Ministério Da Cidadania, Itaú, Secretaria Municipal De Cultura E Sesc Apresentam
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MINISTÉRIO DA CIDADANIA, ITAÚ, SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E SESC APRESENTAM cartografas.mitsp_07 2020 Revista de Artes Cênicas Número 7 - 2020 ISSN 2357-7487 Mostra Internacional de Teatro de São Paulo / MITsp Departamento de Artes Cênicas da ECA-USP Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da ECA-USP Periodicidade anual Escola de Comunicações e Artes Av. Prof. Lúcio Martins Rodrigues, 443 Cidade Universitária - São Paulo - SP EDITORAS RESPONSÁVEIS Daniele Avila Small, Luciana Eastwood Romagnolli e Sílvia Fernandes COMISSÃO EDITORIAL Antonio Araujo e Maria Fernanda Vomero EDITORA-EXECUTIVA Maria Luísa Barsanelli EDITORA-ASSISTENTE Mariana Marinho IDENTIDADE VISUAL E PROJETO GRÁFICO Casaplanta + Lila Botter REVISÃO Grená Conteúdo Multiplataforma SUMÁRIO 8 Apresentação MITsp | Espetáculos internacionais 12 Ao Terceiro Sinal 34 Entrevista com Tiago Rodrigues 40 By Heart x 14 Insurgência em tempos de escassez 44 Sopro 16 Cena Brasileira: uma paisagem 48 Pelo prazer de pensar e fazer pensar de corpos insubordinados por Maria João Brilhante 18 A quem se interessar 54 Burgerz 58 As simples e importantes perguntas 20 Que se implodam as estruturas por Renan Ji 22 Encontra de pedagogias da teatra: 62 Contos Imorais – Parte 1: Casa Mãe aFetividades do saber riscar e arriscar 66 Quando as ruínas falam 24 Parceiros por Clóvis Domingos dos Santos 70 Farm Fatale 74 A utopia que nasce do feio por Rodrigo Nascimento 78 Multidão [Crowd] 82 Jerk [Babaca] 86 Estranhos (quase) familiares por Michele Bicca Rolim 92 O Pedido 96 O Pedido e o muro sonoro por Wellington Júnior 100 O que Fazer Daqui para Trás 104 A emergência das incertezas por Daniel Toledo 110 Tenha Cuidado 114 O rasgo na armadura por Laís Machado 118 Tu Amarás 122 A invenção do outro e a idealização do eu por Guilherme Diniz 126 Sábado Descontraído 130 Recordar, repetir, elaborar por Renan Ji 134 ORLANDO 138 Eternos Orlandos por Renan Ji 142 Rainha Jesus, Dez Anos Performances 148 Programação 150 Po/éticas insurgentes por Paola Lopes Zamariola 152 Contra o colonialismo patriarcal por Maria Fernanda Vomero 154 Quarantine e a democracia por vir por Rodrigo Nascimento 158 A inquietação de Lisandro Rodriguez por Ferdinando Martins MITbr | Plataforma Brasil Olhares Críticos 162 Entrevista com Andréia Pires 248 Programação 168 Fortaleza 2040 172 Pra Frente o Pior 256 Entrevista com Janaina Leite 176 Viver melhor num mundo pior 260 A busca por autonomias instáveis por Clóvis Domingos dos Santos na MITsp 2020 180 O Ânus Solar por Julia Guimarães 184 O cordeiro imolado 266 Tudo o que lhe peço para por Clóvis Domingos dos Santos imaginar existe 186 Cancioneiro Terminal por Renan Marcondes 190 Viver de cinzas por Renan Ji Dossiê de Internacionalização 192 Entrelinhas 196 A profanação do silêncio 272 Internacionalização em tempos de por Laís Machado decolonização: é possível? por Christine Greiner 198 Meia Noite 202 Poesia, pedagogia e políticas 276 Plataformas de lançamento dos corpos negros para nossas artes cênicas por Wellington Júnior por Maria Lucia Pupo 204 Gota d'Água {PRETA} 280 Internacionalização, interculturalidade 208 Negras vocalidades: uma crítica e indicadores: ideias esparsas ao presente (para iniciar a conversa) por Guilherme Diniz por Lúcia Maciel Barbosa de Oliveira e André de Araújo 210 Por Onde Andam os Porcos 214 A existência fossilizada 284 Entrevista com Christiane Jatahy em Por onde Andam os Porcos por Nathalia Catharina Alves Oliveira Ações Pedagógicas 216 Recolon 220 Grito-paisagem 290 Programação por Wellington Júnior 302 Entrevista com João Fiadeiro 222 Stabat Mater 306 A teatra contra a tutela: pedagogias 226 Real e fcção como valores indisciplinares da arte ou la esperanza complementares es la más grande de las puras por Michele Bicca Rolim por Dodi Tavares Borges Leal 228 tReta 310 Navegar na incerteza (ensaio 232 O choque como antítese à barbárie sobre uns possíveis) por Nathalia Catharina Alves Oliveira por Ana Harcha 234 violento. 238 Corpo/corpus negro: paisagens de sentidos Eventos especiais por Guilherme Diniz 318 Seminário Perspectivas Anticoloniais 240 ZOO 319 Homenagem a Francisco Medeiros 244 ZOO e a ressaca colonial por Rodrigo Nascimento 319 O Espectador e a Leitura da Cena 319 Residência Artística Fissuras Rítmicas 322 Minibiografas 334 Ficha Técnica 336 Agradecimentos APRESENTAÇÃO EM SUA SÉTIMA EDIÇÃO CONSECUTIVA, A MITSP – Mostra Internacional de Teatro de São Paulo reúne um recorte da cena contemporânea mundial, com produções que enveredam pela experimentação de linguagem e se mostram críticas ao seu próprio tempo. Dentro dessa perspectiva, em 2020 os eixos apontam para duas palavras-chave: transbordar e transgredir, conceitos refetidos também nas obras do artista Henrique Oliveira, que compõem a identidade visual desta edição. A Mostra de Espetáculos inclui trabalhos internacionais com artistas de diversos países, e a MITbr – Plataforma Brasil se consolida como um importante programa de internacionalização das artes cênicas brasileiras. Complementam a programação as atividades de Olhares Críticos, com conversas, publicação de artigos e críticas; e o eixo Ações Pedagógicas, que reúne residências, ofcinas e outras atividades formativas. MOSTRA DE ESPETÁCULOS Se a edição passada foi marcada por produções documentais, esta 7ª MITsp vai por outro caminho, dando força à hiper-teatralidade. São trabalhos que buscam na metáfora e na poética teatral a potência para representar os absurdos de um mundo em confito. Artista em foco, o português Tiago Rodrigues, diretor do Teatro Nacional Dona Maria II, apresenta dois espetáculos, By Heart e Sopro. Trafegando entre a realidade a fcção, o ator, encenador e dramaturgo explora a força da memória, seja como instrumento de afeto, seja como ferramenta de resistência. O francês Philippe Quesne, com a alemã Münchner Kammerspiel, usa do humor e da ironia em Farm Fatale, uma alegoria distópica sobre os impactos humanos no mundo. Em Sábado Descontraído, a ruandesa Dorothée Munyaneza, radicada na França, mescla linguagens artísticas diversas à sua memória de infância para falar dos horrores da guerra civil em seu país. A francesa Phia Ménard, em Contos Imorais - Parte 1: Casa Mãe, reimagina uma casa para a Europa e seus desabrigados a partir de uma simples estrutura de papelão. Já a franco-austríaca Gisèle Vienne se debruça sobre suas pesquisas em dança e marionetes para dissecar as relações humanas nos espetáculos Multidão (Crowd) e Jerk (Babaca). Esses espetáculos formam o Foco França, um pequeno panorama da cena contemporânea do país. 8 O português João Fiadeiro faz uma crítica à urgência e à rotina acelerada em O que Fazer daqui para Trás. Já a indiana Mallika Taneja fala da violência contra mulheres de seu país em Tenha Cuidado. A relação com o outro, o diferente, também é o mote de trabalhos como Tu Amarás, em que a companhia chilena Bonobo mostra uma sociedade receosa em receber forasteiros; e o britânico O Pedido, parceria entre o diretor Mark Maughan e o dramaturgo Tim Cowbury, sobre as falhas do sistema de asilo para refugiados. Há ainda um enfoque à visibilidade trans. Artista não binário, Travis Alabanza discute, em Burgerz, um caso de transfobia que vivenciou. ORLANDO, instalação da suíça Julie Beauvais, baseia-se no romance de Virginia Woolf para pensar um mundo pós-binário. Esta edição, por fm, celebra os dez anos do texto O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu, sobre um Cristo transexual, reunindo sessões da montagem original, com a britânica Jo Cliford, e da nacional, com Renata Carvalho. MITBR - PLATAFORMA BRASIL No seu terceiro ano, a MITbr amplia a proposta de abarcar a pluralidade de linguagens, temáticas e artistas da cena nacional. A coreógrafa Andréia Pires, artista brasileira em foco, discute o corpo político e o atual contexto do país em Fortaleza 2040 e PRA FRENTE O PIOR. O debate político e social, aliás, permeia boa parte dos trabalhos. Por Onde Andam os Porcos, de Kildery Iara, repensa o sistema capitalista e seus agentes. Maikon K relê Georges Bataille e sua crítica aos padrões da sociedade em O Ânus Solar. O Coletivo Mona fala do impacto ambiental das usinas hidroelétricas do Rio Madeira, em Rondônia, com a performance Recolon. O Grupo MEXA, com Cancioneiro Terminal, e o Original Bomber Crew, com tReta, colocam em cena corpos periféricos e marginalizados. O grupo Macaquinhos propõe uma ressaca colonial em ZOO, que desencanta os zoológicos humanos realizados em países da Europa durante o século 20. E Janaina Leite disseca o feminino – e seu papel social – em Stabat Mater, seu trabalho mais recente. Muito presente nesta edição são obras que tratam da questão do negro – discutindo a presença do corpo negro em cena ou mesmo relendo mecanismos históricos de opressão. É o caso de violento., de Preto Amparo, 9 APRESENTAÇÃO Alexandre de Sena, Grazi Medrado e Pablo Bernardo; Entrelinhas, do Coletivo Ponto Art; Meia Noite, de Orun Santana; e Gota D’Água {PRETA}, de Jé Oliveira, adaptação do musical de Chico Buarque e Paulo Pontes. OLHARES CRÍTICOS A programação do eixo Olhares Críticos convida o público a pensar as artes cênicas e a contemporaneidade a partir de uma série de ações, como a realização de debates; mesas com pensadores de diversas formações e lugares de fala; e publicações de críticas diárias. A prática curatorial e ideia de cultura como um bem de todos são temas que norteiam as Refexões Estético-Políticas deste ano, com mesas como A Cultura como Direito Constitucional e Bem Comum, Democracia em Foco: Mecanismos de Censura e Curadoria na Encruzilhada. Os artistas em foco desta edição, o português Tiago Rodrigues e a brasileira Andréia Pires, participam de entrevistas públicas, e o pesquisador francês Olivier Neveux, professor de história e estética do teatro na ENS de Lyon, ministra a masterclass Contra o Teatro Político. Pesquisadora em foco, a atriz, dramaturga e diretora Janaina Leite explora as questões estéticas e políticas de seu trabalho sobre o feminino, com uma desmontagem de seu espetáculo Stabat Mater e debates sobre as questões suscitadas pela obra.