Sistemas Inteligentes De Transportes
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S É R I E C A D E R N O S T É C N I C O S volume 8 Sistemas Inteligentes de Transportes S É R I E C A D E R N O S T É C N I C O S volume 8 Sistemas Inteligentes de Transportes maio/2012 APRESENTAÇÃO m novembro de 2003, a ANTP abriu a sua série de Cadernos Técnicos com a publicação do seu Volume 1 dedicado à Bilhetagem Eletrônica e, passados nove anos, este é o Caderno Técnico Nº 8. EAo longo desse período, vários outros aspectos relacionados ao desenvolvimento tecnológico ga- nharam espaço na entidade e na série de Cadernos. Em 20 de setembro de 2006 foi instalada a Comissão Técnica de ITS, da sigla internacional para “Sistemas Inteligentes de Transporte”, reunindo associados e interessados nos mais diversos campos de aplicação. O debate e a troca de experiências relativas a ITS, que a partir deste ano de 2012 também passou a ser possível por meio de grupos de discussão pela internet, não tem se limitado ao ambiente da Comissão. O tema ITS ganhou espaço nos Congressos bienais da ANTP, tendo sido incluído na sua pauta técnica e nas Exposições (Intrans) organizadas a partir de 1999, com um número signifi cativo de expositores. Esta dinâmica em parte refl ete a evolução dos “Sistemas Inteligentes de Transportes” no Brasil. O adven - to de computadores pessoais e a globalização das atividades econômicas vêm permitindo que recursos de ITS sejam assimilados por usuários, operadores e gestores com pouco ou nenhum conhecimento tecnoló- gico específi co. Na última década, vem ocorrendo uma signifi cativa massifi cação da utilização de ITS na operação e gestão da mobilidade urbana, com ferramentas que hoje estão disponíveis para diversos con- textos e escalas, com aplicações que impactam a resolução de problemas em atividades nos planos local e global. Grande parte dessa massifi cação está associada aos setores industriais de produção de eletrônicos, informática e telecomunicações. Também é signifi cativo o crescimento do investimento em pesquisa e de- senvolvimento por parte das universidades e centros de pesquisa. O processo de urbanização brasileira e a formação de grandes complexos urbanos – regiões metropo- litanas e conglomerados urbanos – introduzem crescente complexidade para o planejamento, gestão e ope- ração da mobilidade urbana. O atendimento das expectativas de qualidade, segurança e conforto para os deslocamentos das pessoas, a busca de resultados econômicos e sociais compatíveis com as necessidades de sustentabilidade para o setor de transporte público, preocupações consolidadas pela recente publicação da Lei 12.587, que cria a Política Nacional de Mobilidade Urbana, colocam exigências que só poderão ser respondidas pelo incremento de tecnologia e de inteligência. Finalmente, cabe destacar que os avanços de ITS estão fortemente relacionados à revolução gerada pela internet e pelos novos meios de comunicação. A conectividade entre indivíduos e instituições, a exigir cada vez mais transparência nas ações dos gestores públicos e empresariais, abre novas perspectivas para a concepção e produção de novos serviços para os usuários atuais e potenciais. O grande desafi o ainda esta por vir – conceber serviços com base em tecnologias inteligentes que transcendam os limites conceituais es- tabelecidos por gerações que nunca tiveram acesso a esses recursos, mas que estão começando a aprender a ter e, ao mesmo tempo, atendam às exigências e expectativas da nova geração “Z” que já nasceu e que convive harmoniosamente com o mundo digital. Luiz Carlos Mantovani Néspoli Superintendente da ANTP SUMÁRIO 8 1 | INTRODUÇÃO Valeska Peres Pinto | Presidente da Comissão de ITS 10 2 | PLANEJAMENTO EM SISTEMAS DE TRANSPORTES INTELIGENTES (ITS) PERSPECTIVAS DAS EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS Georges Bianco Darido | Especialista sênior em transporte – Banco Mundial Iván González Berenguer Pena | Especialista em tecnologias de informação e comunicação, Banco Mundial 49 3 | OS CENTROS DE CONTROLE E MONITORAMENTO APLICADOS NOS SEGMENTOS DE TRANSPORTE VIÁRIO, ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR E CONTROLE DE TRÁFEGO AÉREO Ricardo Kenzo Motomatsu e Luiz Antonio Cox | Siemens Ltda – São Paulo (SP) Leandro Zerbinatti, Milton Tebelskis e Moacyr Palmira Petzold Ramos | Fundação Atech – São Paulo (SP) Eliane Yuri Utiyama | NovaKoasin Equipamentos e Sistemas. 61 4 | ITS NO SETOR METROFERROVIÁRIO Peter Ludwig Alouche e Tadashi Nakagawa | Engenheiros e Consultores de Tecnologia de Transporte 76 5 | FASE ATUAL DA BILHETAGEM ELETRÔNICA José Carlos Nunes Martinelli | Prodata Mobility Brasil Maria Olívia Guerra Aroucha | Consultora Especialista em Planejamento de Transportes 100 6 | ESTUDO PRELIMINAR DE FUNÇÕES ITS APLICADAS NA OPERAÇÃO DE SISTEMAS BRT Cláudio Luiz Marte | Epusp – Escola Politécnica da USP (SP)/ IPT– Instituto de Pesquisas Tecnológicas (SP) André Luiz da Silva | Epusp – Escola Politécnica da USP (SP) André Dantas | NTU – Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos Denis Balzana Azevedo | Ceturb-GV – Cia. de Transportes Urbanos da Grande Vitória José Carlos Sepulcri Netto | Ceturb-GV – Cia. de Transportes Urbanos da Grande Vitória Jose Mauro Marquez | Fundatec – Fundação Universidade Empresa de Tecnologia e Ciências Julio Grillo | Tacom Sérgio Antônio Pavanatto Cerentini | EPTC – Empresa Pública de Transportes e Circulação de Porto Alegre 122 7 | INFORMAÇÕES AOS USUÁRIOS Stenio Franco | Fundatec – Fundação Universidade Empresa de Tecnologia e Ciências Alberto Nygaard | Secretaria Municipal de Transporte (Rio de Janeiro) Marcelo Batista | BHTrans 132 8 | ITS EM RODOVIAS BRASILEIRAS Claudio Luiz Marte | Epusp – Escola Politécnica da USP (SP)/ IPT– Instituto de Pesquisas Tecnológicas (SP) Flávia Nascimento Pureza Mello | Abeetrans / Trana Construções Ltda Maria Rosilene Ferreira | IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas (SP) 151 9 | TENDÊNCIAS DO ITS NO BRASIL Valeska Peres Pinto | Presidente da Comissão Técnica da ITS Stenio Franco | Fundatec Marcelo Henrique Giarolla | Principia-SW-Trend André Dantas | NTU – Associação Nacional das Empresas de Transporte Urbano 1 INTRODUÇÃO or ocasião da instalação da Comissão Técnica de ITS – sigla internacional para “Sistemas Inteligentes de Transporte” –, em 20 de setembro de 2006, defi niu-se como área de interesse da mesma todas as Paplicações de tecnologia de informação no transporte e no trânsito. Na época já se tinha claro o poten- cial do uso integrado da informática e das telecomunicações na gestão de informações e na automatização de processos; nos anos seguintes, a disseminação da internet e a ampliação do acesso pelos usuários de recursos móveis – celulares, computadores pessoais – incorporou milhões de pessoas ao mundo virtual, mudando os patamares tradicionais de exigência. A evolução de ITS no Brasil veio a comprovar as expectativas iniciais da Comissão – estava aberto um campo inesgotável de contribuições para a solução de problemas da mobilidade urbana em nosso país. Os objetivos da Comissão defi nidos à época continuam válidos: 1) Difundir a cultura do ITS mediante a divulgação de boas experiências e aplicações instaladas no setor; 2) Estimular a implantação de soluções ITS por meio da elaboração de recomendações técnicas para o setor; 3) Estabelecer contatos e trocas de experiências com outras organizações que trabalham com ITS; 4) Identifi car fontes de recursos para investimento em ITS; 5) Promover a discussão técnica sobre ITS. 8 ANTP/BANCO MUNDIAL SÉRIE CADERNOS TÉCNICOS VOLUME 8 A elaboração deste Caderno Técnico busca materializar estes objetivos. Nele estão reunidos relatos de experiências, indicação de tendências e de identificação de desafios para o setor. O artigo relativo às Expe- riências Internacionais traz uma avaliação sobre diferentes estratégias de implantação de política de ITS, as lições obtidas com a experiência norte-americana e as contribuições da experiência sul coreana. O Caderno atualiza o estado da arte do ITS no setor metroferroviário e faz um relato acerca da introdu- ção de Centros de Controle e Monitoramento em diversas cidades brasileiras. Informa também o atual estágio de disseminação da Bilhetagem Eletrônica em nosso país, atividade que agiu como elemento propulsor do ITS na última década. Também recupera a contribuição do processo de implantação de soluções de ITS nas rodovias brasilei- ras, que serviram de campo de experimentação para todo o setor. Finalmente o Caderno aborda dois temas novos. O primeiro é o estudo preliminar sobre Funcionalida- des de ITS para BRTs, elaborado pela Comissão de ITS da ANTP, motivada pelo processo de implantação desta solução em diversas cidades brasileiras. O segundo tema é Informação ao Usuário, matéria de preo- cupação crescente entre gestores e operadores, numa sociedade cada vez mais exigente e dotada de meios crescentes de comunicação e expressão. Esse Caderno traz como conclusão o artigo Tendências de ITS no Brasil, que visa chamar a todos para tratar da estratégia de implementação do ITS em nosso país, em particular face ao desafio de implantação da Política Nacional de Mobilidade Urbana, Lei Federal nº 12.587 na qual estão definidos os componentes do Sistema Nacional de Mobilidade Urbana. Integra este artigo o texto oferecido pela UITP para estimular o debate em âmbito global acerca das perspectivas do desenvolvimento dos “Sistemas Inteligentes de Trans- portes” no mundo. Valeska Peres Pinto Presidente da Comissão Técnica de ITS SISTEMAS INTELIGENTE DE TRANSPORTES MAI/2012 9 2 PLANEJAMENTO EM SISTEMAS DE TRANSPORTES INTELIGENTES (ITS) PERSPECTIVAS DAS EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS Georges Bianco Darido Especialista