Panorama Das Unidades De Produção De Leite Atendidas Pela AGRAER 2015/2016
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Panorama das unidades de produção de leite atendidas pela AGRAER 2015/2016 Centro de Pesquisa e Capacitação Gerência de Desenvolvimento Agrário e Abastecimento Vitor Corrêa de Oliveira Arnaldo Santiago Filho Rosemeire Lander Borges Cardoso Campo Grande, MS 0 2017 Ach Sumário 1 Introdução ................................................................................................................................................................. 2 2 Metodologia .............................................................................................................................................................. 4 3 Resultados ................................................................................................................................................................ 6 3.1 Produção de leite .................................................................................................................................................. 6 3.2 Controle sanitário .................................................................................................................................................. 6 3. 3 Controle zootécnico ............................................................................................................................................ 8 3.4 Manejo reprodutivo ............................................................................................................................................... 8 3.5 Manejo da pastagem e alimentar ...................................................................................................................... 9 3.6 Manejo da ordenha ............................................................................................................................................. 11 3.7 Rebanho................................................................................................................................................................. 11 3.8 Índices zootécnicos ............................................................................................................................................ 13 3.9 Comercialização .................................................................................................................................................. 13 3.10 Motivação com a atividade ............................................................................................................................. 14 3.11 Visitas técnicas.................................................................................................................................................. 15 4 Considerações ....................................................................................................................................................... 16 5 Referências bibliográficas .................................................................................................................................. 17 1 1 Introdução O Brasil está posicionado como o quarto maior produtor de leite do mundo, com produção de leite estimada em 35,1 milhões de toneladas por ano (FAO, 2014), atrás apenas de Estados Unidos (93,5 ton.), Índia (66,4 ton.) e China (37,6 ton.). Contudo, a produtividade média de um rebanho leiteiro de 23 milhões de cabeças foi baixa, de 1.500 kg por vaca por ano (IBGE, 2014). Quase toda a produção brasileira é consumida pelo mercado interno e ainda importamos mais de 294 milhões de dólares no ano de 2016 (MDIC, 2017), com destaque para o leite em pó com 161 mil toneladas importadas, principalmente da Argentina e do Uruguai. As exportações brasileiras são pequenas, em torno de 92 milhões de dólares em 2016 (MDIC, 2017), gerando assim um saldo negativo para o seguimento de Lácteos ano após ano, mas transparece uma existência ainda de mercado interno a ser explorado pelo produtor nacional, dando a atividade perspectivas de crescimento. É inegável a importância socioeconômica do setor para o Brasil. Dados de 2015 revelaram 1,3 milhões de unidades de produção de leite (UPL), aproximadamente 4 milhões de trabalhadores envolvidos, 2 mil laticínios com Serviço de Inspeção Federal (SIF) e em torno de 60 bilhões de reais em negócios envolvidos ao setor leiteiro (ZOCCAL, 2016). O setor de produção de leite do estado de Mato Grosso do Sul conta com cerca de 23 mil UPLs, responsáveis por levar ao mercado 346,3 milhões de litros de leite por ano, oriundo de 259 animais ordenhados, resultuando em média de 1.337,5 litros por vaca, gerando 331,8 milhões de reais em receita. No ranking nacional de leite adquirido do segundo trimestre de 2017, o MS está posicionado em 17º colocado, representando 0,5% do total do pais. O município de Itaquiraí possui a maior produção do estado (26 milhões de litros/ano), seguido de Nova Andradina (15 milhões de litros/ano) (IBGE, 2017). De forma paradoxal, as instituições ligadas a cadeia agroindustrial de lacteos não têm sido omissas, pelo contrário. Nos últimos 10 anos, podem-se citar alguns exemplos de ações com o objetivo de desenvolver a cadeia:, Programa Leite Solidário, Programa MS Leite, Projeto Balde Cheio no MS, Programa Leite Forte, estes coordenados pelo Governo do Estado; Programa Tecnoleite e suas unidades móveis de atendimento (Vaca móvel, Rufião Móvel e Agromóvel), estes coordenados pelo SEBRAE; Programa Mais Leite, além da agenda periódica de cursos de capacitação de técnicos, coordenados pelo SENAR; o Programa Rio de Leite coordenado pela UEMS e outras muitas ações promovidas por prefeituras municipais, universidades e indústrias do setor, além da criação da Câmara 2 setorial da cadeia produtiva do leite e do Conselho Paritário de Produtores e Indústrias de Leite em Mato Grosso do Sul (Conseleite), com participação de representantes de produtores e laticínios, que tem como objetivo auxiliar na organização da cadeia produtiva e na valorização do produto. O Conseleite aponta, mensalmente, o valor de referência do leite a partir de pesquisas de preço. Uma hipótese para a causa disso seria que as ações não estão indo ao encontro das reais necessidades da cadeia, com ausência ou baixa efetividade em seus objetivos, e/ou não então sendo conduzidas de forma precisa. Assim, tornam-se convenientes estudos para melhor entendimento das ações realizadas e posterior reflexão e orientação para as futuras ações. Nesse sentido, os técnicos da AGRAER têm realizado à campo coletas de informações das UPLs atendidas por eles em consonância com o Programa Leite Forte, objetivando fornecer subsídios para acompanhamentos consistentes pela instituição, municiando o órgão para possíveis tomadas de decisão nas políticas públicas ligadas ao setor. Logo, o presente estudo visa apresentar um demonstrativo dos dados coletados nos anos de 2015 e 2016, possibilitando a avaliação de importantes índices produtivos, sanitários e socioeconômicos a nível de regional e estado. 3 2 Metodologia Os dados foram coletados por meio de aplicação de questionário à técnicos da AGRAER, com questões referentes à características das UPL atendidas pelos mesmos no “INÍCIO” do trabalho e para o ano de “2016”. O termo “INICIO” foi utilizado pelo fato das UPL terem sido incluídas no programa em épocas diferentes, não cabendo uma nomenclatura específica. As respostas foram descritas diretamente em planilha padrão, que posteriormente foi utilizada em tabulação. Para a demonstração dos dados, foi utilizado estatística descritiva por meio de frequências absolutas (número de vezes em que uma determinada variável assume um valor) e relativas (a razão entre a frequência absoluta e o número total de observações), e foram calculadas à nível de município, regional e estado. Tabela 1. Regionais e respectivos Munípios e postos avançados da Agraer que compoem a amostra. Campo Novas Ponta São Gabriel Três REGIONAL Anastácio Dourados Naviraí grande Andradina Porã do Oeste Lagoas Campo Vicentina Anastácio Japorã Angélica Amambai Rio Negro Inocência Grande Fátima do Antônio Três Aquidauana Terenos Itaquirai Anaurilandia Bandeirantes Sul João Lagoas Dois Mundo PA Ribas do Corumbá Dourados Ivinhema Coxim Irmãos Novo Itamarati Rio Pardo Aparecida Sidrolândia Rio Ponta Paraíso das Ladário Iguatemi do Brilhante Porã Águas Taboado Rochedo Laguna Sete Rio Verde Paranaíba Carapã Quedas Estrela São Gabriel Jaraguari Itaporã Tacuru Cassilândia do Oeste PA Santa Santa Rita Jatei Naviraí Costa Rica MUNICÍPIO OU POSTO AVANÇADO Mônica do Pardo Chapadão do Sul Camapuã Alguns índices foram calculados com base nos dados conforme as seguintes definições: PRODUÇÃO DIÁRIA (L/dia) = Produção mensal (L/mês) / 30 Δ = 2016 (–) INICIO 4 SAZONALIDADE = Produção nas águas – Produção na secas / Produção nas águas % VACAS EM LACTAÇÃO = vacas em lactação / (vacas em lactação + vacas secas) INTERVALO DE PARTOS (para 10 meses de lactação) = 10 / % VACAS EM LACTAÇÃO PRODUÇÃO DE LEITE MÉDIA (vaca/ano) = (Prod. Leite mensal das águas * 6 meses + Prod. Leite mensal das águas * 6 meses) / (nº vacas secas + nº vacas lactação) Nos cálculos das estimativas de “% de vacas em lactação” e “produção de leite média” foram considerados apenas as UPL que possuíam informações de todas as variáveis envolvidas na fórmula. 5 3 Resultados 3.1 Produção de leite Tabela 1. Produção de leite média mensal das UPLs atendidas por regional e total do estado para os períodos das águas e seca no início do projeto e no ano de 2016. ÁGUAS (OUTUBRO - ABRIL) SECA (MAIO - SETEMBRO) REGIONAL INÍCIO 2016 INÍCIO 2016 Δ Δ n L/mês n L/mês n L/mês n L/mês Anastácio 44 1.814 117 1.723 -5% 44 1.056