O ENSINO DE HISTÓRIA REGIONAL E a PATRIMONIALIZAÇÃO DAS MEMÓRIAS NO VALE DO TAQUARI-RS Cristiano Nicolini UFSM [email protected]

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O ENSINO DE HISTÓRIA REGIONAL E a PATRIMONIALIZAÇÃO DAS MEMÓRIAS NO VALE DO TAQUARI-RS Cristiano Nicolini UFSM Cristiano782006@Hotmail.Com O ENSINO DE HISTÓRIA REGIONAL E A PATRIMONIALIZAÇÃO DAS MEMÓRIAS NO VALE DO TAQUARI-RS Cristiano Nicolini UFSM [email protected] Resumo: O ensino de História Regional vem adquirindo espaço nos currículos principalmente a partir do surgimento da Nova História, que oportunizou a inclusão de novos objetos, novos problemas e novas abordagens à pesquisa e ao ensino de História. A partir desta constatação, propõe-se tecer algumas considerações sobre a prática de ensino da História Regional na região do Vale do Taquari (RS), utilizando-se da análise prévia de alguns manuais destinados ao ensino da História dos Municípios, direcionados a alunos do 4º ano do Ensino Fundamental. Estes portadores de narrativas contribuem, por sua vez, para o processo de patrimonialização das memórias na região, considerando as representações que propõem acerca da História Regional. Palavras-chave: História regional; memórias; patrimonialização. As salas de aula dos municípios do Vale do Taquari, região situada na porção central do estado do Rio Grande do Sul (Brasil), são espaços privilegiados para a construção e a afirmação da identidade regional. Os diferentes sistemas e redes de ensino propõem, desde o 4º ano do Ensino Fundamental, o ensino da história do município no qual estão situados. Muitos professores desconhecem a trajetória histórica das localidades em que atuam, bem como não têm formação específica na disciplina, o que os leva a elaborar o seu planejamento e a sua prática pedagógica a partir de manuais oferecidos pelas administrações municipais, estaduais ou pelas redes privadas ou comunitárias. No caso da não existência dos referidos manuais, os profissionais recorrem a outros recursos e fontes de pesquisa, disponíveis em bibliotecas, museus e outros acervos das localidades. Nesta análise, selecionamos alguns manuais didáticos destinados ao estudo da história do município, disponibilizados para consulta pelas respectivas administrações através das Secretarias Municipais de Educação. São eles: Teutônia: nosso município, de Siziane Koch e Susiane Wink (2000); Educação, a base para o desenvolvimento de um povo, elaborado pela Secretaria Municipal de Educação de Estrela (1992); Estrela: nosso município, de Siziane Koch e Susana Mendoza (1999); Arroio do Meio: sua História, sua Geografia, elaborado pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura de 1 Arroio do Meio (2000); e um livro com textos elaborado pelos alunos do Ensino Fundamental, denominado O lugar onde vivo, um projeto desenvolvido pela Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Desporto com as Escolas Municipais de Westfália (2004-2005). Conforme afirma Pinsky (1992), as noções históricas trabalhadas em sala de aula são fortes elementos que agem na construção de concepções de mundo: Estas concepções ficaram a tal ponto arraigadas, de tal maneira elas continuam sendo reproduzidas pelos manuais didáticos, que se torna difícil mostrar aos estudantes que são falácias, representações decorrentes de uma visão ideológica. (1992, p. 12). Assim ocorre nos anos iniciais do Ensino Fundamental do Vale do Taquari, em cuja etapa da aprendizagem os estudantes têm contato com as primeiras noções sobre a história regional. Nestes estudos acerca da formação histórica do município onde vivem, juntamente com o desenvolvimento de noções geográficas sobre a região, são disponibilizadas aos estudantes possibilidades de construção acerca do passado. São nestes estudos que eles sistematizam as primeiras noções sobre o espaço em que vivem, bem como sobre o sentido do passado e as suas relações com o presente. Apesar de encontrarem-se no nível concreto do desenvolvimento cognitivo1, são propostos conteúdos bastante subjetivos, os quais são pretensamente simplificados nos manuais didáticos para que, a partir de atividades de cunho mais prático, os estudantes tenham a possibilidade de “construir” conhecimento histórico e geográfico. Porém, cabe questionar e analisar quais são as propostas destes manuais, ou seja, quais histórias são apresentadas aos estudantes e de que forma eles recebem estas informações disponibilizadas. 1 “De acordo com Piaget, o indivíduo (a criança) aprende construindo e reconstruindo o seu pensamento, através da assimilação e acomodação das suas estruturas. Esta construção do pensamento, Piaget chamou de estágios: estágio sensório -motor, estágio simbólico e estágio conceitual. Segundo Piaget, no estágio sensório-motor, que vai do zero até os 2 anos de idade, é onde se inicia o desenvolvimento das coordenações motoras, a criança aprende a diferenciar os objetos do próprio corpo e o pensamento das crianças está vinculado ao concreto. Já no estágio simbólico, que é dos 2 até por volta dos 7 anos, o pensamento da criança está centrado nela mesma, é um pensamento egocêntrico. E é nesta fase que se apresenta a linguagem, como socialização da criança, que se dá através da fala, dos desenhos e das dramatizações. No estágio conceitual, que é dos 7 até por volta dos 11, a criança continua bastante egocêntrica, ainda tem dificuldade de se colocar no lugar do outro. E a predominância do pensamento está vinculado mais acomodações do que as assimilações”. (PORTAL EDUCAÇÃO. Disponível em: http://www.portaleducacao.com.br. Acesso em: 9 jul.2016). 2 Os manuais analisados apresentam diversas semelhanças quanto ao conteúdo, abordagens e atividades propostas aos alunos. Todos iniciam a narrativa da história do município a partir da ocupação indígena, partindo imediatamente para a trajetória da ocupação europeia no território: “O solo estrelense foi pisado, pela primeira vez, por gente branca, provavelmente espanhóis, na metade do século XVII. Não tinham o objetivo de colonizar, mas explorar e caçar índios, que eram os guananás, pioneiros da nossa região.” (SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE ESTRELA, 1992, p. 3). Em seguida, narram-se os feitos dos primeiros povoadores da região, aos quais são atribuídas as principais ações na delimitação do município. Todos destacam a predominância da herança cultural dos imigrantes na atualidade, sugerindo que o trabalho destes sujeitos teria dado o impulso mais significativo ao desenvolvimento do município. No manual destinado ao ensino da história do município de Teutônia (KOCH; WINK, 2000), o texto sobre a colonização inicia da seguinte forma: O nosso município foi colonizado por imigrantes alemães. Você sabe o que são imigrantes? Imigrantes são pessoas que deixam o lugar onde vivem, suas casas, suas famílias, para morar em terras estranhas, novas. Muitas vezes os imigrantes saem de seu país para conhecer novos lugares, novas terras. Outras vezes, procuram melhores condições de vida, fugindo de guerras, epidemias (doenças), fome, falta de terras. Essas pessoas eram chamadas de imigrantes alemães porque vieram de um País chamado Alemanha. A maioria dos imigrantes que colonizou Teutônia veio de duas regiões da Alemanha: do Hunzrück e da Westfália. (2000, p.9). No manual elaborado para o município de Estrela (KOCH; MENDOZA, 1999), encontra-se uma caracterização semelhante: Antes de chegarem os colonizadores em Estrela, nosso município era somente mato e campo, habitado por índios. Não havia estradas nem casas. Colonizador é aquela pessoa que vai cultivar e morar em terras estranhas, que não são suas. No ano de 1636, chegaram em Estrela bandeirantes paulistas e índios semicivilizados. [...] Foi em 1824 que chegaram em nosso município os colonos alemães. Os colonos chegavam de barco pelo Rio Taquari, pois naquela época não existiam estradas nem carros. Os alemães vinham da região de São Leopoldo e Feliz. (1999, p.9-10). Diferentemente destes primeiros manuais apresentados, para o município de Arroio do Meio foi elaborado um manual cuja proposta diferencia-se das anteriores em 3 alguns aspectos. Já na introdução, a comissão organizadora do material destaca a preocupação com uma abordagem didático-metodológica que [...] respeitasse as características e a identidade locais [...], sendo que, para isso, [...] a primeira parte trata da construção da identidade individual e coletiva do aluno. Aborda aspectos relacionados à sua formação familiar, escolar e comunitária. A partir desta contextualização, na segunda parte são abordados aspectos geográficos e históricos do município. (SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE ARROIO DO MEIO, 2000, p. 9). Enquanto os primeiros manuais ocupam-se basicamente com a citação dos principais fatos, nomes e datas referentes à ocupação do território, no livro sobre Arroio do Meio constata-se uma proposta de análise da ocupação indígena, oferecendo aos estudantes maiores possibilidades de reflexão acerca do processo histórico anterior à ocupação europeia. Há, neste último material, um capítulo dedicado exclusivamente aos povos indígenas que habitavam a região e às características da ocupação antes da chegada dos europeus nas terras do município, enquanto nos demais livretos eles são apenas mencionados como antecessores dos europeus. Muitos termos são utilizados de forma descontextualizada ou erroneamente nestes manuais, como, por exemplo, a designação alemão. Apenas o livro de Arroio do Meio preocupa-se em marcar a diferença entre os termos alemão e germânico, evidenciando que a Alemanha ainda não existia como nação na época da imigração para o Brasil. Porém, é no livro produzido pela Prefeitura Municipal de Westfália (SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE WESTFÁLIA, 2004/2005), denominado O lugar onde vivo, cujos textos foram selecionados a partir de produções feitas pelos estudantes, que o enaltecimento da cultura germânica
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