Sidsel Endresen © Martin Sylvest Qua 27 De Abril Aplicando Ideias Pessoais

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Sidsel Endresen © Martin Sylvest Qua 27 De Abril Aplicando Ideias Pessoais Jazz 27 Abril 2011 Ciclo “Isto é Jazz?” Comissário: Pedro Costa Sidsel Endresen © Martin Sylvest Qua 27 de Abril aplicando ideias pessoais. Tenho-me ins- Seim, um saxofonista particularmente 21h30 · Pequeno Auditório pirado no jazz e trabalhado com músicos ascético que faz Garbarek parecer um Duração: 1h00 · M12 de jazz, sobretudo devido à flexibilidade melro palrador, e Christian Wallumrod, e à abertura de pessoas como Django um partidário da EAI (de electro-acous- Bates, Jon Christensen e Nils Petter tic improvisation), todos eles figuras de Molvaer, mas quanto a aceitar essa tradi- topo daquilo a que, com pouca justeza ção o que digo é: ‘não, obrigado’.” dada a diversidade existente, se vem Ou seja, a resposta que Sidsel chamando “jazz nórdico”. Aliás, e por Endresen dá ao nome da série de mais experimental que seja a produção concertos em que está inserida nesta recente de Sidsel Endresen, é com essa sua vinda a Portugal, Isto é Jazz?, é área que mais habitualmente a identi- Voz Sidsel Endresen paradoxalmente dupla: “sim” e “não”. ficam os críticos que não sabem muito A explicação está em discos como Exile, bem o que fazer com ela. Nightsong, Merriwinkle e One, na sua Essa arrumação de prateleiras é assim associação com o compositor contem- desmistificada pela cantora: “Bom, Sem fiordes, ser que houvesse semelhanças com porâneo Rolf Wallin, com quem escreveu uma coisa é certa: o que nós fazemos alguns desses exemplos, e isso só me a ópera Lautleben, nas contribuições tem muito pouco que ver com fior- nem montanhas honra, mas fui avançando sempre. Até que assinou para o cinema, o teatro e a des e montanhas! O que se passa tem porque não ando propriamente a cobrir dança, no trio de música vocal impro- justificação bem simples: a Noruega é Não tem sido fácil para a crítica escrever estilos – tem sido um processo longo de visada com Elin Rosseland e Eldbjorg um país pequeno e todos nos conhece- sobre Sidsel Endresen, e divertido é veri- desenvolvimento desde os meus inícios Raknes que gravou GACK e ainda nas mos, todos estamos aparentados, não ficar o rol de cantoras que são invoca- como cantora de soul, blues e jazz-rock, palavras que a seguir se reproduzem: obstante haver vários géneros e estilos. das como comparação quando se trata depois de jazz ‘de câmara’ e, desde há “O que eu quero é fazer música livre de Seguimos o caminho terraplanado por de definir o que faz esta norueguesa 10, 15 anos, com uma orientação mais tabus. Escolhi não ser uma purista e isso Jan Garbarek na intenção de olhar para editada pela ECM e pela Jazzland: Sandy abstracta e improvisada.” implica aceitar todas e quaisquer refe- outros lados que não na direcção do Denny, Nico, Nina Simone, Marianne As dificuldades em enquadrar idioma- rências que surjam num dado contexto jazz norte-americano. Esses outros lados Faithfull, Meredith Monk e Lauren ticamente este grande nome europeu musical, e designadamente no desen- têm sido a folk norueguesa e a música Newton são algumas delas. O certo é da voz que se deu a revelar com o Jon rolar de uma improvisação. Há todo um contemporânea europeia. Outro factor que essas tentativas resultam sempre Eberson Group advêm das complexas mundo de possibilidades neste tipo de importante é o apoio que o Estado dá como tiros na água quando se quer relações que mantém com o jazz e abordagem não censurada. Não restrinjo às bandas estudantis, pelo que estão acertar no porta-aviões. Primeiro porque do facto de sempre ter incorporado o fluir dos meus impulsos, mas já sou sempre a surgir novas gerações de Sidsel é e sempre foi um caso à parte, elementos da música tradicional do seu muito rigorosa com todos os outros músicos com os mesmos propósitos de e depois porque as suas linhas de rumo país, da pop e da “nova música” nas parâmetros musicais.” inventarem as suas próprias vias. Por não páram de procurar uma renovação suas peças. “Precisamente – diz. Não Além dos músicos já mencionados, exemplo, as cenas da electrónica e da de termos e, inclusive, outros horizontes. me considero uma cantora de jazz, pois Sidsel tem feito o seu percurso na improvisação livre tornaram-se bastante Ela própria o confirma: “Acho que não mergulhei de forma suficientemente companhia de Bugge Wesseltoft, teclista fortes e independentes.” essa variedade de referências tem que profunda no canto clássico do jazz, na “pós-moderno” e “futurista” (os adjecti- O trabalho realizado por esses músi- ver com a circunstância de o meu traba- harmonia do jazz e na improvisação do vos são do próprio) com quem formou cos mais jovens não deixou de influen- lho ter mudado gradualmente ao longo jazz. É verdade que comecei com os um celebrado duo, Jon Balke, compo- ciar Sidsel Endresen, que conta como dos 30 anos da minha actividade. Há standards e o real book, mas aborreci- sitor e pianista que tem aplicado nos colaboradores em algumas criações, quem me conheça da década de 1980, -me imenso com esse tipo de material. seus espectáculos intermedia o conceito por exemplo, Deathprod (Helge Sten), quem me ouviu na de 90 e por aí fora. O que eu queria era focar-me na minha ekstremjazz, em associação performa- o manipulador de sistemas digitais Num momento ou em outro até pode própria música e nas minhas letras, tiva com os desportos radicais, Trygve e analógicos que integra o colectivo 3 Supersilent, e Jan Bang, um especialista dadaístas no começo do século passado. que não haja algum grau de emocio- do sampling que toca habitualmente Aliás, como nos últimos anos tenho nalidade na sua música. Nem tal seria Sidsel Andresen com os trompetistas Jon Hassell e Arve andado um bocado perdida relativa- possível, dado o relevo que nela tem a Henriksen. “São ambos espantosos e mente aos meus textos, sem ter ainda sustentação de atmosferas, regra geral Sidsel Andresen tem estado na primeira pioneiros nos seus respectivos campos percebido como os inserir em contextos escuras e misteriosas: “A questão é linha da cena musical Nórdica há de acção. Tomei há muito a opção de de livre-improvisação, acabo por me que o carácter dark dos meus discos mais de duas décadas. O seu trabalho não utilizar dispositivos electrónicos decidir pelos fonemas e por uma paleta e das minhas actuações não surge de atravessa géneros que vão da ‘fusão’ com a minha voz, antes de desenvol- de texturas sonoras. Isso liberta-me da uma escolha estética nem de um plano ao jazz-rock nos anos 1980, à improvi- ver técnicas vocais que me permitam prisão formal que decorre do sentido estratégico. Julgo que decorre simples- sação livre e à ‘nova música’ na década realizar cut-ups, inversões, velocidades dos poemas. Sou poeta, e para mim a mente da minha inclinação pessoal para seguinte e no novo milénio. e mudanças de frequência sem recurso poesia é talvez a mais destilada e cla- um certo negrume. Aliás, confesso que Entre 1981 e 1987 Sidsel trabalhou a máquinas, mas tenho uma grande rificadora forma de expressão artística os acordes maiores e a mimetização de como cantora e co-autora das letras do afinidade com a música electrónica e que conheço, mas os fonemas também estados de espírito constituíram sempre grupo de Jon Ebersen. Juntos gravaram faço questão em associar músicos dessa me atraem devido ao seu potencial ener- um problema para mim.” Neste particu- cinco CD’s para a CBS/Sony e ganharam tendência nos meus projectos. Adoro gético, de condensação e rítmico, para lar, talvez a Sidsel Endresen de 2011 não dois prémios noruegueses equivalentes a neutralidade auto-absorvente e os além de que são especificamente defini- dista assim tanto da intérprete de blues aos Grammy. aspectos sónicos puros da electrónica, dos pela própria voz, não por qualquer que era no final dos anos 1970... Em 1990 e 1991 gravou dois álbuns se bem que deteste loops intermináveis”, outra fonte. Mas atenção: também a este como solista para a ECM em colabo- adianta-nos. nível não sou uma purista e não estou Rui Eduardo Paes ração com Django Bates, Nils Petter Ainda assim, Sidsel está cada vez mais alinhada com a tradição Dada.” Crítico de música, ensaísta Molvær, Jon Christensen, no pri- interessada no formato solo, precisa- Sidsel Endresen também já tem tido meiro disco, e David Darling e Bugge mente aquele que traz até nós: “É o ocasião de afirmar que utiliza a voz Wesseltoft no segundo. Estes dois CD’s que melhor me permite uma pesquisa “concretamente”, mas afaste-se a ideia, e os três que, entre 1994 e 2002 gravou específica da voz como instrumento também, de que cultiva vínculos espe- com o teclista Bugge Wesseltoft, dois de exploração livre. Por isso mesmo, ciais com a musique concrète. “Quando deles premiados, proporcionaram-lhe trata-se de um work-in-progress. Na sua digo que tenho uma ‘voz concreta’ estou largo reconhecimento internacional e maior parte, os meus solos são improvi- a referir-me ao facto de não trabalhar numerosos elogios da crítica. sados, pelo que não faço a mínima ideia com subtextos ou com motores psicoló- Entre 1995 e 1999 fez parte do trio do que vou apresentar em Lisboa. Será gicos, mas com aspectos musicais muito vocal ESSE, com Elin Rosseland e uma combinação de quadros vocais com concretos: o tempo, o timbre, as dinâ- Eldbjørg Raknes. Escreveram peças algumas estruturas pré-organizadas. micas, a energia, etc. Isto pode parecer encomendadas para Vossa Jazz (1996) Talvez ocorra uma parte melódica, com frio, mas sempre achei que devo confiar e NRK (1997) e gravaram o CD GACK palavras que sejam compreensíveis.
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