Não Diga Que Não Somos Brancos
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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA SOCIAL MARIA CLARA SALES CARNEIRO SAMPAIO NÃO DIGA QUE NÃO SOMOS BRANCOS: OS PROJETOS DE COLONIZAÇÃO PARA AFRO-AMERICANOS DO GOVERNO LINCOLN NA PERSPECTIVA DO CARIBE, AMÉRICA LATINA E BRASIL DOS 1860 Tese de Doutorado apresentada ao Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, sob a orientação da Profa. Titular Maria Helena Pereira Toledo Machado São Paulo 2013 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA SOCIAL MARIA CLARA SALES CARNEIRO SAMPAIO NÃO DIGA QUE NÃO SOMOS BRANCOS: OS PROJETOS DE COLONIZAÇÃO PARA AFRO-AMERICANOS DO GOVERNO LINCOLN NA PERSPECTIVA DO CARIBE, AMÉRICA LATINA E BRASIL DOS 1860 Tese apresentada ao Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo para obtenção do título de Doutor em História Área de Concentração: História Social Orientadora: Professora Titular Maria Helena Pereira Toledo Machado. São Paulo 2013 MARIA CLARA SALES CARNEIRO SAMPAIO NÃO DIGA QUE NÃO SOMOS BRANCOS: OS PROJETOS DE COLONIZAÇÃO PARA AFRO-AMERICANOS DO GOVERNO LINCOLN NA PERSPECTIVA DO CARIBE, AMÉRICA LATINA E BRASIL DOS 1860 Tese apresentada ao Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo para obtenção do título de Doutor em História Área de Concentração: História Social APROVADO EM: BANCA Profa. Titular Maria Helena Pereira Toledo Machado (Orientadora), Departamento de História, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Julgamento: ____________________________ Assinatura: ___________________________ Prof(a). Dr(a): __________________________ Instituição: ____________________________ Julgamento: ____________________________ Assinatura: ___________________________ Prof(a). Dr(a): __________________________ Instituição: ____________________________ Julgamento: ____________________________ Assinatura: ___________________________ Prof(a). Dr(a): __________________________ Instituição: ____________________________ Julgamento: ____________________________ Assinatura: ___________________________ Prof(a). Dr(a): __________________________ Instituição: ____________________________ Julgamento: ____________________________ Assinatura: ___________________________ São Paulo 2013 Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a fonte. Catalogação na Publicação Serviço de Biblioteca e Documentação Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo Sampaio, MARIA CLARA SALES CARNEIRO SAMPAIO S187n NÃO DIGA QUE NÃO SOMOS BRANCOS: Os Projetos de Colonização para Afro-americanos do Governo Lincoln na Perspectiva do Caribe, América Latina e Brasil dos 1860 / MARIA CLARA SALES CARNEIRO SAMPAIO Sampaio ; orientadora Maria Helena Pereira Toledo Machado Machado. - São Paulo, 2013. 280 f. Tese (Doutorado)- Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Departamento de História. Área de concentração: História Social. 1. HISTÓRIA DA AMÉRICA. 2. História dos Estados Unidos. 3. História do Brasil. 4. Escravidão e Abolição. 5. Relações Internacionais. I. Machado, Maria Helena Pereira Toledo Machado, orient. II. Título. Resumo No início da Guerra da Secessão (1861-1865), os Estados Unidos promoveram negociações internacionais que pretendiam transferir seus afrodescendentes, em diversas condições de escravidão e liberdade para diversos países independentes da América Latina e possessões coloniais no Caribe. Ainda que tais negociações não tenham resultado de fato na realocação de homens e mulheres afro-americanos, as trocas diplomáticas, bem como outras fontes documentais, revelaram interessantes debates sobre escravidão, raça, construção nacional e o trabalho dependente no pós-abolição, que fazem do tema uma espécie de microcosmo que abrange questões substanciais que marcaram as mudanças nos mundos do trabalho no século XIX. Os “projetos de colonização”, como então foram chamados, para população afro- americana foram propostos e negociados por Washington com os seguintes países e colônias abrangidos pelo presente trabalho: Brasil, Equador, atual Panamá (pertencente, à época, à atual Colômbia), Costa Rica, Nicarágua. Honduras, El Salvador, Guatemala, Jamaica, Belize (Honduras Britânicas), Guiana Britânica, Suriname (colônia da Holanda), na ilha dinamarquesa de Santa Cruz, Haiti e Libéria. Palavras-chave: 1. História Atlântica; 2. Mundos do Trabalho; 3. História dos Estados Unidos; 4. História do Caribe; 5. História da América Latina; 6. História do Brasil Império; 7. Relações Internacionais; 8. Escravidão e Emancipação; 9. Raça e Construção Nacional; 10. Africanos e afrodescendente. Abstract In the early years of its Civil War, the United States Government proposed to resettle African- Americans throughout Latin America and the Caribbean. Though these schemes did not ultimately come to fruition, the intentions of the United States and the responses of negotiating nations reflected broader debates on slavery, race, nation building and indenture labor in the post abolition era. These “colonization projects”, as they were then called, aimed to resettle African-Americans in countries such as Brazil, Ecuador, present-day Panama, Costa Rica, Nicaragua, Honduras, El Salvador, Guatemala, Jamaica, present-day Belize, British Guiana, Surinam, St. Croix Island, Haiti and Liberia. Key words: 1. Atlantic History; 2. Labor; 3. History of the United States; 4. History of the Caribbean; 5. Latin American History; 6. History of 19th Century Brazil; 7. Diplomacy; 8. Slavery and Abolition; 9. Race and Nation Building; 10. Africans and African descendents. À Professora Magda Carneiro dedico não somente este, mas todos os meus futuros trabalhos. À professora Maria Helena P. T. Machado que, neste último ano tão difícil, conseguiu encontrar forças para me ajudar. Eu dedico a ela, assim, todos esses tantos anos de pesquisas e de reflexões em conjunto. Por fim, dedico este trabalho, que parece ter consumido toda a minha vida nos últimos anos, às queridas amigas Tatiana Boulhosa e Julia Arruda, que mostram inestimável apoio emocional e prático em cada uma das fases da pesquisa. AGRADECIMENTOS Agradeço aos queridos amigos que contribuíram diretamente para a redação do texto: Tatiana Machado Boulhosa, por todas as ótimas críticas, pela invariável disponibilidade, pela amizade de muitos anos e pela infinita paciência; Ana Cristina Carneiro Ravagnani, pelas revisões e traduções, por toda a sensibilidade das sugestões de mudança na redação e, principalmente, pelo otimismo e apoio incondicional; Julia Arruda, pelo bom-humor nos momentos mais tensos e leituras de última hora; À minha pequena família: minha mãe, Profa. Magda Carneiro, que tornou tudo possível; minha irmã, Anna Dulce, pela cumplicidade e, se por mais nada, pelo amor que sentimos uma pela outra e pelo profundo orgulho que tenho de ter participado, em alguma medida, da mulher fantástica que você se tornou; ao meu querido pai, Perboyre Sampaio, pelo apoio incondicional aos meus projetos mais loucos; À minha única, mas muito suficiente, tia Magnólia, que é meio minha mãe também, até porque é mãe das minhas primas-irmãs, que são mais irmãs que primas, Thereza e Ana Patrícia; Ao meu mais querido de todos Gabriel, amigo e confidente. Ao meu tio Gláucio, que sempre me assegura de que sou sua sobrinha favorita; ao meu muito reclamão João Vítor, que espero que decida gostar de mim antes dos 5 anos, sob a promessa do Fernando; ao Gláucio filho e a querida Camila! A minha querida prima Janaína Sampaio, do outra banda, por quem nutro uma profunda admiração pessoal e profissional e, por fim, ao meu querido padrinho Lélio Ravagnani Filho, que me faz, todos os dias, acreditar que sou melhor do que eu acredito que sou, e que me garante que tudo vai certo quando estou pronta para desistir. A ele devo tanto, que essas poucas linhas não lhe fazem justiça. A família que eu escolhi: Juliana Honda, Janaína Calonga, Felipe Lima, Tatiana Basílio, Flávia Lira Diniz, Cláudia Ciardi, Vanessa Lerner, Fernanda Faiad, Rodolpho Gurgel, Paula Corain Lopes, Ricardo Carneiro (que é primo!) e ao grande Professor José Carneiro que, humildemente, permite que eu o chame de primo Zito. Aos amigos que são colegas também: Jennifer Lambe, Erika Helgen, Taylor Jardno, Christine Mathias e Johnathan Graham, que fizeram da minha vida nos Estados Unidos fácil, acolhedora e muito divertida. Aos queridos Maíra Chinelatto, Marília Ariza, Débora Michels Mattos e Alexandre Cardoso com quem tive o prazer dividir e vencer novos desafios. À Clícea Miranda, Luciana da Cruz Brito, Joana D'arc Oliveira e Enidelce Bertin, com quem sempre quero passar mais tempo aprendendo com elas. Aos Professores(as): Monica Duarte Dantas, que será sempre uma "monitora de vinte e poucos anos, recém formada, que nada tem que estar dando no lugar do professor de verdade"... mas que é professora de verdade; ao professor Stuart Schwartz (e também à Maria!), pela disponibilidade, gentileza e... pela comida feita em casa; ao professor Celso Castilho pela inestimável ajuda; ao professor Flávio dos Santos Gomes, por absolutament tudo; à professora Beatriz Mamigonian pelas valiosíssimas contribuições; aos professores Alexsander Lemos de Almeida Gebara, Maria Cristina