Beth Carvalho No Rio Grande Do Sul

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Beth Carvalho No Rio Grande Do Sul BETH CARVALHO NO RIO GRANDE DO SUL A Madrinha do Samba se apresenta em Porto Alegre e Novo Hamburgo em abril Clique na imagem para baixar em alta resolução. Crédito: Washington Possato Mais fotos em alta resolução em www.opuspromocoes.com.br/imprensaProgramacao Beth Carvalho irá prestigiar os gaúchos em abril, com sua turnê nacional. No dia 3 ela se apresenta no Auditório Araújo Vianna, em Porto Alegre, e no dia 4 no Teatro Feevale, em Novo Hamburgo. A Madrinha do Samba vai cantar os seus grandes sucessos e músicas de seu mais recente trabalho: Nosso Samba Tá na Rua – álbum lançado em 2011, consagrado pela crítica e pelo público. Produzido por Rildo Hora, o seu 33º disco foi vencedor do Grammy Latino 2012. Com 48 anos de carreira, Beth é acompanhada por experientes músicos, em uma grande roda de samba. No palco, ela se apresenta ao lado de Carlinhos 7 Cordas (violão de 7 cordas), Marcio Vanderlei (cavaco), Paulinho da Aba (pandeiro), Pirulito (percussão), Charlles da Costa (violão), Dirceu Leite (sopros), Álvaro Santos (repique), Tcha Tcha Tcha (surdo), Beloba (tan tan), Clarisse Grova (coro) e Jussara Lourenço (coro). Assim como fez em sua apresentação no último réveillon na Praia de Copacabana, nos shows de sua turnê nacional, Beth seleciona clássicos de seu repertório em um convite para o público sambar e cantar junto, festejando nosso ritmo mais popular e genuíno. Entre eles, músicas como “Coisinha do Pai” (Jorge Aragão, Almir Guineto e Luiz Carlos), “Vou Festejar” (Jorge Aragão) e “Água de Chuva no Mar” (Wanderley Monteiro). Sobre o disco “Nosso Samba Tá na Rua”, uma animadíssima festa musical Por Sérgio Cabral Salve “Nosso Samba Tá na Rua”, o CD que nos devolve uma Beth Carvalho cantando como sempre (ou seja, maravilhosamente) e, como sempre também, sábia e madura a seleção das músicas. Trata-se de um disco em que ela reina com uma jovialidade e um astral tão expressivos que a gente entende perfeitamente o entusiasmo e a sinceridade com que interpreta as palavras do Edinho do Samba, “dessa vez felicidade exagerou comigo”, contidas no samba – vejam vocês, que título! – Tô feliz demais. Afinal, não faltam ao CD motivos para tanta felicidade, já que estamos falando da volta de Beth Carvalho, agora recuperada de problemas de saúde que a deixaram tanto tempo distante das apresentações públicas e dos estúdios de gravação. Distante dos palcos e dos estúdios, é verdade, mas sem deixar de lado os sambas que nasciam aqui e ali, uma preocupação que ela jamais abandonou e que garantiu para “Nosso Samba Tá na Rua” uma safra musical especialíssima. Mas um grande CD não é feito apenas com a Rainha do Samba interpretando músicas maravilhosas, como Beth Carvalho sabe muito bem. Por isso, a parte instrumental é defendida por uma espécie de Seleção Brasileira de músicos, a começar pelos dois arranjadores, Rildo Hora e Ivan Paulo, ambos com uma história extremamente vitoriosa de participações nos próprios discos da Beth. Seu permanente estado de atenção com o que se produz em matéria de samba rendeu ao CD um belo painel de compositores de várias gerações. Estão presentes os indispensáveis Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito (com Palavras malditas, uma joia escondida no baú da MPB, desde a sua única gravação, com o saudoso Ary Cordovil, em disco de 78 rotações), a uma jovem (e linda) compositora ainda inédita nos discos da cantora, sua filha Luana Carvalho, que, em parceria com Dayse do Banjo, brilha com um samba muito bom, do tipo partido alto, que leva o mesmo título de um sucesso do carnaval de 1933, Arrasta a sandália, e que ainda conta com o auxílio luxuoso de Zeca Pagodinho na interpretação. Aliás, Zeca também está presente como compositor, em parceria com Arlindo Cruz e Sombrinha, como estão presentes Dona Ivone Lara (a quem Beth dedica o CD) e Délcio Carvalho, Almir Guineto, Serginho Meriti, Efson, Marquinhos PQD, Franco, Wanderley Monteiro, Jorgito Sápia e Agenor de Oliveira, compositores consagrados, que formam um timaço, ao lado de criadores mais jovens, a marca, por sinal, dos discos de Beth Carvalho. Portanto, muita atenção para o quarteto Roberto Lopes, Canário, Alamir e Nilo Penetra, autores do samba que dá nome ao CD, para Adalto Magalha e Daniel Oliveira, parceiros de Almir Guineto em Tambor, para a nova geração de sambistas, Leandro Fregonesi e Rafael dos Santos, que fizeram Chega com aquele jeito de samba de bloco – um tipo de samba consagrado por Beth –, e que em parceria com o novato Ciraninho, assinam Samba mestiço. Atenção ainda para o estreante Edinho do Samba, o compositor da felicidade de Beth, e Claudinho Guimarães, que cuidou de exaltar a escola de samba da cantora em Verde e rosa de paixão. Enfim, “Nosso Samba Tá na Rua” é uma animadíssima festa musical, uma festa em que o bolo é reforçado por uma inesperada – mas oportuna, sem dúvida, belíssima surpresa – cereja surgida do coração e da memória de Beth Carvalho, Minha história, a imortal versão feita por Chico Buarque de Holanda para a canção de Lúcio Dalla e Paola Pallottino. Um disco completo, como são completas as obras-primas. Sobre Beth Carvalho Elizabeth Santos Leal de Carvalho nasceu no Rio de Janeiro, em 5 de maio de 1946. Filha de João Francisco Leal de Carvalho e Maria Nair Santos Leal de Carvalho, teve contato com a música ainda cedo, incentivada pela família. Aos oito anos, ouvia emocionada as canções de Sílvio Caldas, Elizeth Cardoso e Aracy de Almeida, grandes amigos de seu pai. Sua avó, Ressú, tocava bandolim e violão. Nas festinhas e reuniões musicais dos anos 60, surgia a cantora Beth Carvalho, influenciada por tudo isso e pela Bossa Nova. Em 1964, seu pai foi cassado pelo golpe militar por ter pensamentos de esquerda. Graças à formação política que recebeu, Beth Carvalho se tornou uma artista engajada nos movimentos sociais, políticos e culturais brasileiros e de outros povos. Um exemplo foi a conquista, ao lado do cantor Lobão e de outros companheiros da classe artística, de um fato que até então era inédito no mundo: a numeração dos discos. Gravou seu primeiro compacto em 1965 e logo no ano seguinte já estava envolvida com o samba, participando do show “A Hora e a Vez do Samba”, ao lado de Nelson Sargento e Noca da Portela. Em seguida vieram os importantes festivais: Festival Internacional da Canção (FIC), Festival Universitário, Brasil Canta no Rio, entre outros. Beth Carvalho é reconhecida por resgatar e revelar músicos e compositores do samba. Em 1972, buscou Nelson Cavaquinho para a gravação de “Folhas Secas” e três anos depois fez o mesmo com Cartola, ao lançar “As Rosas Não Falam”. Beth Carvalho revelou artistas como o grupo Fundo de Quintal, Zeca Pagodinho, Almir Guineto, Sombra, Sombrinha, Arlindo Cruz, Luis Carlos da Vila, Jorge Aragão e muitos outros. Mais do que isso, a cantora trouxe um novo som ao samba quando introduziu em seus shows e discos instrumentos como o banjo com afinação de cavaquinho, o tan-tan e o repique de mão, que até então eram utilizados exclusivamente nos pagodes do Cacique de Ramos. Beth também inspira os sambistas: foi enredo da Escola de Samba Unidos do Cabuçú no ano da inauguração do Sambódromo do Rio – com o qual a escola foi campeã – da escola de samba Bohêmios de Inhaúma, da Imperatriz Dona Leopoldina, de Porto Alegre, e da Acadêmicos de Tatuapé. Em dezembro de 2005, a cantora abriu o Theatro Municipal do Rio de Janeiro para celebrar o Dia Nacional do Samba e seus 40 anos de carreira. Foi um show antológico que reuniu grandes sambistas da atualidade, como Dona Ivone Lara, Monarco, Nelson Sargento, Zeca Pagodinho, Dudu Nobre, entre outros. O registro desse show foi lançado em CD/DVD no fim do ano seguinte, inaugurando o selo da cantora, “Andança”. Em 2007, o álbum foi indicado ao Grammy Latino, na categoria “Melhor CD de Samba”. Ainda em 2007, a cantora lançou, também pelo selo Andança, o CD/DVD “Beth Carvalho canta o Samba da Bahia”, com um repertório de sambas de compositores baianos de diferentes gerações. O DVD foi gravado pela Conspiração Filmes em agosto de 2006, no Teatro Castro Alves, em Salvador. Dentre outros, Beth teve como convidados Gilberto Gil, Maria Bethânia, Caetano Veloso, Margareth Menezes, Carlinhos Brown, Daniela Mercury, Ivete Sangalo, Olodum, Riachão e Danilo Caymmi. O DVD traz ainda um histórico documentário sobre o samba de roda da Bahia. O álbum foi novamente indicado ao Grammy Latino 2008. Em 2009, Beth foi homenageada no Grammy Latino, quando recebeu um dos reconhecimentos mais importantes, com o prêmio “Lifetime Achievement Awards”, pelo sucesso em toda a sua carreira (Beth foi a primeira sambista a receber esse prêmio). Em 2011, promoveu o lançamento do seu 33º álbum de inéditas, “Nosso Samba Tá na Rua” (Andança/EMI Music), projeto que foi marcado pelo reencontro com o produtor musical Rildo Hora, que assinou a produção dos mais importantes discos da cantora na década de 70. O álbum foi vencedor do Grammy Latino 2012 por "Melhor Álbum de Samba/Pagode". A artista já fez inúmeras apresentações em cidades ao redor do mundo: Grécia, Alemanha, França, Itália, Espanha, Portugal, Áustria, Suíça, Estados Unidos, Uruguai, Argentina, África do Sul, e Angola. E já levou sua música para Cuba (em Varadero), país com o qual a cantora tem uma forte ligação afetiva. Beth Carvalho tem atualmente 48 anos de carreira e uma discografia de 33 discos e 4 DVDs lançados. A cantora já recebeu seis Prêmios Sharp, 17 Discos de Ouro, nove de Platina, um DVD de Platina, além de centenas de troféus e premiações. SERVIÇO BETH CARVALHO Classificação: 14 anos (menores apenas acompanhados dos pais ou responsáveis) Duração: 1h20min Lei Federal de Incentivo à Cultura Realização: Opus, Ministério da Cultura e Governo Federal Brasil País Rico é País Sem Pobreza PORTO ALEGRE Dia 3 de abril Quinta, à 21h Auditório Araújo Vianna (Av.
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