Configurações, 17 | 2016 2
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Configurações Revista de sociologia 17 | 2016 Sociedade, Autoridade e Pós-memórias Edição electrónica URL: http://journals.openedition.org/configuracoes/2883 DOI: 10.4000/configuracoes.2883 ISSN: 2182-7419 Editora Centro de Investigação em Ciências Sociais Edição impressa Data de publição: 27 junho 2016 ISSN: 1646-5075 Refêrencia eletrónica Configurações, 17 | 2016, « Sociedade, Autoridade e Pós-memórias » [Online], posto online no dia 30 junho 2016, consultado o 23 setembro 2020. URL : http://journals.openedition.org/configuracoes/ 2883 ; DOI : https://doi.org/10.4000/configuracoes.2883 Este documento foi criado de forma automática no dia 23 setembro 2020. © CICS 1 SUMÁRIO Ficha Técnica Direção da Revista Configurações Introdução - Sociedade, autoridade e pós-memórias Manuel Carlos Silva, Sheila Khan e Francisco Azevedo Mendes Virtual experience, collective memory, and the configurationmof the public sphere through the mass media. The example of Ex-Yugoslavia Jeffrey Andrew Barash Memórias amnésicas? Nação, discurso político e representações do passado colonial* Miguel Cardina As cores da investigação em Portugal: África, identidade e memória* Sheila Khan Currículo, memória e fragilidades: contributos para (re)pensar a educação na Guiné-Bissau José Carlos Morgado, Júlio Santos e Rui da Silva Writing and translating Timorese oral tradition* Vicente Paulino As memórias “arrumam-se em quadros fixos”: a experiência traumática de Solange Matos, narradora de A Noite das Mulheres Cantoras Patrícia I. Martinho Ferreira “Now we don’t have anything”: remembering Angola through the lens of American missionaries Sandra I. Sousa Filling in when memory fails: the use of stories in Portuguese American memoirs* Carmen Ramos Villar Fabienne Kanor e Toni Morrison, escritoras do Atlântico: escrever para transformar a vala comum em cemitério* Fabrice Schurmans Narrativa visual e pós-memória: o caso do docudrama Contract, de Guenny Pires Jessica Falconi Pós-memória como herança: fotografia e testemunho do “retorno” de África Elsa Peralta e Joana Gonçalo Oliveira Um trabalho pós-memorial: o caso de Daniel Blaufuks Ana Quintais “Agora sou velho demais para trabalhar”: uma leitura sociológica de memórias e vivências do trabalho e de desemprego em fim de carreira profissional Manuel Carlos Silva e Rita Borges Neves Quanto tempo para aceder ao mercado de trabalho? A inserção profissional dos diplomados do ensino superior no dealbar da recessão* Miguel Chaves e César Morais Svetlana Alexievich, Vozes de Chernobyl: história de um desastre nuclear. Tradução de Galina Mitrakhovich. Lisboa: Elsinore, 2016 Rui Sarapicos Sheila Khan, Portugal a lápis de cor. A sul de uma pós-colonialidade. Coimbra: Almedina, 2015 Sandra I. Sousa Configurações, 17 | 2016 2 Ficha Técnica Direção da Revista Configurações 1 Título: CONFIGURAÇÕES 17 / JUNHO 2016 2 Diretora: Ana Paula Pereira Marques 3 Conselho Consultivo: Ana Nunes de Almeida (Univ. Lisboa), António Colomer (Univ. Polit.. Valência), António Lucas Marín (Univ. Complutense), Carlos Alberto da Silva (Univ. Évora), Claude-Michel Loriaux (Univ. Católica de Lovaina), Daniel Bertaux (CNRS, Paris), Elísio Estanque (Univ. Coimbra), François Dubet (Univ. Bordéus), Ilona Kovács (Univ. Téc. de Lisboa), James R. Taylor (Univ. Montreal), João Arriscado Nunes (Univ. Coimbra), João Ferreira de Almeida (ISCTE-IUL, Lisboa), João Teixeira Lopes (Univ. Porto), John Law (Univ. Lancaster), José Bragança de Miranda (Univ. Nova Lisboa), José Carlos Venâncio (Univ. Beira Interior), José Madureira Pinto (Univ. Porto), José Manuel Sobral (Univ. Lisboa), José Maria Carvalho Ferreira (Univ. Téc. Lisboa), Loïc Wacquant (Univ. Califórnia, Berkeley), Luís Baptista (Univ. Nova Lisboa), Maria Beatriz Rocha Trindade (Univ. Aberta), Manuel Villaverde Cabral (Univ. Lisboa), Manuela Ribeiro (Univ. Trás-os-Montes e Alto Douro), Michel Maffesoli (Univ. Paris V, Sorbonne), Ramón Máiz (Univ. Santiago de Compostela), Renato Lessa (Univ. Fluminense), Veit Bader (Univ. Amesterdão). 4 Conselho Científico: Ana Maria Brandão (UM), Ana Paula Marques (UM), António Cardoso (Inst. Polit. Viana do Castelo), Catarina Tomás (Instit. Polit. Lisboa), Dina Peixoto (ISCET-Porto), Domingos Santos (Inst. Polit. Castelo Branco), João Carvalho (ISMAI), José Fernando Bessa Ribeiro (UTAD), José Lopes Cordeiro (UM), Manuel Carlos Silva (UM), Maria Cristina Moreira (UM), Maria João Simões (UBI), Maria Johanna Schouten (UBI), Maria Paula Mascarenhas (UM), Rodrigo da Costa Dominguez (CICS- UM), Sheila Khan (CICS-UM), Sílvia Gomes (ISMAI, CICS-UM), Teresa Mora (UM), Vera Duarte (ISMAI). 5 Conselho de Redação: Ana Jorge (CICS-UM), Francisco Azevedo Mendes (UM), Isabel Ventura (CICS-UM), Manuela Ivone Cunha (UM), Maria Dolores Sanchez (Univ. Vigo), Paula Remoaldo (UM), Rita Borges Neves (CICS-UM), Rita Moreira (CICS-UM), Rosa Adriana da Silva (CICS-UM), Rui Cruz (CICS-UM), Susana Amaral (CICS-UM), Tahiana Meneses (CICS-UM), Tânia Machado (CICS-UM). Configurações, 17 | 2016 3 6 Secretariado: Liliana Teixeira ([email protected]) 7 Propriedade, redação e administração: Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais – Polo da Universidade do Minho, 4710‑057 Braga – Portugal. Telef.: 253 601 752. Fax: 253 604 696. Site: www.cics.uminho.pt 8 Coordenadores deste número: Manuel Carlos Silva, Sheila Khan, Francisco Azevedo Mendes 9 Normas para apresentação e avaliação de artigos: 10 Apresentação de originais: os textos propostos para publicação devem seguir as normas sugeridas na parte final da revista. 11 Avaliação de artigos: os artigos propostos serão submetidos a parecer de especialistas das áreas respetivas, em regime de anonimato. A listagem de avaliadores será publicada cumulativamente a cada dois anos. A decisão final cabe ao(s) coordenador(es) de cada número e, em última instância, à Direção do Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais – Polo da Universidade do Minho. 12 Os textos podem ser publicados em português, espanhol, francês e inglês. 13 Correspondência (incluindo assinaturas): Revista Configurações, a/c Dra. Liliana Teixeira, Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais – Polo da Universidade do Minho, Campus Gualtar, 4710‑057 Braga. 14 Apoios: A edição deste número foi apoiada pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia. 15 Edição: Configurações é editada semestralmente (2 números/ano) pelo Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais – Polo da Universidade do Minho, 4710‑057 Braga. 16 Assinatura anual: Portugal, países de expressão portuguesa e Espanha: 20 euros (2 números). 17 Outros países: 25 euros. 18 Preço deste número: 12 euros 19 Capa: Furtacores design; fotografia da capa: Abigail Ascenso 20 ISSN: 1646‑5075 21 Depósito legal n.º: 246289/06 22 Solicita‑se permuta. Exchange wanted. On prie l’échange. Intercambio solicitado. 23 Esta revista prossegue a série de Sociologia (6 números) de Sociedade e Cultura da revista Cadernos do Noroeste. Configurações, 17 | 2016 4 Introdução - Sociedade, autoridade e pós-memórias Manuel Carlos Silva, Sheila Khan e Francisco Azevedo Mendes 1 Este número sai, por coincidência, num momento significativo da vida europeia. O resultado do referendo do dia 23 de junho no Reino Unido sobre a União Europeia pode, a muitos níveis, ser lido como mais um fenómeno das encruzilhadas (pós-)memoriais, onde se jogam os sentidos das ações ditas históricas. Os horizontes onde se inscrevem estes fenómenos exigem, por isso mesmo, uma multiplicidade de questões e de tentativas de respostas sobre a matéria memorial, num exercício que deve ser encarado como interdisciplinar. De forma incisiva, os estudos sobre a memória e a pós-memória têm recebido nas últimas décadas uma atenção significativa nas diversas áreas das ciências sociais e humanas e na criação artística. A metarreflexividade resultante dessas análises e criações, acolhendo de resto outras disciplinas, transformou decisivamente as modalidades de perceção e enquadramento dos fenómenos memoriais. A tectónica dos substratos individuais e coletivos das memórias tende, com efeito, a incorporar essas marcas metarreflexivas. Profundamente imbricadas nos mais diversos espaços e tempos e nos processos de reprodução social, memória e pós-memória, elas consubstanciam-se em vários suportes, códigos e linguagens, com mecanismos de preservação e transmissão intra e intergeracional através de diversos rituais e práticas operativas, para as quais são convocados diferentes autoridades, comunidades e/ou grupos sociais. 2 Neste contexto, importa problematizar os regimes de adequação entre os sujeitos que experienciam em sentido direto um evento, um momento, um fenómeno, e os sujeitos que recebem os testemunhos, que narram ou que traduzem a experiência dos outros, como uma ‘segunda’ memória. 3 Existem hierarquias entre aquele que conta, que dá o testemunho, e o destinatário pós- geracional desse testemunho, que o reescreve numa outra narrativa? Será que aquele que narra a memória dos outros tem a mesma legitimidade e autoridade na sua narrativa, quando comparada com a autoridade da narrativa original? Como medir e interpretar os intervalos críticos entre uma e outra memória? Quais as autoridades da Configurações, 17 | 2016 5 memória e da pós-memória quando em diálogo ou confronto? Na presença dessas autoridades, quem são e onde estão os autores? Qual o valor de falarmos de uma memória multidirecional com várias escalas autorais? Será mais apropriado falar em dever de memória ou em direitos conflituais de memórias e de pós-memórias? 4 Os artigos apresentados neste número comprometeram-se a responder a algumas destas