O Gênero Elaphoglossum Schott Ex J. Sm
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BOTÂNICA O GÊNERO ELAPHOGLOSSUM SCHOTT EX J. SM. (DRYOPTERIDACEAE) NA REGIÃO SUL DO BRASIL MARIA ANGÉLICA KIELING RUBIO ORIENTAÇÃO: DR. PAULO GÜNTER WINDISCH PORTO ALEGRE 2012 2 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BOTÂNICA O GÊNERO ELAPHOGLOSSUM SCHOTT EX J. SM. (DRYOPTERIDACEAE) NA REGIÃO SUL DO BRASIL TESE APRESENTADA AO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BOTÂNICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL, COMO PARTE DOS REQUISITOS PARA OBTENÇÃO DO TÍTULO DE DOUTOR EM BOTÂNICA. MARIA ANGÉLICA KIELING RUBIO ORIENTAÇÃO: DR. PAULO GÜNTER WINDISCH PORTO ALEGRE 2012 CIP - Catalogação na Publicação KIELING-RUBIO, MARIA ANGÉLICA O GÊNERO ELAPHOGLOSSUM SCHOTT EX J.SM. (DRYOPTERIDACEAE) NA REGIÃO SUL DO BRASIL / MARIA ANGÉLICA KIELING-RUBIO. -- 2012. 186 f. Orientador: PAULO GÜNTER WINDISCH. Tese (Doutorado) -- Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Instituto de Biociências, Programa de Pós-Graduação em Botânica, Porto Alegre, BR-RS, 2012. 1. FLORÍSTICA. 2. ELAPHOGLOSSUM. 3. DIVERSIDADE. 4. TAXONOMIA. I. WINDISCH, PAULO GÜNTER, orient. II. Título. Elaborada pelo Sistema de Geração Automática de Ficha Catalográfica da UFRGS com os dados fornecidos pelo(a) autor(a). 3 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BOTÂNICA MEMBROS DA BANCA EXAMINADORA DA TESE DE DOUTORADO: ___________________________________________________________________________ DR. PAULO GÜNTER WINDISCH (ORIENTADOR) ___________________________________________________________________________ DRA. MARTA MÓNICA PONCE (INSTITUTO DE BOTÁNICA DARWINION) ___________________________________________________________________________ DRA. LANA DA SILVA SYLVESTRE (MUSEU NACIONAL DO RIO DE JANEIRO) ___________________________________________________________________________ DR. RODRIGO BUSTOS SINGER (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL) 4 “Tudo está relacionado entre si. Tudo quanto fere a Terra, fere também os filhos da Terra” Cacique Seattle da tribo norte-americana Duwamish 5 Agradecimentos Registro aqui, os meus sinceros agradecimentos e minha estima, a todos que, de alguma forma estiveram participando da elaboração e desenvolvimento deste trabalho. Ao meu orientador, Dr. Paulo Günter Windisch, pelos seus valiosos ensinamentos, sugestões para execução de mais um trabalho e pela sua grande amizade. A todos os professores e professoras do PPG Botânica – Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) que contribuíram de maneira significativa na complementação de minha formação acadêmica. A ajuda da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), pela concessão da bolsa de doutorado, pois sem a mesma não teria sido possível a realização deste curso. E ao auxílio financeiro do Deutscher Akademischer Austauschdienst (DAAD) para visitação das coleções estrangeiras. A todos os pteridólogos que contribuíram das mais diversas formas para o desenvolvimento deste trabalho. À estimada Dra. Brigitte Zimmer pela sua orientação, companhia e pelo café das 15:30 h no período que estive em visita ao Herbário de Berlim. À estimada Jovita Cislinski Yesilyurt pela sua companhia quando em visita ao Museu de História Natural de Londres. Aos curadores e responsáveis pelas coleções científicas visitadas, bem como pelo empréstimo de material concedido para elaboração deste estudo. A todos os estimados colegas do Curso de Pós-Graduação em Botânica da UFRGS – 2008-2012. Ao colega ilustrador, Cristiano Roberto Buzatto pela confecção das ilustrações. À estimada colega Greta Aline Dettke, pela confecção dos mapas de distribuição geográfica das espécies, pelo auxílio no tratamento das imagens e pela sua amizade. Ao estimado amigo César Augusto Tesch pelo patrocínio das passagens aéreas. Ao meu esposo, Sebastian Domingo dos Santos Rubio que, sem seu apoio incondicional, amor e sua incessante paciência e compreensão a realização deste trabalho não teria sido viabilizada. À minha família pela minha formação. A todos aqueles mesmo não citados nominalmente, que direta ou indiretamente contribuíram com informações, coletas e imagens, meu muito obrigado. 6 RESUMO TESE DE DOUTORADO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BOTÂNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL O GÊNERO ELAPHOGLOSSUM SCHOTT EX J. SM. (DRYOPTERIDACEAE) NA REGIÃO SUL DO BRASIL MARIA ANGÉLICA KIELING RUBIO ORIENTADOR: PROF. DR. PAULO GÜNTER WINDISCH PORTO ALEGRE, 29 DE FEVEREIRO DE 2012 (DEFESA) Dentre as plantas vasculares sem sementes, o gênero Elaphoglossum Schott ex J.Sm. de acordo com estudos morfológicos e moleculares, pertence à família Dryopteridaceae. Seus representantes são caracterizados por apresentarem rizoma com um meristema ventral transversalmente alongado, curto a longo rastejante; frondes simples (na maioria das espécies); nervuras livres (com exceção de algumas espécies); dimorfismo entre as frondes férteis e estéreis e soros exindusiados e acrosticóides (cobrindo inteiramente a face abaxial da lâmina). É um gênero predominantemente epifítico (80%), mas também há representantes rupícolas e terrícolas. O gênero apresenta distribuição pantropical, com aproximadamente 600 espécies, onde a maioria ocorre na região Neotropical. No Brasil, o centro de diversidade das espécies está no Bioma Floresta Atlântica, que faz parte de um dos três centros de especiação e endemismo de plantas vasculares sem sementes para a América Tropical. Na região Sul do Brasil, o Estado do Paraná apresenta o maior número de espécies (29), seguido pelo Estado de Santa Catarina (23) e Rio Grande do Sul (18). Portanto, para a região Sul são reconhecidas 33 espécies: E. actinotricum (Mart.) T. Moore, E. alpestre (Gardner) T. Moore, E. beurepairei (Fée) Brade, E. brachyneuron (Fée) J. Sm., E. burchellii (Baker) C. Chr., E. didymoglossoides C.Chr., E. dutrae Brade, E. edwallii Rosenst., E. flaccidum (Fée) T. Moore, E. gardnerianum (Kunze ex Fée) T. Moore, E. gayanum (Fée) T. Moore, E. gertii Sehnem, E. glabellum J. Sm., E. glaziovii (Fée) Brade, E. horridulum (Kaulf.) J. Sm., E. iguapense Brade, E. itatiayense Rosenst., E. lagesianum Rosenst., E. langsdorffiii (Hook. & Grev.) T. Moore, E. lingua Brack., E. luridum (Fée) Christ, E. macahense (Fée) Rosenst., E. macrophyllum (Mett. ex Kuhn) Christ, E. montanum Kieling-Rubio & P. G. Windisch, E. nigrescens (Hook.) T. Moore ex Diels, E. pachydermum (Fée) T. Moore, E. paulistanum Rosenst., E. scolopendrifolium (Raddi) J. Sm., E. sellowianum (Klotzsch ex Kuhn) T. Moore, E. squamipes (Hook.) T. Moore, E. strictum (Raddi) T. Moore, E. ulei Christ e E. vagans (Mett.) Hieron. Chaves de identificação, lectotipificações, descrições do esporófito, comentários sobre a biologia e ecologia, imagens dos esporos, ilustração dos caracteres diagnósticos e mapas da distribuição geográfica são apresentados. Palavras-chave: Elaphoglossum, diversidade, filicíneas, florística e taxonomia. 7 Sumário AGRADECIMENTOS ................................................................................................................ 5 RESUMO ................................................................................................................................. 6 SUMÁRIO ................................................................................................................................ 7 INTRODUÇÃO GERAL ............................................................................................................. 8 HISTÓRICO ........................................................................................................................... 14 MATERIAL E MÉTODOS ....................................................................................................... 19 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................................... 21 ARTIGO 1. O Gênero Elaphoglossum Schott ex J.Sm. (Dryopteridaceae) na Região Sul do Brasil: seções Lepidoglossa e Squamipedia ......................................................................... 25 Anexo 1. Mapas de Distribuição das espécies na região Sul do Brasil .............................. 69 ARTIGO 2. O Gênero Elaphoglossum Schott ex J.Sm. (Dryopteridaceae) na Região Sul do Brasil: seção Elaphoglossum. ............................................................................................... 71 Anexo 1. Mapas de Distribuição das espécies na região Sul do Brasil ............................ 124 ARTIGO 3. O Gênero Elaphoglossum Schott ex J.Sm. (Dryopteridaceae) na Região Sul do Brasil: espécies com escamas subuladas. .................................................................................. 128 Anexo 1. Mapas de Distribuição das espécies na região Sul do Brasil ............................ 161 Artigo 4. Elaphoglossum montanum, a new species from southern Brazil (submetido ao periódico American Fern Journal) ...................................................................................... 165 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................................... 173 LISTA DE MATERIAL ADICIONAL EXAMINADO .................................................................. 176 8 Introdução Geral O gênero Elaphoglossum (Dryopteridaceae) com cerca de 600 espécies no mundo (Mickel & Atehortúa 1980), é um dos com uma grande diversidade de espécies, e apresenta dificuldade para definição clara de seus táxons específicos e subespecíficos, e,