Buster Keaton O Mundo É Um Circo

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Buster Keaton O Mundo É Um Circo 26 set > 14 out 2018 ccbb rj 09 out > 28 out 2018 ccbb brasília 11 out > 05 nov 2018 ccbb são Paulo apresentação 9 artigos O cinema, arte do espaço 17 ÉRIC ROHMER Sobre o filme cômico, e em especial sobre Buster Keaton 21 JUDITH ÉRÈBE O mecânico da pantomima 39 ANDRÉ MARTIN biografia + TRAJETÓRIA Cronologia de Buster Keaton 61 Entrevistas com Buster Keaton 91 Os Estúdios Keaton 111 DAVID ROBINSON análises A mise-en-scène de Keaton 151 JEAN-PIERRE COURSODON Mise-en-scène, visão de mundo e consciência estética 179 JEAN-PIERRE COURSODON A gag 195 JEAN-PATRICK LEBEL FILMOGRAFIA COMENTADA 227 FILMOGRAFIA 251 4 O Banco do Brasil apresenta Buster Keaton – O Mundo é um Circo, a mais completa mostra retrospectiva dedicada ao ator e diretor norte-americano já vista no país. A trajetória de Keaton no cinema mudo foi marcada pela interpretação de personagens impassíveis em suas comédias, característica inovadora que revolucionou o mundo da séti- ma arte. Os trabalhos de atuação e direção do artista serão lembrados por meio da exibição de 70 filmes, em película e formatos digitais, além de sessões com acompanhamento mu- sical ao vivo, com audiodescrição, masterclass, curso, debate e livro-catálogo. Com a realização deste projeto, o CCBB reafirma o seu apoio à arte cinematográfica, mantém o seu compromisso com uma programação de qualidade e oferece ao público a oportu- nidade de imergir na obra de Buster Keaton – um dos nomes mais emblemáticos do cinema mudo. Centro Cultural Banco do Brasil 6 7 apresentação DIOGO CAVOUR (com colaboração de Ruy Gardnier) Buster Keaton faz parte do hall dos grandes atores-autores do cinema silencioso. Ele não inventou propriamente um gênero (a comédia de slapstick), mas certamente foi quem melhor usou suas ferramentas; ele reinventou suas técnicas e deixou marcas. Seus filmes combinavam comédia física, inventividade téc- nica e uso da linguagem cinematográfica com maestria. Seu ní- vel de invenção humorística com objetos e peripécias atléticas, com incrível habilidade na prática de acrobacias, quedas e fugas, aliada à grande criatividade e engenhosidade na construção de cenas, objetos e cenários, é sem igual em toda a história da arte cinematográfica. Ele não se contentava apenas com a atuação, e desde cedo percebeu que era preciso conceber o filme como um todo, por saber que um rolo de película não é um palco. O controle de ti- ming e de ângulo depende diretamente da direção, da montagem, da criação cinematográfica. Portanto, Buster Keaton é roteirista, montador, diretor... Seus protagonistas são desajustados em relação ao univer- so circundante, têm caráter nonsense ou filosófico, ontológico. Keaton criou um personagem que se destaca pelo virtuosismo do uso do corpo, e também por sua clássica expressão inabalá- vel e cativante. Conhecido por sua impassividade diante das ad- versidades e das cenas mais trágicas ou estapafúrdias, ganhou as alcunhas de “o cara de pedra” e “o homem que nunca ri”. Esse "rosto de pedra" é uma perfeita metáfora de um cinema em que tudo permanece material, em que o humor é visual o tempo inteiro. De alguma forma Keaton leva à perfeição o humor físico e o cinema cinético de Mack Sennett, ao passo que Chaplin leva a comédia a outro estatuto, mais próximo da legitimidade clássica do humanismo e dos bons sentimentos. 8 9 Os filmes de Keaton privilegiam a ação e o gesto em detri- (Marinheiro por Descuido, 1924), ele zomba do personagem almo- mento da palavra. Econômico no uso de cartelas, é também um fadinha e mimado que não sabe fazer nada e não tem nenhuma diretor preciso na escolha de seus enquadramentos, na monta- habilidade de sobrevivência, ao contrário do americano médio gem e nas trucagens que realiza. Enquanto a média para a época de 50 anos antes, que era um desbravador. Mas Keaton não é um era de 240 intertítulos por filme, nenhuma de suas obras utilizou antimodernista, muito pelo contrário. Cremos que seu tema é a mais do que 56 cartelas. inadequação ao meio; em alguns filmes isso é crítica, em outros Mas o marcante de Keaton talvez esteja na realização das é uma observação ontológica. Não à toa Samuel Beckett o esco- cenas mais complexas de forma realista e sem cortes. Para ele, lheu para fazer seu filme. a única maneira de convencer o público era fazer a cena de fato. Não tem nada mais distante do humor contemporâneo do que Não aceitava dublês, pois, como ele dizia, dublê não faz comédia. o estilo de Keaton. Hoje, o humor é basicamente verbal, é feito de Buster Keaton é fundamental não apenas na história da co- confusões e trocas de diálogos. O ritmo é frenético. Em Keaton, média, mas também na história do cinema no sentido mais amplo. há a graça (nos dois sentidos) do movimento físico que cria um Pode-se dizer que a sua forma de fazer cinema influenciou humor visual; mirabolante, sim, mas também de um extremo re- desde o humor absurdo e impossível dos desenhos animados fino em seu uso de timing, de ritmo. A comédia de Keaton – e a de dos anos 1930 em diante (Pernalonga, Papa-Léguas), passando Jacques Tati, posteriormente – é uma comédia que faz a graça por diversas gerações de humoristas do corpo (como Oscarito, surgir do visual, não que utiliza o visual apenas como suporte, Renato Aragão e Jackie Chan), até o humor de diretores que como registro da piada. Ver os filmes de Keaton é uma oportuni- usam do visual para a construção da comédia (de Jacques Tati dade para reaprender a ver, dir-se-ia, uma arte perdida. a Wes Anderson). De certo, o cinema e, especialmente, o humor Quanto ao diálogo com o mundo contemporâneo... Bem, es- não seriam os mesmos sem Keaton. ses cem anos que se passaram de lá para cá reconfiguraram Nascido em um meio de artistas de vaudeville, aprendeu des- toda a existência do ser humano, mas, de certa forma, intensi- de cedo as técnicas do humor circense, usando o corpo como ficaram a alienação em relação aos objetos e ao mundo circun- instrumento dessa arte – tanto pelas perseguições e pelas acro- dante. Se em 1920 Keaton já chamava atenção para o nonsense bacias como pelas ilusões de mágica. Com sua entrada nos fil- das coisas acavaladas deste mundo, talvez ele ainda tenha algo a mes, aperfeiçoou esses truques usando técnicas próprias do dizer sobre a nossa realidade, uma vez que nunca tivemos tanto cinema por meio da trucagem, do enquadramento e mesmo da à nossa disposição e nunca fomos tão infelizes e ansiosos. simples montagem. A mostra Buster Keaton – O Mundo é um Circo é a maior re- Seria forçado tentar ressaltar em sua obra uma visão de trospectiva já feita sobre Keaton em solo brasileiro. Conta com mundo mais totalizante, porque ele nunca quis fazer a magnum a exibição de 70 títulos, a publicação de um livro-catálogo (pri- opus sobre a contemporaneidade, como Chaplin fez com Modern meira publicação sobre o autor em língua portuguesa), além da Times (Tempos Modernos, 1936), por exemplo. O que se pode de- apresentação de cursos, debates e aulas magnas com especia- preender é a relação que os personagens desenvolvem com os listas no assunto. objetos circundantes, e como Keaton faz rir a partir dessa re- Esta mostra promove ao público, ainda, uma rara oportuni- lação sempre desajustada. Em One Week (Uma Semana, 1920), dade de ver diversos filmes no material original de sua produção, ele zomba do utilitarismo da casa pré-fabricada, que, em lugar ou seja, em película, com o grão específico, o barulho do projetor, de facilitar, só complica a vida de um casal. Em The Navigator etc. Vários deles serão exibidos com acompanhamento musical 10 11 de piano – nessas sessões, o espectador poderá desfrutar de como os longas independentes Le Roi des Champs-Élyseés (Sem uma experiência raríssima, que o aproximará da experiência dos título em português, 1934), The Invader (Fanfarronadas, 1936) espectadores que assistiram a esses filmes há cerca de cem e El Moderno Barba Azul (O Moderno Barba Azul, 1946) – produ- anos atrás. ções protagonizadas por Keaton na França, Inglaterra e México, A ideia é apresentar um amplo conjunto de obras das mais respectivamente. diferentes fases de Buster Keaton. A mostra contará com a fil- Com o fim de seu contrato com o estúdio, Keaton atuou como mografia completa existente do início de sua carreira, de 1917 a protagonista em dezenas de curtas-metragens menos preten- 1929 – quando ele se tornou o maior nome do cinema mudo, ao siosos, do início do cinema sonoro até a sua morte. Em mui- lado de Charles Chaplin. Desta forma, o suprassumo de sua obra, tos desses filmes, ele usava repetições de suas gags físicas e sua produção autoral, poderá ser visto em sua integridade. mesmo de histórias de filmes da fase silenciosa. Entre 1934-35, Em seus primeiros papéis, Keaton atuou como coadjuvante atuou em 16 curtas pela Educational Shorts (5 deles estão pre- do comediante Roscoe ‘Fatty’ Arbuckle e seus curtas de dois ro- sentes na mostra); entre 1939-40, participou de 10 curtas pela los (entre 1917 e 1919). Columbia Shorts (dos quais escolhemos 2 exemplares); e, entre A seguir, ganhou a oportunidade de realizar seus próprios os anos 40 e 50, participou de diversos projetos nesse sentido. projetos, os quais produziu, roteirizou, dirigiu e nos quais atuou. Mas foi a partir de meados dos anos 1950, quando foi redes- Pertencem a esse grupo os 19 curtas-metragens realizados no coberto pela crítica e aclamado em festivais europeus, que re- período de 1920-23. tornou a projetos de maior relevância. Inclusive, em 1960 ganhou A Fase de Ouro da carreira de Buster se dá nos anos seguin- um Oscar Honorário pelo conjunto da obra.
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