Marcos Dos S. Santos
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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA DE MÚSICA PROGRAMA DE PÓS- GRADUAÇÃO EM MÚSICA MARCOS DOS SANTOS SANTOS PERSPECTIVAS ETNOMUSICOLÓGICAS SOBRE BATUQUE: RACIALIZAÇÃO SONORA E RESSIGNIFICAÇÕES EM DIÁSPORA Salvador 2020 MARCOS DOS SANTOS SANTOS PERSPECTIVAS ETNOMUSICOLÓGICAS SOBRE BATUQUE: RACIALIZAÇÃO SONORA E RESSIGNIFICAÇÕES EM DIÁSPORA Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação da Escola de Música da Universidade Federal da Bahia como requisito para obtenção do grau de Doutor em Música - Etnomusicologia. Orientadora: Profa. Dra. Angela Elisabeth Lühning Salvador 2020 Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Escola de Música - UFBA S237 Santos, Marcos dos Santos Perspectivas etnomusicológicas sobre batuque: racialização sonora e ressignificações em diáspora / Marcos dos Santos Santos.- Salvador, 2020. 272 f. : il. Color. Orientador: Profa. Dra. Angela Elizabeth Lühning Tese (Doutorado) – Universidade Federal da Bahia. Escola de Música, 2020. 1. Musicologia. 2. Etnomusicologia. 3. Batuque (Música) - Identidade social. I. Lühning, Angela, 1960-. II. Universidade Federal da Bahia. III. Título. CDD: 780.72 MARCOS DOS SANTOS SANTOS PERSPECTIVAS ETNOMUSICOLÓGICAS SOBRE BATUQUE: RACIALIZAÇÃO SONORA E RESSIGNIFICAÇÕES EM DIÁSPORA Tese apresentada como requisito para obtenção do título de Doutor em Música, Escola de Música da Universidade Federal da Bahia. Aprovada em 18 de deZembro de 2020 Angela Elisabeth Lühning – Orientadora UFBA Doutora em Vergleichende Musikwissenschaft pela Freie Universität Berlin, Alemanha Eurides de Souza Santos Doutora em Música/ Etnomusicologia pela Unversidade Federal da Bahia Katharina Döring Doutorado em Ciências da Educação pela Universidade Siegen, Alemanha Tiganá Santana Neves Santos Doutor em Estudos de Tradução pela Universidade de São Paulo Eduardo David de Oliveira Doutora em Educação pela Universidade Federal do Ceará A minha mãe, Alaide dos Santos (em memória). A meu pai, Vivaldo dos Santos (em memória). Ao meu primeiro filho, Davi Campos dos Santos. Ngasakidila kyavulu enu oso! AGRADECIMENTOS Minha mãe, Alaide dos Santos, meu pai, Vivaldo dos Santos, meu mais profundo agradecimento. Minhas irmãs, Ana Rita, Raimunda, Lícia, Mariluce, Maria José e Joana, meus irmãos Marivaldo, Everaldo, Jorge, Roni, Antonio, Luciano e Alberto, muito agradecido por me criarem. Todos os familiares, sobrinhos, sobrinhas, tias, tios, pessoas as quais constituem minha primeira comunidade, meu fundamento. Agradeço a Davi, por ter me escolhido para ser seu pai neste mundo, e também agradeço a Helen. Meu muito obrigado a Angela, minha orientadora, a todos os meus colegas e parceiros de turma, Luan, Juracy, Sérgio, Rodrigo, Vinicius, minhas irmãs Nany, Laurisabel e Valnei, irmão igual. Agradeço a querida Gabinha, a Glauber, Mariana, Irys, Valnei, Vércio, Lampa, Helen, pela leitura e observações necessárias do texto. Agradeço ao PPG-MUS, desde as queridas Laila Rosa, Flávia Candusso, Maísa e Selma. Estendo ao querido Tiganá Santana, Katharina Döring, Eurides Santos pelo respeito e atenção. Agradeço à Rede Afrincanidades, Grupo Gira, Koringoma e Diáspora pela troca de saberes. Agradeço ao Kifuxi, por me mostrar o caminho do retorno e me ensinar a língua dos anjos pretos. Agradeço aos Muriquins Vércio, Zé e Gabriel pela vivência. Agradeço ao professor e amigo Eduardo Oliveira, à mestra Amélia Conrado e ao cabôco Lau Santos pelas incansáveis trocas, resenhas e algumas cervejas. Claudia Santos, muito agradecido. À Escola de Dança da Ufba, ao Grupo NZinga de Capoeira Angola e à Mameto Kamurici da Goméia, ngunzu. Agradeço ao universo, à energia kalunga e ao equilíbrio kinenga por me permitirem seguir soando e partilhando vida. Libertar significa libertar-se; libertar-se de algo que inibe nossa ação ou pensamento. Libertação, portanto, não é algo absoluto, mas uma condição relativa. É relativo em comparação a uma experiência anterior e também do que poderia ser. Libertação [em ressignificação] é um processo histórico. Julius Nyerere, (1979, p. 249) SANTOS, Marcos dos Santos. PerspeCtivas etnomusiCológiCas sobre Batuque: racialização sonora e ressignifiCações em diáspora. Orientadora: Angela Elisabeth Lühning. 2020. 272 f. ill. Tese (Doutorado em Música) – Escola de Música da Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2020. RESUMO Este trabalho tem como objetivo investigar o termo batuque a partir de uma abordagem etnomusicológica fundada em metodologia decolonial. Defendendo a tese de que batuque atuou enquanto um dispositivo de racialiZação sonora perante as musicalidades e gestualidades negras no Brasil, busca-se aqui compreender os processos de surgimento, atuação, continuidades e ressignificações deste dispositivo na esfera da vida social de determinadas populações negras, cuja alcunha batuqueiro/batuqueira lhes atravessam desde o fluxo passado-presente. Compreendendo dispositivo desde uma perspectiva filosófica, através de seus cinco capítulos este trabalho buscou mapear os atravessamentos histórico, sociológico, etnográfico e filosófico- musicais aos quais butuque se faZ presente de maneira fundante, analisando desde essas esferas tanto o lugar racialiZado o qual se imprimiu às sonoridades negras, assim como também se discutem as ressignificações em torno deste dispositivo engendradas pelo povo preto em diáspora. Palavras-chave: Batuque. Dispositivo de racialiZação sonora. Ressignificação. Diáspora negra. SANTOS, Marcos dos Santos. EthnomusiCologiCal perspeCtives on Batuque: sound racialization and ressignifiCation in diaspora. Advisor: Angela Elisabeth Lühning. 2020. 272 f. ill. Thesis (PhD in music) – School of Music of the Federal University of Bahia, Salvador, 2020. ABSTRACT This work aimed to investigate the term batuque from an ethnomusicological approach based on decolonial methodology. Defending the thesis that batuque acted as a device to sound racialiZation in the face of black musicalities and gestures in BraZil, we sought to understand the processes of emergence, performance, continuities and ressignifications of this device in the sphere of social life of certain black populations, whose nickname batuqueiro/batuqueira crosses them from the past-present flow. Understanding device from a philosophical perspective, through its five chapter this work sought to map the historical, sociological, ethnographic and philosophical-musical crossings to wich batuque was present in a fundamental way, analyzing from these spheres both the racialiZed place wich was black sounds, as well as the resignifications engendered by the black people in diaspora around this device are also discussed. Keywords: Batuque. Device to sound racialiZation. Ressignification. Black diaspora. LISTA DE FIGURAS Figura 1 - CartaZ anunciando exposição comparativa entre um índio americano, um africano e um macaco. .............................................................................................................................. 41 Figura 2 - Três mulheres Botocudas expostas. Exposição Antropológica Brasileira, 1882. .. 42 Figura 3 - Folha de rosto da gramática do padre Pedro Dias, 1697. ....................................... 60 Figura 4 - Batuque. Produzido por Johann M. Rugendas durante sua passagem pelo Brasil (1822-25). ................................................................................................................................. 75 Figura 5 - Print da base de dados Mapeamento dos Terreiros de Salvador ............................ 99 Figura 6 - Denúncia do periódico O Alabama, 1864. ........................................................... 100 Figura 7 - Capa da partitura de Batuque. Compositor Henrique Alves de Mesquita 1895 ... 113 Figura 8 - Eduardo das Neves, 191? ..................................................................................... 123 Figura 9 - Cartão de visita de Eduardo das Neves ................................................................ 123 Figura 10 - Página 54 do Catálogo de fonogramas da Casa Edison, em 1902. .................... 125 Figura 11 - Banda da Policia Militar da Bahia, ≈1868. ........................................................ 128 Figura 12 - Anacleto de Medeiros (1866-1907). ................................................................... 129 Figura 13 - Banda dos artífices do Arsenal da Guerra, finais do séc. XIX ........................... 130 Figura 14 - Banda do Corpo de Bombeiros do RJ. ............................................................... 130 Figura 15 - Selo do fonograma Imitação d'um batuque africano, 1909. ............................... 133 Figura 16 - Capa do último LP gravado por J.B de Carvalho ............................................... 139 Figura 17 - Capa do LP de 1957 ........................................................................................... 142 Figura 18 - Capa do LP de 1968. .......................................................................................... 142 Figura 19 - Long-Play 1973. ................................................................................................. 145 Figura 20 - Long-Play 1975. ................................................................................................. 146 Figura 21 - Long-Play 1977. ................................................................................................. 146 Figura 22 - Batucadas em Salvador, anos 50. ....................................................................... 152 Figura 23 - Nkisi Nkondi (Congo). ....................................................................................... 224