Memórias Do Mestre Guarany E Os Carranqueiros De Santa Maria Da Vitória-Ba

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Memórias Do Mestre Guarany E Os Carranqueiros De Santa Maria Da Vitória-Ba MEMÓRIAS DO MESTRE GUARANY E OS CARRANQUEIROS DE SANTA MARIA DA VITÓRIA-BA Karem Carolina de Oliveira Cortes1 Mayara Suellen Sardeiro Vieira2 Resumo: O presente trabalho propõe a legitimação e valorização da carranca como patrimônio cultural e material de Santa Maria da Vitória-BA, através das memórias do carranqueiro, filho da cidade e reconhecido mundialmente, o mestre Francisco Biquiba Dy Lafuente Guarany, e também sobre a subjetividade do processo artísticos de carranqueiros como: Francisco Carlos, João Souza, e Josenilton. As carrancas são consideradas como representação da cultura popular santamariense, aliada a seu aspecto totêmico em que, quando colocada nas proas protegiam as embarcações e os barqueiros que trabalhavam na região do Médio São Francisco. O estudo se valida a partir das histórias de vida e orais, em que são contadas as vivências e o processo produtivo das carrancas. Esta pesquisa objetivava analisar a importância da carranca como representação artística da cultura popular santamariense, conhecer o acervo de Jairo Rodrigues, considerado guardião do Mestre Guarany, e que também contempla obras de carranqueiros anônimos, e carranqueiros como: Demétrio, Júnior Guarany, e Tutu Ferreira, perceber o empenho dos carranqueiros em resgatar o valor simbólico da carranca para a cultura e a identidade santamariense, entender a carranca como dispositivo econômico, e analisar a subjetividade que cada carranqueiro expressa em suas carrancas, para utilizá-las como base para a produção do catálogo de legitimação e valorização patrimonial que será levado a conhecimento da Secretaria de Educação e Cultura para distribuição nas escolas do Município e Biblioteca Municipal. Palavras-chave: Guarany, carranqueiros, carranca. 1. Introdução Santa Maria da Vitória era uma cidade fluvial segundo o que conta os primeiros moradores que aqui chegaram, as embarcações eram o único meio de transporte que havia, o abastecimento da cidade, o deslocamento dos moradores, e a subsistência eram advindas do rio. Era através do rio que as populações ribeirinhas tinham acesso umas às outras, e também aos grandes centros. Misticamente o surgimento das carrancas do rio Corrente, provém de lendas populares como: Nego d'Água, Bicho d’Água, Minhocão. As carrancas eram figuras de proa ou barcas, que ornamentavam e protegiam os barqueiros e remeiros do médio São Francisco, dos “perigos” do rio. 1 Estudante do 9º semestre do curso Licenciatura em Artes Visuais da Universidade Federal do Oeste da Bahia. [email protected]. 2 Estudante do 9º semestre do curso Licenciatura em Artes Visuais da Universidade Federal do Oeste da Bahia. [email protected]. Para os barqueiros e remeiros a carranca era como um totem, capaz de protegê- los contra as criaturas místicas do rio, e prevenindo acidentes como: encalhamento das barcas, ou afogamento, que segundo o que conta a lenda, a carranca lançava três gemidos ao avistar perigo. Acredita-se que, as feras do rio foram afastadas devido ao barulho dos motores das novas embarcações, contudo as figuras de proa (carrancas) passavam a constituir novas manifestações. As carrancas passaram a estar mais próximo da população, sendo assim utilizada como objeto decorativo no entanto, sem perder sua misticidade neste sentido, houve apenas um deslocamento das proas das embarcações, para casas, comércios, espaços públicos com o intuito de espantar o “maus olhados”, ou seja, a carranca continuava sendo um totem de proteção porém, com locação diferente. O pioneiro em confeccionar carrancas em série foi Francisco Biquiba Dy Lafuente Guarany, popularmente conhecido como Mestre Guarany, apesar de seu reconhecimento mundial, em sua cidade natal, o reconhecimento de sua arte e talento é pouco valorizado. Mesmo configurando-se como arte popular, o processo artístico de produzir carrancas pouco significa para a população santamariense, muitos nem conhecem sobre esta arte e sua importância histórica e cultural. 2. Francisco Biquiba Dy Lafuente Guarany O pioneiro em confeccionar carrancas em série às margens do Rio Corrente3, foi Francisco Biquiba Dy Lafuente Guarany, popularmente conhecido como Mestre Guarany, nascido em Santa Maria da Vitória-Ba em 2 de abril de 1884, Guarany como fora apelidado pelo pai, foi o escultor de carrancas que mais produziu. Aos 14 anos inicia as atividades como marceneiro, constrói madeiramentos de casas, móveis, barris, e também como santeiro. A primeira carranca esculpida por Guarany para a barca Tamandaré foi em 1901, não se tem precisão de quantas foram as figuras de proa por ele produzidas até 1940, quando as carrancas passam a ganhar nova locação, como assinala Paulo Pardal (1979): “É difícil saber quantas carrancas saíram de suas mãos, de 1901 ao início da década de 1940[…] Sua memória, aos 84 e aos 88 anos, quando conversarmos, não permitia precisar este fato mas, certamente, não chegaram a 100. Parece- me razoável supor que Guarany tenha produzido, até o início da década de 1940, cerca de oitenta carrancas”. ( PARDAL, 1979, p. 25) Com o fim das produções de barcas remeiras, Guarany fica cerca de dez anos sem produzir as figuras de proa, quando no fim da década de quarenta, é descoberto pela imprensa e pela crítica de arte. Em 1947, o jornalista Theóphilo de Andrade escreve o artigo “Carrancas de Proa do São Francisco” na revista O Cruzeiro, publicado junto com imagens do fotógrafo francês Marcel Gautherot (1910-1996). Em 1954, o escultor volta a fazer carrancas sob encomenda para colecionadores. No mesmo ano, algumas delas são exibidas em Salvador, na exposição organizada por Vasconcelos Maia, e no pavilhão de arte popular do Parque Ibirapuera, que sedia os festejos do 4° Centenário de São Paulo. O médico e crítico de arte Clarival do Prado Valladares (1918- 1983) dedica às suas carrancas o capítulo “Duendes do São Francisco”, em seu livro Paisagem Redevida, publicado em 1958. Somente após a repercussão de suas obras em exposições como: A Mão do Povo Brasileiro no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP), 3 Localizado no Oeste da Bahia, o Rio Corrente abrange os municípios de: Brejolândia, Canápolis, Cocos, Coribe, Correntina, Jaborandi, Santana, Santa Maria da Vitória, São Félix do Coribe, Serra Dourada e Tabocas do Brejo Velho. Guarany passa assinar suas obras como “F. Guarany” e batizá-las na década de 1963. Segundo Pardal (1979, p. 26), Alguns dos nomes de batismo das carrancas pertencem a mitologia indígena. Outros nomes são de “animais antidiluvianos”, cujos fotografias, vistas em jornais e revistas, impressionaram Guarany. Entre os animais pré- históricos, ele utilizou, por exemplo: Mastodonte, Galocéfalo, Bromosário, etc. Da mitologia indígena, vinheram: Chipam, Curupam, Capelobo e outros. Alguns mais recentes: Muturã, Salaô, Bulcão, Pirajá, etc. Guarany cria uma fantasia em torno de muitas de suas carrancas, como a querer dar-lhes vida. Descendente de espanhóis, negros e índios, Francisco Biquiba Dy Lafuente Guarany traz em suas obras influências da miscigenação que caracteriza a cultura brasileira, por isso, Brandão e Figueirôa (2013, p. 4) destaca que, Poderíamos aqui identificá-lo simbolicamente como representante da união em um só indivíduo, da paixão dos europeus pela navegação, pelo deslizar sobre as águas em busca de paisagens desconhecidas; do misticismo do negro, presente no culto a Oxum e Iemanjá para proteger contra os perigos das águas; e da relação com o sobrenatural e com as florestas e rios, habituais dos índios autóctones. Mestre Guarany era um artista popular autodidata, suas esculturas surgem de sua relação com a madeira e o rio pois, mesmo quando produzidas por encomenda, ele as esculpia creditando o valor artístico à sua relação com as águas, isso porque sua família tinha um relação forte com o rio, visto que, o avô foi barqueiro e o pai construtor de barcas. As carrancas do Mestre Guarany, são facilmente identificáveis pela cabeleira espessa, elemento plástico que caracterizou a maioria de suas esculturas, que subdividem- se em três fases: “em uma primeira fase, Guarany esculpia a cabeleira num estilo que chamarei em corda, pois se assemelha a um conjunto de cordas grossas, justapostas (...)” e “na segunda fase, suas esculturas apresentaram uma quebra ou onda, no sentido longitudinal do pescoço, na altura de cada orelha, quando está em sua posição correta na cabeça humana (...)”, essas duas fases caracterizam as esculturas produzidas para navegação, a terceira, no entanto, caracteriza a fase das esculturas produzidas para colecionadores em que, “(...) a cabeleira manteve sempre o estilo em onda”. (PARDAL, 1981, p. 154-155) Com o falecimento do Mestre Guarany no ano de 1985, Santa Maria da Vitória corria grande risco de perder parte da sua cultura carranqueira porém, a partir da curiosidade de garotos que conviveram com a arte da carranca, e moravam próximo a oficina do mestre Guarany, sentiram-se empenhados em desenvolver o ofício. Em virtude desta curiosidade, são atualmente os carranqueiros que preservam a identidade cultural de produzir carrancas. Assim, a preservação da memória e da arte do Mestre Guarany, encontra-se vinculada a prática artística dos carranqueiros que ainda nos dias atuais, sentem-se comprometidos em manter a arte de produzir carrancas, para evidenciar sua importância, enquanto produto artístico da identidade da cultura local. Percebe-se que, além dos artistas, suas obras também possuem influências da miscigenação das culturas espanholas, negras e indígenas. 3. Carranqueiros e a subjetividade de seus processos artísticos Com
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