1 Fazenda São João: Liberdade Condicionada, Testamento E

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1 Fazenda São João: Liberdade Condicionada, Testamento E 1 Fazenda São João: Liberdade condicionada, testamento e trajetória dos ex- cativos1 Eliane Taffarel2 Renilda Vicenzi3 1. Introdução Por muitos anos, a historiografia brasileira ficou silenciada sobre o período do pós- abolição. A História ensinada nas escolas encerrava com a assinatura da Lei Áurea, em 1888, pela Princesa Isabel. No entanto, esse tema começou a ser trabalhado ao longo do século XX, quando iniciam os estudos da história das comunidades quilombolas no pós-abolição. Ao mesmo tempo, quando falamos da escravidão, a percepção de muitas pessoas é de que ela esteve distante da realidade Catarinense, visto que na maior parte da literatura ele era invisível. No entanto, na região dos Campos de Lages, houve a presença de escravos, muito ligada à pecuária, às atividades agrícolas e domésticas. Os Campos de Lages fizeram parte do caminho das tropas que levavam o gado à Sorocaba, em São Paulo. Assim, a escravidão nessa região não se torna excepcional, pois faz parte da exploração colonial da mesma, desde o final do século XVIII. O pouco estudo da escravidão em sala de aula e a pouca divulgação dessa história faz com que muitos desconheçam que houve escravidão em Santa Catarina e que hoje existem comunidades quilombolas4 em nosso estado. Diante disso, pesquisas nessa área servem, além de seu caráter acadêmico, para o conhecimento da sociedade em geral sobre o local onde vivem. 1 Artigo produzido com dados da pesquisa em andamento para Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) em História pela Universidade Federal da Fronteira Sul/UFFS. 2 Graduanda em História pela Universidade Federal da Fronteira Sul/UFFS – Campus Chapecó. E-mail: [email protected] 3 Professora Orientadora. Doutora em História. Docente do curso de História da UFFS – Campus Chapecó. E-mail: [email protected] 4 Entende-se por comunidade quilombola a nova definição proposta especialmente pós 1994, quando a Associação Brasileira de Antropologia (ABA) propôs um novo conceito para quilombo. Nesse sentido, de acordo com o Decreto 4. 887, promulgado em 20 de novembro de 2003, “consideram-se remanescentes das comunidades dos quilombos (...) grupos étnicos-raciais, segundo critérios de auto-atribuição, com trajetória histórica própria, dotados de relações territoriais específicas, com presunção de ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão histórica sofrida” (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2003/d4887.htm). 2 Trabalhamos nesta pesquisa, o caso da Fazenda São João, onde em 1866 Matheus José de Souza e Oliveira concedeu alforria condicionada para seus escravos. Já em 1877, deixou em testamento, a terça parte de suas terras, a três libertos, sendo Damazia, Margarida e Joaquim e oito escravos: Domingos, Salvador, Manoel, Francisco, Geremias, Pedro, Jozepha e Innocência. Os descendentes dos legatários da terra vivem hoje na localidade conhecida como Invernada dos Negros, municípios de Campos Novos e Abdon Batista. Nesse sentido, nossa pesquisa tem o objetivo de registrar a memória dessa comunidade que já foi objeto de estudos antropológicos, porém, consideramos importante conhecer os registros históricos acerca da mesma. Nosso estudo buscará, portanto, conhecer mais sobre quem eram os escravos libertos, registrando a trajetória dos descendentes de ex-cativos, os parâmetros de parentesco e quais as memórias do passado escravista ainda estão presentes. Para responder nossas questões de estudo utilizamos inicialmente duas fontes primárias a Carta de Alforria e o Testamento, além de informações presentes no Inventário que segue o Testamento. Ao mesmo tempo, a fim de construir a memória genealógica dos descendentes dos legatários, mapeamos as informações a partir de registros eclesiásticos5 (batismo, casamento e óbitos) e cartoriais6. Sobre o uso dessas fontes, Carlos Bacellar (2010) comenta que registros de batismo, casamento e óbito sempre foram essenciais para os genealogistas. No que se refere aos arquivos e à disponibilização dos mesmos, o historiador revela que igrejas de outras confissões também contam com documentação relevante. No entanto, o caso dos mórmons (Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias) e seu acervo microfilmado de registros vitais é bastante conhecido. Nosso acesso de forma digital aos arquivos deve-se a essa ação dos mórmons. Com as fontes disponíveis, há um trabalho de investigação necessário para o historiador. Bacellar (2010) afirma que a paciência é a arma básica do pesquisador em arquivos, seja para descobrir os documentos que deseja, seja para trabalhar na tarefa de cuidadosa leitura e transcrição das informações encontradas. 5 Fontes disponíveis no sítio https://familysearch.org. 6 Disponíveis no Primeiro Tabelionato de Notas e Protestos da Comarca de Lages, como a Carta de Alforria, e no sítio https://familysearch.org. 3 Bacellar salienta ainda que pesquisar em fontes, principalmente manuscritas, requer o empenho de aprender as técnicas de leitura paleográfica, que permitem o “decifrar” dos escritos. As primeiras tentativas de leitura de um documento de arquivo deixarão claro que o pesquisador precisa se “moldar” a uma ortografia e a uma gramática diferenciadas. Mesmo documentos datilografados ou jornais têm escritura distinta, e com tais características devemos fazer a transcrição. Contudo, para o documento manuscrito é preciso, antes de tudo, acostumar-se com a caligrafia. Boas caligrafias convivem com outras, péssimas, e isso é pura questão de sorte. Todo pesquisador se deparou, alguma vez em sua vida, com caligrafias terríveis, que exigiram esforço concentrado para sua “tradução”. Obviamente não devemos escolher fontes pela sua maior ou menor facilidade de leitura. (BACELLAR, 2010, p. 55) Para a análise das fontes cartoriais e eclesiásticas de nossa pesquisa, precisamos levar tudo isso em consideração. Tanto a paciência na busca das fontes, como na análise das mesmas. Afinal, no século XIX, todas eram manuscritas. 2. Liberdade condicionada na Fazenda São João/SC Em 20 de janeiro de 1866, Matheus José de Souza e Oliveira e sua esposa Pureza Emília da Silva, na fazenda denominada São João, no distrito de Campos Novos, registraram a alforria de seus escravos em Escritura Pública, dando a eles uma liberdade condicionada. A carta foi escrita pelo Tabelião José Luiz Pereira, assinada pelo casal proprietários dos escravos e pelas testemunhas Delfino Prudêncio Machado Pereira e Joaquim Machado Pereira. O documento descreve o nome e a idade da escravaria de Matheus e Pureza. Sendo: Josepha, de nação, idade de trinta anos, mais ou menos, Margarida, de idade de cinco anos, mais ou menos, Antonio crioulo, idade de onze meses, Damazia, idade de um ano mais ou menos, Manoel, nove anos, mais ou menos, Domingos, vinte e cinco anos, mais ou menos, Salvador, vinte e cinco anos, mais ou menos, Inocência, quarenta anos, mais ou menos e Geremias de idade de sessenta anos7. 7 A Carta de Alforria está arquivada no Primeiro Tabelionato de Notas e Protestos da Comarca de Lages. Para a pesquisa, estamos com uma cópia da mesma. 4 De acordo com a carta, os escravos citados ficariam livres de ônus, hipoteca ou de qualquer outra obrigação. Segundo os senhores, a liberdade foi dada aos cativos devido a amizade com os mesmos e aos bons serviços que prestaram. No entanto, a liberdade era condicionada. Os escravos seriam libertos após a morte de ambos os senhores e deveriam continuar a prestar “bons serviços”, sendo que estes deveriam ser feitos com “gosto e contentamento”. A carta poderia, portanto, ser revogada por qualquer deles, caso os libertos prevaricassem ou tentassem contra a existência de seus senhores, por roubos furtos e falta de respeito aos senhores, ou mesmo má vontade em servi-los. Os proprietários citam ainda, que concediam a liberdade a qualquer crioulo filho das escravas mencionadas. O documento levanta diversos debates. Kátia Mattoso (2003) destaca que apesar de serem documentos legais de alforria, de liberdade, há uma ambiguidade. Muitas cartas de alforria contêm cláusulas restritivas, como as de tempo ou condições suspensivas. Nesses casos, o escravo passa a liberto, mas o uso dessa liberdade lhe é interditado. Ou seja, é uma liberdade sob condições. “Se, finalmente, o escravo consegue obter sua alforria total, eliminadas todas as restrições, todas as dissimulações, somente então ele se torna um cidadão ‘livre’” (MATTOSO, 2003, p.180). Levando em conta essas condições, a autora levanta o debate de até que ponto o escravo que recebe uma carta de alforria condicionada se torna livre. Diante desse contexto, a autora faz uma análise muito coerente, onde afirma que Ser libertado não é, pois, ser livre imediatamente; só na segunda ou terceira geração o sonho de liberdade se completa. (...) O comportamento do liberto continua a ser o mesmo do seu irmão escravo; (...). Como o irmão escravo, o liberto deverá trabalhar e fazê-lo nos ofícios e serviços reservados aos grupos sociais inferiores. Sua conquista somente beneficiará aos seus descendentes, cidadãos à parte, que terão assimilado completamente o modelo branco. O liberto, este é obrigado a se contentar com um primeiro passo e com o respeito que sua libertação lhe dá na comunidade negra. (MATTOSO, 2003, p.206) Entre as condições impostas nas cartas de alforria, Mattoso salienta que a mais comum estipula que o escravo somente será livre após a morte de seu senhor. E, em muitos casos, estabelece ainda que somente será livre após servir até a morte da viúva e filhos. Mas também 5 há cartas de alforria que estabelecem outras restrições e limitações, como o caso do pagamento de determinada quantia em espécie. Apesar de termos focado até aqui a carta de alforria, há ainda outras formas do escravo alcançar a liberdade, como o testamento. Ronaldo Vainfas (2001) destaca que neste documento, o testador deixava escritas as suas últimas vontades, geralmente quando em “perigo de vida”, o que talvez explique o motivo das alforrias através de testamentos tenderem a libertar mais escravos de forma gratuita do que as realizadas nas cartas. “Por outro lado, as condições para a liberdade, mesmo se gratuita, muitas vezes só admitiam a efetiva liberdade após a morte do testador, o que a tornava incerta” (VAINFAS, 2001, p.30).
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