DISSERTAÇÃO Douglas Henrique De Melo.Pdf
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Douglas Henrique Alves de Melo EFEITO DA FRAGMENTAÇÃO DE HABITATS SOBRE BORBOLETAS FRUGÍVORAS (LEPIDOPTERA: NYMPHALIDAE) NA FLORESTA ATLÂNTICA NORDESTINA RECIFE 2014 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Douglas Henrique Alves de Melo EFEITO DA FRAGMENTAÇÃO DE HABITATS SOBRE BORBOLETAS FRUGÍVORAS (LEPIDOPTERA: NYMPHALIDAE) NA FLORESTA ATLÂNTICA NORDESTINA Dissertação apresentada ao Programa de Pós- graduação em Biologia Animal, Centro de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Pernambuco, como requisito parcial da obtenção do título de Mestre em Biologia Animal. Orientadora: Inara Roberta Leal Coorientador: André Victor Lucci Freitas RECIFE 2014 Catalogação na fonte Elaine Barroso CRB 1728 Melo, Douglas Henrique Alves de Efeito da fragmentação de habitats sobre borboletas frugívoras (Lepidoptera: Nymphalidae) na Floresta Atlântica Nordestina/ Recife: O Autor, 2014. 90 folhas : il., fig., tab. Orientadora: Inara Roberta Leal Coorientador: André Victor Lucci Freitas Dissertação (mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco, Centro de Ciências Biológicas, Biologia Animal, 2014. Inclui bibliografia e anexo 1. Borboleta 2. Floresta Atlântica I. Leal, Roberta Inara (orientadora) II. Freitas, André Victor Lucci (coorientador) III. Título 595.789 CDD (22.ed.) UFPE/CCB- 2014- 230 Douglas Henrique Alves de Melo EFEITO DA FRAGMENTAÇÃO DE HABITATS SOBRE BORBOLETAS FRUGÍVORAS (LEPIDOPTERA: NYMPHALIDAE) NA FLORESTA ATLÂNTICA NORDESTINA Dissertação apresentada ao Programa de Pós- graduação em Biologia Animal, Centro de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Pernambuco, como requisito parcial da obtenção do título de Mestre em Biologia Animal. Orientadora: Inara Roberta Leal Coorientador: André Victor Lucci Freitas Aprovada em: 31/07/2014 BANCA EXAMINADORA ________________________________________________ Profa. Dra. Luciana Iannuzzi Departamento de Zoologia - UFPE ________________________________________________ Profa. Dra. Cleide Maria Ribeiro de Albuquerque Departamento de Zoologia – UFPE ________________________________________________ Prof. Dr. Wendel José Teles Pontes Departamento de Zoologia - UFPE Aos meus avós, Manuel e Celina (in memorian), Dedico. AGRADECIMENTOS Ao longo da minha formação, conheci pessoas que muito me ajudaram, desde a graduação até o término deste trabalho. Convivi com pessoas maravilhosas, de professores, biólogos, técnicos aos colegas diários, com os quais aprendi muito e fiz muitas amizades. É certo que vou levar para o resto da minha vida não somente os ensinamentos, orientações ou elogios, mas também as críticas e “puxões de orelha”, pois todas essas coisas serviram de aprendizado e contribuíram para o meu amadurecimento acadêmico, pessoal e profissional. Sou grato a todos. Primeiramente, a Deus, o Senhor da minha vida, a quem sou grato por toda inspiração e pela realização de mais uma etapa. A toda minha família por ter apoiado, incentivado e investido durante toda minha vida. Serei sempre agradecido ao meu pai Gabriel, minha mãe Solange e meu irmão David. Não tenho palavras para expressar o quando vocês são importantes para mim. Sou muito grato a minha fiel companheira e namorada Michele Regina por estar sempre do meu lado me apoiando, incentivando e por sempre ter uma palavra de ânimo nos momentos em que mais preciso. Obrigado por sempre acreditar em mim. Agradeço a Profa. Dra. Inara Roberta Leal pela orientação, paciência e ensinamentos durante todos esses anos que foram fundamentais para a realização com sucesso deste trabalho. Foi um prazer desenvolver esse trabalho com uma profissional competente como você. Um agradecimento ao pessoal da Unicamp, em especial: Ao Prof. Dr. André Victor Lucci Freitas pela oportunidade que me deu ainda aluno da graduação em estagiar no Museu de Zoologia do Instituto de Biologia da Unicamp, que junto com Cristiano Agra, Lucas Kaminski, Eduardo Barbosa, Danilo Muniz e Poliana Felix obtive diversos treinamentos, estes essenciais para maior conhecimento e aprendizagem sobre as borboletas. Agradeço novamente ao Prof. André pelo apoio e coorientação deste trabalho e pela participação do Cristiano nas análises dos dados, sem o qual esta obra não teria o mesmo resultado. A Noemy Seraphim pela identificação das Hermeuptychia. Obrigado pela sua dedicação em analisar cada exemplar com atenção e pela paciência nas horas em que ficávamos extraindo as genitálias dos indivíduos. Sua ajuda foi diferencial neste trabalho. Aos borboleteiros Cristiano, Tina e Jessie pela estadia nos dias que fiquei em Campinas para identificar as espécies e analisar os dados deste trabalho. Obrigado pela amizade e confiança de vocês, pelo futebol com a rapaziada, pela companhia nas vezes que saímos juntos com o Prof. André para almoçar e jantar, sem contar com os ótimos churrascos. Foram bons momentos, ótimas conversas e também muito aprendizado. Muito obrigado! Sou especialmente grato à Profa. Dra. Luciana Iannuzzi por sempre estar à disposição para tirar dúvidas e orientar no que for preciso. Mesmo em pouco tempo que nos conhecemos, além de sua gentileza e de procurar sempre encurtar a relação professor-aluno, proporcionando um laço familiar e amigável, percebi o exemplo de profissional que você é. Obrigado pelo carinho, pela força e por cada dica que me deste. Ao Bruno Filgueiras pela parceria no trabalho de campo, por todos os bons momentos que passamos em Serra Grande, pelas conversas no alojamento, caminhadas nas matas e ideias trocadas. Também sou grato pela sua ajuda em algumas análises deste trabalho. Espero que essa amizade dure por muito tempo. A Usina Serra Grande, Alagoas, por permitir a realização deste trabalho nos fragmentos e por disponibilizar um alojamento para pesquisas. A importante ajuda nos momentos de campo do amigo Pierre por nos guiar em meio às florestas. Ao Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal pela oportunidade de realizar esta pesquisa. Ao coordenador André Esteves por sua dedicação e por sempre ajudar os alunos no que for preciso. A toda a equipe de professores e colegas do mestrado e doutorado, em especial a Iris Arruda, André Lira, Manolo e Bruno Filgueiras pela amizade, pelas conversas, momentos de distração e bobagens, enfim, por todos os bons momentos que passamos juntos. Ao Laboratório de Taxonomia e Ecologia de Insetos (LABTEI) pelo acolhimento junto à equipe e a todos os colegas de trabalho, os quais me proporcionaram ótimas trocas de experiências, sem contar nas amizades formadas. A Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (FACEPE) pela bolsa concedida durante os dois anos do mestrado. Cabe ainda agradecer algumas pessoas da época da graduação como o Prof. Dr. Argus Vasconcelos de Almeida da Universidade Federal Rural de Pernambuco que me ajudou desde o início do curso e acompanhou toda a minha trajetória até aqui. À bióloga Luci Duarte por apoiar e acreditar no meu potencial. Saudades de nossas coletas no Brejo dos Cavalos. A toda equipe de professores, biólogos e técnicos da entomologia UFRPE e aos amigos da graduação por, mesmo de longe, me acompanharem e incentivarem nessa longa jornada. Agradeço a todos que direta ou indiretamente contribuíram para a execução deste trabalho e me ajudaram a concluir mais uma etapa da minha vida. RESUMO O processo de ocupação do Brasil levou a Floresta Atlântica a uma drástica perda e fragmentação de sua área original, sendo a região Nordeste o setor mais criticamente ameaçado. Diversos estudos mostram que a perda e fragmentação florestal altera a estrutura da comunidade de borboletas, mas nenhum deles foi realizado no Nordeste do Brasil. O objetivo deste estudo foi entender como esta guilda responde ao tipo de hábitat (fragmentos, borda e interior da floresta controle), bem como à área e ao grau de isolamento dos fragmentos em uma área altamente fragmentada da Floresta Atlântica Nordestina. Foram selecionados oito fragmentos florestais com áreas de 8 a 126 ha, além de bordas (50 m da margem) e interiores (> 200 m da margem) do maior remanescente (3.500 ha) da Floresta Atlântica Nordestina, utilizado como controle. Após 18.000 armadilhas/horas de amostragem, foram registrados 833 indivíduos pertencentes a 63 espécies de quatro subfamílias de Nymphalidae. A subfamília mais rica foi Satyrinae (39 espécies), seguida por Charaxinae (12), Biblidinae (10) e Nymphalinae (2). A subfamília mais abundante foi também Satyrinae com 73% dos indivíduos, seguida por Nymphalinae, Biblidinae e Charaxinae. As Curvas de Rarefação mostraram que não há diferenças significativas na riqueza de espécies entre borda da floresta, interior da floresta e fragmentos. Os resultados dos Modelos Lineares Generalizados Mistos também não evidenciaram diferença na riqueza entre os habitats, contudo, indicaram a área dos fragmentos e a combinação de área e o grau de isolamento dos fragmentos como preditores da riqueza observada e estimada e do número de indivíduos coletados, respectivamente. Foram registradas diferenças significativas na composição de espécies entre os hábitats através do Escalonamento Multidimensionais Não-Métricas e das Analises de Similaridade. Adicionalmente, as Análises de Correspondência Canônica indicaram que área e o grau de isolamento dos fragmentos explicaram 34% da variação na composição de espécies de borboletas. A distância entre as unidades amostrais também explicou uma parcela da similaridade na composição de espécies. Esses resultados indicam que a composição de espécies de borboletas frugívoras é mais influenciada pela perda e fragmentação de habitats