Sílvia Monteiro, Lizete Heleno, Olga Santos, Luís Cotrim e Augusto Eusébio

Entrada do Mausoléu da Rainha Ukinca Escultura coletiva pelo grupo de escultores da Pampa, na ilha de –última rainha dos Tabanca de Bijante. Guiné Bissau Bijagós-. Guiné Bissau © Joaquim Pinto|ASPEA

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ISSN: 1887-2417 ISSN-e: 2386-4362

https://doi.org/10.17979 /ams.2019.26.1-2.6553 Gestão Participativa dos Recursos Naturais no Arquipélago dos Bijagós Participatory Management of Natural Resources in the Bijagos Archipelago

João Paulo Madeira . Universidade de Cabo Verde (Cabo Verde)

Resumo A sociedade Bijagó articula-se em torno de aldeias, unidades políticas e económicas de base que gozam de autonomia de decisão e de uma quase autossuficiência. Os clãs estão organizados por sexo e classes de idade, cada um desempenhando um papel e possuindo deveres na comunidade. Cada ilha ou aldeia possui as suas próprias formas de adoração que estão voltadas para ídolos ou deuses - irãs - entidades dotadas de poder para fazer o bem ou o mal e às quais as preces são dirigidas. Cada ilha é considerada propriedade do clã e do seu irã como guardião. Existem áreas consideradas sagradas, o que significa que ninguém se pode estabelecer nelas, sendo interdito o seu uso continuado. Este é o caso de certos espaços em , Enu, Orango e . Estas áreas são particularmente importantes para a conservação da natureza, uma vez que misturam vários tipos de ambientes, desde as savanas e mangueirais até aos bancos de areia, entre os canais de mar. Pretende-se com este artigo compreender como se articula a gestão das terras e a divisão dos espaços e explicar como se processam as decisões relativamente à preservação do ambiente e dos recursos naturais. Astract The Bijagó society is structured around villages, political and economic units which have decision-making autonomy and an almost self-sufficiency. The clans are organized by sex and age classes, each playing a role and having duties in the community. Each island or village has its own forms of worship, either of idols or gods – iran – entities endowed with power to do good or evil and to which the prayers are addressed. Each island is considered property of the clan and of its iran as a guardian. There are areas that are considered sacred, which means no one can settle down there, being forbidden its continuous use. This is the case of certain spaces in Rubane, Enu, Orango and Carache. These areas are particularly important for the preservation of nature, since they combine various types of environments, from savannas and mangrove forests to sand banks, among the sea canals. This article aims at understanding how the management of land articulates with the division of spaces and at explaining how decisions regarding the preservation of the environment and natural resources are taken. Palavras chave Recursos naturais; Desenvolvimento sustentável; Gestão participativa; Riscos e vulnerabilidades ambientais. Key-words Natural resources; Sustainable development; Participative management; Environmental risks and vulnerabilities.

© UDC/ CEIDA/ UFMG ambientalMENTEsustentable ambientalMENTEsustentable, 2019, (26), 1-2 xaneiro-decembro 2019, ano XIV, vol. 26, núm. 1-2, páxinas: 71-7871 João Paulo Madeira

Arquipélago de - As ilhas de Bolama e são centros Bijagós: Breve Diagnóstico administrativos e dispõem de portos de Ecológico águas profundas. As principais atividades económicas são a agricultura, pesca e o

turismo. Os canais permitem a circulação de massas de água, transportando assim O Arquipélago de Bolama-Bijagós com- sedimentos e nutrientes que estão na ori- posto por 88 ilhas e ilhéus. Foi classificado gem da produção de fitoplâncton, base em abril de 1996 pela UNESCO de Reserva alimentar de pequenas espécies pelági- da Biosfera e em 2014 reconhecido como cas. Estes, por sua vez, constituem presas zona húmida de importância internacional para os predadores, sobretudo: tubarões pela Convenção das Zonas Húmidas com (tigre, martelo, limão, buldogue e touro), interesse internacional para as aves aquá- raias, bicudas e golfinhos. ticas (RAMSAR). Em 2015 iniciou-se o pe- dido de classificação do Arquipélago dos Relativamente à zonagem da Reserva da Bijagós a Património Mundial da Humani- Biosfera, é possível de forma esquemáti- dade (Figure 1). ca, dividir o espaço em três zonas: A pri- meira diz respeito às zonas centrais que O Arquipélago cobre uma superfície de cer- se destinam à reprodução dos recursos ca de 1625 km2, dos quais vinte e uma ilhas e a índices de biodiversidade elevados. são habitadas. A sua população é de apro- Referem-se aos espaços protegidos e a ximadamente 32.500 habitantes dispersos lugares considerados “sagrados”. A se- por cento e oitenta aldeias, dos quais cerca gunda corresponde às zonas tampão re- de 90% pertence à etnia bijagó.

Figure 1: Carte de zonation de la réserve de biosphère Bolama-Bijagos (Cuq et al.2001).

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servadas às populações residentes e que clãs matrilineares, cada um com poderes beneficiam a conservação das primeiras e direitos que lhe são próprios: Ogubanes zonas. A terceira designa-se por zonas de têm uma relação privilegiada cm o mar, o transição, abertas às atividades de pesca gado e algumas espécies animais selva- e de turismo, permitindo assim a criação gens como o hipopótamo; Omincas têm de oportunidades de emprego e de ativi- poder sobre a chuva; Orácumas têm poder dades geradoras de rendimentos. sobre a terra; Oragas têm poder sobre o céu (MARETTI, 2003; GALLOIS-DUQUET- A parte terrestre das ilhas é ocupada por TE, 2000: SILVA, 2000). savanas (utilizada para o cultivo de arroz, em especial, na estação das chuvas) e A sociedade Bijagó articula-se em forma palmares que representam a principal for- de tabancas (aldeias), unidades políticas e mação vegetal da área terrestre. O sistema económicas de base que gozam de uma de produção bijagó baseia-se na explora- autonomia de decisão e de uma quase ção do arroz e produtos do mar. Cultiva-se autossuficiência económica. Os clãs- es igualmente o feijão, amendoim e inhame. tão organizados por sexo e classes de O azeite, frutos ou vinho de palma fazem idade (recém-nascido, até 1 ano (neéa); parte da dieta da maior parte dos seus ha- crianças pequenas, de 2 a 6 anos (ongbá); bitantes. A monocultura do caju tem tido crianças, dos 7 aos 11 anos (cadene); ra- impacto nos solos circundantes ao alterar pazes adolescentes (canhocám) e rapari- os padrões do uso do solo e, consequen- gas adolescentes (capuni), dos 12 aos 17 temente, nos valores culturais. Os produ- anos; homens jovens, dos 18 aos 27 anos tos do mar, particularmente os moluscos, (cabaro ou caro); adultos jovens (camabi representam a principal fonte de proteína ou cabido) e mulheres casadas (ocanto), animal. dos 28 aos 35 anos; adultos, dos 36 ais 55 anos (caxucá); homens grandes (anciãos) e mulheres grandes (ocotó ou cabuna), após Bijagós: Diversidade étnica e os 55 anos , cada um desempenhando um cultural papel e possuindo deveres no seio da co- munidade (SCANTAMBURLO, 1991, 58).

Cada ilha ou aldeia possui as suas pró- Uma das hipóteses do termo Bijagó é a prias formas de adoração que estão volta- de que terá provindo da junção de “Be” e das para ídolo ou deuses –irãs– entidades “Odjogo” que na língua local significa pes- dotadas de poder para fazer o bem ou o soas íntegras. A organização social dos bi- mal e às quais as preces são dirigidas. En- jagós é complexa e baseia-se nos quatro tre os bijagós, a função do sacerdote é a

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de mediador nas cerimónias. Cabe a este tante. O clã proprietário (dono di tchon) receber os pedidos e reencaminhá-los fixa ou autoriza a utilização das terras, do para os irãs. Cada ilha é considerada pro- mato, dos recursos e dos espaços. priedade do clã e do seu irã como guar- dião, não podendo ser realizada qualquer Existem áreas consideradas sagradas, o atividade sem a autorização deste solicita- que significa que ninguém se pode esta- da pelo Senhor do tchon (chão) através de belecer nelas, sendo interdito o seu uso uma cerimónia organizada por ele e pelos continuado. Este é o caso de certos espa- seus sacerdotes. ços em Rubane, Enu e outras ilhas e ilho- tas. Para além disso, partes de algumas Entre os bijagós, o poder político assenta ilhas são “abandonadas”, como a área de num equilíbrio entre as figuras masculinas Etebadju, na ilha de , a área de e femininas que são representadas como Cadiguira na ilha e a área de An- oposições sexuais. A aliança entre as duas cagumba, na ilha de Meneque. As áreas classes de anciãos/ãs é representada pelo “abandonadas” são consideradas sagra- elo estabelecido entre ambos no exercício das e destinadas às cerimónias místicas, do poder –o oronho (chefe da tabanca) e sociais e económicas, que fazem parte da a okinka (chefe das mulheres)–. A partilha vida das comunidades bijagós. do espaço entre anciãos e anciãs faz do mato (an´oka) um espaço masculino e da Existem outras áreas com restrições espe- tabanca (anden em bijagó de Canhabaque cíficas ou parciais, como por exemplo, a e neguen de Orango) um espaço feminino ilhota de Bias, (Poilão) para sul, que per- (FERNANDES, 1995; 1989). tence à aldeia de Canhabaque de Ambe- no, que está interdita a pessoas do sexo A propriedade tradicional dos bijagós é masculino não iniciadas, e a ilhota de reconhecida na grande maioria das ilhas. Canuopa, restringida unicamente aos ini- Possuem um sistema de gestão territorial, ciados “donos” do clã (cuduba uamotó), fundada numa estrutura complexa de or- durante a época das cerimónias. Entre as ganização social que depende da religião áreas mais significativas, que foram con- e define a política. sideradas sagradas pelos bijagós, por razões místicas, económicas ou sociais, A gestão das terras é coletiva e articula-se situam-se as ilhas do grupo Orango e a em redor das aldeias ou grupos de aldeias. zona ocidental da ilha de Carache. Existe um elo entre a floresta e o local de residência dos bijagós, pelo menos desde Estas áreas são particularmente importan- a sua fixação nestas ilhas e o clã mantém tes para a conservação da natureza, uma com o território uma relação muito impor- vez que misturam vários tipos de ambien-

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tes, desde as savanas e mangueirais até 2018; CROSS, 2016; BINET et al., 2012; aos bancos de areia, entre os canais de SAID & ABREU, 2011; KYLE, 2009; NJO- mar. Muitas das ilhas ao sul do Arquipé- CK & WESTLUND, 2010; OLVEIRA, 2009; lago são protegidas pelas comunidades KACZYNSKI & FLUHARTY, 2002; CAM- locais tais como Codotch (João Vieira), PREDON & CUQ, 2001; TOUS et al., 1998; Noponoque (Meio), Anchenem (Cavalos) e CÓ, 1994 e observação de campo entre Bias (Poilão), que pertencem às aldeias de 2009 e 2019, destacam-se em particular Menegue de Canhabaque (clã de Onoca), as relativas à uilização descontrolada dos Inhoda (Onoca), Bine (Onoca) e Mabeno recursos naturais (captura ou comercia- Orácuma). lização de espécies protegidas); pesca ilegal, não comunicada; acampamentos As ilhas de João Vieira, Meio, Cavalos, ilegais montados sem o mínimo de condi- Bane e Engumbane são locais de inicia- ções de saúde e de segurança; dificulda- ção. Em Rubane e Anaguru não é permi- de em fiscalizar o vasto território por falta tido enterrar os mortos, nem lhes edificar de meios materiais e financeiros; perda da uma sepultura permanente. Muitas ilhas biodiversidade com a má utilização dos têm restrições específicas, outras parciais. vários ecossistemas (por ex. corte de tar- Mesmo no caso das tabancas totalmente rafes e mangais), assim como do potencial desertas, as balobas continuam a ser res- agrícola que tem gerado pobreza; fragili- peitadas e sagradas por toda a população dade das estruturas e equipamentos, falta bijagó. Sob a direção de Onhaqui (Bijagós de quadros técnicos; fluxos migratórios e de Canhabaque), estas ilhas e áreas cir- carências ao nível da educação, de técni- cundantes conseguiram manter uma vasta cas e equipamentos de produção; risco de diversidade de espécies de peixe e de tar- turismo massificado que resulta em danos tarugas verdes (chelonia mydas), que vol- ambientais e coloca em risco os ecossis- tam todos os anos aqui para desovar. Esta temas. área constitui em toda a Costa Atlântica de África o local privilegiado para este fim. Além disso, outras importantes particula- ridades se destacam, tais como: carência Nestas ilhas existem restrições relaciona- de água potável e insuficiente produção das com as cerimónias do manrase uma alimentar; insularidade e dificuldade de vez que são local de residência de deter- transporte e comunicação entre lhas; co- minados espíritos. mércio insuficiente e inadequado e falta de recursos para o investimento; dificuldade De entre as vulnerabilidades encontradas de adaptação de projetos à realidade so- a partir da revisão da literatura (CAMPRE- cioeconómica e cultural (calendários reli- DON and CATRY, 2018; COSTA CORREIA, giosos, estrutura social e nível técnico).

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Papel e organização das um processo de decisão (Conselho de An- Áreas Protegidas: ciãos, cerimónias tradicionais e classes de O contributo das ONG idades), caracterizado por uma transferên- cia de direitos de acesso e uma regulação,

por parte do Estado e ONGs nacionais e/ ou internacionais, às autoridades da al- O Governo da República da Guiné-Bissau, deia. através da Secretaria de Estado do Am- biente, do Instituto da Biodiversidade e Esta parceria estipula e garante as fun- das Áreas Protegidas (IBAP) têm vindo a ções, as responsabilidades e os direitos zelar pela aplicação efetiva das diferentes respetivos de cada um, em relação à área ações de proteção, de gestão do ambiente protegida. As parcerias multissectoriais e e dos projetos de desenvolvimento. de diferentes níveis, são essenciais para uma aproximação à conservação inclusiva O IBAP coordena o Parque Nacional de e participativa. A solução encontra-se no João Vieira Poilão (PNMJVP) (Decreto n. envolvimento das comunidades locais. º 6-A/2000, de 23 de agosto) e o Parque Nacional de Orango (PNO) (Decreto n. º As principais ONG´s nacionais que atuam 11/2000, de 4 de dezembro). no Arquipélago dos Bijagós no âmbito da monitorização dos recursos naturais são: Relativamente à Área Marinha Protegida Tiniguena; Nantinyan; ADIM; Tankakan; Comunitária das Ilhas Formosa, Nago e ADEMA; Biligert; Associação de Jovens Tchedia (Urok) (Decreto-Lei n.º 8/2005, de Andorinha; Totokan e Tepenny. Quanto 15 de julho) é a ONG guineense Tiniguena às ONG´s internacionais destacam-se a que faz o enquadramento desde a criação UICN, NOE Conservation, a MAVA, Mani- à gestão do próprio parque. Estão presen- tese, Engin, Swissaid e a CBD Habitat. tes neste quadro a Assembleia das Ilhas, a Assembleia das Tabancas e a Assembleia A Tiniguena (Esta terra é nossa), a UICN de Urok. Nesta última, estão presentes o (União Internacional para a Conservação IBAP e a RBABB e a Capitania do Porto. da Natureza), e a FIBA (Fundação Interna- cional do Banc d’Arguin) atuam no arqui- Paralelamente a isto, existem também pélago, em colaboração com as tabancas colaboradores que participam de forma (aldeias) bijagós para a restauração dos voluntária ou apenas quando são solicita- ecossistemas degradados e a gestão de dos. No caso da RBABB, os poderes que recursos de forma mais sustentável. regulam o acesso às terras são exercidos pelas autoridades tradicionais, através de

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Síntese das principais O Governo tem feito esforços no sentido conclusões, resultados e de planear e proteger a flora e a fauna para recomendações a conservação das espécies raras, como é o caso da tartaruga bebé e, desse modo,

garantir os recursos genéticos necessá- rios às gerações futuras. Os apoios inter- As normas sociais das aldeias bijagós so- nacionais devem ser continuados e con- freram nos últimos anos profundas trans- vertidos em programas, projetos e ações, formações. Os numerosos contatos cultu- comprometidos no sentido de apoiar as rais e as sucessivas mudanças da situação comunidades locais e fazer a diferença na política e económica desde a independên- vida dessas populações . cia refletiram-se nas suas comunidades.

A gestão espaço tradicional está integra- O arquipélago tem vindo a ser penalizado da nos valores, comportamentos e atitu- pela situação contemporânea, sobretudo des dos bijagós, o que permitiu que estes no que respeita à sobre-exploração dos vivessem durante séculos num ambiente recursos naturais. O potencial das ilhas saudável. Este comportamento é verifica- para a economia depende da manutenção do pelos ambientalistas e pelos turistas dos seus primitivos ecossistemas. que visitam as ilhas.

Relativamente à gestão do espaço e sal- A gestão tradicional tem sido adequada na vaguarda do meio ambiente, o arquipéla- salvaguarda do meio ambiente. Contudo, go constitui desde 1996, uma Reserva da em muitos casos, o Governo e as ONG Biosfera, tendo surgido da necessidade de nacionais e internacionais não o fazem de salvaguardar a fauna e a flora na sua mais forma articulada, o que leva a que alguns ampla biodiversidade. dos projetos de desenvolvimento cami- nhem em sentido contrário. Com esta finalidade o Estado da Guiné-Bis- sau criou dois Parques Nacionais em duas zonas ou grupos de ilhas: o grupo sul de Referências bibliográficas Orango (Parque Nacional de Orango (PNO), centro de hipopótamos de água salgada e BINET, Thomas, Pierre FAILLER e Andy THORPE o grupo leste de João Vieira Poilão (Parque (2012). Migration of Senegalese fishers: a case for regional approach to manage- Nacional de João Vieira Poilão (PNMJVP), ment. Maritime Studies ,11, pp. 1-14 centro de tartarugas marinhas e ainda, uma CAMPREDON, Pierre e Paulo CATRY (2018). Bi- jagos Archipelago (Guinea-Bissau), em C. Área Marinha Protegida Comunitária das Max FINLAYSONT, The Wetland Book, pp. Ilhas Formosa, Nago e Tchedia (Urok). 1-8. Springer Nature Switzerland AG.

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