Digitais), Sérgio Sousa e Vanda Alves Secretariado: Vânia Brum Créditos fotográficos: José Soares, Nuno Dinis, Manuel Ribeiro, Paulo Nuno Silva e Vanda Alves Fotografia da capa: Manuel Ribeiro Concepção gráfica e paginação: Milideias – Comunicação Visual, Lda – Évora | Tel: 266 757 600 | E-mail: [email protected] Impressão e acabamentos: Nova Gráfica – Ponta Delgada | Tel: 296 302 140

Redacção: Convento de São Francisco 9930-135 LAJES DO PICO Tel: 292 679 700 | Fax: 292 679 710 | E-mail: [email protected] Propriedade e edição: Município das Lajes do Pico Tiragem: 1.000 exemplares Depósito legal: 151.663/00 Distribuição gratuita

Periodicidade: mensal (agradecemos o envio de informações até ao dia 15 de cada mês). Correio dos Leitores: sugestões, críticas e colaborações podem ser entregues via CTT, por e-mail, para [email protected], ou pessoalmente no Gabinete da Presidência. Só se publica correspondência devidamente identificada.

2 primeiras palavras

muito em pouco tempo

DEMOCRACIA A FUNCIONAR bre bases sólidas, isto é, sem hipote- o sistema de tratamento. O comércio Em 30 de Janeiro a Assembleia car o futuro. Um futuro que se constrói e o turismo começam a revitalizar-se, Municipal aprovou, como se espera- solidamente em cada passo dado no graças ao clima de confiança propor- va, o Orçamento e Grandes Opções presente. cionado por este Executivo. As institui- do Plano para o presente ano finan- ções estão a funcionar, as actividades ceiro apresentado pelo Executivo. É OBRA À VISTA associativas apoiadas, a oferta cultu- um importante instrumento de ges- Desde Outubro do ano passado ral a aumentar. Isto é o que temos feito tão que permite controlar de forma que o nosso Concelho começou se- em apenas meia dúzia de meses. Isto rigorosa o uso dos meios e recursos riamente a mudar de rosto. Grandes é: a prova indesmentível que fazemos públicos. Publicamo-lo neste Boletim: obras que vão modificar para melhor, muito, com qualidade e rigor, em prol por querer continuar a bem informar e em muito, a vida dos munícipes: o de todos. Está definitivamente a aca- os munícipes e obviar também a lei- Campo Municipal de Jogos, o Centro bar o tempo dos “velhos do Restelo” e turas menos correctas dos documen- de Artes e de Ciências do Mar (Fábri- do escárnio e mal dizer – e sem nada tos oficiais aprovados em Assembleia ca da Baleia) e o Posto de Turismo/ realizar... Municipal, como se viu em algumas Área de Lazer (Forte de Santa Cata- páginas da oposição jornalística. rina) iniciativas da Câmara. Ou obra POR UMA QUESTÃO de privados: a nova zona comercial, DE PEDAGOGIA QUATRO ANOS junto ao futuro Campo de Jogos. Na Por uma questão de pedagogia DE DESENVOLVIMENTO Vila: arruamento de São Francisco, digo mais uma vez: é dever de todos Até 2009 vamos realizar obras e obra governamental reivindicada pela os eleitos apresentarem propostas lançar projectos que farão do Muni- Autarquia, arranjo arquitectónico do concretas e exequíveis, alternativas cípio das Lajes do Pico um dos mais Cruzeiro, a inaugurar em Abril, a nova credíveis – nos locais próprios, para importantes da Região. É isso que o Escola Básica/Jardim-de-infância, a onde foram eleitos. O resto é brincar Plano propõe. Com um conceito cen- obra governamental de protecção da à democracia. E não é para isso que o tral: a qualidade de vida. Significa isto, orla marítima – cujo estaleiro, acabada povo elege os seus representantes.• o propósito de harmonizar investimen- a obra, será substituído por uma zona tos e iniciativas que procurem resol- ajardinada, de iniciativa municipal. Sara Santos ver problemas imediatos, melhorar e Um pouco por todo o concelho recu- diversificar as ofertas disponíveis de peram-se habitações. A rede de abas- Presidente todo o tipo. E tudo isto edificado so- tecimento de água foi melhorada com da Câmara Municipal das Lajes do Pico

3 aconteceu

FESTA DE NOSSA SENHORA DA BOA VIAGEM

Uma Festa celebrando Nossa Se- nhora da Boa Viagem teve lugar nos dias 10, 11 e 12 de Fevereiro, em San- ta Cruz das Ribeiras. Do vasto progra- ma religioso e cultural, destaque para o Aniversário dos Noventa anos da Elevação de Santa Cruz das Ribeiras a Paróquia e a benção e baptismo do novo bote Boavista. Sexta-feira foi o dia consagrado à Exposição do Santíssimo e Eucaristia. Como animação, actuaram os grupos da Casa do Povo das Ribeiras e da Candelária. No Sábado teve lugar a benção dos barcos e veículos, procissão de velas e eucaristia. A noite foi preen- chida com as actuações de Manuel VITORINO E ZÉ CARVALHO com os dois cantores em alguns te- Francisco Costa e Arminda Alvernaz. mas (Menina estás à janela saiu parti- Há ainda que destacar neste dia a O Auditório Municipal encheu-se cularmente afinado!). A noite terminou benção e baptismo de mais um novo na noite de 4 de Março para o con- com o “hino” Venham mais cinco: (…) bote baleeiro, o Boavista, construído certo de Zé Carvalho e Vitorino, com A gente ajuda / Havemos de ser mais pelo senhor João Tavares para o Clu- muita gente do nosso Concelho mas / Eu bem sei / Mas há quem queira / be Náutico de Santa Cruz. também da Madalena e de São Ro- Deitar abaixo / O que eu levantei / A O último dia de festa foi marcado que, o que nos apraz registar. O nosso bucha é dura / Mais dura é a razão / pela cerimónia de comemoração do Auditório vai, assim, cumprindo a sua Que a sustém / Só nesta rusga / Não Aniversário dos Noventa anos da Ele- vocação de centro de espectáculos, há lugar / Pr’ós filhos da mãe (…). vação de Santa Cruz das Ribeiras a à medida que as suas condições de Uma noite feliz que seguramente Paróquia, da qual fizeram parte a Eu- acolhimento melhoram. Nesta noite, já se repetirá em novos concertos – por caristia Solene, seguida de Procissão, foi possível, por exemplo, usar o piano exemplo, neste ano dedicado a Mo- desfile dos Bombeiros Voluntários das de concerto. Dentro em pouco, com- zart teremos oportunidade de escutar Lajes do Pico e um Arraial com as Fi- pletar-se-ão as condições de palco, a sua música no nosso Concelho com larmónicas Lira Madalense e Recreio com camarim, sanitário e iluminação músicos de qualidade.• Ribeirense.• profissional para espectáculos. Mas falemos do concerto de Zé Carvalho e Vitorino: o espectáculo, aplaudido por entusiasmo por todos os presentes, fez uma breve viagem pela música de Zeca Afonso, uma ho- menagem ao genial cantor e composi- tor, neste ano em que passam 19 anos do seu desaparecimento. Integrou igualmente temas “de culto” de Vitori- no e da música tradicional portuguesa – além de boleros, uma das paixões de Vitorino. Zé Carvalho emprestou a alguns dos temas um tom de jazz, o que valorizou a apresentação, em par- ticular nos temas A morte saiu à rua e Cantiga do Maio. O público fez coro

4 em movimento

CÂMARA APOIA ACTIVIDADES João – 200 litros por mês para sede, com sala de jogos, sala de E ASSOCIAÇÕES transporte de alunos, Filarmó- informática e bar. nica e idosos Um dos aspectos centrais da acti- • À Irmandade de Terça-Feira do Es- vidade da Câmara para este mandato • Junta de da Calheta pírito Santo, € 1.000 para recupe- é o de contribuir de diversos modos – 110 litros por mês para trans- ração da Capela do Espírito Santo para o desenvolvimento cultural e porte da Filarmónica de Santa Cruz das Ribeiras. desportivo do concelho, em particu- lar apoiando as actividades concretas • Associação Dinamizadora de • À Turma do 10º ano da Escola Se- dos diversos clubes e associações. Jovens – 150 litros por mês cundária das Lajes, um subsídio O Executivo, nas suas primeiras reu- para transporte dos jovens da correspondente ao custo de 2 pas- niões do ano, decidiu o conjunto de Associação sagens aéreas Pico-Londres-Pico, apoios aqui apresentado: para viagem de estudo a Londres • Agrupamento de Escuteiros e Lisboa. • À Direcção Regional de Educação 770 – 100 litros por mês para Física e Desporto, na realização transporte de Escuteiros de • À Turma do 12º ano da Escola dos Jogos Desportivos Escolares São João a Santa Bárbara. Secundária das Lajes, um subsí- 2005-2006, com um montante de dio correspondente ao custo de € 500 em inserção publicitária. • À Escola Básica Integrada/Secun- 2 passagens aéreas Pico-Lisboa- dária das Lajes do Pico, suportan- Pico, para viagem de estudo a • Ao Clube Desportivo Lajense, com do o custo de duas passagens Salou/Barcelona e excursão ao um montante de € 6.000, e custeio Pico/Lisboa/Pico para a participa- parque de Port Ventura, visita a de uma passagem Pico/Ponta Del- ção de alunos no 2º Campeonato ANdorra e Pal Arisal, visita a Bar- gada/Pico para a participação de de Jogos Matemáticos, em Avei- celona e outras actividades de in- professores no Projecto de Activi- ro. teresse recreativo. dade Física Geriátrica. • Ao União Desportiva Calhetense, • Apoio de 750€, no âmbito do Pro- • Ao Clube de Karaté Shotokan, du- no valor de € 5.900. jecto Educativo da Escola Básica rante o 4º Estágio de Karaté Ilha e Secundária das Lajes do Pico à Montanha, assegurando o custo • À Irmandade União e Caridade iniciativa de apresentação de um da passagem (Terceira-Pico-Ter- da Ribeira do Meio, no valor de € espectáculo interactivo visando a ceira) e do alojamento (dias 28 e 1.000 para recuperação da Capela temática “Cultura de Prevenção e 29) do Director Técnico da Asso- do Espírito Santo. Promoção da Saúde entre Adoles- ciação de Karaté dos Açores. centes e Jovens”. • À Associação Humanitária de • Às Filarmónicas do Concelho, nas Bombeiros Voluntários das Lajes • À Associação de Pais da Escola suas deslocações para concertos do Pico no valor de € 2.000 para Básica e Secundária das Lajes, na área geográfica do município. aquisição de um novo compres- subsídio de € 200 para realização sor. de uma conferência sobre a Segu- • A Associações do Concelho, em rança On Line das Crianças, com combustíveis: • Ao Alvião – Associação para a Sal- o especialista Tito de Morais, fun- • Casa do Povo das Ribeiras – vaguarda do Património Cultural dador do projecto MiudosSegu- 120 litros por mês para o trans- de São João, suportando o custo rosNa.Net. porte de idosos para centro de de uma viagem Viseu/Pico/Viseu, convívio para o Dr. Alberto Correia. Para a realização das fantasias de Carnaval deste ano, a Câmara decidiu • Casa do Povo de São João • Ao Centro Cultural e Recreativo da atribuir € 500 a cada um dos seguin- – 150 litros por mês para trans- Almagreira, € 5.000 para conclu- tes Grupos de Fantasias e Danças de porte de idosos e actividades são das obras do salão, nomeada- Carnaval: culturais mente, instalação eléctrica e forro do tecto. • Grupo de Fantasias da Sociedade • Junta de Freguesia das Ribei- Cultural e Recreativa da Ribeira do ras – 150 litros por mês para • À Filarmónica Liberdade Lajense, Meio transporte dos alunos da esco- € 12.000, para executar um projec- la do 1º ciclo da Freguesia to de ocupação dos tempos livres • Grupo de Fantasias da Sessão Fe- dos jovens, através da adaptação minina de Santa Cruz • Junta de Freguesia de São de espaço no rés-do-chão da sua

5 em movimento

• Grupo de Fantasias do Salão da Manhenha

• Dança da Casa do Povo de São João

• Dança do Grupo União Desportivo Ribeirense CINEMA PARA TODOS • Bailinho da Casa do Povo da Pie- dade• As sessões de cinema no Auditó- rio Municipal continuam a centralizar as atenções dos nossos munícipes e REGULAMENTO até dos concelhos da Madalena e de DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA S. Roque. O ano de 2005 terminou com cerca de 2.000 espectadores, Desde o dia 7 de Fevereiro, e pelo com uma média de espectadores por período de 30 dias úteis, encontra-se sessão a rondar os 30, nas quase 70 disponível para consulta pública a sessões realizadas. Por filme – foram Proposta de Regulamento de Abas- exibidos 40 filmes diferentes – a média tecimento de Água ao Concelho das subiu para cerca de 50. • Lajes do Pico. A proposta encontra- se patente ao público no edifício dos Paços do Concelho e nas sedes das Juntas de Freguesia, devendo os in- teressados apresentar, por escrito, as suas observações ou sugestões através de documento dirigido à Pre- sidente da Câmara.•

FILMES MAIS VISTOS EM 2005 Nos 2 primeiros meses deste ano já foram exibidos 12 filmes, em 20 ses- FILMES Espectadores sões, sendo as médias de espectado- Madagáscar 169 res, respectivamente, de 60,8 e 36,5, Uma Sogra de Fugir 144 acima das médias do ano transacto. Guerra dos Mundos 128 Apocalypse Now 100 FILMES MAIS VISTOS EM 2006 O Amor está no Ar 95 (Janeiro e Fevereiro) Cinderella Man 90 A Chave 84 FILMES Espectadores Million Dollar Baby 77 Pânico a Bordo 156 Adriana 76 A Lenda de Zorro 117 Águas Passadas 73 Chiken Little 92 Uma Canção de Amor 62 Escola de Heróis 60 Uma Vida Inacabada 59 Birds, O Mistério 53

6 destaques

ticulares, de modo a suprir as suces- sivas falhas no abastecimento público de água. Passados pouco mais de dez anos e graças a um forte investimento nes- te sector, o cenário melhorou signifi- cativamente. Actualmente, o sistema de abastecimento público de água à população do concelho das Lajes do Pico é constituído por 9 captações (7 furos e 2 nascentes), 27 Reservatórios com capacidade total para 4.050 m3 de água, 12 Estações elevatórias, 8 Postos de Cloragem e uma vasta rede de adução e distribuição. Este conjun- to de infraestruturas e equipamentos garante uma cobertura de aproxima- damente 99% da população do con- celho e um abastecimento de água com qualidade e sem falhas. Na sua concepção, o sistema con- templa ainda o aumento da capitação resultante de factores como o aumen- to da população residente, variações da população flutuante e a instalação de unidades industriais, ou outras, no concelho. Com vista a assegurar a qualidade da água para o consumo humano des- de a captação até ao consumidor final o Município das Lajes do Pico colocou em funcionamento no passado dia 23 de Fevereiro 6 Postos de Cloragem, estando cada um deles equipado com um grupo de duas bombas hidropres- soras que injectam automaticamente, através de impulsos, uma solução de hipoclorito de sódio (agente desinfec- tante) na água bruta. A implementação deste tipo de tra- tamento tem como objectivo proteger a saúde humana de eventuais efeitos nocivos resultantes de qualquer con- taminação da água, assegurando a sua salubridade e limpeza. Estão abrangidos pelo tratamento TRATAMENTO DA ÁGUA por nós aceite com toda a naturalida- as da Ribeirinha, Piedade, PARA CONSUMO HUMANO de. No entanto, não muito longe vai o , Lajes, São João tempo em que a falta de água no sis- e o lugar das Pontas Negras, na fre- Os sistemas de abastecimento de tema de abastecimento público fazia guesia das Ribeiras. água são constituídos por infraestru- parte do quotidiano da população no Todos os utentes da freguesia das turas de captação, tratamento e distri- nosso concelho. Deficiências na con- Ribeiras cujo abastecimento não este- buição de um bem económico e am- cepção da rede de distribuição e em ja abrangido nesta fase pela desinfec- biental de grande valor, que é a água alguns casos a falta dela, levavam a ção deverão tomar as devidas precau- para consumo humano. que muitos munícipes tivessem que ções aquando do consumo da água, Ter água potável à disposição em recorrer com frequência a auto-tan- nomeadamente, fervê-la.• quantidade suficiente é actualmente ques para abastecer as cisternas par- Vereador Sérgio Sousa

7 destaque

LAJENSE VITORIOSO • Promover a saúde dos alunos, pro- ciência que conseguirão alcançar os fessores, auxiliares e comunidade em vossos objectivos. Força!• O Clube Desportivo sagrou-se geral Campeão de Iniciados da Associação Lajes do Pico, 13 de Fevereiro de Futebol da Horta. Venceu o Tor- • Promover a ligação escola/saúde Vanda Patrícia A. Bettencourt Macedo Alves neio de Abertura, Zona do Pico, com 12 pontos. No Campeonato “Distrital” • Valorizar o significado da amizade (Zonas do Faial e Pico), o Lajense ob- teve o 1º Lugar, com 34 pontos, segui- Teve, ainda, como objectivo tentar PRÉMIOS do do Fayal Sport Club com 25 e do trazer a comunidade à escola – tenta- PARA OS MELHORES ALUNOS Sporting Club Horta com 19. tiva que infelizmente fracassou, já que Lembramos que a Câmara, além a adesão a esta iniciativa, quer por No final do primeiro período esco- do apoio regular aos clubes desporti- parte dos pais, quer familiares ou co- lar, durante a festa de Natal realizada vos, na base de € 100 por atleta, apoia munidade em geral foi escassa. pela Escola Básica e Secundária das também financeiramente as equipas Eu participei, como mãe e como Lajes do Pico, a Câmara Municipal campeãs com um subsídio no valor representante do Município das Lajes atribuiu prémios aos melhores alu- de € 2.500. do Pico, facto que me deixou bastante nos de cada ciclo no ano lectivo de Felicitamos o Clube Desportivo La- sensibilizada, pois ver crianças tão pe- 2004/2005. jense, desejando-lhe os maiores êxi- queninas a passear cheias de tão bom As alunas premiadas foram: tos desportivos e associativos.• humor e felicidade é sempre uma fon- • Ana Manuela São João Machado te de inspiração. Silva – 6º Ano (€ 250) Os dias estiveram convidativos e • Fabiana Costa Pimentel – 9º Ano a boa disposição foi contagiante. Só (€ 375) tenho pena que as pessoas não dêem • Ana Carolina Rosa Silveira – 12º o devido valor a iniciativas como esta, Ano (€ 500) que visam o bem-estar dos nossos As alunas foram fortemente aplaudi- filhos e nos proporcionam mais um das pelos seus colegas, pois estavam momento de descontracção junto dos cientes que elas tinham empreendido nossos “mais que tudo”. É tão pou- um enorme esforço para alcançarem co o tempo que nós, pais, passamos os seus objectivos. com os nossos filhos que devemos Parabéns a estas alunas, que conti- aproveitá-lo ao máximo e sempre que nuem a esforçar-se ao longo das suas nos são dadas oportunidades para o vidas para que sejam sempre reco- fazer... nhecidas entre as melhores.• A escola não é um depósito de crianças, onde as deixamos de manhã Vanda Alves PROMOVER A AMIZADE e só vamos busca-las à tarde. É ne- E A SAÚDE cessário investir em iniciativas como esta, tornarmo-nos agentes activos As professoras, auxiliares e alunos da educação das nossas crianças, IV ESTÁGIO da Escola Básica 1/Jardim de Infância envolvermo-nos nas suas actividades, DE KARATÉ-DO SHOTOKAN das Ribeiras organizaram duas cami- na sua formação, dar-lhes exemplos nhadas, a primeira no Dia dos Ami- positivos de acções promotoras da Entre os dias 27 e 29 de Janeiro gos, 2 de Fevereiro, com o percurso saúde e dos valores e sentimentos decorreu nas Lajes do Pico o IV Está- Escola/Santa Bárbara/Escola e a se- como a amizade. Devemos ensiná-los gio de Karaté-Do Shotokan Ilha Mon- gunda no Dia das Amigas, a 9 deste e aprender com eles, juntos neste Pro- tanha. mês e com o percurso Escola/ Santa jecto Crescer de Mãos Dadas, olhan- A organização deste evento perten- Cruz/Escola. do o horizonte da vida que é tão com- ceu ao Clube de Karaté-Do Shotokan Esta iniciativa foi de encontro ao plexa e difícil para as nossas crianças. das Lajes do Pico e a orientação téc- Projecto Saúde e Escola Crescer de Ser pai é orientar e andar lado a lado nica esteve a cargo do Sensei João Mãos Dadas, elaborado em parceria e não sempre à frente, porque pode- Castro (2º Dan) e do Sempai Pedro pelo Centro de Saúde e Escola Básica mos olhar para trás e vermos que já Correia (1º Dan), instrutores da AKA Secundária das Lajes do Pico e teve ninguém nos segue... – Associação de Karaté dos Açores. como competências: Parabéns às organizadoras deste O estágio baseou-se em 4 sessões evento, que não desanimem com a de treino, uma na sexta-feira (dia 27) • Promover comportamentos saudáveis falta de comparência dos pais e da que decorreu no Pavilhão da Escola comunidade. É pela persistência e pa- Cardeal Costa Nunes, duas no sába-

8 destaque

do (dia 28) e uma no domingo (dia anos (não existe limite de idade para Fernanda Reis – CKSMP 29), tendo estas decorrido no Pavilhão a prática do karaté. Inclusive alguns Isabel Miguel – CKSLP da Escola Básica 2, 3/S das Lajes do karatecas com oitenta e muitos anos José Ávila – CKSLP Pico. Nestas sessões de treino foram continuam a praticar karaté). Os trei- Nelson Silva – CKSLP aperfeiçoadas técnicas que tem vindo nos de ambas as classes decorrem no Rodolfo Dutra – CKSLP a ser treinadas, explicadas algumas Pavilhão da Escola Básica 2,3/S das Tânia Soares – CKSLP alterações, esclarecimentos e dúvidas Lajes do Pico, às terças-feiras e quin- existentes. No domingo foram ainda tas-feiras, entre as18h00 e as 20h00, 7º Kyu (cinto laranja) efectuados exames aos karatecas e aos sábados, das 17h00 às 19h00, João Costa – CKSLP propostos para subida de graduação sendo estes abertos ao público inte- Mário Azevedo – CKSLP (cinto). ressado. Estiveram presentes 27 karatecas, Os resultados dos exames efectua- 6º Kyu (cinto verde) todos eles da nossa ilha, sendo 22 do dos foram os seguintes: Ana Proença – CKSLP Clube de Karaté-Do Shotokan das La- Hélder Terra – CKSMP jes do Pico (CKSLP) e 5 do Clube de Pré-graduação João Proença – CKSLP Karate-Do Shotokan da Madalena do Bárbara Cabral – CKSLP Nuno Dinis – CKSLP Pico (CKSMP). Estes karatecas têm David Riedel – CKSLP Romeu Dutra - CKSLP sido orientados pelo Sempai Abílio Edgar Silva – CKSLP Marinho (2º Kyu), que é o orientador Emídio Sousa – CKSLP O CKSLP aproveita esta informação técnico de ambos os clubes da ilha, Hugo Cabral – CKSLP para agradecer à Câmara Municipal e cujo trabalho foi bastante elogiado Nuno Mendes – CKSLP das Lajes do Pico o apoio prestado, pelos técnicos da AKA. Pedro Bagaço – CKSLP nomeadamente na passagem área e O CKSLP conta com 24 karatecas Rafael Ferreira – CKSLP estadia para um dos técnicos que se divididos por duas classes, uma infan- deslocou da ilha Terceira.• til, até aos 13 anos, com 10 karatecas, 8º Kyu (cinto amarelo) e outra avançada a partir dos 14 anos, André Dias – CKSLP Clube de Karaté-Do Shotokan com 14 karatecas. O karateca mais Emanuel Miguel – CKSLP das Lajes do Pico novo tem 5 anos e o mais velho 52 Fernanda Faria – CKSMP

9 orçamento municipal para 2006 e plano de investimento para 2006/2009

ORÇAMENTO MUNICIPAL PARA 2006 E PLANO DE INVESTIMENTOS PARA 2006-2009

Em 30 de Janeiro a Assembleia Municipal aprovou o Orçamento e Grandes Opções do Plano para o presente ano financeiro apresen- tado pelo Executivo. Este documento é composto pelo Plano Pluria- nual de Investimentos para os anos 2006-2009 e pelas Actividades mais relevantes neste ano. É um importante instrumento de gestão que permite controlar de forma rigorosa o uso dos meios e recursos disponíveis e a disponibilizar. Nestas páginas apresentamos os seus principais conteúdos: como sempre, informamos os munícipes do que a Câmara faz ou planeia fazer, obviando assim, também, a leitu- ras menos correctas dos documentos oficiais aprovados em Assem- bleia Municipal.

1. Qualificar o presente Como consegui-lo? Propomos uma A obra de protecção da orla marí- como aposta no futuro perspectiva de trabalho que elege tima tem a sua conclusão prevista em como fundamentais duas áreas de Outubro deste ano e prevê-se a cons- O conceito central da actuação do intervenção: a primeira, diz gene- trução, pelo Governo Regional, atra- Município é a qualidade de vida. Signi- ricamente respeito à conservação, vés da APTO, da obra do Porto de Re- fica isto, o propósito de harmonizar in- qualificação e desenvolvimento sus- creio; em fase de projecto encontra-se vestimentos e iniciativas que procurem tentado do nosso Concelho – o que uma obra que, conjugada com estas, resolver problemas imediatos, melho- implica também a abordagem de áre- permitirá o óptimo usufruto da nossa rar e diversificar as ofertas disponíveis as como a de requalificação urbana, costa: o Passeio Marítimo (estes dois de todo o tipo. E tudo isto edificado de ambiente ou de acessibilidades; a projectos integram uma candidatura sobre bases sólidas, sustentáveis, isto segunda, consagra o turismo e a cul- ao PITER – Projectos Integrados de é, sem hipotecar o futuro. Um futuro tura, estreitamente ligados entre si e Turismo de Natureza Estruturante e que se constrói solidamente em cada que permitirão reforçar as bases de Base Regional). passo dado no presente. uma vocação especial do nosso Con- A qualificação e reestruturação celho e em particular da nossa Vila: a urbanística, no que de responsabili- Esta visão permite conjugar áreas de centro turístico ímpar no contexto dade directa diz respeito à Câmara, de intervenção da Autarquia que a um regional, com uma forte componente deu em 2005 um passo importante primeiro olhar poderiam não sugerir do chamado turismo científico, cultu- com a publicação em 12 de Outubro ligações entre si; ou prestar uma aten- ral e ambiental. de 2005 do Plano Director Municipal ção nova a áreas conhecidas. (PDM). Está a ser elaborado o Plano Tome-se como um bom exemplo Alguns exemplos de opções toma- de Pormenor da Vila, um contributo a nossa tradição baleeira: ela permi- das que ilustram bem esta visão con- indispensável para a regulação do te-nos conjugar energias e vontades creta património e também um importan- diferenciadas, numa perspectiva de - Conservação, qualificação e de- te elemento definidor da estratégia qualidade de vida – hoje e no futuro. senvolvimento sustentado a seguir para um desenvolvimento

10 orçamento municipal para 2006 e plano de investimento para 2006/2009

sustentável (seguir-se-ão, nos anos ras; Largo da Irmandade da Compa- das Lajes; zona balnear das Areinhas, subsequentes, os das áreas urbanas nhia de Baixo e Largo da Arrocharia zona balnear da Ponta do Ademouro, das Freguesias e das áreas turísticas na Freguesia de S. João; Adro da zona balnear e de lazer do Caminho ou a urbanizar, conforme previsto no Igreja, Terreiro e Cruz da Calheta, na do Verdoso e zona de lazer do Poço PDM); uma parte considerável na Freguesia da Calheta do Nesquim; da Arruda, na freguesia de S. João). qualificação do Município reside nas Manhenha, na freguesia da Piedade, As freguesias das Lajes e da Piedade suas vias de circulação: em particular entre outros), bem como a recupera- terão novos parques infantis. nos caminhos municipais das Fre- ção de chafarizes e bebedouros e a A recuperação de casas tradicio- guesias no quadro da Delegação de continuação de obras de raiz ou de nais terá uma revisão do respectivo Competências, vai continuar a traba- melhoramento, com particular des- regulamento municipal em vigor, per- lhar-se na sua melhoria generalizada, taque para a beneficiação das zonas mitindo majoração nos apoios a atri- a que se juntarão diversas obras de balneares e de lazer ao longo da orla buir quando se trate de recuperação repavimentação que permitirão me- costeira das freguesias (zona balne- de casa tradicional; será elaborado lhores condições de circulação no ar e de lazer do Porto da Baixa, na regulamento específico com vista à acesso às freguesias e entre os seus Freguesia da Ribeirinha; piscinas do classificação de imóveis de interesse diversos lugares; igualmente previsto Calhau e zona de lazer da Manhe- concelhio (entre os quais moinhos, ei- em Plano, está uma requalificação nha, na Freguesia da Piedade; zona ras, ermidas) e à regulamentação de de arranjos urbanísticos em todo o balnear e de lazer da Feteira, zona apoios a atribuir. Concelho (Cruzeiro na Vila – conclu- balnear da Poça das Mujas e zona de No capítulo dos estímulos à econo- são, passeios e Jardim Público da lazer do Mourricão, na Freguesia da mia local e ao aumento da qualidade Vila (frente marítima) e Bairro Fernão Calheta; zona balnear das Pontes e de vida dos cidadãos, a construção Álvares Evangelho, na freguesia das Piscinas de Santa Cruz, na Freguesia de um Mercado Municipal e o apoio Lajes; Jardim de Santa Cruz, Largo das Ribeiras; zona balnear e de lazer à realização de feiras ou mercados de de S. Barbara – conclusão e Lugar da Fonte, zona balnear do Portinho e produtos locais em diferentes pontos das Pontes, na freguesia das Ribei- zona balnear da Maré, na Freguesia do concelho.

11 orçamento municipal para 2006 e plano de investimento para 2006/2009

Será realizado o ordenamento e desportivo para a prática de diversas de espaços específicos no site oficial executadas as infra-estruturas da ZIL. modalidades, e os Balneários da Fonte da Câmara, até à colocação de pe- (Silveira). Este ano, inaugurar-se-á no quenos displays em gares marítimas Essencial na estratégia de qualifi- início da época balnear a Piscina de e aéreas do Pico e de outras ilhas da cação está a rede de abastecimento Santa Cruz das Ribeiras, um equipa- Região, passando pela edição de ma- de água do nosso Concelho, segu- mento de desporto e lazer de invulgar pas, folhetos e roteiros, com mais e ramente uma das melhores da Re- qualidade na ilha. No desenvolvimento melhor informação actualizada, sinali- gião. Atingimos agora uma fase em desta rede de equipamentos, as áreas zação turística e iniciativas de “muse- que se torna necessário optimizar as de cultura, lazer e turismo conhecerão alização de sítio” da cultura baleeira; intra-estruturas existentes, nomeada- este ano um importante estímulo. Não ainda neste domínio, vamos trabalhar mente, ao nível do controlo técnico podemos deixar de realçar que o re- para estimular pessoas e entidades da qualidade da água e dos serviços ferido Plano de Pormenor da Vila em para colaborarem com a Autarquia prestados, o que se fará essencial- muito contribuirá para a definição de na promoção do nosso Concelho e mente com a contratação de técnicos espaços vocacionados para as activi- no encontro de novas formas de au- e formação profissional. Serão ainda dades turísticas, em que se inclui a in- mentar e diversificar a oferta turística realizadas duas importantes obras: a dústria hoteleira. Feita esta chamada local, nomeadamente, sobre o patri- de distribuição na rede da água prove- de atenção, começamos por referir a mónio histórico mais antigo; parques

niente do furo do Arrife e a execução criação do primeiro Posto de Turismo de campismo: o das Lajes tem inter- das condutas elevatórias (de RL9 a das Lajes: o Forte de Santa Catarina, venção já com concurso lançado, em RL10), que permitirá a repavimenta- cuja conclusão da obra se prevê em fase de adjudicação, para beneficia- ção do Caminho das Terras. meados de Setembro, será recupera- ção e vedação, com vista a melhorar do para esse fim (em estreita ligação as condições de segurança e ainda a - Actividades e investimentos nas com o Passeio Marítimo). Além desta aprovar, uma revisão do actual regula- áreas do turismo e da cultura importante função, o recuperado For- mento em vigor e aplicação de taxa de Nos dois últimos anos, em particu- te poderá ser utilizado para activida- ocupação; Piedade: estudo de locali- lar em 2005, iniciámos os projectos ou des de animação estival e será servido zação e elaboração de projecto. edificações de pequenos e grandes por um pequeno parque de estaciona- Na abrangente área cultural, des- equipamentos que no seu conjuto mento e área arborizada – sublinhe-se taque para a recuperação da Fábrica consubstanciam uma Rede de Equipa- que está em estudo a localização de da Baleia SIBIL: durante décadas um mentos Sócio-Culturais, Desportivos e outros postos de turismo; estão pla- símbolo da actividade baleeira da Vila, de Turismo. Inauguraram-se no perío- neadas e devidamente orçamentadas será agora, consequentemente, um do de Setembro-Novembro: Polides- diversas iniciativas de promoção tu- singular Centro de Artes e de Ciências portivo da Silveira, um equipamento rística do Município, desde a criação do Mar. A intervenção já iniciada (Se-

12 orçamento municipal para 2006 e plano de investimento para 2006/2009

tembro) fará dela, dentro em pouco, solutamente singular e inovador no associações serão apoiadas pela Au- o maior símbolo do heróico passado Pico (e não só...) completar-se-á com tarquia e as suas actividades incluí- baleeiro lajense e ao mesmo tempo o futuro Teatro Municipal, cujas obras das na programação cultural. símbolo de futuro – centro de artes e se iniciarão logo que encontradas as ciências em torno dos grandes cetáce- fontes de financiamento – pretende- Estas são, como dissemos, as os. O primeiro móbil desta intervenção mos ainda neste quadriénio iniciar a duas áreas fundamentais de interven- é, pois, o de restituir à Vila Baleeira o sua construção. Mas não é apenas ção. Não significa isto, obviamente, conjunto arquitectónico (corpos cons- no importante domínio de obras e que se descurem as outras. Embora, truídos e zona envolvente) exemplar projectos que iremos trabalhar no numas e noutras, mais gostaríamos da sua história recente. A par deste, a âmbito deste Rede: planeamos diver- de propor aos eleitos e munícipes. Em sua utilização viva, nos domínios das sas actividades e iniciativas de forma tempo oportuno, veremos se ainda artes e dos espectáculos, da formação a estimular a participação de todos será possível captar novas receitas. e da investigação científica. As zonas nas iniciativas, a criação artística e a E esperamos também que o Governo musealizadas e de actividades, serão formação – o cinema regular, tempo- Regional cumpra as suas promessas, completadas com zona de convívio ao radas de música, teatro e dança, com por um lado; por outro, desejamos ar livre, bar de apoio, e uma Loja/Li- artistas locais, regionais e nacionais, também que não deixe de fazer o que vraria. Com estas valências a Fábrica exposições de artes plásticas e visu- iniciou.

da Baleia SIBIL será muito em breve ais, dinamização da Biblioteca com Das outras áreas que ainda não o ponto central da Rede de Equipa- iniciativas destinadas à promoção do referimos gostaríamos de destacar o mentos do nosso Concelho. Prevê-se livro e da leitura, entre outras possí- nosso apoio ao desporto, recreio e la- que a obra seja entregue pelo emprei- veis e para as quais, tal como noutras zer – e em geral ao associativismo. teiro em Outubro de 2006, a que se áreas, gostaríamos de poder contar Uma parte considerável dos apoios seguirão alguns meses para instala- com a participação activa dos muní- financeiros que a Autarquia concede ções técnicas, finalização da recupe- cipes, individual ou colectivamente. às associações é, como se sabe, ca- ração de peças e da musealização, Contamos para isso, também, que o nalizada para iniciativas desportivas. áreas expositivas, envolventes, etc.; Governo Regional retome os progra- Como dissemos atrás, quase três de- igualmente importante, será a obra mas de itinerância regional de espec- zenas de associações serão apoiadas de requalificação da nossa Bibliote- táculos, interrompidos em 2005, e pela Autarquia. O desporto federado ca: obras de melhoria e alargamento, inicie uma política de apoio à cultural – futebol, voleibol e patinagem – con- mobiliário, informatização, novos fun- local. O apoio ao associativismo – de tinua a merecer o nosso apoio, apoio dos bibliográficos e audiovisuais. O que falaremos também no ponto se- que, contudo, deverá ser complemen- quadro que na nossa perspectiva vai guinte – integra igualmente esta área tado com os Regionais e com receitas dar ao Município um panorama ab- fundamental: quase três dezenas de próprias.

13 orçamento municipal para 2006 e plano de investimento para 2006/2009

As infra-estruturas de desporto, re- de/Calheta/Ribeirinha e outro para o mentos administrativos, informáticos creio e lazer continuam a ser uma prio- conjunto Ribeiras/Lajes/S. João). e outros, de forma a melhor servir os ridade – e gostaríamos que a Câmara cidadãos, tanto directa como indirec- tivesse o devido suporte financeiro Temos a convicção de que a quali- tamente. Quero ainda destacar que para muito mais realizar. A construção dade de vida de cada um e de todos após a aquisição, em 2004, de um do novo Campo de Jogos Municipal deve ser assegurada no presente. Por edifício na Piedade para lá instalar os – a nossa prioridade no campo dos isso, a Câmara tem com sectores de serviços da Junta de Freguesia e o nú- equipamentos desportivos - constitui directa responsabilidade do Governo cleo de atendimento da Câmara Muni- a acção mais significativa no plano Regional uma preocupação especial. cipal: durante este ano será lançado o financeiro do presente orçamento. A Crianças, jovens e sectores mais des- concurso para execução das obras de conclusão da obra está prevista para protegidos da nossa sociedade têm reabilitação e adaptação do imóvel, o fim de 2006. tido nos últimos anos uma atenção bem como das restantes Juntas de No que respeita ainda a estas infra- especial que terá continuidade no pró- Freguesia: Calheta e Ribeirinha, para estruturas, destaco (entre apoios di- ximo ano. Na área da educação e en- reabilitação e adaptação de imóvel e rectos, obras da Autarquia e outras no sino, além das obras de beneficiação nova construção, respectivamente, e âmbito das suas Delegações de Com- e/ou ampliação em diversas escolas de S. João a elaboração de projecto petências nas Juntas de Freguesia): (mais significativas as de reabilitação para ampliação e adaptação (arma- zém e casa mortuária).

Ficaram enunciadas a filosofia e as políticas, isto é, o cimento que une, estrutura e dá sentido àquilo por que optámos; e as medidas práticas para a sua concretização. Apresentamo- vos de seguida as principais medidas de gestão financeira e de recursos que lhes dizem respeito.

2. Equilíbrio, rigor e investimento

A presente proposta de orçamen- to para o presente ano apresenta um valor global de € 8.250.266 (oito milhões duzentos cinquenta mil du- zentos sessenta seis euros). Deste montante global, € 2.735.597 (33%) destinam-se a Despesas Correntes, devidamente asseguradas por igual valor de Receitas Correntes, que su- portarão a manutenção e operaciona- pavilhão gimno-desportivo da Ribeiri- das escolas de Piedade e S. João), lidade dos serviços, bem como toda nha/Piedade (construção); campo de destacamos o apoio aos diversos Clu- a actividade municipal e € 5.514.669 futebol da Piedade (melhoramento); bes de alunos da Escola básica Inte- (67%), correspondem a Despesas de campo de futebol da Calheta do Nes- grada/Secundária e às associações Capital, suportadas pelo mesmo valor quim (melhoramento); construção de juvenis (através de parcerias para de Receitas de Capital, que garantem raiz de um salão na freguesia da Pie- abertura de clubes de informática nas a execução de Investimento no valor dade, assumida como sede da Filar- Freguesias, nomeadamente na única de: € 4.606.922 (83,54%), o pagamen- mónica daquela freguesia, prevendo- freguesia ainda em falta, a da Ribeiri- to de Amortizações de Empréstimos se no ano de 2006, a elaboração do nha). no valor de € 432.247 (7,84%) e algu- projecto de arquitectura, com o apoio mas das actividades mais relevantes da Autarquia, com vista à obtenção de Finalmente, a Administração autár- no valor de € 475.500 (8,62%). outros financiamentos para a execu- quica será reforçada na medida das O Plano Plurianual de Investimen- ção da obra nos anos seguintes; pal- suas possibilidades financeiras, não tos no ano 2006 representa, assim, cos desmontáveis serão adquiridos deixando, porém, de apostar na qua- 56% em relação ao orçamento global para apoio à actividades de ar livre nas lificação dos seus quadros e na mo- do Município para o mesmo ano, fi- freguesias (um para o conjunto Pieda- dernização de parte dos seus equipa- cando as Grandes Opções do Plano

14 orçamento municipal para 2006 e plano de investimento para 2006/2009

distribuídas pelas seguintes áreas: económico-financeiro necessários à Quanto à receita que suporta o Administração Geral € 281.868 (5,5%), sua constituição) e a abertura de um orçamento esta é proveniente de: RE- Ensino € 272.854 (5,3%), Ordenamen- novo Quadro Comunitário de Apoio, CEITAS CORRENTES: Impostos di- to do Território € 203.744 (4%), Abas- com início em Janeiro de 2007. Estes rectos: € 83.957; Impostos Indirectos: tecimento de Água € 258.710 (5%), factores, que permitem que o Plano € 1.250; Taxas: € 25.713; Rendimen- Protecção, Meio Ambiente e Conser- Plurianual a elaborar no próximo ano tos de Propriedade: € 72.047; Transfe- vação da Natureza € 64.000 (1,3%), possa apresentar ainda maior rigor rências Correntes (OGE): € 2.333.039; Cultura e Turismo € 1.342.910 (26,1%), em relação aos anos seguintes, con- Venda de Bens e Serviços: € 201.808; Desporto, Recreio e Lazer € 1.785.500 dicionam-nos no presente ano quanto Outras Receitas Correntes (IVA): € (34,7%), Transportes Rodoviários € à execução de novos projectos. 17.783 e RECEITAS DE CAPITAL: Ven- 881.461 (17,6%), Diversos (Protecção O montante de investimento deste da de Bens: € 32.214; Transferências Civil, Habitação, Indústria e Energia e ano é em grande parte agregado às em- de Capital (OGE)/Fundo Geral Muni- Outros) € 46.500 (1%). preitadas em curso (Campo de Jogos cipal: € 827.867; Fundo de Coesão Os objectivos apresentados em 1. Municipal, Fábrica da Baleia e Forte de Municipal: € 238.515 e Fundo de Base Qualificar o presente como aposta no Santa Catarina), à execução financeira Municipal: € 432.107; PRODESA: € futuro estão distribuídos no Plano Plu- ainda não concretizada de empreitadas 3.082.132; PITER: € 188.513; POSI: € rianual de Investimentos pelos anos a terminar e à beneficiação da rede vi- 52.998; RAA: € 660.323. Revelam-se assim como principais fontes de financiamento do Orçamen- to Municipal: o Orçamento Geral do Estado, com 85% das Receitas Cor- rentes, e o PRODESA, com 56% das Receitas de Capital.

Atendendo às limitações legais no que respeita à inserção de Receita em Orçamento, prevê-se, ao longo deste ano, a realização de revisões orça- mentais para inserção de Receitas que agora não podem ser consideradas, nomeadamente: o Saldo de Gerência do ano de 2005, a Receita de diversas Taxas a aplicar ainda sujeitas a apro- vação e o montante de contratos de cooperação financeira (empréstimos) correspondente aos 15% de projec- tos financiados pelo PRODESA, cuja inserção em Orçamento só poderá concretizar-se após aprovação pela Assembleia Municipal. Este reforço da Receita permitirá 2006 a 2009, com um montante total ária. Destacam-se, como novos objec- dotar alguns Objectivos do Plano cujo para os 4 anos de € 14.195.097. Neste tivos a lançar ainda este ano, as obras início, por insuficiente dotação no valor não se incluem, conforme deter- de sedes de Juntas de Freguesia e de presente Orçamento, foi remetido em minação do POCAL, as Delegações beneficiação de Escolas EB/JI. Plano para o ano de 2007, permitindo de Competências e Subsídios a atri- assim a antecipação da sua execução buir em anos seguintes, bem como, Sendo a descentralização uma das ainda para o presente ano. no que respeita a algumas das acções opções da estratégia política deste Atendendo à necessidade de con- que se encontram ainda em fase de executivo, propõe-se delegações de solidar as receitas próprias da Autar- projecto, poderão ser aferidos com competências com as Juntas de Fre- quia, propor-se-á também a alteração maior rigor os seus custos. Este valor guesia no montante de € 389.500 e de algumas tarifas desajustadas do dos próximos anos poderá também Subsídios a Colectividades e Institui- seu custo real, bem como a aplica- ser influenciado por outros factores ções Culturais, Recreativas Desporti- ção de novas. No entanto, o recurso tais como: a criação de uma Empre- vas, no montante de € 102.500, para a aos Fundos Comunitários continuará sa Pública Municipal (deliberação já promoção da cultura e do desporto no a ser, nos próximos anos, a principal tomada pelo Executivo no sentido de nosso concelho, a protocolar através fonte de financiamento ao Investimen- se elaborarem os estudos jurídico e de contrato programa. to Municipal.•

15 livros e leituras / recensão

LIÇÕES DAS TREVAS tiritaram e dormitaram com a tosse do caixeiro a chamá-los constantemente à R. L. STEVENSON, NO VAZIO DA ONDA – TRIO E QUARTETO, sua miséria” (p. 42). ASSÍRIO & ALVIM, 2004 O trio acaba por se transformar em quarteto quando, ao tentarem des- viar a goleta, Davis, Herrick e Huish encontram uma quarta e ainda mais inquietante personagem, Attwater, misto ambíguo de negociante e mis- sionário, que o narrador descreve como uma “máquina a resplandecer com reflexos de um afã religioso” (p. 135). Aos espaços fechados de uma prisão abandonada e do “navio fan- tasma”, sucede-se o de uma ilha não cartografada e mostrada pela primei- ra vez – a tripulantes e leitores – ao amanhecer, para potenciar o seu ca- rácter de revelação: “Tinham a ilha, a oculta, a pouco credível – à frente deles; e nada mais singular e delica- do pudera alguma vez contemplar em sonhos” (p.1 16). No fundo, tudo se conjugara para os trazer até ali, para a consumação desse destino que já servira de título a um dos capítulos (“O destino bate à porta”) e que assumira um travo irónico pelo facto de ter sido a carga que eles queriam desviar a principal responsável pelo seu próprio desvio de rumo; afinal de contas, se a Farallone não transportasse champa- nhe, o comandante não teria voltado a cair no seu torpor alcoólico e auto- destruidor. Será, pois, nesta ilha que se vai desenrolar a segunda e última parte do romance, uma espécie de No Vazio da Onda – Trio e Quarteto, e Huish como seres em “bancarrota Juízo Final presidido por Attwater, o de R. L. Stevenson, pode ser lido, na moral” (p. 33), que tivessem decaído “deus” da ilha: “Oh, posso fazer tudo excelente tradução de Aníbal Fernan- ao ponto de quase perderem a sua (...). Não está a compreender: o que des, como um romance negro avant identidade própria. Não é por acaso tiver de acontecer, acontece” (p. 143). la lettre; ou, se quisermos prolongar a que cada um deles usa um nome fal- Tudo se joga neste final – a descober- vertente musical do seu subtítulo, es- so, sendo o direito a tratar o outro pelo ta ou recuperação de si próprio na cutado como uma lamentação ou lição nome verdadeiro considerado um si- adversidade, a vida e a morte, a con- das trevas em que o rumor do mar (da nal invulgar de confiança e amizade, denação eterna ou a redenção. Mas, morte?) serve de baixo contínuo às vo- como na ocasião em que um dos in- independentemente da objectividade zes e dilemas das personagens. Logo dígenas a bordo pede a Herrick que de quem mata, de quem morre e de no início somos confrontados com três não lhe chame Tio Ned, mas Tavita, o quem sobrevive, No Vazio da Onda homens “menos adaptáveis, menos seu nome de baptismo. O que une este deixa os seus leitores e personagens capazes, menos afortunados, talvez trio de origens e valores tão diferentes imersos na mais profunda incerteza, menos banais” (p. 29), que se depa- não é mais do que uma solidariedade recusando respostas definitivas. Em ram subitamente com uma oportunida- espontânea, resultante da consciência última análise, depois de se ter desci- de de saírem da marginalidade a que de uma “desgraça comum” (p. 101) do ao “coração das trevas”, será que a sociedade os condenou: levarem a de que apenas eles podem compre- alguém pode ainda mudar? E salvar- empestada goleta Farallone e a sua ender a dimensão: “Juntaram-se então se? • carga até Sydney. Stevenson descreve os três, num monte de corpos molha- o comandante Davis, Robert Herrick dos, e deitados até ao nascer do dia Inês Dias

16 livros e leituras / antologia

TRÍPTICO JOÃO BRUM

LÁGRIMAS

Ensinaram-me que era vergonhoso um homem chorar, mas hoje, pinheiro áspero que sou de agulhas caducantes, uma lágrima gorda, e outras mais, sejam quais forem os motivos, são sempre sal-tempero da vida, por mais que ela me agarre, pois sinto que é dádiva e não minha. No singu- lar ou no plural, deixo-as correr, gordas e salgadas, porque do peito me lavam o chumbo de respirar, dia após dia, até ao cansaço final. Eu cá digo que as lágrimas são de quem tem alma e nem é preciso vê-las escorrer pelas faces ou a pingar do nariz. O corpo trá-las à vida, mas é da alma que elas vertem. As verdadeiras não são de mostrar, mas de sentir. Não são apenas das crianças, mas também dos adultos, dos que choram de dentro e para dentro. São três “mas”, a pergun- tar: O que é a vida, afinal, senão adversativa, passageira? As lágrimas derretem o nó da garganta, ou seja, passam mão de afago no casco que prende a alma. Lágrimas tradu- zem tanto a dor como o seu remédio. A vida endureceu-me enquanto me atirei à azáfama de ser emigrante bem suce- dido, tanto a esfolar o corpo como a espremer o juízo, mas, como ao pinheiro, não pude impedir que me caíssem as agulhas e, enfim, perdi a vergonha de aliviar, de saborear e sal-tempero do que sou e deixei de ser. Agora sim, con- firmo o dito de que duas vezes somos crianças, uma nos algodões do berço e a outra na lava seca que escorteja. Se me pergunto quantas toalhas enxugariam as lágri- mas de um lar, de uma freguesia, da nossa Vila e Concelho, um arrepio corre-me dos pés à cabeça, porque sei que elas não são apenas de alívio, de aceitar a dávida de viver. Elas são também resultado de violências, de perdas irrepará- veis, de fome, de abandono e solidão, de amor que se es- gotou, de indiferença e escárnio, de catástrofes naturais, de guerras, de não ter-se com quem partilhar felicidade… Escondemos as lágrimas, engolimos as agonias, humi- lhamo-nos como erva espezinhada, mas de que nos vale? Deixemos que as lágrimas derretam o chumbo.

17 livros e leituras / antologia

MADREPÉROLA SEIO DOS SEIOS

Invejada pelo mar soberbo, a concha que é a nossa Vila Seio de mulher preta abre-se em madrepérola, a atrair as marés que a namoram. donde os filhos se penduram. São beijos que nem as agulhas do juncal impedem. Embora Seio de mulher branca, ao perto tenha chagas de mau zelo, vista de suas vizinhan- velada por cetins ças ainda é presépio. Vila das Lajes, senhoril e citadina, vês ora leves ora densos. agora quem mais te deve e estima, a aplicar-te pensos de Nascido de parto rancoroso. cura, até que de novo sejas remoçada e sorridente, como Gemido das entranhas do mar. são as namoradas que não temem o abandono. Toco-o co’as mãos da alma, Vila das Lajes, de egrégio passado, de Heróis do mar e alimentada p’lo leite da terra, presa a ombros de lava ornada, vigiada pelo impá- do menino que não gastei… vido Castelete, vais a caminho da cura e da expansão, pois enfim se voltam para ti e para o teu futuro. Serás de novo, Este é o Pico, a Montanha que miro todas as manhãs assim te asseguram, ninho de nascer, magia de crescer, lar pela janela do quarto alugado, a ver como vai ser o dia, se o de viver e colorido do envelhecer. sol vai sorrir ou se as nuvens vão chorar. É a olhar para ela Sou do tempo do pé descalço, da farmácia de gral e ba- que mais me vejo, já áspero como os pinheiros do Mistério. lança, do escortejar das baleias no Caneiro, dos que aba- Manhã após manhã, da janela que me abeiro, como que a lavam das agriculturas para os botes, dos chicalhos a dar à apalpar-me para ver se estou vivo, assustado pela solidão costa, do empório do Edmundo, da crença no fiado…, mas que ouço pelo corredor, de quarto para quarto, olho. Quem volto agora, talvez desenganado do sonho das Américas, disse que vivia solitário por entre a gente? onde do mojo das vacas se ordenham fortunas e dos frutos Namoro as Letras, mas elas não aceitam casamento. As da construção se compram casas apalaçadas, com entra- minhas são como borrifos de lava que não chegam a solidi- das de mármore e tapeçarias do Oriente… ficar. Só escaldam. Se soubesse que ao fim chegaria vivo, Vila das Lajes, é em ti que busco e tenho os ditos ni- pôr-me-ia a rolar pelo Seio abaixo, a ver se dava volta ao nho, magia, lar e colorido. Se em dias límpidos me ponho ser como sou, e então renasceria outro, que não esmirrado a olhar para a Montanha, as minhas raízes batem asas; se pelos safanões das megalomanias donde escapei. Afinal o mar galga a terra, estremeço com as ondas e as bátegas; do leite materno que não me bastou só restam cópias dos com o luzimento de Lurdes e Natal, o espírito sai-me da desdouros da América… solidão e folga; a quem não me poupa um sorriso, grato lhes dou resposta; se a saúde me bafeja, o condicionalis- Montanha que é seio dos seios, mo desaparece. É assim que vejo e sinto o teu presépio, a põe-me a trepar pr’ó teu mamilo. tua madrepérola. Donde te vejo, és por demais rochoso p’ró meu sugo. Que mulher és tu de um só seio que a todos faz querê-lo?

18 impressões digitais | paulo benvindo

MÚSICA POPULAR AÇORIANA

REENCONTROS – LÍDIO – GRAVISOM – 2003 SONS DA MONTANHA – FILARMÓNICAS DO CONCELHO DAS LAJES DO PICO As re-leituras que Lídio faz de grandes sucessos da música popular portuguesa têm o poder de não nos fazer Numa época marcada pelo individualismo exacerbado, sentir a ausência das palavras e relembra no nosso íntimo este CD contraria essa tendência pela força viva de um con- letras de canções que todos conhecemos. junto de Sociedades Filarmónicas do Concelho das Lajes Este CD começa bem, porque o título revela o sentimen- do Pico que realizou um trabalho digno de referência. to que ele desperta em nós: o reencontra com a nossa me- As Filarmónicas, maioritariamente formadas no século mória popular e musical. Esclareça-se que este popular não XIX, tiveram uma papel muito importante na coesão social é popularucho! da época, pois eram o centro de toda a actividade cultural Grandes compositores são aqui revisitados: a abrir, Ma- junto das populações. Tiveram, ainda e sobretudo o papel dragoa de Federico Valério; mas outros nomes sonantes muito benéfico de servirem de berço para a educação mu- estão aqui presentes: Amélia dos Olhos Doces de Carlos sical de muitos, ao transcrever a música erudita e também Mendes, Deixa-me Rir de Jorge Palma, Porto Sentido de Rui alguma popular para um formato acessível à maioria. Veloso, além de dois temas tradicionais da música açorea- Entre hinos, marchas, rapsódias e sinfonias, sob a ba- na Samacaio e Lira. tuta dos maestros, a Sociedade Filarmónica Liberdade La- Lídio com o seu inspirado clarinete consegue o feito no- jense, a Sociedade Filarmónica Lira Fraternal Calhetense, a tável: invocar um ambiente de bem estar e celebração que Sociedade Filarmónica Recreio Ribeirense, a Sociedade Fi- nos convida a dançar com uma serenidade, que julgava larmónica Recreio dos Pastores, a Sociedade Filarmónica, estar perdida. União Musical da Piedade e a Sociedade Filarmónica União Agora que todos querem voltar para os anos 80, este Ribeirense trazem uma ambiente de festa inconfundível até CD coloca-se perfeitamente para animar qualquer festa re- às nossas casas.• vivalista!•

19 agenda março

LAJES 3 | Cinema no Auditório Municipal: 21h30: À Vontade do Freguês, de março Rob Mckittrick 4 | Concerto com Vitorino e Zé Carvalho, 21h30, Auditório Municipal 5 | Cinema no Auditório Municipal: 15h: O Leão, a Feiticeira e o Guarda- Roupa: Crónicas de Nárnia, de Andrew Adamson 5 | Cinema no Auditório Municipal: 18h: À Vontade do Freguês, de Rob Mckittrick 10 | Cinema no Auditório Municipal: 21h30: Uma Boa Companhia, de Paul Weitz 12 | Cinema no Auditório Municipal: 18h: Uma Boa Companhia, de Paul Weitz 17 | Cinema no Auditório Municipal: 21h30: Oliver Twist, de Roman Po- lanski 19 | Cinema no Auditório Municipal: 15h: O Salta Pocinhas, de Thierry Schiel 19 | Cinema no Auditório Municipal: 18h: Oliver Twist, de Roman Po- lanski 20 e 21 |Acção de Formação sobre Internet realizada pela Adeliaçor, na sede da Junta de Freguesia 24 | Cinema no Auditório Municipal: 21h30: King Kong, de Peter Jackson 26 | Cinema no Auditório Municipal: 18h: King Kong, de Peter Jackson 27 | Espectáculo de Teatro pelo Grupo Muitieramá, no Centro Social Cul- tural e Recreativo da Silveira. 31 | Cinema no Auditório Municipal: 21h30: Arsene Lupin – O Ladrão Sedutor, de Jean-Paul Salomé

CALHETA DE NESQUIM 27 e 28 | Acção de Formação sobre Internet realizada pela Adeliaçor, na sala de informática da ADJ

PIEDADE 29 e 30 | Acção de Formação sobre Internet realizada pela Adeliaçor, na sede da Junta de Freguesia

RIBEIRINHA 10 | Inauguração da Sala de Informática da ADJ

RIBEIRAS 22 e 23 | Acção de Formação sobre Internet realizada pela Adeliaçor

SÃO JOÃO 16 e 17 | Acção de Formação sobre Internet realizada pela Adeliaçor, na sala de informática da ADJ

20 agenda abril

LAJES 2 | Cinema no Auditório Municipal: 18h: Arsene Lupin – O Ladrão Sedu- abril tor, de Jean-Paul Salomé 2 | Cinema no Auditório Municipal: 15h: O Castelo Andante, de Hayao Miyazaki 7 | Cinema no Auditório Municipal: 21h30: Rebeldes de Bairro, de Lexi Alexander 9 | Cinema no Auditório Municipal: 18h: Rebeldes de Bairro, de Lexi Alexander 13 a 16 | Comemorações Religiosas da Páscoa 14 | Cinema no Auditório Municipal: 21h30: Harry Potter e o Cálice de Fogo, de Mike Newell 15 | Espectáculo de música pelos professores do Conservatório Regio- nal da Horta, 21h30, Auditório Municipal 16 | Cinema no Auditório Municipal: 18h: Harry Potter e o Cálice de Fogo, de Mike Newell 16 | Cinema no Auditório Municipal: 15h: Harry Potter e o Cálice de Fogo (versão em português), de Mike Newell 21 | Cinema no Auditório Municipal: 21h30: A Descida, de Nel Marshall 23 | Cinema no Auditório Municipal: 18h: A Descida, de Nel Marshall 25 | Comemoração do 25 de Abril 28 | Cinema no Auditório Municipal: 18h: A Noiva Cadáver, de Tim Bur- ton 30 | Cinema no Auditório Municipal: 18h: A Noiva Cadáver, de Tim Bur- ton 30 | Cinema no Auditório Municipal: 18h: Charlie e a Fábrica de Choco- late, de Tim Burton

CALHETA DE NESQUIM 13 a 16 | Comemorações Religiosas da Páscoa

PIEDADE 13 a 16 | Comemorações Religiosas da Páscoa

RIBEIRINHA 3 e 4 | Acção de Formação sobre Internet realizada pela Adeliaçor, na Sala da Junta de Freguesia 13 a 16 | Comemorações Religiosas da Páscoa

RIBEIRAS 13 a 16 | Comemorações Religiosas da Páscoa 15 | Aniversário da Discoteca Farol

SÃO JOÃO 13 a 16 | Comemorações Religiosas da Páscoa 17 a 25 | Semana Cultural de Comemorações do 25 de Abril e Aniversário da Casa do Povo de São João

Informações para serem publicadas nesta Agenda podem ser enviadas pe- los CTT, por e-mail ([email protected]) ou pessoalmente entregues no Gabinete da Presidência, até ao dia 15 de cada mês (para inclusão na edição do mês seguinte). Agradecemos a colaboração de to- dos.

21 informações úteis

CÂMARA MUNICIPAL Junta de Freguesia Santa Casa da Misericórdia TÁXIS Rua de São Francisco de São João das Lajes do Pico Ana Santos Cardoso 9930 – 135 Lajes do Pico Estrada Regional, Companhia Rua Capitão-Mor Garcia Gon- Tel: 292 672 265 Tel: 292 679 700 de Baixo, São João çalves Madruga Fernando Cardoso TM: 916 635 223 / 969 832 180 9930 Lajes do Pico 9930 LAJES DO PICO TM: 919 535 390 Fax: 292 679 710 Tel e fax: 292 673 250 Tel: 292 672 140 Gabriel Melo E-mail: Fax: 295 412 563 TM: 918 704 080 [email protected] SEGURANÇA E BOMBEIROS Humberta Maria Lucas Polícia de Segurança Pública Serviço de Acção Social TM: 919 535 358 JUNTAS DE FREGUESIA Rua de São Francisco das Lajes do Pico José Pereira da Silva Junta de Freguesia 9930 LAJES DO PICO Largo General Lacerda Machado TM: 969 370 543 da Ribeirinha Tel: 292 672 410 9930 LAJES DO PICO Luciana Bettencourt Largo da Igreja, Ribeirinha Tel: 292 672 061 e 292 672 062 TM: 916 405 515 9930 Lajes do Pico Protecção Civil Fax: 292 672 062 Luís Filipe Cedros Alemão Tel: 292 666 648 Tel: 292 679 300 TM: 919 919 284 Fax: 292 666 648 Instituto de Gestão Manuel Garcia da Silva Bombeiros Voluntários de Regimes da Segurança Tel: 292 678 337 Junta de Freguesia das Lajes do Pico Social Maria de Fátima Neves da Piedade Estrada Regional Largo General Lacerda Machado TM: 964 863 778 Calhau, 5-A, Piedade 9930 LAJES DO PICO 9930 LAJES DO PICO Rosa Cardoso Bettencourt 9930 Lajes do Pico Tel: 292 679 300 Tel: 292 672 685 TM: 919 535 362 Tel e fax: 292 666 151 Fax: 292 679 895 Rui Bettencourt CTT – Estação das Lajes do Pico TM: 919 535 363 Junta de Freguesia SERVIÇOS Largo General Lacerda Macha- Urbano Cardoso da Calheta de Nesquim DE UTILIDADE PÚBLICA do, n.º 2 TM: 964 863 751 Terreiro, Calheta de Nesquim Cartório Notário 9930-999 LAJES DO PICO 9930 Lajes do Pico e Conservatória do Registo Civil Tel: 292 679 590 ENSINO Tel e fax: 292 666 122 Rua de São Francisco Fax: 292 679 596 Escola Básica 2,3 9930 LAJES DO PICO e Secundária das Lajes do Pico Junta de Freguesia Tel: 292 672 335 EDA, SA – Lajes do Pico Avenida Marginal das Ribeiras Fax: 292 672 084 Largo Vigário Gonçalo G. Lemos 9930 LAJES DO PICO Largo da Igreja, Santa Bárbara 9930 LAJES DO PICO Tel: 292 679 600 9930 Lajes do Pico Repartição das Finanças Tel: 292 679 520 Tel: 292 672 051 Rua de São Francisco Escola do 1º Ciclo 9930 LAJES DO PICO Farmácia Lajense e Jardim de Infância da Junta de Freguesia Tel: 292 672 352 Rua Padre Manuel José Lopes Ribeirinha das Lajes do Pico 9930-153 LAJES DO PICO Caminho Novo Rua Capitão-mor Garcia Gon- Tel: 292 672 408 9930 LAJES DO PICO çalves Madruga Tel: 292 666 675 9930 Lajes do Pico Tel e fax: 292 672 175

Se pretende começar a receber gratuitamente o Boletim Municipal das Lajes do Pico, assim como outras informações acerca do Município, preencha e recorte este cupão e envie para: Boletim Municipal das Lajes do Pico Município das Lajes do Pico Convento de S. Francisco 9930-135 LAJES DO PICO

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22 informações úteis

Escola do 1º Ciclo RESTAURANTES Aqua Açores Casa de Hospedes e Jardim de Infância Restaurante do Clube (Observação de golfinhos e O Castelete da Piedade Desportivo Ribeirense baleias e mergulho) Rua de São Francisco, 2 Caminho do Calhau Santa Cruz Ribeiras Rua Manuel Paulino de Azeve- 9930-135 LAJES DO PICO 9930 LAJES DO PICO 9930 LAJES DO PICO do e Castro Telefone: 292 672 304 Tel: 292 666 689 Telefone: 292 678 449 9930 LAJES DO PICO Tel: 292 672 686 Casas do Pico Escola do 1º Ciclo e Jardim Restaurante Hocus-Pocus TM: 919 991 686 9930 LAJES DO PICO de Infância da Calheta Aldeia da Fonte E-mail: Telemóvel: 916 236 780 de Nesquim Caminho de Baixo, Silveira [email protected] E-mail: Ramal da Calheta 9930 LAJES DO PICO [email protected] 9930 LAJES DO PICO Telefone: 292 679 504 Espaço Talassa Web: www.casasdopico.com Tel: 292 666 657 (Observação de golfinhos e Restaurante Lagoa baleias) Escale de L’Atlantic Escola do 1º Ciclo Largo de São Pedro, 2 Rua do Saco Morro de Baixo e Jardim de Infância 9930 LAJES DO PICO 9930 LAJES DO PICO Piedade das Ribeiras Telefone: 292 672 272 Tel: 292 672 010 9930 LAJES DO PICO Caminho de Baixo Website: Telefone: 292 666 260 Ribeiras Restaurante O Lavrador www.espacotalassa.com Fax: 292 666 260 9930 LAJES DO PICO Estrada Regional, 3, Silveira Tel: 292 678 355 9930 LAJES DO PICO Futurismo Glicínias do Pico Telefone: 292 672 604 (Observação de golfinhos e Companhia de Baixo, Escola do 1º Ciclo e Jardim baleias) São João de Infância das Lajes do Pico Restaurante Onda Azul Avenida Marginal 9930 LAJES DO PICO Rua Família Xavier (Pizzaria) 9930 LAJES DO PICO 9930 LAJES DO PICO Largo de São Pedro Tel: 292 672 000 Miradouro-da-Papalva Inn Tel: 292 672 070 9930 LAJES DO PICO Fax: 292 672 027 Ramal Salazar, 13 Telefone: 292 672 024 TM: 962 413 409 São João Escola do 1º Ciclo e Jardim Website: 9930-427 LAJES DO PICO de Infância da Ribeira do Meio Restaurante Ponta da Ilha www.azoreswhales.com Telefone: 292 673 006 Estrada Regional Manhenha, Piedade Fax: 292 673 006 9930 LAJES DO PICO 9930 LAJES DO PICO Sealine Telemóvel: 919 298 180 Tel: 292 672 090 Telefone: 292 666 708 (Observação de golfinhos e baleias) Pico Holliday Escola do 1º Ciclo Restaurante O Ritinha Rua Manuel Paulino de Azeve- Caminho do Calhau, 37 e Jardim de Infância da Silveira Avenida dos Baleeiros do e Castro Piedade Caminho de Baixo – Silveira 9930 LAJES DO PICO 9930 LAJES DO PICO 9930 LAJES DO PICO 9930 LAJES DO PICO Telefone: 292 672 271 TM: 917 289 369 Telefone: 292 666 599 Tel: 292 672 064 Telemóvel: 916 034 683 Restaurante/Marisqueira Turispico Escola do 1º Ciclo de São João (Montanhismo e passeios a Residencial Açor e Jardim de Infância de São Rua da Igreja, cavalo e charrete) Rua D. João Paulino João Companhia de Baixo Caminho de Cima, Piedade 9930 LAJES DO PICO Rua do Porto 9930 LAJES DO PICO 9930 LAJES DO PICO Telefone: 292 672 438 9930 LAJES DO PICO Telefone: 292 673 116 TM: 938 188 099 e 912 622 198 Fax: 292 672 642 Tel: 292 673 223 Restaurante Terra e Mar ALOJAMENTOS Residencial COMUNICAÇÃO SOCIAL Arrife, Ribeiras Alojamento Bela Vista Whale Come ao Pico Jornal O Dever 9930 LAJES DO PICO Rua do Saco, 1 Rua dos Baleeiros, 15 Estrada Regional Telefone: 292 672 794 9930-121 LAJES DO PICO 9930-143 LAJES DO PICO 9930 LAJES DO PICO Telefone: 292 672 000 Telefone: 292 672 010 Tel: 292 672 274 TURISMO Fax: 292 672 027 Fax: 292 672 617 E-mail: [email protected] Museu dos Baleeiros Web: www.espacotalassa.com Rua dos Baleeiros, 13 Aldeia da Fonte E-mail: Rádio Montanha 9930-143 LAJES DO PICO Silveira [email protected] Rua Capitão-Mor Garcia Gon- Tel: 292 672 276 9930-177 LAJES DO PICO çalves Madruga Fax: 292 679 020 Telefone: 292 672 777 9930 LAJES DO PICO Horário: De 3ª a 6ª feira: Fax: 292 672 700 Tel: 292 672 299 09h00-12h30 e 14h00-17h30 E-mail: Sábados e domingos: [email protected] 14h00-17h30 Encerra: segundas-feiras e feriados

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