NASCIMENTO, Juliana. Drags Demônias – O Grupo Cultural Belemense Em Análise

Total Page:16

File Type:pdf, Size:1020Kb

NASCIMENTO, Juliana. Drags Demônias – O Grupo Cultural Belemense Em Análise NASCIMENTO, Juliana. Drags Demônias – O Grupo Cultural Belemense em Análise. Belém: PPGArtes. ICA – UFPa; Mestranda; Wladilene Lima. Bolsista CAPES. Drag e Pesquisadora. RESUMO: Desde 2014, na cidade de Belém, o grupo cultural que se auto identifica com o nome “Drags Demônias” tem quebrado diversos paradigmas que rodeiam a arte drag; reagindo artisticamente de acordo com uma construção filosófica e atravessamentos específicos. Em um primeiro momento organiza-se através de um estudo bibliográfico e análise através de história oral, seguido de um estudo dos conceitos que conversam com a arte drag (como drag queen, drag king, drag queer, transformista, cross-dresser, travesti, transgêneros, etc.) e revisitando algumas confusões e alterações dessas estruturas conceituais e convergindo com a produção contemporânea. Partindo para um segundo momento onde, através de observação e análise, identifica-se a gênese do grupo como subgênero direto da arte Drag Queer. Partindo do princípio que esta consiste na não-definição de um gênero específico na sua construção poética; abrindo novas possibilidades de atravessamentos, percepções e estéticas. A Demônia, muito além da estética e do sincretismo cristão, remete ao demônio interior, ao grego daimon, ao destino – ethos anthropo daimon. Além de alimentar arcabouço teórico sobre o tema e suas transgressões e variações. PALAVRAS CHAVE: Drag, Demônia, Queer, Belém. ABSTRACT: Since 2014, in Belém, the cultural group that identifies itself with the name "Drags Demônias" has broken several paradigms that surround the drag art; reacting artistically according to a philosophical construction and specific crossings. At first it is organized through a bibliographic study and analysis through oral history, followed by a study of the concepts that talks with the drag art (as drag queen, drag king, drag queer, transformista, cross-dresser, travesti, transgenders, etc.) and revisiting some confusions and alterations of these conceptual structures and converging with contemporary production. Going for a second moment where, through observation and analysis, the genesis of the group is identified as a direct subgenre of Drag Queer art. Assuming that it consists in the non-definition of a specific genre in its poetic construction; opening new possibilities of crossings, perceptions and aesthetics. Demônias, far beyond aesthetics and christian syncretism, refers to the inner demon, the greek daimon, to destiny - ethos anthropo daimon. In addition to feeding theoretical framework on the theme and its transgressions and variations. KEYWORDS: Drag, Demônia, Queer, Belém. Situar historicamente os estudos de “montação” é uma tarefa longa e muito anterior ao tempo histórico representado aqui, então para dar início à apresentação do tema, trago à luz a definição etimológica do termo “drag”. Estudando os materiais teóricos de Baker (1994), Jatene (1997) e Bortolozzi (2015), podemos afirmar que a expressão possui uma etimologia duvidosa, mas podemos citar aqui as principais vertentes. A lenda etimológica mais antiga acerca da palavra “drag”, vem do período Elisabetano, quando as mulheres eram proibidas de atuar em palcos públicos e os homens que representavam seus papéis eram designados nos roteiros como D.R.A.G. (dressed as a girl – vestido de menina). A história é associada diretamente a Shakespeare, um dos principais encenadores da época. Também é considerada a colocação de que “drag” seria a adaptação da palavra dragon, sugerindo que seriam dragon queens (rainhas dragões), referindo-se ao seu visual exagerado e colorido. E ainda, mas não por menos, existe a hipótese de que “drag” seria diretamente o verbo “arrastar” em inglês, fazendo alusão aos enormes vestidos que elas ostentavam e, propriamente, arrastavam em seus espetáculos. A figura da artista drag na cidade de Belém sempre foi presente enquanto estereótipo, havendo poucas representações históricas de drags que alcançaram um certo reconhecimento enquanto artistas fora dos meios LGBTI+, estas são contadas nos dedos como Liz Babeth Taylor e Eloi Iglesias. Existiam outras artistas como Shaula Vegas, Shantara Gomes, Glenda Áquila, Mel QBoa, etc. Mas essas eram encontradas apenas em espaços voltados para o público em questão. Desde 2014, o movimento de drags local fora bombardeado com uma nova geração de artistas saídas de grupos de teatro e de outros movimentos artísticos. Bem diferente e ao mesmo tempo bem parecido com o que era produzido antes, as mudanças semiológicas são perceptíveis em vários níveis, mas “cada ritual tem sua própria maneira de interrelacionar os símbolos” (TURNER, 1974), e assim acompanhamos a vinda à tona de um novo movimento de drags conceituais, as autointituladas “drags demônias”. “Percebemos haver uma preocupação coletiva, não necessariamente clara, ou explícita, dos artistas e intelectuais belenenses em demarcar, esteticamente, o espaço do que seria uma “cultura” amazônica. ” (CASTRO, 2012) Essas artistas desenvolvem um trabalho único, abraçando fortemente a cultura local enquanto fonte de produção artística, tirando a drag, necessariamente, de dentro das casas de shows e trazendo para o enfrentamento da rua em performances urbanas e atos políticos. Na cidade de Belém, a drag sempre teve uma participação limitada enquanto alicerce artístico/cultural, sendo lembrada apenas em épocas específicas, como a Parada do Orgulho LGBT (que ocorre desde 2001 na cidade de Belém) e a Festa da Chiquita – que ocorre desde os anos 1970 e, atualmente, é organizada por Eloi Iglesias. A Chiquita acontece anualmente na Praça da República na noite de trasladação que precede o Círio de Nazaré, muito conhecida por ser uma festa “profana e de cunho homossexual”. (BRASIL, 2006). “As performances são o grande atrativo da Festa da Chiquita. Não só as realizadas pelas drag-queens, mas pelo público que, embalado ao som das “músicas de boate”, se queda em jogos performáticos rivalizando com as prerrogativas heteronormativas.” (RIBEIRO, 2015) Recentemente, a arte drag na cidade de Belém tomou uma nova roupagem. Um movimento que se iniciou com o evento Noite Suja – produzida por Tristan Soledade e S1mone –, em 2014, e tem gerado uma grande movimentação do cenário drag local. Seguido pelo aparecimento de outros eventos para este público como a Viada Cultural – produzida por Flores Astrais e Fabritney A.K.A. Della –, que iniciou em 2014, no antigo Bar do Oito, a Obscenna – produzida por Cílios de Nazaré –, que começou a ser realizada em 2016; além de outros eventos que não são necessariamente voltados para esse público ou não acontecem com periodicidade, que é o caso da DECAdance, da Karma Cool e da Pyrygotyk. Essas têm sido as representações sociais desse movimento autointitulado “drags demônias”. Uma nova geração de artistas que têm reproduzido cada vez mais o efeito da glocalização de Rolland Robertson (2000), onde os aspectos globais – no caso, a cultura drag já em voga, como glamour, paetês, plumas, o famoso “o que se espera de” – entram em harmonia com os aspectos locais – onde entra a cultura regionalista paraense, a utilização de penas de urubus, cuias, cocares, iconografia, lendas amazônidas, roupas características, traços culturais urbanos, costumes, etc. Um embate de influências que é abordado por Stuart Hall (2006) em: “[...] as identidades, que compunham as paisagens sociais “lá fora” e que asseguravam nossa conformidade subjetiva com as “necessidades” objetivas da cultura, estão entrando em colapso, como resultado de mudanças estruturais e institucionais. O próprio processo de identificação, através do qual nos projetamos em nossas identidades culturais, tornou-se mais provisório, variável e problemático. Tudo isso acontece em meio a um momento de intensa globalização, com o desenvolvimento incessante das tecnologias de transporte e comunicação, que cada vez mais colocam o local e o global em contato. A maior interdependência global leva a um colapso das identidades tradicionais, ligadas ao local, e produz uma diversidade cada vez maior de estilos e identidades.” (HALL, 2006) A partir de então podemos enxergar que no movimento das “drags demônias” temos muitos exemplos do quanto essa localidade guia o trabalho dessas artistas, como é o caso de Cílios de Nazaré, vivida pela artista Monique Malcher, que faz uma clara referência ao Círio de Nazaré e leva a fundo sua inspiração usando looks inspirados em mantos e grandes cílios de diversos materiais; também podemos usar como exemplo Tristan Soledade, vivida por Maruzo Costa, que representa uma morta-viva e sempre moldou sua identidade baseada na lenda de Severa Romana (LACERDA, 2012) e até seu nome carrega a referência de um dos mais tradicionais cemitérios de Belém, além de looks como o de Fabritney A.K.A.Della, que já viveu uma índia com iconografias marajoaras no rosto e corpo; La Falleg Condessa, que montou um look inspirado em urubus do Ver-o-Peso; Luna Skyy, que já se inspirou em Yaci, deusa indígena protetora das plantas; diversas artistas performam músicas regionais e vários outros exemplos. O grupo cultural das demônias tem tomado um espaço cada vez maior, seja na noite, seja em espaços artístico-culturais, ou mesmo nas ruas de Belém. É preciso afirmar e identificar a cultura paraense como objeto de estudo de artistas locais para fortalecer e cada vez mais abranger novos patamares de desenvolvimento e aceitação através da arte. Existe uma confusão muito grande acerca dos conceitos que rodeiam esse tema, em grande parte porque eles estão em constante mutação. Para esse apanhado conceitual, buscou-se
Recommended publications
  • GAG Magazine
    SPECIAl ISSUE CONTENTS SPECIAL ISSUE ON THE COVER: THE ART OF GAG A retrospective celebration of GAG and a peek into our future. PAGE 20 5 // Musings from the Editrix 6 // Back Talk 8 // Gagging On with special guest Chiffon Dior LIFE 10 // Libations by Candace Collins 12 // Ask Edna Jean 14 // Voices Trans* Drag by Freddy Prinze Charming 72 // Drag-o-sphere 74 // Spotlight: Fans ART 16 // The Art of Drag: The Making of a King Documentary An interview with woman behind the kings, Nicole Miyahara. 66 // Extravaganza The Austin International Drag Festival GAG sits down with the mastermind behind the world’s first 4 day drag festival. BRANDI AMARA SKYY EDITIRX PAUL MICHAEL ARMSTRONG CREATIVE DIRECTOR CONTRIBUTORS Candace Collins Chiffon Dior Freddy Prinze Charming Edna Jean Robinson PHOTOGRAPHERS Alex Craddock Austin Young AJ Bates photography Cher Musico/Roots Photography Edwin Irizarry Gabe King Photography Jose A. Guzman Colon Kristofer Reynolds of kristoferreynolds.com Marcelo Cantu Photography Mathu Anderson Mei Na Nicole Miyahara Photography by Suri Rosemary Photography Robert Stahl musings from the editirx This issue of GAG is special not only because we are celebrating our second birthday, but because we’re in the middle of a growth spurt. We’ve outgrown some things . Departments like News, Music, Library, DID (Dipping into Drag). And grown into others . Voices where YOU write the story; The Art of Drag where we highlight others like us who are creating spectacular things; and - my personal favorite - Spotlight where we dedicate the last page(s) of the magazine to shining the spotlight on those who make us stars - the fans.
    [Show full text]
  • E Past, Present and Future of Drag in Los Angeles
    Rap Duo 88Glam embrace Hip-Hop’s fearlessness • Museum Spotlights Ernie Barnes, Artist and Athlete ® MAY 24-30, 2019 / VOL. 41 / NO. 27 / LAWEEKLY.COM Q e Past,UEENDOM Present and Future of Drag in Los Angeles BY MICHAEL COOPER AND LINA LECARO 2 WWW.LAWEEKLY.COM | - , | LA WEEKLY L May 24 - May 30, 2019 // Vol. 41 // No. 27 // laweekly.com 3 LA WEEKLY LA Explore the Country’s Premier School of Archetypal and Depth Psychology Contents - , | | Join us on campus in Santa Barbara WWW.LAWEEKLY.COM Friday, June 7, 2019 The Pacifica Experience A Comprehensive One-Day Introduction to Pacifica’s Master’s and Doctoral Degree Programs Join us for our Information Day and learn about our various degree programs. Faculty from each of the programs will be hosting program-specific information sessions throughout the day. Don't miss out on this event! Pacifica is an accredited graduate school offering degrees in Clinical Psychology, Counseling Psychology, the Humanities and Mythological Studies. The Institute has two beautiful campuses in Santa Barbara nestled between the foothills and the Pacific Ocean. All of Pacifica’s degree programs are offered through monthly three-day learning sessions that take into account vocational, family, and other commitments. Students come to Pacifica from diverse backgrounds in pursuit of an expansive mix of accademic, professional, and personal goals. 7 Experience Pacifica’s unique interdisciplinary degree programs GO LA...4 FILM...16 led by our renowned faculty. Celebrate punk history, explore the NATHANIEL BELL explores the movies opening Tour both of our beautiful campuses including the Joseph Campbell Archives and the Research Library.
    [Show full text]
  • The Gentrification of Drag
    City University of New York (CUNY) CUNY Academic Works Capstones Craig Newmark Graduate School of Journalism Fall 12-16-2018 The Gentrification of Drag Kyle Kucharski Cuny Graduate School of Journalism How does access to this work benefit ou?y Let us know! More information about this work at: https://academicworks.cuny.edu/gj_etds/294 Discover additional works at: https://academicworks.cuny.edu This work is made publicly available by the City University of New York (CUNY). Contact: [email protected] The Gentrification of Drag How drag refuses to lose its edge in mainstream entertainment By Kyle Kucharski Drag culture is blowing up the mainstream. What has historically been a queer subculture relegated to the nightlife world is now an emerging arena of entertainment on primetime television. Reality TV shows like “RuPaul’s Drag Race” have changed the drag landscape forever, bringing it into the center of the cultural conversation, where it can be made into family-friendly, PG-13 programming. An ever-growing thirst for more drag content means more opportunities for performers to make careers, more money for those performers and more varied and dynamic art. But what is the cost of the commercial monetization of an audacious, queer form of performance born on the margins of society and fueled by the underground? In response to this, a growing community of performers—many of them quite new to drag—have created a space for their own type of art, one that attempts to keep drag underground. Their work suggests that if the value of drag lies in its power to shock and to provide a dissenting critique on heterosexual, cisgender culture, its power as a subversive form of art is lost when its mass-produced and inevitably sanitized.
    [Show full text]
  • This PDF Contains the Complete Keywords Section of TSQ: Transgender Studies Quarterly, Volume 1, Numbers 1–2
    This PDF contains the complete Keywords section of TSQ: Transgender Studies Quarterly, Volume 1, Numbers 1–2. Downloaded from http://read.dukeupress.edu/tsq/article-pdf/1/1-2/232/485677/19.pdf by guest on 27 September 2021 KEYWORDS Abstract This section includes eighty-six short original essays commissioned for the inaugural issue of TSQ: Transgender Studies Quarterly. Written by emerging academics, community-based writers, and senior scholars, each essay in this special issue, ‘‘Postposttranssexual: Key Concepts for a Twenty- First-Century Transgender Studies,’’ revolves around a particular keyword or concept. Some con- tributions focus on a concept central to transgender studies; others describe a term of art from another discipline or interdisciplinary area and show how it might relate to transgender stud- ies. While far from providing a complete picture of the field, these keywords begin to elucidate a conceptual vocabulary for transgender studies. Some of the submissions offer a deep and resilient resistance to the entire project of mapping the field terminologically; some reveal yet-unrealized critical potentials for the field; some take existing terms from canonical thinkers and develop the significance for transgender studies; some offer overviews of well-known methodologies and demonstrate their applicability within transgender studies; some suggest how transgender issues play out in various fields; and some map the productive tensions between trans studies and other interdisciplines. Abjection ROBERT PHILLIPS Abjection refers to the vague sense of horror that permeates the boundary between the self and the other. In a broader sense, the term refers to the process by which identificatory regimes exclude subjects that they render unintelligible or beyond classification.
    [Show full text]
  • Introduction
    Introduction SUSAN STRYKER and PAISLEY CURRAH elcome to TSQ: Transgender Studies Quarterly, which we intend to be the Wjournal of record for the rapidly consolidating interdisciplinary field of transgender studies. Although the field is only now gaining a foothold in the academy, the term transgender has a long history that reflects multiple, sometimes overlapping, sometimes even contested meanings. For some, it marks various forms of gender crossing; for others, it signals ways of occupying genders that confound the gender binary. For some, it confers the recognition necessary for identity-based rights claims; for others, it is a tool to critically explore the dis- tribution of inequality. The term transgender, then, carries its own antinomies: Does it help make or undermine gender identities and expressions? Is it a way of being gendered or a way of doing gender? Is it an identification or a method? A promise or a threat? Although we retain transgender in the full, formal title of this journal, we invite you to imagine the T in TSQ as standing in for whatever version of trans- best suits you—and we imagine many of our readers, like us, will move back and forth among several of them. We call your attention as well to our use of the asterisk (symbol of the open-ended search) in the journal’s logo, our hopefully not-too-obscure gesture toward the inherently unfinishable combinatorial work of the trans- prefix. Whatever your critical, political, or personal investment in particular trans- terminologies, we hope that you will find—or make—an intel- 1 lectual home for yourself here.
    [Show full text]
  • How Reality TV Reimagines Perceptions of American Success
    DePaul University Via Sapientiae College of Liberal Arts & Social Sciences Theses and Dissertations College of Liberal Arts and Social Sciences 6-2016 That's Ru-volting! how reality TV reimagines perceptions of American success Megan M. Metzger DePaul University, [email protected] Follow this and additional works at: https://via.library.depaul.edu/etd Recommended Citation Metzger, Megan M., "That's Ru-volting! how reality TV reimagines perceptions of American success" (2016). College of Liberal Arts & Social Sciences Theses and Dissertations. 209. https://via.library.depaul.edu/etd/209 This Thesis is brought to you for free and open access by the College of Liberal Arts and Social Sciences at Via Sapientiae. It has been accepted for inclusion in College of Liberal Arts & Social Sciences Theses and Dissertations by an authorized administrator of Via Sapientiae. For more information, please contact [email protected]. THAT’S RU-VOLTING! HOW REALITY TV REIMAGINES PERCEPTIONS OF AMERICAN SUCCESS A Thesis Presented in Partial Fulfillment of the Requirements for the Degree of Master of Arts June, 2016 BY Megan M. Metzger Department of Interdisciplinary Studies College of Liberal Arts and Social Sciences DePaul University Chicago, Illinois ACKNOWLEDGEMENTS The author would first like to thank her thesis advisor, Dr. Kelly Kessler, for her guidance and patient prodding throughout this process, which was often challenging, sometimes humbling, and always rewarding. She would like to extend this gratitude to the rest of her thesis committee, Dr. David Gitomer and Dr. Allison McCracken, for their sound assessments that the author will keep in mind as she continues her journey from “super fan” to media critic.
    [Show full text]
  • Trans Materialities
    Trans materialities edited by Max van Midde, Ludovico Vick Virtù, and Olga Cielemęcka Graduate Volume 14, Issue 2 Journal of Social September 2018 GJSS Science http://gjss.org Graduate Journal of Social GJSS Science Graduate Journal of Social Science September 2018, Volume 14, Issue 2 Editors: James Beresford, University of Leeds, UK Alankaar Sharma, The University of Sydney, Australia [email protected] Guest Editors: Max van Midde, GEXcel visiting scholar, Karlstad University, Sweden Ludovico Vick Virtù, Radboud University Nijmegen, The Netherlands Olga Cielemęcka, Linköping University, Sweden Copy Editors: Kamalika Jayathilaka, University of Leeds, UK Laura Clancy, Lancaster University, UK Web Editor: Michael En, University of Vienna, Austria Layout & Design Editor: Boka En, University of Vienna, Austria Cover Image: Rory Midhani, image originally commissioned by medium.com The Graduate Journal of Social Science (ISSN: 1572-3763) is an open-access online journal focusing on methodological and theoretical issues of interdisciplinary rele- vance. The journal publishes two issues per year, one of which is thematic and one of which groups innovative and instructive papers from all disciplines. GJSS welcomes submissions from both senior and junior academics, thus providing a forum of publica- tion and exchange among different generations engaged in interdisciplinary research. GJSS is published by EBSCO publishing. For subscription inquiries, requests, and changes, please contact [email protected]. All the content and downloads are published under the Creative Commons Attribution- NoDerivs 3.0 license. Contents Editorial – Trans materialities Max van Midde, Ludovico Vick Virtù, and Olga Cielemęcka ....................................................4 Revisiting the “Wildcat Strike in the Gender Factory”: Material Effects of Classification j.
    [Show full text]
  • © Copyright 2018 Kait Laporte
    © Copyright 2018 Kait LaPorte The Cornfield’s Monster Diva: CeWEBrity Leslie Hall Takes Midwest Stereotypes to Camp Kait LaPorte A dissertation submitted in partial fulfillment of the requirements for the degree of Doctor of Philosophy University of Washington 2018 Reading Committee: Dr. Christina Sunardi, Chair Dr. Shannon Dudley Dr. Amanda Swarr Program Authorized to Offer Degree: Music University of Washington Abstract The Cornfield’s Monster Diva: CeWEBrity Leslie Hall Takes Midwest Stereotypes to Camp Kait LaPorte Chair of the Supervisory Committee: Dr. Christina Sunardi Ethnomusicology This dissertation analyzes the music videos and persona of internet celebrity Leslie Hall. I demonstrate how the widely circulated narrative that any ordinary person can become famous on YouTube created the ideal setting for Hall’s Midwest shtick to attain fame. Further, I show how Hall campily and deliberately embodies Midwestern stereotypes in order to make fun of the representations of the region as an historic, forgotten one. Building on that, I assert that Hall queers the Midwest by juxtaposing the tacky and the ordinary, giving voice to Midwestern queerness and pushing back against the Hollywood glamour of mainstream gay iconicity. Building on my discussion of the ways in which Hall queers the Midwest and pushes against the region’s alleged heteronormativity, I explore how Hall’s work reveals the relationship between fatness and monstrosity in American society, and utilizes this association in order to call attention to it. In so doing, Hall paints a new picture of the Midwest in which it is queer, famous, and monstrous. TABLE OF CONTENTS LIST OF FIGURES iv ACKNOWLEDGEMENTS vi INTRODUCTION 1 Profile of a Midwest Diva 4 Intervention 6 This Is How We Go 12 Signifi-cat 16 Chapter Outline 18 Presenting Another Midwest Diva: Me 21 CHAPTER ONE.
    [Show full text]
  • Um Estudo Sobre a Territorialidade Nos Processos Identitários Das Drags Demônias
    Um Estudo Sobre a Territorialidade nos Processos Identitários das Drags Demônias. Juliana Bentes Nascimento EKOAOVERÁ: Um Estudo Sobre a Territorialidade nos Processos Identitários das Drags Demônias. Dissertação apresentada ao Programa de Pós Graduação em Artes, da Universidade Federal do Pará, como requisito parcial para a obtenção do grau de Mestre. Orientador: Prof. Dr. Wladilene de Sousa Lima Linha de Pesquisa 2: Teorias e Interfaces Epistêmicas em Artes Belém - PA 2019 Agradecimentos Fazer uma pesquisa é fácil, difícil é viver ela, existir com ela, fazer ela tomar parte no seu corpo, nos seus poros, e viver/ser drag é isso, é uma metralhadora de atravessamentos o tempo todo, é almoçar pensando em peruca e tomar banho dublando. Ser drag e pesquisar o meu próprio nicho, sem dúvidas, é um privilégio enorme. Privilégio este que não seria viável sem a presença do que eu chamo de: possivelmente as melhores pessoas do universo. Sendo este elemento pré-textual dedicado a enaltecer justamente as pessoas, órgãos, movimentos e coisas sem as quais essa pesquisa não seria possível então, há de se convir que o primeiro elemento seja a família, as pessoas que me carregaram no colo e que, mesmo despois de um quarto de século virado, continuam carregando. Obrigada, Mãe, por ser inquebrável, por nunca desistir, por ser “ariana cabra da peste” e nunca ter me deixado desistir, mesmo quando eu não aguentava mais; Mãe Lena, por ser o melhor exemplo de tudo, ser exatamente o que eu quero ser quando crescer; Suzana, por ser o meu apoio em meio ao caos, sempre. Vocês são as mulheres da minha vida.
    [Show full text]
  • A Vision for the Future of Non-Binary Fashion on Video: Trans-Animal Conceptual Sculpture Performance Explorations By
    A Vision for the Future of Non-Binary Fashion On Video: Trans-Animal Conceptual Sculpture Performance Explorations by Patrick James Edelman B.A., S.U.N.Y Purchase College, 2013 A Major Research Project presented to Ryerson University in partial fulfillment of the requirements for the degree of Masters of Arts in the Program of Fashion Toronto, Ontario Canada, 2018 © Patrick James Edelman 2018 0 AUTHOR’S DECLARATION AUTHOR’S DECLARATION FOR ELECTRONIC SUBMISSION OF A MAJOR RESEARCH PROJECT (MRP) I hereby declare that I am the sole author of this MRP. This is a true copy of the MRP, including any required final revisions, as accepted by my examiners. I authorize Ryerson University to lend this MRP to other institutions or individuals for the purpose of scholarly research. I further authorize Ryerson University to reproduce this MRP by photocopying or by other means, in total or in part, at the request of other institutions or individuals for the purpose of scholarly research. I understand that my MRP may be made electronically available to the public. 1 ABSTRACT The Vision for the Future of Non-binary Fashion on Video is a practice- based research project that examines the relationship between trans and non-binary bodies to, public space through creative methods of wearable sculpture, dance, performance and experimental video. This project enacts my theory of gender pregnancy, that one can achieve a non-binary appearance through using garments, motifs, or colors typically associated with binary gender and juxtaposing them into one look that is full of gender. This project dismantles binary notions of gender, public/private, mind/body and human/animal.
    [Show full text]
  • UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO DANILO SIMÕES LIU O PERCURSO HISTÓRICO DA CULTURA DRAG: Uma Análise Da Cena Queer Cari
    UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO DANILO SIMÕES LIU O PERCURSO HISTÓRICO DA CULTURA DRAG: uma análise da cena queer carioca Rio de Janeiro 2016 Danilo Simões Liu O PERCURSO HISTÓRICO DA CULTURA DRAG: uma análise da cena queer carioca Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do grau de bacharel em Comunicação – Publicidade e Propaganda. Orientador: Denilson Lopes Rio de Janeiro 2016 LIU, Danilo Simões, O percurso histórico da cultura drag: uma análise da cena queer carioca / Danilo Simões Liu - Rio de Janeiro, 2016. Inclui anexos Orientador: Denilson Lopes Monografia (Bacharel em Comunicação - Publicidade e Propaganda) - Universidade Federal do Rio de Janeiro. 1. Comunicação 2. Teoria Queer. I. Universidade Federal do Rio de Janeiro. II. O percurso histórico da cultura drag: uma análise da cena queer carioca. Dedico este trabalho a todos aqueles que não compreendem o que é diferente. E a todos os que sofrem as consequências disso. AGRADECIMENTOS Agradeço a todos os membros do coletivo Drag-se, a Bia Monteiro, a Amanda Guimarães, a Samile Cunha e a todos que, de alguma forma, me apoiaram durante esse processo - seja tal apoio moral, cedendo os guarda-roupas ou cedendoo seu tempo - porque, como RuPaul destaca em um determinado ponto de RuPaul's Drag Race, pessoas LGBT+ têm o direito de escolher as suas próprias famílias. LIU, Danilo Simões. O percurso histórico da cultura drag: uma análise da cena queer carioca. Rio de Janeiro, 2016. Monografia (Bacharel em Comunicação - Publicidade e Propaganda) - Escola de Comunicação, Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2016.
    [Show full text]
  • This PDF Contains the Complete Keywords Section of TSQ: Transgender Studies Quarterly, Volume 1, Numbers 1–2
    This PDF contains the complete Keywords section of TSQ: Transgender Studies Quarterly, Volume 1, Numbers 1–2. Downloaded from http://read.dukeupress.edu/tsq/article-pdf/1/1-2/107/485234/19.pdf by guest on 25 September 2021 KEYWORDS Abstract This section includes eighty-six short original essays commissioned for the inaugural issue of TSQ: Transgender Studies Quarterly. Written by emerging academics, community-based writers, and senior scholars, each essay in this special issue, ‘‘Postposttranssexual: Key Concepts for a Twenty- First-Century Transgender Studies,’’ revolves around a particular keyword or concept. Some con- tributions focus on a concept central to transgender studies; others describe a term of art from another discipline or interdisciplinary area and show how it might relate to transgender stud- ies. While far from providing a complete picture of the field, these keywords begin to elucidate a conceptual vocabulary for transgender studies. Some of the submissions offer a deep and resilient resistance to the entire project of mapping the field terminologically; some reveal yet-unrealized critical potentials for the field; some take existing terms from canonical thinkers and develop the significance for transgender studies; some offer overviews of well-known methodologies and demonstrate their applicability within transgender studies; some suggest how transgender issues play out in various fields; and some map the productive tensions between trans studies and other interdisciplines. Abjection ROBERT PHILLIPS Abjection refers to the vague sense of horror that permeates the boundary between the self and the other. In a broader sense, the term refers to the process by which identificatory regimes exclude subjects that they render unintelligible or beyond classification.
    [Show full text]