Misael Costa Corrêa AS RINHAS DE GALOS NO BRASIL
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Misael Costa Corrêa AS RINHAS DE GALOS NO BRASIL: o caso de uma prática diante das alterações de sensibilidades em relação aos animais (1960-2017) Tese submetida ao Programa de Pós Graduação em História da Universidade Federal de Santa Catarina para a obtenção do Grau de Doutor em História. Orientador: Prof. Dr. João Klug Florianópolis 2017 4715 - Ano do Galo 雞 Misael Costa Corrêa AS RINHAS DE GALOS NO BRASIL: o caso de uma prática diante das alterações de sensibilidades em relação aos animais (1960-2017) Esta Tese foi julgada adequada para obtenção do Título de “Doutor”, e aprovada em sua forma final pelo Programa de Pós Graduação em História. Florianópolis, 20 de dezembro de 2017. ________________________ Profª. Beatriz Gallotti Mamigonian, Drª. Coordenadora do Curso para Celeste AGRADECIMENTOS Quatro anos é um tempo considerável, o crescimento intelectual, o aumento de capital cultural é de valor inestimável. Nesse meio tempo saí da faixa dos vinte anos para a dos trinta, me lesionei, me recuperei, me mudei, me casei, morei em outro país, me tornei pai... Se foi um período de ganhos também foi um período de perdas, e muito significativas. Em agosto de 2013 perdi minha última bisavó, Líbera Fogliatto Cavassola, aos 93 anos. E perdi meus últimos dois avós: minha avó paterna, Renée Fernandes, que estava com 85 anos e meu avô materno, Waldomiro Costa, que estava com 73 anos. Falecidos respectivamente em 2013 e 2014. Começo meus agradecimentos in memoriam por eles, acrescentando minha avó materna Lídia Cavassola Costa, falecida em 1995, que até o momento foi a perda que mais senti na minha vida, mesmo que na época eu tivesse apenas dez anos. Com ela eu convivi grande parte da minha infância. Acredito que ela, juntamente com meus pais, foram as pessoas que mais contribuíram na formação de minha personalidade. Além disso, permaneço com inúmeras boas lembranças, ensinamentos e uma saudade que nunca vai embora. Agradeço também ao meu avô paterno, Nabor Corrêa da Silva, falecido em 1986, que, muito embora eu não tenha lembranças dele devido minha tenra idade, sempre escutei muitas histórias, contos e causos dele que eram contados por meu pai e minha avó Renée. Inclusive, nos meus tempos de primário, escrevi um pequeno livro intitulado "As Histórias do meu Avô". Credito a ele também o tema dessa tese, pois este meu avô foi um galista, gosto este que meu pai e meu tio Heleno também compartilharam. Atribuo também meu gosto pela História a essa arte popular de uma memória oral da qual minha avó Renée sempre foi grande entusiasta. Era muito comum nos finais de tarde, principalmente quando o clima era mais quente, a família se reunir em frente a sua casa, levando cadeiras para rua, um mate doce ou um chimarrão, e passar horas e horas contando sobre alguma lenda ou história, sobre algum conhecido ou familiar de antigamente. Até hoje é uma prática bem comum no interior do Rio Grande do Sul, sobretudo na região de fronteira, as pessoas levarem suas cadeiras para as calçadas e sentar em frente de suas casas, conversar com familiares, com vizinhos e conhecidos que por ventura por ali transitam. Recordo-me que eu era muito curioso e sempre perguntava a minha avó sobre nossos antepassados, o que faziam, de onde vieram, e acredito que ela se sentia muito contente por compartilhar suas histórias, mostrava-me fotografias de seus pais, seus avós e vários parentes que eu sequer conseguirei recordar. Foi só há pouco tempo, que através de um sítio eletrônico (FamilySearch.com), consegui reunir vários registros de antepassados e reconstruir uma pequena genealogia familiar. Uma pena eu ter descoberto isso após o seu falecimento, teria enriquecido ainda mais nossas memórias. Enfim, foi o gosto pela memória e a curiosidade que me despertou, ainda na adolescência, o gosto pela História como disciplina escolar e, mais tarde, como carreira acadêmica. Se agora recebo o título de doutor em história, apresentando esta tese sobre um tema que permeou minha família e minha existência, muito devo a essas pessoas, muitas delas mal completaram o ensino fundamental, mas que em vivência deixaram muitos ensinamentos. Nada disso existiria se não fossem essas pessoas. Não menos importante, agradeço aos meus bisavós, aos quais tive a felicidade de conhecer: Pelegrino Fernandes, Domingos Guilherme Costa, Elvira Gnoatto e Ernesto Cavassola. Além desses familiares, agradeço a Antonio Schmidt e Nazarino Knabben, depoentes já falecidos, que contribuíram para a realização de minha monografia e dissertação. Agradeço, é claro, aos meus pais, Ieda e Nabor, que sempre priorizaram que eu tivesse acesso aos estudos, mesmo que em alguns momentos as condições financeiras não fossem das mais favoráveis. Agradeço a minha companheira de todos os dias Rochelle e minha enteada Maria Joana. Estivemos juntos, praticamente inseparáveis durante esses sete anos entre mestrados e doutorados, e espero continuarmos juntos ainda por muito tempo, ainda mais agora com a vinda da Celeste. Agradeço à minha tia Ana Luiza, sempre uma pessoa com um coração enorme e disposta a ajudar, ao meu tio e padrinho Jânio, a minha tia e madrinha Lori. Agradeço a minha sogra Elizabeth, ao meu sogro Sérgio, famoso pelo seu codinome de Beleza, ao querido tio emprestado Carlinho, a cunhada Cibele e ao cunhado Fabiano. Agradeço também à Clarice Bueno, que cuidou de mim quando criança. Também a Ana, Márcia, Carla e João Schneider, vizinhos e compadres dos meus avós, onde sempre fui muito bem recebido e amado por todos. Foram anos maravilhosos e nostálgicos. Agradeço à Elizabeth Anderson, senhora que nos aluga uma casa e tem permitido nossa permanência, mesmo com animais e crianças a fazer barulhos. Agradeço à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), sobretudo no período entre 2010 e 2016, quando, através de políticas de incentivos a educação, fui privilegiado com bolsas no mestrado e no doutorado. Agradeço imensamente ao meu orientador João Klug, não apenas pela orientação e pelo acompanhamento da tese, mas também por todo material que colocou a minha disposição, muitas raridades disponíveis no Instituto Ibero-Americano de Berlim. Os quais sua esposa, Susane, trouxe durante viagem a Europa, do qual também sou muito grato. O doutorado, apesar de nos isolar um pouco, também nos faz conhecer novas pessoas e fazer novas amizades. Agradeço aos colegas e amigos do doutorado: Jackson Peres, Juliana Brocca, Giovana Calado, Mauro Vaz Camargo, Alfredo Ricardo, Elisandra Forneck, Jonatã Clemes, Nilo, Tom, Ângela, Bruno. Acrescento agradecimentos aos colegas de mestrado: Eric Allen Bueno, Maicon Mariano, Elaine Machado, Fábio Garcia, Pedro Eurico Rodrigues, Daniel Boeira e Marcelo Raupp. Agradeço aos meus primos Luciano Anselmini, Leonardo Anselmini, Bruno Corrêa, Renata Corrêa, e aos amigos de longo tempo, aqueles que conheço desde a infância e juventude como Éderson de Góis, Alan Vogt, Luiz Felipe Corrêa, bem como amizades desses anos que compreendem desde a graduação até os dias de hoje: Guilherme Güttler de Oliveira, Lilian Leepkaln, Francisco de Assis Nascimento Neto, Gleide Ordovás, Alan Carlos Ghedini, Thiago Oliva, Daniel Lunardelli, Carlos Eduardo de Souza, Giovanna Poeta, Pedro Paulo Donadelli, Jury Dall Agnol, Antonio Celso Mafra, Renato Santiago Bueno, Gabriel Peruzzo, Elton Francisco, Bruno Zillioto, Aline Zilli, Hudson Campos, Luiz Henrique Vicente, Cíntia Lima, Elizabeth Krammers, Adriano Mafra, Ana Flávia Scaim, Elias Veras e Ronald Vicente. Aos novos amigos além-mar: a sempre otimista Monique Medeiros, ao casal de vizinhos franceses Damien Bonnafous e Amelie Chaneac, e seu sempre simpático filho Andrea. Agradeço a La Cimade (Comité inter mouvements auprès des évacués)1 aos professores voluntários Antoine Dubourg, Lorence 1 A CIMADE é uma associação criada em 1901 com o objetivo de prestar solidariedade com migrantes, refugiados e exilados. É membro da Federação Protestante da França. (N.E.) Dupont, Patrick, Philoméne, Ilhem, Benedicte Leguerinel, à le GREF (Groupement des Éducateurs sans Frontière), as também professoras voluntárias Danielle Antherieu e Cristina, por terem me ajudado a aprender um pouco de francês. Quando se vive em outro país durante um tempo temos a oportunidade de conhecer outras pessoas, e nos deparar com situações muito positivas. Agradeço a Lúcia Laura e Alessandro Pereira, brasileiros amigos da Rochelle, residentes em Lisboa, que foram nossa família no Natal de 2016. Às vezes o mundo parece ser um ambiente inóspito para as pessoas, as relações num mundo pautado pelo dinheiro são degradantes, no entanto, sempre existem pessoas para nos provar o contrário, e para nos deixar marcas de que um mundo melhor é possível, isso depende apenas das pessoas. Por isso, com muito carinho e com um sentimento de profunda gratidão recordarei sempre a super Nathalie Angenot, que mesmo diante de um momento extremamente delicado jamais deixou de estender a mão para ajudar quem quer que seja. Foi uma incrível história que teve início quando inclui as Ilhas Canárias nos meus roteiros para conhecer as brigas de galos em Grã- Canária. Para saber mais sobre a ilha, a Rochelle conversou com uma ex-aluna que tem uma tia que morava em Las Palmas, e nos passou o contato. Entramos em contato com a tia, a Nathalie, para pedir algumas dicas, no que, prontamente, sem nos conhecer, ela nos ofereceu gratuitamente uma quitinete no centro de Las Palmas, próxima a praia de Las Canteras. Agradeço aos ex-professores Marluza Paim, Glaucia Assis de Oliveira, Sílvia Arendt, Reinaldo Lohn, Cristina Scheibe, Eunice Nodari, Bárbara Giese, Paulo Melo, Émerson Campos, Janice Gonçalves, Marlene de Faveri, Paulino Cardoso e Marcos Montyssuma. Agradeço ao professor Luis Felipe Falcão, meu orientador no Trabalho de Conclusão de Curso e, posteriormente, no mestrado, que há anos vem acompanhando e aguentando essa minha história de galos de brigas. Agradeço aos colegas que ainda não oportunidade de conhecer pessoalmente, mas contribuíram na escrita dessa tese, tais como Hervé Muller, João Júlio Gomes dos Santos Jr.