Paulo Eduardo Castello Parucker

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Paulo Eduardo Castello Parucker PAULO EDUARDO CASTELLO PARUCKER Praças em pé de guerra. O movimento político dos subalternos militares no Brasil, 1961-1964 Diseertação apresentada como exigência parcial para a obtenção do grau de Mestre em História à Comissão Julgadora da Universidade Federal Fluminense, sob a orientação do Professor Doutor Daniel Aarão Reis Filho. UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE - UFF Niterói, RJ - 1992 (1ª reimpressão, Brasília, 2006) Comissão Julgadora: Prof.ª Dr.ª Ângela de Castro Gomes Prof. Dr. René Armand Dreifuss Prof. Dr. Daniel Aarão Reis Filho 1 AGRADECIMENTOS Registro aqui minha gratidão para com as pessoas e instituições que, ao longo de quase cinco anos, contribuiram para que o presente trabalho chegasse ao seu final. À CAPES, pela bolsa de estudos entre março de 1988 e agosto de 1990; ao Serviço de Documentação Geral da Marinha/SDGM (RJ), ao Instituto Histórico- Cultural da Aeronáutica/INCAER (RJ) e ao Centro de Documentação do Exército/CDocEX (DF), pelo franqueamento de seus serviços à pesquisa e pela simpática acolhida; à Biblioteca Nacional, à Biblioteca do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro/IUPERJ, e ao Arquivo Edgard Leuenroth/AEL (Unicamp), pela possibilidade de utilização de seus valiosos serviços mesmo à distancia. Aos colegas e professores da UFF, particularmente ao grupo de orientandos do professor Daniel Aarão Reis Filho, pela oportunidade do debate franco e frutífero. Ao professor Daniel, pelo estimulo, as orientações, os contatos e material para a pesquisa. A Dalton Almeida, que articulou-me o acesso direto aos processos judiciais pesquisados, e a Sílvia Roncador e Édison e Carla Almeida, pela transcrição dos depoimentos gravados. A Ronaldo Pereira de Jesus, Carla Maria Carvalho de Almeida, Jurandir Malerba, Duncan Semple, Francisco Carlos Palomanes Martinho e Denise Rollemberg, sempre portos seguros. A Córa e Nelson Parucker, Edi e Walter Gomes, pelo fundamental ‘apoio logístico’. À Márcia Gomes Parucker, por toda a jornada e muito mais. 2 RESUMO PARUCKER, Paulo Eduardo Castello. Praças em pé de guerra: o movimento político dos subalternos militares no Brasil, 1961-1964. Dissertação de Mestrado apresentada ao Departamento de História da Universidade Federal Fluminense. Orientador: Prof. Dr. Daniel Aarão Reis Filho. Niterói, 1992. 332 p. (1ª reimpressão, 2006. 238 p.) (*) A partir do objetivo de suprir a lacuna historiográfica sobre a mobilização dos baixos escalões das Forças Armadas no Brasil de 1961-64, o trabalho investiga a construção histórica desse fenômeno privilegiando um de seus aspectos principais, o chamado Movimento dos Sargentos. Recorrendo a fontes ricas em informações, e ainda não devidamente exploradas, como depoimentos de participantes e principalmente processos que tramitaram na esfera da Justiça Militar, a pesquisa avança por um terreno complexo, onde afloram questões referentes ao resgate factual do tema e à discussão mesma das relações de poder que envolvem a Instituição Militar na nossa sociedade. Ao cobrir o período do Governo João Goulart, em que a ascensão dos movimentos populares e do reformismo chocou-se com a resistência conservadora das classes dominantes, elas mesmas fracionadas por dissensões internas, o trabalho recupera uma dimensão importante da memória das lutas sociais no Brasil. A análise histórica associa-se, assim, à perspectiva do debate acerca dos limites da cidadania naquela conjuntura particular e, por extensão, lança alguma luz também sobre as condições do seu desdobramento na atualidade. * * * * * (*)OBS: A presente versão (chamada aqui de 1ª reimpressão) apresenta-se divergente da versão original quanto à numeração das páginas, em virtude da conversão do texto digitado em 1992 para arquivo eletrônico digitalizado e posteriormente impresso em 2006. Exceto por pequenas correções de digitação, a dissertação foi preservada na forma em que foi defendida e aprovada. 3 SUMÁRIO INTRODUÇÃO. 5 CAPÍTULO I – Forças Armadas & Sociedade . 17 CAPÍTULO II – A conjuntura: Brasil, 1961-1964 . 26 CAPÍTULO III – O Movimento dos Sargentos e a Revolta dos Sargentos de Brasília . 33 1. Introdução . 34 2. Breve Histórico . 34 3. Momentos, I: 1961-1963. 38 3.1. Sobe o pano . 38 3.2. Surge o “Movimento dos Sargentos”. 43 3.3. Rota de colisão . 49 4. Duas Radiografias . 53 4.1. A Questão da Elegibilidade . 53 4.2. Olhando o próprio Movimento . 58 4.2.1. Influências, tendências e ligações políticas . 59 4.2.2. Situações e reivindicações . 69 4.2.2.a) Reivindicações “internas” . 70 4.2.2.b) Reivindicações “externas”. 79 4.2.3. As formas e o nível de organização. .. 84 4.2.4. O discurso da ‘novidade’. 95 4.2.5. A reação da Instituição . 97 5. Retomando a marcha dos acontecimentos: a Revolta dos Sargentos de Brasília (12 de setembro de 1963) . 103 5.1. O cenário . 103 5.2. Praças em armas. 109 5.3. Rendição ou resistência. .. 124 5.4. Ressonâncias no meio militar. 131 5.5. A repressão ao levante . 139 5.6. Questões suscitadas . 150 5.7. Levante, levantes: tentativas de interpretação . 161 6. Momentos, II: 1963-1964 . 172 6.1. Cai o pano: pés de barro? . 172 6.1.1. A crítica dos pares e as conseqüências para o Movimento dos Sargentos. 172 6.1.2. A solidariedade e a cobertura ao levante. A luta pela anistia. A situação dos presos . 176 6.1.3. Cai o pano: 31 de março, 1º de abril. 178 6.2. A Ordem e o “Saneamento”. 181 CONCLUSÃO . 186 Anexos . 204 Anexo I – “Plano de Ação Subversiva”. 205 Anexo II – Os “Comunicados” dos revoltosos de Brasília (12.09.1963). 219 Anexo III – Quadro dos postos e graduações das Forças Armadas do Brasil . 222 Bibliografia . 223 4 INTRODUÇÃO 5 .I. Brasília, 12 de setembro de 1963. Seis e trinta, sete horas da manhã. Cortando o Eixo Monumental, um grupo de blindados do Exército seguia em direção à Praça dos Três Poderes até atingir o estacionamento entre o Ministério da Guerra e o da Marinha. Não se tratava de um exercício de instrução. Pouco antes, no gramado próximo dali, tombara morto um jovem fuzileiro naval, atingido em cheio por uma rajada de metralhadora partida de um dos prédios ocupados pelos ministérios militares. Muitos oficiais já teriam visto, naquele nebuloso evento que se desdobrava, motivo suficiente para a derrubada do Presidente João Goulart, o que, no entanto, só aconteceria cerca de seis meses depois. Transcorria ali um dos episódios dramáticos que marcaram os anos iniciais da década de 60 no Brasil. A cena foi pinçada dentre muitas outras igualmente insólitas que compuseram a chamada Revolta dos Sargentos de Brasília. O que a teria possibilitado? Como se deu? Qual seu significado no quadro político-institucional? Essas e outras perguntas até hoje têm sido apenas incidentalmente enfrentadas pela crônica política e mesmo pela historiografia acadêmica. Pouco se sabe, em termos de conhecimentos sistematizados, embasados em pesquisas empíricas, a respeito da crescente mobilização política que sacudiu os baixos escalões militares – e, com eles, a própria Instituição Militar – naquela conjuntura crítica de 1961-1964 no Brasil. Eis aí, em poucas palavras, o objeto do presente estudo: o movimento político dos subalternos militares no Brasil, de 1961 a 1964. O objeto apontado não teve contornos totalmente precisos. Mas três de suas características básicas permitem avaliá-lo como tal, ou seja, como ‘movimento político’: a) uma intensa politização das questões que afloravam, vistas cada vez mais de uma perspectiva desenhada em função das relações de poder; b) a organização dos subalternos, em bases relativamente autônomas, em torno de reivindicações objetivas; e c) a participação em manifestações e eventos de caráter claramente político, como forma de pressão para o atendimento de suas demandas. Se a idéia inicial era estudar aquela mobilização dos subalternos como um todo, algumas limitações materiais da pesquisa levaram-me a optar por restringi-la apenas a um de seus eixos, o chamado Movimento dos Sargentos. O estudo desse movimento, se aponta para algumas especificidades daquela 6 graduação hierárquica, pode, não obstante, revelar muito da realidade de toda a mobilização mais ampla. Os marinheiros, sem embargo, terão aqui alguma presença, justificada até em função da rica experiência da Associação dos Marinheiros e Fuzileiros Navais do Brasil - AMFNB; foram eles, inclusive, protagonistas dos acontecimentos da Semana Santa de 1964, que teriam precipitado a deposição de Goulart. De sua parte, o tratamento aprofundado da Revolta dos Sargentos de Brasília proporciona um importante substrato factual com base no qual se pode refletir acerca das articulações políticas do movimento. Permite também que se avance na discussão mesma do caráter daquelas manifestações e do seu significado para o processo histórico brasileiro. Além disso, o levante, ao constituir-se em ruptura dos padrões normais de subordinação, mostrou-se um campo fértil para considerações sobre a própria vivência militar e suas contradições. A definição dos marcos temporais da pesquisa acompanha a própria dinâmica do Movimento dos Sargentos naquela conjuntura. Este surgiu à cena nacional em agosto/setembro de 1961, no bojo da Crise da Renúncia e da Campanha da Legalidade. Em março/abril de 1964, com a vitória da nova Ordem, o movimento organizativo e reivindicatório dos sargentos e marinheiros foi completamente dizimado. Alguns de seus integrantes, já expulsos das fileiras das corporações, ainda ingressariam no processo da luta armada que marcou os anos 60 e parte dos 70, não mais cabendo, porém, falar aí de um ‘movimento dos subalternos militares’.1 O movimento dos subalternos militares entre 1961 e 1964 é, do ponto de vista histórico, bastante instigante. Seu resgate integra-se à perspectiva da construção da memória de luta das camadas populares, fato que, por si só, já confere relevância ao estudo. De outro lado, como foi anteriormente aventado, presta-se ao desenvolvimento de reflexões mais aprofundadas em vários planos: sobre o conturbado período do governo Goulart e, evidentemente, sobre o próprio evento do 31 de Março de 1964; acerca das Forças Armadas como instituição intrinsecamente vinculada à questão da Ordem na sociedade; e até mesmo quanto à discussão envolvendo a noção e o estatuto de cidadania na nossa formação social.
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