Órgão Oficial Da República De Angola
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Quinta-feira, 1 de Março de 2018 I Série – N.º 29 DIÁRIO DA REPÚBLICA ÓRGÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE ANGOLA Preço deste número - Kz: 2.710,00 Toda a correspondência, quer oficial, quer ASSINATURA O preço de cada linha publicada nos Diários relativa a anúncio e assinaturas do «Diário Ano da República 1.ª e 2.ª série é de Kz: 75.00 e para da República», deve ser dirigida à Imprensa As três séries . ... ... ... ... ... ... Kz: 611 799.50 a 3.ª série Kz: 95.00, acrescido do respectivo Nacional - E.P., em Luanda, Rua Henrique de A 1.ª série . ... ... ... ... ... ... Kz: 361 270.00 imposto do selo, dependendo a publicação da Carvalho n.º 2, Cidade Alta, Caixa Postal 1306, www.imprensanacional.gov.ao - End. teleg.: A 2.ª série . ... ... ... ... ... ... Kz: 189 150.00 3.ª série de depósito prévio a efectuar na tesou- «Imprensa». A 3.ª série . ... ... ... ... ... ... Kz: 150 111.00 raria da Imprensa Nacional - E. P. SUMÁRIO LEI QUE APROVA O ORÇAMENTO GERAL DO ESTADO PARA O EXERCÍCIO ECONÓMICO Assembleia Nacional DE 2018 Lei n.º 3/18: CAPÍTULO I Lei que aprova o Orçamento Geral do Estado para o exercício económico de 2018, doravante designado por OGE 2018, que comporta recei- Constituição do Orçamento tas estimadas em Kz: 9.685.550.810.785,00 e despesas fixadas em ARTIGO 1.º igual montante para o mesmo período. — Revoga toda a legislação (Composição do orçamento) que contrarie a presente Lei. 1. A presente Lei aprova a estimativa da receita e a fixação Resolução n.º 19/18: da despesa do Orçamento Geral do Estado para o exercício Aprova as recomendações decorrentes da discussão do Orçamento Geral do Estado para o Exercício Económico de 2018, constantes do Relatório económico de 2018, doravante designado, abreviadamente, Parecer Conjunto das Comissões de Economia e Finanças, de Assuntos por OGE 2018. Constitucionais e Jurídicos e de Administração do Estado e Poder Local. 2. O OGE 2018 comporta receitas estimadas em Kz: 9.685.550.810.785,00 (nove triliões, seiscentos e oitenta e cinco biliões, quinhentos e cinquenta milhões, oitocentos ASSEMBLEIA NACIONAL e dez mil, setecentos e oitenta e cinco kwanzas) e despesas fixadas em igual montante para o mesmo período. Lei n.º 3/18 3. O OGE 2018 integra os orçamentos dos órgãos da de 1 de Março Administração Central e Local do Estado, dos Institutos Públicos, dos Serviços e Fundos Autónomos, da Segurança O Orçamento Geral do Estado é o principal instrumento Social e dos subsídios e transferências a realizar para as da política económica e financeira do Estado Angolano que, Empresas Públicas e para as Instituições de Utilidade Pública. expresso em termos de valores, para um período de tempo 4. O Presidente da República, enquanto Titular do Poder definido, demonstra o plano de acções a realizar e determina Executivo é autorizado a cobrar os impostos, as taxas e as as fontes de financiamento; contribuições previstas nos códigos e demais legislação em O Orçamento Geral do Estado para o Exercício Económico vigor, durante o exercício económico de 2018, devendo adop- de 2018 é elaborado e aprovado nos termos do artigo 104.º da tar os mecanismos necessários para a efectiva cobrança dos Constituição da República de Angola e da Lei n.º 15/10, referidos tributos. 5. As receitas provenientes de doações em espécie e em de 14 de Julho, Lei do Orçamento Geral do Estado; bens e serviços integram obrigatoriamente o OGE 2018. A Assembleia Nacional aprova, por mandato do povo, ARTIGO 2.º nos termos das disposições combinadas das alíneas c) e e) do (Peças integrantes) artigo 161.º, da alínea o) do n.º 1 do artigo 165.º e da alínea d) Integram o Orçamento Geral do Estado para o exercício do n.º 2 do artigo 166.º, todos da Constituição da República económico de 2018, os quadros orçamentais seguintes: de Angola, a seguinte: a) Resumo da Receita por Natureza Económica; 1224 DIÁRIO DA REPÚBLICA b) Resumo da Receita por Fonte de Recursos; b) Emitir títulos do tesouro nacional e a contrair emprés- c) Resumo da Despesa por Natureza Económica; timos internos de instituições financeiras, para d) Resumo da Despesa por Função; socorrer as necessidades de tesouraria, a reem- e) Resumo da Despesa por Local; bolsar durante o exercício económico. f) Resumo da Despesa por Programa; e 2. Os encargos a assumir com os empréstimos referidos g) Dotações Orçamentais por Órgãos. na alínea b) do número anterior, não podem ser mais gravo- sos do que os praticados no mercado, em matéria de prazos, CAPÍTULO II de taxas de juro e demais custos. Ajustes Orçamentais ARTIGO 5.º ARTIGO 3.º (Gestão da dívida pública) (Regras básicas) 1. O Presidente da República, enquanto Titular do Poder Para a execução do OGE 2018 o Presidente da República, Executivo, deve tomar as medidas adequadas à eficiente gestão enquanto Titular do Poder Executivo é autorizado a: da dívida pública, ficando, para o efeito, autorizado a adoptar a) Fixar o limite anual de cabimentação da despesa medidas conducentes a: com os projectos de investimentos públicos, com a) Reforçar as dotações orçamentais para amortização base na Programação Financeira; do capital e juros, caso seja necessário; b) Fixar o limite trimestral de cabimentação da despesa, b) Pagar antecipadamente, total ou parcialmente, a com base na previsão de receitas da Programação dívida já contraída, sempre que os benefícios os Financeira; justifiquem; c) Proceder aos ajustes, sempre que necessário, nos c) Contratar novas operações destinadas ao pagamento valores inseridos nas peças constantes do artigo 2.º antecipado; e da presente Lei, com vista à plena execução das d) Renegociar as condições da dívida com garantias regras orçamentais, mormente a unicidade e a reais, para possibilitar uma reprogramação do universalidade; serviço da dívida com prestações fixas e a renta- d) Ajustar o orçamento para suplementar despesas auto- bilização das garantias afectas. rizadas, quando ocorrerem variações de receitas, 2. No processo de pagamento da dívida pública interna, as por alteração da taxa de câmbio utilizada; pequenas e médias empresas têm prioridade absoluta. e) Inscrever projectos diversos no Programa de Inves- timentos Públicos, em determinados municípios ARTIGO 6.º (Garantias do Estado) susceptíveis de descentralização pela via autárquica, 1. O Presidente da República, enquanto Titular do Poder em particular no domínio da Energia e Águas, Executivo, tem competências para conceder garantias do para o alcance dos objectivos do Plano Nacional Estado a operadores económicos nacionais, para projec- de Desenvolvimento 2018-2022, com fonte de tos no âmbito do programa de diversificação da economia financiamento assegurada e por contrapartida de nacional. projectos de baixa ou nula execução; 2. O limite para a concessão de garantias pelo Estado é f) Ajustar o orçamento dos órgãos para suplementar fixado em Kz: 500.000.000.000,00 (quinhentos biliões de despesas necessárias para a utilização de desem- kwanzas). bolsos correspondentes; e CAPÍTULO IV g) Ajustar o orçamento dos órgãos para suplementar Consignação de Receitas despesas necessárias para a utilização de desem- bolsos correspondentes a doações não previstas, ARTIGO 7.º (Fundo de equilíbrio) ou a um aumento da receita tributária petrolífera. 1. No quadro do processo de desconcentração e descen- CAPÍTULO III tralização financeira da Administração Local do Estado, o Operações de Crédito Presidente da República, enquanto Titular do Poder Executivo, ARTIGO 4.º pode criar um Fundo de Equilíbrio, com vista a garantir a justa (Financiamento) repartição da riqueza e do rendimento nacional. 1. O Presidente da República, enquanto Titular do Poder 2. Parte da receita resultante dos direitos patrimoniais Executivo é autorizado a: a) Contrair empréstimos e a realizar outras operações do Estado nas concessões de exploração de direitos minei- de crédito no mercado interno e externo, para fazer ros constitui fonte de financiamento do Fundo de Equilíbrio. face às necessidades de financiamento decorrentes 3. Os critérios de consignação e a percentagem a ser atri- dos investimentos públicos e da amortização da buída constam de diploma próprio aprovado pelo Presidente dívida pública, previstos no OGE 2018; e da República. I SÉRIE – N.º 29 – DE 1 DE MARÇO DE 2018 1225 ARTIGO 8.º 9. Os fornecedores de bens ou prestadores de serviços (Afectação de receitas fiscais referentes à exploração petrolífera) devem exigir, dos respectivos ordenadores da despesa, a com- 1. É fixada em 5% a retenção da Concessionária Nacional petente via da nota de cabimentação da despesa. SONANGOL-E.P., prevista no n.º 2 do artigo 54.º da Lei 10. O incumprimento do disposto nos n.os 2, 3, 6, 7, 8 n.º 13/04, de 24 de Dezembro — Lei sobre a Tributação das e 9 do presente artigo, não vincula o Estado à obrigação de Actividades Petrolíferas, para fazer face às despesas com a pagamento. supervisão e controlo das suas associadas e das operações 11. A eventual necessidade de actualização do valor da des- petrolíferas, para o ano de 2018. pesa realizada é feita por aplicação da Unidade de Correcção 2. A retenção prevista no número anterior é calculada com Fiscal que vigore no período em que se efectue o pagamento. base no preço de referência fiscal do OGE 2018, nos termos 12. A admissão de novos funcionários para a Administração Central e Local do Estado deve ser feita nos termos dos Princípios do n.º 1 do artigo 11.º da presente Lei. Gerais sobre o Recrutamento e Selecção de Candidatos na CAPÍTULO V Administração Pública e das Condições e Procedimentos de Disciplina Orçamental Elaboração, Gestão e Controlo dos Quadros de Pessoal da Administração Pública, aprovados pelos Decretos Presidenciais ARTIGO 9.º os (Execução orçamental) n. 102/11 e 104/11, ambos de 23 de Maio.