newsletter nº23: Teste.qxd 28-03-2009 21:39 Página 1 AANNGGOOLL AA a ctualidade a ctualidade a ctualidade Edição dos Serviços de Imprensa da Embaixada de Angola em - Março de 2009

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NA SUA VISITA OFICIAL A PORTUGAL PRESIDENTE DA REPÚBLICA PEDE PARCERIAS CRIATIVAS

Presidente da Repúbli- O ca, José Eduardo dos Santos, afirmou que An- gola está interessada em definir parcerias com o sector privado luso PAPA que sejam criativas, que produzam resultados e que sirvam para EM ANGOLA resolver problemas dos respectivos povos. O Chefe de Estado disse s angolanos almejam ainda que Angola quer estabelecer consolidar uma Nação com Portugal um quadro finan - espiritualmente har - O ceiro que permita a expansão de moniosa e tolerante, capaz de investimentos nos sectores público assumir as suas responsabili - e privado dos dois países. José dades em defesa da honra e da Eduardo dos Santos garantiu ainda dignidade humanas, da justiça, ao seu homólogo Aníbal Cavaco da solidariedade, da liberdade e da paz universal. Esse é o objecti - Silva, que “há um vasto leque de vo do Presidente da República, oportunidades que o País oferece José Eduardo dos Santos, transmi - aos empresários portugueses que tida ao Papa Bento XVI, em confiam no Governo, acreditam no , na cerimónia de cumpri - sucesso e no futuro de Angola”. mentos de boas-vindas a Angola No final de um encontro de cerca de uma hora no Palácio de Belém, o Presidente da República ao sumo pontífice. Pág. 5 disse à imprensa que pediu a Cavaco Silva que encorajasse o movimento no sentido de apro- ximar os operadores económicos angolanos dos portugueses. Pág. 2 ANGOLA SEM MEDO DA CRISE, DIZ PRIMEIRO-MINISTRO

Primeiro-Ministro, António Paulo República, na sua mensagem de Ano Novo, Governo, o Primeiro-Ministro disse que a Kassoma, assegurou que a foi feita durante a sessão plenária da posição a ser seguida para a materialização O estratégia e os objectivos traça - Assembleia Nacional, por ocasião da inter - dos objectivos, prioridades, metas e acções dos no domínio económico e social não vão pelação ao Governo, pela bancada parla - do Plano Nacional do Governo para 2009, em ser modificados, apesar da crise económica mentar do MPLA, sobre as medidas contra os função do acentuar da recessão económica e financeira internacional. Esta garantia, que efeitos da crise. Acompanhado no mundial, está definida na mensagem de Ano já tinha sido dada pelo Presidente da Parlamento pela equipa económica do Novo do Chefe de Estado. Pág. 9

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POLÍTICA

VISITA DO PRESIDENTE JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS A PORTUGAL «OS DESAFIOS QUE TEMOS PELA FRENTE SÃO GRANDES»

No final de um encontro de cerca de uma hora no Palácio de Belém, o Presidente da República disse à imprensa que pediu a Cavaco Silva que encorajasse o movimento no sentido de aproximar os operadores económicos angolanos dos portugueses.

s relações entre Angola e Portugal, segundo José A Eduardo dos Santos, “são tão intensas, quanto a vontade de dina- mizá-las, estreitando cada vez mais a amizade que liga os dois países e for- talecendo a cooperação que estabele - cem os dois governos”. José Eduardo dições para os empresários portugue - financeiras mais fortes e ser um país dos Santos afirmou também que nem ses desenvolverem os seus negócios. europeu”, disse o Chefe de Estado. tudo está feito nas relações entre os “Os desafios que temos pela frente são José Eduardo dos Santos manifestou o dois países. Há muito por fazer, segun - grandes. Estamos a contar com o apoio interesse do Governo em cooperar do o Presidente da República, porque de Portugal por ser uma economia com Portugal no domínio da educação, Angola é um País que está em paz, em mais estabilizada, ter empresas mais formação de quadros e investigação té- reconstrução e que garante hoje con- fortes que nós, por ter instituições cnico-científica. CAVACO VAI VISITAR ANGOLA ALARGAR O Presidente José Eduardo dos INVESTIMENTOS Santos convidou ontem o Chefe Angola, de acordo com o Presidente da de Estado português a visitar An- República, vai alargar os seus investi - gola, para “dar um impulso às mentos em Portugal para que as par - relações de amizade e coopera- ticipações comerciais cruzadas possam ção” entre os dois países. O con - aumentar o investimento entre os dois vite foi tornado público durante a países. conferência de imprensa no O investimento actualmente feito pela Palácio de Belém, que se seguiu a Sonangol e alguns empresários an- um encontro entre os dois Chefes golanos em empresas portuguesas de Estado, que durou aproximada - são “passos tímidos”, segundo José mente uma hora. “Queria pedir que encorajasse esse movimento no sentido de aproximação cada vez maior entre ope- Eduardo dos Santos. No encontro com radores económicos angolanos e portugueses”, afirmou. A visita de Cavaco a Angola, Cavaco Silva, José Eduardo dos Santos “quando a agenda (do chefe de Estado português) o permitir” vai dar “um impulso maior disse que foram discutidos vários ao desenvolvimento das relações de amizade e cooperação”. Na sua declaração, o assuntos que dizem respeito à paz e Presidente José Eduardo dos Santos sublinhou a “forma calorosa” como a delegação estabilidade em Angola, em África e angolana foi recebida. “Sentimos-nos bem aqui, fomos muito bem acolhidos”, afirmou. no mundo.

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POLÍTICA CAVACO SILVA DESTACA RELAÇÕES MADURAS

or sua vez, o Presidente de Portugal, Aníbal Cavaco Silva, disse que ambos os países têm um relaciona - P mento maduro e adulto, mas expressou a vontade de ver expandida esta excelência aos sectores económicos, sociais e culturais. Podemos olhar para o futuro com confi - ança e com ambição”, disse Cavaco Silva, que defendeu que ambos devem pensar numa “verdadeira parceria estratégica” para a construção de um futuro melhor no seu relacionamen - to. O Presidente português considerou que a visita do Chefe de Estado angolano a Portugal tem um “significado especial, porque especial é o relacionamento” entre os dois países. Cavaco Silva disse que é difícil encontrar dois países com um relacionamento assente na amizade entre povos, respeito mútuo e uma História de séculos em comum através da lín - gua portuguesa. Angola vive em paz, estabilidade e, acres - centou Cavaco Silva, deu um passo da “maior importância na consolidação da democracia, tal como foi sublinhado por toda a comunidade internacional”, ao realizar eleições legisla - tivas. O Presidente português sublinhou que José Eduardo dos Santos desempenhou um papel da maior importância mundial e que com as aplicações que faz pode contribuir para a paz, estabilidade e reconciliação dos angolanos e que para a estabilização financeira internacional. Defendeu o for - Portugal esteve sempre do lado do povo angolano no talecimento das relações económicas entre Angola e Portugal processo de reconciliação nacional. De acordo com Cavaco como forma de diminuir os efeitos negativos da crise Silva, Angola é hoje um País em África a quem cabem imen - económica e financeira internacional. A crise afecta mais sas responsabilidades que lhe são atribuídas pela comu - Portugal do que Angola, reconheceu Cavaco Silva, mas nem nidade internacional pelo facto de contribuir para a paz e re- por isso os dois países devem caminhar separados na luta solução de conflitos na região austral do continente africano. contra a eliminação dos seus efeitos. “Este é um tempo de Angola é também um dos países a quem a comunidade resistir e, neste caso, resistir é partir com ambição para laços internacional encara com “muita atenção” porque fornece económicos mais fortes entre os dois países”, disse Cavaco petróleo para países de grande importância na economia Silva. ENCONTRO COM JOSÉ SÓCRATES

urante a sua visita a Portugal, o Presidente José Eduardo dos Santos encontrou-se com o Primeiro-mi- D nistro luso, José Sócrates, no quadro do programa da sua visita de Estado. A seguir ao encontro procedeu-se à assinatura de um Acordo Bilateral que prevê, entre outros, a constituição de um banco de capitais luso-angolano. Dos Santos esteve também com o pre- sidente da Assembleia da República portuguesa, Jaime Gama, e representante dos partidos políticos com assento parlamen - tar, visitando ainda a sede da CPLP.

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POLÍTICA

MINISTRO DAS RELAÇÕES EXTERIORES, ASSUNÇÃO DOS ANJOS «VISITA ABRE NOVA ERA NA COOPERAÇÃO BILATERAL»

ministro das Relações Exte- Sobre a dificuldade que os portugue - riores de Angola, Assunção ses têm na obtenção de vistos para O dos Anjos, considerou que a entrar em Angola, Assunção dos Anjos visita de Estado do Presidente de assegurou que essa questão “merece Angola a Portugal cria a expectativa de naturalmente a preocupação” das “uma nova era na cooperação entre os autoridades e “está a ser tratada há bas - dois países”. “Portugal é um parceiro tante tempo”, havendo “soluções que importante de Angola e esta visita vem vão ser vistas a curto prazo”. comprová-lo”, disse Assunção dos O responsável pela diplomacia an- Anjos, acrescentado que a visita de José golana referiu, neste contexto, que pe- Eduardo dos Santos “gera uma grande rante “o aumento substancial da coo- expectativa”, ao “nível das próprias peração”, Angola tomou medidas para classes políticas e da opinião pública”, precaver o previsível aumento dos de “ver se se transforma num marco pedidos de visto, mas que esse esforço importante de uma nova era da coo- não foi suficiente para um acréscimo peração entre os dois países”. que afinal se revelou exponencial. Considerou que “a questão mais impor - “Angola fez alterações à sua capacidade tante da cooperação” entre Portugal e in-fraestrutural - reforçou o consulado e Angola é a consolidação dos progre- Consolidar os níveis já de si extrema - modernizou-o - porque era previsível ssos feitos na relação bilateral e “do mente elevados que conseguimos e que, com o aumento substancial da novo paradigma” que permitiram consolidar esse novo paradigma da cooperação, aumentasse também o alcançar. nossa cooperação, em que as parcerias número de pedidos de vistos. Só que “A questão mais importante é efectiva - estruturantes, as participações cru- aumentou exponencialmente”, disse, mente a própria cooperação. Fazê-la zadas, assumem de facto uma posição repetindo que o problema “merece crescer, aprofundar e ganhar abrangên - extremamente relevante na nossa toda a atenção” e que “há soluções cia. relação bilateral.” que vão ser vistas a curto prazo”. VISTOS: SOLUÇÃO PARA BREVE

s dificuldades que enfrentam os portugueses e angolanos na aquisição de vistos para trabalhar nos A dois países podem ser resolvidas pela via da con - cessão de vistos de múltiplas entradas, segundo o Presidente da República, quando respondia a uma das maiores preocupações apresentadas pelos portugueses durante a sua visita. Na audiência com o seu homólogo português, José Eduardo dos Santos disse que abordou a questão dos vistos, por isso garantiu que “o problema vai ser resolvido o mais depressa po- ssível”. José Eduardo dos Santos reconheceu que da parte angolana “há alguns constrangimentos que a lei angolana impõe à concessão de vistos de múltiplas entradas, mas este assunto está a ser tratado e tão depressa quanto possível será resolvido”. Os vistos de múltiplas entradas são normalmente utilizados por empresários que se deslocam com frequência a cada um dos países. O tipo de visto mais utilizado é o ordinário.

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SOCIEDADE

NA VISITA DO PAPA BENTO XVI PR AGRADECE INTERVENÇÃO DA IGREJA NA PAZ

José Eduardo relações”. Na manifes - Santos disse no tação da grande alegria O seu discurso no acolhimento do Papa, que, depois da conquista José Eduardo dos Santos da paz, a reconstrução de lembrou que a Igreja ca- Angola passa “necessaria - tólica "tem um papel rele - mente pela revitalização vante a desempenhar na do homem angolano na consolidação de uma sua plenitude", tornando-o nação espiritualmente “o ponto de partida e de harmónica, capaz de chegada de toda a activi - assumir as suas respon- dade social” que tenha sabilidades em defesa da por objectivo a sa-tisfação honra e da dignidade “justa e legítima” das suas humana, da justiça, da necessidades materiais e espirituais. disse José Eduardo dos Santos. solidariedade, da liberdade e da paz “Hoje já são visíveis os sinais da recons- O Chefe de Estado angolano sublinhou universal”. trução de Angola e podemos dizer que que o sentimento de esperança esteve “Esse papel já vinha sendo assumido os benefícios da paz já se fazem sentir “sempre presente” entre o povo an- nos cons-antes apelos à paz e à recon - em maior ou menor grau na vida de golano, acrescentando que esta sen - ciliação e também na recuperação do cada cidadão, mas isso é apenas o sação “não é alheia” à direcção da tecido social profundamente atingido começo, porque sabemos que ainda Igreja católica, seus pastores e a com - pelo conflito armado, através da há um longo caminho a percorrer para preensão do Estado do Vaticano, com difusão de princípios morais e cívicos”, construirmos o bem-estar para todos”, quem Angola mantém “as melhores referiu o Presidente angolano.

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SOCIEDADE AFRICANOS DEVEM SER AGENTES DO SEU DESENVOLVIMENTO

Papa Bento XVI afir - xual” causadora de traumas e mou, perante go- humilhações. Criticou ainda o O vernantes e diplo - aborto, considerando que matas, que o desenvolvimen - aqueles que o defendem to económico e social de estão sob o efeito de uma África “requer coordenação do “miragem” que é “fazer governo nacional, com as ini - avançar o edifício social”, ciativas regionais e com as estando a “ameaçar os seus decisões internacionais”. próprios alicerces”. O Papa, saindo em defesa da “Que amarga é a ironia capacidade africana de trilhar daqueles que promovem o caminhos para a solução dos aborto como um dos cuida - seus problemas, defendeu dos de saúde materna!”, que a coordenação a que se notou o Papa. refere, pressupõe que “as Bento XVI garantiu ainda que a nações africanas não sejam Igreja vai estar “sempre do vistas apenas como desti - lado dos mais pobres deste natárias de soluções elabo - continente” como é a vontade radas por outros”. do seu “fundador divino”, “Os africanos devem ser os enfatizando que estará tam - agentes primários do seu bém sempre e fará “tudo o desenvolvimento”, defendeu, desta - brou ainda as “numerosas pressões que for possível” para apoiar as cando o NEPAD, entre outras iniciativas sobre as famílias, ânsia e humilhação famílias, nomeadamente feridas pelos africanas. Bento XVI pediu aos países causadas pela pobreza, desemprego, trágicos efeitos da Sida”. desenvolvidos que cumpram as suas doença, exílio… para mencionar ape - Bento XVI deixou ainda o desejo dos promessas, nomeadamente a de des - nas algumas”. “Particularmente inquie- “melhores sucessos” aos governantes tinarem 0,7 por cento do seu PIB para tante é o jugo opressivo da discrimi - angolanos na “condução das for- ajudas oficiais ao desenvolvimento dos nação sobre as mulheres e jovens midáveis responsabilidades” que países mais pobres. Num discurso meninas”, sublinhou o Papa, apontan - recaem sobre os seus ombros nas essencialmente político, o Papa lem - do ainda a “violência e exploração se- áreas civis, políticas e diplomática.

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SOCIEDADE ANGOLA ADERE À ASSOCIAÇÃO DOS PROVEDORES DE JUSTIÇA

Assembleia Nacional que a associação tem um pres - aprovou, por una- idente, três vice-presidentes e A nimidade, a adesão um secretário executivo sedea - da República de Angola ao do na África do Sul. Estatuto da Associação dos De acordo com o parecer das Ombudsman e Mediadores comissões de Assuntos Cons- Africanos (AOMA). titucionais, Jurídicos e Regi- O vice-ministro das Relações mento e de Relações Exte- Exteriores, Jorge Chicote, disse riores, Cooperação Interna- aos deputados, na Assembleia cional e Comunidades Ango- Nacional, tratar-se de uma lanas no Estrangeiro, apresen - organização de âmbito e carác - tado na plenária, o estatuto da ter internacionais, cujos objec - Associação de Ombudsman tivos gerais e específicos se estabelece, entre outras ma- centram na defesa dos direitos, térias, os aspectos relacionados das liberdades e das garantias dos cidadãos dos países si- com os seus objectivos, membros, direitos de adesão, estru - gnatários aderentes. A associação dos Ombudsman e turas ou órgãos integrantes, poderes e atribuições e as Mediadores Africanos goza de personalidade jurídica e de respectivas formas de funcionamento das diferentes sub- duração limitada, criada pela oitava conferência Regional -regiões reconhecidas. Africana de Ombudsman e Mediadores, reunida em O estatuto da Associação dos Ombudsman e Mediadores Ouagadougou, no Burkina Fasso. Africanos foi aprovado pelo Conselho de Ministros, na sua O Provedor de Justiça, Paulo Tchiplica, disse aos deputados sessão extraordinária, de 14 de Janeiro do corrente ano.

ENSINO SUPERIOR GOVERNO QUER QUALIDADE NO ENSINO UNIVERSITÁRIO

Governo, no seu Plano Na- tema de reforma do Ensino Superior em independência, o País funcionou ape - cional, pretende melhorar a Angola. “Refiro-me, sobretudo, às nor - nas com a Universidade Agostinho O qualidade do Ensino Supe- mas gerais reguladoras do subsistema Neto e com os programas de bolsas de rior e assegurar o seu desenvolvimento do Ensino Superior, à regulamentação estudo no estrangeiro. sustentável, tendo em conta a realidade da rede e à criação de novas institu - “No decurso do tempo, apesar da económica, social e cultural do País, ições de ensino superior público, ali- procura ter atingido níveis superiores à afirmou o Primeiro-Ministro, António nhadas com os interesses e perspecti - oferta, o número de quadros formados, Paulo Kassoma, quando discursava no vas do desenvolvimento do País, o re- e sobretudo com a abertura de univer - acto oficial de abertura do ano lectivo, dimensionamento da Universidade sidades privadas, a partir de 1999, foi em cerimónia que decorreu nas insta - Agostinho Neto e a regulamentação da positivo. Em 1977, a Universidade lações do Instituto Superior de Ciências criação das novas regiões académicas, Agostinho Neto contava com 1.117 estu - Sociais e Relações Internacionais. no quadro da expansão da rede de dantes matriculados, tendo esse O Primeiro-Ministro disse que o instituições públicas por todo o País”, número crescido para 85.876 em 2008, Conselho de Ministros aprovou os disse o Primeiro-Ministro. em todo o ensino superior público e diplomas que vão nortear todo o sis - Paulo Kassoma lembrou que depois da privado”, frisou.

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SOCIEDADE

ANGOLA JÁ FAZ OPERAÇÕES CIRÚRGICAS AO CORAÇÃO

m Angola já se fazem oper - Segundo o responsável, o Hospital O director nacional dos Recursos ações cirúrgicas ao coração, Josina Machel foi reabilitado em 2006 e Humanos do Ministério da Saúde, E revelou, em Luanda, o direc - actualmente está equipado com meios António Costa, que procedeu à abertu - tor-geral do Hospital Josina Machel de diagnóstico e tratamento modernos. ra do evento, em representação do titu - (Maria Pia), Kinfumu António. Kinfumu Os investimentos, disse, estenderam- lar da pasta, José Van-Duném, disse António, que falava durante a sessão se à formação de quadros e à área de que o Ministério vai continuar a apostar formal de abertura do ano científico do logística. O director do hospital disse no desenvolvimento dos recursos Hospital Josina Machel, disse que a que é do interesse da direcção hospita - humanos do sector, para melhoria da unidade hospitalar, a maior de Angola, lar estender as experiências científicas assistência médica e medicamentosa tornou-se desde o ano passado no a outras unidades de saúde. “Estamos às populações. Com recursos humanos primeiro estabelecimento de saúde do prontos a dar a nossa contribuição à mais capacitados e preparados, o país País a realizar operações abertas ao classe médica e aos técnicos de enfer - vai melhorar o seu sistema nacional de coração, graças aos investimentos tec - magem e a outros funcionários da saúde e reduzir a morbi-mortalidade nológicos em curso. saúde,” disse. nas unidades hospitalares. EMBAIXADA BRITÂNICA DÁ BOLSAS DE ESTUDO

ais de 50 técnicos angolanos beneficiaram, nos últimos 25 anos, do Programa de Bolsas de M Estudo Chevening, promovido pela embaixada britânica em Angola, segundo a embaixadora daquele país, Pat Phillips. O Programa Chevening já formou muitos estu - dantes angolanos, que hoje ocupam posições de destaque em instituições governamentais e empresas públicas ou pri - vadas.O Programa Chevening concede bolsas de estudo para Em Angola, a administração Chevening está sob a respon- pós-graduação, mestrado, cursos de extensão ou especializa - sabilidade dos escritórios da embaixada do Reino Unido. ção. O programa é financiado pelo Foreign and As bolsas são concedidas para um programa formal de estu - Commonwealth officce, pelo ministério dos Negócios dos em tempo integral que tem uma duração que varia entre Estrangeiros britânico e é administrado pelo Britsh Council em os três e os 12 meses, excluindo o estágio prático ou todo o mundo. pesquisa.

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ECONOMIA

PRIMEIRO-MINISTRO, PAULO KASSOMA «METAS DO GOVERNO SEM MEDO DA CRISE»

Primeiro-Ministro, Ant ónio ficativos na reabilitação e construção Paulo Kassoma, assegurou de infra-estruturas, criando emprego O que a estratégia e os e as condições para o crescimento da objectivos traçados no domínio eco- produção, na base do aproveitamen - nómico e social não vão ser modifi - to racional dos nossos recursos natu - cados, apesar da crise económica e rais e respeitando o equilíbrio entre a financeira internacional. Esta garantia, economia e a ecologia”. que já tinha sido dada pelo Presi- Perante os deputados, Paulo Kasso- dente da República, na sua men - ma disse ainda que muitas das pre - sagem de Ano Novo, foi feita durante ocupações que constam do conjunto a sessão plenária da Assembleia de perguntas dirigidas ao executivo Nacional, por ocasião da interpelação estão formuladas nos princípios das ao Governo, pela bancada parlamen - políticas macroeconómica, de apoio tar do MPLA, sobre as medidas contra os efeitos da crise. ao desenvolvimento da actividade empresarial pública e do Acompanhado no Parlamento pela equipa económica do sector privado. Governo, o Primeiro-Ministro disse que a posição a ser segui - O Primeiro-Ministro acrescentou que as políticas constam do da para a materialização dos Plano Nacional do Governo e objectivos, prioridades, metas DIVERSIFICAÇÃO do Cronograma das Medidas e acções do Plano Nacional do Principais de Gestão Macro- Governo para 2009, em função económica e Estruturais a exe - do acentuar da recessão eco- DA ECONOMIA cutar este ano, aprovado pelo Governo e integrado no seu nómica mundial, está definida O Primeiro-Ministro ga- gativas para a capaci - plano de acção face à crise na mensagem de Ano Novo do rantiu que a aposta do dade de gerar emprego. internacional. Chefe de Estado. Governo na estratégia Acrescentou que para Paulo Kassoma disse que, no Na mensagem, o Presidente da de diversificação da este ano se prevê que o quadro de uma avaliação da República disse que “o preço economia, onde a ver - PIB cresça acima da taxa economia do País, o Governo do petróleo e dos diamantes tente agro-industrial é de crescimento natural equacionou as medidas que tem estado a descer muito, decisiva, vai permitir a da população, que se se impunham e que resultaram criação de novos postos situa na ordem dos três exigindo do nosso Governo na aprovação, pelo Conselho de trabalho e, por con - por cento, contribuindo acções que visem o reajusta - de Ministros, de um Crono- seguinte, a geração de decisivamente para essa mento do Orçamento Geral do grama das Medidas Principais emprego. Sublinhou que meta os sectores da Estado e de algumas metas do de Gestão Macroeconómica e nos sectores dos pe- agricultura, pescas e de- Plano Nacional para 2009. Esse Estruturais que estão em exe - tróleos e dos diamantes, rivados, indústria trans - ajustamento, no entanto, não cução este ano. Segundo o Pri- onde se regista um de- formadora, energia e vai modificar a estratégia e os meiro-Ministro, esse cronogra - créscimo do preço do serviços mercantis. Pau- objectivos estabelecidos no ma comporta, especifica - petróleo e do quilate lo Kassoma assegurou domínio económico e social”. mente, medidas do âmbito da dos diamantes no mer - ainda que o programa José Eduardo dos Santos garan - gestão macroeconómica, em cado internacional, vai de combate à pobreza tiu ainda que “o Governo vai que é assegurada a ma- diminuir a apetência vai manter-se não obstan- fazer tudo para manter a esta - nutenção da estabilidade ma- para os investimentos te haver certo abranda - croeconómica, com a meta da bilidade política e macroeconó- privados nessas áreas, mento no crescimento inflação prevista para este ano, mica e continuará a realizar com consequências ne- do PIB . investimentos públicos signi - de 10 por cento.

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ECONOMIA OGE-2009 REVISTO EM MAIO

Orçamento Geral do resulta numa taxa de crescimento Estado para 2009 será negativa. Não será o nosso caso, O revisto entre os próximos pois vamos acabar o ano 2009 meses de Maio e Junho, anunciou o com uma taxa de crescimento ministro da Economia, Manuel superior a dois por cento”, garan - Nunes Júnior. O governante disse tiu. O ministro disse que o que o OGE 2009, aprovado em Governo programou para 2009 um Dezembro último, foi baseado em cenário de crescimento económi - pressupostos que se alteraram, em co. “Haverá sim abrandamento virtude da actual crise financeira. mas com uma continuidade de “Será preciso rectificar este orçamen - crescimento”, assegurou. to para conformá-lo aos novos pressupostos”, defendeu o Segundo Nunes Júnior, Angola precisa de continuar a crescer. ministro, para acrescentar que antes da apresentação e dis - “O crescimento económico é a única forma sustentável de cussão do OGE revisto far-se-á um balanço da actividade podermos resolver os problemas sociais e económicos que o geral do Governo relativo ao ano 2008. Entretanto, Manuel país enfrenta, como a pobreza e o desemprego”, defendeu. Júnior assegurou que não haverá em Angola uma recessão Com uma taxa superior a dois por cento, o ministro da económica, contrariando vozes que se têm feito ouvir sobre o Economia acredita que o Governo poderá continuar a mate- assunto. “Não teremos uma recessão porque, tecnicamente, rializar os seus programas de combate à fome e à pobreza, de esta é uma situação em que a economia de um país eviden - reabilitação e modernização das infra-estruturas fundamen - cia, em três trimestres consecutivos, uma contracção, tais e de fomento à actividade empresarial, para que haja retracção ou decréscimo na sua actividade económica, o que diversificação da economia.

SONANGOL E BP DESCOBREM NOVO POÇO DE PETRÓLEO

Sonangol e a uma capacidade de pro - BP anunciaram dução de 5.040 barris de A em comunica - petróleo por dia (b/d) do distribuído, recente - através de um estrangu - mente, à imprensa, a lador de fluxo de 36/64 descoberta petrolífera polegadas. A Sonangol é “Leda-1”, no Bloco 31, em a concessionária do águas ultra-profundas Bloco 31. A BP Exploration no offshore de Angola. (Angola Limited como Trata-se da décima séti - Operadora do Bloco 31 ma descoberta que a BP detém 26, 67 por cento efectuou no Bloco 31, e de interesses. Os par - está localizada na parte ceiros do Bloco 31 são a central do sector norte ESSO Exploration and do mesmo Bloco a, Production Angola (Bloco aproximadamente, 415 quilómetros a Noroeste de Luanda e a 31) Limited (25 por cento), a Sonangol E.P (20 por cento), a cerca de 12 quilómetros a Sudoeste do campo Marte. Statoil Angola A.S (13,33 por cento), a Marathon international O poço Leda-1 foi perfurado a 2.070 metros de profundidade Petroleum Angola Block 31 Limited (10 por cento) e a TEPA e atingiu uma profundidade total de 5.907 metros abaixo do (BLOCK 31) LIMITED, (subsidiária do Grupo Total) com cinco por nível do mar. Os resultados dos testes deste poço indicaram cento.

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CULTURA

JÚLIO QUARESMA DESENHA MUXIMA

arquitecto e artista plásti - A praça do santuário, delimitada pela co Júlio Quaresma apre - antiga capela e pela nova igreja, O sentou ao Presidente de recebe cerca de 1200 mil fiéis que Angola, José Eduardo dos Santos, e costumam assistir às festas da ao Papa Bento XVI, o seu projecto Senhora da Muxima. para o Santuário da Nossa Senhora De acordo com os promotores, “se o da Muxima, próximo do Rio Kwanza plano do santuário foi construído na e centro do mais importante culto óptica da harmonia entre o homem e mariano em Angola. Deus, a sua inscrição num espaço Assumido como um diálogo entre a urbano levou à requalificação de velha capela do século XVII e a mo- toda a estrutura existente, em que a dernidade, o novo templo, com vi- génese informal e a construção sem trais de artistas angolanos, tem qualidade dará lugar a um ‘master capacidade para 4600 pessoas sen - plan’, que pensado em termos de tadas e estrutura-se a partir de três sustentabilidade, respeito pela tra- formas geométricas básicas: o dição e movimentos de ocupação e quadrado (Terra), o circulo (céu) e o uso do espaço urbano e pelos edifí - triângulo (Santíssima Trindade). Anexo ao corpo principal cios históricos existentes, trará a toda esta população o aces- desenvolve-se um outro, que funcionará como residência -so a uma habitação condigna, um novo lar”. para religiosos e acolherá alguns serviços de apoio. Acesso a água canalizada, rede eléctrica, rede de esgotos e “Uma enorme cruz em bronze marca, na projecção dos seus equipamentos (como escola e centro médico são valências braços, as entradas e simultaneamente na cobertura em cir - contempladas nesta obra de grande envergadura, que “di- culo, como que atravessa o céu, rompendo-o e delineando o gnificará e projectará o culto da Nossa Senhora da Muxima elemento como um símbolo do caminho da luz”, pode ler-se em todo o território angolano enquanto referência em África no comunicado enviado à imprensa. e no mundo”, acrescenta.

OBRA DE ÓSCAR RIBAS PODE SER REEDITADA

Óscar Ribas, tendo em conta as solicitações públicas. Apontou "Ilundo - Espíritos e Ritos angolanos", Missosso", "Alimentação regional angolana", "Uanga", "Ecos da minha terra" "Tudo isto aconteceu - Romance autobiográfico" como as obras alvos a serem reeditadas no âmbito do centenário do nascimento do escritor. Óscar Ribas, tornado cego aos 36 anos, coligiu em algumas obras várias tradições orais angolanas a partir dos testemunhos que recolheu, mas tam - bém, "através dos seus contos e romances, fixou um certo lin - guajar e sobretudo algumas expressões e vocábulos Casa Museu Óscar Ribas tem em perspectiva a angolanos". O escritor, natural de Luanda, deixou editadas 16 reedição da obra literária do escritor, como forma obras, entre elas, o "Dicionário de regionalismos angolanos", A de divulgar e perpetuar a vida e obra do autor de que começou a publicar em 1950 e que contou, no final, com "Uanga", "Ecos da minha terra", entre outras referências do o apoio do escritor Luandino Vieira. O seu primeiro livro, mosaico cultural angolano. A directora do museu, Maria "Nuvens que passam", foi editado em Benguela, em 1928. Fernanda de Almeida disse tratar-se de uma iniciativa que Considerado fundador da ficção literária, Óscar Ribas iniciou a visa, essencialmente, colocar no mercado o trabalho de sua actividade literária ainda estudante do Liceu.

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DESPORTO

Futebol MUKENGA DÁ VOZ AO HINO DO CAN - 2010

"Angola, é acompanhado pela País de fu- Banda Maravilha. Pela turo", de au- música, o Comité Orga- toria da du- nizador da XXVII edição pla Filipe Mu- do Campeonato Africano kenga/Filipe Zau, é o hi- das Nações-2010 atribuiu PALANCAS NEGRAS no do Campeonato Afri- 20 mil dólares. cano das Nações em fu- Para a escolha da música, tebol, a disputar-se em o júri avaliou a criativi - EM PORTUGAL Angola. "P'pros jogos de dade, a relação com a mano-a-mano, a Angola juventude, a educação e selecção nacional de diante de Cabo Verde (0-1), naquilo bem-vindo és! Angola te o ambiente, a originali - futebol, os Palancas Ne- que terá sido o terceiro jogo de abre os braços p'pro CAN dade, a clareza, a coerên - A gras, estiveram em curto preparação dos Palancas Negras, ini - de 2010" é o refrão de um cia da composição como estágio de preparação em Portugal, ciada com o desafio contra a tema que venceu na tema do evento e a va- com vista a sua participação no Venezuela (0-0) e o Mali (0-4). concorrência as interpre - lorização da cultura an- Campeonato Africano das Nações, Ainda em Portugal, Angola disputaria tações dos irmãos Al- golana. que o País vai acolher de 10 a 31 de um outro desafio contra o Marrocos. meida e António For- O júri foi constituído por Janeiro, nas cidades de Benguela, Dia 4 de Abril, uma selecção de Sub- tunato "Tonito". A letra é António Fonseca, Amélia Cabinda, Lubango e Luanda. 23 defronta a Namíbia, ainda no de autoria do compositor da Lomba, Carlos Gon- No seu primeiro desafio previsto em âmbito da preparação para o CAN- Filipe Zau, interpretada çalves, Simons Mancini e Portugal, a selecção nacional perdeu 2010. por Filipe Mukenga, que Joaquim Paulo.

Andebol PAULO PEREIRA NOVO TÉCNICO NACIONAL FEMININO

técnico português Paulo Pereira vai enquadra naquilo que são as metas do órgão dirigir os destinos da Selecção Na- que dirige, e dentro deste quadro o técnico luso O cional Sénior Feminina de Andebol, foi o escolhido pelo facto de ter tido já um con - nos próximos dois anos, e tem como adjunto o tacto com a realidade do andebol nacional, angolano Nelson Catito, ligado ao 1º de Agosto. porque na sua óptica, a adaptação de um Segundo Nelson Catito, a escolha recaiu no pro - treinador estrangeiro num meio diferente pode fessor Paulo Pereira porque o seu perfil se criar alguns constrangimentos.

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