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ESCOLA Informação ..LEITURAS..BLOGS..SITES.. Sugest es e Blogs Sites quiénes mequieren morir, quiénes noquieren micanto, quiénes mevanaesperar, herido enlanocheoscura, vuelo ysinsaber, o redondo comounauva, comounarcoestirado o comounaespadadesnuda, cual unfunestoparaguas o debajodelastumbas cuando pasoentre losárboles los oídosmeretumban las alasnosemeven, y declaridadconfusa, volador desombraclara ave deunasolapluma, pájaroME llamo Pablo, Nigra) (Pablo Insulidae EL PÁJARO YO descobrir poemascomoeste: sua vida,dassuasmulheres, da suaobra.E pode-se ficaraconhecerumpoucomaisda Nobel daLiteraturaem1971.Nestesite O poetaPabloNerudarecebeu oPrémio http://www.neruda.uchile.cl/ Neruda acesso aumacronobiografia detalhada. eter par denotícias,leraRevistaBlimunda No sitedaFundaçãoépossívelainda ficara leitura sedesenvolveueapurou”. vontade deaprender, queomeugostopela apenas guiadopelacuriosidadee Lisboa. Efoiaí,semajudasnemconselhos, funcionamento, umabibliotecapúblicade a frequentar, nosperíodosnocturnosde “Também poressasalturastinhacomeçado desenvolveu oseugostopelaleitura: Tal comosepodedescobrir Prémio NobeldaLiteraturade1998. Saramago, naspalavrasdoescritorquefoi Isto sepodelernositedaFundaçãoJosé de SousaSaramago…” a saberqueomeunomecompletoeraJosé documento deidentificação,équeseveio tive deapresentar naescola primáriaum dos pobres). Sóaossete anos, quando carência, serviamcomoalimento nacozinha folhas, naquelestempos,emépocasde é umaplantaherbáceaespontânea,cujas Saramago. (Cabeesclarecer que saramago família demeupaieraconhecidanaaldeia: tivesse acrescentado aalcunha porquea Civil, porsuaprópria iniciativa, nãolhe o meunomesefuncionáriodoRegisto Piedade. JosédeSousateriasidotambém pais chamavam-seJosédeSousaeMariada quilómetros anordeste deLisboa.Meus margem direita dorioAlmonda,aunscem situada naprovíncia doRibatejo, na terra, emAzinhaga,umapequenapovoação “Nasci numafamíliadecamponesessem https://www.josesaramago.org/ Fundação JoséSaramago de latempestadtranquila. soy elpájaro furioso vuelo ynopero canto: Por esovuelvoymevoy, delviento. por elsilbido o abesarmitrajeroto a sangrarme,retorcerme y novendranavencerme, quiénes nosabenquellego Sofia Vilarigues SET. 2018 A boa imagem em Nº19 Bruxelas é a razão da SUMÁRIO intransigência do M.E. e do governo

uero crer que, bem lá no fundo, os responsáveis do M.E sabem que a reivindicação dos professores (a recuperação do tempo de serviço) é muito justa e que a razão “legal” também está Qdo nosso lado. Como estou bem convencido que eles sabem que o impacto financeiro, diluído, como propõem 4. Editorial. José Alberto Marques os sindicatos, em 5, 6 ou 7 anos, torna a aceitação 5. Dossier. Por uma Escola Inclusiva da reivindicação perfeitamente compatível com uma 6. Seminário Internacional Educação Inclusiva boa gestão dos orçamentos de Estado nos anos mais 7. Construir o avião enquanto se voa próximos. Estou firmemente convencido que a alegada 10. Novos/outros “olhares” sobre a legislação “incomportabilidade ”orçamental da satisfação da justa enquadradora reivindicação dos docentes é apenas uma cortina de fumo 13. Cada um sabe alguma coisa, tem algo a mostrar destinada a esconder a razão do seu comportamento: a para a gente obsessão com a sua imagem junto de Bruxelas. 16. Algumas considerações sobre o decreto-lei 54/2018 A escolha de Mário Centeno para a presidência do e o estado do processo de Educação Inclusiva Eurogrupo obriga o ministro das Finanças do país a dar 18. Cidadania. A triagem o exemplo, a mostrar o seu país como um campeão da 20. Entrevista com José Alberto Marques poupança na despesa pública, forte na resistência à 26. Escola/Professores pressão dos sindicatos, duro na exigência do cumprimento 26. Luta persistente e organizada. dos “diktats” da União Europeia. Os professores não desistem Não fosse esta obsessão com Bruxelas, o governo 27. A estafada técnica do lançamento de notícias perceberia que a sua atitude, a concretizar-se o texto que falsas ou incorretas em momentos de negociação divulgou como sua decisão “final” neste conflito, criará 29. 9 Anos, 4 meses, e 2 dias. Reunião de 28 um ambiente de tensão, de raiva e de desmotivação nas de setembro foi inútil face à prepotência do M.E. escolas públicas durante os próximos anos, ambiente 30. Assembleia Geral de Sócios aprova greve que impedirá (ou pelo menos dificultará) a aplicação em 1 de outubro do(interessante) conjunto de medidas que o M.E pretende 31. 9 Anos, 4 meses, e dias. A lei e os compromissos incrementar e que poderiam ajudar a melhorar a Educação no nosso país (a flexibilidade curricular, o novo têm que ser respeitados conceito de inclusão, um ambicioso perfil do aluno…). Os 32. Docentes do Ensino Superior e não Superior do pedagogos que talvez existam no M.E serão os primeiros Ensino Particular e Cooperativo a afirmar que nada se muda na escola sem uma grande 32. Departamento de Professores e Educadores motivação dos professores… E motivação não liga bem Aposentados com humilhação… 33. Já não há desculpas! A intransigência do M.E. é sentida pelos professores 34. Combater a desinformação, defender os interesses como uma falta de respeito para com o seu trabalho; o dos beneficiários da ADSE-IP esmagamento dos sindicatos numa exigência de cuja 36. Aos Sócios justiça ninguém ousa duvidar só pode ser vivida como 37. Consultório Jurídico. Prestações para a Segurança uma humilhação da classe docente, que, obviamente, Social dos docentes com contrato a termo continuará a sua luta. e horário incompleto A obsessão pela imagem em Bruxelas deixa nuvens muito negras sobre o futuro das nossas escolas porque põe em causa a dignidade de ser professor. ficha técnica: Informação Diretor: José Alberto Marques . Chefe de Redação: António Avelãs . Conselho de Redação: Luis Viana, Joaquim Veiguinha, Rolando Silva, Miguel André Isabel Pires . Redação: Lígia Calapez (Jornalista).Design Gráfico e Paginação: Dora Petinha.Capa: Dora Petinha . Composição: Fátima

Caria . Revisão: Lígia Calapez . SPGL . Edição e Propriedade ESCOLA de: Sindicato dos Professores da Grande Lisboa, Rua Fialho de Almei3 - da, 3, 1070-128 Lisboa . NIPC: 501057528 Periodicidade: Mensal. Depósito legal: 9157/85 . ICS: 109893. Digital O Tempo Editorial

INFORMAÇÃO e o Modo ESCOLA José Alberto Marques Digital DIRETOR ESCOLA INFORMAÇÃO Seminário s vezes, quando os muros se erguem à nossa volta e só nos resta tudo fazer para abrir caminho, os devaneios da memória, pessoal ou histórica, impõem-nos uma Internacional frase, uma imagem, uma situação pontual ou mesmo uma associação de palavras que nos criam uma sensação de déjá vu. Vem isto a propósito do tempo e o modo do Governo, por oposição ao prazo e ao modo dos professores e educadores e ao prazo e ao modo vertidos no próprio À Orçamento de Estado para 2018. No meio de tanta astúcia governamental, da direita e da esquerda (seja na versão obreirista, seja na versão fraturante), bailam-nos diante dos olhos as palavras tempo e modo (o prazo é mais plebeu, EDUCAÇÃO mais processual!). E o tempo e o modo fazem parte do acervo dos instrumentos que foram usados pela oposição, em sentido lato, ao fascismo. Reafirma-se que se trata de uma associação de palavras, não de situações históricas! O primeiro número de O Tempo e o Modo, revista de pensamento e ação, apareceu nos escaparates em janeiro de 1963. Deixou de ser publicada em 1977. Nasceu no seio da Juventude Universitária Católica, com António Alçada Baptista e João Bénard da Costa aos comandos, mas Mário Soares, INCLUSIVA , Mário Sottomayor Cardia, ou João Cravinho, entre muitos outros, também por lá passaram. O editorial do primeiro número, de janeiro de 1963, também falava de astúcia. Salientava a certa atitudes que altura: Eis por que nos parece indicado, contra um modo astucioso de tratar as coisas e os homens e as suas relações, que, ao nível dos problemas de consciência, haja um modo novo de olhar com atenção, transformam ouvir e pesquisar com humildade, denunciar sem compromissos e concluir com falibilidade. No fundo, dum problema de verdade se trata ainda: verdade na observação, na análise, na denúncia e na comunicação. O governo, a propósito da recuperação do tempo de serviço dos professores, treslê o que com eles acordou na Declaração de Compromisso assinada em Novembro de 2017 e esquece o que ficou consagrado no OE para 2018 e a resolução aprovada na Assembleia da República sem votos contra. Os partidos de direita dizem que o governo tem de cumprir o que prometeu aos professores, mas acrescentam que as finanças públicas não aguentam o embate. O PCP diz que o que importa é o aumento do salário mínimo e a melhoria dos rendimentos dos trabalhadores para 2019, já que a questão dos professores ficou resolvida no OE para 2018. O Bloco de Esquerda, dois dias depois da declaração do PCP, achou que era uma boa ideia repetir a mesma receita, deixando as questões da 14 I 15 SETEMBRO I 2018 execução do OE de 2018 para outra oportunidade. Fica a pergunta: quem tem a responsabilidade de AUDITÓRIO AGOSTINHO DA SILVA

Informação fiscalizar a sua execução? Assim, “contra um modo astucioso de tratar as coisas e os homens [docentes] e as suas relações”, nada mais resta aos professores e educadores do que resolver um problema de verdade, “verdade na observação, na análise, na denúncia e na comunicação”.

ESCOLA ESCOLA faculdade de ciências sociais, INSTITUTO A semana de 1 a 5 de outubro será decisiva nesse intento! educação, 4 e administração DE EDUCAÇÃO CENTRO DE ESTUDOS INTERDISCIPLINARES EM EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO Dossier

Seminário Internacional

Por uma Escola EDUCAÇÃOInclusiva O conteúdo fundamental

SCOLA INFORMAÇÃO DIGITAL Nº19 SEYEMBRO 2018 deste Dossier é constituído E por algumas notas de repor- tagem do Seminário Interna- INCLUSIVAcional “Educação Inclusiva: atitudes que transformam”. atitudes que Complementado por um texto de Lurdes Martins, que alerta: “Assinalo o mérito da filosofia transformam de inclusão preconizada por este diploma. Contudo, a sua operacionalização está forte- mente comprometida”. Um encontro rico de ideias e abordagens diversas que, cer- tamente, constituem um bom contributo para a construção de uma escola verdadeira- mente inclusiva. Sem ignorar os obstáculos. Mas também 14 I 15 SETEMBRO I 2018 assumindo “a ousadia e o oti- AUDITÓRIO AGOSTINHO DA SILVA mismo”, que David Rodrigues sublinhou.. Informação

faculdade de ciências sociais, educação, INSTITUTO e administração DE EDUCAÇÃO

CENTRO DE ESTUDOS INTERDISCIPLINARES ESCOLA EM EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO 5 Digital Fotos: morgueFilefreephotos Digital 6 ESCOLA Informação Por uma Escola Inclusiva

Foto: Sofia Vilarigues que transformam Educação Inclusiva:atitudes Seminário Internacional O nosso enfoque vai, antes do O nossoenfoque vai,antesdo alguns momentos específicos. de queaquinos limitamosafocar de ideiaseabordagensdiversas. E que foiestegrandeencontro. Rico aplica aestanossaabordagem do mam. Umaideiaquetambémse I • LígiaCalapez Inclusiva: atitudesquetransfor minário InternacionalEducação da numadasintervençõesnoSe- do ponto”,foiumaideiadefendi- “Todo opontodevistaéa é avistadoponto Todo opontodevista INCLUSIVA EDUCAÇÃO Internacional Seminário transformam atitudes que AUDITÓRIO AGOSTINHO DA SILVA 14 Jornalista I 15SETEMBRO

I

e administração administração e

educação, educação,

de ciências sociais, ciências de faculdade faculdade I

2018 CENTRO DEESTUDOSINTERDISCIPLINARES EM EDUCAÇÃO EDESENVOLVIMENTO DE EDUCAÇÃO INSTITUTO - Por fim, a última conferência do do conferência última a fim, Por ca, naprática, educação inclusiva. signifi- que o sobre discurso quer básico, quevalerámais qual- ca” –éaexpressãodeumdesejo vidas. “Uauh,poderirà bibliote- trabalho eestudoquelhesão de- tes emrelaçãoàscondições de seu percursoacadémica.Exigen- profundamente empenhadasno deficiência, de condição com nas testemunhos deduasjovensalu- Que incluiu os impressionantes desafios. e oportunidades perior: no deA InclusãonoEnsinoSu- E ainda a mesa redonda em tor plos ostemasabordados. ções livres,emqueforammúlti- O própriodebate. As comunica- culturais. momentos – nificativos Mas houve muito mais. Os – sig- as práticas. zagem: atitudesquetransformam e sobre alegislaçãoenquadradora sores: pertinência paratodososprofes- temáticas degrandeatualidadee redondas, emquesedebateram gues. Eaindaparaduasmesas protagonizada por David Rodri - mais paraaprimeiraconferência, O alunonocentro daaprendi- Novos/outros “olhares” -

do/217/neurociencia-aprendizagem https://novaescola.org.br/conteu- Epigen%C3%A9tica https://pt.wikipedia.org/wiki/ mam/ cao-inclusiva-atitudes-que-transfor contributos-do-seminario-em-educa- http://www.ceied.ulusofona.pt/pt/ Para sabermais: ro. equação queabreportasaofutu- petiva, família e educação. Uma ambiente. Unindo,nessapers- ambientais, oenriquecimentodo portância detrabalharosfatores EUA, deu grande destaque à im- Child BehaviourInstitute,Miami, -fundador e diretor executivo do genética, Gustavo Teixeira, co- explicação sucintadoqueéepi- do pensamentoepartindodeuma do aideiadaemoçãocomobase nefastas dostress tóxico.Frisan- genética, oudasconsequências te interagecomanossacarga neurociência, decomooambien- Aqui sefalou,porexemplo,de enriquecimento doambiente.” o enfoquefoipara“Epigenéticae aprendizagem dosalunos,emque neurociências: implicaçõesna da seminário, comotemadeparti- Os transtornos mentais e as Os transtornosmentaiseas - Foto: Sofia Vilarigues Construir oaviãoenquantosevoa nação edeautorrepresentação”. independente – deautodetermi - pessoal parao conceito de vida passado “doconceitodetragédia Um primeiropassofoitermos destacou gação defundo,DavidRodrigues e da Humanidade”. Nessa interli- construção dosdireitoshumanos ao níveldaHumanidade – queéa nós tivemos durante tantos anos te enraizadas“naevolução que questões queestãoprofundamen - As questões sobre a inclusão são Quatro evoluções I • LígiaCalapez Jornalista conceito deinclusão;porqueémelhor;comofazer. metáfora aplica-seplenamente.Eassimseiniciaumapequenaviagememtornode:o truindo ereconstruindo,adaptando,avançado,comoéprópriodeumarealidadeviva,a está emcausaéanossacapacidadedeembarcarnovoodaescolainclusiva,cons- Mas aqui,naspalavrasdeDavidRodrigues,presidentedaPro-Andee,quandooque Construir oaviãoenquantosevoa?Paraumaviagemreal,aideianãoseriasedutora. quatroevoluções. I esteve exclusivamente centrado tempo oconceito dehabilitação to dehabilitação. Durantemuito Uma terceira questão: o concei- estou ecomquemestou”. ção entre o que eu sou e onde eu intera- uma sempre é deficiência gues. “A CIF ensinou-nos que a Saúde), considerouDavidRodri- Funcionalidade, Incapacidade e de Internacional (Classificação biente”. Isso ensinou-nosaCIF do corpo com as variáveis do am- variáveis das estruturas e funções indivi- dual para uma interação entre as deficiência de conceito Um segundo:evoluímos “do sendo umaestrutura decapacita- urge conceber a escola “como que significa isto escola, a Para dições dedeficiência”. menos dependente das suascon- Uma estratégiadetornarapessoa Uma estratégia de participação. prio umaestratégia deprogresso. E esseambiente torna-se ele pró- sobre oambiente em queelaestá. pessoa, éumprocessoqueincide um processoqueincide sobre a processo dereabilitação não ésó am- bientes capacitantes”. Ouseja,“o dificuldades com pessoas fundamental “criar àvoltadas na pessoa.Hojeconsideramos Digital 7 ESCOLA Informação Por uma Escola Inclusiva Digital 8 ESCOLA Informação Por uma Escola Inclusiva

Foto: Sofia Vilarigues Uma pergunta quesurge defor na excelência inclusão e Excelência na res edepráticassociais”. turas, é feito em função de valo- mento éfeitoemfunçãodecul- “pensarmos queodesenvolvi- para ummodelosocial.Istoé, da hojeseencontramuitovivo) -prescrição (quenaverdadeain- um de modelo médico,dediagnóstico- passou-se último, Por progresso paraaspessoas”. de cidadania, dedignidade, ção, umaestruturadepromoção, dificuldades”. E lembrou que há uma opçãointernacional por E lembrou dificuldades”. mente, aqueles alunosquetêm dem precocemente, competente- blinhou, “sãoaquelesque aten- bons sistemaseducativos, su- bons sistemaseducativos”. Os componentes fundamentais dos inclusão naexcelência.Sãodois que terexcelêncianainclusãoe falso”. Edefendeuque“temos posta: “Issoécompletamente David Rodrigues foilapidarnares- educativos”? sistemas são nãovaibaixaroníveldos ma recorrente: “será queainclu- - lidade naeducação,de2012 OCDE, sobre equidade e qua - Finalmente, orelatório da sam einteressam omesmo. Ou seja,todososalunosinteres- dificuldades”. têm que meninos toda a escola e não só daqueles são comosendoainclusãode a entenderoprocessodeinclu- neira, “procuraajudarasescolas para português)que,decertama- cheon, daUNESCO,em2015 O primeiroéaDeclaraçãodeIn- damentais: indicou Neste sentido,DavidRodrigues importância dainclusão”. vicção sobreavalidadee “que fortalecem esta nossa con- de EstadosIbero-americano– Nações Unidas,daOrganização – daUNESCO,OCDE,das nomeadamente emdocumentos sistemas inclusivos.Expressa mos, aevidência quenóstemos diz “é que as provas que nós te- Basicamente o queesterelatório CO 2017 Um outrodocumentodaUNES- dos. que tenha sido atingida por to- considerada cumpridaamenos ma metadeeducaçãodeveráser Que nomeadamentediz:nenhu- três documentosfun- (2) (aindanãotraduzido (3) (1) . . ferentes contextos eestruturas entendidos considerando osdi- tados dosalunos sópodemser que “Asexperiênciaseresul - equidade, de Ainscow. Que diz outros. Comoodeecologiada Um conceitoqueseprende a comunidade”. pessoa emrelaçãoadeterminada e osentidodepertençauma mentos quepermitamapertença o aluno se aproprie de instru- tem afunçãodefazercomque relacionais”. Istoé–“aescola conhecimento, comunicacionais, de instrumentos–simbólicos,do tos, queconduzemàapropriação “Um conjuntodeprocedimen- de inclusão. Quesintetiza assim: de queimportafalardoconceito Rodrigues, que reforça a ideia outros apresentadosporDavid feitório…”. Umexemplo,entre da inclusão…eatétemosre- do emedisseram:aquiéolugar me mostraramumespaçoisola- “Já estivenumaescolaemque O conceitodeinclusão nanceiros. fi- estritamente termos em mo vale apenaecompensa”.Mes- é queaequidadeemeducação função desse conjunto deexpe- nosso cérebro organiza-se em cognitiva, socialdacriança, o experiência motora,emocional, riências que temos. Conforme a em funçãodoconjuntode expe- basicamente,diz: “onossocérebromolda-se que, E Prechtel. roplasticidade, desenvolvidopor 2ª questão–oconceitodaneu- diferenças”. essas sobre reflexão da tatação, em relaçãoaosoutros–dacons- através dasdiferençasquetemos Porquê? Porque nós aprendemos esta nossaconstruçãodonós. nós estejamos,maisfácilvaiser diverso foroambienteem que os outros. Isto é – quanto mais de quaisqueroutros.Étodos para reforçarainda:“Enãoé que DavidRodriguescitou, outros –umafrasede Wygotsky Tornamo-nos nósatravésdos estudada porJeanPiaget. petiva deimitação,amplamente formação”. Também numapers- em particulardurantetodaasua durante todaavida.Emuito sencial paratodos os humanos, “ambientes ricos,diversosées- para crianças”.Ocontactocom to deinclusãonãoésóválido Em primeirolugar–“oconcei- tema melhordeeducação. que osistemainclusivoéumsis- argumentos em prol da ideia de David Rodrigueselencouquatro educação desegundacategoria”, argumento grande contra ainclusãoéque“éuma o Porque de educação Um sistemamelhor Rodrigues. ser professor”,concluiuDavid cer. Éporissoqueétãodifícil coisa que nós temos que conhe- estilos deaprendizagem. Tanta nização psicológica,quaissãoos as representações,qualéaorga- mas deaprendizagem,quaissão são asculturas,quaisfor texto, quais são os valores, quais “É fundamentalverqualéocon- educação”. sociais queestãoenvolvidosna - te emambientesinclusivos. tro”. Umarealidadebempresen- e deemoçõesemrelaçãoaoou- este movimentodesentimentos “é fundamentalestadiferençae meiras cognições”. E ainda que estiver embutidanasminhaspri- ção não estiver misturada, não possível eu aprender se a emo- másio, quenosdiz“nãoé va. Os estudos de António Da- do jogo,deque Wygotsky fala- ção, damemória,linguagem, mente a importância da perce - Finalmente, éimportanteterem – éensinando. Glasser William de Pirâmide na ma deaprender–comoexpresso der”. Naverdade,amelhorfor percebo outrasformasdeapren- Eu aprendomelhorquandoeu nha própriaformadeaprender. aprendem, issovaireforçarami- que pessoasdiferentesdemim eu conseguirentendercomoé aprendizagem”. Ouseja–“se do nossopróprioprocessode aprendizagem edeconsolidação tes deaprenderéumfator interagir comformasdiferen- Um 3ºargumento -“conhecer, drigues. géneos”, sublinhouDavidRo- pudéssemos pensarcomohomo- ambientes queeventualmente ambientes inclusivosdoqueem bro estámuitomaispresenteem ajuda aorganizar onossocére- “Toda estadiversidadequenos riências”. que estão descapitalizadas, com um ladopara outro, com escolas fessores queandamacorrer de nar emregimetriplo,com pro- inclusão comescolasafuncio - “Ninguém podedesenvolver a – DavidRodriguessalientou que tudo preparado paraarrancar? para ainclusão?Tem queestar los especiais?Estátudopronto estruturas, serviçosecurrícu- a inclusãopodecoexistircom colocam àinclusão–Seráque conta algunsdilemasquese Neste quadro e tendo também Construindo oavião… -

0DC2C1A0F =618C3A4860C1EA17031764A =id&accname=guest&checksum -pt.pdf?expires=1537696003&id docserver/9789264130852-sum- pdf images/0024/002482/248254e. pdf images/0023/002331/233137por. do. dança quetuqueres vernomun- Como Gandhidisse,Sêamu- mista”. ser bomprofessorsenãoforoti- otimismo –ninguémconsegue funcionar. Assumir aousadiaeo sitivos disponíveisequepossam po- atos os “Identificar cessário quanto sevoa,serátambémne- Mas, paraconstruiroaviãoen- importante”. pública. Eissoéextremamente em cimadeumaforteeducação nenhuns. A inclusãoconstrói-se escolas quenãotêmrecursos (3) (2) (1) https://www.oecd-ilibrary.org/ http://unesdoc.unesco.org/ http://unesdoc.unesco.org/

Foto: Sofia Vilarigues Digital 9 ESCOLA Informação Por uma Escola Inclusiva Foto: Orquestra Geração Digital 10 ESCOLA Informação Por uma Escola Inclusiva

Foto: Sofia Vilarigues a legislaçãoenquadradora novos/outros “olhares”sobre Educação Inclusiva: democrática – queela tenha aces- nossa sociedade. E – como escola a diversidade que nóstemos na seja –todasasdiferenças, toda lo que é a nossasociedade. Ou escola que represente tudo aqui- de umaescola completa. “Uma ponto departida: areivindicação está meio cheio”). E tendo como vazio, inerentemente éporqueele zio” (“mas seeu olhoocopomeio ponto de vista de “copo meio va- do Partindo multiníveis. venção ção centradanomodelodeinter (Nova) Inclusão”. Uma interven- na NovaLeiDitaqueéparaa nicação sobre “AsOportunidades Educação Especial, na suacomu- nhar os técnicos”,começou por subli- os professores,sem os pais, sem “Estas coisasnãosefazem sem ou meiocheio? Copo meiovazio I • LígiaCalapez Jornalista graves. E,emparticular-tertempo. transição nasescolas;comolidarcomsituaçõesdealunosproblemasparticularmente algum debateemqueressaltaramquestõespráticascomo:faltaformação;comofazeresta zar de diferentes olhares, princípios e dúvidas, esperanças e convicções. De permeio com mento (eexplicitação)dosconteúdosdanovalegislaçãosobreaescolainclusiva.Docru- Três intervenções e algum debate marcaram esta mesa redonda. Momentos de aprofunda- Joaquim Colôa,docente de I - lo deorganização deserviçose modelo multiníveis “é um mode- Começando por lembrar que o ção Especial”. apoios complementares e Educa- processo deensinocomum com serviços/apoios que relaciona o como um “sistema integrado de multiníveis”. Queapresentou relatório de 2014),éomodelo te momento, na lei (já estava no ração dessasoportunidades, nes- frisou Joaquim Colôa.“Eoco- coração dessas oportunidades”, oportunidades semsefalardo “Não se pode falar de novas escolas”. da dodesenvolvimento geral das clusiva, que “não pode ser isola- cabe naturalmente aeducação in- pertença e participação”. E aqui de sentido equidade, nificativa, sibilidade, aprendizagem sig- EUAINPLC etra mrcnInsti American at Center (EDUCATION POLICY suas competência Como desenvolvem osmembrosdaequipaas desenvolvimento global dos alunos? de ensinoetomardecisõessobre o desempenho dosalunos,diferenciar osprocessos ferramentas curriculares eparaavaliaro para usarnovas competências necessárias Os professoreseoutros profissionais têmas recursos estratégicos? Que mudançassãonecessárias paraalocar sucesso omodeloagoraenofuturo? A escolatemosrecursosparaimplementarcom tutes for Research; Pierce & Jackson, 2017) & Pierce Research; for tutes s nessas áreas? Entretanto, como omodelomul- vo, completo”. cada vezmaiscrítico, interventi- relacional. E ele é, oudeve ser, de umsistema comportamental e de uma sociedade, duma relação, continua a seroeixo essencial que numa democracia a escola “Por social. eixo o também Mas temos problemas”. central é o ensino/aprendizagem, e nosesquecermosqueoeixo deste eixocentral(eainda bem) várias pistasquecorramaolado – sublinhou-Esenóstivermos há escolasemesteeixoessencial co –ensino/aprendizagem. “Não Antes domaisoeixoacadémi- escola”. essenciais, “quesãooseixosda quim Colôa elencou dois eixos - ummodelo pedagógico”, Joa- respostas; nãoé-originalmente Capacidade Capacidade para alocar recursos - Teresa Leite de algunsprofessores. Éassim? vação que se pode ouvir da parte Educação Especial” – uma obser pecial, já não háprofessoresde “Agora jánãoháEducação Es- de EducaçãoEspecial? Já nãoháprofessores monitorização deprocessos. a formaçãocontínua”.Eainda “Uma oportunidade para mudar te com formação em contexto. profissionalidade. Nomeadamen Por último, o Novos papéis?”). funções? (“novas ção de equipas implica necessariamente a cria- girmos, nãoháenvolvimento”. E se não discutirmos, senão exi- participar. “Senãonosjuntarmos, volver todos. Oquepressupõe incontornável: Outro passo estas situações”. E ter muitos pontos devista sobre para elesdeoutropontovista. mos deosreorganizar. Deolhar mais recursos. Noutrosnecessita mentos necessitamosdefacto omeletes sem ovos.Nalgunsmo- fazem se “não Porque recursos. Outro: acapacidadedealocar Este um elemento fundamental. foco naliderança. Dai a importância de colocar o envolvidos. penho detodosos uma visão clara, conquistar o em- definir é crítico mais elemento o tação do modelo nas escolas”. E elementos críticos daimplemen ainda bem), são ao mesmo tempo são vistascomooportunidades (e “Todas estasoportunidades,que intensivos. complementares mais oumenos alu- nos poderãonecessitardeapoios alguns que outro, Por des. respostas para as suas necessida- que todos osalunos devem obter gica. Queimplica, por umlado, destacar adiferenciação pedagó- Nessa linha, Colôa começou por pedagogia, paraaeducação”. construídos, nasuagénese,paraa que essessãopedagógicos,foram dagógico edeoutrosmodelos– “necessita do seusubstrato pe- gico, quando aplicado na escola tiníveis não é um modelo pedagó- , professoracoorde - desenvolvimento da en- - - - -

Foto: Sofia Vilarigues possibilidade deasmedidascur de educação e de formação. E a os alunos.Eemtodosníveis ciação pedagógicacomtodos clara orientação para a diferen- A grandediferença, frisa, “éuma problemas específicos”. apenas destinado aosalunoscom para este diploma como sendo peciais se continuarmos a olhar das necessidadeseducativas es- nada abolir da legislação o rótulo a todososalunos.“Nãoservede ma, considerou,équesedestina A cação inclusiva”. feito em prol e na defesa da edu- todo umtrabalho quetemsido apenas aconsequência lógica de um subsistema daeducação é cionar aEducação Especial como sublinhando que “deixar de equa- de Lisboa, contestou esta ideia, Politécnico Instituto no nadora todos osalunos. outros docentes notrabalhocom apoio especializado; apoio aos cial professores deEducaçãoEspe- fácil – queseinsere processo –quenãoéum pre quenecessário”. E éneste sões esaberreformulá-las sem- observar osefeitosdessasdeci- mar decisões sobre o currículo, “Trata-se, nofundo,desaberto- contexto concreto”. cessidades dosalunosemcada o currículo de acordo com as ne- de osprofessoresreorganizarem go daescola. “É apossibilidade do que os 25% de currículo a car curricular ção evidente para aflexibilização apoio, queimplicaumaorienta- troduz-se umprimeironívelde Ao abarcar todos osalunos, “in- temporárias dedificuldade”. riculares abrangerem situações questão fulcralnoatual diplo- . Em duas grandes vertentes: ”. Queémuitomais o papeldos - - efetivas condições deequidade, pação eosentido depertença em que proporcione atodospartici- jeto educativocomumeplural e cessidades no âmbito de um pro- potencialidades, expetativas e ne- inclusiva que respondaàssuas direito de todos a uma educação 6 dejulho,pretende garantir o “O legislação enquadradora Um olharsobrea algumas situaçõesconcretas”. pel deespecialistas, quetêm, em abandonarem obviamente, o pa- de colaboração interpares. Sem verem processos mais efetivos de Educação Especial desenvol - oportunidade para os professores curriculares. E, poroutro,uma e tomaremdecisõesemtermos gem depodersobreocurrículo sores –assumiremalguma mar – todososprofes- os professores para lado, um Por oportunidade. decreto pode constituir uma deu que,dealgummodo,“este A concluir, Teresa Leite defen- com asuaespecialização”. escolas dereferência, de acordo de apoioàaprendizagem nas pa multidisciplinar, noscentros adicionais, nas decisões da equi- tervém naaplicação dasmedidas “in- específicos, mais termos Em renciação pedagógica. dedife- estratégias de definição rem. Apoia os outrosdocentes na mento das medidasquesetoma- corresponsável pelo desenvolvi- que nãooúnico.Colaboraeé clusão eàaprendizagem”, ainda in- à apoio de específico recurso ção Especial “é considerado um Ou seja,oprofessordeEduca- Decreto-Lei n.º 54/2018, de -

Foto: Sofia Vilarigues Digital 11 ESCOLA Informação Por uma Escola Inclusiva Digital 12 12 ESCOLA Informação Por umaOrquestra Escola InclusivaGeração do diploma cia, aprofundoualgunsaspetos bém como educadora de infân- Breia, queseapresentoutam- A partir desta ideia, social”. para maioresníveisdecoesão contribuindo de formadecisiva para aaprendizageme abor princípios dodesenhouniversal ferentes”), designadamente os os alunos,porquetodossão di- trar formasdechegaratodos metodológicas (“háqueencon- cação inclusivaàsopções crais. Dosprincípiosdaedu- guns aspetoseprincípiosful- Graça Breiafoielencandoal- Na apresentaçãododiploma, uma palavra a dizer”, sublinhou. dos. “Todos osprofessores têm implicam oenvolvimentodeto- na suadimensãoorganizacional, escolas. Eque,nomeadamente do-se àsrealidadesmúltiplasdas mente nãosãoestáticas,ajustan- cola”). Dimensõesquenatural- aqueles quetrabalhamnaes- centes, todosostécnicos, responder atodos–osdo- práticas educativas(“queremos mentação demedidaspolíticas, imple- ética, especificou: sões, há quepensá-loemtrêsdimen- Este compromisso de inclusão, muita calmaeserenidade”. zação, émuita.Seránecessária la como um todo, na sua organi- muitas, a exigência para a esco- “As exigênciasparaesteanosão minho difícil.Eexigetempo. concretização passa por um ca- referiu. Um compromisso cuja fessor deeducaçãoespecial”, respeito atodos,nãoésóopro- so comainclusãoquenosdiz “Trata-se deumcompromis- para trás”. fique aluno nenhum que objetivo organizar aescolapara das novasorientaçõestêmcomo nhou que “todos os documentos misso com a inclusão. E subli- que sejacumpridoocompro- nas escolasepelasescolas,para às novasorientaçõesaobservar expõe umavisãoglobalrelativa plinares, aopapel doscentros de a criaçãodeequipas multidisci- - doárduotrabalho queimplica dagem multinível.Osrecursos (1) , que,comoreferiu, Graça - novo”. Ouainda,opapeldas é que podemos ainda fazer de às práticaspedagógicas,oque são asbarreirasquesecolocam que recursosprecisamos,quais mente “querecursostemos,de em termos de escola. Nomeada- questões-chave quesecolocam ação efetiva”,disse,háalgumas uma ter consigamos que “Para professor deeducaçãoespecial. apoio àaprendizagem.Opapeldo manual_de_apoio_a_pratica.pdf https://www.dge.mec.pt/sites/default/files/EEspecial/ emprego, daformaçãoprofissional edasegurançasocial. que necessárioeadequado, derecursosdasaúde,do • Perspetivaamobilização, deformacomplementar, sempre categorias dealunos; • Colocaoenfoquenasrespostaseducativasenão em alunos; • Estabeleceumcontinuumderespostasparatodos os especiais; • Abandonaomodelodelegislaçãoespecialpara alunos a “categoria”necessidadeseducativasespeciais; • Abandonaossistemascategorizadosdealunos, incluindo a anterioresdiplomas? Quais asmudançasmaissignificativasemrelação ponto principal”. que otrabalhodeequipa“será derou. Econcluiusublinhando xer nasnossasrotinas”,consi- A “maiorbarreirapassapor me- famílias, oseuenvolvimento. (1) http://afc.dge.mec.pt/ manual_de_apoio_a_pratica.pdf pt/sites/default/files/EEspecial/ mized; dre/115652961/details/maxi-

https://dre.pt/home/-/ https://www.dge.mec. Foto: Sofia Vilarigues A aprender”, Mara Brito com “Os respeitar as diferentes formas de to universal da aprendizagem: apresentação “Desenvolvimen oradoras. MarianaFentacoma contou com a participação de três paraagente” coisa,temalgoamostrar “Cada umsabealguma I •Sofia Vilarigues mam aspráticas”. em foconamesaredonda“Oalunonocentrodaaprendizagem:atitudesquetransfor de aprendizagemedemonstrandoquecadaumtema sua potencialidade,estiveram Três experiênciaseideiasinovadoras,comosalunosaparticiparemnoseuprocesso Jornalista I mam as práticas” des que transfor dizagem: atitu centro da apren- “O alunono mesa redonda

- - - Mariana Fenta,psicopedagogae apresentação sua a iniciar Para vai mudar” não começarnada “Se agente dade curricular”. e Ana Paula Silva com “Flexibili- mentos decooperaçãoeempatia” circuitos de comunicação: mo- Vamos chegaraoséculoXXI. professor. O aprendizagem? de século XX,quemestá no centro aqui émuito antigo, vamos ao Isto professor. O aprendizagem? de Média,quemestánocentro no centrodaaprendizagem. Ida- que vocêsdigam quem équeestá vou mostrartrêsimagensequero de aulaaolongodostempos.“Eu com três imagens, detrêssalas professora, provocouaaudiência -

Digital 13 ESCOLA Informação Por uma Escola Inclusiva Digital 14 ESCOLA Informação Por uma Escola Inclusiva “Nós temosoDesenhoUniver experiência. da Aprendizagem easuaprópria abordou oDesenhoUniversal Em respostaMarianaFenta fessor?” é queagentefazenquantopro- Não mudou nada. E agora, o que uma aula diversificada. Usar diversificada. aula uma Deu aindaoutras pistas.“Fazer muito adizerparagente.” cimentos prontos.Osalunos têm aluno já sabe ao invés de conhe- como pontodepartidaoque o mostrar paraagente.”“Euusava sabe algumacoisa,temalgoa um Cada potencialidade? sua a guia perceber que cada um tinha avaliou. “Comoéqueeuconse- “Era umcontextomuitodifícil”, favela, noRiodeJaneiro. experiência, aotrabalharnuma Fenta, eintroduziu a suaprópria Marianaperguntou prática?” em “Como podemospôrtudoisso experimentar denovo.” repetição mecânica é o repetir e mória edarepetição,masnão gente tambémprecisadame- conhecimento, maséclaroa precisamos experimentaresse ção, enãoadiantasóaemoção motivar agenteprecisadeemo- assunto quemotive,maspara prestar atençãotemqueserum der precisadeatenção,maspara apren- gente a “Para Fenta. na Maria- questionou aprendem?” “Mas comoéqueosalunos aluno.” diferentes necessidadesdecada rem serpersonalizadosparaas pode- para flexíveis pretendem métodos eaavaliaçãoquese nos. Concentra-senosobjetivos, mais sensívelparatodososalu- tendo por base uma educação mas liga-seàáreadaeducação princípio dodesenhouniversal, da Aprendizagem baseia-seno conceito deDesenhoUniversal “O definiu: apresentação sua Na do fosseigual.” é ótimo!Imaginasetodoomun- pessoa, cadaumédiferente.Isso vez portodasdepensarquecada seguinte: agenteprecisadeuma sal da Aprendizagem, quedizo - tarde osmeninos sereúneme cada de final no ou manhã cada de final no dias os “Todos lou. minha agenda semanal”, reve- tos queestãocontemplados na “As comunicaçõessãomomen - pedagógica, disseMaraBrito. e preconizaasuadiferenciação da EscolaModernaseorganiza res segundooqualMovimento são umdosmóduloscurricula- Os circuitosdecomunicação rizá-los aomáximo”. nais eutilizaressessinais,valo- sinais ecompreenderessessi- a falar. Éesperarqueelesdeem mou. “Enãoéesperarensiná-los afir adequar”, de temos nós fala perienciam omundoatravésda “Como hácriançasquenãoex- sua mente”. transmitir oquevaidentroda porque oserhumanoprecisade oral, eissoéumapreocupação, vés daaquisiçãolinguagem da formaconvencional,atra- alguns quenãovãocomunicar não comunicamlogonoinícioe salientou. “Existemmeninosque é acomunicaçãodosmeninos”, tantes numasaladepré-escolar “Uma dascoisasmaisimpor Mara Brito. cação especial”,apresentou-se procurar sabermaissobreedu- e omeupercursolevou-mea Movimento daEscolaModerna “Sou educadora de infância do dos meninos” é acomunicação sala depré-escolar mais importantesnuma “Uma dascoisas mudar”. se agentenãocomeçarnadavai zinho agentenãoconsegue,mas deo que deixou a mensagem “so- ví- um pequeno passou fim No vir mais.” do. Otrabalhoporprojetos.Ou- significa- e sentido dar assuntos, sar sobrealgo.Contextualizaros pen- a colocá-lo alunos, aos fios espaços daescola.Lançardesa- diferentes Utilizar versificados. música, tecnologia,materiaisdi- - - de apoioeinclusão”,concluiu. portantes porquesãomomentos “Estes momentos são muito im- emancipador ecuidador. rio, demediador, dinamizador, secretá- de incitador/desafiador, O papeldoeducadoraquiéode municar comigo”,contou. nhã vouajudá-loparaelevirco- nunca comunicou,maseuama- dizem cooperar detalformaquealguns os meninossãoincentivadosa das parceriasentreeles,porque bém comquesejamestabeleci- todos osalunos.”Istofaztam- centivadas comunicaçõespara uma tabelaparaquesejamin- quantidade decomunicações.É uma tabela na qual é registada a nho comolhos”.Existetambém para eleaprender a fazer o dese- ia ajudá-lonamanhãseguinte combinado queaquelemenino ficou então e não seifazerolhos não temolhos,eelediziaeu das perguntas foioteudesenho uma bolaqueseriaacara,e desenho enoseuestava criança de3anoscomunicouum “uma contou, exemplo, Por rios. qual sãoescritososcomentá- Existe tambémumacolunana desenvolvidos posteriormente”. serprojetos quepoderão outros série decoisasouparaincentivar poderão servir para avaliar uma rios, todas as perguntas, porque comunicação, todososcomentá- vo desecretáriaeescrevotodaa ma coisa para comunicar. Eu sir crevem-se sempre quetêmalgu- este momento. As criançasins- gulador queajudaaestruturar so: “Existeuminstrumentore- Mara Britodescreveuoproces- lhas coletivasouindividuais”. grande grupo e podem ser parti- bertas, projetos.Éumtempode apresentam produções,desco- to deescolas da QuintadoCon- troduzir: “Venho doagrupamen - Ana Paula Silva começou por in- bonita” experiênciamuito “Tem sidouma olha Maraaquelemenino - arranjar outras formasdetraba- apagar fogos, precisávamosde tempo eraassim umbocadinho e depoisdarumbocadinho de “porque trabalharcomaturma as criançasdeensinoespecial, trabalhar de modo diverso com práticas”. Oobjetivoeratambém mera. Sãoescolascomoutras Ta- de Escola a Ponte, Visitámos aEscolada lhava, oquesefazia. escolas, comosetraba- “Andámos averoutras quisar diversaspráticas. pes- por Principiaram dar”. munidade têmparanos o queaescolaeco- humana eaproveitando jeto, trabalhandoaparte pensar fazeraliumpro- começámos entãoa interesse pelaescola, tinham maisfaltade os meninoscadavez que tambémachou que éa Teresa Morais, coordenadora deescola inícios: “Tenho uma envolvida, dosseus Falou do projetoem que está des educativasespeciais”. turma 4alunoscomnecessida- Casal doSapo. Tenho naminha muito pequenina,aEscola de de. Estou a lecionar numa escola a escolatinha paralhesdar”.“É crianças”. Eaproveitaram “oque de assuntosque interessassemas e conteúdos os seus com ficha “cada minifichas, por intercalar avaliação a e extensas fichas as mas formações.Substituíram também asfamíliasparaalgu- yoga, meditação.Chamaram emocional, gestão a conflito, do No projetoincluíramagestão jeto deflexibilidadecurricular. pamento eapresentaramumpro- Falaram comadireçãodoagru- lho”.

Foto: Sofia Vilarigues to bonita”,concluiu. “Tem sidoumaexperiênciamui- cação especial. mente para as crianças com edu- que resultarambem,nomeada- também aosjogoscooperativos, ças têmaprendido”.Recorreram lhar. Etemfuncionado,ascrian- como ascriançasqueriamtraba- dos, masabordá-losdamaneira que temos dedarestes conteú - que vamosaprender? Sabendo eles. com planificando fazer assembleias,“ouvindoe aprendizagens”. Começarama brincar, edaípartirmosparaas verde emqueascriançaspodem dagógica, tem um grande espaço tratar dosanimais,temhortape- tem capoeiraseosalunospodem uma escolaquetemanimais, po-1673276806242906/ School/Eb1ji-Casal-do-Sa- com/pages/category/ https://www.facebook. tivos-do-mem/ moderna.pt/documentos-ilustra- http://www.movimentoescola- Para sabermais: O queé

Foto: Sofia Vilarigues Digital 15 ESCOLA Informação Por uma Escola Inclusiva Digital 16 ESCOLA Informação Por uma Escola Inclusiva dos internacionalmenteporor de EducaçãoInclusivalegitima- se ilm itga m filo- uma integra diploma Este nio enaEstratégia Europa2020. expresso naEstratégia doMilé- educativas internacionais como diretiva transversalamedidas Especiais nocontextode uma para asnecessidadesEducativas Desenvolvimento daEducação OCDE e a Agência Europeiado ganizações comoaUNESCO de EducaçãoInclusiva e oestadodoprocesso sobre odecreto-lei54/2018 Algumas considerações O I •Maria deLurdesMartins Dirigente doSPGL I de Inclusãoe os conceitos como suporte de julhotem 54/2018 de 6 decreto-lei - nificação das atividades de todos atividades curriculares enapla- cações na operacionalização das de todososalunos,comimpli - cessos deensino/aprendizagem atitudes faceàescolaeaos pro- e conceções nas significativas incentiva amudançasmuito Trata-se deumdocumentoque nos comnecessidadesespeciais. cruelmente temmarcadoosalu- dono dacategorizaçãoquetão ção naaprendizagemedoaban- através doaumentodaparticipa- à diversidade das necessidades alunos, pretendendoresponder de Escola Inclusiva que abrange todos os e Inclusão de sofia vista emarticulação comode- de 6julho, elapretendeser se limitaaodecreto-lei 54/2018 Esta mudançadeparadigma não gatória. completar a escolaridade obri- textos educativosformais sem criança podeabandonaros con- rísticas individuais.Nenhuma um emfunçãodassuascaracte- e educartodososalunoscada se organizar paradarrespostas dade distinta, e a escola tem que clusiva, deixadeterumaidenti- agora designadadeEducaçãoIn- em que a “Educação Especial”, Há umamudançadeparadigma os agenteseducativos.

Foto: Freepick.com ram aformação necessáriapara rior paraoatual porquenãotive- por asmedidas dodecretoante- muitos casos limitam-se a trans - chimento dosdocumentos. Em avaliação dosalunosedopreen - acerca dosprocedimentos de as equipas(EMEI)têmdúvidas maioria das situações caótica, diversas escolasestáaserna plementação dodecretonas Assinalo igualmentequeaim- algumas crianças. dade dotrabalhoprestadocom Especial quetemem pela quali- tre osprofessoresdeEducação algumas escolasemauestaren- proporcionar arbitrariedadesem o quejáestánestemomentoa papel aonívelorganizacional, de EducaçãoEspecialnemoseu Professor do letivas funções as claramente define não lado tro ou- Por escolas. nas existem já sos disponibilizadossãoosque recur as condições/ que afirma diretor asuaimplementaçãoe pender dasensibilidadedecada diploma legitimaquandofazde- nada porfatoresqueopróprio comprometida porquecondicio- racionalização estáfortemente diploma. Contudo,asuaope- inclusão preconizadaporeste filosofia de da mérito o Assinalo grama EducativoIndividual. Pro- e Pedagógico Técnico rio implicam elaboraçãodeRelató- que Adicionais ou Pedagógico elaboração deRelatório Técnico mento, Seletivasqueexigema não exigindoqualquerdocu- os alunos,podemserUniversais medidas, queabrangemtodos resultados daavaliação.Estas dos partir a definidas e tinuum, Inclusão, organizadas num con- para suporteàaprendizageme didas deintervençãomultinível os alunos um conjunto de me- O diplomapreconizaparatodos liação formativa. Aluno ecomosmodelosdeava- do Perfil o com Aprendizagem, senvolvimento Universalparaa Aprendi- zagens Essenciais,comoDe- as com Pedagógica, Curricular, comaDiferenciação creto-lei 55/2018Flexibilização - gico ouPsicomotricidade. Terapia da Fala e Apoio Psicoló- muitos alunos que necessitam de das Adicionais, deixandodefora Medi- de beneficiam não legal, estes, no novo enquadramento porque, noseuentendimento, cusam aprestar Terapias aalunos Recursos paraaInclusãosere- tuações emqueosCentrosde São também recorrentes as si- seu processoeducativo. Operacionais paracolaborarno menos professores e Assistentes aula comaturmamasagora Aprendizagem ounassalasde mudou paraCentrode Apoio à mesmas salascujadesignação nas continuam Multideficiência no EstruturadoeUnidadesde nhados nasUnidadesdeEnsi- Os alunosatéagoraacompa- contradas diariamente. en- dificuldades das superação os contributosnoprocessode colaborativo queaglutinetodos que impõeformaçãoetrabalho os professoresnesteprocesso,o crucial oenvolvimentodetodos vo. Também édeimportância presentes no processo educati- participação detodososalunos cação Especialquepromovaa vação deumprofessorEdu- nestas situações exista a coadju- de inclusão.Éfundamentalque que possacooperarnoprocesso parte dealguémespecializado turma semacompanhamentopor pendência queestãonogrupo a alunoscomaltosgrausde- acompanhamento dequalidade rem inabilitadosparaprestarum ma lamentam-se por se senti- Os professores titulares de tur mento humanodetodos. capaz depotenciarodesenvolvi- para queconstituaumarealidade clusão eadesenvolveresforços nua aalimentarosonhodaIn- amargos debocaaquemconti- situações, proporcionandofortes função limitam-sea“despachar” tempo quelheséatribuídoparaa cação Inclusivaecomopouco bilizados/formados paraaEdu- ospróprios membros daequipapoucosensi- vezes Por eficaz. que possamtrabalhardeforma - processo. procedimentos inerentesaeste os todos em eficiência e clareza de modoagarantirumamaior envolvidos profissionais tantes da a todososprofessoreseres- proporcione formaçãoadequa- -lei 54/2018de6julhoese a implementação do decreto- mando énecessárioqueseadie afir FENPROF pela blicitada Reitero aposiçãotomadaepu- realizar”. sobre todososprocedimentosa de devidamenteesclarecidos vamos começardenovodepois dizer “por favorparemtudo e belos empéecomvontadede que porvezesnosdeixadeca- a ser realizado em cada escola, o processodeinclusãoqueestá sobre refletir e ouvir podemos ro laboratóriodepartilhaonde vencimento, sãoumverdadei- res estãoarealizar, pagasdoseu As formaçõesqueosprofesso- implementação eafirma diploma. Contudo,asua cursos disponibilizados operacionalização está fortemente comprome- próprio diplomalegiti- nada porfatoresqueo ma quandofazdepen- são osquejáexistem que ascondições/re- tida porquecondicio- de cadadiretorasua preconizada poreste Assinalo oméritoda der dasensibilidade filosofia deinclusão nas escolas. - Digital 17 ESCOLA Informação Por uma Escola Inclusiva Cidadania

A triagem

Joaquim Jorge Veiguinha

o contrário do que Apesar desta substancial diminuição estabelecidos de modo voluntário alguns querem fa- desenvolveu-se em amplos estratos pelo Estados membros da União zer crer, a questão das populações europeias todo um Europeia, a que se junta a criação de dos refugiados não conjunto de atitudes contra os direitos plataformas de desembarque fora do é nova, mas remon- dos refugiados habilmente exploradas território da UE para ‘recolher’ os ta ao pós-II Guerra pelos governos dos países do gru- migrantes encontrados no mar. Pe- Mundial. No fim da guerra existiam po de Visegrado (Polónia, Hungria, rante os protestos de Horst Sehofer, só na Alemanha 8 milhões de pessoas Eslováquia e República Checa) que ministro da Administração Interna deslocadas,A de que se destacavam se recusa a respeitar as quotas esta- da CSU, a democracia-cristã bávara os alemães étnicos provenientes do belecidas para sua distribuição, bem alemã, a primeira-ministra Angela Leste Europeu. Mas devemos acres- como pela Itália de Matteo Salvini, Merkel acedeu em estabelecer centros centar ainda outros grupos étnicos, formalmente ministro italiano da de trânsito entre a Alemanha e a os sobreviventes judeus dos campos Administração Interna, mas primeiro- Áustria para identificar pessoas que de morte nazis desmantelados pelos -ministro de facto, a que se junta pedem asilo, alegadamente para evi- aliados, outras minorias resultantes Malta, que impedem os navios que tar a emigração ilegal. Foram também do redesenho das fronteiras a que se os transportam de atracar nos seus tomadas outras duas medidas: sob a acrescentam os refugiados italianos portos. Perante esta situação, que faz designação eufemística de “esforço da Dalmácia na ex-Jugoslávia que a União Europeia (UE)? conjunto”, passou-se do conceito de tinha sido ocupada militarmente pelos obrigatoriedade para o de voluntarie- exércitos de Mussolini apoiados pelos Centros de controlo dade no acolhimento dos refugiados, nazis. Relativamente às deslocações o que reforça as posições xenófobas entre 1939 e 1945, movimentaram-se dos países do Grupo de Visegrado, Informação Em 29 de Junho deste ano de graça cerca de 30 milhões de pessoas no de 2018, os líderes dos 28 países do bem como as de Salvini, e o apoio à velho continente. Conselho Europeu decidiram criar guarda costeira Líbia na gestão dos Em 2018, chegaram à Europa pe- centros de controlo para fazer a fluxos que se tem caracterizado pelo ESCOLA ESCOLA las costas do Mediterrâneo 50 000 sistemático desrespeito dos direitos 18 triagem dos migrantes, separando os refugiados, enquanto três anos antes migrantes económicos dos refugiados humanos, de que se destacam, segun- o seu número atingia 1 milhão. políticos. Estes centros deverão ser do a Amnistia Internacional, cumpli- cidades com os traficantes, raptos, Cidadania Foto: Pixabay Foto: torturas, violações e extorsões. por não encontrarem os meios de sub- com a hegemonia do neoliberalismo sistência básicos em regiões dilace- na Europa, para além da ‘reden- radas por guerras e conflitos étnicos, ção’ dos refugiados a que se refere Migrantes versus se transforma num princípio discrimi- Donatella di Cesare encontrar cada refugiados natório promotor dum humanitarismo vez mais limitações. Kofi Wilson, de fachada cujo principal objetivo imigrante ganês em Itália, foi delibe- Mais uma vez, as instituições da UE é proteger a ‘Europa fortaleza’ da radamente atingido a tiro quando ca- não estão à altura da missão huma- invasão dos ‘novos bárbaros’ que, no minhava tranquilamente na rua numa nitária que lhes devia caber, contri- entanto, são cada vez menos. A este localidade do norte de Itália pelo buindo para a difusão da xenofobia, propósito, a filósofa italiana Donate- neofascista Luca Traini no período da da caça ao refugiado e, mais grave lla di Cesare, numa entrevista à revis- campanha eleitoral italiana. Encontra- ainda, promovem o estabelecimento ta italiana L’Expresso de 15 de Julho -se ainda nesta localidade de onde, duma nova espécie de campos de de 2018, considera perspicazmente: por falta de recursos económicos, não concentração onde se faz uma nova “Alguém deveria explicar por que é consegue sair, dependendo ainda de triagem, ou seja, uma triagem em que os direitos económicos devem medicação para aliviar as suas dores. que já não são distinguidos os que ser menos importantes e urgentes do Fugido da Líbia, cuja guarda costei- estavam aptos para trabalhar dos que os direitos políticos. De resto, ra a UE decidiu agora apoiar, fez a que tinham como destino as câmaras sabemos como todas as causas estão arriscada travessia do Mediterrâneo de gás, mas onde são ‘separados’ concatenadas. Repito: ao refugiado em direção à Europa para, segundo migrantes económicos de refugiados. redimo-o, ao migrante não, é tratado afirma, “melhorar a minha vida” (El Repare-se que não estamos a relati- como culpado.” País, 5.08. 2018). Em contrapartida, vizar o Holocausto, mas a revelar um Em suma, regressa a triste época da levou um tiro no país de destino que princípio de seleção de refugiados hierarquização dos direitos, com a o deixou em muito mau estado. Foi,

Informação que, para além de tentar separar o que menorização dos direitos económico certamente, mal ‘triado’. em grande parte dos casos não pode sociais relativamente aos direitos ci- ser separado, pois uma grande parte vis e políticos – alguns até defendem que os primeiros são um contrassenso dos migrantes económicos também ESCOLA –, o que está perfeitamente de acordo o fazem por razões extraeconómicas 19 Foto: Felizarda Barradas Felizarda Foto:

A intransigência não está do nosso lado

Entrevista com José Alberto Marques | Presidente do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa |

O que levou a FENPROF ceu no final de julho e que, segundo o congelamento de carreiras. O governo seu ponto de vista, tinha resultado num diz que iriam ser gastos 519 milhões a considerar a reunião de dia 7 consenso. O que é verdade. até 2023 com o descongelamento de como “uma comédia de mau Os dados que ficaram de nos facultar carreiras. Os cálculos que realizámos gosto”? nunca chegaram. Enviaram-nos um levam-nos a um valor de menos de conjunto de dados, mas não aqueles metade. As bases dos cálculos são dife- É um comentário que tem a ver com a que eram necessários. Para além disso, rentes. Por exemplo, nós considerámos Informação atitude que o próprio ministro da Edu- os cálculos que fazemos e os do gover- sempre, como é evidente, os 14 salá- cação e o governo tiveram durante a no não coincidem. rios. O que até inflaciona o valor final. reunião. E que não era expetável. Em relação à recuperação de tempo de No nosso ponto de vista eles falharam

ESCOLA ESCOLA O ministro da Educação começou por serviço, nós nunca fizemos o cálculo nalguns cálculos com significado. E 20 saudar os presentes por todo o trabalho efetivo. Porquê? Porque não validamos não nos quiseram dar os números por- feito numa reunião técnica que aconte- o cálculo do governo relativo ao des- que isso iria demonstrar claramente Entrevista com José Alberto Marques que tinham errado na questão do des- 2018. Já saiu um diploma em maio Para que é que serviu o balanço congelamento. sobre o assunto mas, até ao momento, da reunião técnica? Esta foi a primeira parte “da comédia” ainda nenhum docente foi reposicio- da reunião. nado. Depois, o descongelamento que Penso que, antes do mais, é preciso cla- A segunda parte foi quando o senhor está em curso – o senhor ministro diz rificar. Quando, no dia 11 de julho, saiu ministro da Educação reagiu, falando que já ocorreram 30 mil descongela- da reunião com o ministro da Educação para o representante das finanças – mentos em termos de carreira. E, por a marcação de uma reunião – porque “vocês escreveram isto?”, reação que fim, a recuperação do tempo de servi- se dizia que um dos primeiros entraves aconteceu quando citámos um docu- ço, no prazo e no modo que está consa- neste processo negocial seria a grande mento provindo da primeira reunião grado em lei (adiando, nesta fase, aspe- divergência em termos de números - o técnica, a 5 de setembro, que saiu na tos da nossa proposta inicial e que têm único objetivo era que ambas as partes comunicação social, reunião essa reali- a ver essencialmente com a transição apresentassem as contas feitas. E ten- zada entre os sindicatos da administra- entre carreiras). tarmos clarificar o porquê desses nú- ção pública e o ministério das Finanças/ A FENPROF coloca a questão dos meros. governo, sobre as questões do OE para 9 anos 4 meses e 2 dias em cima da A primeira coisa que dissemos nessa 2019 e que dizia “o governo mantém mesa. Admitindo que este tempo, ou reunião técnica foi que não compreen- assim a intenção de concluir em 2019 parte dele, se os docentes estivessem díamos os dados que nos eram apresen- a 3ª e 4ª fases do descongelamento de de acordo pudesse ser convertido para tados. Os primeiros dados que nos de- carreiras (…). Desta forma pretende-se aposentação, ou ainda, que permitisse ram, em termos de docentes, foi em 15 garantir em apenas dois anos, a recupe- ultrapassar os escalões nos quais há de dezembro de 2017. Os números fo- ração de 9 anos de carreiras”. vagas para o acesso seguinte. O que ram tornados mais fiáveis e mais claros A terceira parte da “comédia” foi a for- significa que estamos a trabalhar no a partir do momento em que decidiram, ma como terminou a reunião. modo. e penso que bem, avançar com um re- Naturalmente, os sindicatos levaram Estivemos disponíveis para negociar o censeamento para saberem exatamente para a reunião as questões pendentes prazo. O compromisso apontava para o que é que se passava nas escolas. Isto que careciam de resolução. Antes do 2023, mas nós dissemos que era possí- decorreu nos meses de janeiro-feve- mais aquilo que está consagrado em vel chegar um pouco mais além – se as reiro. O que significa que os números lei, aquilo que está assumido em com- contas e os valores apontassem para a que nos deram no final de fevereiro promissos, aquilo que a própria As- insustentabilidade. eram um pouco diferentes dos iniciais sembleia da República assumiu numa Apesar de tudo isto, o senhor ministro resolução – e que deve ser cumprido diz que não há convergência da nos- – que era negociar o prazo e o modo sa parte para se poder chegar a uma relativamente à recuperação do tempo aproximação e deu por terminada a de serviço. Colocámos também outras reunião. Saímos. Qual não foi o nosso questões – aposentação, horários de espanto quando logo a seguir ouvimos trabalho – problemas que urgia resol- o ministro da Educação a dizer que, É isto que o ME/governo ver e para os quais não havia respostas. face à “intransigência” dos sindicatos, No entanto, tal não foi possível por- o governo tinha decidido avançar com tem tentado transmitir que, a dada altura, o senhor ministro um decreto-lei garantindo apenas os 2 à opinião pública – que há da Educação deu por concluída a reu- anos 9 meses e 8 dias de recuperação nião porque não havia “aproximação”. do tempo de serviço - tal como tinham “intransigência” por parte Como ele dizia – havia da parte dos apresentado em março. dos sindicatos quanto às sindicatos uma “intransigência”. É estranho que alguém que está sempre questões da carreira, É isto que o ME/governo tem tentado com a boa-fé na boca, não tenha agido transmitir à opinião pública – que há em conformidade no final da reunião. principalmente quanto “intransigência” por parte dos sindi- E mais, aquilo que agora transmitem, à recuperação catos quanto às questões da carreira, colocam-no como se fosse uma boni- principalmente quanto à recuperação ficação. O que não é verdade. Este foi do tempo de serviço. do tempo de serviço. tempo de serviço prestado pelos do- Mas como temos dito – e Mas como temos dito – e demonstra- centes nas escolas. Não há bonificação do – a intransigência não está do nosso nenhuma. Apenas um reconhecimento. demonstrado – a lado. E um reconhecimento de muito pou- intransigência não está co tempo relativamente àquele que os do nosso lado.

Concretamente, em relação à “recom- docentes efetivamente prestaram. Por Informação posição da carreira docente”, consi- isso mesmo consideramos que houve deramos três questões essenciais: pri- ali “uma comédia de mau gosto”. Em meiro, colocar todos os docentes num todo o processo e ainda mais com este patamar de igualdade em janeiro de episódio final. ESCOLA 21 e davam uma indicação de quantos que são docentes que entraram na o que se pretendia era rigor nas contas, docentes existiam e em quantos esca- carreira após 2011, que naturalmente então tinha que se ter em consideração lões e qual era o custo, por exemplo, já estavam a ser considerados. O que despesa e receita. Só assim se poderia do descongelamento relativamente significa que os números que nos apre- falar em valores corretos. a 2018. Segundo os números do ME, sentaram e os impactos iniciais, já os A reunião decorreu à volta destas ques- havia sensivelmente 50 mil docentes a contabilizavam. tões. Ficou acordado que nos enviariam progredir em 2018, dos quais só 45 mil Não conseguiram responder às nossas os dados relativos à progressão dos do- teriam impacto financeiro neste ano. E dúvidas na reunião. Ficaram de anali- centes, para que escalão progrediam, e apontavam para que o impacto finan- sar a situação e de a resolver. Esta foi a em que mês. Porque, efetivamente, só ceiro em 2018 seria de 90 milhões de primeira questão que se levantou. assim se consegue calcular o custo real. euros. Só que esta previsão não tem em A segunda é que o governo – e assim O que é que nos enviaram? Uma tabela conta aquilo que está considerado no foi admitido e assumido na reunião – com o número de docentes que progri- OE que é o faseamento do incremento continua a considerar nos seus cálculos dem em cada um dos meses, mas não remuneratório. Nesta discussão técni- exclusivamente o tempo de serviço dos dizem para que escalão. Enviámos um ca conseguimos provar – e o governo docentes. Não tem em conta as três bar- ofício solicitando que nos fizessem admitiu – que afinal não eram 90 mi- reiras que existem. A do 2º escalão, que chegar os dados em falta, mas até ao lhões, cifrava-se aliás em 37 milhões o implica ter observação de aulas e que é momento nada. Outra informação que impacto financeiro para 2018. a mais fácil de superar. As do 4º para o não nos quiseram fornecer e que tam- Esta alteração repercutiu-se natural- 5º e do 6º para o 7º, em que, para além bém influencia os custos é a relativa mente em todos os dados para 2019 e da observação de aulas, caso o docente ao número de docentes que terão con- 2020. E a reação por parte do governo não tenha muito bom ou excelente, tem dições para aposentação durante este foi alterar as contas de 2019-2020 para de ficar sujeito a vagas para progredir processo, até 2023. que, no final, se chegasse aos mesmos para o escalão seguinte. Assim, mesmo Continuamos a aguardar esses núme- números que inicialmente tinha apre- que todos os professores tenham uma ros. Até hoje. sentado. Como? Por exemplo - com avaliação de desempenho de 10, que este conjunto de dados, apresentavam é o máximo possível, só 25% poderão Sem pôr em causa mais ou menos 100 mil docentes em progredir. Os restantes docentes têm a importância de todos esses progressão que estão em carreiras em que se sujeitar a vagas, cuja percenta- estudos relativos a despesas, há dezembro de 2017. Destes 100 mil, já gem fica sempre sujeita ao critério do tinham contabilizados mais de 5000 próprio governo que é quem regula hoje em dia alguns comenta- essa matéria. dores que dizem que a questão Uma outra questão que esteve em cima não é orçamental, é de imagem da mesa foi a dos custos. Os custos do governo junto das entidades apresentados pelo governo e os que europeias. Será mesmo assim? Desde que o ministro correspondem aos nossos cálculos. Mário Centeno foi eleito Da nossa parte, sabíamos o número de Não sei se será mesmo assim ou não. docentes que iriam progredir cada ano para presidente do Euro- Poderei apenas dar a minha opinião e para que escalão. Como não sabía- relativamente a essa questão que me grupo, começou a mos o mês em que cada um progredia, coloca. comportar-se como calculámos os 14 meses do ano, apli- Desde que o ministro Mário Cente- cando todos os fatores. Os nossos valo- no foi eleito para presidente do Euro se fosse ele o responsável res (mesmo com TSU) estavam sempre grupo, começou a comportar-se como por toda a política europeia abaixo dos do Ministério da Educação. se fosse ele o responsável por toda a Um outro fator: uma parte dos salários política europeia em matéria de défice em matéria de défice vai para o Estado, estamos a falar de público. E há uma exigência da União público. E há uma exigência IRS e também de TSU (11%), o que, Europeia que vai no sentido da dimi- em termos médios, significa que sensi- da União Europeia que vai nuição dos gastos com a administração velmente 35% de um salário é reverti- pública. De algum modo, isto pode ser no sentido da diminuição do para o Estado. Ou seja, também há uma condicionante. dos gastos com a benefício para o Estado, também há re- Mas haverá também outro fator – a ceitas. Mas o ME diz que isso não pode forma como este processo se pode vir administração pública. ser considerado nas contas, que para

Informação a refletir noutras carreiras da adminis- De algum modo, isto pode eles só existem despesas, não existem tração pública que se defrontam com receitas. mesmo problema que os professores. ser uma condicionante. Eu disse na reunião, em que estavam Temos estado em contacto com repre- ESCOLA ESCOLA presentes dois ministérios (Educação e sentantes de trabalhadores de outras 22 Finanças), pelo que estávamos a falar carreiras da administração pública nas Digital com o governo e para o governo, que se quais a questão do tempo de serviço se Entrevista com José Alberto Marques coloca (para os professores não é só o tempo de serviço – mas também for- mação contínua, avaliação de desem- penho e vagas), outras carreiras que vi- vem o mesmo problema que a carreira Foto: Felizarda Barradas Felizarda Foto: especial dos professores. E esse problema é – aquilo que acor- darem para os professores terá que se refletir nas outras carreiras. Teriam que criar as mesmas condições para outros. Isto tem sido transmitido até em reu- niões com outras estruturas de outras áreas da administração pública que es- tão à espera de ver o que acontece com os professores. Sabemos que os professores corres- pondem a uma fatia substancial da des- pesa da administração pública. Contu- do, isso não pode nunca pôr em causa a sua carreira – a carreira docente, que é hoje muito mais longa do que já foi, que tem uma regulamentação própria, imposições diversas, nomeadamente em termos de horários de trabalho – com a preocupação de transmitir uma boa imagem para a União Europeia. Não se podem querer bons profissio- nais ou, como disse o Presidente da República, “os melhores professores do mundo”, se patamares básicos re- lativamente a algumas expetativas não forem considerados. Todos os profes- sores dão o melhor de si no exercício da sua profissão – todos nós temos dias melhores e outros piores, mas todos damos o melhor de nós. Se entretanto não vemos reconhecido o nosso tra- balho, pondo em causa, por exemplo, questões básicas como é a vossa estru- tura de carreira, já de si tão longa, já de si com tantos problemas em termos de passagem de escalões, há questões que naturalmente surgem: “tenho 24 São duas questões fundamentais. Por exemplo, os horários de trabalho ou 25 anos de serviço, estou no 3º es- dos docentes. Houve negociação em calão, para chegar ao topo, mesmo que Que análise fazes do processo torno do novo despacho de organiza- passe pelas vagas todas, vou demorar reivindicativo em curso? ção do ano letivo, que poucas respos- 48 anos… 48 anos de serviço - que ex- tas trouxe. Foi prometido pelo senhor petativas tenho? Porque é que tenho de No processo reivindicativo em curso, secretário de Estado João Costa que, trabalhar mais, porque é que tenho de o que tem levado os professores a es- acompanhando esse despacho do novo fazer mais?” tarem mais indignados e revoltados é ano letivo, ia sair um conjunto de per- Independentemente daquilo que possa a atitude discriminatória relativamente guntas frequentes que ajudariam a es- acontecer na Europa, tem de se olhar a outras carreiras da administração pú- clarecer o que é que para o governo está para dentro do país. Porque só valorizan- blica a quem todo o tempo de serviço consagrado no diploma. Por exemplo do os profissionais é que se conseguem congelado foi reconhecido. Daí que a – diz o secretário de Estado que para Informação melhores respostas naquilo que o gover- exigência dos 9 anos 4 meses e 2 dias o governo é claro que as reuniões de no tanto sublinha – e está no seu progra- esteja no topo deste processo. caráter regular devem sair do tempo do ma – que é a aposta no sucesso educati- Mas há outras questões que também estabelecimento e não da componen- vo e a diminuição do abandono escolar. não tiveram resposta. ESCOLA te individual do docente; que é claro 23 para o governo que as coadjuvações, trabalho, acentuado envelhecimento da tência e o processo acaba por ser tão os apoios que não são individualizados profissão, aposentação dos professores, longo que muitos de nós, com tantos devem sair da componente letiva. Tudo precariedade, gestão das escolas – que outros problemas que temos para resol- isto é, segundo ele, claro para o gover- a FENPROF (e naturalmente todos os ver, por vezes acabamos por desistir. no. Só que não faz chegar esta informa- sindicatos da FENPROF) tem coloca- Para que situações como estas não ção às escolas. do em cima da mesa desde que este go- aconteçam, para não haver dupla in- Assim, apesar de no despacho do novo verno tomou posse foram-se arrastan- terpretação relativamente ao despacho ano letivo se indicar que vai sair um do. E o balanço não é positivo. do ano letivo, urge a publicação dos conjunto de perguntas em que tudo isto Espero que neste último ano da legisla- esclarecimentos prometidos pelo ME. vai ficar consagrado e clarificado, des- tura, o governo dê resposta a algumas Tem de ser o próprio governo a criar de que saiu o diploma, a 6 de julho, já destas questões básicas – essenciais condições para a resolução destes pro- tardio, até ao momento, esse conjunto para um melhor funcionamento da es- blemas. de perguntas não existe. cola. Ou seja – nas escolas o que acontece é Tem-se feito muito na escola. Mesmo Como prosseguir e quais são que os horários de trabalho continuam com todos estes atropelos que são co- as expectativas reais a ser excessivos. Acrescendo neste ano metidos, tanto em termos de carreira letivo mais um aspeto que não está a docente como de horários de trabalho, relativamente ao fim deste ajudar a melhorar a situação - mesmo os professores têm-se dedicado ao seu processo reivindicativo? que os princípios de base sejam im- trabalho com grande empenho. Mas, a portantes – nomeadamente a questão médio prazo, o desgaste sentido pelos As expetativas reais são sempre difí- da autonomia e flexibilidade curricu- docentes pode traduzir-se em piores ceis de definir. Este é o último ano de lar. Dar resposta a uma outra forma resultados para os alunos. É preciso mandato deste governo, o próximo OE de escola, exigiria que os professores modificar a escola, é preciso encontrar será o último a estar em cima da mesa. tivessem mais tempo para se poderem respostas também para as necessidades Por outro lado, cabe à Assembleia da sentar, reunir, trabalhar, para prepara- mais sentidas pelos professores. Para República fiscalizar o cumprimento do rem uma nova forma de trabalhar com que a dimensão pedagógica venha ao OE que está em vigor. os alunos. Esse tempo não existe. de cima – porque é o mais importante Neste processo, também temos respon- Este processo reivindicativo, é preciso da escola. sabilidades enquanto professores. O compreendê-lo. Desde que este gover- governo colocou uma barreira agora e no tomou posse, elogiámos algumas Mas há quem sustente que diz – é isto que temos, não temos mais das medidas que tomou e que foram nestas matérias de funciona- nada. Temos que ser nós a pressionar positivas. Mas as questões principais, o governo no sentido de alterar a sua em termos estruturantes – recompo- mento da escola, nomeadamen- posição. sição da carreira docente, horários de te relativamente aos horários, Já pedimos uma reunião suplementar. a responsabilidade não é do Vamos reunir com os grupos parlamen- ME, é dos diretores das escolas. tares e vamos tentar que eles consigam Ou seja – que a legislação alterar a posição do governo relativa- permite encontrar outras mente ao orçamento. soluções, mas que os diretores E lembro – e penso que isto também Neste processo, também é importante lembrar – que no ano não usam essa possibilidade. temos responsabilidades passado o governo decidiu alterar al- Isto é assim? gumas regras relativas aos concursos enquanto professores. que geraram polémica durante o ano O governo colocou uma Pela reunião que tivemos sobre o des- letivo. O governo decidiu, para mitigar pacho de organização do ano letivo, a situação, negociar com os sindicatos barreira agora e diz – é frequentemente é isso que aparece em um concurso interno atempado. Mas o isto que temos, não temos termos de informação e o próprio go- que então estava a ser negociado não mais nada. Temos que verno reconhece que muitas vezes os iria resolver o problema. E as bancadas diretores ultrapassam o limite legal que parlamentares, com exceção do PS, en- ser nós a pressionar está estabelecido. contraram uma solução. Eu espero que, o governo no sentido Por exemplo, o tempo relativo às reu- neste caso, não seja necessário passar niões de caráter regular e à formação por aí. Informação de alterar a sua posição. contínua dos docentes sempre esteve Nós, professores, não podemos deixar consagrado, na estrutura do horário do de, neste processo, mostrar a nossa docente, como componente não letiva indignação. E, neste momento, a de-

ESCOLA ESCOLA do estabelecimento. Agora, a concre- monstração da nossa indignação tem 24 tização disto é muito difícil, exige da que passar por greves, por uma ma- Digital parte dos professores alguma persis- nifestação, já marcada para uma data Entrevista com José Alberto Marques simbólica, o 5 de outubro, Dia Mundial do Professor. Espero que os profes- sores respondam massivamente. Para demonstrar, tanto ao governo como à própria Assembleia da República, que Foto: Felizarda Barradas Felizarda Foto: nós estamos cá e que tem de haver res- postas neste processo reivindicativo.

Quais os possíveis reflexos da luta dos professores nas negociações em torno do OE 2019?

Eu espero que o OE de 2019 venha a consagrar o primeiro momento de recu- peração nesta questão fulcral da recu- peração do tempo de serviço. O primei- ro momento de recuperação, porque é preciso dotação financeira para que ele aconteça. E que não passe só por um decreto-lei que atire para muito longe aquilo que vier a ser consagrado. Espero que os partidos que têm apro- vado os vários orçamentos de Estado desde que este governo tomou posse consigam chegar a um consenso. E que, entretanto, o governo retome as negociações e que entre, efetivamente, mente para que as suas lutas não afe- plinas, articulá-los, ver como se podem numa verdadeira negociação. Porque, tem a sala de aula. Mas é difícil, os abordar os temas, usá-los para traba- até ao momento, não houve negocia- professores são humanos e o desgaste lhar com os alunos em conjunto, isso ções. Houve um apresentar de propos- acentuado, o acumular das situações exige tempo. E o tempo infelizmente tas. em cima da mesa, leva por vezes a que não existe. Nós apresentaremos a nossa proposta as pessoas entrem de baixa médica, es- na próxima reunião, quando ela acon- tejam cansados, estejam desgastados. tecer. Uma nova proposta, porque já Como é que avalias É essencial que o governo perceba que tínhamos apresentado uma outra, para a afirmação do PR de que nós a situação que existe atualmente nas que efetivamente possamos entrar – temos os melhores professores escolas é insustentável a médio prazo. como diz a lei – na negociação do pra- Temos neste momento o diploma de do mundo? Isto é um elogio, zo e do modo. Ou seja, como e quando autonomia e flexibilidade curricular, uma hipocrisia ou uma é que esta recuperação se vai concre- novos currículos em termos de escola, censura? tizar. Esta é uma questão vital para os que não houve tempo sequer para ma- professores. E que ajudará, certamente, turar. Saiu a 6 de julho. Os professores Não sei. Ele próprio pode responder a criar condições para que haja alguma estavam num processo de luta, entra- quando nos receber. Porque está para acalmia nas escolas e para que os pro- ram depois de férias, leram o diploma, nos receber há algum tempo. Veremos fessores possam dar ainda uma maior mas não tiveram tempo para o explorar. o que é que ele nos pode dizer relativa- resposta aos alunos, que é o mais im- Como é que se pretende criar uma nova mente a isso. portante na vida das escolas. Isto é, a escola sem que os professores tenham Que temos os melhores professores melhoria da qualidade do ensino e da tempo para se sentar, refletir, dialogar, do mundo, temos. Só mesmo os pro- resposta da escola pública. pensar em estratégias – quando estão a fessores portugueses para, sofrendo as pensar na sua carreira, nas suas expec- atrocidades que sofreram desde Maria Que reflexos poderá ter esta tativas, em tudo o que fizeram, no seu de Lurdes Rodrigues até hoje, conse- luta no funcionamento horário de trabalho. guirem levar os nossos alunos aos re- sultados a que chegaram. Temos que das escolas? O modelo da autonomia e flexibilida- Informação de curricular exige, para a sua efetiva ser mesmo os melhores professores do Está interligado com o que acabei de concretização, múltiplas reuniões. Por- mundo. dizer. que se é preciso estruturar, se é preciso Mas não é na teoria. É mesmo na prá- Os professores esforçam-se normal- pegar nos programas das várias disci- tica! ESCOLA 25 Digital Escola/Professores

Luta persistente e organizada Os professores não desistem!

al como tinha sido afirmado bém para a Manifestação Nacional de do tempo de serviço (a reunião ainda quando em 13 de julho foi Professores no dia 5 de outubro - Dia não tem data marcada) e os sindicatos suspensa a (bem sucedida) Mundial do Professor. Na área sindical continuarão a pedir reuniões aos gru- greve às avaliações, a luta do SPGL foram realizadas, mediante pos parlamentares e ao presidente da emT torno da contagem de todo o tem- convocação do SPGL,120 reuniões e República. po de serviço – sem dúvida a questão plenários, além de contactos mais in- Se entretanto não for alcançado um mais mobilizadora – mas também por formais com os docentes nos interva- resultado que possa ser aceite pelos horários que permitam aos docentes o los. Não temos dados de reuniões que professores, todo este processo de luta exercício pleno da sua profissão no res- tenham sido realizadas por convocató- “cairá” sobre os processos eleitorais peito pela sua vida pessoal, por regras ria dos outros sindicatos da plataforma que vão decorrer em 2019. de aposentação que respondam ao ex- na área sindical do SPGL. Para lá do A forte ligação do SPGL aos profes- traordinário cansaço e envelhecimento cumprimento dos estatutos do sindi- sores e educadores permitirá não só a da classe e pelo fim da precariedade, cato, deve também ser incluída neste informação rigorosa e rápida aos pro- foi retomada desde o início do ano le- esforço de mobilização a reunião da fessores sobre o andamento das nego- tivo. O sinal de arranque foi dado logo Assembleia Geral de Sócios, que de- ciações, mas também o auscultar das a 5 de setembro, com o plenário de di- correu na dia 20 de outubro (ver notícia suas propostas e a sua mobilização rigentes e ativistas sindicais dos sindi- na página 31). para um processo que só os ingénuos, catos da FENPROF, que decorreu em A pressão sobre o governo e, nomea- desinformados, ou provocadores de- Lisboa e no fim do qual os sindicalistas damente, sobre o Ministério da Edu- fendem ser fácil e poder ser resolvido presentes se deslocaram até ao Terreiro cação, continuará com a concentração “de imediato” com formas de luta ditas do Paço, onde provisoriamente funcio- dos professores junto à Assembleia da radicais, mas que objetivamente con- na o gabinete do primeiro-ministro. República em dois momentos impor- duziriam à capitulação dos professores. A Plataforma Sindical decidiu que en- tantes: a apresentação do Orçamento A confiança e o reforço dos sindica- Informação tre 17 e 21 de setembro se realizariam de Estado para 2019 e, posteriormen- tos, particularmente dos sindicatos da plenários e reuniões sindicais no maior te, a presença do ministro da Educação FENPROF, é a chave indispensável número possível de escolas para deba- para o debate com os deputados em tor- para o sucesso desta longa luta dos do-

ESCOLA ESCOLA ter a situação e mobilizar para o perío- no do OE2019. centes. 26 do de greves entretanto convocadas: de Entretanto decorrerá a “negociação su- 1 a 4 de outubro, por regiões, e tam- plementar” do processo de recuperação Escola/Professores

A estafada técnica do lançamento de notícias falsas ou incorretas em momentos de negociação Foto: Pixabay Foto:

António Avelãs à justa (e incompreendida?) luta dos mente a professores que carecem de Dirigente do SPGL docentes. total falta de senso, fazendo regressar Assim, vários foram os órgãos de co- às escolas professores sem qualquer municação social que deram a enten- possibilidade de dar aulas que defen- usual, não só nos conflitos der que os professores são uma clas- dam a sua dignidade humana e pro- sindicais, mas também nos se de “faltistas”, suportados por uns fissional. Leia-se, apenas a título de conflitos diplomáticos ou médicos que lhes passariam falsos exemplo, o texto de Santana Castilho nos períodos de guerra, ou atestados médicos. Isto porque vários “3 notícias convenientes”, in Públi- até entre pessoas, fazer divulgar no- docentes presentes às juntas médicas co 19 de setembro, pg 47) (https:// É foram por estas considerados aptos www.publico.pt/2018/09/19/socieda- tícias falsas ou para desmoralizar os adversários ou para mobilizar a po- para o trabalho e, portanto, mandados de/opiniao/tres-noticias-convenien- pulação contra um dos intervenien- regressar às escolas. tes-1844421). Além de que os docen- tes. Nada de admirar, pois, que, face A verdade, porém , manda que se tes são chamados a junta médica após ao conflito que opõe os professores considerem os seguintes factos: os vários meses de ausência e o facto de ao governo e quando se aproximam números de faltas dadas globalmente nesse momento se encontrarem ca- pelos docentes, atendendo ao núme- pazes não permite concluir que os momentos cruciais da negociação (a Informação chamada “negociação suplementar” ro de professores e educadores, não atestados médicos apresentados ante- e a votação do OE para 2019) proli- é superior ao absentismo nas outras riormente sejam falsos; acontece até ferem notícias que tendem a acentuar profissões. Além disso, são públicas que alguns docentes tentam acelerar a oposição de parte da população face decisões de juntas médicas relativa- o regresso ao serviço solicitando aos ESCOLA 27 Escola/Professores

seus médicos um atestado que com- apresentadas pela OCDE (Education os professores são ricos é apenas prove a sua recuperação, porque as at a Glance, 2017) quanto aos venci- delirante – felizmente, não ganham, juntas médicas, frequentemente ine- mentos dos docentes portugueses. O como tantos licenciados neste país, xistentes, tardam em chamá-los. relatório é claro: calculados em dóla- apenas o ordenado mínimo”. Um trabalho jornalístico sério e apro- res americanos (uma vez que no estu- Uma leitura competente e profissio- fundado deveria ter tudo isto em de- do entram países que não têm o euro nal deste relatório teria permitido vida conta para que não fosse criada como moeda oficial) e convertidos uma análise e reflexão interessantes junto da população a (falsa) ideia de com base nas paridades de poder de – não só sobre os salários, mas tam- que os professores são uns” baldas compra (PPA), os docentes portugue- bém sobre outras questões em torno indecentes” que até compram os mé- ses ao longo da sua carreira ganham da Educação. Por exemplo, o proble- dicos para lhes passarem atestados menos do que a média da OCDE e da ma do envelhecimento, mas também de doença quando estão sãos “que UE. Isto, apesar de o estudo em cau- a confirmação de que, contrariamen- nem uns peros”. Porque quero crer na sa não considerar o roubo do tempo te à campanha “doméstica” contra os competência dos jornalistas, resta-me de serviço aplicado aos docentes (por professores, na quase totalidade dos admitir que a “incorreção” da notícia exemplo: o estudo assume que um países estudados os vencimentos dos foi intencional e politicamente pensa- docente com 15 anos está no meio da docentes aumentam com os anos de da: mais uns trunfos para o M.E na carreira, mas neste momento os do- serviço … Mas o que a generalida- sua intransigência para com os pro- centes portugueses com esse tempo de da comunicação social divulgou fessores… de serviço estão no 1º escalão, pou- foi que os professores portugueses A mesma linha de orientação justifi- cos, talvez no 2º) e que em 2017 o ganham muito mais do que outros li- ca o modo incompetente como muita seu salário ainda não tinha sido intei- cenciados – um perfeito “frete” ofe- comunicação social tratou os dados ramente reposto face aos cortes dos recido ao M.E. em período de nego- anos da “troika”. Ou seja: na realida- ciações salariais… de, os salários dos docentes em Por- Estas notícias incorretas (porque par- tugal estão ainda muito mais longe celares) cumprem o objetivo político das médias referidas do que o indica- de criar socialmente uma imagem Estas notícias incorretas do pelo estudo da OCDE em análise. negativa dos professores face à sua (porque parcelares) O que fizeram alguns órgãos de co- justa luta pela contagem do tempo de cumprem o objetivo municação? Anunciaram em grandes serviço roubado. E acrescentam-se a político de criar parangonas e grandes destaques que outras afirmações com o mesmo ob- os professores portugueses ganham jetivo: o presidente da CML dizendo socialmente uma imagem mais 30% do que a média dos licen- numa televisão que os professores negativa dos professores ciados em outras profissões. O estu- queriam retroativos, a permanente face à sua justa luta pela do diz isso, mas diz também que, em insinuação que os docentes não são média, nos países analisados, os di- avaliados ou, ainda pior, não que- contagem do tempo de ser- plomados com os mesmos graus dos rem ser avaliados e a insistência na viço roubado. E acrescen- docentes ganham mais do que os pro- suposta intransigência negocial dos tam-se a outras afirmações fessores (embora estes ganhem mais sindicatos, omitindo que estes, in- com o mesmo objetivo: do que os portugueses). O que o es- transigentes quanto à contagem dos tudo permite, portanto, concluir, não 9 anos, 4 meses e 2 dias, mostraram o presidente da CML di- é que os professores portugueses são sempre disponibilidade para nego- zendo numa televisão que uns “ricaços” mas sim que os portu- ciar os prazos dessa recuperação. Até os professores queriam gueses com diplomas equivalentes 2023 e, se for necessário, até 2024 ou retroativos, a permanente trabalhando em outras profissões ga- 2025… nham salários de miséria e, por isso Com toda esta campanha organizada, insinuação que os docen- mesmo, emigram em massa. O que, não é de estranhar que, nas sonda- tes não são avaliados ou, aliás, é sibilinamente reconhecido no gens, seja elevada a percentagem de ainda pior, não querem ser editorial do Público do dia 17 de se- inquiridos que estão contra a posição avaliados e a insistência tembro, da responsabilidade de Ana dos professores nesta matéria da re- Sá Lopes: “Os relatórios da OCDE cuperação do tempo de serviço, ape- INFORMAÇÃO

na suposta intransigência sempre tiveram neste país, nomeada- sar de os professores continuarem a negocial dos sindicatos, mente no tempo da troika, o encanto ser dos corpos profissionais em que

ESCOLA de colocar pobres contra pobres. Com os portugueses mais acreditam e res- 28 o recente Education at a Glance mais peitam, como o dizem também vá- uma vez se confirmou. A ideia de que rias sondagens. Escola/Professores

9 Anos, 4 Meses, 2 Dias Reunião de 28 de setembro foi inútil face à prepotência do M.E.

orque o Ministério da Educa- 3. Por opção do docente, o tempo a recu- 2.º ção anunciou o fim do processo perar poderá ser total ou parcialmente tra- Regras específicas negocial (que formalmente não duzido em bonificação na idade legal im- 1 - Aos docentes que, tendo em conta o chegou a iniciar-se…) em tor- posta à aposentação nos seguintes termos: momento em que iniciaram funções, ape- no da recuperação do tempo de serviço, 2 anos de bonificação por cada conjunto nas tiveram parte do seu tempo de serviço P de 3 anos a recuperar, até um máximo de congelado contabiliza-se um período de os sindicatos da Plataforma requereram, como está legalmente previsto, um pe- 6 anos de bonificação; tempo proporcional ao que tiveram con- ríodo de negociação suplementar. O M.E. 4. Também por opção do docente, parte gelado. marcou essa reunião para o passado dia 28 do tempo a recuperar poderá ser utilizado 2 – O tempo de serviço decorrido entre de setembro; mas tratou-se de uma mera para efeitos de dispensa do requisito “ob- 2011 e 2017 não é contabilizado para efei- formalidade – o M.E. não alterou “uma tenção de vaga” no acesso aos escalões tos de reposicionamento, nos termos da vírgula” no projeto que desde há muito em que tal é obrigatório, nos seguintes Portaria n.º 119/2018, de 4 de maio, apli- resolveu impor. termos: 365 dias para progressão ao 5.º cando-se o disposto no artigo 1.º do pre- Desta vez não houve uma proposta con- escalão e 730 dias para progressão ao 7.º sente diploma após o ingresso na carreira. junta dos sindicatos – cada um deles fez escalão, sem prejuízo de, em qualquer dos 3.º propostas que conduziriam à exigência casos, o tempo a recuperar em cada ano Entrada em vigor comum: a contagem do tempo de serviço. não poder exceder os valores em dias pre- O presente diploma entra em vigor no dia vistos no quadro constante do ponto 1. seguinte à data da sua publicação. A proposta apresentada pela FEN- Nota final PROF foi, no essencial, a seguinte: A FENPROF manifesta, desde já, abertu- Continuar a luta ra para negociar outros prazos e modos de Reagindo a esta atitude prepotente do I. Pressupostos recuperar o tempo de serviço e reitera a governo, através do M.E, os sindicatos 1. Manter a equidade entre carreiras, eli- sua frontal oposição a qualquer eventual mantiveram o seu calendário de luta por minando a discriminação a que os docen- perda de dias de serviço que foram cum- um objetivo de cuja justiça ninguém se- tes têm sido sujeitos; pridos pelos professores. riamente duvida: entre 1 e 4 de outubro 2. Recuperar, entre janeiro de 2019 e de- haverá greve dos professores, por regiões; zembro de 2023, os 3411 dias em que as O Ministério da Educação entretanto no dia 5 de outubro - Dia Mundial do carreiras se mantiveram congeladas; formalizou a sua proposta: além de in- Professor - terá lugar um Manifestação 3. Negociar, nos termos da lei, o prazo e o sistir no roubo de 6 anos e meio do tempo Nacional de Professores e Educadores; in- modo da recuperação dos 3411 dias. de serviço prestado, cria condições para sistir-se-á na pressão sobre a Assembleia II. Proposta que os professores e educadores que mu- da República com concentrações junto da 1. Com o objetivo de concretizar os pres- daram de escalão em 2018 sejam ultrapas- A.R. em momentos oportunos e com pe- supostos antes referidos, a FENPROF sados por aqueles que progridam a partir dido de reunião aos grupos parlamentares; apresenta a seguinte proposta, que dis- de 1 de janeiro de 2019. Uma proposta se nada se resolver faremos com que esta tribui no tempo a recuperação em causa, rigorosamente inaceitável! questão esteja presente nos processos elei- sendo esta a sua posição de partida para a torais de 2019… negociação: Proposta do Ministério da Educação A GREVE no dia 1 de Outubro decor- 1.º reu nos distritos de Lisboa, Santarém e Contabilização do tempo de serviço Setúbal e confirmou a vontade dos do- 1 - A partir de 1 de janeiro de 2019, aos centes continuarem a luta. Os números docentes de carreira dos agrupamentos de da adesão (provisórios) podem ser con- escolas ou escolas não agrupadas cuja con- sultados na página do SPGL e vão sen- tagem do tempo de serviço esteve conge- do atualizados à medida que os dados lada entre 2011 e 2017 são contabilizados sejam recolhidos. 2 anos, 9 meses e 18 dias a repercutir no

escalão para o qual progridam a partir da- Informação quela data. https://www.fenprof.pt/Download/FEN- 2. Por norma, este tempo terá repercussão 2- No caso dos docentes que transitam PROF/SM_Doc/Mid_115/Doc_11700/ no posicionamento dos docentes na car- para o 5.º escalão, o tempo repercute-se Anexos/Proposta_FENPROF_recompo- ainda para o 6.º escalão. sicao_da_carreira_28_09_18.pdf ESCOLA reira; 29 Escola/Professores

Assembleia Geral de Sócios aprova greve em 1 de outubro

ando cumprimento à alínea j) do artigo 50 dos Estatutos do SPGL (Competências da As- sembleiaD Geral de Sócios), a AGS reuniu no dia 20 de setembro, na sede do SPGL. Na ordem de trabalhos constava a decisão sobre as ações de luta a desenvolver, nomeadamente a tomada de posição sobre a greve convocada pela Plataforma de Sin- dicatos, que integra os sindicatos da FENPROF, por regiões, de 1 a 4 de outubro, sendo que no SPGL a greve decorrerá no dia 1 para os distritos de Lisboa, Santarém e Setúbal e no dia 3 para á área do SPGL pertencente ao distrito de Leiria. Foram apresentadas 3 moções, todas elas convergentes na convocação da greve prevista, pelo que este ponto (Adesão à greve convocada entre 1 e 4 de outubro) foi votado separada- mente, tendo os sócios presentes vo- tado maioritariamente a favor, com 1 voto contra e 3 abstenções. Das 3 Moções apresentadas apenas foi de docência, com clara distinção en- do Orçamental”. Teve 26 votos a fa- aprovada a Moção A, apresentada pela tre componente letiva e componente vor, 33 contra e 4 abstenções. Direção do SPGL que pode ler aqui na não letiva, a necessidade de medidas A Moção C, cujo primeiro subscritor íntegra (https://www.spgl.pt/Media/ que facilitem a aposentação e o com- foi o sócio Carlos Vasconcellos (nº Default/Info/29000/500/10/7/151- bate à precariedade. Teve 66 votos a 21053), recomendava à FENPROF -MOCAO_A_APROVADA%20 favor, 3 contra e 1 abstenção. “que estude a possibilidade de reque- POR%20MAIORIA%20AGS%20 A Moção B, que tinha como primeiro rer, por via judicial, a declaração de 20-9-2018.pdf) e que beneficiou de subscritor a sócia Carmelinda Pereira ilegalidade da legislação recentemen- alterações propostas na AGS e acei- (nº 36425) sustentava o “desenvol- te publicada sobre a realização de tes pela direção. Assumia de forma vimento das iniciativas (…) dirigi- conselhos de turma de avaliação sem clara os objetivos reivindicativos das aos responsáveis sindicais dos a presença de todos os professores da constantes do pré-aviso de greve: a trabalhadores dos outros sectores da turma. Definia ainda um conjunto de INFORMAÇÃO

recuperação dos 9 anos, 4 meses e 2 Função Pública, nomeadamente os reivindicações que deveriam, segun- dias, o rápido pagamento resultante trabalhadores da Saúde, para que as do os autores da Moção, serem assu-

ESCOLA do reposicionamento dos docentes Funções Sociais do Estado não se- midas como fundamentais na luta dos 30 colocados transitoriamente no 1º es- jam de novo sacrificadas no altar dos professores. Teve 14 votos a favor, 28 calão, a recomposição dos horários compromissos decorrentes do Trata- contra e 26 abstenções. Escola/Professores

Pré-aviso de greve 1, 2, 3 e 4 de outubro de 2018 Das zero horas de dia 1/10/2018 às vinte e quatro horas de dia 4/10/2018

9 anos, 4 meses e 2 dias A lei e os compromissos têm de ser respeitados!

Professores rejeitam a eliminação recusa negociar qualquer medida, no âm- exercício de funções nos distritos de Évo- de tempo de serviço e exigem bito da aposentação, que pudesse reverter ra, Beja, Portalegre e Faro; negociar o prazo e o modo da ou sequer minimizar o problema. - 3 de outubro de 2018: docentes em recuperação integral. Outras situações negativas estão na ori- exercício de funções nos distritos de Contestam, também, a ausência gem do protesto dos professores, tais Coimbra, Aveiro, Leiria, Viseu, Guarda e de propostas sobre aposentação, a não como a não aplicação do diploma sobre Castelo Branco; resolução do problema da sobrecarga reposicionamento, que, há meses, está - 4 de outubro de 2018: docentes em horária e exigem um combate efetivo por concretizar, ou o insuficiente comba- exercício de funções nos distritos do Por- à precariedade te à precariedade, que continua a deixar to e de Braga, Viana do Castelo, Vila Real fora dos quadros milhares de docentes e Bragança; docentes em exercício de s professores e educadores com 3 e mais anos de serviço, entre ou- funções na Região Autónoma dos Aço- exigem que o governo honre tros que se arrastam sem fim à vista. res; docentes em exercício de funções no o compromisso que assumiu, Face à situação que se descreve, as or- Ensino Português no Estrangeiro. cumpra a lei e respeite a As- ganizações sindicais de docentes abaixo Nenhum docente pode ser impedido de Osembleia da República, ou seja, negoceie subscritoras, ao abrigo do artigo 57.º da aderir à greve, independentemente do o prazo e o modo de recuperar todo o Constituição da República Portuguesa e serviço que lhe estiver atribuído, nem há tempo de serviço que cumpriram, mas, nos termos do artigo 530.º e seguintes do lugar à fixação de serviços mínimos. A até agora, não lhes foi contabilizado, cor- Código do Trabalho e dos artigos 394.º atividade prevista para este dia não po- respondendo a 9 anos, 4 meses e 2 dias de e seguintes da Lei Geral do Trabalho em derá ser adiada e no caso de os docentes atividade desenvolvida e com resultados Funções Públicas, aprovada pela Lei n.º terem de a cumprir em outro dia ela será que se refletem num importante aumento 35/2014, de 20 de junho, convocam Gre- considerada como serviço extraordiná- dos níveis de sucesso escolar dos alunos. ve Nacional dos Educadores de Infân- rio. Para os devidos efeitos legais, caso Também em relação aos horários de tra- cia e Professores dos Ensinos Básico e os membros dos órgãos de gestão e dire- balho, o Ministério da Educação não to- Secundário, que exercem a sua atividade ção das escolas, no uso dos seus direitos, mou as medidas que se justificavam, no em serviços públicos ou de resposta so- adiram a esta greve, ficará responsável sentido da sua regularização, havendo cial, em todo o território nacional ou no pela segurança do edifício e de todas as mesmo indícios de agravamento com a Ensino Português no Estrangeiro. pessoas que nele permaneçam, o docente imposição de um sexto dia de atividade, Esta greve terá o seu início às zero horas do quadro de nomeação definitiva mais preenchido com a frequência de ações do dia 1 de outubro de 2018 e prolongar- antigo da escola ou do agrupamento que de formação obrigatórias, e com, ainda, -se-á até às 24 horas do dia 4 de outubro não se encontre em greve. mais reuniões, que resultam da aprova- de 2018. Os docentes que pretendam ade- ção de novos quadros legais em cima do rir podem fazer greve na totalidade ou, Lisboa, 21 de setembro de 2018 seu período de férias. apenas, em alguns destes dias, incidindo Problema que continua a arrastar-se, a mesma, em cada um dos dias, nos se- apesar de os governantes confirmarem o guintes distritos ou regiões do país: Informação seu reconhecimento, bem como as suas - 1 de outubro de 2018: docentes em As organizações sindicais consequências negativas, é o do envelhe- exercício de funções nos distritos de Lis- ASPL – FENPROF – FNE - PRÓ-ORDEM cimento do corpo docente das escolas. boa, Setúbal e Santarém; – SEPLEU – SINAPE – SINDEP – SIPE –

SIPPEB - SPLIU ESCOLA Porém, inexplicavelmente, o governo - 2 de outubro de 2018: docentes em 31 Escola/Professores

Docentes do Ensino Superior e não Superior do Ensino Particular e Cooperativo Pensão antecipada na sequência de desemprego de longa duração

Graça Sousa de longa duração, à semelhança do que damente junto da Secretária de Estado Dirigente do SPGL é aplicável aos trabalhadores do regime da Segurança Social e acompanhada geral da Segurança Social. pela Recomendação do Provedor de O problema colocava-se aos docentes Justiça, após queixa da FENPROF di- oi aprovado em Conselho de de estabelecimentos de ensino supe- rigida àquele órgão. Ministro, no dia 23 de agos- rior e não superior do ensino particu- A FENPROF, com a sua capacidade de to de 2018, um Decreto – Lei lar e cooperativo, ex-subscritores da resistência e persistência na luta pelos que altera o Estatuto da Apo- C.G.A., em situação de desemprego direitos dos docentes do E.P.C., provou Fsentação de modo a permitir aos ex- involuntário de longa duração, que não mais uma vez que vale a pena lutar, -subscritores da Caixa Geral de Apo- poderiam aposentar-se antecipadamen- tendo conseguido uma importante vi- sentações (C.G.A.) o acesso ao regime te, antes da idade legal exigida para tória neste processo. de aposentação antecipada, desde que esse efeito, o que constituía uma situa- Logo que o Decreto – Lei seja publica- reúnam as condições legais para o efei- ção de desigualdade face aos trabalha- do será publicitado na página da FEN- to. dores na mesma situação inscritos na PROF e respetivos Sindicatos. Mante- Esta legislação permitirá aos docentes Segurança Social. nha-se atento. do E.P.C. o acesso à aposentação, na Esta batalha foi ganha devido à ação da sequência de desemprego involuntário FENPROF junto do Governo, nomea-

Departamento de Professores e Educadores Aposentados

Aos Professores e Educadores aposentados a partir de Janeiro de 2018 Revalorização das remunerações anuais para o cálculo das pensões

formação das pensões de 2018”. Assim sendo, as pensões atribuí- Sindicato. aposentação, de velhice e das a partir de 1 de janeiro deste ano têm Para mais esclarecimentos poderão con- de invalidez tem por base os de ser recalculadas e aos titulares dessas sultar - Simuladores para cálculo das rendimentos do trabalho, re- pensões têm que ser pagos os valores pensões da segurança social e da CGA valorizadosA anualmente, tendo em conta decorrentes da atualização. em 2018 já com base nos coeficientes a evolução da inflação. Professores e Educadores, aposen- de revalorização das remunerações A Portaria 208/2018 foi publicada em tados a partir de janeiro deste ano, anuais da portaria nº 208/2018, pu- julho de 2018, no entanto, de acordo verifiquem se o valor da vossa pensão blicada apenas em julho de 2018, mas com o seu art.º 4º, ela “produz efeitos foi atualizado. Se tal não aconteceu, com efeitos a partir de 1 de janeiro de INFORMAÇÃO

de 1 de Janeiro a 31 de Dezembro de em agosto ou setembro, contactem o 2018” - do Dr. Eugénio Rosa. ESCOLA 32 Após publicação do nº 283 do Escola Informação, a FMCT informou os seus membros de que a iniciativa prevista para dia 10 de outubro – dia mundial contra a precariedade – terá lugar em Março de 2019. Escola/Professores

Já não há desculpas!

Setor da Educação Pré-Escolar do SPGL

inalmente, a partir deste ano letivo, de acordo com a portaria n.º 272-A/2017 de 13 de Setembro, todos osF grupos de crianças regularmente constituídos em sala de atividade Às/Aos Educadoras/es na educação pré-escolar passaram a dispor de uma Assistente Opera- de Infância cional para o acompanhamento de TODA a atividade letiva. É assim a materialização de uma COLOCAÇÃO velha reivindicação da FENPROF e dos (as) Educadores (as) de Infân- DE ASSISTENTE Durante o ano letivo 2017/2018, a fórmula cia! de cálculo para o ratio de assistentes OPERACIONAL operacionais na educação pré-escolar é a Mas para a sua concretização há seguinte: dois aspetos importantes que é pre- DE APOIO a) Para um número igual ou inferior a 30 ciso acautelar: crianças, um assistente operacional; b) A este número acresce mais um assistente operacional por cada conjunto 1. As AO das salas não podem ser adicional de 1 a 30 crianças.” retiradas durante a componente No dia dia 13 de setembro de 2017 foi publicada letiva do jardim-de-infância, sob a Portaria n.º 272-A que “Regulamenta os Passado que está aquele período, este ano critérios e a respetiva fórmula de cálculo para a letivo passa a ser obrigatória a aplicação do qualquer desculpa! determinação da dotação máxima de referência artigo 7.º da portaria pelo que, caso não tenha do pessoal não docente, por agrupamento de sido ainda colocado/a nenhum/a Assistente escolas ou escolas não agrupadas” Operacional de apoio ao grupo de crianças - Temos conhecimento de frequentes de que és titular, enquanto Educador/a de situações em que se retiram as As- O Artigo 7.º, relativo a ratio e fórmula de cálculo Infância deves solicitá-lo, por escrito, junto da de assistentes operacionais, refere: Direção do agrupamento a que pertences. sistentes Operacionais das salas para assegurarem o funcionamento das 1 - Na educação pré-escolar o ratio de assistentes operacionais é de um por cada AAAF e de outras tarefas nos esta- grupo de crianças regularmente constituído belecimentos, o que volta a colocar em sala, em conformidade com o limite definido em despacho normativo de questões de segurança e do apoio constituição de turmas. necessário às crianças. Esta medida não pôde ainda ser assim aplicada, por força do Artigo 10.º da referida portaria,

2. O trabalho de Assistente Opera- Disposição transitória, que salvaguardava que Federação Nacional dos Professores cional numa sala de atividades de Jardim de Infância é de extrema importância e requer conhecimen- tos pedagógicos. desempenhar funções para as quais não foram contratadas nem possuem Qualquer irregularidade deve ser - Tem sido recorrente a colocação qualificação. As Assistentes deverão reportada à Direção do Agrupa- de outras pessoas para apoio às sa- ser pessoas capacitadas para um de- mento e/ou denunciada à IGEC Informação las (por exemplo CEI`s) o que é ir- sempenho eficaz e criativo junto das (Inspeção Geral de Educação e regular quando estas substituem as crianças, com atitudes educativas Ciência). Assistentes Operacionais, pois são que apoiem e tranquilizem as respe- trabalhadores temporários que vão tivas famílias. ESCOLA 33 As mentiras do Expresso servem os objectivos dos grupos privados da saúde Combater a desinformação, defender os interesses dos beneficiários da ADSE-IP

Os representantes indicados pelos Sindicatos da Frente Comum no Con- selho Diretivo e Conselho Geral e de Supervisão da ADSE-IP repudiam a operação de manipulação a que o semanário «Expresso» se prestou, na sua edição de 22 de Setembro, na peça intitulada «Hospitais privados recusam-se a operar doentes da ADSE-IP».

| Francisco Braz | António Nabarrete | Manuel Ramos | Isabel Quintas | Maria de Fátima Amaral |

Informação o veicular os ataques à grandes grupos privados da saúde, o ADSE-IP, que visam garantir a sus- ADSE-IP formulados referido órgão de imprensa mais não tentabilidade e continuidade do sis- pelo presidente da As- fez do que participar numa campanha tema.

ESCOLA ESCOLA sociação Portuguesa da para provocar instabilidade e insegu- Em concreto, os grupos privados da 34 HospitalizaçãoA Privada, sr. Óscar rança nos beneficiários e condicionar saúde pretendem impedir a aplicação Digital Gaspar, empregado bem pago dos as decisões do Conselho Directivo da das medidas de controlo da despesa e da qualidade dos actos de saúde pres- pressão crescente para mais conven- des cortes no orçamento do sistema, tados aos beneficiários, em prol dos ções. diminuindo o limite da despesa em seus interesses particulares. mais de 50 milhões euros, em relação Recorde-se que até aqui algumas en- O que está em causa? a 2017. tidades privadas estavam habituadas Desta forma, é fundamental introdu- zir um controlo eficaz da despesa fa- a faturar à ADSE-IP medicamentos, Para pôr termo aos abusos, a ADSE- -IP passou a exigir que os prestadores turada pelos prestadores privados, de próteses e procedimentos cirúrgicos modo a assegurar a manutenção dos privados passem a introduzir o Có- a preços abusivos, obtendo assim benefícios e da sua qualidade aos tra- digo do Dispositivo Médico (CDM), margens de lucro enormes, insusten- balhadores e aposentados da Função quando faturam próteses, de modo a táveis e inaceitáveis. Pública. ser possível controlar a margem de Por tudo isto, os beneficiários da lucro, como dispõe o art.º 165.º do Repor a verdade ADSE devem olhar para estes ata- Decreto-Lei 33/2018. ques como ataques diretos aos seus Actualmente, para a mesma prótese, Em primeiro lugar, nenhum pres- direitos fundamentais (ao mesmo ní- há prestadores que faturam um valor vel que o direito ao salário ou à pen- tador nem grupo privado de saúde 11 vezes superior ao preço faturado comunicou à ADSE-IP a decisão de são) já que são os únicos financiado- por outro prestador. res da ADSE, estrutura criada como suspender as convenções e deixar de A ADSE-IP passou também a exigir atender os seus beneficiários, como um complemento salarial de todos os que os prestadores privados ponham funcionários públicos em 1963! irresponsavelmente o «Expresso» di- na fatura/recibo o número da cédula A defesa da ADSE é fundamental vulgou. profissional do médico que realizou para os seus beneficiários e a sua Caso os beneficiários da ADSE-IP ou prescreveu o acto médico ou o vitalidade é uma das peças mais im- notem qualquer diferença de compor- meio complementar de diagnóstico. portantes para a sobrevivência e qua- tamento por parte de qualquer pres- Ambas as medidas visam assegurar lidade do SNS a que constitucional- tador privado devem comunicar ime- o controlo da despesa e da qualidade mente todos os cidadãos portugueses, diatamente ao Conselho Diretivo e ao dos serviços prestados. e estrangeiros a viverem no território Conselho de Supervisão da ADSE-IP, É fundamental que os beneficiários nacional, têm direito. para que estes possam rapidamente apoiem o Conselho de Supervisão Todos juntos seremos mais fortes no esclarecer a situação. da ADSE-IP nestas medidas, pois o combate às chantagens da grande Em segundo lugar, as afirmações do sistema não suportaria muito tempo hospitalização privada e às manobras sr. Óscar Gaspar ao «Expresso», a o actual paradigma. Ao defenderem dos vários grupos de interesses liga- serem verdadeiras, representariam a a ADSE-IP estão a defender os seus dos à privatização da saúde! existência de um cartel no setor da próprios interesses. saúde, o que seria uma clara violação da lei e sujeitaria os seus autores a A verdadeira situação os beneficiários da pesadas penalizações previstas na lei. financeira da ADSE-IP ADSE devem olhar para Em terceiro lugar, ao contrário do estes ataques como que o «Expresso» veiculou, os gran- Na realidade, em 2017, o saldo da des grupos privados de saúde têm ADSE-IP foi de apenas 76 milhões ataques diretos aos seus feito insistentes diligências junto da de euros. E isso só foi possível por- direitos fundamentais ADSE-IP com vista a obterem mais que, para além dos descontos dos tra- (ao mesmo nível que o convenções, procurando assim eli- balhadores, as autarquias efectuaram direito ao salário ou à 40 milhões de euros em reembolsos e minar a concorrência dos pequenos pensão) já que são os prestadores privados. suportaram a despesa com o Regime Deve-se sublinhar que os quatro Livre dos seus trabalhadores (entre únicos financiadores da maiores grupos privados de saúde 30 a 40 milhões de euros por ano). ADSE, estrutura criada Sem esta «ajuda» a ADSE-IP já não (Grupo LUZ, José Mello Saúde, Lu- como um complemen- teria apresentado saldo positivo em síadas, TROFA) faturam à ADSE-IP 2017. to salarial de todos os mais de 260 milhões de euros por

No presente ano, a ADSE-IP tem vin- funcionários públicos Informação ano. A sua sustentabilidade depende do acumular dívidas aos prestadores em 1963! em grande medida dos beneficiários de saúde, devido ao facto de o Gover- da ADSE-IP. Vários deles não se no, arbitrariamente e sem qualquer aguentariam sem a ADSE-IP, daí a ESCOLA fundamento, ter determinado gran- 35 Digital Organização

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SPGL SINDICATO DOS PROFESSORES DA GRANDE LISBOA

Sede Rua Fialho de Almeida, 3, Centro de Documentação 1070-128 Lisboa TEL: 21 381 9119 Tel: 213819100 [email protected] Direção Regional de Santarém Abrantes Fax: 213819199 Rua S. Domingos - Ed. S. Domingos, 3º B [email protected] Direção Regional de Lisboa Rua Fialho de Almeida, 3 - 3º 2200-397 Abrantes Direção: [email protected] Tel: 241365170 Fax: 241366493 1070-128 Lisboa Direção Regional de Setúbal www.spgl.pt [email protected] Tel: 213819100 Setúbal Fax: 213819199 Santarém Rua Dr. Alves da Fonseca, 5 – 2º Rua Vasco da Gama, 16 J - 1º Esq. [email protected] 2900-218 Setúbal 2000-232 Santarém Serviço de Apoio a Sócios Telef.: 265 228 778 TEL: 21 381 9192 Tel: 243305790 Fax: 243333627 Fax: 265 525 935 [email protected] [email protected] Direção Regional do Oeste Correio eletrónico: [email protected] Tomar Caldas da Rainha Barreiro Av. Ângela Tamagnini, nº 28 r/c Esq. Serviço de Contencioso Av. Engº Luís Paiva e Sousa, 4 B Rua Marquês de Pombal, 40 - r/c TEL: 21 381 9127 2300-460 Tomar 2500-329 Caldas da Rainha 2830-336 Barreiro [email protected] Tel: 249316196 Fax: 249322656 Tel: 262841065 Fax: 262844240 Tel: 212079395 Fax: 212079368 [email protected] [email protected] [email protected] Serviços Médicos Torres Novas Torres Vedras Almada TEL: 21 381 9109 R. Padre Diamantino Martins, Bº Vila Morena, Ed. Sol Jardim, R. D. Álvaro Abranches da Câmara, nº 42A [email protected] lote 4-Loja A Lj 3 - 2ºpiso,Bl. 2 2800-015 Almada 2350-569 Torres Novas 2560-619 Torres Vedras Tel: 212761813 Fax: 212722865 Tel: 249820734 Fax: 249824290 Serviços (seguros, viagens,etc.) Tel: 261311634 Fax: 261314906 [email protected] TEL: 21 381 9100 [email protected] [email protected] [email protected] Aos Sóc os

Pedro e InêsMARCAÇÕES PARA P.A.A. – PLANO ANUAL DE ATIVIDADES ABERTAS No quadro do PlanoPARA AAnual SEMANA DEde 18 AAtividades 26 DE OUTUBRO Abertas, para a “PEDRO E INÊS”, a adaptação do romance “A Trança de Inês“, de Rosa Lobato de Faria, semanapara o decinema 18 por a 26António de Ferreira, Outubro, estreia nosas cinemas escolas a 18 depoderão outubro, com agendar Diogo uma Amaralsessão e Joana especial de Verona como para protagonistas. os seus alunos, para visualizar As escolas poderão agendar uma sessão especial para os seus alunos a preços muito o filmereduzidos “PEDRO (grátis para os professoresE INÊS”, que os aacompanham). adaptação do romance “A TrançaAs escolas de Inês“,e professores de interessados Rosa deverãoLobato enviar de um emailFaria, para para o cinema, [email protected] manifestando o interesse e nº de Congresso Internacional “Repensar , por Antónioalunos. Ferreira, com Diogo Amaral e Joana de Verona a Europa e a globalização” comoInformações protagonistas. úteis: As escolas- Bilhetes a 3e€; professores interessados deverão enviar um - Grupos mínimos de 25 alunos; email para No quadro dos 100 Anos Padre Manuel Antunes, sj, - Os professores e, ou acompanhantes adultos não pagam (no limite de 5 por grupo); irá decorrer, entre 2 e 6 de novembro, o Congresso [email protected] As sessões deverão acontecer, preferencialmente, de manhã, mas é possível marcar manifestandotardes ou noite sujeitas o interesse a confirmação/disponibilidade e nº de alunos. dos cinemas; Internacional “Repensar Portugal, a Europa e a - Limitado aos cinemas aderentes, incluindo CINEMAS NOS e outros ainda a confirmar. globalização” O filme faz parte do Plano Nacional de Cinema e pode ser uma Toda a informação em: excelenteRELAÇÃO ferramenta DO FILME PEDRO pedagógicaE INÊS COM O CURRICULUM para diversas ESCOLAR disciplinas do ensinoO filme faz secundário,parte do Plano Nacional nomeadamente de Cinema e pode ser uma Português, excelente ferramenta História http://centenariopadremanuelantunesj.pt/pt/o- pedagógica para diversas disciplinas do ensino secundário, nomeadamente Português, e Filosofia,História e Filosofia direcionando-o, direcionando-o para alunospara a partiralunos do 9º ano a (opartir filme é parado maiores 9º ano (o congresso-contactos/ de 14 anos). filme é para maiores de 14 anos). http://centenariopadremanuelantunesj.pt/pt/o- Incluir o visionamento deste filme no PAA, significa poder utilizá-lo como motivação (para o início de uma sequência didática), como exercício de análise comparativa (no meio do congresso-apresentacao/ estudo de uma unidade didática), ou para sistematizar uma unidade programática, ou seja, como síntese.

O Centro Doutor João dos Santos vai realizar o VI Encontro do, “Quando o Movimento, a Arte SETEMBRO’18 Edição da Associação Portuguesa de Educação Musical 02 e a Educação se cruzam… a Saúde Mental • Editorial XII Encontro Nacional da APEM 2018 04 • Nós por cá — Movimento associativo acontece”, no dia 26 de outubro de 2018. — Complemento à Educação Artística Fundação Calouste Gulbenkian — Nova parceria — CFAPEM Sábado, 27 de outubro de 2018 — Feito e dito - Conservatório de Música de Sintra 9h – 18h Decorrerá na Faculdade de Motricidade Humana — Formação Kodály – Museu Etnologia — Primeiro Cancioneiro da UE — Formação 2018/2019 — 5º Concurso de Composição de Canções para Crianças - Universidade de Lisboa, na Estrada da Costa - 10 • Tecnologias da música 12 INSCREVA-SE JÁ! • De olhos postos Cruz Quebrada. Informação — Cancioneiro da Torre — Site Autonomia e Flexibilidade Curricular As palavras 13 • Cantar Mais — Novas canções e a música: — Novos projetos Informações e inscrições em: http://www. 14 linguagens que se tocam • De A a Z Música na Educação por... Margarida Fonseca Santos casadapraia.org.pt/pt/ 15 • Última Encontro Nacional 2018 ESCOLA 37 Digital Aos Sóc os

ESPAÇO ANTÓNIO BORGES COELHO (ABC)

Reiniciamos em Outubro de 1974 criou o SPGL. É autora as atividades do Espaço António de várias obras versando quer Borges Coelho (Espaço ABC), uma a sua experiência de resistente sala destinada à Cultura, na qual à ditadura de Salazar e Caetano tem sido possível participar em quer a sua atividade como do Portugal pós-25 de Abril. As eventos de elevada qualidade, professora. Participarão na sessão suas fotografias têm merecida sejam as iniciativas do projeto de lançamento as “companheiras a exposição nos mais exigentes “O meu livro quer outro livro”, de todas as lutas” Ana Carita, espaços culturais. Pode ver parte liderado pela comissão de Adelaide Carvalho, delas, cedidas pelo autor e pela aposentados do SPGL, sejam e Lurdes Silva. Torre do Tombo, no ESPAÇO ABC. as numerosas exposições dos Até 15 de novembro. vários géneros de arte que têm 18 de outubro, 18,30h: possibilitado aos professores o Inauguração da exposição Em Novembro contacto com obras dos mais de fotografia de Armindo Cardoso. prestigiados nomes do nosso 22 de novembro, 18,30h: universo artístico. Armindo Cardoso nasceu em Inauguração da exposição 1947, tendo partido para França de pintura de Lurdes Leite. Em Outubro em 1965. Dedicou-se à fotografia Lurdes Leite nasceu em Lisboa, em e estava no Chile quando o 1935. Concluiu o curso de pintura 17 de outubro, 15,30h: golpe fascista de Pinochet na ESBAL e de gravura na SCGP. “O meu livro quer outro livro” derrubou o governo democrático Foi bolseira da Fundação Calouste Apresentação da obra de Salvador Allende, que foi Gulbenkian entre 1963 e 1967. ” A noite mais longa de todas as assassinado. Armindo Cardoso Tem participado em numerosas noites”, de Helena Pato, com a fotografou momentos do golpe exposições individuais e coletivas presença da autora. e da vida da população chilena, em Portugal e no estrangeiro. fotografias que teve de esconder Obras de Lurdes Leite podem ver- Helena Pato é sócia número 3 do e, só clandestinamente, com o se na Caixa Geral de Depósitos, no nosso sindicato, isto é, esteve apoio de um embaixador de um Banco de Fomento Nacional, na na base de todo o espantoso país europeu, conseguiu fazer Câmara Municipal de Lisboa e na movimento que em 2 de maio chegar à Europa. Fotografou Secretaria Regional de Turismo e também momentos significativos Cultura na Madeira.

António Júlio. Formas e Volumes

Até 20 de outubro. Na Galeria Municipal de Arte de Almada Informação Está patente na Galeria Municipal de Arte de Almada a exposição António Júlio. Formas e Volumes, que oferece um olhar sobre o seu vocabulário de formas e

ESCOLA ESCOLA volumes, construído ao longo de uma carreira de 60 anos. 38 http://www.m-almada.pt/portal/page/portal/CASA_CERCA Digital Aos Sóc os

Legislação

I Série • Decreto-Lei n.º 66/2018 - Diário da República 2018-07-06 115652972 • Portaria n.º 208/2018 - Diário da República n.º 157/2018, Série I de 2018-08-16116068880 Estabelece as regras a que deve obedecer a n.º 135/2018, Série I de 2018-07-16115698905 Aprova o regime jurídico de reconhecimento de organização do ano letivo nos estabelecimentos Portaria que aprova os valores dos coeficientes graus académicos e diplomas de ensino superior públicos de educação pré-escolar e dos ensinos de revalorização a aplicar na atualização das atribuídos por instituições de ensino superior básico e secundário remunerações anuais registadas que servem de estrangeiras • Despacho n.º 6944-A/2018 - Diário da República base de cálculo às pensões iniciadas durante o • Portaria n.º 232-A/2018 - Diário da República n.º 138/2018, 1º Suplemento, Série II de 2018-07- ano de 2018 n.º 159/2018, 1º Suplemento, Série I de 2018-08- 19 115738779 • Portaria n.º 223-A/2018 - Diário da República 20116132275 Homologo as Aprendizagens Essenciais do ensino n.º 149/2018, 1º Suplemento, Série I de 2018-08- Procede à regulamentação dos cursos artísticos básico 03115886163 especializados de Design de Comunicação, de • Despacho n.º 6986/2018 - Diário da República Procede à regulamentação das ofertas Design de Produto, de Produção Artística e de n.º 140/2018, Série II de 2018-07-23 115753296 educativas do ensino básico previstas no n.º 2 do Comunicação Audiovisual a que se refere a alínea Estabelece o regime remuneratório dos agentes artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 55/2018, de 6 de julho c) do n.º 4 do artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 55/2018, da cooperação nos termos previstos no artigo 14.º • Resolução da Assembleia da República n.º de 6 de julho da Lei n.º 13/2004, de 14 de abril 237/2018 - Diário da República n.º 151/2018, Série • Portaria n.º 235-A/2018 - Diário da República • Despacho n.º 7144/2018 - Diário da República I n.º 162/2018, 1º Suplemento, Série I de 2018-08- n.º 144/2018, Série II de 2018-07-27 115786497 de 2018-08-07115933865 23116154369 Aprova a Rede de Ensino Português no Recomenda ao Governo que posicione os Procede à regulamentação dos cursos Estrangeiro para 2018-2019 docentes do ensino de português no estrangeiro profissionais a que se referem as alíneas a) do • Despacho n.º 7255/2018 - Diário da República na 1.ª prioridade do concurso externo previsto no n.º 1 do artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 396/2007, de n.º 146/2018, Série II de 2018-07-31 115811903 Decreto-Lei n.º 132/2012, de 27 de junho 31 de dezembro, na sua redação atual, e b) do n.º Procede à alteração do Despacho n.º 8452-A/2015, • Portaria n.º 226-A/2018 - Diário da República 4 do artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 55/2018, de 6 de de 31 de julho, que regula as condições de n.º 151/2018, 1º Suplemento, Série I de 2018-08- julho aplicação das medidas de ação social escolar 07115941646 • Declaração de Retificação n.º 29/2018 - Diário • Despacho n.º 7424/2018 - Diário da República Procede à regulamentação dos cursos científico- da República n.º 170/2018, Série I de 2018-09- n.º 150/2018, Série II de 2018-08-06 115921678 humanísticos, a que se refere a alínea a) do n.º 04116320539 Reconhecimento da profissionalização em serviço 4 do artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 55/2018, de 6 de Retifica a Portaria n.º 229-A/2018, de 14 de agosto, mediante a conclusão do curso ministrado pela julho que procede à regulamentação dos cursos Universidade Aberta • Resolução da Assembleia da República n.º artísticos especializados de Dança, de Música, • Despacho n.º 7814/2018 - Diário da República 241/2018 - Diário da República n.º 152/2018, Série de Canto e de Canto Gregoriano, a que se refere n.º 156/2018, Série II de 2018-08-14 116027842 I a alínea c) do n.º 4 do artigo 7.º do Decreto-Lei Procede para o ano letivo de 2018/19 a um reforço de 2018-08-08115940708 n.º 55/2018, de 6 de julho, publicada no Diário da do crédito horário disponível para o desporto Recomenda ao Governo que tome medidas para República, 1.ª série, n.º 156, 1.º suplemento, de 14 escolar garantir o direito dos trabalhadores em funções de agosto de 2018 • Portaria n.º 429/2018 - Diário da República públicas a uma justa reparação em caso de • Decreto-Lei n.º 73/2018 - Diário da República n.º 162/2018, Série II de 2018-08-23 116152205 acidente de trabalho ou doença profissional, bem n.º 179/2018, Série I de 2018-09-17116417932 Autorização aos Agrupamentos para assumir os como para lhes assegurar uma efetiva e eficaz Alarga o âmbito pessoal do regime especial de encargos plurianuais decorrentes da aquisição tutela jurisdicional acesso antecipado à pensão de velhice para os de serviços de transporte escolar dos alunos com • Resolução da Assembleia da República n.º beneficiários do regime geral de segurança social necessidades educativas especiais durante o ano 245/2018 - Diário da República n.º 153/2018, Série e do regime de proteção social convergente letivo 2018/2019 I com muito longas carreiras contributivas aos • Despacho n.º 8327/2018 - Diário da República de 2018-08-09115946550 beneficiários que iniciaram a carreira contributiva n.º 164/2018, Série II de 2018-08-27 116170310 Recomenda ao Governo que promova a com 16 anos ou em idade inferior Fixa os valores anuais do subsídio por turma e segurança e a saúde no trabalho e elabore um por curso a atribuir aos cursos de educação e programa nacional de prevenção de acidentes II Série formação de jovens ministrados nas escolas de trabalho e doenças profissionais • Despacho n.º 6020-A/2018 - Diário da República profissionais privadas, que funcionem na Área • Portaria n.º 229-A/2018 - Diário da República n.º 116/2018, 1º Suplemento, Série II de 2018-06- Metropolitana de Lisboa e na Comunidade n.º 156/2018, 1º Suplemento, Série I de 2018-08- 19 115552667 Intermunicipal do Algarve 14116068173 Determina a aprovação dos calendários, para o • Despacho n.º 8476-A/2018 - Diário da República Procede à regulamentação dos cursos artísticos ano letivo de 2018-2019, dos estabelecimentos n.º 168/2018, 2º Suplemento, Série II de 2018-08- especializados de Dança, de Música, de Canto e públicos de educação pré-escolar e dos ensinos 31 116279697 de Canto Gregoriano, a que se refere a alínea c) básico e secundário, dos estabelecimentos Homologa as Aprendizagens Essenciais das do n.º 4 do artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 55/2018, particulares de ensino especial, bem como o disciplinas dos cursos científico-humanísticos de 6 de julho calendário de provas e exames dos ensinos de Ciências e Tecnologias, Ciências • Lei n.º 50/2018 - Diário da República n.º básico e secundárioDespacho Normativo n.º Socioeconómicas, Línguas e Humanidades e

Informação 157/2018, Série I de 2018-08-16116068877 10-A/2018 - Diário da República n.º 116/2018, 1º Artes Visuais Lei-quadro da transferência de competências Suplemento, Série II de 2018-06-19 115552668 • Despacho n.º 8653/2018 - Diário da República para as autarquias locais e para as entidades Estabelece o regime de constituição de grupos n.º 174/2018, Série II de 2018-09-10 116353348 intermunicipais e turmas e o período de funcionamento dos Fixa os valores anuais do subsídio por turma • Decreto-Lei n.º 65/2018 - Diário da República estabelecimentos de educação e ensino no e por curso a atribuir aos cursos profissionais ESCOLA ESCOLA n.º 157/2018, Série I de 2018-08-16116068879 âmbito da escolaridade obrigatória ministrados nas escolas profissionais privadas, 39 Altera o regime jurídico dos graus e diplomas do • Despacho Normativo n.º 10-B/2018 - Diário da que funcionem na Área Metropolitana de Lisboa e Digital ensino superior República n.º 129/2018, 1º Suplemento, Série II de na Comunidade Intermunicipal do Algarve Aos Sóc os Consultório Jurídico

FÁTIMA ANJOS Advogada Prestações para a Segurança Social dos docentes com contrato a termo e horário incompleto

matéria em apreciação nesta rubrica do tado com horário incompleto, não só porque este seu Consultório Jurídico, tem sido objeto de vínculo reveste a natureza de um contrato de traba- grande preocupação para os docentes lho a termo e não de um contrato a tempo parcial (tal identificados em epígrafe em virtude de a como é definido no artigo 150º do Código do Trabalho), Ainterpretação que tem sido efetuada do quadro legal como também porque o horário desde grupo profis- que a regula ser muito penalizadora para os mesmos sional tem as especificidades próprias constantes do ao nível das respetivas carreiras e aposentação. artigo 76º do ECD, designadamente a do seu nº 2 que De facto, tem sido entendimento de alguns esta- determina que “O horário semanal dos docentes in- belecimentos de ensino que às prestações sociais tegra uma componente letiva e uma componente não devidas pelos referidos docentes deve ser aplicado letiva e desenvolve-se em cinco dias de trabalho”. o regime constante do artigo 16º do decreto Regula- Esta nossa posição foi, entretanto, sufragada no âm- mentar nº 1-A/2011, de 3 de janeiro (que procedeu à bito de uma sentença judicial proferida pelo Tribunal Regulamentação do Código dos Regimes Contributi- Administrativo e Fiscal de Sintra (já transitada em jul- vos do Sistema Providencial da Segurança Social) o gado), proferida num caso concreto de um docente qual, ao regular a matéria relativa à “Declaração de associado do SPGL. A propósito concluiu a referida Tempos de Trabalho”, determina nos seus nºs 1, 4 e 5 sentença que “… no caso dos docentes, e em sede o seguinte: contributiva, o horário incompleto não é sinónimo de “1 – Os tempos de trabalho são declarados em dias, trabalho parcial, porquanto as horas de trabalho da independentemente de a atividade ser prestada a componente não letiva também são de considerar tempo completo ou a tempo parcial. pelo que, não há que atender – no caso dos docentes (…) – ao disposto no nº 4 do citado artigo 16º do D.R. nº 4 – Nas situações de trabalho a tempo parcial, de con- 1-A/2011, de 3/01… “devendo, por isso, ser contabili- trato de muito curta duração e de contrato intermiten- zados 30 dias de trabalho para efeitos de prestações te com prestação horária de trabalho, é declarado um à Segurança Social durante a vigência do contrato a dia de trabalho por cada conjunto de seis horas. termo com horário incompleto. Perante este quadro, é 5 – Nos casos em que o número de horas de traba- nosso entendimento, que os docentes nestas circuns- lho, excedente de múltiplos de seis, for igual a três tâncias, devem requerer ao respetivo estabelecimen- ou inferior, é declarado meio dia de trabalho e, nos to de ensino a retificação da contabilização indevida restantes casos, mais um dia, com limite máximo de do tempo de trabalho para a Segurança Social recor- 30 dias em cada mês.” rendo, para o efeito, aos serviços de contencioso do Ora, o que resulta da norma supratranscrita é que os SPGL. É, contudo, de esclarecer, que o sentido da sen- seus destinatários são os trabalhadores que exercem tença identificada não tem força obrigatória geral pelo a sua atividade a tempo completo ou a tempo parcial que não é garantido que, em caso de recurso à via

sendo que, neste último caso, só aos que trabalham judicial, não sejam proferidas sentenças de sentido Informação 6 horas por cada dia é que a entidade empregadora diferente. pode declarar um mês completo de 30 dias de traba- lho. Ou seja, este preceito legal não pode, no nosso ESCOLA ESCOLA entendimento, aplicar-se ao pessoal docente contra- 40 Digital Informação ESCOLA ESCOLA 41