Cancioneiro Da Serra D'arga

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Cancioneiro Da Serra D'arga Cancioneiro da Serra d'Arga Artur Coutinho ( Membro do Centro de Estudos Regionais - Viana do Castelo ) CANCIONEIRO DA SERRA D'ARGA LITERATURA - FOLCLORE - HISTÓRIA - TOPONOMIA - ETNOGRAFIA - HUMORISMO NUMA RECOLHA DE QUADRAS POPULARES ÍNDICE Págs. Nota Explicativa à 2ª Edição . 5 Introdução . 7 Nota Explicativa . 13 Quadras Mítico - Religiosas . 19 Quadras de Saudade . 27 Cantigas ao Desafio . 35 Quadras de Queixume . 41 Quadras de Amor . 63 Quadras Diversas . 117 NOTA EXPLICATIVA À 2ª EDIÇÃO Excedeu todas as previsões o impacto causado pelo " Cancioneiro da Serra d'Arga ", quando, pela primeira vez, saiu a lume. E é por esse motivo que, depois de esgotados todos os exemplares, logo nos primeiros meses, resolvi, agora, voltar de novo a público. Quando a obra chegou às mãos de muita gente, foi louvada a iniciativa por uns e contestada por outros, pelo facto das quadras não serem todas oriundas da Serra d'Arga. Assim, o carvalho, que é uma árvore mitológica por excelência entre os povos mais antigos da Europa, figura em quase todos os cancioneiros. Por exemplo, na paróquia galega de Luaña, há uma quadra referente ao carvalho (1) que se repete na mesma contextura na freguesia de Riba d'Âncora - Caminha e nas Argas e que certamente se repetirá noutras localidades mais ao norte ou mais ao sul. É verdade. No entanto, ninguém contestou ainda serem ou não populares. Na nota explicativa da 1ª edição, já se dizia que se tratava de uma recolha de quadras, naquela Serra. Pertence, agora, aos peritos fazer a distinção, mas uma coisa é certa - sejam ou não da Serra d'Arga, as gentes da " Montanha Sagrada " assumiram-nas e não deixarão, por isso, de fazer parte do seu repositório folclórico. É por ser um " livro diferente " e modesto, sem grandes atavios, mas muito valioso na tradição oral portuguesa que, mais uma vez, com os encargos que isso encerra, vai sair a lume. ARTUR COUTINHO 19 . 11 . 81 (1) O Carvalho da Portela / Tem a folha revirada / Que la revirou o vento / Unha mañan de xiada. Cfr. " Luaña, mitos, costumes e crenças duma parroquia galega ", de Andrés Suárez. Ed. Galaxia, Vigo - 1979 - pág. 22. Em Riba d'âncora, é exactamente igual em todos os versos e, nas Argas, é igual no primeiro verso. NOTA EXPLICATIVA À 3ª EDIÇÃO Já lá vão 19 anos que foi reeditado "Cancioneiro da Serra D'Arga", ipsis verbis a primeira edição de 1980 com uma nota explicativa diferente. Muito depressa se esgotou a 2º edição! Em 1985 já escasseavam os exemplares disponíveis. As preocupações pastorais na Paróquia e na Diocese a par de outros projectos onde já me tinha envolvido em ordem à publicação de "A cidade de Viana no Presente e no Passado - da Bandeira à Abelheira", já em Segunda edição de 1998, e "Mosaicos da Serra D'Arga (1º edição de 1996), não são questões alheias à falta desta iniciativa tão necessária e preciosa, julgo eu sobretudo aos alunos das nossas escolas que pretendem agarrar a "área escola". Aí está a terceira edição. Esta não é "ipsis verbis", pois às 2500 quadras que se apresentam agora numeradas, foram juntas mais cerca de 200 e, no final, um índice remissivo, pode ajudar os leitores a encontrar aquilo que desejarem. Com esta edição surge mais uma oportunidade, um registo do que há de mais espontâneo na poesia e no folclore para cantar as esperanças, as ternuras, os ciúmes, os desdéns, as dores da saudade, os costumes, as devoções, as superstições, as agruras da vida, as flores, as plantas, as terras, os topónimos, os trabalhos, os animais, os santos, os "Manéis e as Marias", as horas, e os dias, as festas e as brincadeiras, as histórias e as tradições, os amores e as paixões... Quase sempre é anónima esta musa, tão velha como a história da avozinha do tempo dos Celtas... A gente de Dem ou das Argas quando cantava, parecia subir os cumes dos montes da Serra e do alto da Costa do Carvalho, dos Cornos de Manes, do Alto dos Muros, ou do Penedo do Sino, do Alto da Coroa, do Alto dos Crastros desafiavam os vales até se enamorarem e casarem com eles... O Cancioneiro da Serra D'Arga aí está e as quadras que nele constam foram todas recolhidas na sua totalidade entre 1972 a 1978. Os bailes que em Dem ou nas três Argas se realizavam, nessa altura com frequência, nas chegadas e nas saídas dos jovens, por ocasião de casamentos, de festas religiosas ou profanas, ou qualquer outro motivo para juntar a juventude e passar tempo, cantando e dançando o folclore da região, já não se fazem assim com tanta criatividade. Um rescaldo da vida que foi deste folclore pode ainda ser vivido na festa de S. João D'Arga, coração da Serra, em 28 e 29 de Agosto de cada ano. INTRODUÇÃO O CANCIONEIRO DA SERRA D'ARGA, que ora sai a lume e para o qual me pediram algumas palavras à guisa de introdução, representa, além de um trabalho metódico e esforçado do seu autor, uma iniciativa muito válida na defesa e preservação do património cultural, expresso na tradição oral portuguesa. Hoje, fala-se muito de cultura popular, na necessidade imperiosa de a defender, nos abusos e atropelos cometidos contra ela, sobretudo nesta época dominada pela tecnologia e pouca gente possui dados concretos sobre o fenómeno cultural, quer nos antecedentes, quer nas suas implicações de ordem intelectual, moral, religiosa, económica e social. A cultura, de um modo geral, representa tudo aquilo que o homem produz de válido, como ser pensante. Neste conceito genérico encaixa-se perfeitamente toda a actividade humana desde os tempos mais recuados da pré-História até aos nossos dias, uma vez que exprima uma resposta eficaz ao desafio lançado ao homem pela natureza. Sempre que o homem, individual ou colectivamente considerado, põe o seu intelecto e a sua vontade em acção, quer no plano das necessidades, quer no plano dos desejos, torna-se um fabricante de cultura. O mandato do criador - possuí a terra e dominai-a - constitui o repto mais deslumbrante e mais trágico lançado ao homem. É que entre o mundo e o homem estabelece-se uma relação dialéctica que estimula o homem à satisfação das suas necessidades e dos seus desejos, etapa por etapa, sem nunca atingir a plenitude. O homem idealiza, trabalha, luta e sofre para concretizar os seus sonhos. E quando julga estar na posse do troféu, nova etapa o solicita. Deste modo, o homem constitui a mola fundamental do motor da história. Mas não só, pois « nas suas escolhas, o homem é condicionado pela sua condição de indivíduo, pelas relações que o ligam aos a outros indivíduos com os quais compartilha a sua vida e a natureza mais vasta que o circunda e dentro da qual está incluído ». ( Bernardo Bernardi, Introdução aos Estudos Etno-Antropológicos, pág. 19, 1979 ). Durante muito tempo, o conceito de cultura andou associado à soma de conhecimentos, de noções, de experiências e homem culto era todo aquele que dominasse bem qualquer assunto. Em contrapartida, o homem, que nada sabia, era considerado rude, ignorante, inculto. Era este o sentido clássico de cultura. A cultura, assim considerada, estabelecia barreiras sociais, económicas e, até, religiosas que, não poucas vezes, descambavam em reivindicações dolorosas. Até nos períodos áureos da civilização grega e romana, os maiores luminares da filosofia e das letras consideravam plebeus todos aqueles que não se dedicassem aos problemas da cultura. Achavam rebaixante para um homem culto exercer funções inferiores, como o comércio e o trabalho manual, reservadas a plebeus. Este conceito de cultura penetrou na mentalidade ocidental e, ainda hoje, não faltam homens cultos a defender esta concepção. Contudo, os tempos vão-se tornando mais permeáveis ao conceito antropológico de cultura. Foi Edward B. Taylor quem formulou, pela primeira vez, este novo conceito de cultura. Depois de estudar aturadamente as civilizações primitivas actuais, que muitos consideravam selvagens, e de verificar que estes povos, independentemente do grau de civilização ou do estrato social a que pertencem, possuem esquemas mentais, instituições próprias para responder ao desafio lançado pelo mundo, concluiu que cada povo tem a sua própria cultura que urge estudar e respeitar. E, assim, E. B. Tylor deu a primeira definição de cultura antropológica: « cultura é o complexo unitário que inclui o conhecimento, a crença, a arte, a moral, as leis e todas as outras capacidades e hábitos adquiridos pelo homem como membro da sociedade » ( Bernardo Bernardi, ob. cit, pág. 24 ). Nesta ordem de ideias, fácil nos é detectar o interesse manifestado pelos estudiosos em relação à cultura popular. Se é verdade que « nem só de pão vive o homem », também é verdade que « é inútil pregar a estômagos vazios ». E o prolóquio latino « primum vivere, deinde filosophare » têm plena actualidade. Isto quer dizer que uma definição de cultura implica a consideração de factores que tanto respeitam ao bem do corpo, como ao bem do espírito. B. Malinowsky diz que numa definição de cultura « entram os utensílios e os bens de consumo, as cartas orgânicas regulando os diversos grupos sociais, as ideias e as artes, as crenças e os costumes. Quer se encare uma cultura simples e primitiva, quer uma cultura complexa muito evoluída, necessário se torna deitar mão de um vasto aparelho, por um lado material, por outro, humano e por outro, ainda, espiritual que permita ao homem enfrentar os problemas concretos e precisos que se lhe põem. Os problemas são devidos ao facto de que o corpo humano é escravo de várias necessidades orgânicas e de que vive num meio que é ao mesmo tempo favorável porque lhe fornece as matérias-primas para transformar e desfavorável porque lhe fornece forças hostis » ( une Théorie Scientifique de La Culture, pág 35 - 36 ).
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