Lisbo Revista Municipal ---··--·--- ______
Total Page:16
File Type:pdf, Size:1020Kb
LISBO REVISTA MUNICIPAL ---··--·--- ______------------- ... _.__ ------ LISBOA revisto municipal ANO XLVl ll-2.• SÉR IE-N.º 19-1.' TR IMESTRE DE 1987-NÚMERO AVULSO: 500$00 DIRECTOR ORLANDO MARTINS CAPITÃO SUBDIRECTOR FERNANDO CASTELO BRANCO ASSISTENTE T~CNICO ALFREDO THEODORO sumar" io TERCENAS DE LISBOA - Ili • A CASA DOS BICOS - O SITIO E O EDIFÍCIO - 11 • OS CAPUCHINHOS BRETôES DE LISBOA • A AULA DO COMÉRCIO DE LI SBOA - ltl·DOS 'PROGRAMAS AOS EXAMES • SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DO BATALHÃO DE SAPADORES BOMBEIROS - li • LISBOA - NOTICIÁRIO EDIÇÃO DA e M L. - D. s. c. c. - REPARTIÇÃO DE ACÇAO CULTURAL PALÁCIO DOS CORUCHÉUS - RUA ALBERTO DE OLIVEIRA - LISBOA - TELEFONE 76 62 68 Composição e impressão: Heska Ponuguesa - Rua Elias Garcia, 27-A - Venda Nova - Amadora nragem: 2000 exemplares- Depósllo legal n. 181 12/87 Lisboa - • Place du Commerce• ReprOduçao parcial da quana es1ampa da obra •D•x Vues de l.Jsbonne•.. •. ed11ada em 1832 por uth de Schm•d. Genebra ~autora Celeshne BrelaZ (181 t-1892) mais larde sr.' leno1r. nascrda em Lisboa 2 os ARTIGOS PUBLICADOS SÃO DA RESPONSABILIDADE DOS seus AUTORES JOSÉ DE VASCONCELLOS E MENEZES TERCENAS DE LISBOA 111 Sabe-se que por volta de 1412 Já o vos deve abastar as vossas taracenas lnlante D. Henrique utilizava nas viagens que eslam vazias... • ( ) de exploração da costa ocidental da Bar Em 1449, D. Afonso V cede ao Infante béria •grandes barcos latinos de cober D. Henrique, seu lio, umas casas das ta, demandando pouco fundo, e peque lercenas. nas equipagens• . •Dom Afomso ... fazemos saber que Em 1415, quando dos preparativos nós querendo fazer graça e merçee ao para a expedição a Ceuta. •examinarão· !lante Dom Henrrique meu muyto preza -se pelos Portos do Reino os navios de do e amado thio Teemos por bem e da Guerra, e Commercio em estado de na mos lhe que tenha e aia de nos daquy vegar: prepararão-se os que erão sus em diante ... as duas casas das nossas ceptlveis de fabrico, e fretarão-se alguns tarçenas da cidade de lixboa que a em estrangeiros, e cons1ru1rão-se de novo ambas duas naves que estão junlo com Galés que fallavão para completar o nú· as casas de Cepta das quaaes 1arçenas mero de trinta, de que se queria compor se ora o diclo lfante serve com tanto que huma Esquadra ... • (" ) ell as adube E correga de iodo o que lhe mesler for a sua cusla em quanto as asy Casas de Ceuta - Teria sido por esta lever E porem mandamos aos nossos al allura que D João f pediu ao Concelho a muxarifes das dietas tarçenas E do nos cedência das casas do Curral dos Bois, so afmazem da dieta çidade e a outras para armazenar os mantimentos destina quaaes quer que eslo ouverem de veer dos à frota. Assim creio depreender-se que lhe leixem teer as dietas tarçenas e da petição que os vereadores fazem a D. servir dellas no que lhe prouver em Afonso V, em 25 de Dezembro de 1439 quanto nosa merçee for como dicto •Os vereadores e procuradores e ho he,. .. • (" ) mês bõõs E os procuradores dos meste Sera coincidência, ou não, é interes res desta muy nobre e ssenpre lleal cida· sante notar o dizer-se = duas casas das de de Lixboa ... tercenas = em ambas as duas naves. e •Sehor a cidade avya em esla mees lembrarmo-nos das duas Casas das Ga ma hGas casas ssuas proprias na Ferraria lês de D. Dinis. honde ssoya destar o curral dos bois E el Nave. lê-se no Dicionário de Moraes, Rey dom Joham vosso avo noflas pidio é cada uma das divisões longitudinais de emprestadas por hüu tenpo pera sse em uma casa. ellas poer o mãtljmento provisom pera Esta definição não a1uda multo bem a Cepta E depois que as assy teve por lhas compreender o que se pretendia indicar muytas vezes Requeremos e a vosso no documento. Todavia, uma carta, sem padre lambem E Nunca nollas quis man data, mas provavelmente coeva. escrita dar entregar... pedimosvos Senhor por por Frei João Claro a el-Rei, falando do merçee que nos mandees dar e desem seu Mosteiro de Alcobaça, possa escla bargar as ditas casas que nossas ssam recer um pouco o que então se designa ca sse algüus mantiímenlos e cousas va por Nave. Dli. numa passagem pera Cepta querees teer deposito assaz •acerca de varandas na claustra•: 3 •Item. SenhOr. Estas varandas de que rem as carnes de el-rei para suas arma· tatto assy animadas e acat0adas aa pare das ~. \11.u\. e\\. O Pono e as Navega<;(>es de e casa das necessarias atee onde se na Expansão. pg. 31). acaba a dieta casa das necessarias se Posto que não fale em nave, nem seja podem fazer muy em breve e muito mui legitima qualquer correlação, o lacto é to mais que varanda sobre a claustra e que nos pode ajudar a fazer uma vaga mais faz se com el\a em sembra hüa ideia, se bem que o número de con1ec1u da claustra ij' per onde da porta do nave ras possa ser. grande. consoante a imagi palratorio yram hos monges pera a inter nação de cada um maria sem receo de em elles chover o que se agora nom faz•. (A.N.T.T. Gave Pelo modo de dizer do documento, as tas. 3066.XV,2-42. doe. sem data - duas naves deveriam ser idênlicas. e sembra : iuntamente). próximas uma da outra. e perto das Ca sas de Ceuta. Porque designadas por Desta forma, e com certas reservas. naves, deveriam ser relativamente com parece que se entendia por nave cada um dos lances cobertos da claustra. pridas e amplas: e porque a nave não A propósito das Tercenas do Porto, na deve ter divisões. as casas que se diz margem sul do Douro, diz Anlónio Cruz. haver •em ambas duas naves•, estariam citando as Memórias de Francisco Dias, contíguas a uma das paredes da nave, procurador da Fazenda Real em 1548: uma vez que a outra parede poderia ser •Da banda de Vila Nova estão umas rasgada com arcos, ou pilares. Casas e oito casas armadas sobre arcos, muito nave em um edlllcio, ou em dois pega compridas; afirma-se que se fizeram dos, ou em dois separados, quem o po derá dizer. para ali se meterem galês em tempo do Ribeira das Naus. Inverno e bem parece ser para esse efei Junto figuro quatro hipóteses de uma Ao fundo. to: e porque isto é muito antigo. serve das naves. Cada qual Imagine outras 4 o Palácio dos Corte-Real uma parte delas para se matarem e faze- mais. (Ver adiante em pág. 7) Mas estava a !alar nas Casas de que esta rua do Saco •não tem sah1da• Coniectura Ceula (~}. e em 1435 o municipio ter 1á umas das transformações sofridas A s1tuaçao destas Casas de Ceuta é casas 1unto do curral dos bois •que par· ate meados do século 'X:</ indicada em um documento de 3 de Abril tem com o beco e alpendre que vai ao de 1450, no emprazamento de umas ca· fundo do campo das privadas•. (") sas em Lisboa, fronteiras às Casas do Ora, uma vez que a rua do Saco sô Desembargo de Ceuta. mais tarde se prolongou, embora sem •Dom Allomso etc. lazemos saber. saida, a hipótese acima obnga a adm1t1r (que havia três meses se !azia pregão} que, à data do documento onde se indica pera aforar e emprazar em vida de tres a confrontação sul das casas dei-Rei pessoas as nossas casas que nos ave com o curral dos bois. a rua do Saco (ou mos na Rua do Saco que som na dita beco do curral como também se cha· odade hu lavram os tenoe1ros as quaaes mou) terminava antes de chegar a essas cassas partem de hua parte com as nos· casas sas casas que ora traz Alomso Martinz marynhe1ro ..• e por detraz partem com t ainda muito possível que sejam es outras nossas cassas que estam na Rua las casas (31gumas. é ciaro), as mesmas Nova e por diante partem com dita Rua a que se refere o emprazamento de pubrica as quaaes cassas estam em 1450. E nesse caso. porque nunca se diz !rente das casas do dessenbargo da que partem com o curral, mas sim que nossa çldade de Cepta ... • n estão ante. ou diante, dele, altgura-se Postos que !oram os sucintos aspec· que deveria existir qualquer espaço, lor tos históricos pertinentes à zona ocupa· mando um corredor ou algo semelhante. da pelas tercenas, passemos ao que a mterpretaçào dos documentos possa es· Tano11,,os - Era na redondeza das clarecer casas antes ciladas. que os tanoe1ros Constata-se que as Casas do Curral exerciam o seu oficio, quer na rua, quer do Concelho e Curral dos Bois. pedidas nas casas do emprazamento de 1450, e oor 11moró1:limo !l()r O João l. l\ào rotor. lôlml>hm nA prOprla Cm.a de Ceuta. como nardm .:i po:;se oo Concefllo. e passaram se ve num dOCumento de 22 de Novem a se• <:<><'I~ <:.a<M Casasº'° c..-.1a Acrescentarei. mas apenas a //tufo de "'º º" \4~ esclarec1men10. que o Curral do Conce ·Dom Eduane. por quanto hüa das lho era o maladouro = •curral onde ma p11mc1paaes cousas Que som necesa Iam o gaoo e as vacas• I' ); o Curral dos iyas i>e<a \)IO")men\o dos (\ue es\am em Bois era onde se recolhia o gado antes Cepta asy M /ouça pera lhes levarem os de o abalei.