Mamacita Fala, Vagabundo Senta: Artivismo, Construção Identitária E Resistência Em Karol Conka
ENTRELETRAS, Araguaína/TO, v. 10, n. 1, jan/jun 2019 (ISSN 2179-3948 – online) MAMACITA FALA, VAGABUNDO SENTA: ARTIVISMO, CONSTRUÇÃO IDENTITÁRIA E RESISTÊNCIA EM KAROL CONKA MAMACITA SPEAKS, GOOD-FOR-NOTHING SITS: ARTIVISM, IDENTITY CONSTRUCTION AND RESISTANCE IN KAROL CONKA Ricardo Afonso-Rocha1 Iago Moura Melo2 Celina Rosa dos Santos3 Resumo: neste trabalho, analisamos as letras de quatro canções da rapper Karol Conka, enquanto fenômeno de socialidade. O nosso objetivo é identificar, nessas músicas, elementos político-estéticos de notação contra-hegemônica. Como aporte teórico, os estudos sociológicos de Michel Maffesoli são tomados como instrumento de compreensão dos processos dinâmicos de construção identitária. Sugerimos, então, que a poética da rapper, nessas canções, possui perfil artivista, já que tensiona a norma estética padrão centrada no masculino, branco, cristão, burguês. A relevância teórica da pesquisa decorre do imperativo analítico de se compreender a estetização da vida como fenômeno de socialidade da mulher negra e periférica. A pertinência prática exterioriza-se na inevitabilidade, no contexto atual de popularização de discursos de ódio, da circulação de estudos contra-canônicos, como meios efetivos e afetivos de contestação e resistência. Para esta pesquisa, foram examinadas as músicas Tombei, É o poder, Lalá e Gandaia por serem mais emblemáticas para o presente estudo. Palavras-chave: (est)ética; sociabilidade; discurso de resistência; artivismo negro. Abstract: in this work, we analyze the lyrics of four songs by rapper Karol Conka as a phenomenon of sociality. Our goal is to identify, in these songs, political-aesthetic elements of counter-hegemonic notation. As a theoretical contribution, the sociological studies of Michel Maffesoli are taken as an instrument of understanding the dynamic processes of identity construction.
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