Capa Por Uma Academia Renovada Final.Indd

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Capa Por Uma Academia Renovada Final.Indd 666 Fernando Guimarães Reis A Academia a que se refere o títu- lo deste livro é o Instituto Rio Branco (IRBr) do Ministério da Relações Exteriores. É uma instituição quase septuagenária, que acumulou Fernando Guimarães Reis Fernando prestígio e respeito, dentro e fora do país. Isso não signifi ca que se deva dormir sob os lou- ros do êxito adquirido. Depois de analisar a formação de fi guras representativas da diplo- O RIO BRANCO – criado em 1945 para selecionar e preparar os diplomatas brasileiros macia brasileira – com ênfase no Barão do Rio Foto: Cesar Nascimento Foto: – é uma Academia ou um Instituto? É, de fato, um curso indispensável de formação ou um Branco – o livro recorre à fi losofi a da educa- mero anexo da Chancelaria? Aspira a ser uma escola de excelência ou cumpre apenas uma ção, com vistas a aplicá-la a nossa Academia. Fernando Guimarães Reis é diplomata de formalidade administrativa? Sendo, reconhecidamente, um “cartão de visita” da diplomacia Formula, ao fi nal, um esboço de proposta para carreira, aposentado. Foi Embaixador no Japão brasileira, presume-se que a diplomacia – enquanto tal, como modo de fazer política – consta a continuada renovação do IRBr, patrimônio (1996-2001). Exerceu diferentes chefi as no prioritariamente de seu currículo. Na verdade, no IRBr, estuda-se Direito, Economia, línguas, nacional. Com o auxílio da hermenêutica, o Itamaraty, sendo a última a de Diretor-Geral temas da atualidade, etc. Tudo isso é básico, mas melhor seria se este currículo fosse construído foco de análise é colocado no modo de fazer do Instituto Rio Branco (2004-10). Além de a partir do fazer diplomático. Não tem sido assim, talvez por recorrente vício bacharelesco: o diplomático, conceito elaborado pelo autor em vários ensaios, é autor de Caçadores de Nuvens aprendizado se torna passivo. Além do apelo à tradição, a fi losofi a pedagógica de nossa escola Caçadores de Nuvens / Em busca da Diplomacia, – Em busca da diplomacia (Funag, 2011) e do edição da FUNAG. diplomática só foi colocada em pauta de forma tangencial: o artesanato, que é o dia a dia da Academia Renovada uma Por romance Falta um cão na vida de Kant (ed. profi ssão, é subentendido. Para situar o problema, o autor recorre à experiência histórica e à Por uma Objetiva, 2004). Colaborou na coletânea fi losofi a da educação. Nesse sentido, o perfi l do Barão do Rio Branco é rediscutido em contraste Barão do Rio Branco – 100 anos de memória com outros diplomatas. Da mesma forma, são lembradas as lições de nossos principais pedagogos, (Funag, 2012). como Anísio Teixeira e Paulo Freire, bem como de outros educadores. Como conclusão, o livro retoma o debatido problema da profi ssionalização e esboça proposta – por uma Academia Academia Renovada renovada –, de modo a sintonizar o Curso do IRBr com a concomitante experiência de trabalho Formação do Diplomata Brasileiro dos novos diplomatas. FUNDAÇÃO ALEXANDRE DE GUSMÃO www.funag.gov.br 666 Fernando Guimarães Reis A Academia a que se refere o títu- lo deste livro é o Instituto Rio Branco (IRBr) do Ministério da Relações Exteriores. É uma instituição quase septuagenária, que acumulou Fernando Guimarães Reis Fernando prestígio e respeito, dentro e fora do país. Isso não signifi ca que se deva dormir sob os lou- ros do êxito adquirido. Depois de analisar a formação de fi guras representativas da diplo- O RIO BRANCO – criado em 1945 para selecionar e preparar os diplomatas brasileiros macia brasileira – com ênfase no Barão do Rio Foto: Cesar Nascimento Foto: – é uma Academia ou um Instituto? É, de fato, um curso indispensável de formação ou um Branco – o livro recorre à fi losofi a da educa- mero anexo da Chancelaria? Aspira a ser uma escola de excelência ou cumpre apenas uma ção, com vistas a aplicá-la a nossa Academia. Fernando Guimarães Reis é diplomata de formalidade administrativa? Sendo, reconhecidamente, um “cartão de visita” da diplomacia Formula, ao fi nal, um esboço de proposta para carreira, aposentado. Foi Embaixador no Japão brasileira, presume-se que a diplomacia – enquanto tal, como modo de fazer política – consta a continuada renovação do IRBr, patrimônio (1996-2001). Exerceu diferentes chefi as no prioritariamente de seu currículo. Na verdade, no IRBr, estuda-se Direito, Economia, línguas, nacional. Com o auxílio da hermenêutica, o Itamaraty, sendo a última a de Diretor-Geral temas da atualidade, etc. Tudo isso é básico, mas melhor seria se este currículo fosse construído foco de análise é colocado no modo de fazer do Instituto Rio Branco (2004-10). Além de a partir do fazer diplomático. Não tem sido assim, talvez por recorrente vício bacharelesco: o diplomático, conceito elaborado pelo autor em vários ensaios, é autor de Caçadores de Nuvens aprendizado se torna passivo. Além do apelo à tradição, a fi losofi a pedagógica de nossa escola Caçadores de Nuvens / Em busca da Diplomacia, – Em busca da diplomacia (Funag, 2011) e do edição da FUNAG. diplomática só foi colocada em pauta de forma tangencial: o artesanato, que é o dia a dia da Academia Renovada uma Por romance Falta um cão na vida de Kant (ed. profi ssão, é subentendido. Para situar o problema, o autor recorre à experiência histórica e à Por uma Objetiva, 2004). Colaborou na coletânea fi losofi a da educação. Nesse sentido, o perfi l do Barão do Rio Branco é rediscutido em contraste Barão do Rio Branco – 100 anos de memória com outros diplomatas. Da mesma forma, são lembradas as lições de nossos principais pedagogos, (Funag, 2012). como Anísio Teixeira e Paulo Freire, bem como de outros educadores. Como conclusão, o livro retoma o debatido problema da profi ssionalização e esboça proposta – por uma Academia Academia Renovada renovada –, de modo a sintonizar o Curso do IRBr com a concomitante experiência de trabalho Formação do Diplomata Brasileiro dos novos diplomatas. FUNDAÇÃO ALEXANDRE DE GUSMÃO www.funag.gov.br Por uma Academia Renovada Formação do Diplomata Brasileiro MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES Ministro de Estado Embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado Secretário-Geral Embaixador Eduardo dos Santos FUNDAÇÃO ALEXANDRE DE GUSMÃO Presidente Embaixador José Vicente de Sá Pimentel Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais Diretor Embaixador Sérgio Eduardo Moreira Lima Centro de História e Documentação Diplomática Diretor Embaixador Maurício E. Cortes Costa Conselho Editorial da Fundação Alexandre de Gusmão Presidente Embaixador José Vicente de Sá Pimentel Membros Embaixador Ronaldo Mota Sardenberg Embaixador Jorio Dauster Magalhães Embaixador Gonçalo de Barros Carvalho e Mello Mourão Embaixador José Humberto de Brito Cruz Ministro Luís Felipe Silvério Fortuna Professor Clodoaldo Bueno Professor Francisco Fernando Monteoliva Doratioto Professor José Flávio Sombra Saraiva A Fundação Alexandre de Gusmão, instituída em 1971, é uma fundação pública vinculada ao Ministério das Relações Exteriores e tem a finalidade de levar à sociedade civil informações sobre a realidade internacional e sobre aspectos da pauta diplomática brasileira. Sua missão é promover a sensibilização da opinião pública nacional para os temas de relações internacionais e para a política externa brasileira. Por uma Academia Renovada Formação do Diplomata Brasileiro Fernando Guimarães Reis Brasília, 2013 Direitos de publicação reservados à Fundação Alexandre de Gusmão Ministério das Relações Exteriores Esplanada dos Ministérios, Bloco H Anexo II, Térreo 70170-900 Brasília-DF Telefones: (61) 2030-6033/6034 Fax: (61) 2030-9125 Site: www.funag.gov.br E-mail: [email protected] Equipe Técnica: Eliane Miranda Paiva Fernanda Antunes Siqueira Gabriela Del Rio de Rezende Guilherme Lucas Rodrigues Monteiro Jessé Nóbrega Cardoso Vanusa dos Santos Silva Projeto Gráfico: Daniela Barbosa Imagem da capa: Detalhe da nota de mil cruzeiros, do Banco Central do Brasil, com a efígie do Barão do Rio Branco. Programação Visual e Diagramação: Gráfica e Editora Ideal Ltda. Impresso no Brasil 2013 R375 REIS, Fernando Guimarães. Por uma academia renovada : formação do diplomata brasileiro / Fernando Guimarães Reis. ─ Brasília : FUNAG, 2013. 398p.; 23 cm. ISBN 978-85-7631-458-5 1. Instituto Rio Branco (IRBr). 2. Instituto Rio Branco (IRBr) - história. 3. Diplomata - formação. I. Título. CDD 327.2 Bibliotecária responsável: Ledir dos Santos Pereira, CRB-1/776. Depósito Legal na Fundação Biblioteca Nacional conforme Lei n° 10.994, de 14/12/2004. Para meus colegas-diplomatas, com respeito. E para os que estão por vir, com meus bons votos. “Todo questionamento é uma busca. Toda busca recebe do que é buscado uma direção prévia.” Martin Heidegger 1 “... the answer, my friend, is blowin’ in the wind.” Bob Dylan 2 1 Ser e Tempo (1927), Primeiro Capítulo, parágrafo 2. 2 Canção Blowin’ in the Wind (1962/1963). Sumário Convite/Prefácio 13 PRóloGo – MaRCAS DE NASCENÇA 1. Certidão dupla 21 Pequena crônica. Dois Caminhos. Pré-história. 2. Antiguidade 29 Mudança de rosto. Lento processo. Idade ignorada. PARte I – ContRastes 3. Alma diplomática 41 Verbos parentes. Compasso e porrete. 4. Uma certa lanterna 49 “Diplomata infiel”. Parceria seletiva. Astúcia castigada. 5. Da popa à proa 59 “Psitacismo intelectual”. Traição da forma. Grande inquisidor. 6. Método contra verdade 69 Pá de cal. Furor de espadachim. Profeta em causa própria. Moeda má afugenta a boa? PARte II – dE VOLTA AO BARÃO 7. Síndrome 85 Esfinge? Luto. Exorcismo. 8. Nosso contemporâneo? 95 Quixote com êxito. Retrato inacabado. Complexidade. Apêndice ao capítulo 8 – Do Brejão para Paris 9. Linguagem como ação 113 Nua, sóbria, ascética. Joia da coroa. Efemérides. Diante do poder. 10. Político ou diplomata? 127 Justo meio. Fundo e forma. “Faro do momento”. 11. “Impulsos da nação” 137 Companheira fiel. Comparação. Ideias e ideias. 12. Pedagogo da diplomacia 147 Sangue novo. “A liberdade não é um prêmio...”. A outra face. Reino do homem. 13. Quarenta anos depois 159 Logos e pragma. “Catalogadores”. Ser-em-situação. Fazer diplomacia é... fazer PARTE III – EIS A QUESTÃO 14. Academia ou Instituto? 175 Função versus pessoa.
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