3 Sr. Presidente, Aristides Lima
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Reunião Plenária de 22 de Março de 2010 Sr. Presidente, Aristides Lima: - Agradecia que ocupassem os respectivos assentos na Sala e passo a palavra ao Sr. Secretário da Mesa para proceder à verificação das presenças. Sr. Secretário da Mesa, Eduardo Monteiro: - Afonso Silva Mendes da Fonseca Ivete Helena Ramos Delgado Silves Ferreira Agostinho António Lopes Janine Tatiana Santos Lélis Alberto Alves Jean Emanuel da Cruz Alberto Josefa Barbosa. Joana Gomes Rosa Alexandre Ramos Lopes Joanilda Lúcia Silva Alves Antero Teixeira João Baptista Ferreira Medina António Alberto Mendes Fernandes João Carlos Cabral Varela Semedo António Delgado Monteiro João Lopes do Rosário António Pascoal Silva dos Santos Joel Amarante Ramos Silva Barros António Pedro Pereira Duarte Jorge Arcanjo Livramento Nogueira Aristides Raimundo Lima Jorge Pedro Maurício dos Santos Arlindo Tavares Silva José Domingos António Lopes Armindo Cipriano Maurício José Luís Lima Santos Austelino Tavares Correia José Manuel Afonso Sanches Carlos Alberto Barbosa José Manuel Gomes Andrade Clemente Delgado Garcia José Maria Vaz de Pina Bartolomeu Ramos da Cruz Joselito Monteiro Fonseca David Hopffer de Cordeiro Almada Júlio Lopes Correia Domingos Mendes de Pina Justiniano Jorge Lopes de Sena Eduardo Monteiro Justino Gomes Miranda Emanuel Pereira Garcia Almeida Libéria das Dores Antunes Brito Ernesto Cheguevara Mendes Barbosa Lídio de Conceição Silva da Silva Manuel Amaro Rodrigues Monteiro Eurico Correia Monteiro Manuel Gomes Fernandes Eva Verona Teixeira Ortet Maria da Ressurreição Lopes da Silva Felisberto Henrique Carvalho Cardoso Mário Gomes Fernandes Fernanda Fidalgo de Pina Burgo Mário Ramos Pereira Silva Fernando Elísio Leboucher Freire de Andrade Miguel António Costa Fernando Lopes Vaz Robalo Miguel da Cruz Sousa Felipe Baptista Gomes Furtado Moisés Gomes Monteiro Filomena de Fátima Ribeiro Vieira Nelson do Rosário Brito Martins Orlando Pereira Dias Filomena Maria Frederico Delgado Silva Paulo da Cruz Guilherme Francisco António Dias Pedro Amante Ramiro Furtado Hermes Silva dos Santos Rui Alberto Figueiredo Soares Hermínia Gomes da Cruz Curado Ferreira Rui Mendes Semedo Humberto André Cardoso Duarte Vanusa Tatiana Fernandes Cardoso 3 Reunião Plenária de 22 de Março de 2010 Sr. Presidente: - A Assembleia tem quórum, estão 51 Deputados na Sala, há 21 que faltam. [Eram 9 Horas e 38 Minutos.] A proposta de Ordem do Dia que foi endereçada aos Srs. Deputados é a seguinte: I – Perguntas dos Deputados ao Governo. II – Aprovação de Propostas de Lei. 1. Proposta de Lei que define o Regime Geral da Cooperação Internacional Descentralizada para votação final global; 2. Proposta de Lei que altera a Lei nº 8/V 96, de 11 de Novembro sobre a condução sob a influência do álcool para a votação final global; 3. Proposta de Lei que estabelece o regime jurídico das Instituições com vocação Regional ou internacional para a votação final global; 4. Proposta de Lei que altera a Lei nº 56/V 98, de 29 de Junho sobre o regime Jurídico da Comunicação Social; 5. Proposta de Lei que altera o Decreto -Legislativo nº 10/ 93, de 29 de Junho que regula o exercício da actividade de radiodifusão em Cabo Verde; 6. Proposta de Lei que aprova o Estatuto do Jornalista; 7. Proposta de Lei que altera a Lei nº 58/5 de 98 de 29 de Junho sobre a Lei de Imprensa e de Agência de Notícias; 8. Proposta de Lei que concede autorização Legislativa ao Governo para alterar o Código Laboral Cabo-verdiano. 9. Proposta de Lei que Concede ao Governo Autorização Legislativa para rever as bases do sistema de Planeamento e do Ordenamento do Território alterando pontualmente o Decreto Legislativo nº 1/2006, de 13 de Fevereiro. 10. Proposta de Lei que estabelece o quadro da descentralização administrativa. III – Aprovação de Propostas de Resolução: 4 Reunião Plenária de 22 de Março de 2010 1- Proposta de Resolução que aprova o Acordo sobre a Cooperação técnica no domínio militar entre o Governo da República de Cabo Verde e o Governo da República Federativa do Brasil; 2- Proposta de Resolução que aprova o Estatuto da Agência Internacional das Energias Renováveis IRENA; 3- Proposta de Resolução que constitui as Comissões de Recenseamento Eleitoral IV – Fixação das Actas das Sessões de Janeiro e Fevereiro de 2009. Entretanto deram entrada, Sras. e Srs. Deputados, iniciativas do Governo, uma iniciativa relativa à Lei da Nacionalidade, para a qual o Governo solicitou o processamento de urgência e uma proposta de Resolução sobre a eleição dos membros das Comissões de Recenseamento (esta foi antecipadamente fixada na convocação desta Sessão) e temos também, Sras. e Srs. Deputados, o acordo dos membros da Conferência de Representantes para incluirmos um ponto sobre a designação de três Membros ao Conselho Superior da Defesa, que é um órgão externo para o qual a Assembleia Nacional elege três membros por maioria de dois terços. Assim, iria passar a palavra ao Governo para fundamentar a urgência em relação às iniciativas governamentais. A Sra. Ministra da Reforma do Estado e da Defesa tem a palavra. Sra. Ministra da Reforma do Estado e da Defesa Nacional, Cristina Fontes: - Srs. Deputados, apresento a seguir, com muito gosto, as razões que levam o Governo a solicitar o agendamento de urgência desta Proposta de Lei que altera alguns aspectos, mais precisamente, seis artigos da Lei da Nacionalidade. As razões prendem-se, como sabemos, com o processo de recenseamento no estrangeiro e recordaria brevemente que o programa do Governo fixou, nesta legislatura, a necessidade de se refazer as bases do recenseamento geral tendo em conta as fragilidades existentes e que eram apontadas por todos. Sabemos que o recenseamento de 95 teve imensas fragilidades e era assente entre os actores políticos que ganhar-se-ia com o recenseamento geral, tanto no País como na diáspora. Recordar-se-ão os Sr. Deputados, que foram os principais actores deste processo, que a revisão do código eleitoral feita em dois momentos incorporou, na primeira fase, a necessidade do recenseamento fazer-se primeiro no País, atendendo que se preparavam então as autárquicas e numa segunda fase no estrangeiro. Mas estamos a falar do mesmo processo de recenseamento geral que permitiria afinal, termos cadernos eleitorais íntegros, sob os quais não se pudesse levantar qualquer suspeição. Recordaria também, para nos situarmos, a forma bem sucedida como decorreu o recenseamento geral no País, que levou inclusivamente, após uma auditoria, todos os actores a congratularem-se com esse processo, com a garantia que os cadernos eleitorais eram cadernos eleitorais verdadeiros e que, efectivamente, se deixasse de ter suspeições à volta das eleições. 5 Reunião Plenária de 22 de Março de 2010 Também estamos todos recordados que as autárquicas, tributárias desse novo recenseamento geral, decorreram de forma como queremos que sempre decorram as eleições em Cabo Verde para fazer jus à credibilidade e a maturidade que este País e esta democracia já têm. Nesse sentido ficava, portanto, ainda por fazer o recenseamento geral no estrangeiro, coisa que os Srs. Deputados determinaram e que efectivamente foi afixado no período de Março a Setembro deste ano. Também se sabe que trouxe o Governo a este Parlamento, e foi confirmado pelos Srs. Deputados, a proposta de que devemos substituir o actual sistema de recenseamento anual, de actualização, por um sistema mais moderno, baseado nas novas tecnologias e que permitisse que tivéssemos o novo sistema, o chamado já, Sistema Nacional de Identificação e Autenticação Civil, que seria integrado na primeira fase do recenseamento no País. Seria depois estruturado pelo recenseamento no estrangeiro e depois, com os cidadãos cabo-verdianos de zero à dezoito anos, teríamos a integralidade dos cabo-verdianos nesse sistema que passaria a ser gerido, automaticamente, trazendo muito mais transparência, celeridade, racionalidade e modernidade ao sistema de Identificação e Autenticação Civil. Recordo que tudo o que estou a dizer foi, ponto por ponto, explanado aos Srs. Deputados e é nesse sentido que vimos trabalhando. Este processo de recenseamento no estrangeiro que se vai realizar assim que as comissões de recenseamento estiverem prontas e, administrativamente, as situações estão a ser preparadas para que, assim que as comissões de recenseamento tomarem posse, possa arrancar, devo vos dizer que este recenseamento vai integrar a segunda fase deste sistema Nacional de Identificação e Autenticação Civil. Portanto, estamos a fazer duas coisas ao memo tempo. Estamos a criar um sistema que se vai auto gerir. Na base das novas tecnologias este sistema será um sistema que integrará, nos termos do código… Sr. Presidente, eu penso que há um problema com o som, efectivamente. Sr. Presidente: - Agradecia que fizessem o trabalho técnico necessário para que o som fosse igualmente bom para toda a gente. Sra. Ministra da Reforma do Estado e da Defesa Nacional: - Agora sim. Mas penso que os Srs. Deputados me seguiram. Não terei que repetir. Dizia portanto, que esse Sistema Nacional de Identificação, uma vez montado, será mais fácil termos cadernos eleitorais no futuro porque, os novos eleitores, uma vez que atinjam 18 anos, entrarão para os cadernos, teremos os óbitos descarregados e teremos, efectivamente, perdas de nacionalidade ou aquisições geridas neste sistema central que terá, com certeza, depois, o acompanhamento político que se impõe. Portanto, estamos a construir duas coisas ao mesmo tempo. Estamos a renovar as bases de cadernos eleitorais mais modernos e mais verdadeiros e estamos a construir o Sistema Nacional de Identificação e Autenticação Civil que vai excluir, no futuro, a necessidade de fazermos actualizações do recenseamento. Porque é que essa questão da lei da nacionalidade se coloca? Repito: numa primeira fase fizemos o recenseamento geral, temos a certeza que, com as cautelas tomadas, nomeadamente, o controlo através de sistemas avançados de 6 Reunião Plenária de 22 de Março de 2010 dados biométricos nomeadamente do sistema EIFIS que controla as impressões digitais, temos cadernos íntegros e temos quase 100% de certezas (a auditoria terá dito isso) de que temos cadernos eleitorais íntegros.