Udesc Centro De Ciências Humanas E Da Educação
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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA – UDESC CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E DA EDUCAÇÃO – CCE/FAED PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA DJESSIKA LENTZ RIBEIRO MACIEL ÚLTIMA SAÍDA PARA SPRINGFIELD: UM ESTUDO SOBRE O DESENHO ANIMADO OS SIMPSONS (1987-2009) FLORIANÓPOLIS – SC 2010 DJESSIKA LENTZ RIBEIRO MACIEL ÚLTIMA SAÍDA PARA SPRINGFIELD: UM ESTUDO SOBRE O DESENHO ANIMADO OS SIMPSONS (1987-2009) Dissertação apresentada ao Programa de Pós Graduação em História da Universidade do Estado de Santa Catarina como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em História. Orientador: Prof. Dr. Emerson César de Campos FLORIANÓPOLIS – SC 2010 DJESSIKA LENTZ RIBEIRO MACIEL ÚLTIMA SAÍDA PARA SPRINGFIELD: UM ESTUDO SOBRE O DESENHO ANIMADO OS SIMPSONS (1987-2009) Dissertação apresentada ao Programa de Pós Graduação em História da Universidade do Estado de Santa Catarina como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em História. Banca Examinadora Orientador: ________________________________ Prof. Dr. Emerson César de Campos UDESC Membro: ________________________________ Profª. Drª. Janice Gonçalves UDESC Membro: ________________________________ Profº. Dr. Mário César Coelho UFSC Florianópolis, 10/05/2010 À minha família, união, amor, incentivo e amparo em todos os momentos. AGRADECIMENTOS Ao Emerson, meu orientador, pelo apoio, confiança na pesquisa e, especialmente, pela paciência diante de todas as dificuldades. Obrigada por não me deixar desistir. Ao Fernando, companheiro para toda a vida. Agora sim vamos aproveitar nossos livros, filmes, viagens... nossa casa. Você me faz querer seguir em frente e ser feliz, “ao infinito e além”. Continuo dizendo: não há lugar no mundo igual ao teu abraço. Te amo muito! À minha mãe, Vera Lúcia, pelo apoio incondicional, sempre presente compartilhando sofrimentos e alegrias. Sua companhia nesses meses foi maravilhosa. Fez matar a saudade de casa. Ainda bem que ficaremos por perto. Mãe, sem você eu não teria conseguido. Te admiro e amo muito. Ao meu pai, Odivaldo, sempre preocupado: e aí filha, já acabou? Obrigada pelo apoio, pelas conversas, pela presença. Que bom que você está aqui, pai. Te amo. Ao meu irmão Heyder, uma parte de mim. Já conquistamos muito e conquistaremos ainda mais. Estou ao teu lado para tudo.Te admiro e amo incondicionalmente. Ao meu irmão Gledson e cunhada Daniela, especialmente por me fazerem rir, mesmo quando as lágrimas impedem. Irmão, teu abraço de urso acalma e traz paz. Te amo. À minha sobrinha Isabelle, companheira para assistir muitas animações, repetidas vezes. Me ensinou o que é o amor materno. Te amo muito, você traz alegria à minha vida. Aos meus sogros, Eliane e Ciro, e cunhados Gisele e Moisés, pelo incentivo desde o início da caminhada e por nos darem um belo presente, Valentina, que nos renova a cada descoberta. À vó de coração, Landila, pelo exemplo de humanidade. Você vive em nossos pensamentos e deixou saudade. Ao Marco, mesmo distante, sempre presente. Amigo de todas as horas, desde a faculdade. Não tenho o que dizer, apenas: luz e força! À Edna e Cibelly, pelo apoio e incentivo, especialmente nos momentos de falta. Um agradecimento especial à minha avó Jucelina, pelos tempos felizes que rememoro constantemente. Me ensinou muito com sua personalidade. A saudade não tem fim...te amo, vó. RESUMO Este trabalho busca compreender a importância do desenho animado Os Simpsons, produzido no final da década de 1980 pelo cartunista Matt Groening, para se perceber a contemporaneidade e suas transformações, visto ser esta uma animação produzida e transmitida ininterruptamente há vinte anos. Dentro desse contexto, revela um aspecto global, ao trabalhar temáticas relativas à família, ao trabalho, ao consumo, à educação e à religião, mas que também discute questões internas aos Estados Unidos, como a cultura de armas e a idéia de democracia e liberdade, apropriadas nos países que transmitem a série, dentro de um processo de tradução linguística e cultural. Palavras-chave: Os Simpsons. Desenho animado. Animação. ABSTRACT This study is to show the importance of the cartoon The Simpsons, produced in the early eighties by the cartoonist Matt Groening. The study shows the contemporary facts and transformations of a cartoon produced and broadcast for twenty years without interruptions. In this context, the cartoon reveals global aspects, talking about subjects such as family, work, consumption, education, and religion all appropriated to the countries where The Simpsons are broadcast, by processes of linguistic and cultural translation. It also addresses internal North-American issues such as the weapons culture, and the idea of democracy and freedom. Key-words: Simpsons. Cartoons. SUMÁRIO ABERTURA........................................……...................................................................... 8 EPISÓDIO 1 EM CARTAZ: OS SIMPSONS…............................................................ 17 1.1 Personagens em cena .................................................................................................... 26 1.2 Sorriso amarelo ............................................................................................................. 31 EPISÓDIO 2 MEU QUINTAL, NOSSO MUNDO ....................................................... 43 2.1 Springfield? Fica logo ali!............................................................................................. 47 2.2 Veja a nossa família e sinta-se melhor com a sua. ....................................................... 57 2.3 Esse livro não tem resposta alguma.............................................................................. 77 2.4 Escola Elementar de Springfield................................................................................... 84 2.5 Relações sociais: trabalho, consumo, lazer................................................................... 88 EPISÓDIO 3 PROBLEMAS EM CASA......................................................................... 101 3.1 O preço da liberdade é a eterna vigilância..................................................................... 104 3.2 Mídia e a cultura das celebridades................................................................................. 110 3.3 Perdido na Tradução...................................................................................................... 115 CRÉDITOS FINAIS.......................................................................................................... 119 REFERÊNCIAS................................................................................................................. 121 EXTRAS............................................................................................................................. 124 8 ABERTURA Animação baseia-se, tecnicamente, no processo em que são produzidos fotogramas seqüenciais que, quando projetados a uma velocidade maior que 16 frames por segundo, geram a ilusão de movimento. A palavra animação deriva do verbo latino animare, que significa “dar vida a”, e só foi utilizada para descrever imagens em movimento no século XX. Essa arte dá ao animador o poder de criar um universo próprio, personagens com quaisquer características e imprimir-lhes vida. Há uma possibilidade de manipular o espaço e o tempo, afinal, pode-se criar ou ir a qualquer lugar e os personagens não precisam envelhecer. Por meio da animação a realidade pode ser inventada, criticada, recriada. Assim como qualquer outra produção audiovisual, apresenta uma leitura de mundo, comunica algo em sua estética, suas temáticas, seus gestos, suas falas. É uma arte que, assim como as demais, é uma forma de expressão humana, mas que também está associada a uma técnica e a uma linguagem. Alberto Lucena Junior aponta que (...) o universo plástico do cinema ficava restrito às imagens capturadas da realidade, ainda que encenadas. A união do desenho e da pintura com a fotografia e o cinema superou essa limitação através do cinema de animação, que podia fazer uso das formas ilimitadas das artes gráficas explorando as características cinematográficas do filme.1 Lucena aponta ainda que o cinema de animação precisou formular regras artísticas próprias, conhecidas como princípios fundamentais da animação, resultantes da observação do movimento para garantir uma atuação convincente aos personagens criados. A produção permaneceu durante muito tempo associada a um processo artesanal nas etapas de desenho e pintura, seguindo o método tradicional, sendo necessários milhares de desenhos para se produzir um filme de animação, limitando a produção em termos quantitativos e em 1 BARBOSA JÚNIOR, Alberto Lucena. Arte da animação. Técnica e estética através da história. 2ª Ed. São Paulo: Editora SENAC São Paulo, 2005. p. 18 9 possibilidades estéticas. A computação gráfica acelerou a produção e trouxe novos efeitos para a exploração visual, desenvolvendo ainda mais a indústria dos filmes de animação. Até o início do século XX, desenvolveram-se instrumentos ópticos que imprimiam movimento às fotografias. Lucena aponta que a manipulação do tempo no cinema por meio de um processo conhecido como “substituição por parada de ação” foi o primeiro passo para o desenvolvimento da técnica de animação e deu origem a um gênero de filme chamado trickfilm (filme de efeito), do qual o cineasta francês Georges Méliès foi o precursor. Seus filmes foram investigados em cada fotograma para descobrir seus truques. Com a compreensão desse processo, James Stuart Blackton, artista plástico inglês, realizou em 1906 o primeiro desenho