Kant E O Cinema Transcendental Um Debate Acerca Das Relações Espaço-Temporais No Cinema a Partir De Theodor W

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Kant E O Cinema Transcendental Um Debate Acerca Das Relações Espaço-Temporais No Cinema a Partir De Theodor W UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA Rafael Sellamano Silva Pereira KANT E O CINEMA TRANSCENDENTAL UM DEBATE ACERCA DAS RELAÇÕES ESPAÇO-TEMPORAIS NO CINEMA A PARTIR DE THEODOR W. ADORNO E IMMANUEL KANT. Belo Horizonte 2017 Rafael Sellamano Silva Pereira KANT E O CINEMA TRANSCENDENTAL UM DEBATE ACERCA DAS RELAÇÕES ESPAÇO-TEMPORAIS NO CINEMA A PARTIR DE THEODOR W. ADORNO E IMMANUEL KANT. Dissertação apresentada ao curso de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal de Minas Gerais como requisito parcial à obtenção do título de mestre em Filosofia Linha de pesquisa: Estética e Filosofia da Arte Orientadora: Profa. Dra. Giorgia Cecchinato Belo Horizonte 2017 100 Pereira, Rafael Sellamano Silva P436k Kant e o Cinema Transcendental [manuscrito] : um debate 2017 acerca das relações espaço-temporais no cinema a partir de Theodor W. Adorno e Immanuel Kant / Rafael Sellamano Silva Pereira. - 2017. 165 f. Orientadora: Giorgia Cecchinato. Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Minas Gerais, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas. Inclui bibliografia 1.Filosofia – Teses. 2. Kant, Immanuel, 1724-1804. 3. Adorno, Theodor W., 1903-1969. 4. Cinema – Teses. I. Cecchinato, Giorgia. II. Universidade Federal de Minas Gerais. Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas. III. Título. Para Raquel e Ana Helena AGRADECIMENTOS: Faço aqui um agradecimento muito especial à Profa. Dra. Giorgia Cecchinato, orientadora desta dissertação, que desde o início acreditou na realização deste trabalho. Todo o meu interesse sobre a Terceira Crítica kantiana teve início com o excelente curso ministrado pela Profa. no primeiro semestre de 2011. Agradeço muito à orientação atenta, às inúmeras indicações bibliográficas e observações metodológicas, aos conselhos e, sobretudo, à grande amizade que surgiu durante esses anos de trabalho. Agradeço especialmente ao Prof. Dr. Rodrigo Antônio de Paiva Duarte, membro da banca examinadora, a quem muito admiro, e cuja pesquisa a respeito da expropriação do esquematismo operada pela Indústria Cultural é de crucial importância para a tese que foi desenvolvida nesta dissertação. Agradeço aos inúmeros apontamentos, observações, conselhos, e também à amizade sempre crescente. Agradeço também ao Prof. Dr. Ulisses Vaccari, membro da banca examinadora, pela disponibilidade e atenção, e pelas observações extremamente pertinentes, que foram muito importantes para a revisão deste trabalho. Agradeço a todos os professores do curso de pós-graduação em Filosofia da UFMG, e, em especial, à estimada Profa. Dra. Virginia Araújo Figueiredo, cujas pesquisas realizadas em conjunto no grupo de estudos sobre Kant e a arte contemporânea fizeram surgir em mim as primeiras inquietações que orientaram a elaboração do presente trabalho; ao estimado Prof. Dr. Verlaine Freitas, que me fez despertar para o pensamento de Theodor W. Adorno em suas instigantes disciplinas; ao estimado Prof. Dr. Joãosinho Beckenkamp, com quem me aventurei a aprofundar no estudo da Crítica da Razão Pura durante os anos em que frequentei seu grupo de estudos. Agradeço aos grandes amigos, Michel Mingote e Cristiano de Paulo, pelas conversas inspiradoras e pela amizade sincera de tantos anos. Agradeço também aos muitos amigos, amigas e colegas com quem convivi durante o curso de Mestrado, em especial, Thiago Borges, Regina Sanches e Lucyane de Moraes. Agradeço muito aos meus pais, Ana Maria Silva Pereira e Raimundo Antunes Pereira, sem os quais nada na minha vida teria sido possível. Agradeço também a todos os meus familiares, em especial ao meu tio José do Carmo, pelo apoio irrestrito em todos os momentos. Um agradecimento especial a Osvaldo Minini e a Helena Mieco Minini pela confiança e pelo carinho. Agradeço imensamente a Raquel Mieco Minini, com quem tenho a felicidade de dividir os momentos mais importantes e especiais de minha vida. RESUMO O objetivo deste trabalho é refletir sobre as relações espaço-temporais no cinema a partir da teoria epistemológica e da teoria do gosto de Immanuel Kant, tendo como interlocutor privilegiado o pensador frankfurtiano Theodor W. Adorno. Mais especificamente, o estudo tem em vista o modo como estas relações espaço-temporais influenciam na maior ou menor espontaneidade e autonomia das faculdades mentais dos espectadores. O fio condutor da análise aqui proposta é a doutrina do esquematismo formulada por Kant em sua Crítica da Razão Pura. Ali, verificamos que o sujeito transcendental kantiano é marcado pela espontaneidade com que sintetiza a experiência objetiva, o que lhe confere o poder de formatar a experiência de objetos no tempo e no espaço a partir de instâncias próprias, isto é, instâncias cuja origem se encontra a priori e de forma inata no próprio sujeito. Porém, este protagonismo na determinação da experiência objetiva desempenhado pelo sujeito transcendental kantiano parece ser contradito pelo cinema, na medida em que as relações espaço-temporais presentes em um filme são condicionadas pela própria produção cinematográfica. Sob este ponto de vista, podemos encontrar em alguns textos de Adorno, Benjamin e Horkheimer a ideia de que os modos próprios com que o sujeito constitui a sua experiência objetiva são, eles mesmos, condicionados por instâncias que escapam ao sujeito. O cinema, entendido como mero produto industrial, aparece em Dialética do Esclarecimento, de Adorno e Horkheimer, como uma instância externa ao sujeito que, mobilizando seus condicionantes internos, expropria a sua capacidade de esquematizar, e, nesta medida, expropria também a espontaneidade de seus juízos, condicionando-os em função de uma demanda mercadológica. Acreditamos, porém, que o modo próprio com que a atividade de esquematizar atua no juízo de gosto kantiano, a saber, livre de determinações conceituais ou empíricas, pode apontar para uma experiência cinematográfica que, ao contrário daquela que é proporcionada pela indústria do entretenimento, teria a capacidade de reforçar um uso mais espontâneo, reflexivo e autônomo das faculdades mentais dos espectadores. Esta possibilidade, porém, repousa sobre a condição de que tratemos os elementos presentes na teoria do gosto kantiana sobre um ponto de vista materialista dialético, isto é, sob o ponto de vista da primazia do objeto, tal como podemos encontrar no pensamento de Theodor W. Adorno. Palavras Chave: Kant; Theodor Adorno; Cinema; Esquematismo; Primado do objeto. ABSTRACT The objective of this work is to reflect on space-time relations in the cinema from the epistemological theory and the theory of the taste of Immanuel Kant, having as privileged interlocutor the frankfurtian thinker Theodor W. Adorno. More specifically, the study looks at how these spatio-temporal relations influence in the greater or lesser spontaneity and autonomy of the mental faculties of the spectators. The guiding thread of the analysis proposed here is the doctrine of schematism formulated by Kant in his Critique of Pure Reason. There, we verify that the Kantian transcendental subject is marked by the spontaneity with which he synthesizes objective experience, which gives him the power to format the experience of objects in time and space from the their own instances, that is, instances whose origin lies a priori and innately in the subject itself. However, this protagonism in the determination of the objective experience played by the Kantian transcendental subject seems to be contradicted by cinema, insofar as the space-time relations present in a film are conditioned by the cinematographic production itself. From this point of view we can find in some texts of Adorno, Benjamin, and Horkheimer the idea that the modes with which the subject constitutes his objective experience are themselves conditioned by instances that escape the subject. The cinema, understood as a mere industrial product, appears in Adorno and Horkheimer's Dialectic of Enlightenment as an external instance to the subject that can, by mobilizing its internal determinants, expropriates its ability to schematize and, just because of this, can expropriates also the spontaneity of its judgments, conditioning them in function of a market demand. We believe, however, that the own way in which the activity of schematizing acts in the Kantian judgment of taste, namely, free of conceptual or empirical determinations, may point to a cinematographic experience which, contrary to that provided by the entertainment industry, would have the capacity to reinforce a more spontaneous, reflexive and autonomous use of the mental faculties of the spectators. This possibility, however, rests on the condition that we treat the elements present in the Kantian theory of taste from a dialectical materialist point of view, that is, from the point of view of the primacy of the object, as we can find in Theodor W. Adorno. Keywords: Kant; Theodor Adorno; Cinema; Schematism; Priority of the object Sumário ABREVIATURAS UTILIZADAS E NOTA SOBRE AS TRADUÇÕES: ..................................................... 11 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................... 12 CAPÍTULO I PRIMADO DO SUJEITO: UM BREVE ESBOÇO DA EPISTEMOLOGIA KANTIANA ......................... 18 A Analítica dos Conceitos da Crítica da Razão Pura. ..................................................................................... 21 A unidade originariamente sintética da apercepção. ........................................................................................
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