Cinema Digital: a Recepção Nas Salas
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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Escola de Comunicações e Artes THIAGO AFONSO DE ANDRÉ Cinema digital: a recepção nas salas São Paulo 2017 1 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Escola de Comunicações e Artes Programa de Pós-Graduação em Meios E Processos Audiovisuais THIAGO AFONSO DE ANDRÉ Cinema digital: a recepção nas salas Versão corrigida (versão original encontra-se na unidade que aloja o programa de pós-graduação) Tese apresentada à Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, como parte dos requisitos para obtenção do título de Doutor em Meios e Processos Audiovisuais. Área de concentração: Cinema Digital Orientador: Prof. Dr. Almir Antonio Rosa São Paulo 2017 2 Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a fonte. Catalogação na Publicação Serviço de Biblioteca e Documentação Escola de Comunicação e Arte da Universidade de São Paulo 3 FOLHA DE APROVAÇÃO Nome; : Thiago Afonso de André Título Cinema digital: a recepção nas salas Tese apresentada à Escola de Comunicação e Arte da Universidade de São Paulo, como parte dos requisitos para obtenção do título de Doutor em Meios e Processos Audiovisuais. Área de concentração: Cinema Digital Orientador: Prof. Dr. Almir Antonio Rosa Aprovado em: BANCA EXAMINADORA Prof.(a) Dr. (a) ___________________________________________________ Instituição: _________________________ Assinatura: ________________ Prof.(a) Dr. (a) ___________________________________________________ Instituição: _________________________ Assinatura: ________________ Prof.(a) Dr. (a) ___________________________________________________ Instituição: _________________________ Assinatura: ________________ Prof.(a) Dr. (a) ___________________________________________________ Instituição: _________________________ Assinatura: ________________ Prof.(a) Dr. (a) ___________________________________________________ Instituição: _________________________ Assinatura: ________________ 4 Agradecimentos A minha mãe e minha irmã, por tudo, por sempre, mas principalmente pelo incondicional e eterno apoio. A Dani, pelo companheirismo infinito. Aos muitos professores que me formaram e me inspiraram, com seu brilhantismo e dedicação, em especial meu orientador Almir Almas. A todos os meus amigos, pelas risadas, provocações e carinhos A todos que colaboraram com essa etapa e as anteriores, mesmo que a distância. 5 Resumo Já está completamente consolidada nas cadeias de produção cinematográfica uma esperada “transição para o digital”. Porém a exibição propriamente dita de filmes na forma digital nas salas de cinema só foi padronizada em 2005, e a mudança ganhou força somente na década de 2010. Essa digitalização da exibição cinematográfica foi incorporada de forma transparente para a maioria dos espectadores de cinema, apesar de suas intricadas especificações técnicas e arranjos econômicos de viabilização das trocas dos equipamentos. Ao mesmo tempo, as tecnologias digitais também proporcionam cada vez mais facilidade para que filmes possam ser assistidos fora das salas de cinema, colocando-as de fato em cheque quando olha-se para o futuro. Este trabalho discute o processo de digitalização da exibição e distribuição cinematográficas, traçando algumas perspectivas sobre por que, mesmo com a digitalização, permanecerão existindo as salas de cinema. É particularmente interessante que, em meio a essa desmaterialização do suporte da cópia, sobressaia exatamente a materialidade que sobrou, a do próprio espaço e disposição da exibição, o espectador na sala de cinema. Essa permanência é apoiada em dois eixos principais. Inicialmente, o fundamental papel econômico das salas nas receitas que movimentam todas as diferentes camadas da produção de filmes. O segundo eixo é do caráter bastante único da imersão presente na sala de cinema. Esta imersão especial, por sua vez, está fundamentada nas características físicas e técnicas dos equipamentos nas salas, que evoluíram para aproveitar diferentes aspectos da percepção humana em seu âmbito individual e coletivo. Combino características tecnológicas dos padrões adotados, elementos da economia do cinema, estudos da percepção e intenções do espectador e resultados recentes da psicologia experimental que corroboram o caráter bastante particular da experiência de assistir a um filme na sala de cinema e indicam sua continuidade. Palavras-chaves: cinema digital; tecnologia; espectador; percepção 6 Abstract The long foretold "transition to digital cinema" is already running full steam as far as the acquisition and post-production chains are concerned. However, for digital film exhibition, there has only recently, in 2005, been an agreed upon standard, decided by the major distributors, and the actual upgrades only gained momentum in the early 2010s The digitization and change of materiality of cinema exhibition and distribution, although of great interest to professionals, academics and critics, has been incorporated in a more or less transparent way for the majority of moviegoers, despite their intricate technical specifications and economic arrangements between the various economic parties that enabled equipment to be purchased. It is particularly interesting that, in the midst of this dematerialization of the film’s physical form, what stands out is precisely the remaining tangibles, the very space and disposition for the exhibition, and the spectator in the theater. This work examines the digitalization of cinema exhibition and distribution technologies, tracing some future perspectives on what remains in a digital cinema. I combine technical specifications of the standards imposed by distributors, some elements of the economy of cinema, without which any speculation becomes exclusively theoretical; and some data from audience and spectator studies focusing on their perception, wishes and intentions, the puzzlingly often-forgotten part of the film studies, for there is no cinema without a spectator. In order to do so I present some recent results of experimental psychology that endorse the rather unique aspects of watching a movie in the movie theater, and its importance beyond the historical. Key-words: digital cinema, technology, spectator, perception 7 Seja o que for que o futuro nos reserva, algumas coisas são certas. Roteiristas ainda terão de inventar histórias novas e fascinantes. Produtores irão reunir as pessoas e os meios que tornam tudo possível. Diretores vão dirigir, atores irão atuar. Diretores de fotografia irão compor enquadramentos e iluminá-los. O público, por outro lado, não estará sob nenhuma obrigação de lotar nossas salas de cinema. Richard Crudo, presidente da ASC (American Society of Cinematographers) 8 Sumário Agradecimentos .................................................................................................. 5 Resumo ............................................................................................................... 6 Abstract ............................................................................................................... 7 Introdução ......................................................................................................... 11 1. A Exibição Cinematográfica ............................................................. 20 1.1. Primórdios e consolidação ............................................................ 21 1.2. A chegada do som ........................................................................ 28 1.3. Cor e a televisão ........................................................................... 32 1.4. Grandes formatos ......................................................................... 35 1.5. Multiplex e o vídeo caseiro ........................................................... 38 1.6. Do aparato à disposição ............................................................... 41 2 Economia do cinema ........................................................................ 47 2.1. Demanda, Produção e Aquisição ................................................. 49 2.1.1. Filmes independentes ................................................................ 50 2.2. Bases da distribuição .................................................................... 52 2.2.1. Cópias e lançamento ................................................................. 54 2.2.2. Publicidade ................................................................................ 56 2.2.3. A primeira semana ..................................................................... 60 2.3. A renda do exibidor ....................................................................... 61 2.3.1. Renda da bilheteria .................................................................... 63 2.4. Janelas: a TV e o cinema ............................................................. 66 2.5. Direitos conexos ........................................................................... 70 3. Público e recepção no cinema ......................................................... 71 3.1. Percepção ..................................................................................... 77 3.2. Imersão e qualidade ..................................................................... 89 3.3. Metodologias de aferição .............................................................. 96 3.4. Resultados recentes ................................................................... 103 3.5. A Sala de Cinema ......................................................................