REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

ANO LXX - Nº 163 SEXTA-FEIRA, 25 DE SETEMBRO DE 2015

BRASÍLIA - DF

MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

(Biênio 2015/2016)

PRESIDENTE EDUARDO CUNHA (PMDB-RJ)

1º VICE-PRESIDENTE WALDIR MARANHÃO (PP-MA)

2º VICE-PRESIDENTE GIACOBO (PR-PR)

1º SECRETÁRIO BETO MANSUR (PRB-SP)

2º SECRETÁRIO FELIPE BORNIER (PSD-RJ)

3ª SECRETÁRIA MARA GABRILLI (PSDB-SP)

4º SECRETÁRIO ALEX CANZIANI (PTB-PR)

1º SUPLENTE MANDETTA (DEM-MS)

2º SUPLENTE GILBERTO NASCIMENTO (PSC-SP)

3ª SUPLENTE LUIZA ERUNDINA (PSB-SP)

4º SUPLENTE RICARDO IZAR (PSD-SP) CÂMARA DOS DEPUTADOS

SUMÁRIO SEÇÃO I 1 – ATA DA 279ª SESSÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, NÃO DELIBERATIVA SOLENE, MATUTINA, DA 1ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA, DA 55ª LEGISLATURA, EM 24 DE SETEMBRO DE 2015 Ata sucinta 2 – ATA DA 280ª SESSÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, EXTRAORDINÁRIA, MATUTINA, DA 1ª SES- SÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA, DA 55ª LEGISLATURA, EM 24 DE SETEMBRO DE 2015 I – Abertura da sessão II – Leitura e assinatura da ata da sessão anterior III – Expediente PRESIDENTE (João Derly) – Leitura de ato da Presidência sobre a constituição de Comissão Especial destinada ao exame do Projeto de Lei nº 442, de 1991, sobre o estabelecimento de marco regulatório dos Jogos no Brasil...... 011 BENEDITA DA SILVA (PT, RJ – Pela ordem) – Solicitação à Presidência de releitura do ato da Presidência...... 012 PRESIDENTE (João Derly) – Releitura do ato da Presidência, por solicitação da Deputada Benedita da Silva...... 012 HERÁCLITO FORTES (PSB, PI – Pela ordem) – Solicitação à Presidência de informações sobre a matéria objeto da Comissão Especial constituída. Conveniência de suspensão da sessão diante da impossibilidade de esclareci- mento pela Presidência...... 012 PRESIDENTE (João Derly) – Resposta ao Deputado Heráclito Fortes...... 012 JANDIRA FEGHALI (PCdoB, RJ – Pela ordem) – Contestação à solicitação do Deputado Heráclito Fortes de suspensão da sessão. Defesa de continuidade da Comissão Geral com a concessão da palavra ao Ministro da Cultura...... 013 CLAUDIO CAJADO (DEM, BA – Pela ordem) – Pedido de esclarecimentos à Presidência sobre a dúvida le- vantada pelo Deputado Heráclito Fortes...... 013 PRESIDENTE (João Derly) – Resposta ao Deputado Claudio Cajado...... 013 JANDIRA FEGHALI (PCdoB, RJ – Pela ordem) – Sugestão à Presidência de esclarecimentos sobre a ementa do projeto de lei objeto da criação de Comissão Especial e de abertura da Comissão Geral...... 013 IV – COMISSÃO GERAL PRESIDENTE (João Derly) – Transformação da sessão plenária em Comissão Geral, com a presença do Mi- nistro da Cultura, Juca Ferreira, para esclarecimento de assuntos relativos à Pasta...... 013 PRESIDENTE (João Derly) – Presença na Casa de estudantes da Escola Municipal Kennedy, de Águas Linda de Goiás, Estado de Goiás...... 014 HERÁCLITO FORTES (PSB, PI) – Questão de ordem sobre a saída do Ministro da Cultura, Juca Ferreira, do Governo petista...... 014 BENEDITA DA SILVA (PT, RJ – Pela ordem) – Contradita à questão de ordem do Deputado Heráclito Fortes...... 014 PRESIDENTE (João Derly) – Esclarecimentos sobre o rito procedimental dos trabalhos na Comissão Geral...... 014 HERÁCLITO FORTES (PSB, PI – Pela ordem) – Justificativa para pedido de esclarecimentos sobre rumores de demissão do Ministro da Cultura...... 014 JANDIRA FEGHALI (PCdoB, RJ – Pela ordem) – Defesa de início dos debates da Comissão Geral...... 014 HERÁCLITO FORTES (PSB, PI – Pela ordem) – Pedido de esclarecimentos ao Ministro da Cultura sobre sua situação no Governo...... 015 PRESIDENTE (João Derly) – Leitura de pronunciamento do Presidente Eduardo Cunha ao ensejo da realiza- ção de Comissão Geral destinada ao debate com o Ministro da Cultura, Juca Ferreira...... 015 Usou da palavra durante o debate o Sr. Ministro da Cultura, JUCA FERREIRA...... 015 V – ENCERRAMENTO 3 – ATA DA 281ª SESSÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, DELIBERATIVA EXTRAORDINÁRIA, VESPER- TINA, DA 1ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA, DA 55ª LEGISLATURA, EM 24 DE SETEMBRO DE 2015 I – Abertura da sessão II – Leitura e assinatura da ata da sessão anterior III – Expediente IV – COMISSÃO GERAL PRESIDENTA (Moema Gramacho) – Transformação da sessão plenária em Comissão Geral com a presença do Ministro da Cultura, Juca Ferreira, para debate de programas relativos à Pasta...... 031 4 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015

Usou da palavra durante o debate o Sr. Ministro da Cultura, JUCA FERREIRA...... 031 Usaram da palavra durante o debate os Srs. Deputados RÔMULO GOUVEIA (PSD, PB), HENRIQUE FONTANA (PT, RS), PAES LANDIM (Bloco/PTB, PI), JANDIRA FEGHALI (PCdoB, RJ), CAPITÃO AUGUSTO (PR, SP), CHICO ALEN- CAR (PSOL, RJ), EDMILSON RODRIGUES (PSOL, PA), JOÃO DANIEL (PT, SE), MAX FILHO (PSDB, ES)...... 036 Usou da palavra durante o debate o Sr. Ministro da Cultura, JUCA FERREIRA...... 043 PRESIDENTA (Moema Gramacho) – Encerramento da Comissão Geral...... 044 PRESIDENTE (Carlos Manato) – Apresentação da pauta de votações da Ordem do Dia da presente sessão...... 044 V – BREVES COMUNICAÇÕES CAIO NARCIO (PSDB, MG) – Comprovação da eficiência da gestão do Prefeito José de Freitas Cordeiro, de Congonhas, Estado de Minas Gerais, com a classificação do Município como a melhor cidade brasileira de pe- queno porte, segundo levantamento realizado pela revista ISTOÉ, em parceria com a agência de classificação de risco de crédito Austin Ratings...... 044 GONZAGA PATRIOTA (PSB, PE) – Classificação do Município de Salgueiro, Estado de Pernambuco, como a melhor cidade brasileira em aplicação de recursos na saúde e na educação, segundo levantamento publicado pela revista ISTOÉ, em parceria com a agência de classificação de risco de crédito Austin Ratings. Êxito da I Feira Nordestina do Livro — FENELIVRO, realizada em Recife, no Estado...... 045 EDMILSON RODRIGUES (PSOL, PA) – Crítica à decisão do Governo Federal de retomada por inadimplência de imóveis do Programa Minha Casa, Minha Vida. Acerto da iniciativa do Ministério Público Federal em Itaituba, Estado do Pará, sobre a atuação da Fundação Nacional do Índio — FUNAI na garantia dos direitos autorais indí- genas...... 047 MAX FILHO (PSDB, ES) – Situação crítica do sistema de saúde pública do País. Conveniência de reinstalação da Comissão de Saúde da Casa...... 048 CAPITÃO AUGUSTO (PR, SP) – Reconhecimento dos rodeios e vaquejadas como patrimônio cultural imate- rial do Brasil. Agradecimento ao Ministro da Cultura pela atenção à demanda...... 048 EVAIR DE MELO (PV, ES) – Importância da produção de gengibre para o Estado do Espírito Santo...... 048 MARCON (PT, RS) – Participação do orador em ato de protesto, na Esplanada dos Ministérios, contra o fe- chamento de escolas rurais, juntamente com 1.500 educadores, ao ensejo da realização do II Encontro Nacional dos Educadores da Reforma Agrária — ENERA...... 049 JOÃO DANIEL (PT, SE) – Realização da VI Conferência Estadual de Saúde de Sergipe...... 050 CHICO ALENCAR (PSOL, RJ) – Aplauso à decisão do Supremo Tribunal Federal sobre a inconstitucionalidade de dispositivos legais que autorizam contribuições de pessoas jurídicas a campanhas eleitorais...... 050 TENENTE LÚCIO (PSB, MG) – Empenho do orador na melhora do sistema público de saúde do Município de Uberlândia, Estado de Minas Gerais...... 051 WALDENOR PEREIRA (PT, BA) – Agendamento de audiência com o Ministro da Cultura, Juca Ferreira, para debate sobre a instalação do centro de cultura Casa Glauber, em homenagem ao cineasta Glauber Rocha, em Vitória da Conquista, Estado da Bahia...... 051 ESPERIDIÃO AMIN (Bloco/PP, SC) – Reunião do orador com o Ministro‑chefe da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, Eliseu Padilha, para tratativas acerca da conclusão das obras do Aeroporto Interna- cional Hercílio Luz, em Florianópolis, Estado de Santa Catarina...... 051 SANDRO ALEX (PPS, PR) – Participação do orador em reunião realizada na Superintendência da Polícia Ro- doviária Federal para tratativas sobre a celebração de convênio do órgão com a Prefeitura Municipal de Ponta Grossa, Estado do Paraná, com vistas a melhorias na sinalização e construção de entroncamento rodoviário na BR que corta o perímetro urbano da municipalidade. Agradecimento ao Ministro dos Transportes e ao Secretário de Gestão dos Programas de Transportes pelo interesse nas benfeitorias...... 052 MORONI TORGAN (DEM, CE – Pela ordem) – Existência de quórum regimental para o início da Ordem do Dia...... 052 LUIZ COUTO (PT, PB) – Transcurso do 130º aniversário de emancipação político-administrativa do Município de Soledade, Estado da Paraíba. Participação em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Casa sobre o exercício da atividade policial e o disciplinamento do uso da força ou de arma de fogo, objeto do Projeto de Lei nº 179, de 2003, de autoria do Deputado Reginaldo Lopes. Presença do Subprocurador-Geral da República Mario Bonsaglia no evento. Repúdio a manifestação do Deputado Jair Bolsonaro sobre o assunto na reunião. Efetivo combate às milícias paramilitares e aos grupos de extermínio...... 052 DELEGADO EDSON MOREIRA (Bloco/PTN, MG) – Crise nas áreas de educação, saúde e segurança pública no Brasil. Noticiário sobre enfrentamento entre bandidos e policiais em São Paulo e Minas Gerais. Legitimidade do uso de força letal pela polícia no combate aos marginais...... 054 LEONARDO MONTEIRO (PT, MG) – Transcurso do Dia da Árvore. Agenda de atividades da Semana da Árvore no Município de Governador Valadares, Estado de Minas Gerais...... 054 BENEDITA DA SILVA (PT, RJ) – Transcurso do Dia Nacional do Atleta Paraolímpico. Realização, na Câmara dos Deputados, de sessão solene em homenagem aos atletas medalhistas nos Jogos Pan-Americanos e Parapan- Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 5

-Americanos de Toronto, no Canadá, como parte das comemorações do Dia Nacional de Luta da Pessoa Portadora de Deficiência...... 055 ROBERTO BRITTO (Bloco/PP, BA) – Aprovação pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e So- cial — BNDES de crédito para a construção do Hospital Regional da Costa do Cacau, na região sul do Estado da Bahia. Lançamento pelo Governador Rui Costa, do Estado da Bahia, da Política Estadual de Incentivo à Doação de Órgãos, Tecidos e Transplantes...... 055 VALDIR COLATTO (Bloco/PMDB, SC) – Reunião da Frente Parlamentar da Agricultura com a Ministra da Agri- cultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, e com fiscais agropecuários, com vistas à negociação do fim da greve da categoria. Expectativa de acordo para a finalização do movimento paredista...... 056 ZÉ GERALDO (PT, PA) – Abrangência do Programa Bolsa Família no atendimento a famílias de baixa renda no País...... 057 EDMILSON RODRIGUES (PSOL, PA) – Importância da decisão do Supremo Tribunal Federal de declaração da inconstitucionalidade de dispositivos legais que autorizam contribuições de pessoas jurídicas a campanhas eleitorais...... 057 JOSE STÉDILE (PSB, RS) – Pesar pelo anúncio da saída do Ministro Arthur Chioro do Ministério da Saúde...... 058 MORONI TORGAN (DEM, CE – Pela ordem) – Satisfação do orador com a condução dos trabalhos pelo De- putado Paulo Magalhães...... 058 CARLOS MANATO (SD, ES) – Transcurso do décimo aniversário de falecimento do genitor do orador. Rego- zijo com o cumprimento de 10 anos consecutivos sem ausências nas sessões deliberativas da Casa durante os mandatos parlamentares...... 058 MARCON (PT, RS – Pela ordem) – Preocupação com os efeitos dos agrotóxicos usados na produção agrícola na saúde do povo brasileiro...... 059 PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Decisão da Presidência sobre questão de ordem formulada pelos Deputa- dos Mendonça Filho, Carlos Sampaio, Arthur Oliveira Maia, Arnaldo Jordy, André Moura, Cristiane Brasil e Bruno Araújo acerca da análise de denúncias em desfavor da Presidenta da República por suposta prática de crimes de responsabilidade...... 059 MIRO TEIXEIRA (Rede, RJ) – Reclamação à Presidência sobre a possibilidade de interposição de recurso à questão de ordem deferida...... 065 PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Resposta ao Deputado Miro Teixeira...... 065 MENDONÇA FILHO (DEM, PE) – Esclarecimentos sobre questão de ordem acerca de rito processual para abertura na Casa de processo de impeachment de Presidente da República. Contentamento da Oposição com a decisão da Presidência...... 066 SIBÁ MACHADO (PT, AC – Pela ordem) – Pedido à Presidência de concessão da palavra pela Liderança ao Deputado Wadih Damous...... 068 WADIH DAMOUS (PT, RJ – Como Líder) – Apresentação de recurso do PT e do PCdoB contra a decisão da Presidência sobre a Questão de Ordem nº 105, de 2015, acerca do rito processual para abertura na Casa de pro- cesso de impeachment de Presidente da República...... 068 PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Anúncio de acolhimento da manifestação do Deputado Wadih Damous como questão de ordem...... 072 CHICO ALENCAR (PSOL, RJ – Como Líder) – Posicionamento de independência do PSOL perante o Gover- no e a Oposição. Defesa da observância do Regimento Interno da Câmara dos Deputados no trato dos pedidos de abertura de processo de impeachment contra a Presidenta . Falta de fundamentação política e jurídica para a abertura do referido processo...... 072 PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Esclarecimento acerca das deliberações sobre as questões de ordem apre- sentadas na presente sessão...... 073 MENDONÇA FILHO (DEM, PE – Como Líder) – Críticas à Presidenta Dilma Rousseff pela designação de inte- grantes do PMDB para Ministérios como forma de garantia de sua permanência no cargo...... 073 RUBENS PEREIRA JÚNIOR (PCdoB, MA – Pela ordem) – Anúncio de apresentação de recurso contra decisão da Presidência da Casa relativa a questão de ordem apresentada pelo Deputado Mendonça Filho...... 074 RUBENS PEREIRA JÚNIOR (PCdoB, MA) – Questão de ordem sobre a impossibilidade de aceitação da Ques- tão de Ordem nº 105, de 2015, devido à necessidade de conversão da matéria em questão de mérito de natureza legal...... 074 PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Acolhimento da questão de ordem...... 074 MORONI TORGAN (DEM, CE – Como Líder) – Fundamentação da decisão da Presidência quanto ao rito pro- cessual de pedido de impeachment de Presidente da República na Constituição Federal e no Regimento Interno da Câmara dos Deputados...... 074 VI – ORDEM DO DIA PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Prorrogação da sessão por 1 hora...... 084 6 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015

RUBENS BUENO (PPS, PR – Como Líder) – Efeito colaborador para a tramitação de processo de impeachment da Presidenta Dilma Rousseff de recurso apresentado pelo Partido dos Trabalhadores contra decisão proferida pela Presidência sobre o assunto...... 084 MAURÍCIO QUINTELLA LESSA (PR, AL – Como Líder) – Manifestação de pesar pelo falecimento de mem- bros da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros do Estado do Alagoas. Elogio ao Presidente da Casa, Deputado Eduardo Cunha, pelos procedimentos adotados em relação aos pedidos de impeachment da Presidenta Dilma Rousseff. Acerto do Poder Legislativo na apreciação de vetos presidenciais...... 085 SILVIO COSTA (Bloco/PSC, PE – Pela ordem) – Descontentamento com o debate em torno dos pedidos de impeachment da Presidenta Dilma Rousseff...... 086 PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Resposta ao Deputado Sílvio Costa...... 086 ROBERTO FREIRE (PPS, SP – Pela ordem) – Solicitação à Presidência de supressão de trecho do pronuncia- mento do Deputado Silvio Costa...... 086 AFONSO MOTTA (PDT, RS – Como Líder) – Empenho do PDT na condução de debate neutro sobre os pedi- dos de impeachment da Presidenta Dilma Rousseff e no respeito à legislação brasileira...... 087 DANIEL COELHO (PSDB, PE – Como Líder) – Repúdio a acusações feitas por Deputado governista contra Parlamentares da Oposição e a negociações políticas do Governo Federal em troca de apoio parlamentar. Con- siderações sobre a legitimidade de eventual processo de impeachment contra a Presidenta da República...... 087 PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Retirada de ofício dos itens 1 e 2 da pauta de votações...... 088 PASTOR EURICO (PSB, PE – Pela ordem) – Reclamação à Presidência sobre conteúdo ofensivo a Parlamen- tares da Casa de pronunciamento do Deputado Silvio Costa...... 089 PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Resposta ao Deputado Pastor Eurico...... 089 AFONSO FLORENCE (PT, BA – Pela ordem) – Pedido à Presidência de atenção para com a Medida Provisória nº 676, de 2015, que dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social...... 089 PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Esclarecimento ao Deputado Afonso Florence sobre a expectativa de tra- mitação da MP na Casa...... 089 PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Discussão, em turno único, do Projeto de Lei nº 4.474-A, de 2004, que dis- põe sobre a transferência voluntária de recursos em ano eleitoral...... 089 Usou da palavra para discussão da matéria o Sr. Deputado EDMILSON RODRIGUES (PSOL, PA)...... 089 SÁGUAS MORAES (PT, MT – Pela ordem) – Questionamento à Presidência sobre a realização de discussão do substitutivo apresentado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania...... 090 PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Resposta ao Deputado Ságuas Moraes...... 090 Usou da palavra para discussão da matéria o Sr. Deputado TONINHO PINHEIRO (Bloco/PP, MG)...... 090 PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Encerramento da discussão...... 090 Existência de emendas ao projeto...... 090 Usou da palavra para proferir parecer às emendas de Plenário pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, o Sr. Deputado MARCOS ROGÉRIO (PDT, RO)...... 091 PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Votação de requerimento de destaque de preferência para votação da Emeda Substitutiva Global de Plenário nº 1...... 091 Usou da palavra para discussão da matéria o Sr. Deputado TONINHO PINHEIRO (Bloco/PP, MG)...... 092 PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Aprovação do destaque...... 092 PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Votação da Emenda Substitutiva Global de Plenário nº 1...... 092 Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados SÁGUAS MORAES (PT, MT), MARCUS PESTANA (PSDB, MG), DELEGADO EDSON MOREIRA (Bloco/PTN, MG), BILAC PINTO (PR, MG), NEWTON CARDOSO JR (Bloco/PMDB, MG), JEFFERSON CAMPOS (PSD, SP), MENDONÇA FILHO (DEM, PE), MARCOS ROGÉRIO (PDT, RO), RUBENS PEREIRA JÚNIOR (PCdoB, MA), CÉSAR MESSIAS (PSB, AC), EXPEDITO NETTO (SD, RO), CARMEN ZANOTTO (PPS, SC), CHICO ALENCAR (PSOL, RJ), MIRO TEIXEIRA (Rede, RJ), MORONI TORGAN (DEM, CE), EVAIR DE MELO (PV, ES), DR. JORGE SILVA (PROS, ES)...... 092 PAULO TEIXEIRA (PT, SP – Pela ordem) – Realização de alterações nos Ministérios pela Presidenta Dilma Rousseff segundo critérios republicanos. Orientação da respectiva bancada...... 094 MENDONÇA FILHO (DEM, PE) – Alerta para equívoco de redação na emenda em votação...... 094 PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Resposta ao Deputado Mendonça Filho...... 094 Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados PAULO TEIXEIRA (PT, SP), MENDONÇA FILHO (DEM, PE), POMPEO DE MATTOS (PDT, RS)...... 094 Usou da palavra pela ordem a Sra. Deputada JANDIRA FEGHALI (PCdoB, RJ)...... 095 PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Aprovação da Emenda Substitutiva Global de Plenário nº 1...... 096 MENDONÇA FILHO (DEM, PE) – Pedido de verificação...... 096 PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Deferimento do pedido de verificação...... 096 Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados MENDONÇA FILHO (DEM, PE), WADSON RIBEIRO (PCdoB, MG), ALIEL MACHADO (PCdoB, PR), CHICO ALENCAR (PSOL, RJ)...... 096 Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 7

ROBERTO BRITTO (Bloco/PP, BA – Pela ordem) – Realização pela União dos Prefeitos da Bahia do IV Encon- tro de Prefeitos. Apoio aos itens constantes na Carta da Bahia, produzida no evento, para enfrentamento da crise dos Municípios baianos...... 096 Usaram da palavra pela ordem os Srs. Deputados MENDONÇA FILHO (DEM, PE), TONINHO PINHEIRO (Bloco/ PP, MG)...... 097 Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados MARCUS PESTANA (PSDB, MG), MORONI TORGAN (DEM, CE)...... 097 JANDIRA FEGHALI (PCdoB, RJ – Pela ordem) – Impossibilidade de alteração do voto pela bancada do PCdoB no sistema eletrônico...... 097 PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Resposta à Deputada Jandira Feghali...... 097 Usaram da palavra pela ordem os Srs. Deputados AFONSO HAMM (Bloco/PP, RS), SANDES JÚNIOR (Bloco/ PP, GO)...... 097 DANIEL COELHO (PSDB, PE – Pela ordem) – Impossibilidade de alteração do voto pela bancada do PSDB no sistema eletrônico...... 097 PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Resposta ao Deputado Daniel Coelho...... 098 NEWTON CARDOSO JR (Bloco/PMDB, MG – Pela ordem) – Sugestão à Presidência de aproveitamento da votação para consolidação da presença na Casa para fins administrativos...... 098 PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Resposta ao Deputado Newton Cardoso Junior...... 098 EDMILSON RODRIGUES (PSOL, PA – Pela ordem) – Impossibilidade de registro do voto “em obstrução” no sistema eletrônico...... 098 PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Resposta ao Deputado Edmilson Rodrigues...... 098 Usou da palavra pela ordem a Sra. Deputada JANDIRA FEGHALI (PCdoB, RJ)...... 098 GLAUBER BRAGA (PSOL, RJ – Pela ordem) – Pedido à Presidência de esclarecimento quanto às razões do retardamento do início da Ordem do Dia da presente sessão...... 098 PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Resposta ao Deputado Glauber Braga...... 098 Usou da palavra para orientação da respectiva bancada o Sr. Deputado JOSÉ NUNES (PSD, BA)...... 099 CABO DACIOLO (Sem Partido, RJ – Pela ordem) – Posicionamento em obstrução à matéria...... 099 CARMEN ZANOTTO (PPS, SC – Pela ordem) – Transcurso do Dia Nacional de Luta da Pessoa Portadora de Deficiência. Avanços da legislação brasileira sobre o tema. Pesar pela aposição de vetos da Presidenta Dilma Rousseff a dispositivos da chamada Lei de Inclusão da Pessoa com Deficiência...... 099 EDMILSON RODRIGUES (PSOL, PA – Pela ordem) – Regozijo com assinatura de acordo de paz entre o Esta- do colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia. Felicitações a Cuba e ao Papa Francisco pelo esforço em prol da paz...... 100 SÓSTENES CAVALCANTE (PSD, RJ – Pela ordem) – Agradecimento aos Parlamentares pela aprovação do Es- tatuto da Família, ressalvados os destaques, no âmbito da respectiva Comissão Especial...... 100 VICENTINHO (PT, SP – Pela ordem) – Cumprimentos à nova Diretoria do Sindicato dos Jornalistas no Estado de São Paulo. Tramitação na Casa de proposições de interesse da categoria...... 101 POMPEO DE MATTOS (PDT, RS – Pela ordem) – Consulta à Presidência quanto à possibilidade de consolida- ção da votação mediante presença do orador na Casa...... 101 PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Resposta ao Deputado Pompeo de Mattos...... 101 CÉLIO SILVEIRA (PSDB, GO – Pela ordem) – Repúdio à inclusão, pelo Governo Federal, do Ministério da Saú- de dentre os Ministérios negociáveis com vistas à obtenção de governabilidade...... 101 IVAN VALENTE (PSOL, SP – Pela ordem) – Relato de manifestação do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto no País contra proposta de ajuste fiscal, pelo Governo Federal, em prejuízo da população. Expectativa de lançamento da frente de mobilização nacional Povo sem Medo...... 101 RONALDO FONSECA (PROS, DF – Pela ordem) – Apoio à greve geral dos servidores públicos do Distrito Fe- deral pelo recebimento de aumentos salariais acordados e contra o aumento de impostos...... 102 PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Encerramento da votação...... 103 Aprovação da Emenda Substitutiva Global de Plenário nº 1...... 103 Declaração de prejudicialidade da proposição inicial, das apensadas e das emendas...... 120 Votação e aprovação da redação final...... 120 Encaminhamento da matéria ao Senado Federal...... 120 PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Retirado de pauta o item 4 da pauta...... 120 DANIEL COELHO (PSDB, PE – Pela ordem) – Pedido à Presidência de esclarecimento quanto ao atingimento do quórum na votação anterior...... 121 PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Resposta ao Deputado Daniel Coelho...... 121 PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Discussão, em turno único, do Projeto de Resolução nº 75, de 2015, que institui o Prêmio Brasil Mais Inclusão...... 121 Usou da palavra para discussão da matéria o Sr. Deputado EDMILSON RODRIGUES (PSOL, PA)...... 121 8 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015

POMPEO DE MATTOS (PDT, RS – Pela ordem) – Desistência do uso da palavra para discussão da matéria...... 121 CARMEN ZANOTTO (PPS, SC – Pela ordem) – Desistência do uso da palavra para discussão da matéria...... 121 PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Encerramento da discussão...... 121 PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Aprovação do Projeto de Resolução nº 75, de 2015...... 122 Votação e aprovação da redação final...... 126 Promulgação da matéria...... 126 Usou da palavra pela ordem o Sr. Deputado FELIPE BORNIER (PSD, RJ)...... 128 CELSO MALDANER (Bloco/PMDB, SC – Pela ordem) – Realização pela Casa da 12ª edição do Parlamento Jo- vem Brasileiro. Pedido aos fiscais agropecuários de suspensão da greve, em prol das exportações brasileiras...... 128 PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Encerramento da Ordem do Dia...... 128 Usou da palavra pela ordem, para registro de voto, o Sr. Deputado ASSIS CARVALHO (PT, PI)...... 128 CHRISTIANE DE SOUZA YARED (Bloco/PTN, PR – Como Líder) – Transcurso do Dia Nacional do Trânsito. Im- portância da educação da sociedade para o trânsito...... 128 NILTO TATTO (PT, SP – Pela ordem) – Exaltação dos investimentos do Prefeito de São Paulo, Fernando Ha- ddad, na área de transporte e mobilidade urbana no Município. Transcurso do Dia Mundial sem Carro...... 129 BOHN GASS (PT, RS – Pela ordem) – Repúdio à publicação, pelo jornal O Estado de S. Paulo, de matéria sobre suposta frase de autoria do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva...... 130 PAULÃO (PT, AL – Pela ordem) – Apoio ao discurso do Deputado Bohn Gass. Inauguração pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional de obras de restauração histórica...... 130 DOMINGOS SÁVIO (PSDB, MG – Pela ordem) – Regozijo com determinação judicial de retirada dos meios de comunicação de propaganda do Governo do Estado de Minas Gerais...... 130 HILDO ROCHA (Bloco/PMDB, MA – Pela ordem) – Transcurso dom 63º aniversário de emancipação política do Município de Cantanhede, Estado do Maranhão...... 131 Usou da palavra pela ordem, para registro de voto, o Sr. Deputado RICARDO BARROS (Bloco/PP, PR)...... 131 PRONUNCIAMENTOS ENCAMINHADOS: JEFFERSON CAMPOS (PSD, SP) – Aumento dos casos de abuso sexual contra mulheres no Metrô de São Pau- lo, Estado de São Paulo, e gravação das cenas para divulgação nas redes sociais. Necessidade de agravamento de penas para o praticante do ato criminoso...... 131 IRACEMA PORTELLA (Bloco/PP, PI) – Resultados de audiência pública realizada pela Comissão Mista de Com- bate à Violência contra a Mulher destinada ao debate sobre casos de violência contra mulheres policiais...... 131 CESAR SOUZA (PSD, SC) – Crise política e econômica no País. Premência de redução da máquina pública pelo Governo Federal para retomada do equilíbrio político-financeiro...... 132 RENATO MOLLING (Bloco/PP, RS) – Contrariedade à Proposta de Emenda à Constituição nº 140, de 2015, sobre a reinstituição da Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira — CPMF para custeio da Previdência Social...... 133 KAIO MANIÇOBA (Bloco/PHS, PE) – Transcurso do 20º aniversário de fundação do Município de Jatobá, Es- tado de Pernambuco...... 133 ADAIL CARNEIRO (Bloco/PHS, CE) – Transcurso do Dia Mundial do Turismo. Necessidade de adoção de medi- das por parte do Governo Federal com vistas ao desenvolvimento do turismo e ao aproveitamento do potencial brasileiro no setor...... 134 WELITON PRADO (PT, MG) – Contrariedade ao Projeto de Lei nº 2.817, de 2015, em tramitação na Assem- bleia Legislativa do Estado de Minas Gerais, sobre alterações na legislação tributária do Estado, com propostas de aumento da alíquota do ICMS incidente sobre serviços de energia elétrica e de comunicação. Compromisso de atuação parlamentar do orador contra o aumento dos impostos para a população...... 134 FLAVIANO MELO (Bloco/PMDB, AC) – Indignação com a falta de energia no Acre e consequentes prejuízos à população e à economia. Dissonância entre o custo da energia elétrica no Estado e a qualidade do serviço...... 135 SANDES JÚNIOR (Bloco/PP, GO) – Realização, em Goiânia, Estado de Goiás, do IX Congresso Estadual de Ad- vogados Trabalhistas. Relevância da atuação da Associação Goiana dos Advogados Trabalhistas – AGATRA...... 136 LEONARDO QUINTÃO (Bloco/PMDB, MG) – Transcurso do Dia do Auditor Fiscal...... 136 RÔMULO GOUVEIA (PSD, PB) – Realização pelo Ministério Público do Trabalho da Paraíba da 15ª etapa do Projeto Trabalho de Todos, em João Pessoa, Capital do Estado, de 21 a 25 de setembro do ano corrente...... 137 VII – ENCERRAMENTO 4 – PROPOSIÇÕES APRESENTADAS MSC 215/2015, MSC 354/2015, PEC 147/2015, PLP 170/2015, PL 3110/2015, PL 3111/2015, PL 3112/2015, PL 3113/2015, PL 3114/2015, PL 3115/2015, PL 3116/2015, PL 3117/2015, PL 3118/2015, PL 3119/2015, PL 3120/2015, PL 3121/2015, PL 3122/2015, PL 3123/2015, PL 3124/2015, PL 3125/2015, PL 3126/2015, PL 3127/2015, PL 3128/2015, PL 3129/2015, PL 3130/2015, PL 3131/2015, PDC 218/2015, PDC 219/2015, PDC 220/2015, PDC 221/2015, PDC 222/2015, INC 957/2015, INC 958/2015, INC 959/2015, INC 960/2015, INC 961/2015, INC 962/2015, INC 963/2015, INC 964/2015, INC 965/2015, INC 966/2015, RIC 1168/2015, RIC 1169/2015, RIC 1170/2015, RIC 1171/2015, RIC 1172/2015, RIC 1173/2015, RIC 1174/2015, RIC 1175/2015, RIC 1176/2015, REQ 3112/2015, REQ 3113/2015, REQ Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 9

3114/2015, REQ 3115/2015, REQ 3116/2015, REQ 3117/2015, REQ 3118/2015, REQ 3119/2015, REQ 3120/2015, REQ 3121/2015...... 165 5 – PROPOSIÇÕES DESPACHADAS PEC 134/2015, PLP 160/2015, PL 2909/2015, PL 2929/2015, PL 2934/2015, PL 2950/2015, PL 3123/2015, PRC 80/2015, CON 13/2015, RIC 994/2015, RIC 995/2015, RIC 996/2015, RIC 997/2015, RIC 998/2015, RIC 999/2015, RIC 1000/2015, RIC 1001/2015, RIC 1072/2015, RIC 1073/2015, RIC 1074/2015, RIC 1075/2015, RIC 1076/2015, RIC 1077/2015, RIC 1078/2015, RIC 1079/2015, RIC 1080/2015, RIC 1081/2015, RIC 1082/2015, RIC 1083/2015, RIC 1084/2015, RIC 1085/2015, RIC 1086/2015, RIC 1087/2015, RIC 1088/2015, RIC 1089/2015, RIC 1090/2015, RIC 1091/2015, RIC 1092/2015, RIC 1093/2015, RIC 1094/2015, RIC 1095/2015, RIC 1096/2015, RIC 1097/2015, RIC 1098/2015, RIC 1099/2015...... 168 6 – DESPACHOS DO PRESIDENTE Expediente Ofício nº 444/2015, da Liderança do PP...... 205 Ofício nº 284/2015, da Liderança do PHS...... 205 Ofício nº S/N/2015, da Liderança do PMDB...... 206 Ofício nº S/N/2015, da Liderança do PTC...... 206 Ofício nº 279/2015, da Liderança do SD...... 206 Ofício nº 198/2015, da Liderança do PV...... 206 Ofício nº 1162/2015, da Liderança do PSDB...... 206 Ofício nº 280/2015, da Liderança do SD...... 206 Ofício nº 111/2015, da Liderança da Minoria...... 206 Ofício nº 112/2015, da Liderança da Minoria...... 206 Ofício 642/2015, da Liderança do PT...... 207 Ofício 643/2015, da Liderança do PT...... 207 Requerimento do Senhor Deputado JOSÉ GUIMARÃES, Líder do Governo...... 207 Ofício s/n/2015, Dep. Miro Teixeira...... 211 Ofício nº 56/2015, Dep. Danilo Forte...... 211 7 – DECISÕES DA PRESIDÊNCIA Arquivamento de proposições...... 218 Arquivamento de proposições...... 218 COMISSÕES 8 – ATAS Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, 15ª Reunião Ordinária em 24/09/2015...... 218 Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, 84ª Reunião Ordinária em 23/09/2015...... 219 Comissão do Esporte, Reunião em 16/09/2015...... 221 Comissão do Esporte, Reunião em 17/09/2015...... 223 CPI FUNDOS DE PENSÃO 6ª Reunião Ordinária de Audiência Pública, em 01/09/2015...... 224 CPI FUNDOS DE PENSÃO 8ª Reunião Ordinária de Audiência Pública, em 08/09/2015...... 225 CPI FUNDOS DE PENSÃO 9ª Reunião Ordinária de Audiência Pública, em 10/09/2015...... 226 Comissão Especial destinada a proferir parecer à Proposta de Emenda à Constituição nº 187-A, de 2012, 9ª Reunião em 08/09/2015...... 227 Comissão Externa destinada a acompanhar a Paralisação Nacional dos Caminhoneiros, 8ª Reunião Ordinária em 09/09/2015...... 227 Comissão Especial destinada a proferir parecer à Proposta de Emenda à Constituição nº 395-A, de 2014, 6ª Reunião Ordinária em 17/09/2015...... 228 Comissão Especial destinada a proferir parecer à Proposta de Emenda à Constituição nº 395-A, de 2014, 7ª Reunião Ordinária em 24/09/2015...... 229 Comissão Especial destinada a proferir parecer ao Projeto de Lei nº 6583, de 2013, ESTATUTO DA FAMÍLIA, 11ª Reunião Ordinária em 17/09/2015...... 230 9 – DESIGNAÇÕES Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, em 24/08/2015...... 231 Comissão de Cultura, em 24/09/2015...... 231 Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, em 24/09/2015...... 231 10 – PARECERES Despacho do Presidente, PEC 17-A/2011 CCJC, PEC 395-B/2014 CESP, PEC 450-A/2014 CCJC, PL 4961-B/2005 CDEIC, PL 6773-A/2006 CCJC, PL 6412-D/2009 CCJC, PL 1014-B/2011 CCJC, PL 4148-B/2012 CAPADR, PL 7965- A/2014 CAPADR, PL 8312-A/2014 CINDRA, PL 612-A/2015 CINDRA, PL 648-A/2015 CINDRA, PL 2433-A/2015 CA- PADR, PDC 107-A/2015 CMADS, PDC 179-A/2015 CCJC, PDC 182-A/2015 CCJC...... 232 10 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015

SEÇÃO II 11 – ATOS DO PRESIDENTE Declarar vaga: Rubens Antonio Marques de Castilho...... 289 Dispensar: Alexandre Roberto Ramos da Silva, Anamelia Lima Rocha Moreira Fernandes, Bruna Barbosa de Lima, Catharina Tavares Mafra, Gilberto Gonçalves Santos, Guilherme Curi, Juliana Carla de Freitas, Lucio Henrique Xavier Lopes, Pedro Augusto Batista Furtado, Thaísa Raquel Lamounier Souza...... 289 Designar: Adilson Ferreira Paz, Alexandre Roberto Ramos da Silva, Anamelia Lima Rocha Moreira Fernandes, Catharina Tavares Mafra, Fábio Chamon Melo, Guilherme Curi, Guilherme Toshio Nantes Nagaya, Juliana Carla de Freitas, Pedro Augusto Batista Furtado, Pio Wagner de Oliveira, Thaísa Raquel Lamounier Souza...... 290 Designar (SUBSTITUTOS): Alexandre Nascimento Porto, Alexandre Nascimento Porto, Antonio Sabino de Vasconcelos Neto, Bruno Campelo Lopes dos Santos, Bruno Cosme da Silva Falcão, Claudia Regina Veras Viriato Baldaia, Cláudia Regina Vieira Lima, Cristiana de Araujo e Borges, Daniel Shim de Sousa Esashika, Diego Cavalcanti Cunha, Eli Maria Vieira, Fabiana Mircia Silva Amaral, Francilene Ferreira de Araujo, Graziela Pontes Veloso, Gustavo Warzocha Fernandes Cruvinel, José Antônio Ferreira Filho, Luciana Cesar Cordeiro Couto, Luciana de Souza Ribei- ro, Marcelo dos Reis Oliveira, Marcelo dos Reis Oliveira, Marcio Coutinho Vargas, Marcos Adriano Rossi de Olivei- ra, Mariangela Barbosa Lopes Oliveira, Marilene Mendes Sow, Mônica Thaty Soares da Silva Nunes, Pedro Guerra Brandão, Rachel Librelon de Faria, Regina Celi Alves de Assumpção Palmar, Rogerio Scheidemantel, Sandra Lucia de Assis Crespo, Thiago Lopes Carneiro, Thiago Lopes Carneiro, Tiago Mota Avelar Almeida...... 291 12 – MESA ...... 295 13 – LÍDERES E VICE-LÍDERES ...... 295 14 – DEPUTADOS EM EXERCÍCIO ...... 298 15 – COMISSÕES ...... 303 SUPLEMENTO Decisão da Presidência SUPLEMENTO “A” Resolução nº 10 de 2015 Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 11 SEÇÃO I

Ata da 279ª Sessão da Câmara dos Deputados, Não Deliberativa Solene, Matutina, da 1ª Sessão Legislativa Ordinária, da 55ª Legislatura, em 24 de setembro de 2015 Presidência dos Srs.: João Derly, Márcio Marinho, nos termos do § 2º do artigo 18 do Regimento Interno

Ata da 279ª (ducentésima septuagésima nona) Sessão da Câmara dos Deputados, Não Deliberativa Solene, matutina, da 1ª Sessão Legislativa Ordinária, da 55ª Legislatura, em 24 de setembro de 2015. Às 9h28, o Sr. João Derly, nos termos do § 2º do artigo 18 do Regimento Interno, no exercício da Presidência, declarou aberta a ses- são e deu por dispensada a leitura da ata da sessão anterior. O Sr. Presidente informou que a sessão destinou-se à homenagem aos Atletas Medalhistas nos Jogos Pan-Americanos e Parapan‑Americanos de Toronto, no Canadá; prestou as devidas homenagens; e convidou para compor a Mesa os Srs. Andrew Parsons, Presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro; Paulo Wanderley Teixeira, Representante do Comitê Olímpico Brasileiro e Presidente da Confederação Brasileira de Judô; e George Hilton dos Santos Cecílio, Ministro de Estado do Esporte. O Sr. Presi- dente convidou todos a ouvir o Hino Nacional. Após a exibição do vídeo institucional, o Sr. Presidente leu discurso do Sr. Eduardo Cunha, Presidente da Câmara dos Deputados. Nos termos do § 2º do artigo 18 do Regimento In- terno, assumiu a Presidência o Sr. Márcio Marinho e concedeu a palavra ao Sr. João Derly, autor do requerimento. Reassumiu a Presidência o Sr. João Derly e concedeu a palavra aos Srs. Hildo Rocha, pelo PMDB; Jair Bolsonaro, pelo PP; Marcos Rogério, pelo PDT; Lucas Vergilio, pelo Solidariedade; Wadson Ribeiro, pelo PCdoB; Otavio Leite, pelo PSDB; Márcio Marinho, pelo PRB; e aos Srs. Componentes da Mesa, George Hilton dos Santos Cecílio, Paulo Wanderley Teixeira e Andrew Parsons. Usou da palavra o Sr. Iranildo Espíndola, Atleta medalhista paralímpico. O Sr. Presidente registrou a presença de convidados, reiterou as homenagens prestadas, agradeceu a presença de todos e, às 11h06, encerrou a sessão. – João Derly, Presidente – Izalci, Secretário As notas taquigráficas desta Sessão Não Deliberativa Solene poderão ser solicitadas ao Departamen- to de Taquigrafia, Revisão e Redação – DETAQ. Ata da 280ª Sessão da Câmara dos Deputados, Extraordinária, Matutina, da 1ª Sessão Legislativa Ordinária, da 55ª Legislatura, em 24 de setembro de 2015 Presidência dos Srs.: João Derly, Moema Gramacho, nos termos do § 2º do artigo 18 do Regimento Interno

I – ABERTURA DA SESSÃO (Às 11 horas e 21 minutos) O SR. PRESIDENTE (João Derly) – A lista de presença registra na Casa o comparecimento de 250 Senho- ras Deputadas e Senhores Deputados. Está aberta a sessão. Sob a proteção de Deus e em nome do povo brasileiro iniciamos nossos trabalhos.

II – LEITURA DA ATA O SR. PRESIDENTE (João Derly) – Fica dispensada a leitura da ata da sessão anterior.

III – EXPEDIENTE (Não há expediente a ser lido) O SR. PRESIDENTE (Deputado João Derly) – Antes de dar prosseguimento à sessão, esta Mesa dá co- nhecimento ao Plenário do seguinte 12 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 ATO DA PRESIDÊNCIA Nos termos do inciso II e § 1º do art. 34 do Regimento Interno, esta Presidência decide constituir Comissão Especial destinada a proferir parecer ao Projeto de Lei n° 442, de 1991, do Sr. Renato Viana, e apensados, para esta- belecer Marco Regulatório dos Jogos no Brasil, e Resolve I – designar para compô-la, na forma indicada pelas Lideranças, os Deputados constantes da relação anexa; II – convocar os membros ora designados para a reunião de instalação e eleição, a realizar-se no dia 29 de setembro, terça-feira, às 14 horas, no Plenário 12 do Anexo II. Brasília, 23 de setembro de 2015. – Eduardo Cunha, Presidente da Câmara dos Deputados COMISSÃO ESPECIAL

PROPOSIÇÃO: PL 442/91

PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/PRP/PSDC/PEN/PRTB. Titulares: Bacelar (vaga do PSL), Silvio Costa (vaga do PT/PSD/PR/PROS/PcdoB), César Halum, Cristiane Brasil, Elmar Nascimento, Guilherme Mussi, Kaio Maniçoba, Marcos Reategui, Mauro Pereira, Nelson Marquezelli, Paulo Pereira da Silva, Rogério Peninha Mendonça, Ronaldo Carletto. Suplentes: Fernando Monteiro (vaga do PSDB/PSB/PPS/PV), (Deputado do PSD ocupa a vaga), Arnaldo Faria de Sá, Benito Gama, Fernando Jordão, Genecias Noronha, José Otávio Germano, Juscelino Filho, Mário Negromonte Jr., Paulo Azi, Renata Abreu, Valdir Colatto. PT/PSD/PR/PROS/PCdoB Titulares: (Deputado do PSC ocupa a vaga), Andres Sanchez, Diego Andrade, Hugo Leal, Jaime Martins, Maurício Quintella Lessa, Vicente Candido, Wellington Roberto. Suplentes: José Carlos Araújo (vaga do PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/PRP/PSDC/PEN/PRTB), Beto Salame, Evandro Roman, Goulart, João Carlos Bacelar, Magda Mofatto, 3 vagas. PSDB/PSB/PPS/PV Titulares: (Deputado do PTC ocupa a vaga), Alfredo Kaefer, Bebeto, Paulo Abi‑Ackel, Valadares Filho, 1 vaga. Suplente: (Deputado do PP ocupa a vaga), 5 vagas. PDT Titular: Dagoberto. Suplente: Marcelo Matos. PSL Titular: (Deputado do PTN ocupa a vaga). Suplente: Macedo PTC Titular: Uldurico Junior (vaga do PSDB/PSB/PPS/PV). A SRA. BENEDITA DA SILVA (PT-RJ. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, nós ficamos aqui um tanto quanto atentos à movimentação, então eu gostaria que V.Exa. pudesse, por gentileza, dizer o que leu. O SR. PRESIDENTE (João Derly) – Repito a leitura do ato da Presidência. ATO DA PRESIDÊNCIA Nos termos do inciso II e § 1º do art. 34 do Regimento Interno, esta Presidência decide constituir Comissão Especial destinada a proferir parecer ao Projeto de Lei nº 442, de 1991, do Sr. Renato Viana, e apensados, para esta- belecer Marco Regulatório dos Jogos no Brasil. A SRA. BENEDITA DA SILVA – Obrigada, Sr. Presidente. O SR. HERÁCLITO FORTES (PSB-PI. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Dos jogos? O SR. PRESIDENTE (João Derly) – Dos jogos no Brasil. O SR. HERÁCLITO FORTES – Mas jogos de quê? De futebol, de basquete, de vôlei...? Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 13 O SR. PRESIDENTE (João Derly) – Temos que checar o projeto. O SR. HERÁCLITO FORTES – Eu só espero que não seja de jogos de azar, não é, Sr. Presidente? O SR. PRESIDENTE (João Derly) – A matéria é o Projeto de Lei nº 442, temos que verificar. O SR. HERÁCLITO FORTES – Sr. Presidente, data venia, eu sugeriria a suspensão, até que se esclarecesse melhor do que trata essa matéria, porque “jogos” é uma coisa muito ampla. A SRA. JANDIRA FEGHALI – Sr. Presidente, peço a palavra para tentar contribuir. O SR. PRESIDENTE (Deputado João Derly) – Por favor. A SRA. JANDIRA FEGHALI (PCdoB-RJ. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Há a sua leitura, que é preciso terminar, por uma questão formal, mas nós vamos abrir a sessão especial com o Ministro da Cultura. Não há por que suspender a sessão. Nós temos que dar continuidade aos trabalhos e abrir a fala para o Minis- tro da Cultura. O SR. HERÁCLITO FORTES – Não. V.Exa. há de convir que eu levantei uma questão de ordem. Não há um esclarecimento sobre que jogos são esses. Deputada Jandira Feghali, jogos de quê? De futebol, de basquete...? Não existe o esclarecimento. A SRA. JANDIRA FEGHALI – Ele está apenas fazendo a leitura do ato, Deputado Heráclito Fortes. O SR. HERÁCLITO FORTES – Sim, mas o que não está esclarecido vamos esclarecer. O SR. PRESIDENTE (João Derly) – Mas não temos como suspender. O SR. HERÁCLITO FORTES – Está sendo constituída uma Comissão. Comissão para quê? Nós temos o direito de saber. É o mínimo. O SR. CLAUDIO CAJADO (DEM-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, deixe-me inter- vir, por favor. V.Exa. leu, antes de iniciar a sessão, um comunicado sobre a criação de uma Comissão. Foi isso? O SR. PRESIDENTE (João Derly) – Isso mesmo, um ato da Mesa. O SR. CLAUDIO CAJADO – O esclarecimento que o Deputado Heráclito Fortes pede é sobre isto, sobre a Comissão que foi criada? O SR. PRESIDENTE (João Derly) – Estamos verificando o Projeto de Lei nº 442. O SR. CLAUDIO CAJADO – A sessão que irá se iniciar trata da constituição dessa Comissão, ou nada tem a ver com o ato que V.Exa. leu? A SRA. JANDIRA FEGHALI – Nada tem a ver. O SR. PRESIDENTE (Deputado João Derly) – A Comissão Geral nada tem a ver com o projeto. A SRA. JANDIRA FEGHALI – O Presidente só está fazendo a leitura que a Mesa pediu, só isso. O SR. CLAUDIO CAJADO – Pois é, o Deputado Heráclito Fortes pede informação a respeito da Comissão que foi criada, mas ela não tem nada a ver com a sessão que se iniciará em breve. O SR. PRESIDENTE (João Derly) – Estamos verificando, para dar a informação ao Deputado Heráclito Fortes. O SR. HERÁCLITO FORTES – Na verdade, a sessão solene nem começou ainda. É que V.Exa. fez a leitura de algo cujo conteúdo nós desconhecemos. A SRA. JANDIRA FEGHALI – Sr. Presidente... O SR. PRESIDENTE (João Derly) – Sim, Deputada. A SRA. JANDIRA FEGHALI (PCdoB-RJ. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – A única necessidade, Sr. Presidente, é de esclarecer a ementa da leitura, é de dizer a ele qual é a ementa da Comissão que está sendo criada. Então podemos abrir a Comissão Geral. Nós não estamos na Ordem do Dia, não há nenhuma questão a ser votada. Trata-se apenas ler a ementa, de esclarecer o Deputado Heráclito Fortes e de abrir a Comissão Geral com o Ministro. O SR. CLAUDIO CAJADO – Neste caso, não poderia nem ter sido lido o ato de criação da Comissão. A SRA. JANDIRA FEGHALI – Mas foi a Mesa quem pediu. O Deputado apenas relatou. Se não é o caso... O SR. CLAUDIO CAJADO – Se não há sessão, se não foi aberta... A SRA. JANDIRA FEGHALI – Não, ele apenas está dando uma informação, mas abriu a Ordem do Dia. O SR. PRESIDENTE (João Derly) – O Presidente nos orientou: os esclarecimentos pertinentes à Comissão criada serão dados na Ordem do Dia. Então, nós vamos passar agora à Comissão Geral. O SR. PRESIDENTE (João Derly) – Passa-se à IV – COMISSÃO GERAL O SR. PRESIDENTE (Deputado João Derly) – Sras. e Srs. Deputados, neste momento transformo a sessão plenária em Comissão Geral, com a presença do Sr. Juca Ferreira, Ministro de Estado da Cultura, para esclare- cimentos relativos à Pasta. Convido para compor a Mesa o Sr. Ministro de Estado da Cultura, Juca Ferreira. (Palmas.) 14 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 O SR. DEPUTADO HERÁCLITO FORTES – Sr. Presidente! O SR. PRESIDENTE (Deputado João Derly) – Deputado, espere só um instante. Quero registrar a presença dos alunos do 4º e 5º ano da Escola Municipal Kennedy, de Águas Lindas de Goiás. Sejam bem-vindos! Ocupem as nossas galerias. O SR. DEPUTADO HERÁCLITO FORTES – Sr. Presidente, peço a palavra para uma questão de ordem. Eu quero saudar e louvar a presença do Ministro Juca Ferreira a esta Casa. Mas, até para preservá-lo, tendo em vista a sua história, eu gostaria que a Liderança do partido ou qualquer outra pessoa esclarecesse se S.Exa. é demissionário e se o Ministério vai ser extinto ou fundido. Estou baseado no que a imprensa está noticiando hoje. Porque é um absurdo trazermos aqui um homem da respeitabilidade do Ministro Juca para falar sobre um assunto que ninguém sabe se ele está dominando. Estou dizendo isto, Sr. Presidente, para evitarmos o que aconteceu com o Ministro da Saúde, que ante- ontem foi receber alguns Parlamentares, mas ausentou-se do gabinete, e o Secretário-Executivo do Ministério disse: “Não! Ele foi para o Palácio receber a comunicação de que não é mais Ministro”. Eu acho que a biografia e a história do Ministro não merecem isso. Sou de oposição, mas faço isto para, principalmente, preservar a cultura brasileira. Eu gostaria que este esclarecimento fosse feito, porque nos jornais de hoje, de ontem e de anteontem há uma salada em relação à cultura brasileira, como se ela fosse produto de terceira linha. Muito obrigado. A SRA. DEPUTADA BENEDITA DA SILVA – Sr. Presidente, eu gostaria de informar a V.Exa., com todo o respeito ao nobre Deputado, que nós fomos convocados para uma Comissão Geral na qual o Ministro da Cul- tura iria colocar o que a sua Pasta, ou o Governo, tem a dizer em relação à cultura. Não caberia, Sr. Presidente, seria constrangedor acionar neste momento um dispositivo regimental para dizer que é pertinente que o Ministro faça outra intervenção que não a prestação de contas a esta Casa e ao Brasil sobre o que faz o Ministério da Cultura. Decisões sobre troca de Ministros cabem à Presidenta da República. Nós não nos pautamos pelo notici- ário, mas sim pela manifestação da Presidenta da República. Acredito que até então não seja de conhecimento, principalmente da bancada do Partido dos Trabalha- dores, que haja por parte do Governo, neste momento, uma decisão relacionada à Pasta do Ministro. Portanto, Sr. Presidente, eu quero dizer que o pedido não é pertinente. Solicito a V.Exa. que nós passemos já a palavra ao Ministro. Estamos ávidos por ouvi-lo. Muito obrigada. O SR. PRESIDENTE (Deputado João Derly) – Obrigado, Deputada Benedita da Silva. O Deputado Herá- clito Fortes pode depois dispor da palavra e fazer a sua crítica. O SR. PRESIDENTE (Deputado João Derly) – A Mesa vai antes esclarecer o rito da Comissão Geral. Primeiramente, falará o Sr. Ministro Juca Ferreira, por 40 minutos. Em seguida, falarão os Srs. Líderes de partidos, por 5 minutos. Os demais Parlamentares falarão a seguir, por 3 minutos, conforme a ordem de inscrição. Sobre a mesa acha-se à disposição das Sras. e Srs. Parlamentares folha de inscrição destinada a quem queira fazer uso da palavra. O SR. DEPUTADO HERÁCLITO FORTES – Sr. Presidente, eu estava fazendo a questão de ordem. A Deputa- da Benedita usou da palavra, mas eu quero continuar, para dizer, em primeiro lugar, que em nenhum momento eu quis usar de artifício regimental – a que o meu partido tem direito – para impedir a fala do Sr. Ministro. Não foi isso! Eu acho que não fui bem entendido. O que eu disse é que, em respeito a S.Exa., a sua biografia, a sua história, era preciso, Deputada Benedita, que esses fatos fossem esclarecidos. Porque quem está noticiando a mudança, a fusão, é a própria base do Governo. Estão querendo trocar a cultura do Brasil como quem troca rapadura, num troca-troca, no balcão de negócios em que se transforma neste momento o Brasil. A cultura brasileira não merece isso. Eu faço este registro em respeito à biografia e à história do Ministro. A SRA. DEPUTADA JANDIRA FEGHALI – Peço a palavra pela ordem, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Deputado João Derly) – Por favor, Deputada. A SRA. DEPUTADA JANDIRA FEGHALI – Sr. Presidente, independentemente das opiniões do Deputa- do Heráclito, a quem eu respeito, eu acho que nós precisamos dar início à Comissão Geral, porque as questões de mérito... O SR. PRESIDENTE (Deputado João Derly) – Estamos aguardando para iniciar. A SRA. DEPUTADA JANDIRA FEGHALI – É mais desrespeitoso deixar o Ministro aguardando. Eu proporia o início da Comissão Geral, e dos outros temas nós trataríamos depois, no debate mais político. Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 15 O SR. DEPUTADO HERÁCLITO FORTES – Mais uma vez eu quero dizer que não fui desrespeitoso com o Ministro. Aliás, esperar aqui..... O SR. PRESIDENTE (Deputado João Derly) – O Ministro entendeu perfeitamente, Deputado. O SR. DEPUTADO HERÁCLITO FORTES – ... não é um favor, é a obrigação de quem é convocado. Vamos acabar com essa história de privilégio. O Ministro está aqui para esclarecer, está à disposição da Casa do Povo, e para ser bem tratado, para ser respeitado, como eu faço agora. O SR. PRESIDENTE (Deputado João Derly) – Passo à leitura do discurso do Presidente: “Sras. e Srs. Deputados, neste momento transformo a sessão plenária em Comissão Geral, com a presença do Ministro da Cultura, Senhor Juca Ferreira, para discorrer sobre questões relativas a sua Pasta. Agradeço, em nome da Casa, a presença do Ministro, que se mostra sempre simpático aos convites da Câmara para participar de debates relevantes para a cultura de nosso País, tendo estado, com efeito, em audi- ência pública da Comissão de Cultura ainda no último mês de maio. Creio ser consenso que tem o Brasil uma cultura riquíssima, que se expressa de muitas formas: na litera- tura, no desenho, na pintura, escultura, arquitetura, música, no teatro, na dança, fotografia, culinária, no cine- ma, artesanato e no folclore. Não tenho dúvida de que o Ministro poderia passar uma semana inteira falando sobre a produção cultural do Brasil sem esgotar o assunto. Todas essas manifestações, especialmente as populares, são algo natural do povo brasileiro. A cada Re- gião do País que se vá, de Norte a Sul, encontram-se expressões muito típicas de suas comunidades. Diante das proporções da cultura em nosso País, é razoável supor que a economia da cultura tenha uma enorme importância. E, de fato, ela o tem: o setor movimenta valores expressivos anualmente e é responsável por milhares de empregos. Tome-se o exemplo do turismo. Ao lado da beleza natural do País, boa parte de nosso turismo decorre da valorização da cultura nacional, seja pelas festividades tradicionais, seja pelo acervo histórico e artístico. Entendo, Senhor Ministro, que a Câmara dos Deputados tem procurado dar à cultura o destaque por ela merecido. Um passo nesse sentido foi a criação da Comissão de Cultura, em 2013, por meio da Resolução nº 21, de fevereiro daquele ano. Essa alteração regimental visou focalizar, a pôr em evidência os temas e proble- mas da área cultural. Podemos dizer que a CCULT é uma das Comissões mais atuantes da Casa, promovendo importantes debates e trazendo a sociedade para discutir essas questões dentro do Parlamento, por meio de audiências públicas e seminários. Muito obrigado.” O SR. PRESIDENTE (Deputado João Derly) – Concedo a palavra ao Sr. Ministro da Cultura, Juca Ferreira. O SR. MINISTRO JUCA FERREIRA – Bom dia a todos e a todas as presentes, Srs. Parlamentares, estudantes. Quero saudar o Presidente da sessão, Deputado João Derly, e agradecer pelos comentários amáveis. Quero cumprimentar as Parlamentares presentes, os Parlamentares, os meus colegas do Ministério da Cultura. Vou procurar fazer um relato o mais conciso possível. Evidentemente, a Pasta é pequena, mas a cultu- ra é grande, e vou precisar falar dessas diversas dimensões. Se existe uma área na qual não é possível fazer a opção de priorizar um determinado aspecto da cultura em detrimento de outro, esta é a minha Pasta. Não é possível privilegiar o teatro e esquecer a dança, privilegiar o cinema e esquecer a cultura popular. Na verdade, nós temos a obrigação de trabalhar com a abrangência da cultura, com a nossa riqueza cultural, com a diver- sidade cultural, sob todos os aspectos, sob o ponto de vista de preservação do patrimônio e da memória, sob o ponto de vista do desenvolvimento cultural, sob o ponto de vista da regulação, criando uma estrutura legal capaz de dar sustentação ao desenvolvimento cultural do povo brasileiro. (Segue-se exibição de imagens.) Vou começar a exposição a partir da lógica do nosso trabalho. O Ministério da Cultura procura trabalhar e se relacionar com a amplitude da cultura brasileira, fortalecen- do sua diversidade, contribuindo para o desenvolvimento cultural do povo brasileiro, investindo na preservação da memória. São muitos os aspectos, mas há uma lógica básica: a cultura pode ser tratada de diversas maneiras. Houve uma época no Brasil, há aproximadamente 40 anos, em que se publicaram muitos livros, e um deles foi muito simbólico, nesse período, porque falava de mais de cem conceitos de cultura. Na verdade, essa diversidade conceitual da cultura ocorre porque ela é diversa mesmo, ela é plural, ela é complexa. No Ministério da Cultura, nós tratamos de três dimensões da cultura que são importantíssimas para se compreender a relevância da contribuição do Estado. Não cabe ao Estado paternalizar, não cabe ao Estado substituir a criatividade da sociedade, mas cabe ao Estado apoiar o desenvolvimento cultural, apoiar os artistas, apoiar os criadores, apoiar os que investem na cultura, porque ela é um setor importante da economia. Então, o Estado tem um papel de apoio importante. 16 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 Nos países europeus e nos Estados Unidos, mesmo nos momentos em que ficou mais acalorada a dis- cussão a respeito do tamanho do Estado, as bibliotecas continuaram funcionando e prestando os seus servi- ços, os centros culturais continuaram prestando os seus serviços, o Estado continuou apoiando as iniciativas culturais dos diversos setores. Então, o Estado tem uma responsabilidade que não é nem concorrente nem contraditória com o papel da sociedade e com o papel dos empreendedores. Na verdade, é possível pensar em um sistema harmonioso, em que todo o País colabore para o seu desenvolvimento, porque, sem desenvolvimento cultural, o Brasil não enfrentará os desafios do século XXI. O desenvolvimento cultural permite o amadurecimento para a vivência democrática, para o respeito ao outro, para a compreensão das diferenças culturais, que não são um problema; pelo contrário, elas são um pa- trimônio da sociedade brasileira, contribuem para o desenvolvimento tecnológico, para o padrão de realização da condição humana de cada brasileiro. Então, se há algo em que se pode pensar como a liga que une a possibilidade de uma entidade comum do brasileiro, é exatamente a cultura. Temos uma unidade dentro da nossa diversidade. E é essa diversidade cultural que cabe ao Estado estimular, proteger e fortalecer. Nós trabalhamos a cultura em três dimensões. A primeira é a dimensão simbólica: as artes e o conjunto das manifestações culturais. Sobre esse aspecto, eu diria que tudo o que ultrapassa o limite funcional na vida social entra no mundo da cultura: valores, saberes, fazeres, crenças, tradições, identidades culturais, idiomas, costumes. E há o epicentro de todo esse universo simbólico, que o Ministro Gilberto Gil chamava de “o corpo simbólico da Nação”, que são as artes, que é a di- mensão mais desenvolvida desse conjunto diverso e complexo. A segunda é a dimensão econômica, que é uma dimensão importante. Eu peço aos Parlamentares que prestem atenção a essa dimensão, porque durante muito tempo ela foi subestimada no Brasil e em todos os países semelhantes ao Brasil. Nós nos contentávamos com a força da cultura brasileira. Essa dimensão econô- mica ficou como uma prerrogativa do hemisfério norte. Por exemplo, mais de 90% do que é exibido em termos de conteúdo audiovisual no mundo vem dos Estados Unidos. A economia da cultura nos Estados Unidos é a segunda economia. Ela é mais forte do que as economias tradicionais, como, por exemplo, a economia automobilística. Eu estive com a Chanceler da Alemanha, Angela Merkel, quando de sua visita ao Brasil. Ela dizia que o último censo na Alemanha mostrava que a economia da cultura virou a segunda economia da Alemanha e a terceira da Inglaterra. Então, o Brasil precisa cuidar da cultura, primeiro, como um bem simbólico, como essa capacidade de coesão do País para desenvolvê-lo, mas também como uma economia importante, criando todo um sistema regulatório que estimule a iniciativa privada, a iniciativa da sociedade. O Estado tem um papel importante ao dar suporte para esse desenvolvimento econômico. A terceira é a dimensão cidadã. Todo brasileiro tem direito a cultura. Isso também é fundamental. Os da- dos que o IBGE e o IPEA produziram nas últimas pesquisas são terríveis para o Brasil, pois caracterizam quase que um apartheid cultural: pouco mais de 5% dos brasileiros entrou alguma vez na vida em um museu. Só 13% dos brasileiros vão, com alguma frequência, ao cinema; e é lido 1,3 livro per capita/ano. Esse índice de leitura é mais baixo do que o índice de leitura de muitos países pobres vizinhos do Brasil. Há necessidade de o Estado se responsabilizar pela elevação do padrão cultural do País. Para isso, há vá- rias estratégias, e é disso que eu vou falar. Sempre que nós estivermos falando de política cultural estaremos falando de uma contribuição do Es- tado para o fortalecimento da dimensão simbólica, da dimensão econômica e da dimensão cidadã do desen- volvimento cultural do País. Na dimensão cidadã, pretende-se garantir que os brasileiros criem cultura e tenham acesso a cultura. Esse direito a cultura tem que se manifestar de duas formas. Uma delas é com o direito à expressão. Por isso, é fundamental garantir a liberdade de expressão, com os canais possíveis para que os diversos segmentos da população brasileira se expressem culturalmente. Dessa forma, fortalecemos muito a coesão do País e a capacidade de desenvolvimento da nossa iden- tidade no sentido de acesso a cultura, a processos, a bens e serviços culturais, como garantia do desenvolvi- mento do conjunto dos brasileiros. Quando eu falo de acesso, não me refiro a algo que foi moda no Brasil há 40 anos: levar cultura à popu- lação. Na verdade, parte da cultura é feita pela população através de seus grupos culturais, através de suas tra- dições, através da criatividade do povo brasileiro. No entanto, uma parte cultural que eles não produzem, que não é fruto da produção cultural popular, o Estado tem obrigação de disponibilizar, por meio de bibliotecas, Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 17 centros culturais, museus e apoio à produção cultural no Brasil. Então, o direito cultural sempre se manifesta na dupla dimensão de fruição e de capacidade de expressão. Na dimensão simbólica, outra dimensão importante, o Estado tem que criar escolas de formação na área cultural. Infelizmente, isso é muito insuficiente no Brasil. Boa parte dos músicos brasileiros é autodidata, porque não teve acesso a formação. Imaginem como seria a música brasileira, que é considerada uma das três melhores do mundo, se nós disponibilizássemos formação para que os artistas, os criadores, os técnicos e os gestores tivessem mais capacidade de se desenvolver! Então, aqui estão investimentos na área da formação, na área de proteção, de modo a garantir insumos e fomento para o desenvolvimento. Quando falo da dimensão simbólica, eu me refiro a tudo o que ultrapassa essa dimensão mais restrita, funcional. Eu falo também da vida social, que compreende os valores, os saberes, os fazeres, as crenças, as tra- dições, as identidades culturais que conformam o conjunto da cultura brasileira, os idiomas – evidentemente, tendo o português como centro –, os costumes, a culinária e as linguagens artísticas – teatro, música, artes visuais, dança, literatura, circo. Esse é um conjunto diverso, amplo, com diferenças regionais e características singulares de cada seg- mento, porque o Brasil é um país formado por várias identidades e por várias dimensões étnicas. O Brasil teve a contribuição africana, a contribuição dos povos originários e a contribuição dos portugueses, que, a partir de 1500, tiveram aqui uma presença importante, deixando também um legado cultural. E eu diria o seguinte: hoje, o Brasil é um país que tem partes da sua população oriundas de praticamente todas as culturas do mundo. Nós temos mais de 500 mil eslavos no Brasil; nós temos mais libaneses no Brasil do que no Líbano; nós temos a maior colônia japonesa no exterior; nós temos alemães, italianos e latino-ame- ricanos – sempre recebemos um fluxo dos nossos irmãos vizinhos. Então, somos um país que tem que zelar por essa diversidade como um patrimônio. Por sorte nossa, nós conseguimos constituir um país com uma identidade comum dentro da diversida- de. O gaúcho é gaúcho, o baiano é baiano, o pernambucano é pernambucano, mas todos nós nos sentimos brasileiros. As diversas expressões culturais, na verdade, conformam uma das mais ricas diversidades culturais do mundo. Nesse sentido, acho que todo trabalho público tem que zelar pelo desenvolvimento dessa carac- terística cultural básica do nosso povo. Eu já citei alguns dados sobre a dimensão econômica – estou correndo um pouco para ficar dentro do tempo –, mas vejam os números dos Estados Unidos, da Alemanha, da França, do Brasil, do Reino Unido. No Governo do Presidente Lula, eu visitei a China. Eles têm como meta, em 10 anos, transformar a eco- nomia da cultura, senão na mais importante, na segunda maior atividade econômica chinesa. Por exemplo, eles definiram que no plano do audiovisual, que inclui games, cinema de animação e filmes para televisão, eles querem estar entre os cinco maiores produtores do mundo em 10 anos. Em 7 anos, eles já oscilam entre o ter- ceiro e quarto lugar desse conjunto. Então, devemos perceber que o Estado tem uma importância enorme para estimular e favorecer o de- senvolvimento cultural. No caso da dimensão econômica, isso é essencial. É evidente que, por conta própria, os empreendedores, os artistas, os seus empresários vão desenvolvendo processos que vão transformando-se me processos econômicos, mas estou falando de uma escala maior, com possibilidade de se tornar a segunda ou a terceira economia do País. Isso é possível. Afinal, o Brasil tem uma base cultural das mais ricas do mundo! Nossa música chega, sem nenhum apoio, e já frequenta, desde a década de 50, o hit parade mundial. Mas é preciso um apoio público dos Ministérios, do Executivo, do Legislativo para se criar um ambien- te favorável ao desenvolvimento dessa economia, que é uma economia sustentável, inclusiva, porque muita gente que não teve acesso a uma formação escolar de primeira qualidade é portadora de um saber que a faz uma grande criadora, possibilitando que ela tenha uma inserção da mais qualificada possível na sociedade. Nós temos a responsabilidade de trabalhar com o Brasil inteiro. Quando nós chegamos ao Ministério da Cultura, em 2003, ele era muito restrito, nas suas relações, com a cultura brasileira. Nós estamos fazendo isso de todas as maneiras, inclusive através de caravanas. Hoje, nós podemos dizer que nos relacionamos com a cultura do Brasil inteiro. Na II Conferência Nacional de Cultura, do Ministério da Cultura, tivemos mais de 200 mil pessoas partici- pando direta e presencialmente do processo. Dos mais de 5 mil Municípios do País, mais de 80% participaram da II Conferência. Os senhores podem analisar todas as políticas culturais em nossa exposição, por meio de um mapa das caravanas. A Caravana da Cultura é aquela que conta com a presença do Ministro. A Caravana Cultura Viva é do Programa Cultura Viva, que vem estimulando o protagonismo cultural da sociedade brasileira. Existem também a Caravana de Museus, a Caravana das Artes, a Caravana de Renovação, do Conselho Nacional de Política Cultural. 18 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 Nós estamos criando um conselho poderoso. Para nossa surpresa, o sucesso é tão grande que já há mais de 40 mil pessoas e instituições inscritas, disputando a formação do próximo Conselho Nacional de Política Cultural. Tudo isso é reflexo desse carinho, dessa generosidade com que temos trabalhado a diversidade cul- tural brasileira. Na verdade, a política cultural que nós estamos desenvolvendo já tem 12 anos. Nós encontramos um Mi- nistério pequeno, com um orçamento pequeno. Mas pior do que a pequenez do orçamento é a das metas, as quais alargamos. Nós pegamos um Ministério que só lidava com a arte consagrada e alargamos esse conceito, utilizando os princípios da Antropologia, em que a arte é parte da cultura, mas a cultura tem uma dimensão muito mais ampla. Incorporamos o fazer cultural da população e dos povos indígenas nas políticas culturais. Para nossa surpresa, quando chegamos ao Ministério, em 2003, as culturas dos povos indígenas não eram ob- jeto de trabalho do Ministério, e nós alargamos esse conceito. Então, hoje, nós estamos trabalhando com o conjunto diverso e amplo da cultura brasileira. Mas nós co- metemos um erro, que eu assumi no dia da posse: nós deveríamos ter dado ênfase especial ao desenvolvimen- to das artes no Brasil, para não aparentar que o Ministério dá mais importância à dimensão social da cultura e menos importância às suas manifestações mais complexas, mais sofisticadas e mais elaboradas. Parte das metas importantes, neste momento das políticas culturais, visa fortalecer e criar todo um con- junto de políticas para as artes no Brasil que responda às demandas e ao contexto do século XXI. Portanto, no âmbito da Política Nacional das Artes, nós estamos renovando a política do teatro, a política da dança, a política da fotografia, a política da literatura. Então, as artes estão tendo um tratamento especial. E eu espero que, até o início do próximo ano, tenhamos uma proposta para discutir com a sociedade que seja bem abrangente a respeito das políticas das artes no Brasil. O Programa Cultura Viva se tornou um programa conhecido no mundo inteiro. Nós tivemos, há 3 dias, a presença da Secretária Geral da UNESCO no Brasil, e uma das referências positivas que ela fez no seu discur- so foi a respeito do Programa Cultura Viva e dos Pontos de Cultura. Hoje, vários países estão adotando esse programa, que é uma coisa muito simples: é o reconhecimento do fazer cultural da população, do protagonis- mo cultural da população, fazendo disso uma política pública, não só no sentido de disponibilizar recursos e atendimento técnico para a ampliação desse fazer cultural da nossa população, como também no sentido de disponibilizar recursos para que eles possam ampliar suas ações. Então, são mais de 4 mil iniciativas fomentadas em todo o País, com 8 milhões de pessoas envolvidas nos 27 Estados, em mais de 2 mil Municípios. Foram 69,8 milhões de reais de investimento entre 2011 e 2014. Trata-se de um programa de referência já adotado em seis países. E, para 2015, mesmo com contração orçamen- tária, nós temos investimento de 30 milhões nos Pontos de Cultura e mais de 9 milhões de reais em emendas. Neste momento, agradeço a esta Casa por essa constante parceria com o Ministério da Cultura. Eu queria explicar o que é mudança de escala de autodeclaração. Nós chamávamos de Ponto de Cultura os que recebiam recursos do Ministério, os que venciam os edi- tais. Mas esse era um critério discriminatório, porque, se existe um grande conjunto e não temos recursos para apoiá-lo em sua totalidade, na verdade, ele é que são os Pontos de Cultura do País. Existem mais de cem mil grupos culturais da população nas periferias das grandes cidades, nos subúrbios das regiões metropolitanas, nas cidades de médio porte, na área rural, entre os povos indígenas. Os jovens indígenas têm um pé dentro da aldeia, mas querem fazer cultura, querem intervir na sociedade fazendo suas narrativas. Esse conjunto gera uma possibilidade enorme. Quando o Estado se relaciona com ele, estimula o desen- volvimento cultural em sua base. A SRA. PRESIDENTA (Deputada Moema Gramacho) – Sr. Ministro, por favor, peço 1 minuto da sua atenção. Nós precisamos interromper esta sessão para que começar uma nova. V.Exa. continuará sua exposição. Durante o discurso do Sr. Ministro Juca Ferreira, o Sr. João Derly, nos termos do § 2° do art. 18 do Regi- mento Interno, deixa a cadeira da Presidência, que é ocupada pela Sra. Moema Gramacho, nos termos do § 2° do art. 18 do Regimento Interno.

V – ENCERRAMENTO A SRA. PRESIDENTA (Moema Gramacho) – Nada mais havendo a tratar, vou encerrar a sessão. Em seguida, será aberta Sessão Deliberativa Extraordinária, que será transformada em Comissão Geral para a continuidade da exposição do Ministro de Estado da Cultura, Juca Ferreira. A SRA. PRESIDENTA (Moema Gramacho) – Encerro a sessão, convocando Sessão Deliberativa Extraor- dinária para hoje, quinta-feira, dia 24 de setembro, às 12h02min, com a seguinte Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 19 ORDEM DO DIA

MATÉRIA SOBRE A MESA Recurso nº 234/13, do Sr. Eduardo Cunha, que recorre contra parecer terminativo da Comissão de Finan- ças e Tributação ao Projeto de Lei nº 2.633, de 2011, do Poder Executivo, que altera o art. 2º do Decreto-Lei nº 288, de 28 de fevereiro de 1967, que altera as disposições da Lei nº 3.173, de 6 de junho de 1957, e regula a Zona Franca de Manaus.

URGÊNCIA (Art. 155 do Regimento Interno)

Discussão

1 PROJETO DE LEI Nº 1.462-B, DE 2007 (Do Senado Federal)

Discussão, em turno único, do Projeto de Lei nº 1.462-B, de 2007, que obriga, nas hipóteses que especifica, a veiculação de mensagens de advertência sobre o risco de escassez e de in- centivo ao consumo moderado de água; tendo pareceres: da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, pela aprovação (Relator: Dep. Edson Duarte); da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, pela rejeição (Relator: Dep. Guilherme Campos); da Comissão de Defesa do Consumidor, pela rejeição (Relator: Dep. Walter Ihoshi); e da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa, com substitutivo (Relator: Dep. Antonio Bulhões). (T 62 e T 64) APROVADO O RQU Nº 10.903/14, EM 09/09/15.

2 PROJETO DE LEI Nº 7.371, DE 2014 (Do Senado Federal)

Discussão, em turno único, do Projeto de Lei nº 7.371, de 2014, que cria o Fundo Nacional de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres. (T 62 e T 64) APROVADO O RQU Nº 10.444/14, EM 09/09/15.

3 PROJETO DE LEI Nº 4.474-A, DE 2004 (Do Sr. Sandes Júnior)

Discussão, em turno único, do Projeto de Lei nº 4.474-A, de 2004, que acrescenta parágrafo ao art. 73 da Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997, dispondo sobre a transferência voluntária de recursos em ano eleitoral; tendo parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cida- dania, pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação, com substitutivo (Relator: Dep. Rubens Otoni). (Limita os valores das transferências voluntá- rias da União aos Estados e Municípios, e dos Estados aos Municípios, à média dos valores cor- respondentes às transferências realizadas nos três anos anteriores as eleições) (NT 62 e T 64) Tendo apensados (2) os PLs nºs 1.489/15 e 1.780/15. APROVADO O RQU N° 2.118/15, EM 10/09/15, PARA O PL 1.780/15, APENSADO.

4 PROJETO DE LEI Nº 2.289-B, DE 2007 (Do Sr. Beto Faro)

Discussão, em turno único, do Projeto de Lei nº 2.289-B, de 2007, que regulamenta o art. 190 da Constituição Federal, altera o art. 1º da Lei nº 4.131, de 3 de setembro de 1962, e dá outras providências. Pendente de parecer da Comissão Especial. (Disciplina a aquisição e o arrenda- 20 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 mento de imóvel rural, por pessoas estrangeiras, em todo o território nacional. Regulamenta a Constituição Federal de 1988. Revoga a Lei nº 5.709, de 1971) (T 62 e T 64) Tendo apensados (5) os PLs nºs: 2.376/07; 3.483/08; 4.240/08; 4.059/12 e 1.053/15. APROVADO O RQU Nº 2.971/15, EM 16/09/15, PARA O PL Nº 4.059/12, APENSADO.

5 PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 75, DE 2015 (Da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados)

Discussão, em turno único, do Projeto de Resolução nº 75, de 2015, que institui o “Prêmio Bra- sil Mais Inclusão”. (NT 62 e NT 64) APROVADO O RQU Nº 3.025/15, EM 22/09/15.

MATÉRIA SUJEITA A DISPOSIÇÕES ESPECIAIS (Art. 202 c/c art. 191 do Regimento Interno)

Discussão

6 PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 488-B, DE 2005 (Da Sra. Maria Helena e Outros)

Discussão, em primeiro turno, da Proposta de Emenda à Constituição nº 488-B, de 2005, que dá nova redação ao art. 31 da Emenda Constitucional nº 19, de 1998; tendo pareceres: da Co- missão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela admissibilidade (Relator: Dep. Fernan- do Coruja); e da Comissão Especial, pela aprovação, com substitutivo (Relator: Dep. Luciano Castro). (Inclui os empregados do extinto Banco de Roraima, cujo vínculo funcional tenha sido reconhecido, no quadro em extinção da Administração Federal. Altera a Constituição Federal de 1988) (NT 62 e NT 64)

7

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 10-B, DE 2011 (Do Sr. Luiz Fernando Machado e Outros)

Discussão, em primeiro turno, da Proposta de Emenda à Constituição nº 10-B, de 2011, que altera os arts. 28, 29 e 84 da Constituição Federal para instituir a obrigatoriedade de elabo- ração e cumprimento do plano de metas pelo Poder Executivo municipal, estadual e federal, com base nas propostas da campanha eleitoral; tendo parecer: da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela admissibilidade desta e da de nº 52/11, apensada (Relator: Dep. Jutahy Junior); e da Comissão Especial, pela aprovação desta e da de n° 52/11, apensada, com substitutivo (Relator: Dep. João Paulo Lima). (PEC do Plano de Metas) (NT 62 e NT 64) Tendo apensada a PEC nº 52/11.

8 PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 209-B, DE 2012 (Da Sra. Rose de Freitas e Outros)

Discussão, em primeiro turno, da Proposta de Emenda à Constituição nº 209-B, de 2012, que insere o § 1º ao art. 105, da Constituição Federal, e renumera o parágrafo único; tendo pare- cer: da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela admissibilidade (Relator: Dep. Sandro Mabel); e da Comissão Especial, pela aprovação, com substitutivo (Relator: Dep. Sandro Mabel). (Para atribuir requisito de admissibilidade ao recurso especial no âmbito do STJ – PEC da relevância das questões de direito infraconstitucional) (NT 62 e NT 64) Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 21 ORDINÁRIA

Discussão

9 PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 14-A, DE 1999 (Do Sr. Marcos Afonso)

Discussão, em turno único, do Projeto de Resolução nº 14-A, de 1999, que cria o Grupo Par- lamentar Brasil-Costa Rica; tendo parecer da Mesa, pela aprovação (Relator: Dep. Heráclito Fortes). (NT 62 e NT 64)

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS OU RECURSOS I – EMENDAS 2. PROJETO DE RESOLUÇÃO QUE ALTERA O RICD Prazo para apresentação de emendas: 5 Sessões (Art. 216, § 1º, do RICD). Nº 77/2015 (Sóstenes Cavalcante) – Altera os artigos 5º e 12, da Resolução nº 25, de 10 de outubro de 2001, com a redação dada pela Resolução nº 02, de 27 de maio de 2011, que instituiu o Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados, a fim de prever nova conduta que atenta contra o decoro parlamentar e sua respectiva punição. PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 24/09/2015 II – RECURSOS 1. CONTRA APRECIAÇÃO CONCLUSIVA DE COMISSÃO – ART. 24, II, DO RICD INTERPOSIÇÃO DE RECURSO: art. 58, § 3º, c/c art. 132, § 2º (PARECERES FAVORÁVEIS), ou com o art. 133 (PARE- CERES CONTRÁRIOS), todos do RICD. PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DE RECURSO: 5 sessões (art. 58, § 1°, do RICD). 1.1 COM PARECERES FAVORÁVEIS

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO

Nº 753/2012 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que autoriza a Associação de Promoção do Desenvolvimento do Semi-Árido a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Ourolândia, Estado da Bahia. DECURSO: 4ª SESSÃO PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 25/09/2015 Nº 1140/2013 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que auto- riza a Associação Comunitária Serranense de Radiodifusão a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Serranos, Estado de Minas Gerais. DECURSO: 3ª SESSÃO PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 28/09/2015 Nº 1591/2014 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que autori- za a Associação de Radiodifusão de Caraguatatuba – Zona Sul a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Caraguatatuba, Estado de São Paulo. DECURSO: 4ª SESSÃO PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 25/09/2015 Nº 73/2015 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que autoriza a Associação Comunitária de Radiodifusão de Feira da Mata a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Feira da Mata, Estado da Bahia. DECURSO: 4ª SESSÃO PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 25/09/2015 22 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 Nº 97/2015 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que autoriza a Associação de Comunicação e Desenvolvimento Comunitário de Itamaracá a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Groaíras, Estado do Ceará. DECURSO: 4ª SESSÃO PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 25/09/2015 Nº 156/2015 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que renova a permissão outorgada à Rádio Menina do Paraná Ltda. para executar serviço de radiodifusão sonora em frequ- ência modulada, no Município de Campo Largo, Estado do Paraná. DECURSO: 3ª SESSÃO PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 28/09/2015

PROJETO DE LEI

Nº 1110/2003 (Senado Federal – Luiz Otavio) – Acrescenta parágrafo ao art. 9º da Lei nº 8.987, de 13 de fe- vereiro de 1995, que dispõe sobre o regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos pre- visto no art. 175 da Constituição Federal, e dá outras providências, para vedar a cobrança, por concessionário ou permissionário de serviços públicos, de tarifa relativa a serviço não-prestado efetivamente. Apensados: PL 2515/2003 (Alex Canziani) PL 3366/2008 (Senado Federal – Marcelo Crivella) PL 3807/2004 (Gia- cobo) PL 4269/2004 (Alberto Fraga) PL 5521/2005 (Ivo José) PL 6724/2006 (Carlos Nader) PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 24/09/2015 Nº 2120/2007 (Luiz Carlos Hauly) – Dispõe sobre a forma de divulgação das atividades, bens ou serviços re- sultantes de projetos desportivos, paradesportivos, culturais, de produção audiovisuais e artísticas financiados com recursos públicos federais. PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 24/09/2015 Nº 7654/2010 (Senado Federal – Marcelo Crivella) – Acrescenta § 2º ao art. 44 da Lei nº 9.394, de 20 de de- zembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), para dispor sobre a matrícula do candidato de renda familiar inferior a 10 (dez) salários mínimos nas instituições públicas de ensino superior. DECURSO: 3ª SESSÃO PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 28/09/2015 Nº 138/2011 (Weliton Prado) – Dispõe sobre normas de segurança e de manutenção em brinquedos dos par- ques infantis localizados em estabelecimentos de educação infantil e de ensino fundamental. PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 24/09/2015 Nº 203/2011 (Sandes Júnior) – Altera dispositivos do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 – Código de Processo Penal. PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 24/09/2015 Nº 3242/2012 (Laercio Oliveira) – Regulamenta profissão de cinegrafista. PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 24/09/2015 Nº 3940/2012 (Professora Dorinha Seabra Rezende) – Acrescenta inciso ao art. 70 da Lei nº 9.394, de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para inserir, como despesa de manutenção e de- senvolvimento do ensino, aquela realizada com atividades curriculares complementares. PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 24/09/2015 Nº 4984/2013 (Valtenir Pereira) – Dá nova redação ao § 7º do art. 115 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que “dispõe sobre o Código de Trânsito Brasileiro”. DECURSO: 3ª SESSÃO PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 28/09/2015 Nº 7093/2014 (Irajá Abreu) – Acresce dispositivo à Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973. PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 24/09/2015 Nº 8084/2014 (Senado Federal – José Agripino) – Disciplina a criação e a organização das associações de- nominadas empresas juniores, com funcionamento perante instituições de ensino superior. DECURSO: 3ª SESSÃO PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 28/09/2015 Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 23 1.2 COM PARECERES CONTRÁRIOS PROJETO DE LEI

Nº 4051/2012 (Walney Rocha) – Dispõe sobre a transparência na arrecadação com a cobrança de pedágio pelas concessionárias que administram rodovias federais. PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 24/09/2015 Nº 709/2015 (Alan Rick) – “Acrescenta os incisos I e II e altera o § 2º do art. 26 da Lei n° 10.233, de 5 de junho de 2001.” DECURSO: 2ª SESSÃO PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 29/09/2015 1.3 PROPOSIÇÕES COM TRAMITAÇÃO CONJUNTA QUE RECEBERAM PARECERES FAVORÁVEIS A UMAS E/ OU CONTRÁRIOS A OUTRAS, NÃO DIVERGENTES; E/OU PELA INCONSTITUCIONALIDADE; E/OU INJURI- DICIDADE PROJETO DE LEI

Nº 7755/2010 (Senado Federal – Roberto Cavalcanti) – Dispõe sobre a profissão de artesão e dá outras pro- vidências. Apensados: PL 3795/2012 (Jandira Feghali) PL 763/2011 (Padre Ton) PL 4544/2012 (Gorete Pereira) PL 925/2011 (Antônio Roberto) COM PARECER FAVORÁVEL: PL 7.755/2010, principal. COM PARECERES CONTRÁRIOS; PELA INADEQUAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA; E PELA INJURICI- DIDADE E INCONSTITUCIONALIDADE: PLs 763/11, 925/11, 3.795/12 e 4.544/12, apensados. PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 24/09/2015

2. CONTRA PARECER TERMINATIVO DE COMISSÃO – ART. 54 DO RICD C/C ART. 132, § 2º DO RICD (MATÉRIAS SUJEITAS A DELIBERAÇÃO DO PLENÁRIO EM APRECIAÇÃO PRELIMINAR, NOS TERMOS DO ART.144 DO RICD) INTERPOSIÇÃO DE RECURSO – Art. 58, § 3º, c/c o art. 132, §2º, do RICD. PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DE RECURSO: 5 sessões (art. 58, § 1° do RICD) 2.1 PELA INADEQUAÇÃO FINANCEIRA E/OU ORÇAMENTÁRIA PROJETO DE LEI

Nº 4392/2001 (Luiz Bittencourt) – Implanta na rede pública de ensino o “Programa Respire Bem”. Apensados: PL 4413/2004 (Enio Bacci) PL 8030/2010 (Edmar Moreira) Apensado ao PL-6868/2010 (Senado Federal – Marisa Serrano) PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 24/09/2015 Nº 4413/2004 (Enio Bacci) – Implanta no sistema de ensino público o Programa Respire Bem, a fim de sanar deficiências respiratórias por mal posicionamento dentário e dá outras providências. Apensado ao PL-4392/2001 (Luiz Bittencourt) PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 24/09/2015 Nº 1520/2007 (Giacobo) – Dispõe sobre o fomento à implementação do programa suplementar de assistência à saúde do educando do ensino fundamental. Apensado ao PL-6868/2010 (Senado Federal – Marisa Serrano) PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 24/09/2015 2.2 PELA INCONSTITUCIONALIDADE E/OU INJURIDICIDADE OU INADMISSIBILIDADE PROJETO DE LEI

Nº 4337/2012 (Valdir Colatto) – Altera a Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, para dispor sobre o tratamento ou a destinação de resíduos sólidos e a disposição final de rejeitos. DECURSO: 3ª SESSÃO PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 28/09/2015 24 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015

(Encerra-se a sessão às 12 horas e 1 minuto.) Ata da 281ª Sessão da Câmara dos Deputados, Deliberativa Extraordinária, Vespertina, da 1ª Sessão Legislativa Ordinária, da 55ª Legislatura, em 24 de setembro de 2015 Presidência dos Srs.: Eduardo Cunha, Presidente, Moema Gramacho, Carlos Manato, Leonardo Monteiro, Paulo Magalhães, Valtenir Pereira, nos termos do § 2º do artigo 18 do Regimento Interno

ÀS 12 HORAS E 1 MINUTO COMPARECEM À CASA OS SRS.: Eduardo Cunha Mara Gabrilli Alex Canziani Mandetta Gilberto Nascimento Ricardo Izar Total de Parlamentares: 280

RORAIMA Carlos Andrade PHS PmdbPpPtbPscPhsPen Edio Lopes PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Hiran Gonçalves PMN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 25 Maria Helena PSB Total de RORAIMA 4 PARÁ Arnaldo Jordy PPS Delegado Éder Mauro PSD Edmilson Rodrigues PSOL Joaquim Passarinho PSD Lúcio Vale PR Simone Morgado PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Zé Geraldo PT Total de PARÁ 7 AMAZONAS Conceição Sampaio PP PmdbPpPtbPscPhsPen Marcos Rotta PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Pauderney Avelino DEM Silas Câmara PSD Total de AMAZONAS 4 RONDôNIA Luiz Cláudio PR Marcos Rogério PDT Nilton Capixaba PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Total de RONDôNIA 3 ACRE Angelim PT Leo de Brito PT Rocha PSDB Total de ACRE 3 TOCANTINS Carlos Henrique Gaguim PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen César Halum PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Josi Nunes PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Professora Dorinha Seabra Rezende DEM Total de TOCANTINS 4 MARANHÃO Alberto Filho PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Aluisio Mendes PSDC PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB André Fufuca PEN PmdbPpPtbPscPhsPen Cleber Verde PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Hildo Rocha PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen João Marcelo Souza PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Junior Marreca PEN PmdbPpPtbPscPhsPen Juscelino Filho PRP PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Pedro Fernandes PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Rosângela Curado PDT Victor Mendes PV Total de MARANHÃO 11 CEARÁ Adail Carneiro PHS PmdbPpPtbPscPhsPen 26 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 Cabo Sabino PR Chico Lopes PCdoB Danilo Forte PSB Gorete Pereira PR José Airton Cirilo PT José Guimarães PT Moses Rodrigues PPS Odorico Monteiro PT Raimundo Gomes de Matos PSDB Ronaldo Martins PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Vitor Valim PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Total de CEARÁ 12

PIAUÍ Assis Carvalho PT Heráclito Fortes PSB Júlio Cesar PSD Mainha Solidaried Paes Landim PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Silas Freire PR Total de PIAUÍ 6

RIO GRANDE DO NORTE Felipe Maia DEM Rafael Motta PROS Rogério Marinho PSDB Walter Alves PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Zenaide Maia PR Total de RIO GRANDE DO NORTE 5

PARAÍBA Aguinaldo Ribeiro PP PmdbPpPtbPscPhsPen Damião Feliciano PDT Efraim Filho DEM Hugo Motta PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Luiz Couto PT Manoel Junior PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Pedro Cunha Lima PSDB Rômulo Gouveia PSD Total de PARAÍBA 8

PERNAMBUCO Anderson Ferreira PR Augusto Coutinho Solidaried Betinho Gomes PSDB Daniel Coelho PSDB Fernando Monteiro PP PmdbPpPtbPscPhsPen Gonzaga Patriota PSB Jarbas Vasconcelos PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen João Fernando Coutinho PSB Kaio Maniçoba PHS PmdbPpPtbPscPhsPen Mendonça Filho DEM Pastor Eurico PSB Raul Jungmann PPS Ricardo Teobaldo PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 27 Tadeu Alencar PSB Total de PERNAMBUCO 14 ALAGOAS Arthur Lira PP PmdbPpPtbPscPhsPen Givaldo Carimbão PROS Maurício Quintella Lessa PR Paulão PT Total de ALAGOAS 4 SERGIPE Adelson Barreto PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Andre Moura PSC PmdbPpPtbPscPhsPen Fábio Mitidieri PSD Fabio Reis PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen João Daniel PT Jony Marcos PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Valadares Filho PSB Total de SERGIPE 7 BAHIA Afonso Florence PT Alice Portugal PCdoB Bacelar PTN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Bebeto PSB Cacá Leão PP PmdbPpPtbPscPhsPen Caetano PT Claudio Cajado DEM Davidson Magalhães PCdoB Félix Mendonça Júnior PDT João Gualberto PSDB José Rocha PR Jutahy Junior PSDB Márcio Marinho PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Mário Negromonte Jr. PP PmdbPpPtbPscPhsPen Moema Gramacho PT Paulo Azi DEM Paulo Magalhães PSD Valmir Assunção PT Waldenor Pereira PT Total de BAHIA 19 MINAS GERAIS Adelmo Carneiro Leão PT Aelton Freitas PR Bilac Pinto PR Bonifácio de Andrada PSDB Delegado Edson Moreira PTN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Diego Andrade PSD Domingos Sávio PSDB Eduardo Barbosa PSDB Eros Biondini PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Laudivio Carvalho PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Leonardo Monteiro PT Leonardo Quintão PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Lincoln Portela PR 28 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 Luis Tibé PTdoB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Luiz Fernando Faria PP PmdbPpPtbPscPhsPen Marcelo Aro PHS PmdbPpPtbPscPhsPen Marcos Montes PSD Margarida Salomão PT Odelmo Leão PP PmdbPpPtbPscPhsPen Pastor Franklin PTdoB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Reginaldo Lopes PT Renzo Braz PP PmdbPpPtbPscPhsPen Rodrigo Pacheco PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Tenente Lúcio PSB Toninho Pinheiro PP PmdbPpPtbPscPhsPen Zé Silva Solidaried Total de MINAS GERAIS 26

ESPÍRITO SANTO Carlos Manato Solidaried Dr. Jorge Silva PROS Evair de Melo PV Helder Salomão PT Lelo Coimbra PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Marcus Vicente PP PmdbPpPtbPscPhsPen Max Filho PSDB Paulo Foletto PSB Sergio Vidigal PDT Total de ESPÍRITO SANTO 9

RIO DE JANEIRO Alexandre Serfiotis PSD Alexandre Valle PRP PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Altineu Côrtes PR Aureo Solidaried Benedita da Silva PT Celso Pansera PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Chico Alencar PSOL Chico D Angelo PT Cristiane Brasil PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Francisco Floriano PR Glauber Braga PSOL Hugo Leal PROS Indio da Costa PSD Jair Bolsonaro PP PmdbPpPtbPscPhsPen Jandira Feghali PCdoB Leonardo Picciani PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Luiz Carlos Ramos PSDC PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Luiz Sérgio PT Miro Teixeira REDE Otavio Leite PSDB Paulo Feijó PR Rodrigo Maia DEM Soraya Santos PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sóstenes Cavalcante PSD Total de 24

SÃO PAULO Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 29 Andres Sanchez PT Baleia Rossi PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Bruno Covas PSDB Capitão Augusto PR Carlos Zarattini PT Dr. Sinval Malheiros PV Eduardo Bolsonaro PSC PmdbPpPtbPscPhsPen Evandro Gussi PV Flavinho PSB Goulart PSD Ivan Valente PSOL Jefferson Campos PSD João Paulo Papa PSDB Jorge Tadeu Mudalen DEM José Mentor PT Keiko Ota PSB Lobbe Neto PSDB Major Olimpio PDT Marcelo Aguiar DEM Marcio Alvino PR Miguel Haddad PSDB Milton Monti PR Missionário José Olimpio PP PmdbPpPtbPscPhsPen Nilto Tatto PT Orlando Silva PCdoB Paulo Teixeira PT Pr. Marco Feliciano PSC PmdbPpPtbPscPhsPen Renata Abreu PTN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Ricardo Tripoli PSDB Samuel Moreira PSDB Silvio Torres PSDB Tiririca PR Valmir Prascidelli PT Vicente Candido PT William Woo PV Total de SÃO PAULO 35 MATO GROSSO Adilton Sachetti PSB Ezequiel Fonseca PP PmdbPpPtbPscPhsPen Fabio Garcia PSB Professor Victório Galli PSC PmdbPpPtbPscPhsPen Ságuas Moraes PT Valtenir Pereira PROS Total de MATO GROSSO 6 DISTRITO FEDERAL Erika Kokay PT Izalci PSDB Ronaldo Fonseca PROS Total de DISTRITO FEDERAL 3 GOIÁS Alexandre Baldy PSDB Daniel Vilela PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Delegado Waldir PSDB 30 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 Pedro Chaves PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Rubens Otoni PT Total de GOIÁS 5 MATO GROSSO DO SUL Dagoberto PDT Elizeu Dionizio Solidaried Geraldo Resende PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Vander Loubet PT Zeca do Pt PT Total de MATO GROSSO DO SUL 5 PARANÁ Alfredo Kaefer PSDB Assis do Couto PT Christiane de Souza Yared PTN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Diego Garcia PHS PmdbPpPtbPscPhsPen Edmar Arruda PSC PmdbPpPtbPscPhsPen Enio Verri PT Fernando Francischini Solidaried João Arruda PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Leandre PV Luiz Carlos Hauly PSDB Marcelo Belinati PP PmdbPpPtbPscPhsPen Nelson Meurer PP PmdbPpPtbPscPhsPen Ricardo Barros PP PmdbPpPtbPscPhsPen Rossoni PSDB Rubens Bueno PPS Sandro Alex PPS Sergio Souza PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Toninho Wandscheer PT Total de PARANÁ 18 SANTA CATARINA Carmen Zanotto PPS Celso Maldaner PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Edinho Bez PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Esperidião Amin PP PmdbPpPtbPscPhsPen Fabricio Oliveira PSB Geovania de Sá PSDB João Rodrigues PSD Jorginho Mello PR Marco Tebaldi PSDB Mauro Mariani PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Ronaldo Benedet PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Total de SANTA CATARINA 11 RIO GRANDE DO SUL Afonso Hamm PP PmdbPpPtbPscPhsPen Carlos Gomes PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Covatti Filho PP PmdbPpPtbPscPhsPen Danrlei de Deus Hinterholz PSD Darcísio Perondi PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Fernando Marroni PT Giovani Cherini PDT Heitor Schuch PSB Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 31 Henrique Fontana PT João Derly PCdoB José Fogaça PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Jose Stédile PSB Luiz Carlos Busato PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Marcon PT Maria do Rosário PT Mauro Pereira PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Nelson Marchezan Junior PSDB Onyx Lorenzoni DEM Paulo Pimenta PT Pompeo de Mattos PDT Ronaldo Nogueira PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Total de RIO GRANDE DO SUL 21 I – ABERTURA DA SESSÃO A SRA. PRESIDENTA (Moema Gramacho) – A lista de presença registra na Casa o comparecimento de 280 Senhoras Deputadas e Senhores Deputados. Está aberta a sessão. Sob a proteção de Deus e em nome do povo brasileiro iniciamos nossos trabalhos. II – LEITURA DA ATA A SRA. PRESIDENTA (Moema Gramacho) – Fica dispensada a leitura da ata da sessão anterior. III – EXPEDIENTE

(Não há expediente a ser lido) A SRA. PRESIDENTA (Moema Gramacho) – Passa-se à IV – COMISSÃO GERAL A SRA. PRESIDENTA (Deputada Moema Gramacho) – Neste momento, transformo a sessão plenária em Comissão Geral, com a presença do Sr. Ministro de Estado da Cultura, Juca Ferreira. Sr. Ministro, fique à vontade para dar sequência ao seu pronunciamento. O SR. MINISTRO JUCA FERREIRA – O Congresso, especificamente a Câmara, deu uma grande contri- buição aprovando a Lei Cultura Viva, porque a legislação brasileira ainda é muito complexa, muito difícil, na relação do Estado com a base da sociedade. Não se pode exigir de pequenas organizações populares, que não têm estrutura administrativa, o mesmo perfil de eficiência e eficácia de gestão que nós temos a obrigação de exigir dos interlocutores com o Estado que têm grande porte empresarial. Com a Lei Cultura Viva, esta Casa demonstrou sensibilidade com a necessidade de se criar estruturas para que essa relação se estabilizasse e se transformasse em projeto de Estado. Vários países também a adotaram, e alguns países europeus estão discutindo a possibilidade de adotá- -la. Eles também têm diversidade cultural e nunca prestaram atenção à necessidade de o Estado patrocinar o desenvolvimento cultural a partir da base. (Segue-se exibição de imagens.) Ali estão alguns números dos investimentos em Pontos e Pontões de Cultura. Pontões de Cultura são estruturas que prestam serviço a esses grupos culturais. Eles têm função especí- fica, dando cursos, desenvolvendo certas tecnologias, dando apoio técnico. Eles são diferentes dos Pontos de Cultura, que são finalísticos e desenvolvem atividades em várias áreas, como biblioteca comunitária, grupo de teatro, de dança, clube de leitura, manifestações tradicionais, filarmônicas, congadas, sambas rurais. Chegam a algo em torno de 100 mil os grupos culturais que o Brasil tem na sua base. Por isso, é impor- tante que compreendamos a grandeza dessa ação. O Vale Cultura já está implantado, está em movimento e já beneficia 443 mil trabalhadores, com poten- cial de alcançar 32 milhões de trabalhadores. Mas é evidente que, neste momento de contração, há o conser- 32 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 vadorismo, a dificuldade de incluir novos benefícios para os trabalhadores, mas isso vai passar e o Vale Cultura vai se consolidar. O Vale Cultura parece-se muito com o vale-refeição, até na trajetória. No início – os mais velhos devem se lembrar –, houve uma dificuldade para se implantar o vale-refeição no Brasil, mas foi-se aperfeiçoando o modelo e ele virou um benefício complementar indireto importante, quase universalizado na relação capital- -trabalho no Brasil. O vale-refeição é para alimentar o estômago, e o Vale Cultura é para alimentar o espírito, essa é a grande diferença, mas, na verdade, o mecanismo é muito semelhante. O projeto conta com a simpatia de todas as centrais sindicais e com a simpatia das centrais patronais também, porque o Governo subsidia em parte esse investimento. Mas o momento é difícil, e o projeto vai an- dar lento mesmo. Acho que, até o final do próximo ano, ele vai ter uma velocidade menor do que poderia ter. Acho que esse benefício veio para ficar, para suprir a necessidade de acesso à cultura. Como eu disse no início, os números no Brasil são péssimos. Pouco mais de 5% dos brasileiros entrou alguma vez na vida em um museu; pouco mais de 13% vai ao cinema; a média é de 1,7 livro per capita. É claro que o Vale Cultura não resolve o problema. Precisamos de políticas abrangentes que comecem na escola, nos meios de comunicação de massa, para estimular o acesso à cultura, o desenvolvimento cultural. O Estado está estimulando essa inclusão e, embora isso tenha um custo, vai trazer benefícios enormes. É possível ver no eslaide o potencial de 32 milhões de trabalhadores que ganham até 5 salários mínimos. Podemos movimentar 19 bilhões de reais por ano. E essa movimentação de 19 bilhões de reais acaba redun- dando no desenvolvimento da economia cultural no País, do teatro, da dança, do cinema. Com esse programa, nós vamos ter um grande incremento. Há uma demanda, hoje, no Brasil, pelo Vale Cultura. Os funcionários públicos querem ter acesso ao be- nefício, os professores também. Essas demandas contam com grande simpatia. Mas, com a fórmula que foi aprovada pelo Congresso, o Vale Cultura é restrito apenas aos que recebem até 5 salários mínimos e trabalham em empresa de lucro real; nem as empresas de lucro presumido foram incorporadas. Qualquer discussão no sentido de ampliar o acesso tem que voltar para esta Casa, para amadurecer a ideia de como será feito o financiamento dessa ampliação. Talvez este não seja o momento oportuno. No se- gundo semestre do próximo ano, talvez possamos amadurecer um pouco as estratégias para ampliar esse apoio à acessibilidade cultural por parte dos trabalhadores brasileiros. Fazendo um balanço de 2015, o Sistema Nacional de Cultura já conta com 26 Estados e o Distrito Federal, totalizando 2.330 Municípios. Estamos investindo mais de 15 milhões de reais para apoio a projetos de desen- volvimento do Sistema Municipal de Cultura. Em 2014, foram criadas mais de 2.500 vagas para capacitação de gestores. Há ainda o anteprojeto de lei que regulamenta o Sistema Nacional de Cultura. A ideia do Sistema Nacional é criar uma cooperação entre Governo Federal, Governos Estaduais, Gover- nos Municipais e iniciativa privada para criar um sistema eficiente e eficaz, não só de circulação, mas de pro- dução e de coprodução. Por exemplo, hoje, para um artista ou um grupo cultural circular com uma peça de teatro, a pesquisa é muito difícil. Se houver um sistema não só dos órgãos públicos como também dos entes privados, em 5 minu- tos ou menos será possível saber onde se pode apresentar no Brasil, qual é a quantidade de cadeiras de cada teatro, qual é a infraestrutura que eles têm. Eu estou citando isso como exemplo, mas funcionar em sistema é muito melhor do que funcionar de maneira dispersa, quando há, muitas vezes, paralelismos, e o Governo Federal faz a mesma coisa que o Gover- no Municipal ou Estadual, por exemplo. Essa sinergia vai permitir uma economia de escala enorme e garantir um ambiente muito mais favorável para o desenvolvimento cultural do País. Isto aqui é um sucesso surpreendente, que até nos assustou: há hoje 44 mil inscritos para fazer parte do Conselho Nacional de Política Cultural, que é o grande conselho de cultura do País. É inacreditável, e isso repre- senta um sintoma da saúde desse trabalho que nós estamos fazendo de articulação entre os órgãos públicos, entre Ministério da Cultura, Secretarias Estaduais e Municipais de Cultura e gestores culturais. Nós não acreditamos em política pública de cultura feita dentro de repartição de órgão público. Acha- mos que é fundamental construir as políticas junto com os criadores, junto com os empresários, junto com os técnicos e junto com os gestores públicos e privados. Esse número de 44 mil inscritos é impressionantemente maior do que tudo o que se viu de interesse em participar das decisões, por parte da sociedade, de um Siste- ma Nacional de Cultura. Balanço de 2015. Aqui temos a dispersão pelo território nacional dos inscritos para participar desse Sistema Nacional e do Conselho Nacional de Cultura. Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 33 Como podem ver, nós temos inscritos no Brasil inteiro. Então, podemos dizer que estamos no limiar da superação de desigualdades regionais na gestão cultural. Nós estamos trabalhando com o Brasil inteiro, com um conjunto da diversidade cultural brasileira, com as capitais e as cidades do interior, a área rural e as aldeias indígenas. Tem manifestação, tem grupos culturais, tem intelectuais, tem gestores e técnicos que vêm de todo o Brasil. Isso aqui é um sintoma do sucesso do trabalho que está sendo feito no sentido de estruturar um sis- tema público no Brasil que responda às necessidades culturais do País. O balizador dos horizontes de cultura... Ah, sim, o Plano Nacional de Cultura é outra contribuição que o Parlamento brasileiro deu a esse siste- ma democrático de cultura no Brasil. O Plano Nacional de Cultura foi aprovado nesta Casa e no Senado. Nós estamos agora, por força até da regulação da lei, na fase de rever as metas. À época, nós não tínhamos experiência para desenvolver um plano nacional de cultura, de trabalhar a cultura com objetivos estratégicos. Então, em certos aspectos, houve um exagero tamanho o predomínio da vontade sobre a realidade; em outros, fomos até excessivamente realistas. Agora, já com a experiência de 12 anos, nós estamos readequando as metas e já começamos a trabalhar o próximo Plano Nacional de Cultura como está previsto pela lei que o Congresso Brasileiro aprovou. Quanto às políticas de audiovisual, é outro sucesso, eu diria, estrondoso – é necessário esse adjetivo. Quando nós assumimos o Governo, em 2003, o Brasil tinha a capacidade de fazer menos de 10 filmes de lon- ga-metragem por ano; agora, estamos fazendo em torno de 150 filmes de longa-metragem por ano. Isso im- pressiona o mundo inteiro. Talvez, hoje, o Brasil tenha a política de audiovisual mais robusta do mundo. Isso, culturalmente, é im- portante. O brasileiro precisa se ver na televisão, nos cinemas, e o Estado tem a obrigação de dar suporte a essa atividade até que ela se consolide e se transforme, de fato, em uma indústria, que é para onde estamos caminhando. Hoje, nós temos produtoras culturais no Brasil inteiro, mesmo nos Estados menores, menos de- senvolvidos economicamente, mas que têm uma base cultural própria. Eu me lembro de que, quando nós começamos esse trabalho, alguns críticos disseram: “Não, mas audio- visual é uma indústria. Basta trabalhar com dois ou três Estados, porque a indústria precisa de concentração.” A base industrial da atividade audiovisual pode perfeitamente dialogar com a diversidade cultural brasileira, e podemos fazer do audiovisual um instrumento de desenvolvimento cultural do País inteiro, produzindo con- teúdos para as televisões de todos os tipos, games, cinema de animação e filmes para as salas de exibição, tra- duzindo essa complexidade cultural do Brasil. Temos o projeto, que ainda não está implementado, mas estamos trabalhando, do Canal da Cultura. Fi- cou previsto, quando se adotou o padrão de televisão digital, que teríamos uma televisão para a cultura. Já es- tamos na fase de aprovação. Estamos trabalhando no projeto para apresentar à sociedade o Canal da Cultura e uma plataforma de vídeos sob demanda, um Netflix brasileiro. Estamos também conversando com a área privada e com outros setores dos Governos Estaduais e Mu- nicipais para que tenhamos, dentro de pouco tempo, uma oferta dos conteúdos brasileiros em um sistema de vídeo sob demanda – tal qual o famoso Netflix e outros semelhantes. Dentro de pouco tempo, a exemplo da Argentina, que saiu na frente de outros países, vamos ter também o nosso Netflix brasileiro. Sobre o patrimônio material e imaterial, fiquei muito orgulhoso quando participei de uma reunião com o Ministro da Cultura da China, pois, quando nós fomos propor parceria, ele disse: “Nós temos o maior interesse na política de patrimônio de vocês. É uma das mais antigas do mundo.” Os Parlamentares sabem que essa foi uma proposta dos modernistas da Semana de 22, que tinham a preo- cupação de modernizar e fazer rupturas culturais, mas também tiveram a preocupação de garantir a preservação da memória da cultura brasileira para que se fizesse um balanço entre preservação, rupturas e modernização. Então, nós temos, de fato, uma expertise grande. É a única estrutura pública de cultura que tem carac- terísticas de política de Estado. Eu me sinto na responsabilidade de proteger a qualidade que eu herdei do IPHAN – Instituto do Patri- mônio Histórico e Artístico Nacional. Talvez o IPHAN seja a estrutura mais amadurecida da área cultural, por- que tem existência anterior a do Ministério da Cultura. Às vezes, o IPHAN se vê obrigado a dar pareceres que dificultam certas intervenções públicas e privadas no ambiente, mas é por causa da natureza da missão, que é exatamente a de regular e proteger a memória e o patrimônio cultural. Às vezes, gera-se incômodo, mas esse incômodo pode ser traduzido e interpretado como cumprimento de sua missão, porque estão preservando o patrimônio e a memória cultural brasileira. Na área de simplificação e maior eficiência dos nossos serviços, existe uma crítica constante de que de- mora muito o licenciamento, sob o ponto de vista do IPHAN. Mas podem ver que estamos no processo, nós estamos trabalhando isso. É porque esse lado do nosso trabalho é invisível. As próprias pessoas que gostam e 34 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 apoiam o Ministério da Cultura gostariam que ficássemos mais na vitrine, fazendo o espetáculo da cultura. Mas, na verdade, existe o trabalho de constituição de uma infraestrutura de qualificação do Estado para cumprir a sua missão, e esses números traduzem isso. Nós estamos melhorando cada vez mais a capacidade de desempenho do IPHAN. Quando nós assumi- mos, em 2003, eram três arqueólogos. Hoje, temos um número bastante grande de arqueólogos. Estamos nos preparando exatamente para que a preservação do patrimônio dialogue com o desenvol- vimento do País, sem significar um atraso, apenas restringindo quando é necessário restringir, porque estamos diante de um patrimônio relevante da sociedade brasileira. O Ministério da Cultura também é responsável pelo PAC das Cidades Históricas. Os Parlamentares sa- bem que os Prefeitos das cidades históricas enfrentam toda sorte de dificuldades e problemas. Dentre todos os Prefeitos que têm a responsabilidade de gerir nossas cidades, esses ainda encontram um agravante, que é a necessidade de proteger centros históricos e estruturas que são relevantes para o País. Além disso, nessas ci- dades históricas tem que haver uma devolução contemporânea que preserve a memória e, ao mesmo tempo, seja um ativo do desenvolvimento. Esse programa é relativamente recente. Há 307 projetos em desenvolvimento. Nós temos 54 licitações de obras em andamento, 55 obras em execução, sete obras concluídas. Temos a abrangência de 40 cidades em 20 unidades da Federação. Praticamente todos os Estados brasileiros já têm acesso ao PAC das Cidades Históricas. O investimento é de 1,6 bilhão, distribuídos em 425 obras, imóveis e espaços públicos. É evidente que esse programa deverá crescer quando a economia brasileira voltar a crescer. Aqui me chegou o número de arqueólogos no IPHAN. Se nós tínhamos três, em 2003, hoje nós temos mais de cem arqueólogos no IPHAN. Isso reflete uma responsabilidade do Ministério da Cultura em atender com presteza as demandas do desenvolvimento do País na área de patrimônio. Aqui temos alguns exemplos e ali a distribuição geográfica dos investimentos do PAC das Cidades Histó- ricas. Nós esperamos que, assim que a economia retomar o seu desenvolvimento, possamos crescer com esse programa, porque ele é fundamental. Não sei se os senhores sabem que as cidades que têm patrimônio histórico significativo são os principais ativos turísticos do Brasil. O fluxo turístico no Brasil se dirige para as praias e para as cidades que têm patrimô- nio histórico. Então, essa recuperação pode ser parte da ativação da economia cultural e da economia do País. Portanto, esse programa é de alta relevância. A ideia hoje no mundo inteiro – e nós estamos começando a trabalhar nesse sentido – não é só recupe- rar o imóvel, mas que essa recuperação tenha um projeto econômico que o transforme num ativo importante para a cidade e para a economia do País. Isso tem sido feito em vários países, e nós começamos a trabalhar com outros Ministérios no sentido de potencializar essa iniciativa. Os editais. Nós adotamos o edital não como o único, mas o principal mecanismo para garantir uma po- lítica republicana. Nós estamos caminhando para acabar de vez, na área da cultura, com privilégios, com apa- niguamentos. Então, o edital tem muita importância. Em geral, em quase todos os nossos editais, as comissões são majoritariamente na própria área cultural. Então, nós temos editais nas áreas de: audiovisual, diversidade cultural, linguagens artísticas, formação, inter- câmbio e fortalecimento do sistema nacional. Aqui é outro campo importante, em que o Brasil é muito tímido. Em toda reunião internacional de Mi- nistros da Cultura, o Brasil é acusado de ser tímido nas relações culturais com os seus vizinhos. Nós temos a responsabilidade de criar sistema de produção, de coprodução, de visibilidade da produção cultural. Isso vai ser bom para o Brasil, vai ser bom para os países do MERCOSUL – Mercado Comum do Sul, vai ser bom para os países da UNASUL – União de Nações Sul-Americanas, vai ser bom para a América Latina, para os que falam português e espanhol, para os países africanos. Nós somos muito tímidos. Nós não temos a tradição de uma diplomacia cultural que, de fato, tenha ob- jetivos não só de fortalecer a amizade entre o Brasil e os países com que temos irmandade, mas também no sentido de produzir uma economia importante para o nosso País. Nós estamos trabalhando nesse sentido com formação e fortalecimento institucional; estímulo à produ- ção; circulação e distribuição; intercâmbio cultural; promoção da imagem brasileira. São metas importantes. Esta é uma foto de um grupo cultural do Bairro Mafalala. Nesse bairro, nasceram as grandes personalidades da cultura de Moçambique. A FRELIMO – Frente de Libertação de Moçambique nasceu nesse bairro também. Eu estou trazendo uma curiosidade sobre a foto. Nós acabamos de vir de lá. Fui convidado por Ango- la e Moçambique para fazer uma visita em razão da comemoração dos 40 anos da independência dos países africanos de língua portuguesa. Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 35 Fruto da migração de moçambicanos de outras regiões e de migrantes de vários países vizinhos, nesse bairro fala-se 50 línguas. Daí nasceu a ideia da independência, a ideia de liberdade. Há uma avenida que separa o bairro da cidade constituída na época do colonialismo, e, para passarem de um lado para o outro, eles tinham que ter passaporte. Então, a indignação com o colonialismo se tornou mais forte. Samora Machel, o grande líder da revolução moçambicana nasceu aí; quase todo comitê central, os gran- des artistas, os grandes poetas, etc., ali estão. Esse é um grupo cultural. Quando eu fiz a visita, percebi como, em certos momentos, um território, mes- mo restrito, acaba tendo uma importância cultural enorme e também qual é o papel da cultura para constituir o sentimento de liberdade, de autodeterminação. Nós estamos trabalhando com a ONU – Organização das Nações Unidas, a UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, a CPLP – Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, a OMPI – Organização Mundial da Propriedade Intelectual e o MERCOSUL. A OMPI é importante porque é quem regula, nas Nações Unidas, o direito autoral no mundo. Hoje, nós estamos com um problema gigantesco, sobre o qual eu vou falar um pouco mais adiante, que é o direito au- toral na Internet. As grandes corporações aproveitam-se da falta de regulação e não pagam nem aqui, nem na Alemanha, nem em país nenhum, os direitos autorais devidos. Essa hoje é a grande economia da música e dos conteúdos audiovisuais. Então, é importante que nós trabalhemos isso. Com o MERCOSUL, a UNASUL, a CELAC – Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos, a OEI – Organização dos Estados Ibero‑Americanos e a SEGIB – Secretaria-Geral Ibero-Americana, nós temos como ação prioritária a promoção e a valorização da língua portuguesa; integração entre o Brasil e os países da América do Sul; valorização da herança cultural afrodescendente; inserção qualificada da cultura brasileira nos principais mercados internacionais. Depois da América do Sul, a prioridade é a América Latina, depois os países ibero-americanos, os países africanos de língua portuguesa que ajudaram a formar o Brasil, a Europa, os Estados Unidos. Nós estamos es- truturando as relações internacionais do tamanho da grandeza da cultura brasileira. Este é um tema importante: educação e cultura. Chegaram até a pensar em refundir os Ministérios da Educação e da Cultura. Respondendo à pergunta do Deputado Heráclito Fortes, eu diria, sem nenhuma auto- rização, que estou muito tranquilo quanto à parceria entre cultura e educação: ela vai ser cada dia maior. Ao mesmo tempo, a autonomia gerencial e administrativa é importante porque com a expertise que o Ministério da Cultura tem de desenvolver, se houver a fusão de novo, regrediremos para a década de 70. Estamos cami- nhando para frente e não para trás. Estamos construindo com o Ministro da Educação um programa para que tanto a cultura e a arte voltem para a sala de aula quanto para a educação dar suporte ao desenvolvimento cultural do País. O Mais Cultura nas Escolas é um programa que está em marcha. Já tem um grande grau de investimen- to, com a participação dos dois Ministérios. O objetivo é chegar a 10 mil escolas, incluindo a educação infantil. O Brasil é deficitário em produção cultural para a infância. É importante promover isso, porque nossos filhos ficam nas mãos de circuitos culturais muito precários, como os de TV aberta. Na verdade, é possível cons- tituir uma oferta para que as crianças, desde o início, tenham uma intimidade com a cultura mais qualificada. O Mais Cultura nas Universidades é um programa em que estamos dialogando praticamente com todas as universidades do Brasil – evidentemente, dando prioridade para as universidades federais, porque têm mais facilidade, mas também com as universidades estaduais e privadas – no sentido de fazer delas também um território de desenvolvimento cultural do País e de incluir a cultura na formação das novas gerações. Plano Nacional do Livro e Leitura. É um horror que o Brasil tenha um dos piores índices de leitura do mundo, comparável ao dos países mais atrasados. É preciso qualificar a escola, as nossas bibliotecas e adotar políticas de estímulo à leitura. Houve um momento da história brasileira, na década de 70, em que se pensava que a cultura visual iria substituir a leitura, quando, na verdade, isso não existe. O livro é um instrumento importante de constituição da subjetividade complexa. Portanto, nós vamos investir muito nisso. Eu fui Secretário de Cultura da cidade de São Paulo, recentemente, antes de voltar ao Ministério, e o Se- cretário da Educação me disse e me deu segurança para dizer: “Pode usar este dado, porque é real: há em torno de 5 milhões de analfabetos funcionais da cidade de São Paulo.” Analfabeto funcional é aquele que lê e não entende quase nada, ou aquele que lê e entende quase tudo, mas perde uma parte, ou aquele que lê e não consegue, em textos maiores e mais complexos, ter o controle absoluto do que leu. Portanto, como podem essas pessoas realizar sua condição humana plenamente? Como 36 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 podem se integrar no mercado de trabalho? Como podem contribuir, no máximo do seu potencial, para o de- senvolvimento do País? Portanto, o Livro e Leitura é uma política cultural estratégica. Não pode ficar à mercê da sensibilidade de um ou outro professor, porque são os professores que ajudam a superar essas dificuldades. Na verdade, tem que ser uma política de Estado para que estejam garantidas a base cultural do País e a inserção através do livro e da leitura. A Lei Rouanet está em processo de transformação. Nós discutimos isso aqui. É importante os senhores perceberem a desigualdade que a Lei Rouanet gerou nesses mais de 20 anos de vigência. O Norte do País só teve acesso a 0,73% dos recursos, como se lá não houvesse produção cultural significativa; o Nordeste, a 5,21%; o Centro-Oeste, a 1,70%, como se aqui também não houvesse nada relevante culturalmente; e o Sul, a 13% apenas. Praticamente 80% dos recursos ficam em 3 Estados. Na verdade, o Estado de Minas é bem diferente do Rio e de São Paulo. Então, nesse sistema criado pela Lei Rouanet, o Estado tem pouca interferência. Trata-se de uma política público-privada, em que o Estado entra com o dinheiro e o setor privado define o seu uso. Essa não é a melhor metodologia de parceria. O PROCULTURA passou por esta Casa e está no Senado. Eu acho que Congresso, mais uma vez, vai dar uma contribuição importante para o desenvolvimento cultural do País. Isso gera o quê? Esse dinheiro da Lei Rouanet representa 80% dos recursos que o Estado tem para aplicar na cultura e ele sai de forma absolutamente privatizada, sem o mérito de apoiar de fato os grandes processos que precisam ser apoiados no Brasil. Os centros culturais não têm acesso a nada. Vivemos numa pobreza fran- ciscana para atender às demandas culturais do País, enquanto o dinheiro público vai muitas vezes apoiar uma produção da Broadway e outras coisas que não têm nenhuma relevância, porque o critério não é financiamento público. Não adianta ficar correndo atrás: “Patrocinou tal coisa? Patrocinou tal coisa?”. A lei é graciosa com as propostas que chegam da área privada. Ela não gera nenhum dos objetivos a que se propõem. É importantíssimo que tenhamos a coragem de fazer mudanças, mesmo quando o status quo privilegia alguns que têm muita força. Na verdade, grandes artistas brasileiros estão se manifestando contra a Lei Rouanet, a favor da sua mudança. A agenda do século XXI é incontornável: a tecnologia digital e a Internet modificaram o cenário mundial. Eu hoje me reuni com os 200 artistas brasileiros mais bem sucedidos perante a população e lhes disse que, como a economia gerada pela música na Internet é mais importante, começaríamos com os CDs. Os ar- tistas me disseram o seguinte: “A gente doa nossos CDs para o Ministério da Cultura, porque CD hoje não tem importância econômica nenhuma; ele é só um cartão de visita. Na verdade, a economia da música hoje está na Internet, e não recebemos os recursos”. Portanto, nós vamos ter que avançar. O Ministério está preparando um projeto de lei para discutir com os Parlamentares a fim de que haja uma regulação satisfatória. Acho que podemos encerrar por aqui. Na hora do debate, vamos complementando. Espero ter apresen- tado o conjunto das ações do Ministério. Faltou citar algumas ações em termos de economia na área da cultura, coisas assim, mas vamos complementando. Acredito que esta seja a primeira vez que venho apresentar aqui o Ministério da Cultura, mas não será a última. Muito obrigado. (Palmas.) A SRA. PRESIDENTA (Deputada Moema Gramacho) – Obrigada, Ministro Juca Ferreira. Nós estamos muito felizes com a sua apresentação, bastante consistente, didática, que demonstra o seu profundo conheci- mento e sintonia com a questão da cultura brasileira. A SRA. PRESIDENTA (Deputada Moema Gramacho) – Vamos dar sequência às inscrições. Nós ouvire- mos, primeiro, os Líderes. Informo que nós temos quatro Líderes inscritos e um Deputado inscrito. Os Líderes disporão de 5 minutos, e os Deputados, 3 minutos. Com a palavra o Deputado Rômulo Gouveia, pelo PSD. S.Exa. dispõe de 5 minutos. O SR. DEPUTADO RÔMULO GOUVEIA – Sra. Presidente, Deputada Moema Gramacho, é muito bom ver V.Exa. presidindo esta sessão. Sr. Ministro, quero primeiro parabenizá-lo, como disse a Presidente, pela apresentação didática. Nós to- dos, eu particularmente, temos grande respeito e admiração pelo seu trabalho, pela sua pessoa. Torço para que V.Exa. dê continuidade a esse trabalho. Agora eu vou rapidamente ao assunto. O meu Estado, a Paraíba, tem um berço cultural muito forte, tem potencial. Nós temos tradição em festas juninas. E eu gostaria, já com antecedência de 1 ano – tenho tentado Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 37 desde anos anteriores –, de pedir a V.Exa., especificamente, que o Ministério da Cultura invista mais nos eventos juninos. São festas culturais, são tradições, são raízes que envolvem os nossos grupos folclóricos. Eu apelo para V.Exa. que olhe principalmente para Campina Grande, que, ao lado de outras grandes ci- dades, realiza uma grande festa. A Bahia também tem forte tradição em festas juninas, como Pernambuco e Sergipe. O Nordeste tem tradição em festejos juninos. Por último, Ministro, talvez até V.Exa. não tenha culpa, mas eu queria externar o meu sentimento de de- cepção, que, se for reproduzido para os demais Parlamentares, já que há audiência, não será construtivo para a relação entre o Governo, o Ministério e esta Casa. No dia 24 de agosto, eu enviei um e-mail ao Ministério da Cultura, em que pedia uma audiência, acom- panhado da Reitora da Universidade Federal da Paraíba, Profa. Margareth Diniz, para discutirmos um projeto que está sendo proposto por aquela universidade. Talvez esse assunto até já tenha chegado ao seu conheci- mento. Refiro-me à construção de um memorial para o grande brasileiro e grande paraibano Sivuca, iniciativa a ser acompanhada por sua viúva Glorinha Gadelha. Infelizmente, desde o dia 24 de agosto até hoje, não recebi uma comunicado sequer da impossibilidade de o Ministério me atender. Além de Parlamentar pelo meu Estado, eu estou na condição de Vice-Líder do meu partido, cuja bancada tem 34 Deputados. Mas, apesar disso, culturalmente, não é correto deixar de responder uma correspondência. com todo o respeito e toda a admiração que lhe tenho, externo a minha decepção, até porque eu pre- cisaria dar retorno à comunidade acadêmica e principalmente à Reitora. Isso demonstra, por um lado, falta de prestígio deste Parlamentar e, por outro, desatenção do Ministério. Eu vou entregar a V.Exa. cópia do e-mail que lhe enviei, já que não sei o que aconteceu. Gostaria de pelo menos ter recebido em resposta: “Impossibi- lidade de atendê-lo”. Enfim, encerrando, reitero a minha preocupação com a cultua nordestina, com as raízes culturais, com os festejos juninos e também com esse projeto apresentado pela Universidade Federal da Paraíba, que inclu- sive já tem parceiros para construir esse importante memorial em homenagem ao grande brasileiro e grande paraibano Sivuca. A SRA. PRESIDENTA (Deputada Moema Gramacho) – Pois não, Deputado. Nós vamos seguir com as inscrições e depois tornamos a ouvir o Ministro. Com a palavra o Deputado Henrique Fontana, pelo PT. S.Exa. dispõe de 5 minutos. Enquanto o Deputado se aproxima, quero anunciar os próximos inscritos: Deputado Paes Landim, do PTB; Deputada Jandira Feghali, Deputado Capitão Augusto, Deputado Edmilson Rodrigues, Deputado João Daniel e Deputado Max Filho. O SR. DEPUTADO HENRIQUE FONTANA – Sra. Presidenta, Deputada Moema Gramacho, quero cum- primentar V.Exa. pelo exercício desta função; Sr. Ministro Juca Ferreira, quero também cumprimentá-lo e, ao fazê-lo, cumprimentar toda a equipe que V.Exa. coordena no Ministério da Cultura do nosso País pelo trabalho coordenado por V.Exa. e realizado por todos os brasileiros que fazem cultura neste País. Eu tenho a tranquilidade de subir a esta tribuna para defender e incentivar a política desempenhada e construída ao longo desses 12 anos de profundas transformações na política cultural do Brasil. Essas transfor- mações, Deputada Jandira Feghali, não se referem apenas à prioridade orçamentária para a cultura, que precisa ser ainda maior, como sabemos, mas há um dado nesse sentido que já impressiona, Ministro. Quando o Presidente Lula assumiu a Presidência do Brasil, o orçamento da cultura estava em torno de 377 milhões de reais. Em 2014, nós ultrapassamos a cifra de 3 bilhões de reais, um crescimento de praticamen- te oito vezes no orçamento destinado à cultura do nosso País. É preciso mais? Sem dúvida, é preciso mais. Todavia, foi feito, ao longo desses 12 anos, muito mais do que se fazia antes. Por isso, nós precisamos continuar essa caminhada. A segunda questão é qualitativa. Há um processo de enraizamento e, para usar a linguagem da minha profissão de formação – eu sou médico –, de capilarização da política cultural em nosso País. Deputado Esperidião Amin, quando vou à Vila Restinga, em Porto Alegre, ou a Jaguarão, no extremo sul do Brasil, onde tivemos a honra de receber a visita do Ministro há poucas semanas, vejo que lá existem pontos de cultura. Nos bairros populares, existe apoio da política governamental para iniciativas culturais que, eviden- temente, não terão o glamour das grandes divulgações, mas vão ajudar na construção da cultura do nosso País, aquela que vai nos garantir, por exemplo, superar com mais qualidade o desafio hoje não só da humanidade, mas também do Brasil, que é construir e incentivar uma cultura de pluralidade, de convívio democrático, pro- movendo a tolerância com as diferentes visões de sociedade. É isso que nós temos que perseguir, Deputada Moema Gramacho; é disso que o mundo precisa. O mun- do vê sinais fortes de crescimento da intolerância. Portanto, investir na formação cultural do nosso País que valoriza a pluralidade no Brasil é algo extremamente importante. 38 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 O Vale Cultura precisa ser ampliado. Mas como é bom termos hoje o Vale Cultura, porque não se podia falar, alguns anos atrás, do crescimento do Vale Cultura, que não existia. Então, nós temos que nos aprofundar nessa questão, mas hoje nós temos essa política. Sr. Ministro, eu fico empolgado quando vejo a evolução do cinema nacional – como eu não posso falar de todas as áreas em 5 minutos, peço mais 1 minuto à Sra. Presidenta. Quero dizer que eu contribuí com a bi- lheteria do último mês assistindo a dois filmes nacionais. E convido os brasileiros que estão acompanhando esta sessão, na qual o Ministro presta contas da política cultural, para também assistir a eles. No último fim de semana, eu fui assistir ao filme Que Horas Ela Volta?, da maravilhosa atriz Regina Casé. Não percam esse filme, pois ali está parte da alma cultural do nosso País. E eu fui assistir também, poucas se- manas atrás, a Beleza Rara, do grande Jorge Furtado, cineasta gaúcho que filmou parte desse grande filme na cidade de Garibaldi, no Rio Grande do Sul. É também um filme fantástico. Então, isso tudo é Brasil. Isso tudo é o bom orgulho de falar da nossa cultura, do nosso povo, da nossa gente, da nossa forma de viver nas suas mais diferentes expressões. E o tempo não vai me deixar falar desse grande programa de preservação do patrimônio histórico brasileiro. Olhe que eu sou brasileiro, como digo brincando, há 54 anos. E eu vi as cidades observarem o patrimô- nio histórico definhar, sem a mínima expectativa de recuperação. Hoje, quando vou a Jaguarão, vejo o Teatro Esperança pronto para ser inaugurado – e convido o Ministro e a Presidenta Dilma para irem lá –, as ruínas da antiga enfermaria que serão o Observatório do Pampa e o Mercado Público de Jaguarão sendo restaurados. Ou seja, eu vejo esperança e vida melhor para a cultura brasileira. E há correções a serem feitas, sim, mas há muitas conquistas a serem comemoradas. Um abraço e força, Ministro. V.Exa. é o nosso Ministro. Em relação à brincadeira, o estilo do debate parlamentar tem dessas coisas. E falei para o meu amigo, Deputado Heráclito Fortes, que não uso muito esse estilo – e já fui Oposição – e não gosto muito dele. Há, sim, uma reforma ministerial em curso, que é necessária para a estabilidade do País, mas eu tenho convicção de que V.Exa. continuará nosso Ministro da Cultura, com sua equipe. (Palmas.) A SRA. PRESIDENTA (Deputada Moema Gramacho) – Obrigada, Deputado Henrique Fontana. De fato, o assunto empolga. A SRA. PRESIDENTA (Deputada Moema Gramacho) – Com a palavra o Deputado Paes Landim, do PTB. O SR. DEPUTADO PAES LANDIM – Sra. Presidente desta sessão, eminente Ministro da Cultura, caro Juca Ferreira, de quem sou admirador incondicional, boa tarde. Quero dizer, Ministro, que não pude assistir a toda a sua exposição, mas, quando soube de sua presença no plenário, cancelei o compromisso em que me encontrava para que pudesse lhe dar um abraço pessoalmente e, em nome de meu partido, o PTB, dizer que V.Exa. é um grande Ministro. Mesmo com recursos escassos, tem feito um Ministério produtivo, tentando alavancar a cultura brasileira. Sei que V.Exa. conhece o Brasil real. Isso é importante. V.Exa. não conhece só o Sul do País, conhece todo o Brasil, conhece até a Serra da Capivara, lá em São Raimundo Nonato, de que tem sido um grande estimulador. Aliás, Ministro, por coincidência, ontem eu me encontrava aqui no corredor, e uma dessas meninas que fazem pesquisas me perguntou se eu concordaria com a fusão entre os Ministérios da Cultura e do Meio Am- biente. Eu disse: “Concordo, desde que o Ministro seja o Juca Ferreira, porque, realmente, ele tem sensibilidade cultural e ambiental, muito mais que a atual Ministra do Meio Ambiente. Nem se compara”. Queria apenas fazer uma ponderação ao nobre Ministro, essa grande figura humana que é Juca Ferrei- ra, independente de ideologia, e eu pediria o respeito de toda a Nação. No interior do Brasil, Sr. Ministro, nos confins do Brasil, há tanta criatividade, tanta imaginação, mas sem estímulo. Há insensibilidade dos Governos Estadual e Municipal. Por exemplo, em São Raimundo Nonato, a minha cidade, lá na Serra da Capivara, Maurinho do Acorde- om foi participar, um dia desses, de uma festividade em Juazeiro, na Bahia, com 20 crianças e adolescentes, para ensiná-los a tocar acordeom, sem apoio de ninguém. Ele teve que ir em um caminhão. E ajudei, com ou- tras pessoas, a fretar o caminhão para levá-lo. Quer dizer, é um absurdo. No dia em que ele estiver no cenário nacional, o Prefeito e o Governador vão se orgulhar dele, mas não dão 1 tostão, um estímulo. Eu vi a variedade cultural daquela cidade fantástica e querida da Parnaíba, sem o apoio de ninguém. Eu achava que era com os lucros da COFINS, que V.Exa. conhece tão bem – e é claro que as limitações orçamentárias inibem isso também –, mas devia ser estudado um mecanismo de apoio, através dos Governos Estadual e Municipal, com a presença atuante e a fiscalização do Ministério da Cultura. E mais, Ministro, para encerrar: V.Exa. tem sido um grande incentivador da Cultura. A preocupação que eu tenho, Ministro querido, é a de que não podemos inventar cultura, inventar pessoas que vão fazer grandes Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 39 projetos. Tem que ser realmente o artista já criado, que já tenha a sua criatividade posta à prova antes de o Ministério ajudar. Sr. Ministro, eu lembro a EMBRAFILME, que, no regime militar, financiou dezenas de filmes neste País, gastou fortunas. Mas nenhum filme do regime militar e poucos depois dele têm a beleza daquele filme, com aquela música de Vinicius de Moraes... “Tristeza não tem fim...” Agora esqueci o nome do filme. Mas eu fiquei impressionado, quando cheguei ao Rio de Janeiro, em 1958, com o primeiro filme a que assisti. Quer dizer, o filme não recebeu nem 1 tostão do Governo Federal. Então, é preciso ver isso, é preciso ter cuidado, Ministro, para não financiarmos pessoas que vão ser in- duzidas ao engajamento no processo cultural, mas pessoas já engajadas pela sua criatividade, pela sua capa- cidade de imaginação. Nesse sentido, poucas pessoas, como Juca Ferreira, têm sensibilidade neste País. Meus parabéns, Ministro! Torço pelo seu êxito permanente. A SRA. PRESIDENTA (Deputada Moema Gramacho) – Concedo a palavra à Deputada Jandira Feghali, pelo PCdoB. A SRA. DEPUTADA JANDIRA FEGHALI – Cumprimento a Presidenta da sessão, Deputada Moema Gra- macho; cumprimento o Ministro e todos os membros do seu Ministério, das Secretarias e das demais estrutu- ras; cumprimento também os Parlamentares aqui presentes, Líderes e colegas. Ministro, a primeira questão que eu queria realçar é a abrangência da sua exposição, que, aliás, é a marca da sua forma de gerir a política brasileira. Quando vi a Presidente Dilma indicar o seu nome para o Ministério da Cultura, eu tive a absoluta certeza de que a política, de novo, tinha ganhado um novo patamar dentro do Governo brasileiro, seja pela sua história, seja pelo conceito que está embutido na sua forma de enxergar o Brasil e a sua pluralidade. A expectativa que eu tenho é de que a política cultural, de fato, ganhe cada vez mais relevância dentro da estratégia de desenvolvimento econômico e humano da sociedade brasileira. Por ter essa convicção e essa expectativa, não consigo imaginar ou acreditar que esse Ministério possa ser extinto. Eu não consigo crer nisso e tenho a expectativa muito tranquila de que o Ministério da Cultura será preservado dentro da estrutura do arcabouço institucional brasileiro. Em segundo lugar, Ministro, eu queria também realçar que, na sua reestruturação do Ministério da Cul- tura, não só foi dada a devida importância estratégica à sua visão, mas também uma aproximação com algo que tinha sido um pouco, vamos dizer assim, fragilizado, que é a interlocução com a comunicação democrática, principalmente a cultura digital, e a relação com a educação, o que, em minha opinião, forma o tripé estrutu- rante da política cultural brasileira. Em terceiro lugar, eu queria falar da contribuição que o Congresso tem dado à política cultural. Eu me lembro de várias políticas que aqui foram aprovadas: o próprio Programa Cultura Viva se transformou numa Política Nacional de Cultura Viva, hoje uma política de Estado; a chamada PEC da Música, quando nós conse- guimos mudar a Constituição para dar isenção, imunidade tributária à produção de autor brasileiro; o Plano Nacional de Cultura; o Sistema Nacional de Cultura; a nova Lei da Gestão Coletiva dos Direitos Autorais, uma lei importante que trouxe uma modificação, uma transparência, uma nova fiscalização daquilo que se con- vencionou chamar de Lei do ECAD. Foi um imenso esforço que os artistas e os produtores brasileiros, além do próprio MINC, principalmente na figura do Marcos Souza, fizeram. E o Congresso conseguiu trabalhar, tanto a Câmara como o Senado, para modificar essa gestão coletiva do direito autoral, entendendo a necessidade de avançar mais na modificação da lei de direitos autorais. Eu vi isso na sua última lâmina, mas apenas uma linha, porque não deu tempo de desenvolver. Tramitam hoje dez projetos na Comissão de Cultura, de que sou Relatora. Foi instituída ontem uma Co- missão Especial, da qual sou a 1ª Vice-Presidente, para trabalhar 41 projetos que tramitam na Casa. Precisamos dar uma atenção muito especial a isso, que lida com direitos do autor e do usuário, ou seja, com um conjunto de direitos com os quais precisamos trabalhar, com muita consistência e com muita consciência. Existe aqui uma dinâmica, Ministro. Não são muitos os que protagonizam o tema, mas, em geral, ele ga- nha as mentes e os corações do Plenário, tanto o da Câmara como o do Senado, quando conseguimos traba- lhar bem. É o tema da política cultural brasileira. Quero deixar aqui algumas questões que me preocupam para sua observação. A primeira delas é o or- çamento da cultura, as chamadas fontes de financiamento. V.Exa. tratou aqui do ProCultura, cujo projeto está no Senado. O texto precisa de uma atenção muito dirigida, naquela Casa, para que, de fato, seja coerente com a nossa preocupação de ter um poder discricionário maior da política pública do que do mercado. Existe também uma PEC de vinculação constitucional de recursos. Neste momento de crise econômica, há dificuldades, mas não deve sair do nosso radar o trabalho pela aprovação dessa vinculação constitucional. 40 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 A segunda questão que eu queria levantar, Sr. Ministro – e peço a atenção de V.Exa. –, é que nós aqui avançamos na chamada reserva ou cota na TV a cabo. Tramita aqui, há 24 anos, o projeto da regionalização da produção cultural artística e jornalística na TV aberta, que, em minha opinião, deve ter uma atenção maior do Ministério da Cultura para nos ajudar nessa tramitação. Em terceiro lugar, há o fortalecimento de linhas de financiamento para a área do audiovisual – e não é o cinema consagrado, o cinema que evoluiu muito. Eu fico muito orgulhosa do que estamos fazendo na área do audiovisual, mas podemos trabalhar um pouco mais dentro do Fundo Setorial do Audiovisual e das linhas do BNDES, para sustentar a estrutura, principalmente da produção independente e das pequenas produções, mesmo pela Internet. Acho que nós precisamos fortalecer outras possibilidades de comunicação que preci- sam de linhas de financiamento, que devem partir do BNDES, que devem partir, também, do Fundo Setorial do Audiovisual. E, por último, o fortalecimento de algo que, dentro da dimensão econômica, tem muito peso na cultu- ra brasileira: a música. A música não tem uma estrutura específica dentro da cabeça do Ministério; existe uma diretoria dentro da FUNARTE, e acho que está no radar da própria FUNARTE o seu fortalecimento e robustez; mas a música não tem ainda a necessária musculatura para reagir e dar a devida dimensão no plano econômi- co, tanto dentro quanto fora do Brasil. Quero deixar um abraço da bancada, dos membros do PCdoB a V.Exa., Sr. Ministro. A segurança da sua permanência no Governo é a segurança de uma boa política para a cultura brasileira, e a nossa expectativa é da sua manutenção e do seu fortalecimento dentro do Governo. Muito obrigada, Sr. Ministro e Sra. Presidenta. A SRA. PRESIDENTA (Deputada Moema Gramacho) – O.k. Obrigada, Deputada Jandira Feghali. A SRA. PRESIDENTA (Deputada Moema Gramacho) – Com a palavra o Deputado Capitão Augusto, pelo PR. O SR. DEPUTADO CAPITÃO AUGUSTO – Obrigado, Sra. Presidente. Sr. Ministro, gostaria de tocar em um assunto que ainda não foi abordado na explanação de V.Exa. Na realidade, é um tema pouquíssimo abordado nesta Casa. Trata-se de uma das maiores manifestações culturais do Brasil, além da tradição, pois que existe há mais de 100 anos. É quase um tabu, na realidade, tocarmos nesse assunto aqui. Por isso mesmo, quando eu assumi o man- dato de Deputado, já apresentei um projeto para que fosse incluída como manifestação cultural do Brasil a modalidade dos rodeios, das vaquejadas e das provas equestres. Essas modalidades atraem mais público do que o próprio futebol, a grande paixão nacional. Então, acaba sendo também uma grande paixão. Temos que reconhecer isso, porque mais de mil Municípios realizam anu- almente provas de rodeios, vaquejadas e provas equestres. Porém, essas modalidades acabam não recebendo nenhum auxílio governamental, nenhum tipo de apoio. Talvez esteja na hora de fazermos com que essas modalidades de expressiva tradição e cultura no Brasil recebam o devido apoio governamental. Criamos também nesta Casa a primeira Frente Parlamentar dos Rodeios, que conta com mais de 200 Deputados Federais. Sr. Ministro, antes de mais nada, faço votos para que V.Exa. permaneça à frente desse Ministério. O SR. MINISTRO JUCA FERREIRA – Obrigado. O SR. DEPUTADO CAPITÃO AUGUSTO – Esse é um Ministério que não só trata de desenvolvimento, emprego, turismo e de uma série de coisas, mas também tem importância histórica. Gostaria de saber qual seria o seu posicionamento quanto a esse tipo de evento, com provas de rodeios, vaquejadas e provas equestres, e o que poderia ser feito, através do Ministério da Cultura, para incentivá-lo ainda mais, tendo em vista que, e volto a repetir, essa é uma das maiores paixões do Brasil, atrai mais público do que o próprio futebol, e deveria, obviamente, ter um incentivo também do Ministério da Cultura, por ser um evento cultural de reconhecido interesse popular. Obrigado, Ministro. A SRA. PRESIDENTA (Deputada Moema Gramacho) – Obrigada, Deputado Capitão Augusto. A SRA. PRESIDENTA (Deputada Moema Gramacho) – Com a palavra o último Líder inscrito, o Deputado Chico Alencar, pelo PSOL. O SR. DEPUTADO CHICO ALENCAR – Sra. Presidente Moema Gramacho, caros presentes a esta sessão, Parlamentares ou não, Ministro, eu vou fazer uma pergunta bem direta, mas talvez não tão objetiva, pragmá- tica, falando do meu lugar de professor de História. O Brasil, culturalmente, ao longo dos séculos, produziu uma grande passividade: a cultura da resigna- ção, da passividade, da casa grande imperando sobre a senzala. Mas, evidentemente, o processo histórico é dinâmico, e o Brasil tem mudado. Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 41 Que sinais do ponto de vista de iniciativas culturais o Ministro Juca vê como promissores e alentados? E qual é o papel do Estado, que não vai uniformizar a cultura nem determiná-la, nessa nova consciência eman- cipatória dos nossos jovens negros? Eu vejo no Rio de Janeiro – comentamos há pouco – a ida à praia, que é o espaço mais democrático que existe. Ela gera tensão social, conflito e pedidos reiterados de repressão, até de que se cortem as linhas de ôni- bus, porque dá arrastão, e a solução é polícia em cima. No entanto, é claro que isso tudo é misturado com um conjunto de sentimentos. Há aqueles que roubam lá embaixo baseados no exemplo dos que roubam lá em cima, aqueles “com gravata e capital, que nunca se dão mal, malandros candidatos a...” – com aspas, para não gerar polêmica aqui no plenário. Será que podemos dizer – e o Deputado Henrique Fontana fez referência ao filme da Anna Muylaert, muito expressivo, muito bom nesse sentido – que as novas gerações estão com uma cultura mais emancipada, em contraste com a cultura ainda dominante da passividade? Por fim, ligado a isso, faço uma pergunta delicada. É evidente que o Governo, para a sua sobrevivência, está assumindo a pauta econômica mais ortodoxa possível e os acordos políticos regressistas, que inclusive vão se expressar em mudanças de Ministério para o fisiologismo, digamos assim. Como isso afeta o nosso pro- cesso cultural? É a nossa preocupação. Parabéns pelo seu trabalho e pela resiliência em prosseguir! A SRA. PRESIDENTA (Deputada Moema Gramacho) – Obrigada, Deputado Chico Alencar. A SRA. PRESIDENTA (Deputada Moema Gramacho) – Agora vamos passar a palavra aos Deputados que se inscreveram. Tem a palavra o Deputado Edmilson Rodrigues, do PSOL do Pará. S.Exa. tem 3 minutos na tribuna, assim como os demais. O SR. DEPUTADO EDMILSON RODRIGUES – Sr. Ministro Juca Ferreira, é uma honra me dirigir a V.Exa., como foi uma honra ouvir a exposição da política de cultura concebida e desenvolvida pela equipe que V.Exa. comanda hoje, que, na minha avaliação, contou com a presença importante do ex-Ministro Gilberto Gil, num primeiro momento do Governo Lula. Eu tenho uma visão de que a tese da relativa autonomia do Estado, desenvolvida por Poulantzas, alia- da a outra tese, a de Bourdieu, que fala da mão esquerda do Estado, na sua reflexão contida no Contrafogos, permite-me, digamos, refletir sobre o papel do Ministério da Cultura sob o seu comando, pessoa por quem eu tenho muito respeito e admiração, neste momento de profunda crise e de certo, ainda que circunstancial, aprofundamento de valores muito conservadores que, às vezes, dão a sensação de serem tão sólidos que não serão desfeitos no ar. Eu sou um otimista. Então, aproveito este pouco tempo para dizer que, por mais que seja mais visível a mudança na paisagem das nossas cidades e no território brasileiro, particularmente em momentos virtuosos de investimentos financeiros, que permitem perceber mudanças na infraestrutura, há uma mudança que, a meu ver, é fundamental, que está aliada a um projeto de desenvolvimento verdadeiro, no âmbito dos valores culturais. Infelizmente, eu lhe digo assim com muita tristeza que, apesar de ter muita afinidade com a concepção de cultura, com a valorização da diversidade, nós vivemos um momento em que, como tudo, no mundo do capital, os que mais têm acabam sendo os mais beneficiados quando a crise se aprofunda. E hoje eu temo com os revezes para a área da cultura do Governo. E eu creio que o papel que V.Exa. cumpre é fundamental. É um papel, neste momento, de resistência. Conte com este Deputado. Conte com o nosso partido, o PSOL, para ajudar a manter e fortalecer o Ministério da Cultura, para que cultura, expressa na produção de bens culturais, seja também direito de indígenas, negros quilombolas, dos que vivem do trabalho. E que, ao mesmo tempo, o acesso aos bens culturais seja garantido aos que vivem do salário e não só aos que vivem dos lucros e da grande renda. Um aspecto importante é a democratização dos meios de comunicação, que acredito deve ser o aspecto central desse esforço, que é feito por V.Exa., mas que sofre hoje revés enorme. Há uma grande contradição – e eu prometo concluir com essa ideia –, e eu vou falar como um crítico do sistema, do modo de produção e um crítico de certas concessões feitas: há verdadeiras agressões à nossa soberania e à possibilidade de um futuro justo e feliz, muitas vezes financiado pelo Estado brasileiro. Eu vejo a podridão e, às vezes, lixo cultural sendo financiados, alguns veículos de comunicação poderosos enriquecendo, para empanturrar de lixo cultural o nosso povo, enquanto verdadeiros produtores, mestres da cultura vivem à míngua, muitas vezes passando fome, em todos os rincões do nosso País. Desculpem-me. Muito obrigado. Parabéns e sucesso! 42 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 A SRA. PRESIDENTA (Deputada Moema Gramacho) – Obrigada, Deputado Edmilson Rodrigues. A SRA. PRESIDENTA (Deputada Moema Gramacho) – Com a palavra o Deputado João Daniel, do PT de Sergipe. Enquanto o Deputado se aproxima, queria comunicar que ouviremos ainda o Deputado Max Filho, do PSDB do Espírito Santo, e logo depois retornaremos a palavra ao Ministro pelo tempo de 5 ou 10 minutos, como S.Exa. preferir. O SR. DEPUTADO JOÃO DANIEL – Sra. Presidente, queria saudar com muito carinho o Ministro Juca Fer- reira e, em nome dele, saudar toda a equipe do Ministério. Sem dúvida alguma, nós temos, na história do Brasil, um grande Ministro, que pensa, que respeita, que conhece e que projeta a verdadeira cultura no respeito aos povos, em especial, em nosso País. Eu gostaria de aproveitar, Sra. Presidente, para saudar também um grande jovem que está aqui conosco na sessão: Lucas Goes, que é de Sergipe, premiado no Parlamento Jovem Brasileiro por um projeto de recicla- gem e reutilização de aparelhos eletrônicos. Queria parabenizar essa juventude, que faz parte da nossa cultura. Ministro, nós vivemos um momento muito importante em nosso País e não temos dúvida nenhuma da importância do seu compromisso, do compromisso da Presidenta Dilma em apoiar todas as iniciativas na área da cultura popular; da cultura que valoriza, especialmente, os valores que levam o futuro da humanidade a se transformar, cada dia mais, naquilo que é o futuro em que nós acreditamos: uma sociedade solidária, uma sociedade humanista, uma sociedade que respeite as religiões e as pessoas e que consiga caminhar, cada vez mais, para evitar essa história de que no mundo capitalista tudo vira negócio – a cultura é negócio, a alimenta- ção é negócio, religião, muitas vezes, é negócio. Nós precisamos trabalhar exatamente isso que eu ouvia aqui do Ministro: que as pessoas possam ter acesso ao conhecimento; possam, mais do que aprender a ler e a es- crever, ter tempo para viver, para ter espaços de lazer e de cultura. Eu queria também dizer que acompanho uma linda experiência de cultura popular da juventude da pe- riferia da cidade de Aracaju e da Grande Aracaju: a juventude hip hop, a juventude negra. E quero dizer que tive a oportunidade de ter lá representantes da Secretaria do Ministério da Cultura, onde essas comunidade e entidades participaram de um grande debate. Parabenizo a todos. Eu, como Parlamentar, quero ir e já estive no Ministério para discutir, inclusive, as emendas parlamen- tares para apoio à cultura popular do Estado do Sergipe e do Brasil, em especial à cultura dos camponeses, à cultura da juventude pobre, negra, trabalhadora da periferia; à cultura e aos nossos artistas verdadeiros, que nascem e vivem no meio do povo, levando no dia a dia a sua música, a sua poesia, a sua arte, o artesanato, enfim, toda a cultura. Nós, como camponeses, devemos valorizar a diversidade, valorizar os produtos, valorizar a produção, enfim, valorizar a nossa natureza. Obrigado, Sr. Ministro, Sra. Presidenta. Parabéns ao Ministro e a toda equipe! A SRA. PRESIDENTA (Deputada Moema Gramacho) – Obrigada, Deputado João Daniel. A SRA. PRESIDENTA (Deputada Moema Gramacho) – Com a palavra o Deputado Max Filho, do PSDB do Espírito Santo. O SR. DEPUTADO MAX FILHO – Sra. Presidente, Deputada Moema Gramacho, Sr. Ministro, saúdo V.Exas. e todos os presentes. Eu sou do Estado do Espírito Santo, especialmente do Município de Vila Velha, a partir de onde se colo- nizou o Estado do Espírito Santo. Vila Velha é uma cidade histórica. Eu fui Prefeito de Vila Velha de 2001 a 2008. Nós temos alguns patrimônios culturais importantíssimos em Vila Velha. Eu queria chamar a atenção de V.Exa., Sr. Ministro, para a situação em que se encontra a Igreja de Nossa Senhora do Rosário. E o faço com absoluta isenção, porque professo a religião evangélica, mas não posso me omitir diante do abandono em que se encontra esse patrimônio histórico, tombado pelo Instituto do Patrimô- nio Histórico e Artístico Nacional. A Igreja do Rosário foi construída a partir de 1535, data da colonização do solo espírito-santense. Vila Velha, fundada em 23 de maio de 1535, levou o nome de Vila do Espírito Santo por ser um período da Festa de Pentecoste, em razão da colonização católica que recebemos. A Igreja do Rosário, erguida a partir de então, foi reconstruída a partir de 1551. É uma das mais antigas igrejas que temos no território brasileiro. O apelo que faço a V.Exa. é no sentido de trabalharmos para a restauração, para a reforma da Igreja do Rosário, uma vez que a última reforma foi entregue pelo então Ministro Celso Furtado, um grande brasileiro que serviu esta Pátria e deixou a sua marca quando de sua passagem pelo Ministério da Cultura. Não vou me alongar, todos nós aqui queremos almoçar, mas saúdo a presença de V.Exa. aqui. Deixo esse registro e esse apelo em nome da comunidade capixaba, em nome da comunidade vila-velhense e em nome Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 43 da comunidade brasileira, porque se trata de um patrimônio, de um bem tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional. Muito obrigado, Sra. Presidenta, Deputada Moema Gramacho. A SRA. PRESIDENTA (Deputada Moema Gramacho) – Obrigada, Deputado Max. A SRA. PRESIDENTA (Deputada Moema Gramacho) – Passo a palavra, para as considerações finais, ao Sr. Ministro da Cultura, Juca Ferreira. Antes, porém, Ministro, eu gostaria de dizer que V.Exa. nasceu no Rio Vermelho, na Bahia, e eu nasci no Pelourinho. Portanto, nós temos raízes fincadas na cultura da Bahia. V.Exa., na terra de Iemanjá, Rio Vermelho, e eu, na terra dos negros, dos escravos, da história da Bahia, da resistência. Portanto, é uma honra enorme ouvi-lo. Com a palavra Sr. Ministro da Cultura, Juca Ferreira. O SR. MINISTRO JUCA FERREIRA – Eu agradeço a Casa, agradeço à Deputada Moema Gramacho que, no momento, preside a sessão, agradeço-lhes inclusive pelas questões, todas relevantes, que foram levantadas. Quanto a não ter atendido uma delegação da Paraíba, quero dizer que o Ministério atendeu, mas os se- nhores viram que o programa de viagem é muito intenso e que em algumas horas eu não estou no Ministério. Mas estamos reservando, na minha agenda, fora o que vou atender no Ministério, um dia por mês para passar aqui atendendo aos Parlamentares, para que possamos estreitar essas relações. Peço desculpas. Quanto ao Sivuca, eu tive a alegria de propor, na outra vez em que fui Ministro, a criação de estruturas de preservação da memória de alguns grandes artistas brasileiros: Sivuca, Luiz Gonzaga, que acabou aconte- cendo com o centro cultural, Centro de Referência Luiz Gonzaga, na cidade de Recife, Dorival Caymmi e Noel Rosa, assim como um matricial inicial de estruturação de uma memória acessível para a população, para que possa ter contato permanentemente com a obra. O mercado vai deixando isso para trás, mas o Estado tem a obrigação de manter a memória viva de toda essa área importante. Quanto às festas juninas, já estamos discutindo como valorizá-las no Brasil. Os dados mostram que a fes- ta junina é a maior festa brasileira, é maior do que o carnaval, pois envolve um número maior de Municípios e de pessoas, só que ela é dispersa no território brasileiro. Então, merece uma atenção especial, pode virar uma economia importante, como já acontece em Campina Grande, em Caruaru e em algumas cidades de todos os Estados nordestinos, mas pode ter um incremento maior. Então, o Ministério já está conectado com essa pre- ocupação, e nós estamos trabalhando com o Ministério do Turismo. Vou falar rapidamente porque eu só tenho 10 minutos. O Deputado Henrique Fontana levantou questões importantes. Eu estive na fronteira do Brasil com o Uruguai, na cidade de Jaguarão, e nós temos obras lá, o IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Na- cional tem obras lá de recuperação de uma antiga enfermaria, e nós pretendemos ampliar as ações na fronteira. A partir dessa visita, nós estamos estudando a possibilidade de criar um programa de fronteiras, para que possamos desenvolver as relações entre o Brasil e os países vizinhos, usando a fronteira como um território de amizade e de construção de parceria. Eu agradeço as palavras ao Deputado Paes Landim. Nós estamos trabalhando com o Ministério do Meio Ambiente, com outros Ministérios e com o Governo do Estado, para reforçar o apoio à Serra da Capivara, no sentido de completar a obra do aeroporto, e, principalmente, de criar uma possibilidade de mobilizar o trade turístico, para que ali seja uma alavanca importante de um turismo regional do Sertão, porque existe poten- cial para isso. Hoje, a Serra da Capivara é considerada um dos sítios arqueológicos mais importantes no mundo. Existe um turismo para sítios arqueológicos, mas, se associarmos outros atrativos da região do Sertão, nós podere- mos ter, de fato, um fluxo turístico que venha a ajudar a dinamizar a economia da região toda. Então, nós já estamos trabalhando nisso. A Deputada Jandira chamou a atenção para essa característica da abrangência. No início da minha inter- venção, eu disse que não seria correto escolher uma região em detrimento de outra, escolher uma linguagem artística em detrimento de outra ou uma manifestação em detrimento de outra. Na verdade, nós estamos condenados – e é uma condenação positiva – a trabalhar a abrangência da cultura brasileira, porque essa é a melhor maneira de relacionar o Estado com o conjunto da sociedade, com a sua diversidade cultural e com sua produção. De fato, devemos reforçar as relações do Ministério com o Ministério da Educação. Nós já estamos ul- timando uma proposta entre o Ministério da Cultura e o Ministério da Educação, que nós vamos trazer a pú- blico para passar um tempo discutindo. Isso envolve a volta da arte da cultura para dentro da sala de aula de uma forma consistente, não para o currículo, mas para as atividades extracurriculares, e a contribuição que a educação pode dar para o desenvolvimento cultural do País. Ressalte-se a contribuição que esta Casa e que o Congresso, em geral, vêm dando ao fortalecimento dessa política cultural. 44 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 Talvez eu tenha sido o Ministro que mais veio à Câmara dos Deputados na gestão do Presidente Lula, não só convocado, mas convidado e, às vezes, oferecido para vir, porque há uma categoria que institucional- mente não existe, mas eu sinto a necessidade do respaldo do Congresso Nacional, principalmente porque há toda uma área de trabalho de sistematização das regras que regem a cultura. Temos interesse em apoiar a Comissão Especial de Direitos Autorais, que foi criada no Congresso Nacio- nal. Queremos acompanhar e contribuir. Aliás, o Ministério da Cultura tem um núcleo de direito autoral que é considerado muito bom, inclusive internacionalmente. É um trabalho que já vem do Governo do Fernando Henrique Cardoso, que nós mantivemos, ampliamos, fortalecemos e estamos trabalhando nele. Portanto, podemos contribuir para essa Comissão do Congresso. O rodeio é de fato uma atividade importante e é polêmica. Há uma oposição a ela, como os senhores sa- bem disso, algumas restrições a algumas atividades, mas em carnaval, rodeio e São João o Ministério não entra apoiando financeiramente, porque nós não temos recursos. Seria uma sangria pelo seu tamanho. De algum modo, o rodeio, como o carnaval, tem conseguido recursos de outra maneira. Então, nós estamos apoiando áreas que são mais carentes desse apoio e considerando nossa restrição orçamentária. A questão que o Deputado Chico Alencar levantou é estratégica, porque cultura não é só uma questão técnica, cultura são valores da sociedade. Se se desenvolvem processos de estímulo ao conjunto da socieda- de, pode-se ter um enriquecimento da solidariedade e da coesão social muito grande através da cultura. Na discussão das nossas mazelas, como racismo, discriminação, desigualdade, eu percebo, Deputado, que há um crescimento da consciência no Brasil dos valores da igualdade, dos valores da convivência em termos de co- operação e integração. Agora, a crise econômica e a crise social fizeram emergir uma plataforma muito difícil que teve uma expressão agora recentemente no Rio de Janeiro, mas acho que a cultura tem o papel impor- tante de constituir uma base de igualdade, de solidariedade, de respeito a direitos e de alguma maneira tem contribuído para isso. Sobre a igreja no Espírito Santo, eu vou ver em que pé está o atendimento dessa demanda. Não sei se já existe essa demanda dentro do IPHAN. Então, agradeço a todos. É uma alegria vir aqui. Sou parlamentarista. Acredito que o Parlamento é a insti- tuição-base da democracia. Sempre respeito muito as demandas e as questões que o Parlamento levanta. Toda vez que venho aqui, para mim, é um momento importante desse diálogo com o Legislativo. Já fui Vereador por dois mandatos e meio. Então, conheço um pouco a dinâmica. O dissenso é a matéria básica de construção dos consensos. Compreendo perfeitamente a lógica do Parlamento. Agradeço a V.Exas. a atenção e o respeito com que fui tratado hoje aqui. (Palmas.) A SRA. PRESIDENTA (Deputada Moema Gramacho) – Nós é que agradecemos ao Ministro Juca Ferreira pela sua brilhante exposição, pela sua disponibilidade, pela sua presença e a de toda a sua equipe. Por extensão, agradecemos também à nossa Presidenta Dilma principalmente pelas realizações de seu Ministério. Agradecemos a todas as Sras. e Srs. Deputados aqui presentes. A SRA. PRESIDENTA (Deputada Moema Gramacho) – Tendo sido alcançada a finalidade desta Comissão Geral, declaro-a encerrada. Prosseguiremos com a sessão. Neste momento, passo a Presidência ao Deputado Carlos Manato, para que dê sequência à sessão. Obrigada. A Sra. Moema Gramacho, nos termos do § 2º do art. 18 do Regimento Interno, deixa a cadeira da Presi- dência, que é ocupada pelo Sr. Carlos Manato, nos termos do § 2º do art. 18 do Regimento Interno O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Antes de dar início à primeira fase da sessão, em que receberemos os discursos encaminhados como lidos, eu só gostaria de informar a V.Exas. a Ordem do Dia de hoje: Projeto de Lei nº 1.462, de 2007; Projeto de Lei nº 7.371, de 2014; Projeto de Lei nº 4.474, de 2004; Projeto de Lei nº 2.289, de 2007; Projeto de Resolução nº 75, de 2015; Proposta de Emenda à Constituição nº 488-B, de 2005; Proposta de Emenda à Constituição nº 10-B, de 2011; Proposta de Emenda à Constituição nº 209-B, de 2012; e Projeto de Resolução nº 14-A, de 1999. Há 22 Deputados inscritos para falar por 1 minuto cada. Seguiremos a ordem. O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Passa-se às V – BREVES COMUNICAÇÕES Concedo a palavra ao Sr. Deputado Caio Narcio. O SR. CAIO NARCIO (PSDB-MG. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, serei breve. A histórica cidade de Congonhas acaba de receber um presente, no ano em que comemora 30 anos de título de patrimônio mundial. Em cerimônia realizada em São Paulo ela foi apontada, por um levantamento Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 45 feito pela revista ISTOÉ e pela Agência de Classificação de Risco Austin Ratings, como a melhor cidade de pe- queno porte do Brasil. Quero parabenizar o Prefeito Zelinho, que tem feito um belo trabalho na cidade, como comprova a pre- miação, demonstrando a competência da sua administração e o seu compromisso com aquela cidade. É uma cidade mineradora de reconhecida importância para Minas Gerais. Portanto, deixo aqui o reconhecimento ao Prefeito Zelinho, de Congonhas, que tem feito um belo trabalho lá. E aproveito para parabenizar também o nosso amigo Thiago Xavier, que é o Presidente do PSDB naquela cidade que está sendo tão bem conduzida. Deixo aqui este nosso registro. Muito obrigado, Presidente, pela abertura do espaço. O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Concedo a palavra ao Deputado Gonzaga Patriota. O SR. GONZAGA PATRIOTA (PSB-PE. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero fazer aqui dois re- gistros. Primeiro, quero parabenizar o povo de Salgueiro, minha cidade, que recebeu um prêmio de educação. E, por falar em educação, nada melhor do que ler. Estive em Recife entre os dias 28 de agosto e 7 de se- tembro, na I FENELIVRO, e quero parabenizar os organizadores dessa feira, nas pessoas de José Alventino Lima, que é o Presidente da ANDELIVROS, e de Afonso Carvalho, que fez a intermediação. Foi uma grande feira. Quero inclusive agradecer ao Presidente da Câmara, que se fez presente também num estande. Foram mais de cem estandes, e mais de 100 mil pessoas participaram dessa feira. Eu quero pedir a V.Exa. que dê publicidade a este pronunciamento, a estes registros que fazemos aqui, até porque é preciso divulgar essa primeira feira. Queremos na segunda a participação do Senado e de outras instituições. O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Muito obrigado, nobre Deputado. PRONUNCIAMENTOS ENCAMINHADOS PELO ORADOR Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a cidade de Salgueiro, no Sertão pernambucano, conquistou o primeiro lugar na categoria de melhor cidade do Brasil em aplicação de recursos na Saúde e na Educação, em levantamento publicado pela revista ISTOÉ, em parceria com a Consultoria Austin Ratings. O prêmio foi anun- ciado na noite da última quinta-feira, 17 de setembro, em solenidade realizada em São Paulo. O levantamento, inédito, com a meta de revelar o retrato da evolução das cidades brasileiras, envolveu 5.565 Municípios do País e foi feito com base em mais de 500 indicadores, que foram agrupados em quatro pilares principais: fiscal, econômico, social e digital. Salgueiro foi a única cidade do Estado de Pernambuco contemplada na premiação. Do Nordeste, além de Salgueiro, figurou a cidade de Lauro de Freitas, na Bahia. “O prêmio é uma resposta ao trabalho comprometido de dois gestores consecutivos, um planejamento con- tinuado, o cumprimento da responsabilidade fiscal e investimentos em dois grandes pilares que são: a saúde e a educação. Além disso, foi concedido por um instituto idôneo e transparente”, destacou o Secretário de Fi- nanças do Município João Gomes. O Prefeito Marcones Libório de Sá comemorou o resultado do prêmio lembrando que os avanços sociais e econômicos das cidades do interior também fazem o somatório do desenvolvimento do povo brasileiro. O campo dos indicadores sociais apontados pelo prêmio, Sr. Presidente, reflete as políticas públicas que envolvem demografia, habitação, qualidade de vida, saúde, risco juvenil, vulnerabilidade e educação. Os de- mais indicadores foram pontuados em dados fiscais, econômicos e digitais. Parabéns a todas as autoridades envolvidas, especialmente ao Prefeito Marcones Libório de Sá e ao povo de Salgueiro. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, Pernambuco realizou, de 28 de agosto a 7 de setembro, a I Feira Nordestina do Livro – FENELIVRO, no Centro de Convenções de Pernambuco. O evento, gratuito, foi uma realização da Associação do Nordeste de Distribuidores e Editores de Livros – ANDELIVROS e da Câmara Brasileira do Livro – CBL, em parceria com a Companhia Editora de Pernambuco – CEPE. Esse importante evento marca ainda os 100 anos da Imprensa Oficial do Estado. A coordenação de pro- gramação da feira esteve sob a curadoria do jornalista Evaldo Costa. Foram 10 dias de evento, mais de cem convidados, seis atividades gratuitas de formação, entre oficinas, minicursos e workshops, mais de 15 apresentações dirigidas ao público infantil e mais de 30 encontros literá- rios, entre painéis, palestras e debates, uma programação cultural nunca antes oferecida ao público pernam- bucano que prestigiou a primeira edição da Feira Nordestina do Livro – FENELIVRO. Foram recebidos no pavilhão do Centro de Convenções 110 mil visitantes. A boa movimentação financeira foi outro saldo positivo do evento. Em torno de R$ 1,5 milhão foi negociado na feira. Esse é o saldo numérico, 46 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 mas o evento deixa para Pernambuco e os demais Estados do Nordeste um legado muito mais importante. “Observo três aspectos positivos na realização da FENELIVRO. O primeiro é a retomada da cooperação entre o Governo do Estado e a ANDELIVROS para promover um grande evento literário nos moldes de 1997. O se- gundo ponto é a oportunidade de oferecer gratuitamente para a população um evento que beneficiou milha- res de pessoas e promoveu o encontro com autores e editores de todo o País, aprimorando o conhecimento. Além disso, a Feira assegurou a promoção dos livros e da leitura, contribuindo para consolidar Pernambuco como líder na realização de eventos culturais no Nordeste”, comentou o presidente da Companhia Editora de Pernambuco – CEPE, Ricardo Leitão. Com o tema “O Livro do Futuro, o Futuro do Livro”, a feira trouxe à tona uma ampla discussão sobre os desafios pelos quais editores, autores e críticos precisarão passar nesta nova fase de adaptação, com o avanço da tecnologia. Foram abordados não só meios e formatos de publicação, mas também o livro e a leitura como instrumentos transformadores e construtores de uma sociedade provida de opinião e senso crítico. “Sempre que o suporte muda é alterado também o conteúdo. Cada tecnologia pede um tipo de texto diferente. Se está claro que é preciso mapear as alternativas já conhecidas e disponíveis de novos suportes tecnológicos para leitura, é também clara a necessidade de mapear experiências de novas formas de estruturação de texto ade- quados aos novos suportes”, explicou o jornalista Evaldo Costa, curador da Feira. Em painéis como o “Livro Como Negócio: Perspectivas de Futuro”, com Carlo Carrenho, do PublishNews, Carlos Andreazza, da Editora Record, e o jornalista e escritor Álvaro Filho, temas como o papel dos editores na formação de um novo público leitor e a utilização de novas tecnologias na produção literária geraram um rico debate com o público presente. Os leitores mais jovens também foram contemplados com bate-papos descon- traídos, a exemplo da mesa com a escritora Maurem Kayna e o editor Ednei Procópio, que abordou o interesse dos adolescentes pela leitura, mas não necessariamente pelo formato em papel. Outro momento marcante dentro da programação foi a palestra “O Livro do Nordeste, Pedra Fundamen- tal do Regionalismo Nordestino”. Durante o encontro, o jornalista e professor Mário Hélio falou sobre o Livro do Nordeste, coletânea editada por Gilberto Freyre há 90 anos que compôs um grande painel sobre a Região. A obra foi idealizada na época para marcar os 100 anos do Diário de Pernambuco. O ponto alto da I FENELIVRO, Sr. Presidente, foi a realização das Noites Nordestinas, quando autores de todos os Estados da Região ocuparam a Sala Ariano Suassuna, a cada noite, para falar sobre a produção lite- rária de sua terra natal. Em todas as noites as palestras obtiveram grande sucesso de público e encantaram os convidados. Na noite alagoana, por exemplo, os escritores Luiz Alberto Machado, Carlito Lima, Arriete Vilela e Eduardo Proffa ficaram tão satisfeitos com a participação dos visitantes da feira que resolveram presentear todos com exemplares de suas obras. A I Feira Nordestina do Livro também proporcionou aos leitores a possibilidade de estar frente a frente e conversar com seus autores preferidos. Grandes nomes da literatura, a exemplo do poeta Affonso Romano de Sant’Anna e do acadêmico Antônio Torres, autografaram obras e conversaram sobre a produção literária do País. Na lista de obras lançadas figuram: O Repórter-amador, da jornalista Sheila Borges, com debate concorri- do; Ariano Suassuna em Quadrinhos, de Bruno Gaudêncio; De Como Aécio e Marina Ajudaram a Eleger Dilma, de Chico Santa Rita; Tudo ou Nada: Eike Batista e a Verdadeira História do Grupo X, de Malu Gaspar; Presos que Mestruam, de Nana Queiroz; e 11 hábitos em 11 semanas, de Ícaro Alcântara, entre outros. A programação infantil também recebeu uma atenção especial durante o evento, com sessões de conta- ção de histórias, lançamento de livros infantis e atividades lúdicas que encheram de alegria o Cantinho da Trela. Flavioleta, Tapetes Contadores, Ilana Ventura e Agora Eu Era estão entre os nomes que passaram pelo espaço. Com representantes de peso do cenário literário, como Xico Sá, Raimundo Carrero, Luiz Felipe de Alen- castro, Franklin Martins, José Castello, Augusto Cury, Guilherme Fiuza e Antônio Torres, a FENELIVRO também contou com convidados internacionais. O angolano José Eduardo Agualusa e a espanhola Inez Miret abrilhan- taram a programação. “Plantamos uma semente de cultura que vai germinar, pois caiu em um terreno muito fértil. Pernambuco hoje tem um evento que ficará para sempre na história literária”, comemora o presidente da Associação do Nordeste das Distribuidoras e Editoras de Livros ANDELIVROS, José Alventino Lima. A FENELIVRO foi uma realização do Governo de Pernambuco, por intermédio da CEPE, e da Associação do Nordeste das Distribuidoras e Editoras de Livros – ANDELIVROS, e reuniu cem estandes, onde estavam re- presentadas quase 200 editoras e distribuidoras, cobrindo uma área de mais de 10 mil metros quadrados. O evento teve como homenageados Lourival Batista, o Louro do Pajeú, in memoriam, e o historiador e acadêmi- co Evaldo Cabral de Mello. A feira foi coordenada pelos presidentes da CEPE, Ricardo Leitão, e da ANDELIVROS, José Alventino Lima, e pelo jornalista Evaldo Costa, responsável pela curadoria da programação cultural. A Câmara Brasileira do Livro – CBL e a Associação Brasileira de Difusão do Livro – ABDL figuraram como importantes apoiadores da FENELIVRO. Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 47 Parabéns a todos os envolvidos. O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Concedo a palavra ao nobre Deputado Edmilson Rodrigues, do PSOL do Pará, por 1 minuto. O SR. EDMILSON RODRIGUES (PSOL-PA. Sem revisão do orador.) – Presidente, eu peço que sejam dados como lidos e divulgados meus dois pronunciamentos. Primeiro, quero fazer uma crítica à decisão do Governo de retomar os imóveis dos beneficiários do Pro- grama Minha Casa, Minha Vida, da Faixa 1. Só para que a população brasileira entenda, são os beneficiários que têm renda de até 1.600 reais. Eles pagam, no mínimo, 25 reais por mês e, no máximo, 5% de sua renda, o que equivale a 80 reais. A inadimplência alcança mais de 20%. Então, retirar a casa de quem não pode pagar 25 reais, 60 reais, 80 reais é jogar essas pessoas numa situação de crise profunda. As políticas de Estado não podem aprofundar as perversidades, ainda mais num país que paga tantos bilhões, só este ano 1,4 trilhão de reais, de juros e amortização da dívida externa. Eu quero parabenizar o Ministério Público Federal, no Estado do Pará, pelo acompanhamento das con- cessões dos direitos culturais, como ocorreu em Itaituba. Obrigado. PRONUNCIAMENTOS ENCAMINHADOS PELO ORADOR Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, o Governo Federal anunciou que vai retomar os imóveis dos beneficiários da chamada Faixa 1, do Programa Minha Casa, Minha Vida, que reúne as famílias mais ca- rentes, com renda mensal de até 1.600 reais. Terão as casas retomadas os beneficiários que estiverem com a inadimplência superior a 3 meses. As justificativas para essa medida drástica são o agravamento da crise, que não permitiria ao Governo abrir mão de recursos, e o temor da fiscalização dos órgãos de controle, já que 95% desses imóveis são bancados com dinheiro público. O Minha Casa Minha Vida é o carro-chefe da política social para a redução do déficit habitacional no Brasil. Os imóveis são construídos com menos impostos. O objetivo é garantir uma moradia digna a quem não pode pagar, estimulando o desenvolvimento econômico e social da camada mais pobre da população por meio do pagamento simbólico. A inadimplência da Faixa 1 chegou ao primeiro semestre deste ano com a inadimplência em 22%, ou seja, dez vezes superior aos atrasos dos financiamentos tradicionais. De acordo com o programa, o valor na Faixa 1 não pode ultrapassar 5% da renda do beneficiário, com o valor mínimo de 25 reais pago pelo período de 10 anos. A inadimplência, nas outras duas faixas de renda do programa, chega a 2%, segundo o Ministério das Cidades. As cobranças aos inadimplentes foram intensificadas por telefonemas e mensagens de SMS enviadas pelo celular. No final do ano passado, a Presidente Dilma Rousseff determinou, por meio de lei, que os imóveis re- tomados por motivo de inadimplência do financiamento não deverão ir a leilão, como costuma ocorrer, mas deverão ser redirecionados a outros beneficiários, evitando que famílias com renda maior possam adquirir es- ses bens. Na época da alteração à lei, o Ministério das Cidades negou que o objetivo fosse retomar os imóveis. É inadmissível que um programa social da importância do Minha Casa, Minha Vida, não consiga atingir o objetivo de garantir que o público beneficiado se mantenha no imóvel. Usar os imóveis para substituir uma família por outra significa mais do que trocar seis por meia dúzia, significa o revés de um programa de habi- tação que vai colocar uma parcela importante da população carente nas ruas. Quais são as regras da retoma- da dos imóveis? Essas famílias vão para onde, se não podem pagar 25 reais por mês? Quem não pode pagar é justamente o público-alvo do programa social. Portanto, retomar os imóveis é seguir na contramão de um programa tão importante para o povo brasileiro, como Minha Casa, Minha Vida. Apelo para a Presidenta Dilma que determine a imediata suspensão do processo de retomada dos imó- veis do Minha Casa, Minha Vida, abrindo um processo de chamamento público das famílias inadimplentes com vistas a uma saída pactuada para este gravíssimo problema social, que tem como raiz o atoleiro econômico no qual o País encontra-se mergulhado. Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, gostaríamos de saudar a iniciativa do Ministério Publico Federal em Itaituba, no Pará, que encaminhou notificação à FUNAI em que recomenda à autarquia atuação efeti- va na defesa do patrimônio material e imaterial relacionados à imagem, criações artísticas e culturais indígenas. Como apontou o próprio Ministério Publico, o objetivo da recomendação é garantir que opções como utilização da língua materna ou acesso a serviço de tradução intercultural sejam usados efetivamente em favor dos povos indígenas, possibilitando às partes envolvidas nos contratos de concessão de direitos autorais terem todas as condições necessárias para estabelecer uma negociação sem que quaisquer direitos sejam prejudicados. 48 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 A inciativa é uma resposta à constatação de que contratos de concessão de direitos autorais de indíge- nas kayapó ocorreram sem o auxílio de intérpretes culturais ou qualquer outro tipo de assistência por parte da FUNAI, possibilitando, mais uma vez, que os interesses econômicos pudessem obter vantagens sobre os povos indígenas vulneráveis em negociações contratuais. O Ministério Público também recomendou à FUNAI que providencie a tradução da recomendação para a língua kayapó, para que as artesãs indígenas possam ter acesso ao conteúdo do documento. Nosso mandato parabeniza a atuação das promotorias envolvidas e reforça a necessidade de preservar- mos e fomentarmos as criações artísticas e culturais indígenas. A FUNAI não deve se omitir do seu papel estatal de defesa do patrimônio material e imaterial indígena! O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Concedo a palavra ao Deputado Max Filho, do PSDB do Espírito Santo. S. Exa. dispõe de 1 minuto. O SR. MAX FILHO (PSDB-ES. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero regis- trar que no último sábado houve um apelo desesperado de um médico do Hospital de Base de Brasília, dizendo que não tinha a menor condição de prestar atendimento ali. O desespero do médico foi exibido nacionalmen- te. Ele surtou, entrou em parafuso. Isso retrata o quadro da saúde pública no Brasil. O Ministério da Saúde está sendo entregue na bacia das almas, dada a impopularidade deste Governo e da base do Governo aqui nesta Casa. Sr. Presidente, não seria o momento de retomarmos a Comissão de Saúde desta Casa? É importante que esse tema tão central, sobretudo para a condição de vida do brasileiro, possa ser cen- tral também para esta Casa, que merece uma Comissão de Saúde reorganizada no âmbito deste Parlamento. Obrigado. O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Concedo a palavra ao Deputado Capitão Augusto, do PR de São Paulo. S.Exa. dispõe de 1 minuto. O SR. CAPITÃO AUGUSTO (PR-SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, demais Deputados, só para registrar que acabei de fazer um pronunciamento solicitando ao Ministro da Cultura que reconheça os rodeios, as vaquejadas e as provas equestres como patrimônio cultural imaterial. Não temos mais que ter esse tabu nesta Casa de reconhecer essas provas, que são esportes. Já foi até aprovada uma lei aqui, em 2010, reconhecendo isso. Nós precisamos, agora, numa segunda etapa, trazer in- vestimentos para essas provas que atraem milhões de pessoas em todo Brasil, geram empregos, riqueza, tu- rismo e diversão. Deixo aqui o meu agradecimento ao Ministro, que prontamente solicitou que eu encaminhasse um ofício solicitando o reconhecimento, como patrimônio cultural imaterial, dos rodeios e provas similares. Muitíssimo obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Concedo a palavra ao próximo orador inscrito, o Deputado Evair de Melo, em permuta com este Presidente. O SR. EVAIR DE MELO (PV-ES. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, sem dúvida alguma o agronegó- cio brasileiro tem-se confirmado importante para o balanço da nossa economia. Entre os grandes negócios, nós precisamos citar os pequenos negócios da agricultura que são exporta- dos, e nesse sentido quero fazer um registro sobre o gengibre que é produzido pelos agricultores familiares do Espírito Santo. Hoje, 20% da produção nacional de gengibre está em nosso território, e os agricultores familiares de Santa Maria de Jetibá, de Santa Leopoldina, da Região Serrana, de Marechal Floriano e de Domingos Martins estão contribuindo para a balança comercial brasileira na hora em que fazem investimento nessa cultura e no processo de exportação. É o trabalho que faz o Instituto Capixaba de Pesquisa e Extensão Rural – INCAPER. Peço que este pronunciamento seja dado como lido e deixo registrada a importância que o gengibre tem para a nossa vida, uma vez que ele tem propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, protegendo o organismo de bactérias e fungos. É a agricultura familiar capixaba contribuindo para a balança comercial brasileira. PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero trazer ao conhecimento de todos a importância da produ- ção do gengibre para o nosso Estado, o maior produtor do Brasil. Nossa produção está concentrada na Região Serrana. Mais de mil produtores vão colher este ano mais de 10 mil toneladas, sendo que 20% são comerciali- zadas no mercado interno e o restante na Europa e nos Estados Unidos. Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 49 O tubérculo tem ganhado mais espaço nas mesas dos brasileiros, diante da divulgação de suas proprie- dades antioxidantes e anti-inflamatórias, protegendo o organismo de bactérias e fungos. E essa divulgação é importante, porque, com o aumento da demanda, a intensificação da produção é automática. O gengibre capixaba é de ótima qualidade, e a produtividade gira em torno de 50 toneladas por hecta- re. Quando está no ponto de colheita é preciso roçar as folhas e deixar os talos secando por pelo menos 3 dias. Para um gengibre seleto é importante fazer um bom trabalho junto às mudas, que precisam passar por um processo de triagem, evitando assim a propagação de doenças. O Instituto Capixaba de Pesquisa e Extensão Rural – INCAPER é o responsável por orientar os produtores, auxiliando-os para que obtenham o melhor produto possível. A cultura do gengibre exige muita água em to- das as fases. Desde o plantio é necessário irrigar a lavoura. Depois de colhidas, as raízes são lavadas para tirar a terra. Em seguida o gengibre é espalhado em estufas para secar. Também é feita uma limpeza para tirar os excessos de brotações e as raízes estragadas. A caixa do gengibre foi negociada essa semana no Espírito Santo por R$ 25,00. A diversificação de culturas é fundamental para dar cada vez mais sustentabilidade ao campo. Termino este pronunciamento, Sr. Presidente, solicitando a V.Exa. a veiculação deste pronunciamento nos órgãos de comunicação da Casa e em especial no programa A Voz do Brasil. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Tem a palavra o Deputado Marcon, do PT do Rio Grande do Sul, por 1 minuto, e depois vai falar o Deputado João Daniel, do PT de Sergipe. O SR. MARCON (PT-RS. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, peço que seja dado como lido o meu discurso. Está acontecendo em Luziânia, no Estado de Goiás, o II Encontro Nacional dos Educadores da Reforma Agrária, educadores que muitas vezes fazem o trabalho de professores, educadores dos nossos alunos dos as- sentamentos mais por amor à causa do que pelo salário que eles possam receber. Eu conheço no Rio Grande do Sul professores que saem de casa na segunda de manhã e voltam no sá- bado de manhã. Pousam na sala de aula para conseguir dar conhecimento e educação para os nossos filhos. A esses, meus parabéns. São ainda muitos os alunos que têm de ser alfabetizados. Há muito a fazer além do que foi feito nestes 12 anos do Governo do PT. PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, acompanhamos ontem, dia 23 de setembro, o ato realizado em frente ao Ministério da Educação – MEC para denunciar o fechamento das escolas do campo e a mercantiliza- ção da Educação Pública no País, a marcha dos 1.500 participantes do II Encontro Nacional dos Educadores da Reforma Agrária – ENERA, na Esplanada dos Ministérios. É inadmissível que 37 mil escolas tenham sido fechadas no campo, segundo dados do Censo Escolar do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP, nos últimos 15 anos. Isso significa uma média de oito escolas rurais fechadas por dia em todo País. Não podemos aceitar que no Brasil ainda existam mais de 13 milhões de analfabetos. O avanço no agro- negócio da lógica mercantil dos empresários da educação tem de ser barrado. Assim, o II ENERA coloca-se em luta com um ato de denúncia, mas também marchamos em defesa de uma Educação Pública de qualidade para todos os brasileiros. Somente entre 2002 e 2010, as matrículas na rede pública diminuíram 12,5%, enquanto na rede privada, no mesmo período, aumentaram 5,2%. Nos últimos 10 anos as instituições privadas abocanharam 4,4 milhões de alunos, com a ajuda de dinheiro público, enquanto as instituições públicas receberam quase três vezes me- nos alunos: 1,5 milhão. Além disso, a mobilização é importante para chamar a atenção do Congresso e da sociedade para a onda de retrocessos em todas as áreas impostas pelo capital. Cabe refletir sobre o processo de privatização da educação, mas principalmente fazer a denúncia da lei do terrorismo e do massacre dos povos indígenas. É preciso somarmos esforços no campo e na cidade para fazermos a verdadeira transformação da sociedade. É isso. Obrigado, Sr. Presidente. O Sr. Carlos Manato, nos termos do § 2º do art. 18 do Regimento Interno, deixa a cadeira da Presidência, que é ocupada pelo Sr. Leonardo Monteiro, nos termos do § 2º do art. 18 do Regimento Interno. 50 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 O SR. PRESIDENTE (Leonardo Monteiro) – Tem a palavra o Deputado João Daniel. O SR. JOÃO DANIEL (PT-SE. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu peço que seja dado como lido e registrado para divulgação nesta Casa discurso no qual falo sobre a VI Conferência Estadual da Saúde do Esta- do de Sergipe, realizada nos últimos dias 23 e 24. Quero parabenizar todos os conselheiros, todos os que participaram – são mais de 30 mil pessoas – das conferências municipais e agora da grande conferência estadual. Quero parabenizar o Ministério da Saúde na pessoa do nosso grande companheiro Rogério Carvalho, que atualmente está na Secretaria de Gestão Estra- tégica e Participativa do Ministério da Saúde, e saudar todos os conselheiros e defensores do SUS, da Saúde Pública de qualidade para o nosso povo sergipano e brasileiro. Parabéns a todos! PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, gostaríamos de utilizar a tribuna nesta ocasião para fazer o registro de um importante evento para todos aqueles que se dedicam à luta pelo fortalecimento do Sistema Único de Saúde no Brasil como forma de garantir uma Saúde Pública de qualidade e acessível a todo o povo brasileiro. Nestes dias 23 e 24 de setembro realiza-se a VI Conferência Estadual de Saúde do Estado de Sergipe – CONFESA, tendo o tema “Saúde Pública de qualidade para cuidar bem das pessoas: direito do povo sergipano”, o evento discute o direito à Saúde Pública, as melhorias e a ampliação de acesso. O evento, que acontece na Associação Atlética Banese, no Bairro Atalaia, organizado pelo Conselho Es- tadual de Saúde – CES com o apoio da Secretaria de Estado da Saúde – SES, foi precedido da realização de 74 conferências municipais, com a participação de mais de 30 mil pessoas, nas cidades sergipanas, o que demons- tra seu caráter participativo, garantindo-lhe legitimidade e respaldo junto à população sergipana. O Governador Jackson Barreto foi representado pelo Secretário de Estado da Saúde Zezinho Sobral, que falou sobre as ações do Governo na área. No exercício do mandato, fiz-me representar pela minha assessoria na abertura oficial do evento, que ocorreu na manhã da quarta-feira, 23, quando foi proferida a palestra sobre o tema “Saúde Pública de Qualida- de para cuidar bem das pessoas”, proferida pelo Secretário de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde Rogério Carvalho, que representou o Ministro da Saúde no evento. E na sequência da programação, os delegados participantes puderam assistir também à palestra sobre “Informação, Educação e Política de Co- municação do SUS”, ministrada pela Presidente do Conselho Nacional de Saúde Maria do Socorro de Souza. Diversas pessoas foram homenageadas no evento em razão dos relevantes serviços prestados à causa da Saúde Pública, a exemplo do Sr. Marcos Antônio Ferraz, Presidente da Associação dos Membros e Amigos dos Diabéticos de Sergipe – AMAD, e do Dr. Almir Santana, gerente do programa de DST/AIDS em Sergipe. Fazem parte da programação os seguintes eixos temáticos: direito à Saúde, garantia de acesso à aten- ção de qualidade; participação social; valorização do trabalho e da educação em Saúde; financiamento do SUS e relação público-privado; gestão do SUS e modelos de atenção à saúde; informação, educação e política de comunicação do SUS; ciência, tecnologia e inovação do SUS; e reformas democráticas e populares do Estado. Queremos enviar o nosso forte abraço a todos os delegados e delegadas da VI CONFESA, reafirmando nosso compromisso no mandato com o fortalecimento da saúde pública e desejando-lhes pleno êxito nos trabalhos realizados. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Leonardo Monteiro) – Tem a palavra o Deputado Chico Alencar, por 1 minuto. O SR. CHICO ALENCAR (PSOL-RJ. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero deixar nos Anais da Casa o registro do aplauso do PSOL e de parcela expressiva da sociedade brasileira à decisão do Supremo Tribunal Federal, há exatamente 1 semana, de proibir o financiamento empresarial de partidos em campanhas políti- cas. Isso induz, isso condiciona mandatos, isso representa tráfico de influência e corrupção. Qualquer dúvida, vejam o noticiário de agora da Operação Lava-Jato. Além do mais, aqueles que se insurgem contra essa decisão, definitiva, dizendo que isso vai estimular o caixa dois ou o uso da máquina pública, ou estão induzindo a burla ou estão estimulando o conflito com a lei. Vindo de legisladores isso é mais patético ainda. Vamos recondicionar a nossa vivência política a esta nova realidade: campanhas austeras, claras, trans- parentes, bancadas por quem melhor banca a política, a cidadania. PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 51 Sr. Presidente, Sras. e Sr. Deputados e todos os que assistem a esta sessão ou nela trabalham, na semana passada o Supremo Tribunal Federal deu uma lição de democracia ao declarar o óbvio: a influência excessiva do poder econômico é maléfica à efetivação da cidadania participativa. Elenco aqui, seguindo essa lógica tão intrínseca à perspectiva democrática, as dez razões para o fim do financiamento empresarial de partidos e campanhas: 1. Empresa não “doa”, investe para obter retorno; 2. Empresa não é cidadã, não vota, mas influencia; 3. Empresa inflaciona a campanha e mata a igualdade na disputa; 4. Empresa, ao aplicar milhões na política, “desinveste” em suas atividades próprias, como geração de empregos e remuneração condigna de seus trabalhadores; 5. Empresa, ao financiar partidos, inibe e desestimula os sustentadores autênticos da política: a cidada- nia, os filiados, militantes e simpatizantes; 6. Empresa não tem ideologia, e sim interesses, tanto que empreiteiras, bancos e outras grandes doam para várias candidaturas que “se opõem”, cercando por todos os lados; 7. Empresa costuma “doar” também “por fora”, favorecendo o enriquecimento patrimonial de muitos “arrecadadores”; 8. Empresa cristaliza o tráfico de influência e induz a favorecimento em licitações públicas; 9. Empresa faz com que nas campanhas valha mais o tamanho do bolso – do cofre – do que das ideias, programas e causas; 10. Empresa que “doa” apequena a política e avilta a militância, fazendo avultar a publicidade milionária e enganosa, a compra de votos e os cabos eleitorais pagos. Agradeço a atenção. O Sr. Leonardo Monteiro, nos termos do § 2º do art. 18 do Regimento Interno, deixa a cadeira da Presidên- cia, que é ocupada pelo Sr. Carlos Manato, nos termos do § 2º do art. 18 do Regimento Interno. O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Tem a palavra o Deputado Tenente Lúcio, por 1 minuto. O SR. TENENTE LÚCIO (PSB-MG. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, eu sei, todos nós sabemos que a saúde pública no Brasil está um caos. Em Uberlândia, minha cidade natal, a situação não é diferente, mas nós estamos trabalhando, e estamos apoiando também a decisão dos médicos nas suas paralisações. O Reitor da Universidade Federal de Uberlândia, o Prof. Elmiro Santos, está trabalhando muito, e vai dar ordem de serviço para que na próxima semana continuem as obras do Pronto-Socorro do Hospital de Clínicas daquela instituição. E nós estamos também, Sr. Presidente, dando condições de realização de cirurgias em Uberlândia, com mais 2 milhões, e ainda garantimos 25 milhões para a construção, ou o término da construção, que no total vai ficar em 90 milhões, mas 25 milhões já estão em caixa. E vamos continuar trabalhando. Parabéns, Prof. Elmiro, nosso magnífico Reitor! O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Concedo a palavra ao Deputado Waldenor Pereira, do PT da Bahia. O SR. WALDENOR PEREIRA (PT-BA. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, estivemos há pouco com o Ministro da Cultura, Juca Ferreira, e solicitamos a ele uma audiência para tratar da instalação da Casa Glauber no Município de Vitória da Conquista, sua terra natal. A família do grande cineasta Glauber Rocha procurou-nos com a intenção de transformar a casa onde ele nasceu num centro cultural polivalente. Nós já elaboramos e encaminhamos o projeto ao Ministério da Cultura, e acertamos há pouco com o Ministro Juca Ferreira uma audiência para tratar especialmente dessa iniciativa, que terá por finalidade preservar a memória e a obra desse grande cineasta brasileiro, baiano de Vi- tória da Conquista. Então, é com satisfação que anunciamos o agendamento dessa audiência com o Ministro da Cultura para a implantação da Casa Glauber. Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Concedo a palavra ao Deputado Esperidião Amin. O SR. ESPERIDIÃO AMIN (Bloco/PP-SC. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, eu hoje consegui conversar com o nosso Ministro Eliseu Padilha, e não foi sobre assunto político; foi sobre aviação, Deputado Valdir Colatto, para V.Exa. não ficar preocupado que eu esteja invadindo território do PMDB. Tratamos da situação do Aeroporto Hercílio Luz, um aeroporto que eu, V.Exa., o Deputado João Rodri- gues e o Deputado Celso Maldaner, que também estão aqui, temos de utilizar. 52 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 Esse aeroporto é uma novela. Há uma caveira de burro enterrada nele. E, o que é pior, a paralisação da obra está provocando o carreamento de argila e de barro para o maior viveiro de ostras do Brasil, que fica na Baía Sul da ilha de Santa Catarina. Por isso, é imperioso tomar providências para retomar a obra e acabar com esse suplício aeronáutico e ambiental. O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Muito obrigado, nobre Deputado. O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Concedo a palavra ao Deputado Sandro Alex, do PPS do Paraná. S.Exa. dispõe de 1 minuto. O SR. SANDRO ALEX (PPS-PR. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, estive, no dia de ontem, na Supe- rintendência da Polícia Rodoviária Federal, com o Prefeito de Ponta Grossa, com a equipe da Diretora-Geral da PRF, Maria Alice Nascimento Souza, e com o Dr. Adriano Marcos Furtado, Coordenador-Geral de Inteligência, para tratar de importante convênio da Polícia Rodoviária Federal com a cidade de Ponta Grossa para melhorias no perímetro urbano da BR daquela cidade, uma BR que tem um número grande de acidentes com vítimas fatais. Por meio desse convênio, a Prefeitura poderá desenvolver fiscalização, sinalização e segurança naquele perímetro urbano. Eu quero agradecer à equipe da Polícia Rodoviária Federal pelo sinal verde para a realização desse con- vênio e também ao Ministério dos Transportes, ao Ministro Antônio Rodrigues e ao Secretário de Gestão dos Programas de Transportes, Luciano Castro, que trabalham pela construção do Contorno, uma obra importante, sonho da cidade de Ponta grossa, que é o entroncamento rodoviário. Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. MORONI TORGAN – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Tem V.Exa. a palavra. O SR. MORONI TORGAN (DEM-CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, só quero infor- mar que já atingimos o quórum para começarmos a Ordem do dia. O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Ontem o Presidente deixou claro que ia começar a Ordem do Dia às 14 horas. O SR. PRESIDENTE (Miro Teixeira) – Às 14 horas? O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – É. O SR. MORONI TORGAN – Então, só quero informar que já estamos em condições de iniciá-la. O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Concedo a palavra ao Deputado Luiz Couto. S.Exa. dispõe de 1 minuto. O SR. LUIZ COUTO (PT-PB. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, hoje, o Município de Soledade, onde nasci, completa 130 anos de emancipação política. Parabenizo o povo de Soledade, o Prefeito José Bento e to- dos aqueles que trabalham pelo Município. Farei um pronunciamento mais longo em outro momento. Sr. Presidente, gostaria de dar como lido discurso sobre a audiência que foi realizada na Comissão de Direitos Humanos, na qual discutimos o Projeto de Lei nº 179, de 2003, de autoria do Deputado Reginaldo Lo- pes, do PT de Minas Gerais, que disciplina o uso da força ou de arma de fogo nas ações policiais. Gostaria que esse discurso fosse divulgado pelos meios de comunicação desta Casa. Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – V.Exa. será atendido. PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, cidadãs e cidadãos brasileiros que nos veem pela TV Câmara, par- ticipei, semana passada, na Comissão de Direitos Humanos e Minoria, da Câmara dos Deputados, de audiên- cia pública que classifico como uma das mais importantes deste ano, onde se discutiu o exercício da atividade policial, mais especificamente o uso da força ou de arma de fogo, que é objeto do PL nº 179/03, de autoria do nosso amigo de partido, o Deputado Federal Reginaldo Lopes do PT de Minas Gerais. O próprio Deputado Reginaldo Lopes fez menção a outro projeto de lei que foi formulado na CPI que investigou a violência contra jovens negros e pobres no Brasil (PL 2.438/15), que propõe o Plano Nacional de Homicídios no Brasil. Um pro- jeto que envolve temas mais amplos e de grande importância para a segurança nacional. A audiência, que foi proposta justa e salutar do colega e Deputado Daniel Coelho, do PSDB de Pernam- buco, trouxe pontos que a alguns Parlamentares e militantes desta Casa consideram como uma forma de cri- minalização imediata da polícia, mas que a outros, como nós defensores da vida, é uma solução para confli- tos relacionados aos denominados esquadrões da morte, que são bandidos disfarçados de policiais militares destinados a matar. Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 53 A audiência reuniu convidados como o Coordenador da Câmara de Controle Externo da Atividade Po- licial e Sistema Prisional, do Ministério Público Federal (MPF), Subprocurador-Geral da República Mario Bon- saglia, a Coordenadora da Área de Gestão do Conhecimento do Instituto Sou da Paz de São Paulo, Stephanie Morin, o Subsecretário da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, Pehkk Jones Gomes da Silveira, o representante da Secretaria Nacional de Segurança Pública, Maurício Rasi, e o pesquisador e re- presentante do Núcleo de Estudo da Violência da USP, André Zanetic. Contudo, aproveito a oportunidade de externar minha gratidão aos convidados que vieram de seus Estados para intensificar esse importante debate, que ocorreu de forma produtiva. Senhoras e senhores, em primeiro lugar, desejo frisar que a proposta do PL 179/03 fixa regras de conduta para que o policial desempenhe suas funções e tipifica comportamentos considerados criminosos com o em- prego da força. Pelo projeto, o uso da força será admitido nos casos de crimes contra a segurança dos meios de comunicação, dos transportes e dos serviços públicos e de risco de crime contra a saúde pública. Destaco a participação do Subprocurador-Geral da República Mario Bonsaglia, que afirmou que a pro- posta interpreta e traz desdobramentos à legislação em vigor, condicionando o uso moderado da força e da arma de fogo a situações pontuais, nas quais há perigo real e iminente. Segundo o levantamento feito pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, entre 2009 e 2013 houve 11.197 mortes em situações de intervenção policial, superando o total de óbitos em casos da polícia norte- -americana ao longo de 30 anos (11.090). Isso traz, sobretudo, um norte para começarmos a refletir sobre onde a polícia esta errando, por que policiais estão matando sem que seja por legítima defesa. Se olharmos para os últimos fatos ocorridos em São Paulo, onde ocorreram duas chacinas envolvendo policiais, uma com 19 mortes e outra com 2 mortes cruéis, todas na Zona Norte de São Paulo, perceberemos que há grupos de policiais agindo para matar e não para defender a vida ou fazer o seu trabalho. São execu- ções frias que vitimam também inocentes. Sabemos que em uma sociedade democrática o uso da força é legítimo por parte do Estado e de seus agentes, mas observando-se os limites estabelecidos em lei. É importante destacar que existe a Portaria Inter- ministerial de nº 4.226/10, que regula condutas dos agentes de segurança pública e preconiza situações em que o uso da força não é legítimo. Há também uma resolução do CNMP que sugere regras mínimas de atua- ção do Ministério Público no controle externo da investigação de mortes decorrentes de intervenção policial. O texto propõe medidas para garantir, por exemplo, que a autoridade policial compareça pessoalmente ao local dos fatos tão logo seja comunicada da ocorrência, providenciando o seu pronto isolamento, a requisição da perícia e o exame necroscópico. Além disso, estabelece que haja comunicação do fato pela autoridade po- licial ao Ministério Público, em até 24 horas, e que seja instaurado inquérito policial específico, sem prejuízo de eventual prisão em flagrante. Senhoras e senhores, devemos fixar sempre, para estas propostas, passos mínimos importantes para que se tenha uma investigação completa, como por exemplo a importância da preservação do local do fato, o acionamento imediato da polícia técnico-científica e do Ministério Público e um deslocamento de um delega- do para o local. Lembro também que os palestrantes foram unânimes quando afirmaram a preocupação que o art. 19 do PL 179/03, que trata do uso da força ou arma de fogo contra manifestações pacíficas e legais, que na visão dos palestrantes pode trazer complicações na atuação da polícia entre manifestantes. Outra fala que muito me chamou atenção foi a da Coordenadora da Área de Gestão do Conhecimento do Instituto Sou da Paz de São Paulo, Stephanie Morin, quando afirmou que o uso da força é um pressuposto da atividade policial, tanto para assegurar o cumprimento da lei, quanto para proteger a vida e integridade física dos policiais e de terceiros. O investimento da formação de policiais regularmente é fundamental para uma boa atuação policial no nosso País. As políticas públicas têm que ser um ponto primordial para a ação da polícia. Sr. Presidente, há no Brasil um genocídio desenfreado de adolescentes, especialmente de jovens negros e pobres. Segundo o Deputado Reginaldo Lopes, autor da proposta, o Brasil, de uma forma ou de outra, naturalizou uma violência. Em 30 anos nós matamos o equivalente à população do Uruguai: quase 13 milhões de pessoas. Caros colegas, esse projeto é uma iniciativa importante para os dias em que estamos vivendo. Pois não só em São Paulo, mais em vários Estados brasileiros estão ocorrendo homicídios arquitetados por alguns maus policiais. Como resultado dessas ações registramos 56 mil homicídios, cometidos somente em 2012. Já em 2014, 15,6% dos homicídios tinham um policial no gatilho. Segundo o relatório da Anistia Internacional, eles atiram em pessoas que já se renderam, que já estão feridas e sem uma advertência que permitisse que o sus- peito se entregasse. Nosso País precisa aprovar um plano de redução de homicídios. Não podemos deixar a segurança pú- blica matar como vem matando. 54 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 Todavia, quero repudiar a forma desrespeitosa com que o Exmo. Sr. Deputado Jair Bolsonaro tratou o tema do PL 179/03. Segundo ele, se fosse Governador do Estado ele teria a polícia que mais iria matar naquele Estado. Essas posições é que trazem ao nosso País a matança e a criminalidade policial. Em conclusão, diante da justificada preocupação com o elevado número de homicídios no Brasil, dian- te do flagrante agravamento da violência e da criminalidade, encareço ao Estado a decisão firme de enfrentar essas questões e adotar, com urgência, todas as medidas cabíveis, especialmente com o propósito de com- bater, coibir e punir de forma eficaz as ações criminosas das milícias privadas, dos milicianos e dos grupos de extermínio. A vida é o maior de todos os bens de um homem e de uma mulher. Para isso, exige-se dos poderes públicos federais e estaduais a proteção desse bem jurídico perfeito. Era o que tinha a dizer. O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Concedo a palavra ao Delegado Edson Moreira. O SR. DELEGADO EDSON MOREIRA (Bloco/PTN-MG. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, vejam bem: a segurança pública, a educação e a saúde deste País estão arrepiando os cabelos do Deputado Esperidião Amin. Sr. Presidente, veja as notícias desta madrugada, por exemplo, em São Paulo: troca de tiros, explosão de caixa eletrônico, e Polícia Militar mata criminoso. Em Minas Gerais, tiroteio entre policiais e criminosos; matam-se os criminosos. E aí falam da literalidade policial! Quer dizer, bandido pode matar policial à vontade, mas policial não pode matar criminoso em defesa própria?! Então, Sr. Presidente, essa insegurança faz com que os cabelos do Deputado Esperidião Amin fiquem arrepiados. O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Concedo a palavra ao Deputado Leonardo Monteiro, do PT de Minas Gerais, por 1 minuto. O SR. LEONARDO MONTEIRO (PT-MG. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srs. Deputados, quero apresentar o pronunciamento que preparei sobre a Semana da Árvore, sobretudo neste momento importan- te em que nosso País se prepara para participar da COP 21 – Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em dezembro, na França. Além disso, Sr. Presidente, parabenizo a nossa Secretária de Meio Ambiente do Município de Governador Valadares, em Minas Gerais, que preparou uma extensa pauta, nesta semana, inclusive com palestras, debates, sobretudo em comemoração ao Dia da Árvore. Peço que seja publicado nos meios de comunicação da Casa o pronunciamento que preparei. Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – V.Exa. será atendido, nobre Deputado. PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, servidores e servidoras da Casa e dos gabinetes parlamentares, ouvintes da Rádio Câmara, telespectadores da TV Câmara, no dia 21 de setembro celebramos o Dia da Árvore. Em Governador Valadares, Minas Gerais, a data será comemorada durante toda a semana, envolvendo o po- der público e instituições parceiras, com uma vasta programação no Parque Natural Municipal, estimulando a conscientização ambiental em crianças, jovens e adultos. Entre as atividades está o plantio de mudas, desfile de roupas feitas com material reciclado, cursos e exposições. As atividades em comemoração ao Dia da Árvore já começam na segunda-feira (21), quando a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento e órgãos afins realizará blitz educativa, Sr. Presiden- te, quando várias equipes conscientizarão os motoristas que passarem pelo sinal da Avenida Minas Gerais, na esquina com Rua Marechal Floriano, além dos que passarem pela Estrada para a Ibituruna e nas proximidades da Escola Estadual Pedro Farias, na Rua Altino Marques, no Bairro Elvamar. Na terça-feira (22) o Parque Natural Municipal foi palco de Oficinas Sustentáveis sobre produtos reciclá- veis e de orientações sobre plantio. Na parte da tarde, o Prof. Reinaldo Duque Brasil, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), apresentou o Projeto Jardim Sensorial. Nesta quarta-feira (23), a programação será vol- tada para o público infantil: a Escola Municipal Rio Doce realizou um desfile de roupas feitas com material reci- clado, Sr. Presidente, e logo em seguida houve apresentação de teatro, por meio do projeto Sanitarista Mirim, desenvolvido pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). Na quinta-feira (24) terá início no Parque um minicurso, com o professor do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG) Fábio Cruz, sobre Gerenciamento de Recursos Hídricos e Qualidade da Água. E, na sexta (25), o Sistema Autônomo de Água e Esgoto e a Vigilância Ambiental realizará uma exposição de estandes sobre a qualidade da água. Logo em seguida haverá palestra com o professor da UFJF, Reinaldo Duque Brasil, sobre “A Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 55 importância das árvores para a humanidade”, e, na parte da tarde, será realizada a segunda etapa do minicur- so de Gerenciamento de Recursos Hídricos e Qualidade da Água. Na ocasião, o professor do IFMG, Fábio Cruz, levará os alunos até uma nascente para realizar uma aula prática. No sábado (26), Sr. Presidente, haverá exposição de estandes do IFMG, Instituto de Desenvolvimento Social (IDS), UNIVALE e EMATER, e Polícia Ambiental. Logo após, o professor Reinaldo Duque ministrará uma oficina sobre Sistemas Agroflorestais e árvores de uso múltiplo. No mesmo horário, a equipe do IDS, por meio do Projeto Amigos do Parque, distribuirá mudas e algodão doce. No domingo (27) será realizado o Projeto “10 oficinas sobre Recursos Hídricos”, em que serão ministradas pelo IFMG, IDS, Polícia Militar, UNIVALE e EMATER. Na ocasião, IDS e UNIVALE distribuirão materiais orgânicos e folders. Além dessas iniciativas, Sr. Presidente, destaco que a Patrulha Rural do Sexto Batalhão de Polícia Militar participou, junto aos pais, alunos e professores do Distrito de Nova Brasília, de um encontro de conscientiza- ção ambiental e busca por melhorias na estrutura da Escola Municipal Bárbara Heliodora. Os participantes as- sistiram a uma palestra sobre a importância de cuidarmos do nosso ambiente escolar, e após a palestra foi o momento de contribuir efetivamente para a melhoria no meio ambiente: foram plantadas 19 mudas nativas da Mata Atlântica, como pau-brasil, sibipiruna e ipê rosa, na parte interna da escola e na praça, adquiridas do Instituto Estadual de Florestas. Com esses exemplos, Sr. Presidente, nossa sociedade se mostra mobilizada e empenhada em cuidar da preservação de plantas e recursos hídricos. Isso é fundamental, neste momento em que o tema da sustenta- bilidade está tão em evidência. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Concedo a palavra à Deputada Benedita da Silva, por 1 minuto. A SRA. BENEDITA DA SILVA (PT-RJ. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, nós celebramos, no dia 22 de setembro, o Dia Nacional do Atleta Paraolímpico. E, dando sequência às comemorações do Dia Nacional de Luta da Pessoa Portadora de Deficiência, cele- brado no dia 21 de setembro, hoje realizamos nesta Casa uma sessão de homenagem na qual nossos atletas, que nos orgulham muito, trouxeram suas medalhas de ouro para que fossem exibidas aqui no plenário. Eu quero prestar a minha homenagem, Sr. Presidente, a esses atletas e pedir a divulgação dessa sessão solene feita pela Câmara no dia de hoje. Parabenizo todos os nossos atletas paralímpicos pelo seu dia e por suas conquistas, que certamente nos enchem de orgulho. Esses bravos guerreiros orgulham a nossa Pátria. Muito obrigada, Sr. Presidente. PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELA ORADORA Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o Dia Nacional do Atleta Paralímpico é celebrado neste dia 22 de se- tembro, dando sequência às comemorações do Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, 21 de setembro. É fundamental a conexão entre as duas datas: a da luta da pessoa com deficiência e a que homenageia os atletas paralímpicos. O esporte tem um poder transformador inquestionável. É uma das ferramentas mais poderosas para a promoção da saúde, da educação e da inclusão social. No caso dos atletas com deficiência, o esporte tem ain- da o poder de, por meio da afirmação da diferença, mudar a percepção das pessoas, sejam elas com ou sem deficiência. Os Jogos Parapan-Americanos de Toronto (Canadá) deste ano traduzem a performance do Brasil como uma potência esportiva paralímpica: a delegação chegou a 257 medalhas, sendo 109 de ouro, 74 de prata e outras 74 de bronze. Trata-se do melhor rendimento do País em toda a história do evento, superando o recorde anterior registrado no Rio de Janeiro (RJ), em 2007, quando a equipe paralímpica conquistou 221 medalhas. Finalizo meu pronunciamento parabenizando todos nossos atletas paralímpicos pelo seu dia e por suas conquistas, que muito nos enchem de orgulho. Orgulha nossa Pátria por ter esses bravos guerreiros. Muito obrigada. O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Concedo a palavra ao nobre Deputado Roberto Britto por 1 minuto. O SR. ROBERTO BRITTO (Bloco/PP-BA. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero apenas enaltecer o trabalho realizado pelo Governo da Bahia, o Governo Rui Costa, e pelo Sr. Secretário de Saúde, Dr. Fábio Vilas-Boas, pela instalação recentemente no Estado da Bahia do Hospital Regional da Cos- ta do Cacau, às margens da Rodovia Ilhéus‑Itabuna, onde serão investidos R$77 milhões. Essa primeira etapa ficará pronta em 2017. Parabéns ao Secretário de Saúde do Estado da Bahia, e parabéns ao Governo Rui Costa por essa obra tão importante!. 56 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 Outro fato que merece destaque, Sr. Presidente, foi a criação pelo Governo Rui Costa da Política Estadual de Incentivo à Doação de Órgãos. Isso vai melhorar bastante um setor prejudicado da nossa sociedade. O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Muito obrigado, nobre Deputado. PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, volto a esta tribuna motivado por dois acontecimentos da maior importância ocorridos nesta terça no meu Estado, ambos na área de saúde, indiscutivelmente um dos gran- des desafios do Governador Rui Costa, que dá mais uma demonstração do firme compromisso em fazer uma revolução na saúde pública da Bahia. O primeiro foi a aprovação de crédito por parte do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a construção do novo Hospital Regional da Costa do Cacau, às margens da rodovia Ilhéus-Itabuna, onde serão investidos R$77 milhões nas obras da unidade e cerca de R$30 milhões em equipamentos. A previsão é de que a primeira etapa fique pronta no primeiro semestre de 2017. Em relação ao primeiro acontecimento, informo que o novo hospital terá a capacidade de atendimento médico-hospitalar de média e alta complexidade, em urgência e emergência, e também com internamentos. Na primeira etapa, terá 150 leitos, possibilitando atender um público estimado em 780 mil pessoas. Quando a segunda fase for concluída, o número de leitos chegará a 350, sendo 30 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A previsão é de que a primeira etapa leve 12 ou 15 meses para ser concluída. A segunda grande notícia, ainda na área de saúde pública, foi o lançamento da Política Estadual de In- centivo à Doação de Órgãos, Tecidos e Transplantes, cujo objetivo é promover ações que incentivem a popu- lação e capacitem os profissionais de saúde para multiplicar o número de doação de órgãos na Bahia. De acor- do com o Governador Rui Costa, a Política Estadual de Incentivo à Doação de Órgãos vai exigir investimentos de mais de R$10 milhões por ano para alavancar desde a doação, passando pela captação, chegando até a fase de acompanhamento antes e depois dos transplantes para os pacientes – os quatro pilares do plano es- tadual. De acordo com o Secretário de Saúde Fábio Villas Boas, a ideia é de que os recursos sejam utilizados, entre outras áreas, para reduzir as dificuldades na realização de transplantes, incluindo estímulo financeiro às equipes médicas e hospitalares, até o investimento em equipamentos, exames e medicamentos de alto custo na capital e interior. Atualmente, dois mil baianos estão na fila de espera por um transplante de órgão, mas a ideia é reduzir e, no caso de alguns órgãos, como a córnea, zerar essa fila de espera. Entre as metas estão as de triplicar a doação e o transplante de córnea no primeiro ano; dobrar a doação de órgãos sólidos no primeiro ano; além de aumentar em 50% o número de transplantes de órgãos sólidos a partir do ano que vem e nos anos seguintes, até zerar a fila de espera. Além de aumentar a quantidade de transplantes, a política estadual ainda deve realizar procedimentos que não estavam sendo feitos na Bahia, como os transplantes de coração, desativado desde 2009. Quero congratular‑me com o Governador Rui Costa, com o Secretário de Saúde, Fábio Vilas Boas, e sua equipe e com a população da Bahia, em especial a do sul do Estado, onde está sendo construído o novo Hos- pital Regional da Costa do Cacau, com os dois acontecimentos. São medidas que reforçam a determinação do nosso Governador em dar ao nosso povo uma melhor qualidade de vida para todos. Sr. Presidente, peço a divulgação do meu pronunciamento nos meios de comunicação da Casa e no pro- grama A Voz do Brasil. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Concedo a palavra ao Deputado Valdir Colatto. O SR. VALDIR COLATTO (Bloco/PMDB-SC. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente Carlos Manato, obri- gado pela oportunidade. Comunico à Casa que acabamos de sair de uma reunião, no Ministério da Agricultura, com a Ministra Kátia Abreu e toda a sua equipe, fiscais agropecuários e Frente Parlamentar da Agropecuária, para negociar a cessação da greve dos fiscais agropecuários de todo o Brasil. A greve está complicando a exportação e a pro- dução nas indústrias, e o Brasil inteiro está preocupado com isso. Nós acertamos que um comitê vai acompanhar esse projeto todo, para ver o que está acontecendo, e, na terça-feira, vai avaliar, com a Ministra, a situação. Esperamos que essa greve, em todo o Brasil, realmente seja desmobilizada para que nós possamos con- tinuar produzindo, fazendo com que o agronegócio continue salvando este Brasil. Esse comitê tem, portanto, esta função no final de semana – uma dor de cabeça, com certeza: verificar quais pontos vão travar a exportação ou ter algum problema com a produção agropecuária, para que possa- mos resolver isso, na terça-feira, com a Ministra. O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Muito obrigado, nobre Deputado. O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Concedo a palavra ao Deputado Zé Geraldo. Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 57 O SR. ZÉ GERALDO (PT-PA. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu quero dar como lido pronuncia- mento que trago sobre o Bolsa Família, que já ultrapassa os 13 milhões de famílias beneficiadas. Peço que os meios de comunicação desta Casa e o programa A Voz do Brasil deem ampla divulgação ao meu pronunciamento. O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – V.Exa. será atendido, Deputado. PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados e todos os que nos acompanham pelos diversos veícu- los de comunicação, o Bolsa Família, programa criado em outubro de 2003, complementará a renda de 13,9 milhões de famílias no mês de setembro. No total, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) está transferindo R$2,3 bilhões, com o valor médio do benefício por família de R$164,86. O pagamento começou na quinta‑feira (17) e segue até o dia 30 deste mês. O Bolsa Família é pago sempre nos últimos dez dias úteis de cada mês, de forma escalonada. Para saber em que dia sacar o dinheiro, a família deve observar o último dígito do Número de Identificação Social (NIS) impresso no cartão. Para cada final do NIS, há uma data correspondente por mês que indica o primeiro dia em que a família pode fazer o saque. Os recursos ficam disponíveis para saque durante 90 dias. O valor repassado depende do número de membros da família, da idade de cada um e da renda declarada no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. O Bolsa Família é um programa que contribui para o combate à pobreza, transferindo, a cada mês, uma quantia em dinheiro diretamente às famílias. O Programa também acompanha, nas áreas de saúde e educação, as crianças, os adolescentes e as mulheres grávidas que fazem parte do programa. Senhoras e senhores, o Bolsa Família já possibilitou a retirada de 36 milhões de brasileiras e brasileiros da extrema pobreza. Viva o Bolsa Família! O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Concedo a palavra ao nobre Deputado Edmilson Rodrigues, por até 3 minutos. O SR. EDMILSON RODRIGUES (PSOL-PA. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero aproveitar esses minutos para breves comunicações para expressar opinião acerca de um fato histórico de grande relevância. Refiro-me à decisão do Supremo Tribunal Federal de considerar inconstitucional o financiamento de campa- nhas, tanto de candidatos quanto de partidos políticos, através de pessoas jurídicas. Isso não inviabiliza, natu- ralmente, que as pessoas que possam e queiram contribuam legalmente, como pessoas físicas, a partidos e a candidatos de sua simpatia. A decisão foi importante porque equaliza melhor o processo eleitoral. Para nós do PSOL, ela faz a demo- cracia ser mais factível, ser menos retórica, porque muito se fala em democracia, mas ela é negada, na prática, quando o dinheiro prevalece. Nós teríamos aqui inúmeros fatos para contar, dos mais diversos rincões dos Estados. Muitos são eleitos pela sua história, por serem lideranças importantes, por terem ocupado postos importantes, por terem acesso aos meios de comunicação, é verdade, mas é claro que a representação do povo brasileiro, seja no Parlamento, seja nos Executivos, é expressão da distorção da soberania popular. Querem ver uma coisa? Nós temos, neste Parlamento, 30% de pessoas ligadas ao agronegócio. Como isso ocorre, se não alcançam 1% os que atuam nessa área da economia brasileira? PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, nesta quarta-feira (22/9) venho saudar o Supremo Tribunal Federal, que teve a sabedoria que faltou nesta Casa. Depois de um ano e nove meses, o STF concluiu na última quinta- -feira (17) o julgamento da proibição das doações de empresas a candidatos e partidos políticos. Faço essa sau- dação apesar da desastrosa conduta do Ministro Gilmar Mendes, que segurou o processo por todo esse tempo para que, depois que a Câmara já tivesse votado favoravelmente ao financiamento empresarial, ele pudesse acompanhar esse voto vergonhoso. Por 8 votos a 3, o STF considerou as doações inconstitucionais. A ação que contestou as contribuições empresariais no financiamento político foi movida em 2013 pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), com o argumento de que o poder econômico desequilibra a disputa eleitoral. Infelizmente, a Câmara Federal apro- vou essa barbaridade e agora está nas mãos da Presidenta vetar este tipo de financiamento. Essa postura da Câmara, contudo, é coerente com a condição de presença da maioria dos Deputados nesta Casa. Como é possível que os ruralistas sejam 1% da população brasileira, mas representados por 30% 58 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 dos Deputados Federais? Que as mulheres sejam maioria na sociedade, e aqui elas não sejam nem 10% do total de Parlamentares? Que os negros sejam 60% da população brasileira e não tenham nem 3% dos Deputados Federais? Que não haja um único Deputado indígena? Entre tantas razões que perpetram as perversidades de nossas desigualdades está o financiamento empresarial de campanha. Por trás de dezenas de Deputados, nesta Casa, está o investimento de entes empresariais que cobram a conta depois no desenvolvimento dos mandatos. Não há segredos. Com as ferramentas de transparência disponíveis a toda a população, conseguimos ver, de forma cristalina, a relação de troca. No site dos tribunais eleitorais de cada Estado vemos quais empresas doaram e o valor. Acessando o site da Câmara – ferramenta, aliás, completa e excelente, subutilizada pela po- pulação brasileira –, podemos acompanhar a atuação de cada Parlamentar: as Comissões das quais participa, os projetos que apresenta e relata, como vota em plenário. Neste exercício, é absurdo notar como é corriqueiro que Parlamentares financiados por planos de saúde tentam esfacelar o SUS. Como Deputados financiados por mineradoras pretendem devastar o território brasileiro. Como Deputados financiados por empreendimentos agronegocistas defendem a exploração dos territórios indígenas. Por conta de uma perversidade como o financiamento empresarial de campanha, temos um presidente (da Câmara) denunciado ao STF por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, investigado na Operação Lava- -Jato, acusado de ter recebido propina no valor de, pelo menos, 5 milhões de dólares, e que continua a ter funções de mando. É desse quadro de desigualdade e de afronta aos princípios fundamentais da Carta de 1988 que decorre o escandaloso fato de a metade dos membros escolhidos para participar da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da PETROBRAS tenham tido parte de suas campanhas eleitorais financiadas por empresas investigadas no âmbito da Operação Lava-Jato, que apura esquema de corrupção na estatal. Esta imoralidade simplesmente é aceita pela maioria nesta Casa. Nós do PSOL não achamos isso normal e nos insurgimos contra esse estado de coisas. Por esta razão, acreditamos que é possível, sim, fazer política e campanha eleitoral sem esse tipo de re- curso. Não somente é possível, mas a única saída para que o trabalho do Parlamentar esteja a serviço, de fato, dos interesses do povo. E não que seja uma ferramenta para atender a interesses limitados: de quem pagou a conta. Assim, parabenizo o STF pela decisão e apelo à Presidenta Dilma Rousseff para que vete o financiamento empresarial de campanha e ajude este País a recuperar a sua moral política. Por que não temos um indígena tri- bal? Por que não temos negros, se a maioria da população brasileira é negra ou parda? Realmente, há distorções. Eu creio que a proibição ao financiamento privado permitirá campanhas mais baratas e afirmará a de- mocracia necessária ao Brasil. Concluo, Sr. Presidente, fazendo a minha crítica ao Ministro Gilmar Mendes, que se sentou sobre o pro- cesso e só o liberou após esta Casa ter tomado uma decisão. Obrigado. O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Com a palavra o nobre Deputado Jose Stédile, por 1 minuto. O SR. JOSE STÉDILE (PSB-RS. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, se um Ministério merece o nosso respeito, entre os Ministérios da Presidente Dilma, é o Ministério da Saúde. Vários gestores públicos, Prefeitos e Secretários Municipais que me procuraram elogiaram a postura do Ministro Arthur Chioro, elogiaram sua criatividade, transparência e agilidade, mesmo com os cortes que o Ministério sofreu. Agora, lamentavelmente, estamos ouvindo a notícia de que ele será substituído em negociação – por bai- xo do pano, ou sabe-se lá como – de troca de favores eleitorais ou de troca de favores nas votações nesta Casa. O povo brasileiro, mais uma vez, fica triste e enlutado com essa decisão do Governo brasileiro. O Sr. Carlos Manato, nos termos do § 2º do art. 18 do Regimento Interno, deixa a cadeira da Presidência, que é ocupada pelo Sr. Paulo Magalhães, nos termos do § 2º do art. 18 do Regimento Interno. O SR. PRESIDENTE (Paulo Magalhães) – Tem a palavra o Deputado Moroni Torgan. O SR. MORONI TORGAN (DEM-CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero apenas informar minha satisfação por estar sendo presidido por V.Exa. O SR. PRESIDENTE (Paulo Magalhães) – Muito obrigado, meu querido Deputado. O SR. PRESIDENTE (Paulo Magalhães) – Com a palavra o Deputado Carlos Manato. O SR. CARLOS MANATO (SD-ES. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o dia 25 de setembro é um dia que marca uma passagem muito triste na minha vida, mas também marca uma passagem alegre. A passagem triste refere-se ao dia 25 de setembro de 2005, quando faleceu meu saudoso pai, Hélio Mannato, médico como eu. Aprendi com ele, o que eu tenho na minha vida, a ter uma conduta ética e moral. Meu pai era funcionário do Banco do Brasil e, depois, tornou-se médico do banco. Nós somos cinco filhos, e, com muita dificuldade, ele deu uma criação muito interessante a toda a nossa família. Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 59 Inspirado no meu pai é que eu fui ser médico. Minha esposa é médica, minha filha é médica e meu filho está se formando em Medicina. Deixo registrada aqui minha homenagem ao meu saudoso pai. Em breve, nós estaremos juntos; ele está muito melhor do que eu estou agora. Mas, precisamente amanhã, Sr. Presidente, vai fazer exatamente 10 anos que ele morreu, mas vai fazer 10 anos que eu faltei à última sessão deliberativa nesta Casa, marca que trago com muito orgulho. Eu procuro defender meu mandato e estar sempre presente. Esse foi um compromisso que eu assumi comigo e com os meus eleitores. Respeito todos os Deputados, cada um tem seus motivos para trabalhar, para faltar, para ir a um evento. Mas na terça-feira, na quarta-feira e na quinta-feira, Sr. Presidente, até prova em contrário, é sagrado eu estar neste plenário, participando efetivamente das discussões desta Casa, sempre procurando defender meu mandato com muita integridade e com posições que eu acho coerentes e defender meu partido, o povo capixaba, o povo do Estado do Espírito Santo e meu Brasil. Foi assim, sempre votando por maior salário mínimo. Também votei pelo fim do fator previdenciário. Estamos sempre acompanhando de perto essas votações. Faço o registro dos 10 anos da morte do meu pai e de que, amanhã, fará 10 anos consecutivos que eu não falto a uma sessão deliberativa desta Casa. Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Paulo Magalhães) – V.Exa. é um exemplo para todos nós. O Sr. Paulo Magalhães, nos termos do § 2º do art. 18 do Regimento Interno, deixa a cadeira da Presidên- cia, que é ocupada pelo Sr. Carlos Manato, nos termos do § 2º do art. 18 do Regimento Interno. O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Com a palavra o Deputado Marcon, por 3 minutos. O SR. MARCON (PT-RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero falar sobre um tema que é importante para a saúde do povo brasileiro. O Brasil é o país que mais comercializa e consome veneno no mundo. O veneno distribuído principalmente pelo agronegócio vai para a terra, para o solo, para a água e para o ar. Por isso, o Brasil tem o maior número de casos de câncer na população, segundo dados oficiais do Instituto Nacional do Câncer, que preocupam cada vez mais a população brasileira. Nós precisamos avançar nesse tema. A produção do agronegócio se diz inteligente, produtiva. Mas pre- cisamos produzir para termos qualidade de vida e não para termos cada vez mais gente doente no País. O Rio Grande do Sul é o Estado campeão na comercialização de veneno. Nós precisamos avançar cada vez mais sobre esse tema, repito. Por isso temos feito debates lá no Estado e aqui na Casa. Repito: nós precisa- mos avançar nessa questão. Muitos defendem grandes multinacionais que patrocinam muitas vezes campanha de Deputados. Eu vejo que essa decisão do STF para o fim do financiamento de campanhas privadas ajuda também nessa ques- tão de haver menos Deputados aqui defendendo as multinacionais que vendem esse pacote principalmente para o agronegócio brasileiro. Faço este alerta: não adianta nós só colocarmos dinheiro no Ministério da Saúde; também precisamos prevenir. E prevenir é vender menos veneno – menos veneno na terra, menos veneno na nossa produção, que chega à mesa do povo brasileiro. Muito obrigado. O Sr. Carlos Manato, nos termos do § 2º do art. 18 do Regimento Interno, deixa a cadeira da Presidência, que é ocupada pelo Sr. Eduardo Cunha, Presidente. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Conforme combinado e divulgado previamente pelo Colégio de Líderes, vou ler, em primeiro lugar, a seguinte Decisão da Presidência: “Trata-se da Questão de Ordem nº 105, de 2015, apresentada pelos Srs. Deputados Mendonça Filho, Carlos Sampaio, Arthur Oliveira Maia, Arnaldo Jordy, André Moura, Cristiane Brasil e Bruno Araújo, na sessão deliberativa ordinária de 15 de setembro de 2015, por meio da qual formulam uma série de questionamentos relacionados ao recebimento e à análise de denúncias em desfavor da Presidenta da República pela suposta prática de crimes de responsabilidade. As dúvidas levantadas pelos Autores da presente Questão de Ordem podem ser sintetizadas da se- guinte forma: (a) Em que consiste o juízo prévio da admissibilidade exercido pelo Presidente ao receber denún- cias pela prática de crime de responsabilidade em desfavor do Presidente da República? O que é analisado nessa instância? Tal juízo prévio não estaria a usurpar a competência constitucionalmente 60 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 cometida ao Plenário na hipótese de a alegação ser baseada em “fundamentos plausíveis” ou de a “notícia do fato reprovável” ter “razoável procedência”? (b) Quem tem legitimidade para interpor o recurso contra a decisão do Presidente da Câmara dos Deputados que indefere o recebimento de denúncia por suposto crime de responsabilidade em desfavor do Presidente da República? (c) É facultado ao Parlamentar emendar denúncia já oferecida por cidadão, a fim de sanar eventual vício ou a ausência de requisitos legais? Em havendo tal possibilidade, qual seria o momento opor- tuno para fazê-lo? (d) Em que prazo o Presidente comunicará à Casa o não recebimento de denúncia pela prática de crime de responsabilidade em desfavor do Presidente da República? Qual seria o prazo para a inter- posição do recurso e, uma vez interposto, em que prazo ele seria submetido à apreciação do Plenário? (e) Caso seja apresentado requerimento de realização de sessão extraordinária, nos termos dos arts. 117, III, 67, § 1°; e 83, IV, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, para apreciação do recur- so previsto no art. 218, § 30, a Presidência colocaria em votação imediata tal requerimento? Caso o requerimento em questão seja apresentado, seria ele obrigatoriamente submetido à votação antes do início da Ordem do Dia, ou caberia ao Presidente decidir discricionariamente acerca de quando submetê-lo à apreciação do Plenário? (f) Pode o Presidente da República reeleito responder por crime de responsabilidade decorrente de ato praticado no curso de seu primeiro mandato? (g) Até que momento a renúncia do Presidente da República tem o condão de interromper o proce- dimento de autorização de instauração de processo por crime de responsabilidade em seu desfavor? (h) Quais dispositivos da Lei nº 1.079, de 1950, são aplicáveis ao processo de impeachment no âm- bito da Câmara dos Deputados? (i) Caberá à Comissão Especial proferir parecer preliminar na forma do art. 20, caput, da Lei nº 1.079, de 1950, ou será observado o rito previsto no art. 218, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados? (j) Como se dará o procedimento de eleição da Comissão Especial responsável por analisar a de- núncia? Em que prazo os Líderes deverão indicar os candidatos a membro da Comissão Especial? Na hipótese de ausência de indicação no prazo pelos Líderes, poderá o Presidente da Casa exercer a prerrogativa prevista no art. 33, § 1°, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados? (k) Qual será o procedimento para a realização da eleição? Haverá possibilidade de candidatura avulsa? Tendo em vista a grande quantidade de partidos políticos representados na Câmara dos Deputados e o disposto no art. 218, § 2°, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, como será composta a Comissão Especial? Quantos membros ela terá? (l) Qual o critério para definição do Presidente e do Relator da Comissão? Haverá Vice-Presidentes da Comissão Especial, tal como prevê o art. 39, caput, do Regimento Interno? Esses cargos serão distribuídos de acordo com o princípio da proporcionalidade partidária? Haverá possibilidade de candidatura avulsa? (m) Os prazos da Comissão Especial observarão o disposto no art. 218, § 5°, do Regimento Interno, ou o disposto no art. 20 da Lei nº 1.079, de 1950? (n) Qual prazo será concedido ao Relator para apresentar seu parecer? Caso o Relator falhe em apre- sentar no prazo seu parecer, que procedimento será adotado? Que procedimento deve ser adotado na hipótese de a Comissão Especial rejeitar o parecer oferecido pelo Relator? (o) Caso a Comissão Especial extrapole o prazo a ela assinado para concluir seus trabalhos, será pos- sível prorrogá-lo? Seria possível levar a matéria pendente de parecer diretamente ao Plenário, nos termos do art. 52. § 6°, do Regimento Interno? (p) Qual é o prazo para inclusão da matéria na Ordem do Dia? O parecer da Comissão figuraria na Ordem do Dia com prioridade sobre medidas provisórias e projetos de lei tramitando no regime de urgência constitucional? (q) Como será organizada a discussão do parecer da Comissão Especial em Plenário? De que forma deve ser compreendida a expressão “discussão única”, constante do art. 20, § 2º, da Lei nº 1.079, de 1950? Para fins de discussão do parecer em Plenário, serão considerados os Blocos Parlamentaras em funcionamento na Câmara ou os partidos políticos isoladamente? (r) Qual é o quórum para aprovação do parecer da Comissão Especial em Plenário? A votação do parecer preliminar será eletrônica ou será feita por chamada dos Deputados, a teor do que dispõe o art. 187, § 4º, do Regimento Interno Interno da Câmara dos Deputados? Serão permitidas questões de ordem e/ou encaminhamento de votação durante essa fase? Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 61 (s) É admissível requerimento de retirada de pauta ou de adiamento de discussão ou votação em relação à denúncia por crime de responsabilidade em desfavor do Presidente da República? É pos- sível a concessão de vistas no âmbito da Comissão Especial com extrapolação do prazo assinado à Comissão?” É o relatório. Decido. Registro, inicialmente, que o Deputado Miro Teixeira, em sua contradita, insurgiu-se contra a apresenta- ção da Questão de Ordem durante a Ordem do Dia da Sessão Deliberativa Ordinária, por suposta desconfor- midade com o disposto no art. 95, § 1º, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados (RICD), que dispõe: “Durante a Ordem do Dia só poderá ser levantada questão de ordem atinente diretamente à matéria que nela figure” Quanto a esse ponto, entendo que a regra deve ser interpretada de acordo com sua finalidade. O obje- tivo do § 1º do art. 95 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados é impedir que questionamentos estra- nhos à agenda estabelecida para uma determinada sessão impeçam o regular andamento dos trabalhos. Para tanto, confere ao Presidente o poder de deixar de conhecer questão de ordem apresentada de forma extem- porânea. A prática da Casa firmou-se no sentido de que tal prerrogativa é exercida pelo Presidente de forma discricionária – discricionária, não arbitrária. Lembro que praticamente todos os partidos aqui representados já se valeram dessa interpretação para formular questão de ordem durante o período da Ordem do Dia, sem enfrentar resistência por parte da Presidência. Se a relevância do tema se impõe, e não há intenção de obstruir o andamento da sessão, entendo não haver óbice ao recolhimento de questão de ordem durante a Ordem do Dia, ainda que o tema tratado não diga respeito diretamente à matéria que nela figura. Registro que o Deputado Mendonça Filho utilizou, além do prazo previsto no art. 95, § 2º, do Regimento Interno, tempo de Liderança para apresentação do seu questionamento. Não é adequado que o Presidente se ponha a tutelar os Líderes, mormente quando o art. 66, § 1º, do Regimento Interno assegura a eles a prerroga- tiva de usar a palavra “em qualquer tempo da sessão” para “comunicações destinadas ao debate em torno de assuntos de relevância nacional”. Soma-se a todo esse quadro o fato de que a Questão de Ordem foi reiterada na Sessão Ordinária de 16 de setembro de 2015, pelo Deputado Mendonça Filho, antes de iniciada a Ordem do Dia. Não há, assim, qualquer vício a arguir ou prejuízo a reparar. Vencido esse ponto, passo aos questionamentos levantados pelos autores. 1. Sobre o juízo prévio de admissibilidade: Em relação ao juízo prévio de admissibilidade proferido pelo Presidente da Câmara dos Deputados diante de denúncias pela prática de crime de responsabilidade, esclareço que o exercício de tal prerrogativa tem sede no art. 218, § 2°, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, c/c os arts. 14 e 16 da Lei nº 1.079, de 1950, consoante os quais o recebimento da denúncia fica condicionado à aferição do cumprimento dos requisitos estabelecidos no § 1° daquele mesmo dispositivo, a saber: a assinatura do autor da denúncia com firma reco- nhecida; a apresentação de documentação comprobatória ou indicação do local onde essa pode ser obtida, caso não esteja acessível ao autor da denúncia; e a indicação do rol testemunhas, em número mínimo de cinco, caso necessário. O texto constitucional exige, ainda, que a denúncia seja subscrita por cidadão. Por essa razão, é imperativo que o autor da denúncia prove estar no pleno gozo de seus direitos políticos. Cumpre ressaltar que o juízo inicial de admissibilidade da denúncia por crime de responsabilidade en- volve não apenas a análise dos aspectos meramente formais enumerados acima, mas também de questões substanciais, notadamente a tipicidade das condutas imputadas e a existência de indícios mínimos de auto- ria e materialidade, nos termos da jurisprudência firmada pelo Supremo Tribunal Federal (Agravo Regimental no Mandado de Segurança nº 30.672, Relator Ministro Ricardo Lewandowski, Plenário, Diário da Justiça, 18 de outubro de 2011; Mandado de Segurança nº 23.885, Relator Ministro Carlos Velloso, Plenário, Diário da Justi- ça de 20 de setembro de 2002; Mandado de Segurança nº 20.941, Relator para o acórdão Ministro Sepúlveda Pertence, Plenário, Diário da Justiça 31 de agosto de 1992). O exercício de tal prerrogativa não traduz qualquer violação das competências constitucionalmente atri- buidas ao Plenário. Tais competências, inclusive, encontram-se asseguradas pela previsão regimental de recurso contra decisão do Presidente que indeferir o recebimento da denúncia (art. 218, § 3º, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados), conforme esclarecido na Questão de Ordem nº 169, de 1999. Trata-se apenas de garantir que um procedimento extremamente gravoso do ponto de vista institucional não seja instaurado sem a observància de todos os requisitos exigidos pelo direito. 2. Da legitimidade para interpor o recurso previsto no art. 218, § 3°, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados (RICD); da possibilidade de emenda de denúncia popular por Parlamentar e dos prazos aplicáveis: 62 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 Em relação ao questionamento sobre a legitimidade para apresentar o recurso previsto no art. 218, § 3°, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, recordo que a Presidência da Câmara dos Deputados, por ocasião do Recurso nº 224, de 2005, do Sr. Arnaldo Faria de Sá, admitiu que Parlamentar interpusesse o recurso contra o indeferimento de denúncia por crime de responsabilidade apresentada por cidadão. Essa sistemática será mantida. Ressalto, contudo, dois pontos: primeiro, ainda que a interposição do recurso por Parlamentar em benefí- cio de denúncia subscrita por cidadão seja admissível, não se admite que a peça acusatória seja emendada por quem não a subscreveu; segundo, o cidadão não investido no mandato parlamentar carece de legitimidade para interpor o recurso por ato próprio. Esse entendimento é há muito esposado pela Casa, como demonstra a decisão proferida em 29 de dezembro de 2000, pelo então Presidente Michel Temer, no recurso interposto pelo Sr. Célio Evangelista Ferreira contra decisão que deixou de receber denúncia de sua autoria em desfavor do Presidente da República. Além disso, o posicionamento da Câmara dos Deputados quanto à matéria tem sido reiteradamente chancelado pelo Supremo Tribunal Federal, conforme se depreende da jurisprudência pa- cífica daquela Corte (Medida Cautelar em Mandado de Segurança nº 33.558, Relator: Ministro Celso de Mello, Diário de Justiça 30 de abril de 2015; Mandado de Segurança nº 32.930, Relator: Ministro Ricardo Lewandowski, Diário de Justiça 16 de junho de 2014). Os Autores da presente Questão de Ordem indagam, ainda, sobre o prazo em que o Presidente comuni- cará à Casa o não recebimento de denúncia pela prática de crime de responsabilidade em desfavor do Presi- dente da República. Informo, quanto a esse particular, que todas as decisões que indeferem o recebimento de denúncia são publicadas no Diário da Câmara dos Deputados. Portanto, os Parlamentares têm ciência imediata das decisões tomadas pela Presidência acerca dessa matéria. O Regimento Interno não dispõe sobre prazo para a interposição de recurso ou para sua apreciação pelo Plenário. Nesse sentido, em atenção ao principio da segurança jurídica, entendo por bem fixar em 5 sessões o prazo para a interposição de recurso contra decisão que indefere a denúncia em desfavor do Presidente da República pela prática de crime de responsabilidade, por analogia com os demais prazos regimentais previstos para interposição de recurso (art. 115, parágrafo único; art. 58, §1°; e art. 35, § 2°, todos do Regimento Interno da Câmara dos Deputados). Interposto regularmente o recurso, ele será apreciado corno matéria sobre a mesa, a teor do art. 180, § 1°, do Regimento Interno da Câmara. 3. Do procedimento de apreciação do recurso com amparo no art. 218, § 3º: O requerimento de realização de sessão extraordinária é regimental, ainda que figure como item único da pauta da sessão a ser convocada o recurso que os autores pretendem ver apreciado. Esclareço que, caso seja apresentado requerimento com esse teor durante sessão deliberativa da Casa antes do início da Ordem do Dia, a matéria deverá ser submetida de imediato ao Plenário, como matéria sabre a mesa, nos termos do art. 67, § 1º, e 117, III, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. 4. Sobre os limites temporais da responsabilização do Presidente da República e os efeitos de eventual renúncia durante o processo de impeachment: Deixo de receber a primeira questão, por não envolver “dúvida sobre a interpretação do Regimento, na sua prática exclusiva ou relacionada com a Constituição Federal”, nos termos do art 95, caput, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. A indagação sobre a possibilidade de responsabilização do Presidente da Repúbli- ca reeleito por atos praticados no curso do primeiro mandato, no exercício das funções presidenciais, não se reduz a uma questão de procedimento ou interpretação de norma regimental. Trata-se, de fato, do cerne da decisão adotada pelo Plenário, a partir do trabalho da Comissão Especial, no exercício do juízo de admissibili- dade da denúncia. Não cabe, portanto, ao Presidente da Câmara, em sede de questão de ordem, substituir-se às instâncias competentes para tomar essa decisão. Quanto à eventual renúncia do Presidente da República, a Presidência enfrentará esse ponto apenas se necessário, uma vez que sua elucidação em nada interfere na organização, clareza e previsibilidade do proce- dimento referente à análise da admissibilidade de denúncia por crime de responsabilidade. 5. Sobre os dispositivos legais aplicáveis: A questão acerca dos dispositivos da Lei nº 1.079, de 1950, que ainda são aplicáveis ao processo de im- peachment no âmbito da Câmara dos Deputados é de fundamental importância, mas foi devidamente equa- cionada pela decisão do Supremo Tribunal Federal no Mandado de Segurança nº 21.564 e pela edição, pela Câmara dos Deputados, da Resolução nº 22, de 1992, que deu nova redação ao art. 218 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, entre outras providências. Naquele julgamento, o Supremo Tribunal Federal entendeu que a Constituição de 1988 inovara a tradi- ção brasileira ao concentrar no Senado Federal a competência para processar e julgar o Presidente da Repú- blica nos crimes de responsabilidade. Nos termos do voto do Ministro Carlos Velloso, Relator para o acórdão, Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 63 “nas Constituições de 1946 e 1967, esta com e sem a EC nº 1/69, o Senado Federal constituía-se, apenas, em tribunal de julgamento, já que à Câmara dos Deputados cumpria declarar a procedência ou improcedência da acusação”. A Constituição de 1988, por sua vez, restringiu a competência da Câmara dos Deputados à admissibilidade da denúncia, retirando de sua alçada quaisquer atos de instrução do processo. A mudança na sistemática cons- titucional tornou inaplicáveis os arts. 21 e 22 da Lei nº 1.079/1950, “mais adequados ao processo de julgamen- to da denúncia e não ao procedimento de sua admissibilidade”. De acordo com a decisão, permanecem hígidos os demais dispositivos dos Capítulos I e lI do Titulo Único da Parte Segunda da Lei nº 1.079/1950, ainda que a terminologia da lei (quando se refere, por exemplo, à “decretação da acusação”, no art. 23, § 1°, ou ao “parecer preliminar”, no art. 20, caput) deva ser compreendida à luz do regime constitucional vigente. Ressalte-se, por fim, que o § 5º do art. 23 da Lei nº 1.079, de 1950, foi revogado pelo art. 86, § 1º, inciso II, da Constituição de 1988. Dessa forma, o Presidente da República fica suspenso de suas funções “após a instauração do processo pelo Senado Federal”, e não a partir do “decreto de acusação”. Em novembro de 1992, pouco após a decisão do Supremo Tribunal Federal, a Câmara dos Deputados aprovou a Resolução nº 22/1992, que alterou a redação do art. 218 do Regimento Interno. Verifica-se, portan- to, que a Casa, ao aprovar as alterações no art. 218 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, buscou assimilar ao texto do Regimento os dispositivos legais que ainda encontravam aplicabilidade sob o pálio da Constituição de 1988, razão pela qual é nesse dispositivo que a Presidência buscará amparo para a definição do rito de apreciação da admissibilidade de eventual denúncia por crime de responsabilidade em desfavor do Presidente da República. O art. 218 espelha fielmente as normas da legislação especial ainda aplicáveis. Os ajustes introduzidos são pontuais, adaptam o procedimento à nova sistemática constitucional e asseguram o direito à ampla defe- sa (art. 5º, LV, da Constituição Federal). A Lei nº 1.079/1950 não previa, por exemplo, prazo para manifestação do denunciado, estabelecendo tão somente que a Comissão teria 10 dias após a eleição de seu Presidente e Relator para emitir parecer. O Regimento trata esses prazos em sessões, fixando-os em dez sessões para a ma- nifestação do denunciado e em cinco sessões para a Comissão proferir seu parecer. Esse último prazo passa a fluir após a manifestação do denunciado ou o transcursoin albis das dez sessões que lhe são concedidas para essa finalidade, desde que já instalada a Comissão Especial. 6. Sobre a eleição, composição e direção da Comissão Especial prevista no art. 218, § 2°, do Regimento Interno: A eleição da Comissão Especial prevista no art. 218, § 2°, do Regimento Interno da Câmara dos Depu- tados observará, caso necessário, as seguintes regras: fixado o número de vagas por Partidos e Blocos Parla- mentares, os Líderes indicarão a esta Presidência, no prazo de 24 horas, os candidatos a titular e suplente de cada bancada, de acordo com o número de vagas que lhes caiba pela proporcionalidade partidária, ponderada com a exigência de participação de todos os partidos e blocos parlamentares da Casa. O prazo exíguo para a indicação se justifica em razão de o Regimento Interno dispor, em seu art. 218, § 5°, que a Comissão se reuni- rá “dentro de 48 horas”, a contar do recebimento da denúncia, para eleger seu Presidente, Vice-Presidentes e Relator. Caso os Líderes não indiquem os candidatos de sua bancada no prazo, caberá a esta Presidência, por analogia com o art. 33, § 1°, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, fazê-lo. Os nomes dos candida- tos indicados pelos Líderes serão, então, submetidos ao Plenário. Detalhes sobre como a votação se proces- sará serão divulgados oportunamente, caso haja necessidade. A eleição depende, em qualquer hipótese, do quórum de maioria de votos. Na hipótese de ser recebida a denúncia pela prática de crime de responsabilidade em desfavor do Pre- sidente da República, após sua leitura no expediente da sessão seguinte, nos termos do art. 218, § 2°, do Re- gimento Interno da Câmara dos Deputados, a Presidência notificará a autoridade denunciada, nos termos do art. 218, § 4°, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados e assinará ato criando a Comissão Especial a que se refere o art. 218, § 2°, do Regimento Interno. Tendo em vista o limite máximo de membros de Comissões Permanentes na Câmara dos Deputados, previsto no art. 25, § 2º, do Regimento Interno, aplicado neste ponto por analogia, a Comissão Especial terá 66 titulares, com igual número de suplentes. A Presidência calculará a distribuição das vagas na Comissão levando em conta dois imperativos regimentais: primeiro, a observância, tanto quanto possível, do princípio da proporcionalidade partidária; segundo, a garantia de participação de todos os Partidos e Blocos Parlamentares que compõem a Casa. Uma vez eleitos, os membros titulares e suplentes não poderão ser substituídos pelos Líderes e deterão mandato até a extinção da Comissão, seja pelo cumprimento de sua finalidade, com a aprovação de parecer pelo deferimento ou indeferimento do pedido de autorização, seja pelo transcurso de seu prazo de funciona- mento. Também não será permitida, a qualquer titulo, a cessão de vaga de titular ou suplente entre Partidos ou Blocos Parlamentares. 64 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 Em relação à direção da Comissão Especial, esclareço que vale a norma constante do art. 39, caput, do Regimento. A Comissão contará com um Presidente e três Vice-Presidentes eleitos, elegendo, ainda, o seu Relator, nos termos do art. 218, § 5º, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. A eleição para esses cargos observará os procedimentos já consolidados no âmbito do Departamento de Comissões da Casa. Nas Comissões Permanentes, esta Presidência tem atuado para garantir o acordo mediante o qual a distribuição do comando desses órgâos observa o peso de cada bancada ou bloco na Câmara dos Deputados. Ressalte-se, contudo, que o panorama é diverso no que tange às Comissões Temporárias. Não há previsão regimental de distribuição dos cargos de Presidente, Vice-Presidente ou Relator de Co- missão com base na proporcionalidade, ainda que acordos políticos possam eventualmente assegurar a pre- valência prática desse critério na distribuição dos cargos de comando do órgão. A composição da Comissão Especial como um todo observará a proporcionalidade partidária, mas qualquer membro titular da Comissão pode, em princípio, se candidatar aos cargos em questão, observado o art. 39, §§ 2º a 5°, do Regimento Inter- no da Câmara dos Deputados. 7. Sobre os prazos e parecer na Comissão Especial: Conforme já explicado no item 5, os prazos que regem o procedimento na Comissão Especial são aque- les previstos no art. 218 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. No que se refere ao prazo do Relator na Comissão Especial, informo que ele disporá de duas sessões im- prorrogáveis para apresentar seu parecer. Caso o Relator extrapole esse prazo, o Presidente da Comissão po- derá destituí-lo da função, convocando de imediato nova eleição para o cargo. Ainda sobre o parecer da Comissão Especial, esclareço que, em razão da natureza binária dessa mani- festação (deferimento ou indeferimento do pedido de autorização), na eventual derrota do parecer do Relator pela Comissão fica o Presidente daquele órgão autorizado a designar um membro para redação do texto do parecer que espelhe a vontade do Colegiado, conforme prescreve o art. 57, inciso XII, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, a ser submetido ao Plenário. Quanto a eventual requerimento de prorrogação do prazo assinado à Comissão Especial, entendo tra- tar-se de providência possível. Conforme se depreende do § 5º do art. 218, o prazo para que a Comissão apre- sente seu parecer apenas fluirá após a manifestação do denunciado ou o transcurso do prazo destinado à sua manifestação, desde que já instalada a Comissão Especial. A partir do momento em que o prazo de cinco ses- sões estiver fluindo, admite-se que a Comissão, caso entenda necessário, venha a requerer ao Plenário a pror- rogação de seus trabalhos, nos termos do art. 117, inciso VII, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. Alerto, contudo, que, ultrapassado o prazo regimental de funcionamento da Comissão sem aprovação do parecer, a Presidência estará autoiizada a, de ofício ou mediante requerimento, trazer a matéria diretamente a Plenário, quando ela receberá parecer, nos termos do art. 52, § 6°, do Regimento Interno. 8. Da inclusão da matéria na Ordem do Dia, da discussão e apreciação do parecer da Comissão Especial em Plenário: Quanto à inclusão do parecer da Comissão na Ordem do Dia e eventual concorrência com matérias que tramitam com prazo constitucional, informo que, nos termos da Questão de Ordem nº 536, de 2005, o sobres- tamento da pauta por medidas provisórias ou projetos de lei em urgência constitucional não se aplica à deli- beração sobre admissibilidade da denúncia apresentada nos termos do art. 51, I, da Constituição Federal. Uma vez publicado o parecer da Comissão Especial, ele será incluído na Ordem do Dia no prazo de 48 horas, como determina o § 7º do art. 218, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. A discussão do Parecer em Plenário se dá em turno único, com a observância das disposições regimentais pertinentes, notadamente os arts. 171 e 174 a 178 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. Friso, ain- da, que deverá ser facultada à autoridade denunciada o uso da palavra em Plenário para, pessoalmente ou por intermédio de seu advogado, manifestar-se sobre o parecer da Comissão Especial, pelo mesmo tempo e logo após usar da palavra, o autor da denúncia ou o Relator, conforme o sentido do parecer da Comissão Especial. Os Autores da presente questão de ordem inquirem, ainda, se, para fins de discussão do parecer da Co- missão Especial em Plenário, serão considerados os Blocos Parlamentares existentes atualmente na Câmara ou os partidos políticos com representação na Casa isoladamente. A questão seria relevante apenas se fossem aplicáveis os arts. 21 e 22, § 4, da Lei nº 1.079, de 1950, os quais, nos termos da decisão do Supremo Tribunal Federal, no Mandado de Segurança 21.564, não foram recepcionados pela Constituição de 1988. Quanto à apreciação do parecer da Comissão Especial pelo Plenário, a norma regente é o art. 218, § 8, c/c com o art. 187, § 4, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. Nos termos desses dispositivos, o pa- recer será submetido à votação nominal pelo processo de chamada dos Deputados, sem encaminhamento da votação ou questões de ordem, consoante o disposto no art. 23, caput, da Lei Lei nº 1.079, de 1950. O quórum exigido para que a acusação seja admitida pela Câmara dos Deputados está previsto no art. 51, I, da Constituição Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 65 Federal, e no art. 218, § 9, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, e é de dois terços dos membros da Casa, isto é, 342 votos. Assim, um parecer pelo deferimento da abertura do processo deve receber pelo menos 342 votos favoráveis para que seja considerada a autorização. Por outro lado, se o parecer da Comissão Especial for pelo indeferimento da abertura do processo, apenas a sua rejeição por 342 votos ou mais resulta em auto- rização para processar o Presidente da República. Esse quórum é aplicável apenas à deliberação em Plenário. 9. Sobre a possibilidade de pedidos de vista e requerimentos de adiamento de discussão, de votação e de retirada de pauta: Em relação aos requerimentos procedimentais referentes a adiamento da discussão e votação, ou, ainda, de retirada da Ordem do Dia, eles podem ser apresentados tanto na Comissão Especial quanto em Plenário. Contudo, o fato de a Comissão Especial contar com prazo de cinco sessões para emitir seu parecer torna apli- cáveis, por analogia, as disposições que regem as matérias em regime de urgência. Nesse sentido, os requerimentos de adiamento de discussão e votação devem observar o disposto nos arts. 177, § 1°, e 193, § 3°, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, respectivamente. Também são aplicáveis as regras previstas no art. 57, incisos XVI e XVII, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, que restringem o direito do membro da Comissão de pedir vista e proíbe a saída do processo do recinto da Comissão. Registro, por oportuno, que o art. 57, XVI, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, não proibe que o Presidente da Comissão conceda vistas do processo que tramita em regime de urgência; a regra apenas não assegura ao requerente tal direito. Caberá ao Presidente da Comissão, em concerto com o Relator, discricionariamente, conceder vistas do processo, sempre no recinto do órgão, a membro que assim o reque- rer, desde que essa medida não traga prejuízos ao trabalho do Relator nem comprometa o cumprimento dos prazos da Comissão. Nesses termos, tenho por resolvida a questão de ordem. Publique-se. Oficie-se.” O SR. MIRO TEIXEIRA – Sr. Presidente, peço a palavra para uma reclamação. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Pois não, Deputado. O SR. MIRO TEIXEIRA (Rede-RJ. Com revisão do orador.) – V.Exa. aplicou, e pode aplicar, a interpretação sistemática do Regimento ao tratar da contradita que eu fiz aqui à questão de ordem do Deputado Mendonça Filho. V.Exa. pode fazer isso. Mas eu peço a V.Exa. que use também essa interpretação sistemática, se é que já não a usou, porque nós estávamos aqui na mesma dúvida... V.Exa. garantiu cinco sessões para recorrer no caso de deferimento e de indeferimento? Ou só no caso de indeferimento? O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Não, no caso de indeferimento. O SR. MIRO TEIXEIRA – No caso de indeferimento. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Indeferimento. O SR. MIRO TEIXEIRA – Mas eu vou lhe dizer uma coisa: eu acho que no caso de deferimento também deve haver cinco sessões. Eu estou colocando isso como reclamação e vou concluir daqui a pouco. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Pois não. O SR. MIRO TEIXEIRA – Hoje nós temos um governo fraco. Vamos falar muito claramente, como é da nossa prática aqui ao longo dos mandatos: hoje nós temos um governo fraco. Eu faço oposição a este Governo – quem acompanha meu trabalho na Comissão de Finanças sabe disso –; no Plenário, menos, porque estava eu num momento de criação ainda, ajudando a Marina Silva, que foi minha candidata à Presidência da República, na criação do partido Rede Sustentabilidade. Nós somos de oposição. Já eu me declarei contra o impeachment da Presidente da República, e a Marina também já se declarou assim, pelos fundamentos apresentados nas petições. Se amanhã houver a tipificação definida pela Constituição, pela lei que define crime de responsabilidade, nós mesmos assinaremos aqui uma petição. Mas o que nós estamos tratando, a rigor, é de uma alteração regimental. Pode ser, por interpretação sis- temática, adotado um princípio, que eu agora pediria a V.Exa. que mandasse à publicação a decisão. E aí eu não sei se deixo na reclamação. Eu só usei a reclamação, que é uma expressão muito desagradável, porque era o que o Regimento me permitia, com maior comodidade para mim, embora não me sinta confortável reclamando de V.Exa., que fez uma análise muito profunda das coisas. Há algumas coisas com as quais concordo. Não concordo com a retirada de atribuição do Supremo Tri- bunal Federal, por exemplo. Se nós temos reeleição, nós temos dois mandatos ou um mandato? Penso eu: são 66 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 dois mandatos para o mesmo cargo. Por quê? Houve eleição, poderia não ter sido reeleito o Presidente; houve diplomação e houve posse – encontre em alguns doutrinadores amparo para isso. E estou lhe dizendo o motivo pelo qual eu digo “no caso de acolhimento ou não da petição inicial”: é por- que hoje o Governo está fraco. Agora, vamos imaginar o contrário, que houvesse aqui um governo forte, a economia estivesse bombando e houvesse a transgressão de todos os dispositivos constitucionais e da lei dos crimes de responsabilidade, e V.Exa. mandasse prosseguir um processo de impeachment, que não é um pro- cesso de impeachment, é o juízo de admissibilidade para o processo de impeachment, que se dá no Senado. Mas, lato sensu, como é publicado nos jornais, aqui está sendo discutido hoje o começo dos procedi- mentos preliminares para instauração de processo de impeachment. Isso é de extrema gravidade, porque a economia, que já está lá na ruína absoluta, só tenderá a piorar, e quem paga essa conta seguramente são as pessoas da classe média, as mais necessitadas também, e tudo o mais. Então, eu peço a V.Exa. que trate desta matéria como uma alteração regimental. Isso aí não é para postergar. O SR. MENDONÇA FILHO – Sr. Presidente, peço a palavra para contraditar a questão de ordem do De- putado Miro Teixeira. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Deixe o Deputado concluir, por gentileza. O SR. MIRO TEIXEIRA – Se tudo isso não for possível, que V.Exa. mande publicar a sua decisão. Acredito que não fará mal fazer essa publicação amanhã ou segunda-feira. Não faz mal, estudamos no fim de semana. Mande publicá-la para que nós possamos, de maneira razoável, estabelecer um debate. Vamos tirar de lado essa combinação do artigo A com o artigo B. O que nós estamos aqui discutindo é um grave momento político brasileiro, numa tarde de quinta-feira. Eu, pelo menos, tomei conhecimento da decisão do Presidente agora. Já disse: existem coisas que estão expressamente no Regimento, e V.Exa. assim trata. Existem outras que vêm, como preliminares, da justa interpretação sistemática do Regimento. Então, se V.Exa. puder mandar publicar a decisão antes que se conte o prazo… O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Deputado, eu já determinei a publicação. Ao fim da minha lei- tura, eu determinei: “Publique-se”. O SR. DOMINGOS SÁVIO – Está explícito: “Publique-se”. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – A decisão já inclui a publicação. O SR. MIRO TEIXEIRA – Em cinco sessões, a partir da publicação. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Eu vou passar a palavra para o Deputado Mendonça. Eu vou ape- nas fazer duas considerações sobre a ponderação de V.Exa. Em primeiro lugar, a questão de ordem não tem alteração regimental; tem interpretação regimental. Além de não ter alteração regimental sem interpretação, ela foi distribuída previamente ontem para todos. Todos os Líderes a receberam. Foram por mim avisados e ontem a receberam no meio da tarde, de modo que tiveram 24 horas de conhecimento de todo o texto. Não foi colocado numa tarde de quinta-feira – aliás, o plenário está lotado. O SR. MIRO TEIXEIRA – Lamento que não o tenha recebido, mas não é culpa de V.Exa. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – É porque ontem V.Exa. se instalou como Liderança. O SR. MIRO TEIXEIRA – Não é culpa de V.Exa. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Inclusive, foi divulgado publicamente para a imprensa. Então, o intuito foi pacificar a discussão; que não fosse criar polêmica ou passar qualquer impressão de que se está querendo colocar qualquer regra nova. Portanto, o que está colocado aqui, Deputado Miro, é única e exclusivamente a razão do já divulgado, sem modificação de uma única linha. Sobre a interpretação regimental, ninguém está aqui adotando norma. Ao que V.Exa. falou sobre imputação ou não de responsabilização de mandato anterior ou atual, eu claramente deixei de responder, porque não se trata de questão de ordem regimental. Está explícito aqui na minha decisão. Com relação ao recebimento ou não recebimento por parte do Presidente, ao que cabe recurso... O SR. MIRO TEIXEIRA – Isso é claro. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – ...o Regimento, em seu art. 218, § 3º, é explicito: “Art. 218...... § 3º Do despacho do Presidente que indeferir o recebimento da denúncia, caberá recurso ao Plenário.” O SR. MIRO TEIXEIRA – Isso é expresso. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – É expresso. Então, não há o que eu inventar, eu só posso inter- pretar. Noventa por cento do que aqui está já faz parte de questões de ordem avulsas publicadas, inclusive a do Presidente Michel Temer, se eu não me engano, contestando um pedido que gerou um recurso. Se eu não me engano, até foi assinado por V.Exa. naquela época, há 15 anos. Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 67 O SR. MIRO TEIXEIRA – Menos, talvez. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – E a publicação está assegurada pela decisão, e certamente as dú- vidas que surgirem ou que vierem a surgir serão objeto de questões de ordem específicas sobre esses pontos nas sessões seguintes. Não há nenhum direito precluso de quem quer que seja pela leitura. O SR. MIRO TEIXEIRA – Isso me tranquiliza. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Com relação à preliminar, que eu fiz menção à sua contradita, eu enfrentei a sua contradita pelo uso e costume. Mas, além de eu ter enfrentado a contradita pelo uso e costume, eu reiterei, ela foi reiterada, a questão de ordem, no dia seguinte, 16 de setembro, antes de iniciada a Ordem do Dia da sessão seguinte. O SR. MIRO TEIXEIRA – Presidente, como se diz nos tribunais: sobre a matéria de fato. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – É. Claro. O SR. MIRO TEIXEIRA – Eu fiz o quadro comparativo da questão de ordem do Deputado Mendonça Filho de um dia e da do dia seguinte. Eu peço que V.Exa. o faça; eu posso remeter a V.Exa. Houve uma breve alteração na introdução da questão de ordem – quatro linhas. O resto foi a cópia, digamos assim, porque não foi nem repetida, em primeiro lugar. Em segundo lugar, a questão de ordem foi apresentada num momento em que não havia quórum. Eu cheguei ao plenário e não vi a questão de ordem. Eu poderia recorrer. Se houvesse um requerimento sobre a mesa... O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Não, não. Ele propôs a questão de ordem, V.Exa. poderia contraditar. O SR. MIRO TEIXEIRA – Enfim, tudo bem. Mas a questão é a seguinte: se eu quisesse recorrer ao Plená- rio, não havia quórum. Veja só, nós não estamos discutindo esse art. 218, mais o art. 95, mais o art. 96; não é isso. Nós estamos gravemente aqui discutindo as condições para o juízo de admissibilidade do impedimento do Presidente da República. E não é para esse ou para essa, é para os Presidentes da República. Então, o que eu peço a V.Exa. é que mande à publicação... O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Já está feito, já está feito. O SR. MIRO TEIXEIRA – ...no Diário da Câmara dos Deputados, para que nós nos esclareçamos e, no prazo oportuno, ou, como diz V.Exa., opportuno tempore, possamos apresentar as nossas razões e usar os instrumen- tos regimentais, legais, constitucionais que julgarmos necessários. Então, V.Exa. vai mandar publicar... O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Já está. A decisão está aqui, que eu li: “Publique-se, oficie-se”. O SR. SIBÁ MACHADO – Presidente, Presidente, Presidente... O SR. MENDONÇA FILHO – Presidente, Presidente, Presidente... O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Eu vou conceder a palavra. Não há necessidade de nenhum alvoroço. Com a palavra o Deputado Mendonça Filho. O SR. MENDONÇA FILHO (DEM-PE. Sem revisão do orador.) – Presidente, eu só queria comunicar ao Plenário que, na verdade, há uma informação imprecisa do Deputado Miro Teixeira com relação à leitura que fiz, ou à ratificação da questão de ordem no dia posterior, na quarta-feira da semana passada, porque, a rigor, é exatamente a mesma questão de ordem. Não mudou nada. Talvez alguma palavra, no improviso, que não conflita em nada com o conteúdo da questão de ordem, tenha sido pronunciada num dia e não no outro – palavra diferente –, o que é natural. Então, esse ponto eu queria superar dizendo que é exatamente a mesma questão de ordem. Quanto ao segundo aspecto, V.Exa. já respondeu, eu só quero ratificar essa posição, porque o § 3º é claro. Diz o seguinte o § 3º do art. 218: “Art. 218...... § 3º Do despacho do Presidente que indeferir o recebimento da denúncia, caberá recurso ao Plenário.” Ou seja, “indeferir”. Aqui não abre a possibilidade de deferimento, de se recorrer ao Plenário quanto a algo que tenha sido deferido. É claro e objetivo o que está escrito no Regimento, no art. 218. Por fim, Presidente, uma observação que eu considero muito importante: esse art. 218, só para contar um pouco da história, na verdade foi fruto de uma alteração, no Regimento Interno da Câmara dos Deputados, a partir da Resolução nº 22, de 1992. Essa Resolução, que alterou artigo do Regimento e criou o art. 218, nas- ceu, a rigor, da resposta a um mandado de segurança feito para o Supremo Tribunal Federal em 1992, quando das discussões com relação à tramitação do impeachment do ex-Presidente Fernando Collor de Mello. Então, a base legal e regimental é clara, tranquila, transparente. Acredito que V.Exa. respondeu a contento, sinceramente, a todos os pontos. O mais relevante, eu queria destacar aqui, é a possibilidade de, por via de requerimento, V.Exa. tendo indeferido, por exemplo, um determi- 68 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 nado pedido de impeachment, o Plenário poder se pronunciar, para que haja a marcação de uma data específica para deliberação do Plenário com relação ao recurso de um eventual indeferimento de pedido de impeachment. Para nós da Oposição, então, eu creio sinceramente, o que se desejava foi alcançado: clareza, transpa- rência, responsabilidade do Plenário da Casa com relação à tramitação de qualquer processo de impeachment na Câmara Federal. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Concedo a palavra ao Deputado Sibá Machado. O SR. SIBÁ MACHADO (PT-AC. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, em primeiro lugar, eu quero dizer que V.Exa. apresentou a resposta que iria ser lida hoje antecipadamente. Tivemos um tempo mais ou menos razoável para dar uma lida e estudar ponto a ponto o que foi lido hoje nesta tarde. Assim sendo, nós queríamos apresentar a V.Exa. e a este Plenário o que entendemos – é o nosso ponto de vista – da resposta que foi dada. Nesse sentido, eu estou pedindo, em primeiro lugar, o tempo de Líder, a concessão do tempo de Líder, para que o Deputado Wadih Damous faça a leitura do documento que queríamos que fosse apresentado. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Pois não. O SR. SIBÁ MACHADO – O.k. A SRA. JANDIRA FEGHALI – Presidente, quero só agregar o tempo de Líder... O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Sem problema nenhum. O SR. CHICO ALENCAR – E depois, Presidente, o tempo de Líder do PSOL. Depois. Não estou... O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Está agregando a ele? O SR. CHICO ALENCAR – Não, não estou agregando nada. Somos desagregados, mas não desagregadores. O SR. SIBÁ MACHADO – Agradecemos ao PSOL. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Pensei que o PSOL já tinha se agregado. O SR. CHICO ALENCAR – Não, de forma alguma. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Brincadeira. O SR. CHICO ALENCAR – Também não estamos agregados a nenhuma tentativa golpista regimental. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Após o tempo de Líder, eu concedo a palavra. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Com a palavra o Deputado Wadih Damous, para uma Comuni- cação de Liderança, pelo PT. O SR. WADIH DAMOUS (PT-RJ. Questão de ordem e como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, em nome do Partido dos Trabalhadores, em nome do Partido Comunista do Brasil, nós estamos nesta assentada apresentando recurso contra a decisão de V.Exa. acerca da Questão de Ordem nº 105, de 2015. Passo à leitura das razões do recurso: “Diante da relevância da matéria é fundamental que os pontos aqui tratados sejam examinados de acordo com o disposto nos §§ 8º e 9º, assegurando-se a tramitação perante a Comissão de Consti- tuição e Justiça e de Cidadania, com efeito suspensivo. Vale registrar, preliminarmente, que se questiona o cabimento da questão de ordem que foi respon- dida agora pelo Presidente da Câmara. A decisão do Presidente da Câmara em permitir que fosse realizada questão de ordem pelo Deputado Mendonça Filho, foi de encontro ao art. 95, § 1º do Re- gimento Interno da Câmara dos Deputados. A matéria não tinha relação alguma com a Ordem do Dia estabelecida previamente pelo Sr. Pre- sidente. A questão de ordem, além de estranha à agenda, interrompeu o regular andamento dos trabalhos da sessão. Não há em que se falar que a conhecimento de questão de ordem fora do rito estabelecido pelo § 1º do art. 95 do RICD é decisão discricionária do Presidente da Casa, se há uma norma clara no Re- gimento dispondo de maneira contrária (...) Era e é tão evidente a afronta ao art. 95, § 1º, do Regimento, que o autor da questão de ordem refez a mesma questão, no dia seguinte, o que também não encontra previsão legal, serviu apenas como um reconhecimento implícito de que a questão de ordem não poderia ter sido feita daquela maneira.” Sr. Presidente, vou me permitir ler uma passagem da intervenção do ex-Deputado e ex-Ministro do Supre- mo Tribunal Federal Nelson Jobim à Questão de Ordem nº 10.418, de 1992, que naquela ocasião contraditou a questão de ordem apresentada pelo Deputado Gastone Righi, nos mesmos moldes em que esta foi apresentada: “Não é o Presidente da Câmara dos Deputados um órgão de consulta. Presidente não tem opinião, Presi- dente não formula juízo, Presidente decide questão de ordem sobre matéria procedimental que se apre- senta e se põe no momento da Ordem do Dia. Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 69 Portanto, não compete a V.Exa., por meio de uma questão de ordem formulada como tal, estabelecer procedimentos futuros, ainda que não fixados na Ordem do Dia. Dessa forma, como início de contradita, suscito a impossibilidade de conhecimento de questão de ordem que não diz respeito à matéria exatamente atinente a essa questão.” Retomo a leitura das razões do recurso, Sr. Presidente: “Ademais, ainda que houvesse seguido o primeiro requisito elencado no art. 95, qual seja o da per- tinência da matéria, a questão de ordem, da maneira como foi feita, afrontou outros dispositivos do Regimento. O autor da questão de ordem excedeu o prazo regimental de 3 minutos, disposto no § 2º, do art. 95, em mais de dez vezes, e, diferentemente do argumentado pelo Presidente em sua resposta, não se aplica ao caso o § 1º do art. 66, que dispõe que, ‘em qualquer tempo da sessão os líderes (...) poderão fazer comunicações destinadas ao debate em torno de assuntos de relevância nacional’. A questão de ordem não é comunicação. Portanto, não se aplica o dispositivo. As indagações deveriam ter sido formuladas por consulta à CCJC, nos termos do art. 32, inciso IV, alínea ‘c’, já que claramente os §§ 1º e 2º do art. 95 impediam que as indagações fossem realizadas por meio de questão de ordem, seja pelo tema, seja pelo tempo. Portanto, a questão de ordem não poderia ter sido formulada, e, mesmo que formulada, não pode- ria ter sido aceita e respondida. Entretanto, apesar do vício insanável, aponto aqui as respostas aos questionamentos que devem ser reexaminadas e objeto de reforma pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Outro ponto que merece reforma na decisão do Presidente é a previsão de emenda saneadora ou de aditamento de denúncia por quem a subscreveu. É fato, Sr. Presidente, que a Lei nº 1.079, de 1950, bem como o Regimento Interno são silentes quanto à possibilidade de realização de emendamento ou aditamento de denúncia a fim de sanar eventual vício ou ausência de requisitos. Ou seja, não há nenhuma norma constitucional, legal ou regimental que permita o aditamento. Essa possibilidade de aditamento da denúncia deve obedecer ao princípio da reserva legal, na forma do art. 5, inciso II, da Constituição da República, e do parágrafo único, do art. 85. Além disso, o Supre- mo Tribunal Federal tem jurisprudência consolidada sobre o tema, disposta na Súmula Vinculante nº 46, que determina ser ‘da competência legislativa da União a definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento’. Essa lacuna, quanto à possibilidade de emendamento ou aditamento, não pode ser suprida por decisão em sede de questão de ordem. Não há que se falar sobre a legitimidade do cidadão, autor de denúncia, e em aditar, já que não há a possibilidade de realizar a ação. Resta, portanto, a necessidade de se impugnar a criação de procedimento que possibilite emendamento ou aditamento de denúncia por meio de decisão à questão de ordem. Segundo ponto. No item 4 da decisão de V.Exa., quanto aos limites temporais da responsabilização do Presidente da República no processo de impeachment, o Presidente da Câmara afirma que essa análise‘não se reduz a uma questão de procedimento ou interpretação de norma regimental. Trata-se, de fato, do cerne da de- cisão adotada pelo Plenário, a partir do trabalho da Comissão Especial, no exercício do juízo de admissibilidade da denúncia.’ Não cabe, portanto, ao Presidente da Câmara, em sede de questão de ordem, substituírem-se as instâncias competentes para tomar essa decisão. Ora, Sr. Presidente, em leitura combinada dos arts. 82 e 86, § 4º, da Constituição Federal, conclui-se de maneira direta que o Presidente da República somente poderá ser responsabilizado pelos atos cometidos du- rante a vigência de seu mandato atual, jamais de mandato anterior. Além disso, até V.Exa., no item 1 de sua decisão, admitiu ser necessária a análise da justa causa. Ora, Sr. Presidente, a análise de justa causa implica condição da ação e relaciona-se com a demonstração do interesse de agir, bem como da necessidade de existência de lastro probatório mínimo a comprovar a imputação. O fato é que não há qualquer lastro probatório para comprovar a imputação, isto é, não há sequer ele- mentos para imputar à Presidente a prática de crime de responsabilidade, seja no atual mandato, seja no man- dato anterior. Ora, Sr. Presidente, a análise sobre o momento em que ocorreu o fato é condição de procedibilidade, e não questão de mérito, devendo essa questão estar no juízo de admissibilidade feito pelo Presidente da Câmara. 70 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 Não se pode admitir a interpretação que não seja a mais estrita dos dispositivos contidos na Constitui- ção, configurando grave violação à democracia qualquer interpretação diversa e que busque elementos para punição de Presidente da República que não estejam expressos de forma clara em seu texto. Além de atentar contra a democracia, estaríamos diante da violação ao princípio da legalidade, expresso no art. 5º, inciso II, da Constituição, ao admitir que por meio de questão de ordem seja adotado procedimento não autorizado pela própria Constituição. Segundo ponto. Sobre a aplicação de dispositivos legais, o Sr. Presidente afirma equacionar a questão com o que ficou decidido no Mandado de Segurança nº 21.564 com a edição, pela Câmara dos Deputados, da Resolução nº 22, de 1992, que deu nova redação ao art. 218 do RICD. Em sua decisão, o Presidente argumenta no sentido de afastar os artigos arts. 21 e 22 da Lei nº 1.079, de 1950, afirmando que a mudança na sistemática constitucional tornou tais artigos inaplicáveis por se tratarem de instrução processual, momento não alcançado pela admissibilidade da denúncia, única fase de competên- cia da Câmara dos Deputados. Entretanto, o Supremo Tribunal Federal já decidiu reiteradas vezes que a definição dos crimes, o estabe- lecimento de regras que disciplinem o processo e o julgamento dos agentes políticos devem ser tratados em lei especial nacional. A Lei nº 1.079, de 1950, é esse diploma legal específico.” Foi recepcionado pela Constitui- ção da República de 1988. “Ademais, vale ressaltar que o STF tem jurisprudência consolidada sobre o tema, disposta na Súmula Vin- culante nº 46, que determina ser ‘da competência legislativa da União a definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento’. A Lei nº 1.079, de 1950, foi feita na égide da Constituição Federal de 1946, que já previa que quem julga- va era o Senado e que a Câmara dos Deputados apenas declarava a denúncia procedente ou improcedente. A lógica da lei e, consequentemente, todos os procedimentos que ela prevê foram construídos no sentido de que cabe à Câmara fazer juízo de admissibilidade e ao Senado compete processar e julgar, já que essa é a lei específica nacional. Além disso, dispositivo do Mandado de Segurança nº 12.564, bem como o voto do Ministro Carlos Vello- so, Relator para o acórdão, deixa claro que a Câmara dos Deputados pode, depois do exame de admissibilida- de da acusação, rejeitar a denúncia por crime de responsabilidade. Considerando que o dispositivo legal que confere tal atribuição à Câmara dos Deputados é o art. 22 da Lei nº 1.079, é decorrência lógica do afirmado no acórdão que o referido artigo se aplica ao procedimento da Câmara. Não cabe afastar um ou outro dispositivo da lei, conforme realizado na decisão do Sr. Presidente. Ademais, se não tivessem sido recepcionados os arts. 21 e 22 da Lei nº 1.079, de 1950, conforme apontado na resposta do Sr. Presidente, a previsão de que o Relator da Comissão Especial deve opinar se a denúncia deve ou não ser objeto de deliberação, a decisão da Comissão só pode ser sobre o objeto exposto pelo Relator, não havendo razão para o não recepcionamento do art. 22. Portanto, não estando afastada a aplicação da lei, o Regimento Interno da Câmara dos Deputados não se pode sobrepor ao disposto no diploma legal e no art. 85, parágrafo único, da Constituição. O prazo para manifestação deve obedecer ao princípio da reserva legal, na forma do art. 5º, inciso II, da Constituição da Re- pública e do parágrafo único do art. 85. Terceiro ponto. Quanto à eleição e composição da Comissão Especial prevista no art. 218, § 2°, do RICD, o Presidente afirma que o número de vagas da Comissão será fixado por partidos ou blocos parlamentares. Vale notar, Sr. Presidente, que a Lei nº 1.079, de 1950, assegura representação apenas aos partidos para composição de Comissão Especial eleita após recebimento da denúncia. Além disso, a lei não prevê a eleição de Vice-Presidentes, não podendo a representação ser tratada por meio de blocos partidários e existir eleição para Vice-Presidente para a Comissão, sob pena de contrariedade do disposto em lei. Admitir a adoção de procedimento que não encontra amparo na Lei nº 1.079, de 1950, implica contra- riedade ao princípio da reserva legal, na forma do art. 5º, inciso II, da Constituição da República e do parágrafo único do art. 85. Além disso, o Supremo Tribunal Federal”, reitero, “tem jurisprudência consolidada sobre o tema, disposta na Súmula Vinculante n° 46”, volto a repetir, “que determina ser ‘da competência legislativa da União a definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento’. Quarto ponto. Quanto aos prazos e parecer da Comissão Especial, o Sr. Presidente entende pela existên- cia de apenas um parecer, ao ignorar o disposto na Lei nº 1.079, de 1950. A Lei nº 1.079, de 1950, prevê a necessidade de a Comissão Especial constituída na Câmara dos Depu- tados emitir parecer sobre a denúncia ser ou não ser julgada como objeto de deliberação (arts. 21 e 22). Já o Regimento Interno dispõe apenas sobre a decisão final que compete à Casa: o deferimento ou indeferimento Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 71 da autorização. Nesse caso, de aparente antinomia, não há como deixar de prevalecer a previsão legal”, obvia- mente pelo princípio da hierarquia das leis. “Se não houver análise preliminar por meio de parecer da Comissão Especial, haverá contrariedade ao princípio da reserva legal, na forma do art. 5º, inciso II, da Constituição da República, e do parágrafo único do art. 85, que nunca é demais repetir. Ademais, restringe-se o direito à ampla defesa, caso não haja essa fase pro- cedimental prevista na lei. Ao analisarmos o Mandado de Segurança nº 21.564-0, do Distrito Federal, fica claro que só poderia ha- ver afastamento de algum dispositivo legal caso haja tese mais favorável ao denunciado nos atos normativos subsidiários à lei, conforme preconizado no art. 38 da Lei nº 1.079, de 1950. O Supremo Tribunal Federal tem jurisprudência consolidada sobre o tema, disposta na Súmula Vinculante n° 46”, já tantas vezes citadas, que vou me permitir o direito de não transcrever novamente. O SR. MENDONÇA FILHO – Sr. Presidente, acho que não cabe mais prorrogação. Foi feita uma questão de ordem. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Deputado Mendonça... O SR. MENDONÇA FILHO – Só um parêntese. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Deputado Mendonça Filho, eu queria fazer um apelo a V.Exa. Ele tem o tempo de Líder da Liderança do Governo. O SR. MENDONÇA FILHO – Eu não terminei minha questão de ordem. Eu vou encerrar. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Mas o orador ainda está na tribuna. Eu lhe cederei o tempo. O SR. MENDONÇA FILHO – Não. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Eu lhe cederei a mesma prorrogação. Ele juntou... O SR. MENDONÇA FILHO – Não, é uma ironia. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Deputado, por favor, ele juntou o tempo da Liderança do PR. O SR. MENDONÇA FILHO – Sr. Presidente, é uma pequena ironia, uma pequena ironia. O SR. PAULO TEIXEIRA – O orador está na tribuna e tem que ser respeitado, Sr. Presidente, é uma ques- tão de ordem. O SR. MENDONÇA FILHO – É uma pequena ironia. O Deputado Wadih Damous está dizendo que... O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Deputado, por favor. O SR. MENDONÇA FILHO – O Deputado Wadih está dizendo que eu não poderia fazer questão de ordem... O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Deputado, por favor. O SR. PAULO TEIXEIRA – Presidente, pedimos respeito. Há orador na tribuna. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Por favor, a Presidência está no comando da sessão. Ele agregou o tempo da Liderança do PR, a posteriori, e agrefou o tempo da Liderança do Governo. Eu vou conceder... E, pelo bom senso da matéria, eu concedo a V.Exa. qualquer excesso a maior, em igualdade de condição. O SR. MENDONÇA FILHO – Eu quero na sequência, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Eu lhe darei. O SR. MENDONÇA FILHO – Eu só quero dizer o seguinte: ele está contestando que eu usei o tempo de Líder. E a contestação dele é usando o tempo da Liderança do PT, do partido dele. O SR. PAULÃO – Peço a palavra para uma questão de ordem, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Esse registro V.Exa. poderá fazer a posteriori. O SR. DOMINGOS NETO – Quero ceder o tempo de Liderança também, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Concederei em seguida. Pode continuar, Deputado Wadih Damous, no tempo da Liderança do Governo. O SR. PAULO TEIXEIRA – Sr. Presidente, peço para ligar o microfone do orador. O SR. WADIH DAMOUS – Sr. Presidente, agradeço a V.Exa. Nós estamos aqui tratando de princípios constitucionais caros à democracia, os princípios da ampla de- fesa e do contraditório. Esta Casa não pode tergiversar em relação a isso. “Quinto ponto. Quanto à aplicação do quórum de dois terços (arts. 51, 52 e 86 da Constituição Federal), a decisão do Presidente da Casa dispõe que esse quórum é aplicável apenas à deliberação em plenário.” Esse é um item muito importante. “A Constituição, ao tratar de matéria que importa em afastamento de Presidente da República, consa- grou o quórum qualificado de dois terços, o que se depreende do art. 51, inciso I, do art. 52, parágrafo único, e do art. 86, caput, da Carta Magna. 72 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 As referidas disposições constitucionais visam a proteger a democracia e a soberania do voto popular, devendo o referido quórum ser respeitado em todas as votações relacionadas a esta matéria.” Atentem bem para isso, Srs. Deputados. “A adoção de quórum diverso fere, ainda, o princípio da reserva legal, retratado no art. 5º, inciso II, e art. 85, parágrafo único, da Constituição, não sendo questão de ordem meio adequado para dispor sobre a matéria, sobretudo para dispor de modo diverso para o quórum exigido para votação nominal da Comissão Especial do que o consagrado pela Carta Magna.” Portanto, Sr. Presidente, encerro formalizando este recurso em nome do PT e do PCdoB e pedindo aos Srs. Deputados apoiamento para que tenhamos pelo menos o terço necessário, para que seja conferido efeito suspensivo ao recurso apresentado e lido aqui nesta tribuna. Muito obrigado, Sr. Presidente. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Eu vou recepcionar a manifestação do Deputado Wadih Damous como questão de ordem, pela complexidade dos temas levantados, e decidirei posteriormente, da mesma for- ma que fiz, com a mesma transparência e com a mesma publicização antecipada. O SR. MENDONÇA FILHO – Usando o tempo de Líder, não é, Sr. Presidente? Foi uma questão de ordem usando o tempo de Liderança. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Deputado Mendonça Filho, V.Exa. tem a palavra para uma ques- tão de ordem, agregado o tempo de Líder. (Pausa.) Deputado Mendonça Filho, o Deputado Chico Alencar havia pedido a palavra anteriormente como Líder. Eu vou só pedir a V.Exa. que respeitemos a ordem. Em sequência, eu concedo a palavra a V.Exa. O SR. RUBENS PEREIRA JÚNIOR – Sr. Presidente, inscrevo-me para uma questão de ordem. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Vai ser posterior à questão de ordem do Deputado Mendonça Filho. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Concedo a palavra ao Deputado Chico Alencar, para uma Comu- nicação de Liderança, pelo PSOL. O SR. CHICO ALENCAR (PSOL-RJ. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Boa tarde a todas e a todos! Evidentemente, o substrato de toda esta discussão, até cansativa, do ponto de vista regimental, é a ques- tão política. Um setor deste Parlamento quer destituir a Presidenta Dilma do seu mandato presidencial através do instrumento legal, não necessariamente legítimo, do impeachment. Outros setores estão avaliando o quadro e outros setores se opõem a isso. Política significa nitidez de posições. A ironia do Presidente, que é boa e normal – e eu uso muito também –, ao perguntar se nós queríamos agregar nosso tempo de Liderança à fala do advogado e Deputado Wadih Damous pelo PT e pelo PCdoB merece esclarecimento. O PSOL não se agrega ao Governo, nem que se ofereçam Ministério da Saúde, Ministério da Educação ou outros órgãos, como – leio nos jornais – o PMDB de S.Exa. quer, talvez para apoiar com mais clareza o Governo, com o qual joga e muitas vezes faz jogo duplo. Por outro lado, também não nos agregamos a uma posição que parte da Oposição conservadora de- senvolve agora, com essas questões de toda ordem, desconfio que, combinadas. É um teatro acertado pre- viamente com seus principais atores, para inclusive cacifar alguns que estão às voltas com investigações da Lava-Jato. Quanto mais cartas na manga se têm, mais protegido pode estar – ilusão, creio eu, pela autonomia do Judiciário e do Ministério Público. Nós também não nos somamos a essa Oposição, que traz essa questão para aproveitar o real desgaste do Governo. Nós preferimos nos agregar a opiniões de figuras respeitáveis, como Ayres Britto e Joaquim Falcão, para falar de dois espectros bem distintos de pensamento político a um governo impopular. E o de Dilma está, in- clusive elas opções que tem feito contra sua base social-histórica, o povo, que elegeu Lula e Dilma, com esse ajuste cruel que os tucanos praticaram e ao qual agora eles se opõem também. Nós consideramos um gover- no destrambelhado e desorientado, como o de Dilma tem sido, com partidos de composição da sua base sob fortes acusações de corrupção, e, lamentavelmente, o PT também. Mas nada disso significa corpo de delito concreto para neste momento se abrir processo de impeachment. Nós entendemos que há uma aceleração do debate por motivações políticas, mas não vamos entrar nes- sa, nem fazer teatro. O importante é que a discussão política seja aberta; o importante é que não se manipule Regimento; o importante é que não se acelerem processos; o importante é que se coloque a verdade aqui. Nós participamos da eleição com , com os seus 401 mil reais gastos na campanha, com menos de 1% de uma única empresa, pessoa jurídica, advogados associados, e os outros principais candidatos, Dilma, com seus mais de 350 milhões, 95% de empresas, inclusive empreiteiras e bancos; Aécio, com seus 260 milhões, empreiteiras e bancos, mais de 80%; Eduardo Campos, e depois Marina Silva, também com seus mais de 60 milhões, 80% de empresas e pessoas jurídicas. Isso sim pode e deve modificar nosso sistema político. Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 73 Participamos da eleição e a reconhecemos e até este momento consideramos que destituir a Presidenta da República, mesmo pelo método legal do impeachment, não tem fundamento político nem jurídico. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Lembro aos Srs. Deputados que todas as questões de ordem que forem proferidas a partir de agora não serão respondidas de pronto, serão recepcionadas para decisões posteriores. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Com a palavra o Deputado Mendonça Filho, para uma questão de ordem, agregado o tempo da Liderança. O SR. MENDONÇA FILHO (DEM-PE. Questão de ordem e como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presi- dente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, subo à tribuna neste instante para comentar a questão de ordem for- mulada pelo representante do Partido dos Trabalhadores e ao mesmo tempo o momento político que vivemos. É impossível não fazermos neste instante um paralelo com o que ocorreu em 1992, quando o Congresso Nacional e a sociedade discutiram o impeachment do então Presidente Fernando Collor de Melo. Hoje, ao ler os principais jornais do Brasil, nós nos espantamos com o tamanho da barganha explícita aberta pelo Governo da Presidenta Dilma, com o respaldo do Presidente Lula. A cada dia, ela tem se tornado uma Presidenta menor, inclusive sucumbindo à tutela total do ex-Presidente Lula, que tem a obrigação de vir a Brasília praticamente toda semana para dizer-lhe o que deve fazer. Houve a notícia de que retardou sua viagem aos Estados Unidos para tratar das negociações de com- posição do novo Ministério. Estadão: “Para Lula: melhor perder Ministério do que Presidência da República”. Eu nunca vi uma declaração tão estapafúrdia de fisiologismo explícito, escancarando o caráter do Governo, que é de se servir e se manter no poder a qualquer custo, mesmo que entregue todos os Ministérios, todos os car- gos a todos os aliados. Folha de S.Paulo: “Dilma promete cinco pastas ao PMDB para reagir à crise”. Com todo o respeito aos Depu- tados do PMDB, isso não existe. Quer dizer, há uma liquidação geral de Ministérios para salvar o mandato da Presidenta Dilma. Bernardo Mello Franco também diz, na Folha de S.Paulo: “Saúde na liquidação”. Enquanto a população brasileira padece de falta de assistência à saúde nas unidades de saúde de todo o Brasil, o Governo Federal diminui o investimento em saúde pública. O Governo da Presidenta Dilma, ao invés de estar preocupado em atender a população, melhorar a eficiência do Ministério da Saúde, coloca o Ministério da Saúde praticamente no balcão de negócios para se manter no poder. Manchete de O Globo: “Com crises política e econômica, Dilma deve abrir mais espaço ao PMDB”. Venhamos e convenhamos, realmente estamos vivendo um momento terrível da história do Brasil. Nós temos que colocar isso de forma muito clara e objetiva. Bateu o desespero geral! Eu sei que há muita preocu- pação das pessoas que acompanham o desenrolar de todas as tratativas da questão: se vai haver impeachment ou não. Mas eu quero dizer aos presentes que isso também ocorreu no passado, no Governo Fernando Collor de Mello, quando o PT estava naquela posição crítica, querendo a todo instante o impeachment do então Pre- sidente Fernando Collor de Mello. O que lançou a República naquela ocasião? O ministério de notáveis. Há uma grande diferença. Na oca- sião, o então Presidente Collor chamou Marcílio Marques Moreira, que se tornou Ministro da Fazenda, Jorge Bornhausen, Ricardo Fiuza, Célio Borja, ou seja, figuras, independentemente da discussão política sobre sua visão ideológica, respeitáveis, com padrão político bastante elevado. Hoje, não, o método é o mesmo, é o mi- nistério da salvação do Governo Dilma, mas o caminho é um pouco diferente. Qualquer um que preencha os requisitos que sustentem o mandato da Presidenta Dilma, será bem-vindo. Não quero fazer juízo, até porque vários Parlamentares que respeito na Casa estão sendo considerados ministeriáveis nesta feira ministerial inaugurada pela Presidenta Dilma. Mas nós olhamos, observamos e as- sistimos ao triste fim do Império no Baile da Ilha Fiscal, é o baile da Presidenta Dilma: final, melancólico, triste, com a sociedade sendo secundarizada, a economia derretendo, o povo cada vez mais sofrendo, a recessão tomando conta do Brasil – 3% de crescimento negativo para este ano –, a inflação batendo os dois dígitos, e o Governo absolutamente despreocupado com essa realidade, apenas tratando de se sustentar a todo custo com o cargo de Presidente da República. Ela não está preocupada com a crise econômica, gerada pelas irresponsabilidades praticadas durante o período da eleição. As pedaladas fiscais de 40 bilhões de reais foram patrocinadas, promovidas por S.Exa., a Presidenta da República, para ganhar a eleição. Essa é a verdade que não quer calar. Os programas sociais foram inflados com o único propósito de ganhar mais eleitores e facilitar a reeleição da Presidente Dilma. Veja saiu com a notícia de que até beneficiários do Bolsa Família estão sendo cortados agora, na surdi- na, Deputado Adelmo Carneiro Leão. Lá em meu Pernambuco, Belo Jardim, Tacaimbó, cidades do interior, há reclamação do rigor do Ministério que cuida do assunto, que está mandando as Prefeituras cortarem o Bolsa 74 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 Família. Por que cortam agora, se cadastraram na época de eleição? Para facilitar a reeleição de S.Exa., a Presi- dente Dilma Rousseff. Não podemos, Sr. Presidente, assistir calados a tanto absurdo dessa prática. Eu sei que o PMDB deve to- mar uma decisão em breve. Há notícias de que há a convocação de um congresso ou talvez uma convenção. Eu não sei exatamente qual vai ser o patamar, mas faço um apelo ao PMDB, a partir da sua história, tendo como luta maior a luta pela redemocratização: que venha ao encontro das ruas, que não abandone o povo brasileiro, que dê suporte e sustentação à voz da sociedade e que responda com aquilo que está, eu diria, no coração de todos os brasileiros, que é o desejo de mudança, de dar fim a um desgoverno absoluto, que afundou o Brasil na crise, na irresponsabilidade. Não podemos passar 3 anos suportando tamanho absurdo. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Tem a palavra o Deputado Rubens Pereira Júnior, para uma ques- tão de ordem, como havia solicitado. O SR. RUBENS PEREIRA JÚNIOR (PCdoB-MA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, an- tes da questão de ordem com base no art. 95, § 8º, V.Exa. recebeu a Questão de Ordem nº 105, do Deputado Mendonça Filho e hoje proferiu a Decisão da Presidência. Com base no art. 95, § 8º, eu recorro ao Plenário da sua decisão. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Deputado, já é matéria preclusa. Não há... O SR. RUBENS PEREIRA JÚNIOR – Presidente... O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Já foi recepcionada. O momento para isso deveria ter sido no fi- nal da leitura. O SR. RUBENS PEREIRA JÚNIOR – Presidente, estamos no meio da discussão da questão de ordem. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – A Presidência não recepcionará mais recurso sobre a matéria. Está preclusa a posição, é a decisão da Presidência. O SR. RUBENS PEREIRA JÚNIOR – Certo. Presidente, peço a palavra para uma questão de ordem. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Tem V.Exa. a palavra. O SR. RUBENS PEREIRA JÚNIOR (PCdoB-MA. Questão de ordem. Sem revisão do orador.) – Questão de ordem, art. 95, caput. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Pois não. O SR. RUBENS PEREIRA JÚNIOR – Dispõe o art. 95, caput, Presidente: “Art. 95. Considera-se questão de ordem toda dúvida sobre a interpretação deste Regimento, na sua prática exclusiva ou relacionada com a Constituição Federal.” A Questão de Ordem nº 105, de 2015, não trata de matéria exclusivamente regimental, tampouco de matéria constitucional. A questão de ordem trata de matéria legal, como, por exemplo, a alínea “h”, “Qual dis- positivo da Lei nº 1.079 será aplicado?”; a alínea “i”, “Caberá à Comissão Especial proferir parecer preliminar no art. 20, da Lei nº 1.079?”. E o Regimento da Casa também explica quem deve responder a qualquer discussão de natureza jurídica. Está nas alíneas “c” e “p” do art. 32, inciso IV, do Regimento Interno, sobre as atribuições da Comissão de Constituição e Justiça, que assunto de natureza jurídica ou constitucional será submetido à Co- missão de Constituição e Justiça. Portanto, eu submeto esta questão de ordem a V.Exa., argumentando que a Questão de Ordem nº 105, de 2015, não poderia ter sido aceita, teria que ter sido convertida pela questão do mérito, por tratar de natu- reza legal. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Recepciono a questão de ordem e a responderei posteriormente por escrito. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Com a palavra o Deputado Moroni Torgan, pela Liderança da Minoria. O SR. MORONI TORGAN (DEM-CE. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Depu- tados, este é um momento grave da vida política brasileira, um momento que não traz alegria para ninguém. Ninguém vê isso com felicidade, todo mundo vê com grande tristeza. É um momento em que a legalidade é fundamental e em que o respeito à Constituição se faz fundamental. Quero dizer que a decisão proferida por V.Exa., mostrando o rito processual que deve transcorrer, tem base constitucional. A base constitucional do art. 85 da Constituição – da previsão das irregularidades previstas nos incisos V a VII e da possibilidade de que isso seja legalmente feito através do parágrafo único do art. 85 da Constituição Federal – mostrou que existe essa admissibilidade por parte da Câmara Federal e que posterior- Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 75 mente, de acordo com a irregularidade cometida, seria remetido ao Supremo ou ao Senado Federal. No caso em tela, seria remetido ao Senado Federal. O que eu quero mostrar com isso é que a constitucionalidade de todas essas decisões está respeitada. Posteriormente nós vamos à lei especial, que é o estatuto desta Casa, o Regimento Interno, no seu art. 218, que prevê e ampara todas as decisões firmadas por V.Exa. neste momento. Então, todas as decisões firmadas, desde a recepção da denúncia ou não, desde o recurso ao Plenário, todas essas decisões estão amparadas regimentalmente, constitucionalmente. Consequentemente, não vejo nenhuma ilegalidade, nenhuma irregularidade no trâmite deste procedimento. Isso para falar da legalidade, da constitucionalidade da ação e para ficar bem claro que nós estamos respeitando todo o ordenamento ju- rídico do País. Então, não há nenhuma pedalada jurídica. Na verdade, nós estamos aqui respeitando todo o ordenamento jurídico. Com muita tristeza, volto a dizer – não é com alegria –, agora politicamente, Sr. Presidente, que essa não é a expressão da vontade de um grupo de Deputados, não é a expressão da vontade de um grupo de parti- dos, essa é a expressão da vontade da democracia, da maioria do povo brasileiro, a expressão da vontade da maioria do povo brasileiro que reverbera nesta Casa através dos Deputados e dos partidos de Oposição. Nós não estamos expressando vontade própria, estamos expressando a vontade daqueles que nos elegeram, que confiaram em nós. É essa vontade que está sendo respeitada, é a voz das ruas que está sendo agora proferida neste microfone. São as ruas que nos cobram um procedimento, um procedimento legal, firme, que não tergi- verse sobre algo tão importante. Quem está sentindo os efeitos deste Governo é o povo brasileiro. É o povo brasileiro que vê o dólar dis- parar, e nós não sabemos mais... Porque logo, logo tudo vai se equiparar ao dólar, e vai se aumentar o preço do pãozinho, do leite, do feijão, de tudo. Tudo vai entrar naquela onda do “temos que equiparar o dólar”. Daqui a pouco, o combustível vai ter que se equiparar ao dólar, o transporte vai ter que se equiparar ao dólar. O que nosso povo está vendo é que o que ele ganha em breve não vai dar para sustentar sua família. Esse é o problema mais grave. O problema mais grave que estamos vivendo não é um ato do Parlamen- to, o problema mais grave que estamos vivendo é a vida do nosso povo lá fora, que está sendo vilipendiada, traída, porque o povo acredita nos seus representantes. E nós estamos aqui para que eles continuem acredi- tando nos seus representantes, estamos cobrando aquilo que vocês que estão assistindo à TV Câmara não podem fazer neste plenário, mas podem fazer nas ruas. É a voz das ruas que vai levar a uma mudança, a uma mudança de dignidade, de procedimento, de economia, de qualidade de vida. É a voz das ruas que vai trazer essa mudança para o nosso povo. Portanto, com este discurso eu quis mostrar que a legalidade está amparada pela Constituição e pelo Regimento Interno. Estamos fazendo tudo de acordo com a legalidade, e agora a decisão de V.Exa. foi ampa- rada justamente nos preceitos legais vigentes do nosso País. Nós estamos dando a garantia de que estamos a caminho de, pelas vias legais, traduzir a voz do povo que está nas ruas, que está sofrendo as consequências deste desmando, deste abandono. Nós não podemos mais deixar isso continuar. A Oposição, com toda a responsabilidade e altivez, está tomando as decisões que são exigidas pelo povo brasileiro. Obrigado, Sr. Presidente. VI – ORDEM DO DIA

PRESENTES OS SEGUINTES SRS. DEPUTADOS: Total de Parlamentares: 410

RORAIMA Abel Mesquita Jr. PDT Carlos Andrade PHS PmdbPpPtbPscPhsPen Edio Lopes PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Hiran Gonçalves PMN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Maria Helena PSB Remídio Monai PR Shéridan PSDB Total de RORAIMA 7 76 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 AMAPÁ André Abdon PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Roberto Góes PDT Total de AMAPÁ 2 PARÁ Arnaldo Jordy PPS Beto Faro PT Beto Salame PROS Delegado Éder Mauro PSD Edmilson Rodrigues PSOL Elcione Barbalho PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Joaquim Passarinho PSD Júlia Marinho PSC PmdbPpPtbPscPhsPen Lúcio Vale PR Nilson Pinto PSDB Simone Morgado PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Zé Geraldo PT Total de PARÁ 12 AMAZONAS Alfredo Nascimento PR Arthur Virgílio Bisneto PSDB Átila Lins PSD Conceição Sampaio PP PmdbPpPtbPscPhsPen Hissa Abrahão PPS Marcos Rotta PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Silas Câmara PSD Total de AMAZONAS 7 RONDôNIA Expedito Netto Solidaried Luiz Cláudio PR Marcos Rogério PDT Mariana Carvalho PSDB Marinha Raupp PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Nilton Capixaba PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Total de RONDôNIA 6 ACRE Angelim PT César Messias PSB Flaviano Melo PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Jéssica Sales PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Leo de Brito PT Rocha PSDB Sibá Machado PT Total de ACRE 7 TOCANTINS Carlos Henrique Gaguim PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen César Halum PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Dulce Miranda PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Josi Nunes PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Professora Dorinha Seabra Rezende DEM Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 77 Vicentinho Júnior PSB Total de TOCANTINS 6 MARANHÃO Alberto Filho PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Aluisio Mendes PSDC PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB André Fufuca PEN PmdbPpPtbPscPhsPen Eliziane Gama PPS Hildo Rocha PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen João Castelo PSDB João Marcelo Souza PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen José Reinaldo PSB Junior Marreca PEN PmdbPpPtbPscPhsPen Juscelino Filho PRP PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Pedro Fernandes PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Rosângela Curado PDT Rubens Pereira Júnior PCdoB Victor Mendes PV Zé Carlos PT Total de MARANHÃO 15 CEARÁ Adail Carneiro PHS PmdbPpPtbPscPhsPen André Figueiredo PDT Aníbal Gomes PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Arnon Bezerra PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Cabo Sabino PR Chico Lopes PCdoB Domingos Neto PROS Genecias Noronha Solidaried Gorete Pereira PR José Airton Cirilo PT José Guimarães PT Luizianne Lins PT Macedo PSL PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Moroni Torgan DEM Moses Rodrigues PPS Odorico Monteiro PT Raimundo Gomes de Matos PSDB Ronaldo Martins PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Vicente Arruda PROS Vitor Valim PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Total de CEARÁ 20 PIAUÍ Assis Carvalho PT Átila Lira PSB Heráclito Fortes PSB Iracema Portella PP PmdbPpPtbPscPhsPen Júlio Cesar PSD Mainha Solidaried Marcelo Castro PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Paes Landim PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Rodrigo Martins PSB Silas Freire PR Total de PIAUÍ 10 78 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 RIO GRANDE DO NORTE Antônio Jácome PMN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Beto Rosado PP PmdbPpPtbPscPhsPen Fábio Faria PSD Felipe Maia DEM Rafael Motta PROS Rogério Marinho PSDB Walter Alves PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Zenaide Maia PR Total de RIO GRANDE DO NORTE 8 PARAÍBA Aguinaldo Ribeiro PP PmdbPpPtbPscPhsPen Benjamin Maranhão Solidaried Damião Feliciano PDT Efraim Filho DEM Hugo Motta PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Luiz Couto PT Manoel Junior PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Pedro Cunha Lima PSDB Rômulo Gouveia PSD Veneziano Vital do Rêgo PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Wilson Filho PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Total de PARAÍBA 11 PERNAMBUCO Adalberto Cavalcanti PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Anderson Ferreira PR Augusto Coutinho Solidaried Betinho Gomes PSDB Carlos Eduardo Cadoca PCdoB Daniel Coelho PSDB Eduardo da Fonte PP PmdbPpPtbPscPhsPen Fernando Coelho Filho PSB Fernando Monteiro PP PmdbPpPtbPscPhsPen Gonzaga Patriota PSB Jarbas Vasconcelos PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen João Fernando Coutinho PSB Jorge Côrte Real PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Kaio Maniçoba PHS PmdbPpPtbPscPhsPen Luciana Santos PCdoB Marinaldo Rosendo PSB Mendonça Filho DEM Pastor Eurico PSB Raul Jungmann PPS Ricardo Teobaldo PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Tadeu Alencar PSB Wolney Queiroz PDT Zeca Cavalcanti PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Total de PERNAMBUCO 23 ALAGOAS Arthur Lira PP PmdbPpPtbPscPhsPen Cícero Almeida PRTB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Marx Beltrão PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 79 Maurício Quintella Lessa PR Paulão PT Pedro Vilela PSDB Total de ALAGOAS 6 SERGIPE Adelson Barreto PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Fábio Mitidieri PSD Fabio Reis PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen João Daniel PT Jony Marcos PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Valadares Filho PSB Total de SERGIPE 6 BAHIA Afonso Florence PT Alice Portugal PCdoB Bacelar PTN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Bebeto PSB Benito Gama PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Cacá Leão PP PmdbPpPtbPscPhsPen Caetano PT Claudio Cajado DEM Daniel Almeida PCdoB Davidson Magalhães PCdoB Elmar Nascimento DEM Erivelton Santana PSC PmdbPpPtbPscPhsPen Félix Mendonça Júnior PDT Fernando Torres PSD João Carlos Bacelar PR João Gualberto PSDB José Carlos Araújo PSD José Nunes PSD José Rocha PR Jutahy Junior PSDB Márcio Marinho PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Mário Negromonte Jr. PP PmdbPpPtbPscPhsPen Moema Gramacho PT Paulo Azi DEM Paulo Magalhães PSD Roberto Britto PP PmdbPpPtbPscPhsPen Ronaldo Carletto PP PmdbPpPtbPscPhsPen Uldurico Junior PTC PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Valmir Assunção PT Waldenor Pereira PT Total de BAHIA 30 MINAS GERAIS Adelmo Carneiro Leão PT Ademir Camilo PROS Aelton Freitas PR Bilac Pinto PR Bonifácio de Andrada PSDB Brunny PTC PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Caio Narcio PSDB Dâmina Pereira PMN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB 80 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 Delegado Edson Moreira PTN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Diego Andrade PSD Dimas Fabiano PP PmdbPpPtbPscPhsPen Domingos Sávio PSDB Eduardo Barbosa PSDB Eros Biondini PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Fábio Ramalho PV Gabriel Guimarães PT Jô Moraes PCdoB Júlio Delgado PSB Laudivio Carvalho PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Leonardo Monteiro PT Leonardo Quintão PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Lincoln Portela PR Luis Tibé PTdoB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Luiz Fernando Faria PP PmdbPpPtbPscPhsPen Marcelo Álvaro Antônio PRP PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Marcelo Aro PHS PmdbPpPtbPscPhsPen Marcos Montes PSD Marcus Pestana PSDB Margarida Salomão PT Mário Heringer PDT Mauro Lopes PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Newton Cardoso Jr PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Odelmo Leão PP PmdbPpPtbPscPhsPen Pastor Franklin PTdoB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Paulo Abi-Ackel PSDB Reginaldo Lopes PT Renzo Braz PP PmdbPpPtbPscPhsPen Rodrigo de Castro PSDB Rodrigo Pacheco PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Silas Brasileiro PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Stefano Aguiar PSB Subtenente Gonzaga PDT Tenente Lúcio PSB Toninho Pinheiro PP PmdbPpPtbPscPhsPen Wadson Ribeiro PCdoB Weliton Prado PT Zé Silva Solidaried Total de MINAS GERAIS 47 ESPÍRITO SANTO Carlos Manato Solidaried Dr. Jorge Silva PROS Evair de Melo PV Givaldo Vieira PT Helder Salomão PT Lelo Coimbra PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Marcus Vicente PP PmdbPpPtbPscPhsPen Max Filho PSDB Paulo Foletto PSB Sergio Vidigal PDT Total de ESPÍRITO SANTO 10 RIO DE JANEIRO Alessandro Molon PT Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 81 Alexandre Serfiotis PSD Alexandre Valle PRP PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Altineu Côrtes PR Aureo Solidaried Benedita da Silva PT Cabo Daciolo S.Part. Celso Pansera PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Chico Alencar PSOL Chico D Angelo PT Clarissa Garotinho PR Cristiane Brasil PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Deley PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Dr. João PR Eduardo Cunha PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Felipe Bornier PSD Glauber Braga PSOL Hugo Leal PROS Indio da Costa PSD Jair Bolsonaro PP PmdbPpPtbPscPhsPen Jandira Feghali PCdoB Leonardo Picciani PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Luiz Carlos Ramos PSDC PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Luiz Sérgio PT Marcelo Matos PDT Marcos Soares PR Miro Teixeira REDE Otavio Leite PSDB Paulo Feijó PR Roberto Sales PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Rosangela Gomes PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Soraya Santos PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sóstenes Cavalcante PSD Wadih Damous PT Walney Rocha PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Total de RIO DE JANEIRO 35 SÃO PAULO Alexandre Leite DEM Ana Perugini PT Andres Sanchez PT Arlindo Chinaglia PT Baleia Rossi PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Beto Mansur PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Bruna Furlan PSDB Bruno Covas PSDB Capitão Augusto PR Carlos Sampaio PSDB Carlos Zarattini PT Celso Russomanno PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Dr. Sinval Malheiros PV Eduardo Bolsonaro PSC PmdbPpPtbPscPhsPen Eduardo Cury PSDB Eli Corrêa Filho DEM Fausto Pinato PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Flavinho PSB Goulart PSD 82 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 Guilherme Mussi PP PmdbPpPtbPscPhsPen Ivan Valente PSOL Jefferson Campos PSD João Paulo Papa PSDB Jorge Tadeu Mudalen DEM José Mentor PT Keiko Ota PSB Lobbe Neto PSDB Luiz Lauro Filho PSB Luiza Erundina PSB Major Olimpio PDT Marcelo Aguiar DEM Marcelo Squassoni PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Marcio Alvino PR Miguel Haddad PSDB Miguel Lombardi PR Milton Monti PR Missionário José Olimpio PP PmdbPpPtbPscPhsPen Nelson Marquezelli PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Nilto Tatto PT Orlando Silva PCdoB Paulo Teixeira PT Pr. Marco Feliciano PSC PmdbPpPtbPscPhsPen Renata Abreu PTN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Ricardo Izar PSD Ricardo Tripoli PSDB Roberto Freire PPS Samuel Moreira PSDB Silvio Torres PSDB Tiririca PR Valmir Prascidelli PT Vicente Candido PT Vicentinho PT Vitor Lippi PSDB Walter Ihoshi PSD William Woo PV Total de SÃO PAULO 55 MATO GROSSO Adilton Sachetti PSB Carlos Bezerra PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Ezequiel Fonseca PP PmdbPpPtbPscPhsPen Fabio Garcia PSB Nilson Leitão PSDB Professor Victório Galli PSC PmdbPpPtbPscPhsPen Ságuas Moraes PT Valtenir Pereira PROS Total de MATO GROSSO 8 DISTRITO FEDERAL Alberto Fraga DEM Augusto Carvalho Solidaried Erika Kokay PT Izalci PSDB Rogério Rosso PSD Ronaldo Fonseca PROS Total de DISTRITO FEDERAL 6 Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 83 GOIÁS Fábio Sousa PSDB Jovair Arantes PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Lucas Vergilio Solidaried Magda Mofatto PR Pedro Chaves PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Roberto Balestra PP PmdbPpPtbPscPhsPen Rubens Otoni PT Total de GOIÁS 7 MATO GROSSO DO SUL Carlos Marun PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Dagoberto PDT Elizeu Dionizio Solidaried Geraldo Resende PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Tereza Cristina PSB Vander Loubet PT Total de MATO GROSSO DO SUL 6 PARANÁ Alex Canziani PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Alfredo Kaefer PSDB Aliel Machado PCdoB Assis do Couto PT Christiane de Souza Yared PTN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Edmar Arruda PSC PmdbPpPtbPscPhsPen Enio Verri PT Fernando Francischini Solidaried Hermes Parcianello PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen João Arruda PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Leandre PV Luiz Nishimori PR Marcelo Belinati PP PmdbPpPtbPscPhsPen Nelson Meurer PP PmdbPpPtbPscPhsPen Ricardo Barros PP PmdbPpPtbPscPhsPen Rossoni PSDB Rubens Bueno PPS Sandro Alex PPS Sergio Souza PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Toninho Wandscheer PT Zeca Dirceu PT Total de PARANÁ 21 SANTA CATARINA Carmen Zanotto PPS Celso Maldaner PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Cesar Souza PSD Edinho Bez PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Esperidião Amin PP PmdbPpPtbPscPhsPen Fabricio Oliveira PSB Geovania de Sá PSDB João Rodrigues PSD Jorginho Mello PR Marco Tebaldi PSDB Ronaldo Benedet PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Valdir Colatto PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Total de SANTA CATARINA 12 84 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 RIO GRANDE DO SUL Afonso Hamm PP PmdbPpPtbPscPhsPen Afonso Motta PDT Alceu Moreira PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Bohn Gass PT Carlos Gomes PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Covatti Filho PP PmdbPpPtbPscPhsPen Danrlei de Deus Hinterholz PSD Darcísio Perondi PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Fernando Marroni PT Giovani Cherini PDT Heitor Schuch PSB Henrique Fontana PT João Derly PCdoB José Fogaça PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Jose Stédile PSB Luis Carlos Heinze PP PmdbPpPtbPscPhsPen Luiz Carlos Busato PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Marco Maia PT Marcon PT Maria do Rosário PT Mauro Pereira PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Nelson Marchezan Junior PSDB Onyx Lorenzoni DEM Paulo Pimenta PT Pompeo de Mattos PDT Renato Molling PP PmdbPpPtbPscPhsPen Ronaldo Nogueira PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Total de RIO GRANDE DO SUL 27 O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – A lista de presença registra o comparecimento de 410 Senhoras Deputadas e Senhores Deputados. Passa-se à Ordem do Dia. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Prorrogo a presente sessão por 1 hora. Concedo a palavra ao Deputado Rubens Bueno, para uma Comunicação de Liderança. O SR. SILVIO COSTA – Sr. Presidente, peço a palavra para uma questão de ordem, antes de entrarmos na Ordem do Dia. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Eu tenho várias inscrições como Líder. O SR. SILVIO COSTA – Não, Presidente... O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – É porque eu tenho que ceder ao Líder. O SR. SILVIO COSTA – Mas, se V.Exa. começar a Ordem do Dia, eu não poderei fazer a questão de ordem que quero fazer agora. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Se eu não começar a Ordem do Dia, Deputado, eu não posso prorrogar a sessão. O SR. SILVIO COSTA – Mas, Presidente, eu quero fazer uma questão de ordem sobre esse assunto. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Não, eu já comecei a Ordem do Dia. Eu recepcionarei a questão de ordem de V.Exa. independentemente de ter começado a Ordem do Dia. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Concedo a palavra ao Deputado Rubens Bueno, para uma Co- municação de Liderança, pelo PPS. O SR. RUBENS BUENO (PPS-PR. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu quero inicial- mente fazer um agradecimento ao PT. Não é fácil, mas vamos agradecer ao PT. Há pouco um recurso foi apre- sentado em resposta à questão de ordem formulada pelas Oposições. O Presidente distribuiu esse documento 1 dia antes para todas as Lideranças e agora faz a leitura. Ao fazer o recurso à resposta do Presidente, nós temos que agradecer ao PT, todos nós – o Brasil tem que agradecer ao PT, os 91% dos brasileiros que não aprovam o Governo Dilma têm que agradecer ao PT –, porque Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 85 com essa atitude começou o processo de impeachment da Presidente Dilma. A atitude do PT deu o start, o passo inicial para que o processo de impeachment da Presidente Dilma de fato aconteça. Esse é o agradecimento inicial. O segundo ponto é saber que as colocações formuladas – e eu conversava há pouco com o Presidente Roberto Freire... O que se formulou no documento, que é o primeiro passo para o processo de impeachment da Presidente Dilma pelo PT, as colocações feitas continuam na discussão como se algo já estivesse acontecendo. Como já está acontecendo – eles assumem isso –, nós estamos aqui a dizer que a Presidente Dilma fez tanta barbeiragem – tanta barbeiragem! –, que os pontos atingiram um número tal que sua carteira, sua habilitação deve ser cassada, para acabar definitivamente de dirigir o País. Este é um momento importante, Sr. Presidente Eduardo Cunha. Nós lemos seu documento, discutimos seu documento com a assessoria e com a bancada do PPS e juntos chegamos à conclusão de que nunca se respondeu a algo, em termos de questão de ordem, de maneira tão bem formulada, com conteúdo, com do- cumentos e sobretudo com decisões da maior importância tomadas por este País, especialmente com relação ao processo de impeachment, que pegam o Supremo Tribunal Federal, as decisões da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, as decisões da Casa, os embates naturais de um processo especial como esse. Então, a decisão do Presidente Eduardo Cunha com relação à questão de ordem formulada pela Oposi- ção está correta, com começo, meio e fim. É importante dizer isso ao País. E se o PT vem com recurso, Deputa- do Mendonça Filho, é porque está dando o primeiro passo pelo impeachment da Presidente Dilma. Será que estão atendendo ao apelo do Presidente Lula, que agora começa a fazer críticas à Presidente Dilma? Será que o processo começou a contaminar também a bancada do PT e do Governo? É isso que nós vamos ver. Mais uma vez, estou grato ao PT por dar esse grande passo para o processo definitivo de impeachment da Presidente Dilma. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Há mais dois Líderes inscritos. O primeiro a falar será o Deputado Maurício Quintella Lessa. (Pausa.) O SR. DANIEL COELHO – Presidente, na sequência, depois do Deputado Maurício Quintella Lessa, está o PSDB? O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Na sequência, terá a palavra o Deputado Afonso Hamm e, então, o Deputado Daniel Coelho. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Concedo a palavra ao nobre Deputado Maurício Quintella Lessa, para uma Comunicação de Liderança, pelo PR. O SR. MAURÍCIO QUINTELLA LESSA (PR-AL. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, inicialmente eu queria fazer um registro com muito pesar. Ontem todo o meu Estado de Alagoas foi surpreendido por um acidente de helicóptero que vitimou qua- tro heróis do combate ao crime organizado, que vinham de uma missão, perseguindo, como sempre faziam, criminosos. Eram membros da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros destacados, conhecidos pela sociedade. Infelizmente, em acidente de helicóptero, perderam a vida. Então, desta tribuna, em nome da bancada federal, do povo de Alagoas, eu queria manifestar nosso pesar pelo falecimento do Major Milton Carnaúba, do Capitão Mário Henrique de Assunção, amigo particular, com- panheiro de longas datas, com quem já voei muito, do soldado Diogo de Melo e do Soldado Marcos de Moura Pereira. Três deles foram sepultados hoje em Maceió, o quarto, em Palmeira dos Índios. Em segundo lugar, Sr. Presidente, eu queria parabenizar V.Exa. pela responsabilidade com que vem con- duzindo o processo de impeachment, primeiro, em relação à questão de ordem, segundo, em relação ao rece- bimento do recurso hoje apresentado no plenário da Casa. Essa é uma questão extremamente delicada. Nós estamos falando de um processo que pode culminar com o afastamento de uma Presidente da República democraticamente eleita. Nós não podemos nos permi- tir qualquer tipo de açodamento. Cabe, é claro, à Oposição fazer sua questão de ordem, se pretender recursar contra qualquer decisão de V.Exa. no requerimento de pedido de impeachment da Presidente da República. Mas cabe também àqueles que formam a base do Governo e que têm responsabilidade com a Nação questio- nar essa resposta. Que saia da Comissão de Constituição e Justiça, incumbida de fazer esse controle, um amplo debate, um rito correto, seguro, para que o Brasil – se necessário for, se este Plenário achar que é necessário – discuta esse tema com toda a responsabilidade, sem açodamentos. Quero dizer, Sr. Presidente, que o PR faz parte da base do Governo, é um partido que tem tradição de- mocrática, que respeita e vai respeitar o resultado das urnas, decidido pela maioria do povo brasileiro, e que não vai aceitar nenhum tipo de procedimento nem golpe dado neste Parlamento. Não vou entrar no mérito, não estamos aqui tratando do mérito da questão neste momento, mas de procedimentos. E V.Exa. acerta quando garante a oportunidade não só da CCJ mas de todo este Parlamento 86 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 fazer um debate sério, cauteloso, sem açodamento sobre um processo tão importante. O mundo inteiro está olhando para o Brasil, e é preciso que o Parlamento tenha responsabilidade. Para finalizar, Sr. Presidente, eu quero registrar vitórias importantes conquistadas esta semana nesta Casa. Todos sabemos que o Brasil vive um momento de restrição fiscal grande, importante, e que é preciso respos- tas rápidas não só do Governo Federal, mas também do Congresso Nacional, para que reverter essa situação tão difícil para o povo brasileiro. A inflação está no patamar de quase 10% ao ano, o desemprego já está em 7,6%, o dólar já bate à casa de 4,24 reais, Deputado Paulo Magalhães. Obviamente, se o País não se unir, se a classe política não se unir em torno de soluções efetivas, viáveis e rápidas, vamos colocar o Brasil numa situa- ção muito difícil. Nesta semana nós analisamos vetos presidenciais muito importantes. Já desarmamos algumas pautas- -bomba que seriam extremamente danosas ao País, como, por exemplo, o fim do fator previdenciário. O fator previdenciário é fundamental para garantirmos o mínimo de sustentabilidade à Previdência neste País. É um instrumento criado lá atrás por Fernando Henrique Cardoso, ainda no Governo tucano, que evita a aposenta- doria de homens e mulheres com 50 anos de idade, a chamada aposentadoria precoce. Evitamos a pauta-bomba do óleo diesel, que causaria um impacto de quase 64 bilhões de reais ao Brasil. E temos outros vetos também importantes. Eu tenho certeza de que Líderes mesmo da Oposição, como José Serra, Aécio Neves, Aloysio Nunes Fer- reira, que se já manifestaram aqui, terão responsabilidade com o País, para que nós não façamos aqui, qualquer um de nós, a política do quanto pior melhor. Na política, isso não pode acontecer. Nós não estamos aqui fazendo uma disputa entre Governo e Oposição neste momento. O alvo e a nossa responsabilidade é com o Brasil. Portanto, apesar de tudo, o Parlamento nesta semana sai mais fortalecido. O Brasil deu uma sinalização séria a este Congresso de que tratará essa questão do ajuste fiscal e da estabilidade política do País com muita seriedade. Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. SILVIO COSTA – Sr. Presidente, eu pedi a palavra para uma questão de ordem. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Pois não. Tem V.Exa. a palavra. O SR. SILVIO COSTA (Bloco/PSC-PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Eu quero começar dizendo a V.Exa. que pedi antes a palavra para uma questão de ordem porque eu acho que ela não cabe neste momento, já que não trata de matéria da Ordem do Dia. Mas, como V.Exa. não me deixou fazê-la na hora, vou fazer uma questão de ordem errada. Sr. Presidente, eu vou logo contar uma história que todo mundo sabe nesta Casa. Uma vez disseram ao Dr. Ulysses: “Dr. Ulysses, esta Câmara está muito ruim”. Ele respondeu: “Porque você não viu a próxima”. Sr. Presi- dente, pelo que estou vendo aqui, agora à tarde, lamento concordar com o Dr. Ulysses. Eu vou fazer uma questão de ordem. Eu tenho 3 minutos. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Eu não vou prorrogar, Deputado. O SR. SILVIO COSTA – Isso é uma palhaçada da Oposição. É uma agressão da Oposição brasileira com- parar a Presidente Dilma ao Presidente Collor. Isso é irresponsabilidade! Uma Oposição que é cheia de bandi- dos também! Há bandido no PT e há bandido na Oposição. Eles vêm aqui, agora, nesta tarde, querer instalar o debate de impeachment. Isso não é sério! Isso não é decente com o Brasil! O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Deputado, qual é a questão de ordem? O SR. SILVIO COSTA – O que vão dizer os jornais amanhã? O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Qual é a questão de ordem, Deputado? O SR. SILVIO COSTA – A questão de ordem é a seguinte, Sr. Presidente. Desde a primeira hora do Depu- tado Mendonça Filho, ele fez uma questão de ordem errada, que não era sobre a Ordem do Dia. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Qual é a questão de ordem? O SR. SILVIO COSTA – A questão de ordem é que V.Exa. tem que desmanchar tudo, tudo que... O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Qual é o artigo? O SR. SILVIO COSTA – É o artigo da Constituição que cabe às prerrogativas... O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Deputado, não cabe questão de ordem. Não há questão de ordem. O SR. SILVIO COSTA – Sr. Presidente, por favor, eu estou terminando. Eu tenho 1 minuto. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Deputado, infelizmente não há questão de ordem. O tempo é para o caso de haver questão de ordem. O SR. SILVIO COSTA – Eu tenho 1 minuto, Sr. Presidente. O SR. ROBERTO FREIRE (PPS-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Eu pediria que se retirassem dos Anais da Casa as agressões do Sr. Silvio Costa. O SR. DANIEL COELHO – Sr. Presidente, tem que ver quem são os bandidos da Oposição. Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 87 O SR. SILVIO COSTA – Deem-me o microfone que eu vou dizer. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Não vou dar microfone aqui. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Com a palavra o Deputado Afonso Motta, para uma Comunica- ção de Liderança, pelo PDT. O SR. AFONSO MOTTA (PDT-RS. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. De- putados, em primeiro lugar, sem qualquer análise sobre o mérito da apreciação feita por V.Exa. na questão de ordem intentada, V.Exa., como Presidente da Casa, exerce na plenitude a prerrogativa da investidura do Pre- sidente da Câmara dos Deputados. O PDT, mesmo com as divergências, compreende e respeita plenamente sua prerrogativa. É muito importante que esta Casa não permita que um debate sobre um tema regimental, um debate sobre a interpretação das normas constitucionais, sobre o necessário contraditório se transforme num deba- te sobre o mérito. O açodamento, a emoção, a paixão poderão ter o efeito adverso para aqueles que, como o PDT, farão de tudo para que o debate se restrinja aos fatos que possam tipificar, à conduta que possa dar fun- damento ao pedido maior do impeachment. Nós do PDT entendemos que é muito importante que todo o debate permaneça exatamente nos ter- mos em que está sendo proposto, sob pena, repetimos, de que venham para a Casa, venham para o Plenário a estreiteza e a antecipação de um debate que nem sequer é justo para com o País, que vive este momento de tantos desafios e precisa realmente recuperar as suas referências econômicas, porque as repercussões radicais de desmerecimento das referências econômicas nacionais estão aí, no dia a dia, no cotidiano. O País precisa compreender que uma articulação política é necessária. Mesmo aqueles que praticam a extrema divergência, aqueles que entendem que a articulação política deve ser a articulação política para a ruptura, mesmo esses precisam compreender que ela é necessária. Em qualquer circunstância, sempre há o dia seguinte; em qualquer circunstância, há a responsabilidade da transição; em qualquer circunstância, há uma construção que passa sim por aqueles que defendem o Governo e por aqueles que fazem oposição, por mais extremos que sejamos. É preciso compreender que está aqui nesta Casa, que passa pelo Parlamento, que passa pelo Congresso Nacional uma severa crise moral que não tem fim, que desmerece a política, que atinge a nossa credibilidade, e também faz parte do cotidiano. Por isso, é importante nos atermos a este debate, que é pelo Regimento, que é pela Constituição Fe- deral, que é pelo contraditório, e que neste momento está restrito à questão de realmente encontrarmos um posicionamento regimental. A questão mais importante, que não é nem pode ser objeto de qualquer apreciação maior, é admissibi- lidade, que está colocada. E em qualquer circunstância, mesmo que se entenda que não é questão de ordem, que não é questão de ordem da questão de ordem, mesmo que se entenda que o processo de tramitação vai ser debatido logo ali, na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, sobre essa decisão proferida pela Presidência da Casa, a verdade é que essa questão, em função de tudo aquilo que já se encontra nesta Casa, será objeto de apreciação. Não há como não ser objeto de apreciação; não há como conseguir uma medida extrema, uma medida judicial que impeça quem passa por investidura nesta Casa de tomar uma decisão e de fazer, como fez agora, uma manifestação no sentido de contribuir, de qualificar o debate regimental nesta Casa. Sr. Presidente, com serenidade, o PDT vem aqui dizer que está muito atento e está trabalhando, com seu corpo técnico, neste debate que estamos realizando do ponto de vista regimental, mas vem reforçar seu en- tendimento e seu sentimento de que devemos ter serenidade para não desvirtuar esse debate. Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Concedo a palavra ao Deputado Daniel Coelho, para uma Comu- nicação de Liderança, pelo PSDB. O SR. DANIEL COELHO (PSDB-PE. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srs. Deputados, em primeiro lugar, eu queria lamentar realmente o baixo nível do debate que faz aqui o Governo através de seu representante, que se utiliza do microfone de apartes para fazer uma questão de ordem inexistente, com o único intuito de levantar falso e de agredir a Oposição. Dizer ao microfone que a Oposição é repleta de ban- didos, sem apresentar provas e sem declarar quem são os bandidos, mostra, na verdade, o desespero hoje da bancada do Governo no plenário desta Casa. Faltam argumentos, faltam elementos para debater o futuro do Brasil. Mas isso só ocorre por um motivo muito claro: o Governo, completamente perdido desde o seu início, em 2003, apostou num formato político que não dá certo, que é fracassado e que já foi rejeitado não do ponto de vista da análise da população, mas do ponto de vista da legalidade. 88 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 Se há algum bandido compondo hoje o cenário político brasileiro, esses são aqueles que estão presos, como Vaccari, tesoureiro do PT, e Zé Dirceu, condenado duas vezes por atos de corrupção. Esses, sim, são os bandidos deste País. E essa não é a minha opinião, essa não é a opinião da Oposição brasileira; essa é uma de- cisão da Justiça. Isso foi o que determinou a Justiça, após investigar e julgar aqueles que foram acusados por crimes cometidos neste Governo, crimes que ainda têm continuidade. Em 2003, ao começar a governar este País, o PT aposta em um formato – achavam eles – “brilhante” para compor maioria no plenário desta Casa. Foi aí criado o mensalão. É naquele momento que o PT começa a des- viar recursos públicos para distribuir a partidos aliados e a Parlamentares, no intuito de garantir votos nesta Casa. Desde então, desde 2003, o PT se nega a discutir, debater com partidos e com segmentos organizados da sociedade as suas ideias e aquilo que eles defendem para o País. Não bastaram os escândalos, a punição, a prisão de diversos Deputados e diversos dirigentes do PT; eles insistem, até hoje, na tal prática. Estão aí o petrolão e a Operação Lava-Jato. O PT continua achando e pensando que, através do desvio de recursos públicos e da distribuição de dinheiro e vantagem para possíveis aliados, assim vai compor uma base parlamentar. Agora está aí no jornal a discussão, mais uma vez, do formato petista de governar: a barganha aberta, pura e simples. Não tenho absolutamente nada contra um Presidente da República fazer um convite a um Parlamentar para compor o Governo. Isso seria natural. Seria natural discutir a mudança dos caminhos da saúde pública no Brasil? Claro que sim! O PT fracassou, ao longo da última década, ao cuidar da saúde do povo brasileiro. Não é à toa que, entre os serviços prestados à população, a saúde é o que tem maior índice de rejeição. Então, seria natural a mudança. Mas a mudança teria que ser feita para modificar os rumos da saúde, e não como está dito hoje na imprensa e declarado pelo ex-Presidente Lula que se estaria, ao discutir a mudança do Ministério da Saúde, “perdendo um Ministério” – entre aspas. Como assim perdendo um Ministério? Quer dizer que o Ministério da Saúde é algo a ser perdido, a ser entregue? A saúde do povo comum brasileiro, da D. Maria, do Sr. João, do José, que precisam ir a um hospital, está em uma mesa de balcão para ser negociada? O debate sobre a saúde pública brasileira não passa de uma discussão de maioria congressual e de perder ou não um Ministério. É muita pobreza no debate, é muita pobreza na discussão! Não é à toa que hoje um segmento imenso, ou, por que não dizer, a maioria da população brasileira, clama pelo fim deste Governo e pelo impeachment, pelos atos praticados de corrupção, pela má gestão e pela falta de compromisso com a população, sentimento esse que é natural da democracia brasileira. É só olharmos para trás e perceberemos o que aconteceu nas duas últimas décadas no Brasil: no Governo Collor, o procedi- mento de impeachment foi instaurado, e o impeachment aconteceu, momento extremamente importante para o Brasil. Diferentemente do que muitos colocam, se não fosse aquele impeachment, o Brasil não teria achado o rumo, estabilizado a sua economia e tido um momento extremamente importante de crescimento econômico. No Governo Fernando Henrique, governo responsável, o PT, que hoje faz a discussão do golpismo, como dizem do impeachment, dizendo não ser essa a solução, ou defendendo qualquer outro argumento absurdo, promoveu, naquele período, 23 pedidos de impeachment, o que é legítimo, porque está previsto na Constitui- ção. No período Lula, foram mais de 30 pedidos de impeachment, e, agora, no Governo Dilma, nós já temos 12. Isso é parte da democracia. Por mais que o PT não tenha vocação para a democracia, vocação para o debate e vocação para o contraditório, o PT vai ter que se submeter às regras regimentais desta Casa, à Consti- tuição brasileira e à possibilidade de se debater, de se votar e de se decidir sobre o impedimento da Presidente da República, porque é assim que funciona na democracia. Não adianta esse discurso fascista de que o impeachment é golpe. Ele não vai colar e não vai convencer absolutamente ninguém neste País, porque a população, além de ter acesso a nossa legislação, tem memória e sabe como o PT se comportou ao longo das duas últimas décadas, principalmente enquanto foi oposição. Esta Casa e a Presidência hoje apresentam um rito, apresentam a resposta àquilo que foi colocado. O caminho do debate e da discussão do impeachment acontecerá, querendo este Governo e, principalmente, o PT, ou não. Nós vamos discutir, e eu não tenho dúvidas: na hora da manifestação individual de cada Deputa- do, este Plenário irá representar o desejo e a vontade da maioria do povo brasileiro, porque assim será nesta que é a Casa do povo. Cabe, sim, a este Plenário, a qualquer momento, e quando assim desejar, impedir um Presidente da Re- pública, se entender que houve crime de responsabilidade, que houve utilização de recursos públicos de for- ma ilegal e ilegítima. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Na Ordem do Dia, quanto ao item 1, a pedido do autor, tinha sido combinado que a votação seria na semana que vem. Então, eu vou retirá-lo de ofício em função disso. Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 89 Quanto ao item 2, o Projeto de Lei nº 7.371, de 2014, também havia sido combinado ontem, a pedido das mulheres, que a votação ficaria para terça‑feira. Então, também vou retirá-lo de ofício. O SR. PASTOR EURICO – Sr. Presidente, peço a palavra para fazer uma reclamação, com base no art. 96 do Regimento Interno. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Tem V.Exa. a palavra. O SR. PASTOR EURICO (PSB-PE. Reclamação. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, baseado no art. 96, inclusive no art. 5º, inciso III, do Regimento Interno, e do Código de Ética também, não podemos admitir aqui o que o Deputado Silvio Costa fez. Ele chamou Deputados aqui da Oposição, inclusive do Governo, de bandidos. Isto é o cúmulo do absurdo: um Deputado proferir dessa forma aqui. É um desrespeito aos Parlamentares desta Casa. O grande problema é que ele quer pegar o lençol com que ele se cobre e cobrir o Parlamento. Ele deve respeitar para poder ser respeitado. Nós não podemos aqui aceitar que ele chame Deputados de bandidos, Sr. Presidente! Isso é inaceitável nesta Casa! Ele dá a pancada dele e sai rindo da cara de todo mundo. Ninguém aqui é imbecil ou idiota da qualidade dele, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – V.Exa., como qualquer Parlamentar desta Casa, tem o direito re- gimental de representar. Então, mediante a representação de qualquer ofendido, a Corregedoria da Casa se manifesta. O Deputado Afonso Florence tem alguma questão sobre a matéria? O SR. AFONSO FLORENCE (PT-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Rapidamente, Sr. Presidente, quero solicitar de V.Exa. a atenção diligente em relação à MP 676, que deve ter chegado à Casa. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Ainda não chegou. Se tivesse chegado estaria na pauta. Eu até perguntei a respeito. Se tivesse chegado, eu a teria colocado hoje ainda. O SR. AFONSO FLORENCE – A minha preocupação é com a leitura. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Eu faria a leitura hoje e a colocaria ainda hoje, mas, infelizmente, às mãos da Casa ela ainda não chegou. O SR. AFONSO FLORENCE – Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Passa-se à apreciação da matéria sobre a mesa e da constante da Ordem do Dia. Item 3. PROJETO DE LEI Nº 4.474-A, DE 2004 (Do Sr. Sandes Júnior)

Discussão, em turno único, do Projeto de Lei nº 4.474-A, de 2004, que acrescenta parágrafo ao art. 73 da Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997, dispondo sobre a transferência voluntária de recursos em ano eleitoral; tendo parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cida- dania, pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação, com substitutivo (Relator: Deputado Rubens Otoni). (Limita os valores das transferências vo- luntárias da União aos Estados e Municípios, e dos Estados aos Municípios, à média dos valores correspondentes às transferências realizadas nos três anos anteriores às eleições) Tendo apensados os PLs nºs 1.489/15 e 1.780/15 O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Para falar contra a matéria, concedo a palavra ao Deputado Ed- milson Rodrigues. O SR. EDMILSON RODRIGUES (PSOL-PA. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o período propriamen- te dito dedicado oficialmente à eleição será até mais curto agora, tanto no debate da reforma política quanto da lei infraconstitucional estabelecida no Congresso. Isso reforça a tese de que se torna ainda mais desneces- sário autorizar a liberação de recursos, transferências voluntárias por parte da União, e até, por que não dizer, por parte dos Governos dos Estados aos entes municipais. Não se justifica. No processo eleitoral, há um orça- mento que é debatido no ano anterior; há transferências obrigatórias previstas na Constituição; há fundos a que os Municípios e Estados têm possibilidade de recorrer. Há toda uma possibilidade de planejamento para acesso aos recursos. A crise da saúde é profunda, mas ninguém pode achar que o povo não tem inteligência. Ninguém pode querer mostrar que, a dois ou três meses do processo eleitoral, repasses de recursos resolverão o problema caótico do sistema de saúde. O problema da saúde é estrutural. Muitos pensadores brasileiros têm refletido com seriedade. Nós sabemos a necessidade de investir e for- talecer a atenção básica à saúde. Nós sabemos que as pessoas adoecem mesmo quando têm atenção básica, e precisam de tratamento. Nós sabemos que há doenças infectocontagiosas, doenças crônicas ou degenera- 90 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 tivas. Nós sabemos do número de pessoas com câncer e das especificidades para cada tipo de câncer no que diz respeito ao tratamento. Nós sabemos muito. No entanto, a crise se aprofunda porque não há interesse em fazer uma política de saúde. Sem nenhum problema pessoal com ninguém do PMDB, ou político em relação ao PMDB, é muito triste ver a saúde como moeda de troca em nome de uma governabilidade que não será viabilizada por essa – que não é reforma administrativa – repartição de poder intragoverno. A saúde não é o objetivo principal. Por isso “não” a essa transferência que se pretende legalizar! SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Para falar a favor, Deputado Delegado Edson Moreira. (Pausa.) S.Exa. abre mão. O SR. SÁGUAS MORAES (PT-MT. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, nós vamos discu- tir o Substitutivo da CCJ? O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Não, a discussão tem que ser feita pelo que está. Há uma emenda substitutiva global com um destaque de preferência. O SR. SÁGUAS MORAES – Certo. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Eu acho que é isso que a Casa vai votar. Deputado Daniel Coelho. (Pausa.) Deputado Betinho Gomes. (Pausa.) Deputado Zé Geraldo. (Pausa.) Deputado Pompeo de Mattos. (Pausa.) Com a palavra o Deputado Toninho Pinheiro. O SR. TONINHO PINHEIRO (Bloco/PP-MG. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, eu fui Prefeito a vida toda e me orgulho muito por ter sido Prefeito de Ibirité, da minha amada Minas Gerais, uma das maiores cidades do Estado em população, e uma das mais fortes. Posso falar com toda a propriedade da dificuldade e sofrimento por que passam todos os Prefeitos do Brasil inteiro. Os Municípios estão passando fome: esta é a grande realidade. A gente hoje, como Deputado aqui, para conseguir um recurso para o Município, é a maior dificuldade. Nós sabemos que uma obra, um recurso, uma emenda parlamentar, uma transferência do Governo Federal para um Município demora dois, três e até quatro anos, e não se paga. Então, é muita dificuldade. Há mais dificuldade ainda na questão da saúde, que envolve a vida das pessoas. Quantas pessoas hoje estão morrendo por falta de médicos, de remédios, de consultas e de cirurgias em todo lugar? A saúde não é como uma obra. Quando se começa a fazer uma ponte, pode-se esperar os recursos para terminá-la. Mas o paciente não sabe o dia em que vai adoecer. Ele tem de ser atendido na mesma hora. E o caos na saúde brasileira é muito grande por causa da falta de recursos financeiros. Este nosso projeto, portanto, simples, quase simbólico, apesar de ser de muita importância, vai tirar as dificuldades, as restrições e permitirá que se repasse aquele pouco dinheiro, que fará a diferença, para que o Município possa atender à sua população. Por isso, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, solicito a ajuda de V.Exas. Que nós possamos fazer um gesto humano e cristão para trazer, sim, mais facilidades de repasse de recursos na área da saúde para os Municípios. A população brasileira não pode mais ficar esperando. Ela está numa situação difícil. O mesmo acontece no período eleitoral. Se o doente não sabe o dia em que vai adoecer, por que essa lei proíbe o repasse desses recursos? Eu sou a favor de que não ocorram abusos, de que se façam ações de forma correta e honesta. Na questão da saúde não podemos esperar. Temos de agarrar nas mãos de Deus, e tudo o que pudermos fazer para tirar a restrição do repasse de recursos à saúde nós faremos. Por isso peço o apoio e a ajuda de V.Exas. Com certeza, nós estaremos ajudando não só o rico, o branco, o negro e o pobre, mas todo mundo que precisa, porque o mais importante é salvar vidas. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Para falar contra, concedo a palavra ao Deputado Luiz Carlos Hauly. (Pausa.) Concedo a palavra ao Deputado Caio Narcio. (Pausa.) Concedo a palavra ao Deputado Glauber Braga. (Pausa.) Concedo a palavra ao Deputado Davidson Magalhães. (Pausa.) Declaro encerrada a discussão. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – O projeto foi emendado. HÁ SOBRE A MESA A SEGUINTE EMENDA DE PLENÁRIO: EMENDA SUBSTITUTIVA GLOBAL DE PLENÁRIO Nº 1 O Congresso Nacional decreta: Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 91 Art. 1° Esta Lei altera a redação da alínea a inciso VI do art. 73 e acrescenta o § 14 ao mesmo artigo da Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997, dispondo sobre transferência voluntária de recursos da União e dos Estados em ano de eleição. Art. 2° O art. 73 da Lei n? 9.504, de 1997, passa a vigorar com as seguintes alterações: “Art. 73...... IV) ...... a) realizar transferência voluntária de recursos da União aos Estados e Municípios, e dos Estados aos Municípios, sob pena de nulidade de pleno direito, ressalvados os recursos destinados a cumprir obrigação formal preexistente para execução de obra ou serviço em andamento e com cronograma prefixado, os destinados a atender situações de emergência e de calamidade pública, bem como os destinados às ações e serviços de saúde; ...... “§ 14. Em ano de eleição, a transferência voluntária de recursos da União aos Estados e Municípios, e dos Estados aos Municípios não poderá exceder a média dos valores correspondentes às transferências rea- lizadas nos três anos anteriores, ressalvados os recursos destinados a atender situações de emergência e de calamidade pública, bem como os destinados às ações e serviços de saúde.”(NR) Art.3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Justificação A presente emenda substitutiva global de Plenário pretende conciliar o texto do Projeto de Lei nº 4.474, de 2004, de autoria do Deputado Sandes Júnior, com texto do Projeto de Lei n° 1.780, de 2015, de autoria do Deputa- do Toninha Pinheiro, tendo em vista a iniciativa meritória de ambos os projetos, que visam aprimorar a legislação eleitoral vigente. Em virtude da regra regimental de prejudicialidade, faz-se necessário a fusão dos textos com as devidas ade- quações redacionais. Sala das Sessões, de de 2015. – Sandes Júnior, PP/GO; Toninho Pinheiro, PP/MG; Eduardo da Fonte, Líder do PP O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Concedo a palavra, para oferecer parecer às emendas de Plenário, pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, ao Deputado Marcos Rogério. O SR. MARCOS ROGÉRIO (PDT-RO. Para emitir parecer. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, estou me manifestando pela constitucionalidade e adequada técnica legislativa da Emenda Substitutiva Global de Plenário nº 1 e, no mérito, pela sua aprovação. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Passa-se à votação. HÁ SOBRE A MESA O SEGUINTE DESTAQUE DE BANCADA: Senhor Presidente, Requeremos, nos termos do art. 161, IV e § 2°, combinado com o art. 117, IX, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, destaque de preferência para votação da Emenda Substitutiva Global de Plenário nº 1, apresentada ao Projeto de Lei n° 4.474-A, de 2004. Sala das Sessões, 23 de setembro de 2015. – Eduardo da Fonte, Líder do PP O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Para encaminhar, concedo a palavra ao Deputado Edmilson Ro- drigues, que falará contra a matéria. (Pausa.) Deputado Luiz Carlos Hauly. (Pausa.) Deputado Caio Narcio. (Pausa.) Deputado Glauber Braga. (Pausa.) Deputado Toninho Pinheiro. (Pausa.) Para encaminhar, concedo a palavra ao Deputado Zé Geraldo, que falará favoravelmente. (Pausa.) Declaro encerrado o encaminhamento. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Destaque de preferência: “ Senhor Presidente, Requeremos, nos termos do art. 161, IV e § 2º, combinado com o art. 117, IX, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, destaque de preferência para votação da Emenda Substitutiva Global de Plenário nº 1, apresentada ao Projeto de Lei nº 4.474-A, de 2004.” Sala das Sessões, 23 de setembro de 2015. – Eduardo da Fonte, Líder do PP 92 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 Assina o Deputado Eduardo da Fonte. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Para falar a favor, concedo a palavra ao Deputado Toninho Pinheiro. O SR. TONINHO PINHEIRO (Bloco/PP-MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, mais uma vez, nós somos a favor desse importante projeto. Eu quero colocar no coração de cada um dos senhores a situação. Como eu disse no início, a dificuldade de se arrumar recursos financeiros para os Municípios é muito grande e mais ainda para a saúde. No período eleitoral, a dificuldade é maior ainda. Sabemos que a pessoa que adoece não escolhe o dia em que vai adoecer. Então, se pudermos diminuir toda restrição possível para que o recurso, que é do povo brasileiro, que é das pessoas, que vai ao encontro das pessoas, Deus com certeza estará abençoando este momento importan- te, este momento simbólico. É um projeto simples, mas é um projeto do coração que, com certeza, vai ajudar a salvar vidas. Obrigado. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Em votação o destaque de preferência para a emenda substitu- tiva global. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Aqueles que o aprovam permaneçam como se acham. (Pausa.) APROVADO. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Em votação a Emenda Substitutiva Global de Plenário nº 1. O Congresso Nacional decreta: Art. 1° Esta Lei altera a redação da alínea a inciso VI do art. 73 e acrescenta o § 14 ao mesmo artigo da Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997, dispondo sobre transferência voluntária de recursos da União e dos Estados em ano de eleição. Art. 2° O art. 73 da Lei n? 9.504, de 1997, passa a vigorar com as seguintes alterações: “Art. 73...... IV) ...... a) realizar transferência voluntária de recursos da União aos Estados e Municípios, e dos Estados aos Municípios, sob pena de nulidade de pleno direito, ressalvados os recursos destinados a cumprir obriga- ção formal preexistente para execução de obra ou serviço em andamento e com cronograma prefixado, os destinados a atender situações de emergência e de calamidade pública, bem como os destinados às ações e serviços de saúde...... “§ 14. Em ano de eleição, a transferência voluntária de recursos da União aos Estados e Municípios, e dos Estados aos Municípios não poderá exceder a média dos valores correspondentes às transfe- rências realizadas nos três anos anteriores, ressalvados os recursos destinados a atender situações de emergência e de calamidade pública, bem como os destinados às ações e serviços de saúde.”(NR) Art.3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Orientação de bancada. Como vota o Bloco PMDB? (Pausa.) Como vota o PT? O SR. SÁGUAS MORAES (PT-MT. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PT vota “sim”, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PSDB? O SR. MARCUS PESTANA (PSDB-MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – A saúde é prioridade em todas as pesquisas de opinião. O sistema é muito blindado institucionalmente para coibir abusos. Considero extremamente positiva a iniciativa dos Deputados Sandes Júnior e Toninho Pinheiro, que que- rem preservar ações emergenciais na área da saúde e em véspera de eleição. Eu não tenho nenhum receio de que haja abusos e manipulação de recursos orçamentários. Portanto, o PSDB os apoia. Recomendamos o voto “sim”. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o Bloco do PRB? O SR. DELEGADO EDSON MOREIRA (Bloco/PTN-MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – “Sim”, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PR? O SR. BILAC PINTO (PR-MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – “Sim”, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PSD? (Pausa.) Como vota o PMDB? Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 93 O SR. NEWTON CARDOSO JR (Bloco/PMDB-MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PMDB vota “sim”, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – “Sim”. Como vota o PSD? O SR. JEFFERSON CAMPOS (PSD-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PSD é pelo “sim”, Sr. Pre- sidente. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PSB? (Pausa.) Como vota o Democratas? O SR. MENDONÇA FILHO (DEM-PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – “Sim”, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PDT? O SR. MARCOS ROGÉRIO (PDT-RO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PDT orienta “sim”. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o Solidariedade? (Pausa.) Como vota o PCdoB? O SR. RUBENS PEREIRA JÚNIOR (PCdoB-MA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PCdoB encaminha o voto “não” pelo seguinte motivo: o projeto limita os valores de transferências voluntárias da União aos Estados e Municípios, e dos Estados aos Municípios. E qual é a limitação? A média dos 3 anos anteriores. Na prática, com isso, ocorrerá a restrição desses repasses. E exclui-se a saúde. E por que não excluir também a educação, para permitir que eventual transferência voluntária para a educação possa ser preservada? A lei eleitoral já traz todas as restrições razoáveis para o período eleitoral, como, por exemplo, o progra- ma já estar criado, e não poder ocorrer transferência voluntária durante a campanha. Mas, do contrário, não há qualquer tipo de problema. Fixar as transferências voluntárias à média é um equívoco que, de alguma forma, vai prejudicar os programas sociais. Portanto, o PCdoB encaminha “não”. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PROS? (Pausa.) O SR. CÉSAR MESSIAS (PSB-AC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PSB encaminha o voto “sim”. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – O PSB vota “sim”. Como vota o PROS? O SR. EXPEDITO NETTO (SD-RO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o Solidariedade vota “sim”. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – O Solidariedade vota “sim”. Como vota o PROS? (Pausa.) Como vota o PPS? A SRA. CARMEN ZANOTTO (PPS-SC. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, o PPS orienta “sim”. A saúde sempre precisa de recursos, e não é no período eleitoral em que ela vai sofrer mais essa fragili- dade de não ter as suas demandas atendidas. Portanto, votamos “sim”. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PV? (Pausa.) Como vota o PSOL? O SR. CHICO ALENCAR (PSOL-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PSOL entende que a saúde é tão primordial quanto é dramático, criminoso, abominável os desvios na saúde. Veja-se agora que um Ministério importante como esse vira objeto de negociação claramente política, menor. E, aí, queremos com porteira fechada todos os cargos. Eu tenho lido nos jornais. Ninguém fala isso para nós, ainda mais nós, que não somos confiáveis para manter sigilo de qualquer politicagem menor. Ora, é bom lembrar que o repasse de obrigação preexistente de recursos da saúde, em período eleitoral, está garantido, está assegurado, é de lei. Assim como para situações emergenciais e de calamidade pública. Portanto, a nossa posição é a de que essa proposta é desnecessária. A boa gestão garante que os recursos não sumam. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota a Rede? O SR. MIRO TEIXEIRA (Rede-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, há uma descon- fiança enorme na transferência de recursos para Estados e Municípios. Eu penso que é partir do princípio da delinquência. Não pode transferir porque vai ser roubado. Acho um erro. A questão de nós impedirmos, com as eleições, o aporte de recursos para Estados e Municípios acaba lançando dúvida sobre esse momento democrático das eleições, sobre a utilidade para o povo. Eu creio que não se deve interromper investimentos necessários em período eleitoral. As eleições não são uma doença de um país, as eleições existem como grande fator de salvação até das instituições do País. Então, eu encaminho o voto “sim”. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota a Minoria? 94 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 O SR. MORONI TORGAN (DEM-CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, nós entendemos que está resguardada a transferência de recursos só com a média dos últimos 3 anos. Não há esse negócio de que não vai haver transferência de recursos. E respaldados, fora desse limite, saúde e emergências. Então, eu acho que está perfeito. A Minoria indica o vota “sim”. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – E o PV? O SR. EVAIR DE MELO (PV-ES. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – “Sim”, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – E o Governo? O SR. DR. JORGE SILVA – Presidente, o PROS... O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PROS? O SR. DR. JORGE SILVA (PROS-ES. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PROS vota “sim”, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – “Sim”. E o Governo? O SR. SANDES JÚNIOR – Quero orientar pelo PP, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Um minutinho. Como vota o Governo? O SR. PAULO TEIXEIRA (PT-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Pelo Governo, Presidente, inicial- mente, quero dizer que a Presidenta Dilma Rousseff vai escolher seus Ministérios com critérios, e sempre os critérios mais republicanos, e a sua gestão é uma gestão republicana. Portanto, quero aqui rechaçar qualquer ideia de uso dos Ministérios para outros fins que não republicanos. Em segundo lugar, o Governo entende que essa proposta é meritória, e por isso indica o voto “sim”. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PP, que pediu a palavra para orientação? O SR. MENDONÇA FILHO – Sr. Presidente, tenho uma questão de ordem sobre a votação. O SR. SANDES JÚNIOR – Sr. Presidente! Sr. Presidente, inicialmente gostaria de agradecer-lhe, porque... O SR. MENDONÇA FILHO (DEM-PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Deputado Sandes, eu peço permissão a V.Exa., e peço permissão ao Presidente, para pedir um esclarecimento, porque há uma incorreção no texto. É o seguinte: vejam bem, vai mudar totalmente a orientação do Democratas, porque, em rigor, o in- ciso que foi colocado no projeto de emenda substitutiva global no plenário é o inciso IV, mas... O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – A Presidência já tinha pedido que isso entrasse em sede de emen- da de redação, mas já acordamos aqui que nós vamos comunicar que está equivocada a numeração do inciso. O inciso é o VI. O SR. MENDONÇA FILHO – Mas, Presidente, nesse caso muda completamente, porque o que se vai fa- zer? Se porventura isso for incorporado na lei eleitoral no inciso VI, que trata daquilo que pode ser efetivado em termos de gasto público (pausa), ou que trata de despesa pública nos 3 meses antes da eleição, em rigor está-se liberando transferência voluntária, 3 meses antes da eleição, para a Saúde. Isso já está assegurado. Qualquer convênio que seja celebrado no ano eleitoral pode ser executado ple- namente. Há de se ter planejamento. Agora, eu não posso concordar que nós aceitemos que a Saúde Pública, 3 meses antes do pleito, venha a ser objeto de barganha, ainda mais quando nós estamos vendo o Ministério da Saúde virar moeda de troca política; imaginem os Prefeitos e Governadores do Brasil, em 3 meses, milhares de convênios sendo celebrados para interferir na eleição! Isso é inaceitável! Aí, eu modifico completamente a minha posição. Eu teria falado contra a emenda aglutinativa, eu teria marcado posição contra a preferência que foi aprovada. Então, eu fui, nós fomos levados, o Plenário foi levado a uma conclusão incorreta. O SR. PAULO TEIXEIRA – Sr. Presidente, pela ordem! O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Deputado, eu queria esclarecer que essa correção do inciso VI se torna necessária. Se V.Exa. tivesse deliberado o que V.Exa. tem o juízo de deliberar a qualquer momento com base no inciso IV, o inciso IV é o seguinte: “fazer ou permitir o uso promocional em favor de candidato, partido político ou coligação, de distribuição gratuita de bens e serviços de caráter social custeados ou subvencionados pelo Poder Público”. O inciso VI é exatamente a descrição inteira da alínea “a”, acrescida de: “bem como os destinados às ações e aos serviços de saúde”. Não há dúvida, em nenhum momento houve dúvida de que se tratava do inciso VI, jamais o inciso IV. O SR. MENDONÇA FILHO – Não, Sr. Presidente, havia, sim, porque, no caso, o inciso IV diz respeito ao art. 73, que estabelece: “Art. 73. São proibidas aos agentes públicos, servidores ou não, as seguintes condutas tendentes a afetar a igualdade de oportunidades entre candidatos nos pleitos eleitorais (...)”. Aí... Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 95 O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Mas se V.Exa. consultar o texto da emenda, verá que o inciso VI é a cópia integral acrescida de “serviços de saúde”. Não há, não há o que... O SR. MENDONÇA FILHO – Perfeito, Presidente, mas eu me referia ao caput do art. 73. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – E V.Exa. tem... Eu tenho certeza de que a assessoria diligente de V.Exa. não ia permitir que V.Exa. substituísse o inciso IV existente na lei. O SR. MENDONÇA FILHO – Presidente, mas não só a minha pessoa, todo o Plenário foi induzido ao erro. Em rigor, não dá para... O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Eu ia esclarecer. O SR. MENDONÇA FILHO – ...não dá para raciocinar que recurso para a Saúde 3 meses antes se pode liberar à revelia de média, pode-se fazer qualquer liberação para qualquer convênio do Brasil. Há de se ter um mínimo de planejamento! Nós temos 12 meses no ano; não é possível que durante o período eleitoral nós te- nhamos de aceitar que o Ministério da Saúde libere recursos para qualquer Estado da Federação. Eu mudo a posição, e peço a V.Exa. que suspenda esta votação para que nós reavaliemos e retomemos o processo de votação na próxima semana. Não faz sentido. Eu já me havia inclusive posicionado contra um projeto semelhante do Deputado Toninho na semana passada. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Deputado, nós estamos em processo de votação. O SR. PAULO TEIXEIRA (PT-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Presidente, o Governo libera a bancada. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Acontece o seguinte: os discursos de todo o mundo aqui foram no sentido do real entendimento. O que eu vou fazer é comunicar, dar a exata noção, e consultar se alguém quer rever a sua orientação. Não há outra coisa que eu possa fazer. O SR. MENDONÇA FILHO – Então eu vou rever a minha orientação. O Democratas vota contra isso. É um absurdo que se esteja propondo a liberdade para que União e Estados possam celebrar convênios 3 meses an- tes da eleição para a área de saúde livremente. Há já previsão legal de que deve haver respeito aos patamares da lei, e eu não posso admitir uma coisa como essa. Não é em nome da Saúde que nós vamos criar um balcão geral de negociata política para financiar eleição à base de recursos da Saúde Pública. Com todo respeito ao Deputado Toninho, eu quero pedir ao Plenário que preste atenção. Nós estamos rasgando os limites da lei eleitoral para a área de saúde. Então, o posicionamento do Democratas vai ser revis- to: é “não”, de forma peremptória, alertando que nós estamos sendo induzidos ao erro. É “não”, veementemente. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – O.k. Algum outro... A SRA. JANDIRA FEGHALI – Presidente... O SR. SÁGUAS MORAES – Presidente... O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Vamos ordenar, para dar oportunidade a todos com equidade. O SR. POMPEO DE MATTOS – Presidente... O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Algum outro partido deseja rever a orientação de bancada? O SR. POMPEO DE MATTOS – Presidente, quero orientar pelo PDT... O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Pois não. O SR. POMPEO DE MATTOS (PDT-RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – ...só para reafirmar aqui: na verdade, há um erro, eu diria, assim, quase de grafia, entre o inciso IV e o inciso VI, porque o texto comprova de forma objetiva do que trata um e do que trata o outro. Então, V.Exa., a Mesa, na minha visão a Mesa tem razão, há um erro de grafia. É de grafia, e isso é perfeitamente corrigível, e corrigindo isso nós estamos votando algo coerente, consciente, decente e, na minha opinião, claro e objetivo. O SR. WADSON RIBEIRO – Sr. Presidente! O SR. POMPEO DE MATTOS – Por isso nós vamos manter, o PDT vai manter o voto “sim”, porque me pa- rece que é razoável. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – O.k. O SR. POMPEO DE MATTOS – E eu pediria ao DEM, Sr. Presidente, que revisse esse erro de grafia, revisse e mantivesse a posição pelo voto “sim”, porque acho que é justo. A SRA. JANDIRA FEGHALI (PCdoB-RJ. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Isso não é erro de grafia não, Presidente! O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Bom, deixando claro para o Plenário, a grafia no art. 73 é inciso VI. Se não desejarem mudar a orientação, eu pediria que nós pudéssemos prosseguir. O SR. MARCOS ROGÉRIO – Vamos votar, Presidente! O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Se alguém deseja mudar, tem todo o direito. Podemos todos manter a orientação, agora? O.k. 96 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Em votação a Emenda Substitutiva Global de Plenário nº 1. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Os Srs. Deputados que forem pela aprovação permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADA. O SR. MENDONÇA FILHO (DEM-PE) – Peço verificação, Presidente. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Verificação concedida. O SR. MENDONÇA FILHO – Presidente, muda a orientação do Democratas para obstrução. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – A Presidência solicita a todos, Sras. e Srs. Deputados, que tomem os seus lugares, a fim de ter início a votação pelo sistema eletrônico. Está iniciada a votação. O SR. MENDONÇA FILHO – Eu alerto que muitos estão ausentes. O SR. WADSON RIBEIRO (PCdoB-MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Eu queria ponderar, Presi- dente, que essa média vai levar em conta 1 ano; por exemplo, o ano eleitoral do Município. Passados outros 2 anos, nós teremos eleições gerais. Isso vai implicar, na prática, uma diminuição dessa média, o que pode com- prometer, e muito, investimentos importantes para os Municípios. O SR. MENDONÇA FILHO – Está em obstrução o Democratas. O SR. WADSON RIBEIRO – Então, eu queria ponderar aos Deputados e às Deputadas que esse cálculo e essa média acabam prejudicando repasses que são essenciais para os Municípios brasileiros, sem contar que nesse período, nesse intervalo, ainda pode haver situações de crises econômicas, com o que já diminuem esses repasses, o que faz com que essa média se torne ainda menor. Então, eu queria ponderar e pedir o voto contrário a essa matéria, Presidente. O SR. ALIEL MACHADO (PCdoB-PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, com o pensa- mento na defesa da população brasileira, que está acima dessa guerra, o PCdoB entra em obstrução. O SR. CHICO ALENCAR (PSOL-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PSOL, Presidente, alertando que, na verdade, na prática isso poderá significar progressiva redução de recursos e direcionamento eleitoreiro, reitera sua posição contrária e manifesta que neste momento o melhor, o mais adequado, para ser contrário ao projeto, é fazer obstrução, para que nós pensemos melhor sobre isso. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Lembro que a obstrução implica os Parlamentares votarem em “obstrução”. O SR. CHICO ALENCAR – É claro! Estamos todos atentos, sempre. O SR. ROBERTO BRITTO (Bloco/PP-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, peço que seja dado como lido meu discurso aqui nesta Casa. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Pois não. PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, pressionados pela grave crise que atinge todas as Prefeituras bra- sileiras, Prefeitos do meu Estado, sob a coordenação da União dos Prefeitos da Bahia – UPB, entidade que tive a honra de presidir por dois mandatos, realizaram na semana passada o IV Encontro de Prefeitos, encerrado com a aprovação e a divulgação da Carta da Bahia, documento que tenho a honra de encaminhar para regis- tro nos Anais desta Casa. Ao mesmo tempo, quero expressar meu integral apoio a todos os itens nele contidos, por saber que eles expressam a mais dura realidade da situação vivida nos dias atuais pelas Prefeituras do meu Estado, dentre as quais Jequié, cuja gestão, comandada pela Prefeita Tânia Britto, apesar de todos os avanços que têm sido rea- lizados para melhorar a cidade e a qualidade de vida de sua população, enfrenta as mesmas dificuldades dos demais Municípios baianos, o que eleva a nossa responsabilidade, como apoiadores de sua Administração. O documento apresenta propostas que os Prefeitos consideram importantes para o enfrentamento da crise, dentre as quais fazem a defesa da flexibilização dos gastos com pessoal nas áreas de Saúde, Educação e Assistência Social, assunto que foi tratado e aprovado em Comissão Especial criada para debater o Projeto de Lei Complementar nº 251, de 2015, que tive a honra de relatar nesta Casa. Na Carta os Prefeitos pregam também uma maior articulação com os órgãos federais e estaduais para desburocratizar a execução dos projetos de interesse dos Municípios, e afirmam que vão trabalhar no sentido de uma ampla mobilização do Congresso Nacional para o aprimoramento da Lei de Responsabilidade Fiscal, buscando também o apoio do Governo do Estado e da Assembleia Legislativa para a exclusão de programas federais do cálculo do índice de gastos com pessoal. Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 97 Defendem ainda que qualquer novo tributo criado seja repartido com os Estados e Municípios brasileiros. Cobram igualmente o cumprimento da Emenda Constitucional 84 para o pagamento do percentual de 0,25% que foi suprimido dos recursos do Fundo de Participação dos Municípios repassados no mês de julho de 2015. Ainda no âmbito da sustentabilidade, os Prefeitos prometem buscar apoio técnico e financeiro para ela- boração dos planos municipais de saneamento básico e dos planos de gerenciamento de resíduos sólidos e de águas, além de fortalecer as associações e consórcios públicos intermunicipais. Ao final do encontro, os gestores assumiram o compromisso de fomentar a educação ambiental e o em- preendedorismo nos Municípios, além de apoiar os núcleos de formação de agroecologia e o fortalecimento da agricultura familiar para gerar renda e enfrentar a crise econômica. Muito obrigado. Sr. Presidente, peço a V.Exa. a divulgação do meu pronunciamento pelos meios de comunicação da Casa e no programa A Voz do Brasil. O SR. MENDONÇA FILHO (DEM-PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Presidente, eu apelo ao Ple- nário, tendo em vista que vários Parlamentares já se ausentaram porque imaginaram que não haveria verifi- cação, que mude a orientação para “obstrução”, para que se rediscuta o projeto na próxima semana. Esse é um projeto em que nós estamos liberando a aplicação de recursos para a área da saúde 3 meses antes da eleição. Nós vamos estabelecer um balcão geral! Com todo o respeito, não dá para aceitar isso. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Ouço o Deputado Toninho Pinheiro. O SR. TONINHO PINHEIRO (Bloco/PP-MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, mais uma vez quero lembrar a V.Exas. quantas pessoas neste momento no Brasil estão mor- rendo – morrendo, gente! – por falta de atendimento à saúde. Vamos abrir o coração, vamos observar. É difícil demais a burocracia aqui em Brasília para se repassar qualquer tipo de recurso para qualquer área, para che- gar às pessoas, aquelas pessoas pobres que estão morrendo, e que votam em nós, que pagam impostos, que nos colocam aqui. Será possível que nós não podemos ter um pouquinho de compreensão, gente, e chegar, e votar, e aju- dar, com essa questão importante de tirar qualquer restrição nesses 3 meses? Ninguém escolhe a hora em que vai adoecer, não! Se uma pessoa pobrezinha adoece, ela tem de ser atendida na hora, senão pode até morrer. Quantas pessoas estão aí, no Brasil inteiro, neste exato momento, morrendo por falta de remédio? Então, mais uma vez, com humildade, eu peço o apoio de V.Exas., a ajuda de V.Exas. com esse gesto cris- tão de tirar toda e qualquer restrição de repasse de recursos à Saúde para ajudar a salvar vidas, independen- temente de... (Desligamento automático do microfone.) O SR. MARCUS PESTANA (PSDB-MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Presidente, o PSDB muda a orientação para “obstrução”. O SR. MORONI TORGAN (DEM-CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – A Minoria muda a orientação e libera a bancada, Sr. Presidente. A SRA. JANDIRA FEGHALI (PCdoB-RJ. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Pela ordem, Presidente! É que eu mudei a orientação para “obstrução”, e o pessoal da bancada não está conseguindo votar, mesmo com a orientação da Liderança no painel. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Peço ao pessoal técnico que dê condições para que os integran- tes do partido que orientou “obstrução” possam marcar “obstrução”. O SR. SANDES JÚNIOR – Sr. Presidente... O SR. AFONSO HAMM – Posso falar aqui, Presidente? O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Ouço o Deputado Afonso. O SR. AFONSO HAMM (Bloco/PP-RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Presidente, eu queria só fazer uma manifestação em apoio ao Deputado Sandes Júnior e também ao Deputado Toninho Pinheiro pela exce- lente iniciativa, e dizer da importância disso, porque, à medida que se está num ano eleitoral, isso não signifi- ca que os recursos provisionados da Saúde não possam chegar às pessoas, às instituições de saúde, às santas casas, aos hospitais, às unidades básicas de saúde. Portanto, tem merecimento, é importante esse projeto, e eu queria exatamente referendar a sua impor- tância pedindo apoio para sua aprovação. Muito obrigado. O SR. SANDES JÚNIOR – Sr. Presidente, pela ordem! O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Pois não, Deputado Sandes. O SR. DANIEL COELHO – Sr. Presidente, eu queria apenas fazer uma observação a V.Exa. 98 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Vou ouvir o Deputado Sandes e depois V.Exa. O SR. SANDES JÚNIOR (Bloco/PP-GO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, como autor do projeto, eu quero só fazer o seguinte esclarecimento: no nosso projeto original não havia essa emenda, que veio... O Deputado Toninho apresentou essa emenda, que foi apensada ao nosso projeto. Mas o projeto é meu e dele, dele e meu. Qual foi a intenção dele em incluir para a Saúde os 3 meses? Se acontecer uma peste, uma catástrofe, em qualquer período pode-se liberar; por que não num ano eleitoral? A ideia dele, sublime, foi a melhor do mundo. Se acontecer uma catástrofe, uma peste ou coisa parecida, que se possa liberar recurso da Saúde no período eleitoral. A ideia dele foi essa. E eu quero agradecer-lhe, Sr. Presidente, porque nós Deputados estamos tendo vez com V.Exa. Nunca se votou tanto projeto de Deputados Federais como na sua gestão. Anteriormente não tínhamos vez nem voz. Agora os projetos são votados. E o Deputado Toninho, na melhor das intenções... (Desligamento automático do microfone.) O SR. DANIEL COELHO – Sr. Presidente, eu queria fazer uma consulta a V.Exa. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Um minutinho, porque eu tenho esclarecer aqui um problema da bancada do PCdoB. Deputada Jandira Feghali, como V.Exa. mudou a orientação depois de alguém já ter votado, ter marcado um voto qualificado, o sistema não aceita a alteração. A Presidência vai considerar todas as presenças do PCdoB, considerará como se tivessem votado em “obstrução”, em função do problema do sistema. O SR. ALBERTO FRAGA – Sr. Presidente, por favor! O SR. DANIEL COELHO (PSDB-PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Eu ia dizer a mesma coisa a V.Exa. quanto ao PSDB. Só um minutinho. A situação é a mesma, Presidente, e eu queria aproveitar para per- guntar a V.Exa. por quê. Eu não consigo entender os motivos de o sistema não aceitar, já que o Regimento não proíbe essa mudança de posição. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – O sistema não aceita a alteração porque V.Exa. já votou, marcou voto qualificado; então, V.Exa. está mudando o voto. O SR. DANIEL COELHO – Então, eu peço que V.Exa. aplique o mesmo entendimento que deu ao PCdoB para o PSDB. É a mesma situação. O voto foi modificado também, posteriormente. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Sim, se eu já apliquei para um, vou ter de aplicar para todos. Pois não. O SR. NEWTON CARDOSO JR (Bloco/PMDB-MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, nesse caso, o PMDB sugere que a presença na Casa hoje se consolide para qualquer efeito administrativo. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Não, esse é outro problema. O problema é o quórum da votação aqui. O SR. EDMILSON RODRIGUES (PSOL-PA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Presidente Eduardo, o PSOL também mudou a orientação. Eu já havia votado “não”, por exemplo, e não pude mudar para “obstrução”. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Está certo, eu vou... Nesse caso, como eu dei a primeira decisão, eu vou considerar, vou aguardar... A SRA. JANDIRA FEGHALI (PCdoB-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O problema é para efeito de quórum, não é? Esse é que é o problema, porque a obstrução não conta para o quórum, e nós vamos acabar... O SR. GLAUBER BRAGA (PSOL-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, por favor, eu gostaria também de fazer um registro. Hoje, quando V.Exa. já estava em plenário, sentado na cadeira de Presi- dente, existia uma Comissão Especial, a que trata do chamado Estatuto da Família, deliberando questões. Eu não consegui compreender por que a Ordem do Dia não foi iniciada imediatamente quando V.Exa. chegou, e depois que a Comissão teve a oportunidade de votar o texto principal imediatamente no plenário abre-se a Ordem do Dia. Eu gostaria muito de obter uma explicação da Mesa do porquê desse procedimento, porque eu tenho inclusive contado todas as sessões de quinta‑feira; nunca houve uma espera tão grande até que um relatório pudesse ser apreciado, e não houve também, na sessão que aqui estava ocorrendo, motivo posterior para jus- tificar a não abertura da Ordem do Dia em detrimento da votação que lá acontecia. É esse o esclarecimento que eu gostaria de obter de V.Exa. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Eu vou esclarecer, por respeito à posição de V.Exa. Primeiro, in- felizmente V.Exa. não estava em plenário; se estivesse teria entendido todo o procedimento que ocorreu. A Presidência leu a resposta a uma questão de ordem, leitura essa que levou cerca de 1 hora, e que tinha de ser feita antes de adentrarmos a Ordem do Dia. Em sequência, a Presidência ouviu os Líderes, e abriu a Ordem do Dia porque não poderia prorrogar a sessão se não estivesse aberta a Ordem do Dia. Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 99 Então, isso foi comunicado aqui ao microfone, de público; se V.Exa. estava em uma Comissão que estava deliberando, a Presidência não é obrigada a saber. Se houve alguma deliberação após o anúncio da Ordem do Dia, essa deliberação é nula. E os demais pontos são de juízo discricionário da Presidência no seu exercício, no andamento da sessão. O SR. JOSÉ NUNES (PSD-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PSD entra em obstrução, Sr. Pre- sidente. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Eu não vou mais estender o procedimento que foi adotado para os partidos que mantiveram outra orientação até agora, porque agora não é uma questão de mudança de orien- tação política, e sim uma mudança para justificar falta. Com relação à presença de qualquer natureza, nós po- demos consolidá‑la de outra forma, mas a partir de agora quem entrou em obstrução terá de votar “obstrução”. Se já mudou, metade da bancada exerceu o seu voto de uma maneira e agora vai mudar apenas para justificar a ausência, isso não é correto para com a Casa e para com aqueles que aqui estão. Então, a partir de agora, a Presidência não vai aceitar. O SR. CABO DACIOLO (Sem Partido-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O Deputado Cabo Daciolo está em obstrução, sem partido. A SRA. CARMEN ZANOTTO – Sr. Presidente... O SR. CÉLIO SILVEIRA – Sr. Presidente... O SR. SÓSTENES CAVALCANTE – Sr. Presidente, quero fazer um registro. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – A Deputada Carmen Zanotto havia pedido antes a palavra. Tem V.Exa. a palavra. A SRA. CARMEN ZANOTTO (PPS-SC. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, eu quero dado como lido e pedir que seja divulgado pelos meios de comunicação da Casa o meu pronunciamento com relação ao Dia Nacional de Luta da Pessoa Portadora de Deficiência. Quero também lamentar, mais uma vez, os vetos à nossa Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com De- ficiência, o que é um retrocesso a tudo aquilo que foi feito para garantir que a pessoa com deficiência possa efetivamente entrar no mercado de trabalho, possa efetivamente ter a sua independência. Portanto, peço que meu pronunciamento seja divulgado pelos meios de comunicação da Casa. Muito obrigada, Sr. Presidente. PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELA ORADORA Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, no dia 21 de setembro, foi comemorado o Dia Nacional de Luta da Pessoa Portadora de Deficiência. O dia é de luta, mas também de celebração de vitórias. Almejamos e lu- tamos aqui no Congresso pela garantia dos direitos­ nas diferentes instân­cias sociais, como forma de avançar cada vez mais nas conquistas e na construção de uma sociedade que tenha como princípios a acessibilidade­ e a inclusão de todas as pessoas. Cerca de 45,6 milhões de brasileiros têm algum tipo de deficiência, segundo o censo do IBGE de 2010, o que representa 23,9% da população brasileira. Precisamos de uma série de ações para que essa parcela da população tenha todos os direitos garantidos. De acordo com matéria publicada no Correio Braziliense, em 16 de julho de 2015, 90,6% dos brasileiros são alfabetizados, taxa que cai para 81,7% quando observada apenas a parcela com deficiência. E em 2010 pouco mais de 44 milhões de pessoas com ao menos uma deficiência estava em idade ativa – sendo que mais da metade delas, 23,7 milhões, estava desempregada. Pelos dados do censo percebe-se também um ambien- te não facilitador da mobilidade. Apesar de todas as políticas públicas voltadas às pessoas com deficiência, o processo de exclusão histo- ricamente imposto a essas pessoas deve ser superado por intermédio da implementação de políticas afirma- tivas e pela conscientização da sociedade acerca da potencialidade desses indivíduos. O direito de ir e vir, de trabalhar e de estudar é a fonte primeira da inclusão de qualquer cidadão. Para que esse direito se concretize, em face das pessoas com deficiência, temos que exigir do Estado a construção de uma sociedade livre, justa e solidária, conforme estabelece o art. 3º da Constituição Federal, por meio da implementação de políticas públicas compensatórias e eficazes. Não posso deixar de destacar que, nos últimos­ anos, tivemos três conferências nacionais com participa- ção de milhares de atores sociais em processos democráticos e participativos, os quais produziram centenas de propostas para aperfeiçoamento das políticas públicas. Os novos tempos exigem cada vez mais protagonismo. O controle social avança em todo o País, com mais de 500 conselhos municipais e estaduais dos direitos da pessoa com deficiên­cia já consolidados. 100 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 Recentemente aprovamos no Congresso a Lei de Inclusão da Pessoa com Deficiência. O texto trata de diversos aspectos, como educação, infraestrutura, cultura e esporte, e prevê atendimento prioritário em órgãos públicos, reforma de calçadas, reserva de vagas em instituições educacionais e pena de até 3 anos para quem discriminar deficientes. Esses avanços foram frutos de muita luta que enfrentamentos e de muita vontade de transformar. A proposição que resultou na lei tramitou há 15 anos, ficou em consulta pública durante 6 meses e foi o primeiro projeto traduzido em sua íntegra na Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS. Infelizmente, a Presidenta Dilma Rousseff fez sete vetos ao texto da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência – Estatuto da Pessoa com Deficiência. Vetou dispositivos importantes como a obrigação de contratação de ao menos um funcionário com deficiência por empresas que têm de 50 a 99 empregados. Neste ato, ela nega a capacidade de trabalho e de produtividade das pessoas com deficiência. Vetou a reserva de, no mínimo, 10% no processo seletivo de educação profissional tecnológica, de edu- cação superior, de escolas públicas federais e privadas. No Brasil, só 19% das escolas de ensino básico têm acessibilidade. Também vetou um inciso que trata de mudanças na definição e tipologia dos projetos do Programa Mi- nha Casa, Minha Vida para atender a pessoas com deficiência. Cortou da lei um artigo que dava prioridade na tramitação de processos de pessoas com deficiência na Justiça; um que obrigava autoescolas a terem um car- ro adaptado para pessoas com deficiência a cada 20 veículos na frota; e a ampliação das regras de isenção de Imposto sobre Produto Industrializado – IPI, para automóveis para pessoas com deficiência. A norma promoverá a garantia da equiparação de oportunidades, da autonomia e da acessibilidade para as pessoas com deficiência, que representam 23,9% da população brasileira. Devemos manter no texto da lei todas as garantias a essa população. Peço que o presente pronunciamento seja registrado nos Anais desta Casa e divulgado no programa A Voz do Brasil. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Com a palavra o Deputado Edmilson Rodrigues e, em seguida, o Deputado Sóstenes Cavalcante. O SR. EDMILSON RODRIGUES (PSOL-PA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu queria anunciar – porque creio que o mundo sonha com a paz diante de tantos conflitos bélicos que ocorrem, inclusi- ve com verdadeiros Estados paralelos terroristas, como é o caso do Estado Islâmico – que a imprensa mundial mostra a imagem do Presidente Raúl Castro brindando o acordo feito entre o Estado colombiano e o Estado paralelo colombiano, representado pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia. Rodrigo Londoño, re- presentando as FARC, e Juan Manuel Santos, Presidente da República da Colômbia, assinam um acordo históri- co depois de 60 anos de lutas, de guerrilha, de uma guerra civil que tantos problemas trouxe a esse país irmão. Como democrata, como socialista, eu quero festejar esse acordo, que muitos julgavam ser impossível, e parabenizar o Governo cubano. Parabenizo também o Papa Francisco, que chamou recentemente o Governo cubano a contribuir com esse esforço de paz. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Com a palavra o Deputado Sóstenes Cavalcante. O SR. SÓSTENES CAVALCANTE (PSD-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, nobres colegas Parlamentares, eu quero registrar com muita alegria, nesta sessão, a minha gratidão aos nobres pares da Comissão Especial que está tratando do Estatuto da Família. Hoje, de maneira democrática, respeitando todos os trâmites regimentais, nós votamos pela aprovação do Estatuto da Família, ressalvados os destaques, que ficaram para a semana que vem. Eu quero aqui, em nome da Comissão, agradecer a todos os membros, em especial ao Relator, Deputa- do Diego Garcia, que apresentou um relatório equilibrado, respeitoso. E hoje, com ampla maioria, nós demos uma resposta à sociedade brasileira, na defesa e na valorização das nossas famílias. Viva a família brasileira! Muito obrigado. O SR. IVAN VALENTE – Sr. Presidente... O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Vou encerrar a votação. O SR. CÉLIO SILVEIRA – Sr. Presidente... O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Posso encerrar a votação? O SR. JOSÉ CARLOS ARAÚJO – Sr. Presidente... O SR. VICENTINHO – Um minuto, Presidente. O SR. LUIS CARLOS HEINZE – Sr. Presidente... O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Vou encerrar a votação. Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 101 O SR. LUIS CARLOS HEINZE – Presidente... O SR. VICENTINHO – Presidente, 1 minuto. O SR. IVAN VALENTE – Um minuto, Presidente. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Todos no plenário já votaram? O SR. CÉLIO SILVEIRA – Presidente, 1 minuto. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Todo mundo estava lento. De repente, ficou rápido. O SR. IVAN VALENTE – Um minuto, Presidente. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Com a palavra o Deputado Vicentinho. O SR. VICENTINHO (PT-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu gostaria de saudar a nova Diretoria do Sindicato dos Jornalistas no Estado de São Paulo, na figura do companheiro Presidente Paulo Zocchi, cuja posse foi no último sábado. Essa diretoria é composta de lutadores de todo o Estado. Os jornalistas de São Paulo têm uma história muito bonita de luta pela dignidade da profissão. Aqui, há um projeto de apoio ao diploma de jornalista. Eu sou autor de um projeto, inicialmente do ex- -Deputado Delegado Protógenes, que federaliza crimes contra jornalistas. Nós apoiamos um projeto que dá direito especial aos cinegrafistas, aos profissionais de câmera. E, por essa razão, lá estavam presentes pessoas de todo o Estado de São Paulo, a Central Única dos Trabalhadores, os companheiros que constroem essa luta. Quero deixar o meu abraço à Diretoria do Sindicato dos Jornalistas no Estado de São Paulo, ao Guto, ex- -Presidente, e ao Paulo Zocchi. Obrigado, Sr. Presidente. O SR. CÉLIO SILVEIRA – Sr. Presidente... A SRA. CHRISTIANE DE SOUZA YARED – Sr. Presidente... O SR. POMPEO DE MATTOS – Sr. Presidente, eu quero fazer um pedido a V.Exa. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Com a palavra o Deputado Célio Silveira. O SR. POMPEO DE MATTOS (PDT-RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Eu queria consolidar a vo- tação com a presença, Sr. Presidente. É possível? O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Em função da confusão que houve hoje aqui, em função dessa confusão, eu vou consolidar pela presença. O SR. POMPEO DE MATTOS – Obrigado, Sr. Presidente. Sábias palavras! O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Com a palavra o Deputado Célio Silveira. O SR. CÉLIO SILVEIRA (PSDB-GO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, como médico brasileiro que sempre sofreu por parte deste Governo muitas perseguições, quero manifestar aqui contrarie- dade ao fato de o nosso Ministério da Saúde, que tantos bons Ministros já teve, ser agora colocado no balcão de negociações. Todas as entidades médicas estão muito preocupadas. Em vez de a Presidente buscar recursos para serem investidos na saúde, que está totalmente acabada no País, coloca o Ministério da Saúde, o principal Ministério do Governo, na negociata para conseguir governabilidade. Então, aqui fica a nossa insatisfação pelo fato de o Ministério da Saúde não ser olhado pela Presidente Dilma como o principal Ministério para o desenvolvimento do País. Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Com a palavra o Deputado Ivan Valente. O SR. IVAN VALENTE (PSOL-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu queria dar como lido nosso pronunciamento, intitulado MTST volta às ruas contra o ajuste fiscal e os cortes nas áreas sociais, que fala da manifestação que houve em São Paulo, ontem, com milhares de pessoas, contra os cortes na área social e a intenção de fazer com que os trabalhadores paguem a conta na crise. Particularmente em relação à área de habitação, os cortes do Minha Casa, Minha Vida são gigantescos. Juntaram-se a eles outros trabalhadores que estão em greve no Brasil inteiro, como os servidores fede- rais de universidade. Nós queríamos saudar aqui também pela unidade os lutadores sociais, que vão gestar, formar a frente de mobilização nacional Povo Sem Medo. Nossa saudação ao MTST e a todos os lutadores sociais contra o ajuste fiscal e contra os trabalhadores pagarem pela crise. Muito obrigado. PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados e todas e todos os que assistem a esta sessão ou nela trabalham, na manhã de quarta-feira, 23 de setembro, o Movimento dos Trabalhadores sem Teto – MTST voltou a fazer manifestações em nove capitais da federação. O motivo foi a necessidade de enfrentar o ajuste fiscal do Go- verno Federal. Há poucos dias, os Ministérios da Fazenda e do Planejamento anunciaram cortes no valor de 26 102 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 bilhões de reais. Para atingir esse montante, 3,8 bilhões de reais serão retirados da saúde, os salários de ser- vidores públicos serão congelados e parte da verba destinada para o programa habitacional Minha Casa, Mi- nha Vida – MCMV será contingenciada (estima-se em 4,8 bilhões de reais, segundo informações do portal G1). Salta aos olhos ver que o Governo cada vez mais tem depositado nas costas dos trabalhadores a crise econômica gerada pelos que estão no topo da sociedade. É de conhecimento mesmo do mundo mineral que as condições de atendimento do Sistema Único de Saúde, que em sua forma na lei é excelente, está distante de dar conta das demandas da população. Nesse sentido, retirar dinheiro da pasta significa aumentar o sofrimento de quem já está vulnerável. A lógica de preservar os bancos e manter os hospitais na UTI é altamente perversa. Os problemas sociais são, evidentemente, relacionados. Não é possível levar uma vida saudável em am- bientes urbanos caóticos, poluídos, disfuncionais e organizados para o lucro dos especuladores e das constru- toras – ironicamente, as mesmas que tiveram seus executivos presos por montarem um esquema de saques na PETROBRAS. O problema do direito à cidade e à moradia são pilares dos direitos humanos, firmados em tratados internacionais junto aos quais o Brasil é signatário. Não por outra, a luta que vem sendo travada pelo MTST em várias cidades do País merece tanto destaque. Essa luta continuou na quarta, pois os recursos para a terceira etapa do programa MCMV, anunciado no dia 10 de setembro – destaca-se que já foi anunciado – fo- ram congelados. A resposta, em São Paulo, foi a ocupação do prédio do Ministério da Fazenda, por parte de 8 mil pessoas, para exigir uma reunião com representantes do Ministério. Juntaram-se aos atos do MTST servidores do Judiciário, que têm seus salários e carreiras ameaçados pelo ajuste. Não é admissível que os verdadeiros responsáveis pela crise sejam isentos dos erros que cometeram, como até lucram com ela – no caso de rentistas e banqueiros que veem seus investimentos indo de vento em popa com juros a 14,25%. O Governo Federal deveria repartir a conta com os de cima através de inúmeros me- canismos, como a reforma tributária justa, a taxação das grandes fortunas e dividendos e a auditoria da dívida pública. Alguns argumentam que essas medidas são autoritárias, bolivarianas. Ora, porque não responsabilizar os responsáveis e punir justamente os setores mais vulneráveis do povo? Não é justo congelar o Minha Casa, Minha Vida. Não é justo arrochar o funcionalismo. Chega a ser indecente cortar verbas da saúde, sabendo da atual situação do SUS. O atual ajuste fiscal, por punir os trabalhadores e cortar direitos, se mostra autoritário, antidemocrático e catalisador das desigualdades sociais. O caminho da austeridade levará o Brasil a um ciclo recessivo. O Governo deveria não cortar gastos, mas expandi-los em áreas estratégicas da economia, ao mesmo tempo ter uma política de incentivo aos salários e à indústria, de modo a cortar juros e proteger a economia nacional. O cenário, e o seu desenvolvimento, so- mente aumentará a instabilidade do Governo e animará ímpetos golpistas. Assim sendo, é cada vez mais necessário que o povo diga claramente, em alto e bom som, que não pagará pelo desajuste causado pelos ricos. As lutas de resistência estão acontecendo e deverão crescer. A unidade dos lutadores também. Não por outra razão, está em gestação a frente de mobilização nacional Povo sem Medo, que congrega vários movimentos sociais para defender os direitos sociais e as reformas populares para o Brasil. No dia 8 de outubro, a Frente Povo sem Medo será lançada. Vemos essa iniciativa com grande entusias- mo, pois sem povo na rua para fazer pressão, as elites continuarão com os seus desmandos econômicos, po- líticos e éticos. Parabenizamos os que foram para as ruas ontem contra o ajuste fiscal. E, mais do que isso, nós nos so- mamos a essas mobilizações que, certamente, irão crescer. Nosso mandato acompanha o Povo sem Medo! Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Com a palavra o Deputado Ronaldo Fonseca. Em seguida, vou encerrar a votação. O SR. DANIEL COELHO – Sr. Presidente, eu queria saber como é que V.Exa. vai considerar o quórum. O SR. RONALDO FONSECA (PROS-DF. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. De- putados, nós estamos vendo agora, em Brasília, no dia de hoje, uma greve geral dos servidores públicos do Dis- trito Federal. Inclusive, agora, em frente ao Buriti, estão quase 5 mil servidores públicos, protestando contra a de- cisão do Governador Rollemberg quanto a não pagar os aumentos que foram conquistados por essas categorias. Eu quero me solidarizar com esses servidores públicos, trabalhadores do Distrito Federal, que também protestam contra o aumento de impostos que o Governador Rollemberg baixou aqui em Brasília. Infelizmen- te, aumentou inclusive passagem de ônibus, passagem de metrô e também o preço do restaurante popular, Sr. Presidente. Portanto, quero me solidarizar com os trabalhadores do Distrito Federal, que, revoltados, não aceitam essa decisão abusiva e injusta do Governador. Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 103 O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Vou encerrar a votação. O SR. DANIEL COELHO – Sr. Presidente, eu queria entender como V.Exa. vai considerar o quórum. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Depois eu explico. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Está encerrada a votação. (Pausa.) 104 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015

PmdbPpPtbPscPhsPen: Sim

PT: Sim

PSDB: Obstrução

PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPsiPtdoB: Sim

PR: Sim

PSD: Obstrução

PSB: Sim

DEM: Obstrução

PDT: Sim

Solidaried: Sim

PCdoB: Obstrução

PROS: Sim

PPS: Sim

PV: Sim

PSOL: Obstrução

Repr.REDE: Sim

Minoria: Liberado

GOV.: Sim

Parlamentar Partido Bloco Voto

Roraima (RR)

Abel Mesquita Jr. PDT Sim

Carlos Andrade PHS PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Hiran Gonçalves PMN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPs lPtdoB Sim

Maria Helena PSB Sim Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 105

Parlamentar Partido Bloco Voto

Remídio Monai PR Sim

Shéridan PSDB Obstrução

Total Roraima: 6

Amapá (AP)

André Abdon PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Sim

Roberto Góes PDT Sim

Total Amapá: 2

Pará (PA)

Beta Faro PT Sim

Beta Salame PROS Sim

Delegado Éder Mauro PSD Sim

Edmilson Rodrigues PSOL Não

Zé Geraldo PT Sim

Total Pará: 5

Amazonas (AM)

Alfredo Nascimento PR Sim

Arthur Virgílio Bi sneto PSDB Obstrução

Átila Lins PSD Sim

Conceição Sampaio pp PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Hissa Abrahão PPS Sim

Marcos Rotta PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Pauderney A velino DEM Obstrução

Silas Câmara PSD Sim

Total Amazonas: 8 106 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015

Parlamentar Partido Bloco Voto

Rondonia (RO)

Expedito Netto Solidaried Sim

Luiz Cláudio PR Sim

Marcos Rogério PDT Sim

Mariana Carvalho PSDB Obstrução

Marinha Raupp PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Nilton Capixaba PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Total Rondonia: 6

Acre (AC)

Angelim PT Sim

César Messias PSB Sim

Flaviano Melo PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Leo de Brito PT Sim

Rocha PSDB Obstrução

Total Acre: 5

Tocantins (TO)

Carl os Henrique Gaguim PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

César Halum PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Sim

Dulce Miranda PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Josi Nunes PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Total Tocantins: 4

Maranhão (MA)

Alberto Fi lho PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Aluisio Mendes PSDC PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Sim Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 107

Parlamenta r Partido Bloco Voto

André Fufuca PEN PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Cleber Verde PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Sim

El iziane Gama PPS Sim

Hildo Rocha PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

João Castelo PSDB Sim

João Marcelo Souza PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

José Reinaldo PSB Sim

Juscelino Filho PRP PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Abstenção

Pedro Fernandes PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Rubens Pereira Júnior PCdoB Não

Victor Mendes PV Sim

Zé Carl os PT Sim

Total Maranhão: 14

Ceará (CE)

Arnon Bezerra PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Chico Lopes PCdoB Não

Macedo PSL PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Sim

Moroni Torgan DEM Sim

Ronaldo Martins PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Sim

Vitor Valim PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Abste nção

Total Ceará: 6

Piauí (PI)

Heráclito Fortes PSB Sim

Iracema Portella pp PmdbPpPtbPscPhsPen Sim 108 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015

Parlamentar Partido Bloco Voto

Júlio Cesar PSD Sim

Mainha Solidaried Sim

Marcelo Castro PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Paes Landim PTB PmdbPp Ptb PscPh sPen Sim

Rodrigo Martins PSB Sim

Silas Freire PR Sim

Total Piauí: 8

Rio Grande do Norte (RN)

Antônio Jácome PMN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Sim

Beto Rosado pp PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Rafael Motta PROS Sim

Walter Alves PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Total Rio Grande do Norte: 4

Paraíba (PB)

Benjamin Maranhão Solidaried Não

Dami ão Feliciano PDT Sim

Efraim Filho DEM Obstrução

Hugo Motta PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Luiz Couto PT Sim

Manoel Junior PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Pedro Cunha Lima PSDB Obstrução

Rômulo Gouveia PSD Sim

Veneziano Vital do Rêgo PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Wi lson Filho PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 109

Parlamentar Partido Bloco Voto

Total Paraíba: 10

Pernambuco (PE)

Anderson Ferreira PR Sim

Augusto Coutinho Solidaried Não

Betinho Gomes PSDB Obstrução

Carlos Eduardo Cadoca PCdoB Obstrução

Daniel Coelho PSDB Sim

Fernando Monteiro pp PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Gonzaga Patriota PSB Sim

Jarbas Vasconcelos PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Não

João Fernando Coutinho PSB Sim

Jorge Côrte Real PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Kaio Maniçoba PHS Pmdb Pp Ptb PscPh sPen Sim

Mendonça Filho DEM Obstrução

Pastor Eurico PSB Sim

Raul Jungmann PPS Sim

Ricardo Teobaldo PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Silvio Costa PSC PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Tadeu Alencar PSB Sim

Wolney Queiroz PDT Sim

Zeca Cavalcanti PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Total Pernambuco: 19

Alagoas (AL)

Cícero Almeida PRTB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPsiPtdoB Sim 110 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015

Parlamentar Partido Bloco Voto

Marx Beltrão PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Pau lã o PT Sim

Pedro Vilela PSDB Sim

Total Alagoas: 4

Sergipe (SE)

Fabio Reis PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

João Daniel PT Sim

Jony Marcos PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Sim

Valadares Filho PSB Sim

Total Sergipe: 4

Bahia (BA)

Afonso Florence PT Sim

Alice Portugal PCdoB Não

Antonio lmbassahy PSDB Obstrução

Bacelar PTN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Sim

Benito Gama PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Davidson Magalhães PCdoB Obstrução

Elmar Nascimento DEM Obstrução

E1ivelton Santana PSC PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Félix Mendonça Júnior PDT Sim

Fern ando Torres PSD Sim

José Carlos Araújo PSD Sim

José Nunes PSD Sim

Jutahy Junior PSDB Obstrução Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 111

Parlamentar Partido Bloco Voto

Márcio Marinho PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPsiPtdoB Sim

Mário Negromonte Jr. pp PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Moema Gramacho PT Sim

Paul o Magalhães PSD Sim

Roberto Britto pp PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Ronaldo Carletto pp PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Uldurico Junior PTC PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPsiPtdoB Sim

Valmir Assunção PT Sim

Waldenor Pereira PT Não

Total Bahia: 22

Minas Gerais (MG)

Adelmo Cameiro Leão PT Sim

Ademir Camil o PROS Sim

Bilac Pinto PR Sim

Bonifácio de Andrada PSDB Sim

Brunny PTC PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPsiPtdoB Sim

Caio Narcio PSDB Obstrução

Dâmina Pereira PMN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPs lPtdoB Sim

Delegado Edson Moreira PTN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPsiPtdoB Sim

Dimas Fabia no pp PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Domingos Sávio PSDB Obstrução

Eduardo Barbosa PSDB Sim

Gabriel Guimarães PT Sim

Jô Moraes PCdoB Obstrução 112 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015

Parlamentar Partido Bloco Voto

Júlio Delgado PSB Sim

Laudivio Carvalho PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Leonardo Monteiro PT Sim

Leonardo Quintão PMDB PmdbPp Ptb PscPh sPen Sim

Lincoln Portela PR Sim

Marcelo Álvaro Antônio PRP PrbPtnPmnPrp PsdcPrtbPtcPs lPtdoB Sim

Marcelo Aro PHS PmdbPp Ptb PscPh sPen Sim

Marcus Pestana PSDB Sim

Mauro Lopes PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Newton Cardoso Jr PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Odelmo Leão pp PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Pastor Franklin PTdoB PrbPtnPmnPrp PsdcPrtbPtcPs lPtdoB Sim

Paulo Abi-Ackel PSDB Sim

Reginaldo Lopes PT Sim

Rodrigo Pacheco PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Silas Brasileiro PMDB PmdbPp Ptb PscPh sPen Sim

Subtenente Gonzaga PDT Sim

Toninha Pinheiro pp PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Wadson Ribeiro PCdoB Obstrução

Weliton Prado PT Sim

Zé Silva Solidaried Sim

Total Minas Gerais: 34

Espírito Santo (ES)

Carlos Manato Solidaried Sim Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 113

Parlamentar Partido Bloco Voto

Dr. Jorge Silva PROS Sim

E vai r de Melo PV Sim

Givaldo Vieira PT Sim

Helder Salomão PT Sim

Max Filho PSDB Obstrução

Paulo Foletto PSB Sim

Sergio Vidigal PDT Sim

Total Espírito Santo: 8

Rio de Janeiro (R.n

Alexandre Serfiotis PSD Sim

Alexandre Valle PRP PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPsiPtdoB Sim

Altineu Côrtes PR Sim

Aureo Solidaried Sim

Benedita da Si lva PT Sim

Cabo Daciolo S.Part. Não

Celso Pansera PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Chico Alencar PSOL Obstrução

Chico D Angelo PT Sim

Clari ssa Garotinho PR Sim

Deley PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Dr. João PR Sim

Eduardo Cunha PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Art. 17

Felipe Bornier PSD Sim

Francisco Floriano PR Sim 114 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015

Parlamentar Partido Bloco Voto

Glauber Braga PSOL Obstrução

Jandira Feghali PCdoB Obstrução

Luiz Carlos Ramos PSDC PrbPtnPmnPrp PsdcPrtbPtcPs lPtdoB Sim

Luiz Sérgio PT Sim

Marcelo Matos PDT Sim

Marcos Soares PR Sim

Miro Teixeira REDE Sim

Rodrigo Maia DEM Obstrução

Rosangela Gomes PRB PrbPtnPmnPrp PsdcPrtbPtcPs lPtdoB Sim

Sóstenes Cavalcante PSD Sim

Wadih Da mous PT Sim

Walney Rocha PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Total Rio de Janeiro: 27

São Paulo (SP)

Ana Perugini PT Sim

Andres Sanchez PT Sim

Arlindo Chinagli a PT Sim

Capitão Augusto PR Sim

Carlos Zarattini PT Sim

Eduardo Bolsonaro PSC PmdbPpPtbPscPhsPen Abstenção

Eduardo Cury PSDB Não

Evandro Gussi PV Sim

Fausto Pinato PRB PrbPtn PmnPrp PsdcPrtb PtcPs IPtdoB Sim

Flavinho PSB Sim Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 115

Parlamentar Partido Bloco Voto

Gilberto Nascimento PSC PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Ivan Valente PSOL Obstrução

Jefferson Campos PSD Sim

João Paulo Papa PSDB Sim

Jorge Tadeu Mudalen DEM Não

José Mentor PT Sim

Keiko Ota PSB Sim

Luiz Lauro Filho PSB Sim

Luiza Erundina PSB Não

Major Olimpio PDT Sim

Marcelo Aguiar DEM Não

Marcelo Squassoni PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Sim

Mareio Alvino PR Sim

Miguel Haddad PSDB Sim

Miguel Lombar·di PR Sim

Milton Monti PR Sim

Missionário José Olímpio pp PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Nelson Marquezelli PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Abste nção

Nilto Tatto PT Sim

Orlando Silva PCdoB Obstrução

Paulo Te ixeira PT Sim

Pr. Marco Feliciano PSC PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Ricardo Trípoli PSDB Sim

Roberto Freire PPS Sim 116 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015

Parlamentar Partido Bloco Voto

Samuel Moreira PSDB Obstrução

Silvio Torres PSDB Obstrução

Tilirica PR Sim

Yicentinho PT Sim

Vitor Lippi PSDB Abstenção

William Woo PV Sim

Total São Paulo: 40

Mato Grosso (MT)

Carlos Bezerra PMDB Pmdb PpPtbPscPh sPen Sim

Ezequiel Fonseca pp PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Fabio Garcia PSB Sim

Professor Victório Galli PSC Pmdb PpPtbPscPh sPen Não

Ságuas Moraes PT Sim

Yaltenir Pereira PROS Sim

Total Mato Grosso: 6

Distrito Federal (DF)

Alberto Fraga DEM Não

Augusto Carvalho Solidaried Não

Erika Kokay PT Sim

lzalci PSDB Sim

Ronaldo Fonseca PROS Sim

Roney Nemer PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Total Distrito Federal: 6

Goiás (GO) Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 117

Parlamentar Partido Bloco Voto

Alexandre Baldy PSDB Sim

Célio Silveira PSDB Sim

Delegado Waldir PSDB Não

Giuseppe Vecci PSDB Sim

Jovair Arantes PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Lucas Yergilio Solidaried Sim

Pedro Chaves PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Sandes Júnior PP PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Total Goiás: 8

Mato Grosso do Sul (MS)

Dagoberto PDT Sim

Elizeu Dioni zio Solidaried Sim

Geraldo Resende PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Tereza Cri stina PSB Sim

Yander Loubet PT Sim

Total Mato Grosso do Sul: 5

Paraná (PR)

Aliel Machado PCdoB Obstrução

Assis do Couto PT Sim

Christi ane de Souza Yared PTN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPsiPtdoB Sim

Hermes Parcianello PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

João AtTuda PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Leandre PY Sim

Marcelo Belinati pp PmdbPpPtbPscPhsPen Sim 118 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015

Parlamentar Partido Bloco Voto

Rossoni PSDB Abstenção

Rubens Bueno PPS Sim

Sandro Alex PPS Sim

Sergio Souza PMDB PmdbPp PtbPscPh sPen Sim

Takayama PSC PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Toninho Wandscheer PT Sim

Zeca Dirceu PT Sim

Total Paraná: 14

Santa Catarina (SC)

Carmen Zanotto PPS Sim

Celso Maldaner PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Edi nh o Bez PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Fabricio Oliveira PSB Sim

Geovania de Sá PSDB Sim

Jorginho Mel lo PR Sim

Marco Tebaldi PSDB Obstrução

Ronaldo Benedet PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Total Santa Catarina: 8

Rio Grande do Sul (RS)

Afonso Hamm pp PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Alceu Moreira PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Bohn Gass PT Sim

Carlos Gomes PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Sim

Covatti Filho pp PmdbPpPtbPscPhsPen Sim Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 119

Parlamentar Partido Bloco Voto

Darcísio Perondi PMDB PmdbPp Ptb PscPh sPen Sim

Fernando Man·otü PT Sim

Giovani Cherini PDT Sim

Heitor Schuch PSB Sim

Henrique Fontana PT Sim

João Derly PCdoB Obstrução

José Fogaça PMDB PmdbPp Ptb PscPh sPen Sim

Jose Stédile PSB Sim

Luis Carlos Heinze PP PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Marco Maia PT Sim

Marcon PT Sim

Mari a do Rosário PT Sim

Mauro Pereira PMDB PmdbPp Ptb PscPh sPen Sim

Nelson Marchezan Junior PSDB Abstenção

Onyx Lorenzoni DEM Obstrução

Pompeo de Mattos PDT Sim

Renato Molling pp PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Ronaldo Nogueira PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Total Rio Grande do Sul: 23

CENIN - Coordenação do Sistema Eletrônico de Votação 120 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 O SR. DANIEL COELHO – Sr. Presidente, e quanto aos Deputados do PCdoB e PSDB? O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Deixe-me terminar, porque nós temos tempo para acabar a ses- são, para que eu não tenha que convocar uma sessão extraordinária. Estão prejudicadas a proposição inicial, as apensadas e as emendas. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Há sobre a mesa e vou submeter a votos a seguinte REDAÇÃO FINAL: REDAÇÃO FINAL

PROJETO DE LEI Nº 4.474-B DE 2004

Altera a Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997 – Lei das Eleições, dispondo sobre a transfe- rência voluntária de recursos da União e dos Estados em ano de eleição. O CONGRESSO NACIONAL decreta: Art. 1º Esta Lei altera a redação da alínea a do inciso VI do art. 73 e acrescenta § 14 ao mesmo artigo da Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997, dispondo sobre transferência voluntária de recursos da União e dos Estados em ano de eleição. Art. 2º O art. 73 da Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997, passa a vigorar com as seguintes alterações: “Art. 73...... VI – ...... a) realizar transferência voluntária de recursos da União aos Estados e Municípios, e dos Estados aos Municípios, sob pena de nulidade de pleno direito, ressalvados os recursos destinados a cumprir obrigação formal preexistente para execução de obra ou serviço em andamento e com cronograma prefixado, os destinados a atender situações de emergência e de calamidade pública, bem como os destinados às ações e serviços de saúde; ...... § 14. Em ano de eleição, a transferência voluntária de recursos da União aos Estados e Municípios, e dos Estados aos Municípios, não poderá exceder a média dos valores correspondentes às transfe- rências realizadas nos três anos anteriores, ressalvados os recursos destinados a atender situações de emergência e de calamidade pública, bem como os destinados às ações e serviços de saúde.”(NR) Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Sala das Sessões, 24 de setembro de 2015. – Deputado Marcos Rogério, Relator O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Aqueles que a aprovam permaneçam como se acham. (Pausa.) APROVADA. A matéria vai ao Senado Federal. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Nós vamos fazer a consolidação nesta sessão pela presença. Quem marcou presença está consolidado, para evitar qualquer tipo de problema. Eu vou retirar de ofício o item 4, porque havia uma combinação para ele ficar para a semana que vem. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – O item 5 é o Projeto de Resolução nº 75, de 2015, da Mesa Dire- tora da Câmara Dos Deputados. O SR. DANIEL COELHO (PSDB-PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, na última vota- ção o quórum não foi atingido. Eu gostaria de saber de quanto foi o quórum. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Já não foi atingido, Deputado? O SR. DANIEL COELHO – V.Exa. disse que colocaria os Deputados do PSDB e do PCdoB em obstrução. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – O quórum foi atingido, Deputado. O SR. DANIEL COELHO – Eles foram contados para efeito de quórum? O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – O quórum foi atingido. O SR. DANIEL COELHO – Foi atingido com os Deputados do PCdoB e do PSDB? O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Não, não, isso não existe, não há voto reverso. O SR. DANIEL COELHO – Mas V.Exa. disse que consideraria a obstrução. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Não, eu não posso mudar o painel eletrônico. Aqueles que iriam votar “obstrução”, se o sistema não aceitasse, eu consideraria como obstrução. O SR. DANIEL COELHO – Exato. Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 121 O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Foi o que eu falei. O SR. DANIEL COELHO – Exato. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Mas quem já votou, votou. Não mudou o voto, paciência. V.Exa. po- dia ter mudado para “não”, podia ter mudado para “abstenção”, podia ter feito isso. Não havia jeito. Não há como. O SR. DANIEL COELHO – Mas foi isso, foi o sistema que não aceitou. Foi isso. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Não, o sistema não aceitou a obstrução. O SR. DANIEL COELHO – Todos do PSDB e do PCdoB não... O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – O sistema não aceitou a obstrução. V.Exa., uma vez que votou “sim”, podia mudar para “não”, para “abstenção”, para qualquer coisa. Eu não posso mudar o sistema eletrônico para mudar o seu voto. O que eu fiz foi não considerar, para efeito administrativo, a ausência por obstrução de quem não podia, no sistema, optar por obstrução. Eu não poderia fazer diferente. Eu não tenho esse poder. O SR. POMPEO DE MATTOS – Está certa a Mesa, Sr. Presidente. Está certa, absolutamente certa! O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Item 5. PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 75, DE 2015 (Da Mesa Diretora)

Discussão, em turno único, do Projeto de Resolução nº 75, de 2015, que institui o “Prêmio Bra- sil Mais Inclusão”. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Para falar contra, tem a palavra o Deputado Edmilson Rodrigues. Pretendo fazer com que seja a última matéria da pauta, para encerrar a sessão às 17 horas. O SR. EDMILSON RODRIGUES (PSOL-PA. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu abro mão de dis- cutir, porque não sou contra o mérito, mas sou contra o título, propriamente. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – O.k. O SR. EDMILSON RODRIGUES – Talvez um prêmio de cidadania fosse importante, ou de acesso à cida- dania, a direitos, porque o termo “inclusão” tem sido usado de forma mais ampla, para os mais diversos aspec- tos, que não só o acesso a direitos pelos portadores de deficiência. Nesse sentido, o título restringe. Mas não discordo da ideia, que, aliás, é muito boa, e quero parabenizar pela iniciativa. Obrigado. O SR. RUBENS PEREIRA JÚNIOR – Sr. Presidente, é “sim” para todo mundo. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Para falar a favor, tem a palavra a Deputada Shéridan. (Pausa.) Tem a palavra o Deputado Daniel Coelho. (Pausa.) Tem a palavra o Deputado Betinho Gomes. (Pausa.) Tem a palavra o Deputado Luiz Carlos Hauly. (Pausa.) Tem a palavra o Deputado Célio Silveira. (Pausa.) Tem a palavra o Deputado Zé Geraldo. (Pausa.) Tem a palavra o Deputado Pompeo de Mattos. (Pausa.) Tem a palavra a Deputada Moema Gramacho. (Pausa.) Tem a palavra a Deputada Eliziane Gama. (Pausa.) Tem a palavra a Deputada Carmen Zanotto. (Pausa.) Tem a palavra o Deputado Moroni Torgan. (Pausa.) O SR. POMPEO DE MATTOS (PDT-RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, nós abrimos mão da discussão, para agilizar. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – A Deputada Carmen Zanotto abre mão também? A SRA. CARMEN ZANOTTO (PPS-SC. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Para podermos aprovar, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – O.k. Encerrada a discussão. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Passa-se ao encaminhamento da matéria. Para encaminhar contra, tem a palavra o Deputado Edmilson Rodrigues. (Pausa.) O SR. POMPEO DE MATTOS – Abre mão. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Para encaminhar a favor, tem a palavra o Deputado Rocha. (Pausa.) Tem a palavra o Deputado Daniel Coelho. (Pausa.) Tem a palavra o Deputado Zé Geraldo. (Pausa.) Tem a palavra a Deputada Moema Gramacho. (Pausa.) Tem a palavra o Deputado Moroni Torgan. (Pausa.) 122 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 Encerrado o encaminhamento. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Em votação o Projeto de Resolução nº 75, de 2015. A CÂMARA DOS DEPUTADOS resolve: Art. 1º Fica instituído o “Prêmio Brasil Mais Inclusão”, a ser concedido, anualmente, pela Câmara dos Deputa- dos, a empresas públicas ou privadas, entes federados (União, Estados e Municípios) e personalidades, que tenham realizado trabalhos ou ações que mereçam especial destaque na inclusão de pessoas com deficiência, ressaltando os valores básicos da igualdade de tratamento e oportunidade, da justiça social, do respeito à dignidade da pessoa humana, do bem-estar, e de outros indicados na Constituição Federal ou justificados pelos princípios gerais de direito, em especial, aqueles que valorizam a pessoa com deficiência no que diz respeito a emprego, ao trabalho e à renda. Parágrafo Único. Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de na- tureza física, mental, intelectual ou sensorial, a qual, em interação com uma ou mais barreiras, tenha obstruída sua participação plena e efetiva na sociedade quando em igualdade de condições com as demais pessoas, conforme estabelecido pela Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), Lei nº 13.146 de 6 de julho de 2015. Art. 2º O “Prêmio Brasil Mais Inclusão” consistirá na concessão anual de diploma de menção honrosa a, no máximo, dez agraciados, o qual terá sua forma e especificações definidas posteriormente pela Segunda-Secretaria da Câmara dos Deputados, sendo cinco, obrigatoriamente, entregues para categoria “empresas públicas ou priva- das” e os demais distribuídos entre as categorias “personalidades” e “entes federados”. § 1º A escolha das empresas deverá atender, preferencialmente, além dos critérios apresentados no art. 1º, os seguintes: a) Empresas com até 99 empregados que preencham pelo menos 1 cargo com beneficiário reabilitado ou pessoa com deficiência; b) Empresas que tenham entre 100 e 200 empregados e preencham pelo menos 2% dos cargos com be- neficiários reabilitados ou pessoas com deficiência; c) Empresas que tenham entre 201 e 500 empregados e preencham pelo menos 3% dos cargos com be- neficiários reabilitados ou pessoas com deficiência; d) Empresas que tenham entre 501 e 1.000 empregados e preencham pelo menos 4% dos cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas com deficiência; e) Empresas que tenham acima de 1001 empregados e pelo menos 5% dos cargos preenchidos com be- neficiários reabilitados ou pessoas com deficiência. § 2º As personalidades e os entes federados serão escolhidos dentre os critérios apresentados no art. 1º, bem como, na valorização da pessoa com deficiência quanto às seguintes áreas temáticas: I. Educação; II. Saúde; III. Habilitação e reabilitação; IV. Emprego, trabalho e renda; V. Inovação e tecnologia; VI. Esporte; VII. Turismo; VIII. Cultura e lazer; IX. Transporte e mobilidade; X. Assistência social. Art. 3º A participação no pleito dar-se-á de duas formas: a) Por indicação dos Deputados ou Senadores para todas as categorias; ou b) Diretamente pelas empresas, no caso de concorrentes na categoria “empresa pública ou privada”. § 1º As empresas, personalidades ou entes indicados, indicadas em conformidade com o item “a” do presente artigo, deverão ter sua inscrição efetivada eletronicamente por meio de link a ser disponibilizado no sítio da Câma- ra no período compreendido entre 1º de março a 30 de junho de cada ano, pelo Deputado ou Senador indicante. § 2º As empresas concorrentes na categoria “empresa pública ou privada” que desejarem se candidatar ao Prêmio de forma direita, conforme previsto no item “b” do presente artigo, deverão efetivar sua inscrição eletroni- camente por meio de link a ser disponibilizado no sítio da Câmara no período compreendido entre 1º de março e 30 de junho de cada ano. Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 123 § 3º Cada Deputado Federal e cada Senador poderá indicar no máximo um concorrente ao “Prêmio Brasil Mais Inclusão”, independente da categoria. Art. 4º A análise dos trabalhos e das ações dos indicados, bem como a concessão do “Prêmio Brasil Mais In- clusão” serão realizadas por um Conselho Deliberativo com a seguinte composição: a) Segundo-Secretário da Câmara dos Deputados; b) Terceiro-Secretário da Câmara dos Deputados; c) Membros titulares da Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência; d) Um representante de cada partido com assento na Câmara dos Deputados indicados pelos respecti- vos líderes. § 1º As indicações para composição do Conselho Deliberativo deverão ser encaminhadas à Segunda-Secre- taria até o dia 15 de julho de cada ano. § 2º Os trabalhos do Conselho Deliberativo serão presididos pelo Segundo-Secretário e em eventual impe- dimento pelo Terceiro-Secretário. § 3º A definição dos agraciados se dará por meio do voto da maioria simples dos membros integrantes do Conselho Deliberativo, criado para esta finalidade, sendo declarados vencedores aqueles que obtiverem o maior número dos votos apurados. § 4º São critérios de escolha, além dos listados nos §§1º e 2º do art. 2º: I. A aplicação da Política dos Direitos da Pessoa com Deficiência; II. A capacidade de articulação, gestão, potencial de reaplicação e multiplicação, bem como o grau de sus- tentabilidade da ação; III. A promoção da inclusão social, autonomia e independência da pessoa com deficiência. Art. 5º Compete à Segunda-Secretaria: a) Providenciar formulário de inscrição em papel e em meio eletrônico para efeitos do que dispõe o art. 3º desta Resolução; b) Organizar os registros e arquivos relativos ao Prêmio; c) Determinar a adoção das providências necessárias para a publicação do Ato do Presidente da Câma- ra dos Deputados, que formaliza a concessão do Prêmio, bem como para a realização da sessão solene. Art. 6º O prêmio será entregue aos agraciados, anualmente, sempre na semana do mês de setembro quando se comemora o Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência, 21 de setembro, instituído pela Lei nº 11.133 de 14 de julho de 2005, ou na semana do mês de dezembro em que se comemora o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, 3 de dezembro, instituído pela Organização das Nações Unidas. Parágrafo único. A entrega do prêmio será realizada pelo Segundo-Secretário, acompanhado do Terceiro- -Secretário e do Presidente da Comissão de Defesa dos Diretos das Pessoas com Deficiência. Art. 7º Não será concedido o “Prêmio Brasil Mais Inclusão” à pessoa jurídica de direito público ou priva- do que se encontre inserida no Cadastro Nacional de Empresas Punidas (CNEP) ou no Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas (CEIS), conforme estabelecido na Lei nº 12.846 de 1º de agosto de 2013, (Lei Anticorrupção), bem como à que se encontre impossibilitada de celebrar convênios ou contratos de repasse por meio do Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse – SICONV. Art. 8º Não será concedida o “Prêmio Brasil Mais Inclusão” à pessoa física que se encontre enquadrada no que estabelece as Leis Complementares nº 64 de 18 de maio de 1990, (Lei da Ficha Limpa) e nº 101, de 4 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal), bem como a Lei nº 8.429 de 2 de junho de 1992 (Lei da Im- probidade Administrativa). Art. 9º É vedada a indicação para o “Prêmio Brasil Mais Inclusão” de: I. Parlamentares do Congresso Nacional no exercício do mandato ou pessoas jurídicas a eles vinculadas; II. Comissões permanentes ou temporárias do Congresso Nacional, ainda que em parceria com outras indicações. Art. 10. A Segunda-Secretaria poderá expedir instruções complementares necessárias para a concessão do “Prêmio Brasil Mais Inclusão”. Parágrafo único. No primeiro ano de vigência desta Resolução, os prazos e datas nela previstos poderão ser alterados por meio de Portaria do Segundo-Secretário para garantir a realização do prêmio. Art. 11. A presente Resolução entrará em vigor na data da sua publicação. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Os Srs. Deputados que o aprovam permaneçam como se encon- tram. (Pausa.) 124 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 APROVADO. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Há sobre a mesa e vou submeter a votos a seguinte REDAÇÃO FINAL: REDAÇÃO FINAL

PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 75-A DE 2015

Institui o Prêmio Brasil Mais Inclusão. A CÂMARA DOS DEPUTADOS resolve: Art. 1º Fica instituído o Prêmio Brasil Mais Inclusão, a ser concedido, anualmente, pela Câmara dos Deputa- dos a empresas públicas ou privadas, entes federados (União, Estados e Municípios) e personalidades, que tenham realizado trabalhos ou ações que mereçam especial destaque na inclusão de pessoas com deficiência, ressaltando os valores básicos da igualdade de tratamento e oportunidade, da justiça social, do respeito à dignidade da pessoa humana, do bem-estar e de outros indicados na Constituição Federal ou justificados pelos princípios gerais de direito, em especial, aqueles que valorizam a pessoa com deficiência no que diz respeito ao emprego, ao trabalho e à renda. Parágrafo único. Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de na- tureza física, mental, intelectual ou sensorial, a qual, em interação com uma ou mais barreiras, tenha obstruída sua participação plena e efetiva na sociedade quando em igualdade de condições com as demais pessoas, conforme estabelecido pela Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015 – Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatu- to da Pessoa com Deficiência). Art. 2º O Prêmio Brasil Mais Inclusão consistirá na concessão anual de diploma de menção honrosa a, no má- ximo, dez agraciados, o qual terá sua forma e especificações definidas posteriormente pela Segunda-Secretaria da Câmara dos Deputados, sendo cinco, obrigatoriamente, entregues para categoria empresas públicas ou privadas e os demais distribuídos entre as categorias personalidades e entes federados. § 1º A escolha das empresas deverá atender, preferencialmente, além dos critérios apresentados no art. 1º, os seguintes: I – empresas com até noventa e nove empregados que preencham pelo menos um cargo com beneficiário reabilitado ou pessoa com deficiência; II – empresas que tenham entre cem e duzentos empregados e preencham pelo menos 2% (dois por cento) dos cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas com deficiência; III – empresas que tenham entre duzentos e um e quinhentos empregados e preencham pelo menos 3% (três por cento) dos cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas com deficiência; IV – empresas que tenham entre quinhentos e um e mil empregados e preencham pelo menos 4% (quatro por cento) dos cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas com deficiência; V – empresas que tenham acima de mil e um empregados e pelo menos 5% (cinco por cento) dos cargos pre- enchidos com beneficiários reabilitados ou pessoas com deficiência. § 2º As personalidades e os entes federados serão escolhidos com base nos critérios apresentados no art. 1º, bem como na valorização da pessoa com deficiência, quanto às seguintes áreas temáticas: I – educação; II – saúde; III – habilitação e reabilitação; IV – emprego, trabalho e renda; V – inovação e tecnologia; VI – esporte; VII – turismo; VIII – cultura e lazer; IX – transporte e mobilidade; X – assistência social. Art. 3º A participação no pleito dar-se-á de duas formas: I – por indicação dos Deputados Federais ou Senadores para todas as categorias; ou II – diretamente pelas empresas, no caso de concorrentes na categoria empresa pública ou privada. § 1º As empresas, personalidades ou entes indicados em conformidade com o inciso I deste artigo deverão ter sua inscrição efetivada eletronicamente por meio de link a ser disponibilizado no sítio da Câmara dos Deputados, no período compreendido entre 1º de março a 30 de junho de cada ano, pelo Deputado Federal ou Senador indicante. Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 125 § 2º As empresas concorrentes na categoria empresa pública ou privada que desejarem candidatar-se ao Prê- mio de forma direta, conforme previsto no inciso II deste artigo, deverão efetivar sua inscrição eletronicamente por meio de link a ser disponibilizado no sítio da Câmara dos Deputados no período compreendido entre 1º de março e 30 de junho de cada ano. § 3º Cada Deputado Federal e cada Senador poderá indicar, no máximo, um concorrente ao Prêmio Brasil Mais Inclusão, independentemente da categoria. Art. 4º A análise dos trabalhos e das ações dos indicados bem como a concessão do Prêmio Brasil Mais Inclu- são serão realizadas por um Conselho Deliberativo com a seguinte composição: I – Segundo-Secretário da Câmara dos Deputados; II – Terceiro-Secretário da Câmara dos Deputados; III – membros titulares da Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência; IV – um representante de cada partido com assento na Câmara dos Deputados indicado pelos respectivos Líderes. § 1º As indicações para composição do Conselho Deliberativo deverão ser encaminhadas à Segunda-Secre- taria até o dia 15 de julho de cada ano. § 2º Os trabalhos do Conselho Deliberativo serão presididos pelo Segundo-Secretário e em eventual impe- dimento pelo Terceiro-Secretário. § 3º A definição dos agraciados dar-se-á por meio do voto da maioria simples dos membros integrantes do Conselho Deliberativo, criado para esta finalidade, sendo declarados vencedores aqueles que obtiverem o maior número dos votos apurados. § 4º São critérios de escolha, além dos listados nos §§ 1º e 2º do art. 2º: I – a aplicação da Política dos Direitos da Pessoa com Deficiência; II – a capacidade de articulação, gestão, potencial de reaplicação e multiplicação, bem como o grau de sus- tentabilidade da ação; III – a promoção da inclusão social, autonomia e independência da pessoa com deficiência. Art. 5º Compete à Segunda-Secretaria: I – providenciar formulário de inscrição em papel e em meio eletrônico para efeitos do que dispõe o art. 3º desta Resolução; II – organizar os registros e arquivos relativos ao Prêmio; III – determinar a adoção das providências necessárias para a publicação do Ato do Presidente da Câmara dos Deputados, que formaliza a concessão do Prêmio, bem como para a realização da sessão solene. Art. 6º O Prêmio será entregue aos agraciados, anualmente, sempre na semana do mês de setembro quan- do se comemora o Dia Nacional de Luta da Pessoa Portadora de Deficiência, 21 de setembro, instituído pela Lei nº 11.133, de 14 de julho de 2005, ou na semana do mês de dezembro em que se comemora o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, 3 de dezembro, instituído pela Organização das Nações Unidas. Parágrafo único. A entrega do Prêmio será realizada pelo Segundo-Secretário acompanhado do Terceiro- -Secretário e do Presidente da Comissão de Defesa dos Diretos das Pessoas com Deficiência. Art. 7º Não será concedido o Prêmio Brasil Mais Inclusão à pessoa jurídica de direito público ou privado que se encontre inserida no Cadastro Nacional de Empresas Punidas – CNEP ou no Cadastro Nacional de Empresas Ini- dôneas e Suspensas – CEIS, conforme estabelecido na Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013 – Lei Anticorrupção, bem como à que se encontre impossibilitada de celebrar convênios ou contratos de repasse por meio do Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse – SICONV. Art. 8º Não será concedido o Prêmio Brasil Mais Inclusão à pessoa física que se encontre enquadrada no que estabelece as Leis Complementares nºs 64, de 18 de maio de 1990 – Lei da Ficha Limpa, e 101, de 4 de maio de 2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal, bem como a Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992 – Lei da Improbidade Administrativa. Art. 9º É vedada a indicação para o Prêmio Brasil Mais Inclusão de: I – parlamentares do Congresso Nacional no exercício do mandato ou pessoas jurídicas a eles vinculadas; II – Comissões Permanentes ou Temporárias do Congresso Nacional, ainda que em parceria com outras in- dicações. Art. 10. A Segunda-Secretaria poderá expedir instruções complementares necessárias para a concessão do Prêmio Brasil Mais Inclusão. Parágrafo único. No primeiro ano de vigência desta Resolução, os prazos e datas nela previstos poderão ser alterados por meio de Portaria do Segundo-Secretário para garantir a realização do Prêmio. Art. 11. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. Sala das Sessões, 24 de setembro de 2015. – Deputado Beto Mansur, Relator 126 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Os Srs. Deputados que a aprovam permaneçam como se encon- tram. (Pausa.) APROVADA. A matéria vai à promulgação. Esta Presidência considera promulgada, nesta sessão, a presente Resolução. RESOLUÇÃO A QUE SE REFERE O SR. PRESIDENTE RESOLUÇÃO Nº 10 DE 2015

Institui o Prêmio Brasil Mais Inclusão. Faço saber que a CÂMARA DOS DEPUTADOS aprovou e eu promulgo a seguinte Resolução: Art. 1º Fica instituído o Prêmio Brasil Mais Inclusão, a ser concedido, anualmente, pela Câmara dos Deputa- dos a empresas públicas ou privadas, entes federados (União, Estados e Municípios) e personalidades, que tenham realizado trabalhos ou ações que mereçam especial destaque na inclusão de pessoas com deficiência, ressaltando os valores básicos da igualdade de tratamento e oportunidade, da justiça social, do respeito à dignidade da pessoa humana, do bem-estar e de outros indicados na Constituição Federal ou justificados pelos princípios gerais de direito, em especial, aqueles que valorizam a pessoa com deficiência no que diz respeito ao emprego, ao trabalho e à renda. Parágrafo único. Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de na- tureza física, mental, intelectual ou sensorial, a qual, em interação com uma ou mais barreiras, tenha obstruída sua participação plena e efetiva na sociedade quando em igualdade de condições com as demais pessoas, conforme estabelecido pela Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015 – Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatu- to da Pessoa com Deficiência). Art. 2º O Prêmio Brasil Mais Inclusão consistirá na concessão anual de diploma de menção honrosa a, no má- ximo, dez agraciados, o qual terá sua forma e especificações definidas posteriormente pela Segunda-Secretaria da Câmara dos Deputados, sendo cinco, obrigatoriamente, entregues para categoria empresas públicas ou privadas e os demais distribuídos entre as categorias personalidades e entes federados. § 1º A escolha das empresas deverá atender, preferencialmente, além dos critérios apresentados no art. 1º, os seguintes: I – empresas com até noventa e nove empregados que preencham pelo menos um cargo com beneficiário reabilitado ou pessoa com deficiência; II – empresas que tenham entre cem e duzentos empregados e preencham pelo menos 2% (dois por cento) dos cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas com deficiência; III – empresas que tenham entre duzentos e um e quinhentos empregados e preencham pelo menos 3% (três por cento) dos cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas com deficiência; IV – empresas que tenham entre quinhentos e um e mil empregados e preencham pelo menos 4% (quatro por cento) dos cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas com deficiência; V – empresas que tenham acima de mil e um empregados e pelo menos 5% (cinco por cento) dos cargos pre- enchidos com beneficiários reabilitados ou pessoas com deficiência. § 2º As personalidades e os entes federados serão escolhidos com base nos critérios apresentados no art. 1º, bem como na valorização da pessoa com deficiência, quanto às seguintes áreas temáticas: I – educação; II – saúde; III – habilitação e reabilitação; IV – emprego, trabalho e renda; V – inovação e tecnologia; VI – esporte; VII – turismo; VIII – cultura e lazer; IX – transporte e mobilidade; X – assistência social. Art. 3º A participação no pleito dar-se-á de duas formas: I – por indicação dos Deputados Federais ou Senadores para todas as categorias; ou II – diretamente pelas empresas, no caso de concorrentes na categoria empresa pública ou privada. § 1º As empresas, personalidades ou entes indicados em conformidade com o inciso I deste artigo deverão ter sua inscrição efetivada eletronicamente por meio de link a ser disponibilizado no sítio da Câmara dos Deputados, no período compreendido entre 1º de março a 30 de junho de cada ano, pelo Deputado Federal ou Senador indicante. Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 127 § 2º As empresas concorrentes na categoria empresa pública ou privada que desejarem candidatar-se ao Prê- mio de forma direta, conforme previsto no inciso II deste artigo, deverão efetivar sua inscrição eletronicamente por meio de link a ser disponibilizado no sítio da Câmara dos Deputados no período compreendido entre 1º de março e 30 de junho de cada ano. § 3º Cada Deputado Federal e cada Senador poderá indicar, no máximo, um concorrente ao Prêmio Brasil Mais Inclusão, independentemente da categoria. Art. 4º A análise dos trabalhos e das ações dos indicados bem como a concessão do Prêmio Brasil Mais Inclusão serão realizadas por um Conselho Deliberativo com a seguinte composição: I – Segundo-Secretário da Câmara dos Deputados; II – Terceiro-Secretário da Câmara dos Deputados; III – membros titulares da Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência; IV – um representante de cada partido com assento na Câmara dos Deputados indicado pelos respec- tivos Líderes. § 1º As indicações para composição do Conselho Deliberativo deverão ser encaminhadas à Segunda- -Secretaria até o dia 15 de julho de cada ano. § 2º Os trabalhos do Conselho Deliberativo serão presididos pelo Segundo-Secretário e em eventual impedimento pelo Terceiro-Secretário. § 3º A definição dos agraciados dar-se-á por meio do voto da maioria simples dos membros integrantes do Conselho Deliberativo, criado para esta finalidade, sendo declarados vencedores aqueles que obtiverem o maior número dos votos apurados. § 4º São critérios de escolha, além dos listados nos §§ 1º e 2º do art. 2º: I – a aplicação da Política dos Direitos da Pessoa com Deficiência; II – a capacidade de articulação, gestão, potencial de reaplicação e multiplicação, bem como o grau de sustentabilidade da ação; III – a promoção da inclusão social, autonomia e independência da pessoa com deficiência. Art. 5º Compete à Segunda-Secretaria: I – providenciar formulário de inscrição em papel e em meio eletrônico para efeitos do que dispõe o art. 3º desta Resolução; II – organizar os registros e arquivos relativos ao Prêmio; III – determinar a adoção das providências necessárias para a publicação do Ato do Presidente da Câmara dos Deputados, que formaliza a concessão do Prêmio, bem como para a realização da sessão solene. Art. 6º O Prêmio será entregue aos agraciados, anualmente, sempre na semana do mês de setembro quando se comemora o Dia Nacional de Luta da Pessoa Portadora de Deficiência, 21 de setembro, instituído pela Lei nº 11.133, de 14 de julho de 2005, ou na semana do mês de dezembro em que se comemora o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, 3 de dezembro, instituído pela Organização das Nações Unidas. Parágrafo único. A entrega do Prêmio será realizada pelo Segundo-Secretário acompanhado do Terceiro- -Secretário e do Presidente da Comissão de Defesa dos Diretos das Pessoas com Deficiência. Art. 7º Não será concedido o Prêmio Brasil Mais Inclusão à pessoa jurídica de direito público ou privado que se encontre inserida no Cadastro Nacional de Empresas Punidas – CNEP ou no Cadastro Nacional de Em- presas Inidôneas e Suspensas – CEIS, conforme estabelecido na Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013 – Lei Anticorrupção, bem como à que se encontre impossibilitada de celebrar convênios ou contratos de repasse por meio do Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse – SICONV. Art. 8º Não será concedido o Prêmio Brasil Mais Inclusão à pessoa física que se encontre enquadrada no que estabelece as Leis Complementares nºs 64, de 18 de maio de 1990 – Lei da Ficha Limpa, e 101, de 4 de maio de 2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal, bem como a Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992 – Lei da Im- probidade Administrativa. Art. 9º É vedada a indicação para o Prêmio Brasil Mais Inclusão de: I – parlamentares do Congresso Nacional no exercício do mandato ou pessoas jurídicas a eles vinculadas; II – Comissões Permanentes ou Temporárias do Congresso Nacional, ainda que em parceria com outras indicações. Art. 10. A Segunda-Secretaria poderá expedir instruções complementares necessárias para a concessão do Prêmio Brasil Mais Inclusão. Parágrafo único. No primeiro ano de vigência desta Resolução, os prazos e datas nela previstos poderão ser alterados por meio de Portaria do Segundo-Secretário para garantir a realização do Prêmio. Art. 11. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. CÂMARA DOS DEPUTADOS, 24 de setembro de 2015. – Eduardo Cunha, Presidente 128 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Concedo a palavra ao Deputado Felipe Bornier. O SR. FELIPE BORNIER (PSD-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu gostaria de agra- decer a esta Casa pela aprovação do importante projeto de resolução aprovado neste momento. Temos, hoje, no Brasil, mais de 46 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência. A Casa já fez a sua parte, através de V.Exa., instituindo a Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência. Tenho cer- teza de que vamos transformar este projeto de resolução em algo muito importante para aquelas pessoas que, de fato, trabalham pela inclusão dos deficientes em nosso País. Quero agradecer a todos os Deputados que participaram dessa iniciativa e a apoiaram. Vamos fazer des- se ato, no próximo dia 3 de dezembro, no Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, a maior premiação em nosso País. Obrigado a todos. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Concedo a palavra ao Deputado Celso Maldaner. O SR. CELSO MALDANER (Bloco/PMDB-SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero dar como lido um pronunciamento que trata da realização da 12ª edição do Parlamento Jovem Brasileiro, em que 78 estudantes do ensino médio e de todos os Estados estiveram aqui presentes, inclusive um represen- tante da minha querida cidade, Maravilha. Por último, quero fazer um apelo a todos os fiscais agropecuários de todo o nosso Brasil, porque es- tão parando, nos portos, o embarcamento de cargas. Não podemos exportar produtos de valor agregado da agroindústria. Então, pedimos a sensibilidade para que suspendam essa greve, que está prejudicando as embarcações e as exportações do nosso País. Muito obrigado, Sr. Presidente. PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, gostaria de destacar que, durante toda esta semana, será realizada na Câmara dos Deputados a 12ª edição do Parlamento Jovem Brasileiro. Foram selecionados 78 estudantes de ensino médio de todos os Estados. Para participar, os alunos tive- ram que enviar um projeto de lei de sua autoria, com tema livre e de impacto nacional, propondo mudanças para melhorar a realidade do País. Essas propostas serão debatidas e votadas em uma simulação da atividade parlamentar. Da minha querida Cidade das Crianças, temos como representante o estudante Matheus Antunes, do Colégio João XXIII, entre tantos outros catarinenses com boas ideias e muita vontade de fazer acontecer. O Parlamento Jovem ocorre todos os anos desde 2004, e a iniciativa da Câmara já contemplou quase 770 alunos. Pela importância desta iniciativa para a criação de novas lideranças e o cultivo de boas ideias, faço questão de destacar. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Declaro encerrada a Ordem do Dia. O SR. ASSIS CARVALHO (PT-PI. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o Deputado Assis Carvalho votou com o partido na última votação nominal. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Para falar como Líder, tem a palavra a Deputada Christiane de Souza Yared. A SRA. CHRISTIANE DE SOUZA YARED (Bloco/PTN-PR. Como Líder. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presi- dente, Srs. Parlamentares, amanhã, dia 25, nós comemoraremos o Dia Nacional do Trânsito. Deixo aqui o meu agradecimento a todas essas pessoas, homens e mulheres, atores, organizações e órgãos governamentais que cuidam e atendem essa questão do trânsito no País. Anualmente, o nosso Governo gasta 55 bilhões de reais com as tragédias de trânsito. Esses recursos po- deriam ser reinvestidos no País simplesmente com campanhas educativas que pudessem reverter o compor- tamento dos brasileiros no trânsito. Infelizmente, as tragédias causadas pelo trânsito no País são vistas como fatalidades. Fatalidade é um mal que não se pode evitar. Nós precisamos mudar essa realidade neste País. O meu grito é o grito de milhares de famílias que hoje se juntam por essa dor de ter que enterrar os seus filhos ou simplesmente ter que deixar seus filhos em leitos de hospitais. A saúde pública hoje está estrangulada pela quantidade de tragédias e acidentes causados por esses infelizes bêbados que continuam entendendo que beber uma taça de vinho não dá nada. Meu Deus do céu! Senhores, quando é que vamos acordar para esta triste realidade? O trânsito no País é uma das maiores causas de morte, e está levando toda a nossa juventude, senhoras, senhores, idosos, crian- ças. Nós precisamos acordar porque, se não fizermos algo, infelizmente, até 2020, cada família brasileira estará Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 129 enterrando um filho por conta do trânsito. É possível que vocês consigam conviver com a morte de um filho, por uma tragédia desse tamanho? Senhores, há um momento em que nós temos que refletir. Ontem, nós tivemos uma vitória com o au- mento de 4 a 8 para as penas de crimes de trânsito. Ainda é pouco. Temos que avançar muito mais. O Brasil precisa avançar. Temos que fazer com que a alcoolemia seja zero. Tolerância zero para todo aquele que bebe! Ele tem que entender que bebida e direção não combinam. Precisamos educar e orientar nossas famílias, nossos filhos, para que usem cinto de segurança no banco de trás também. Infelizmente, as pessoas ainda acham que usar cinto de segurança é para não levar multa. O que acontece, numa tragédia dessas, é que as crianças estão morrendo porque os seus pais, mesmo tendo o equipamento de segurança, preferem ficar com a criança solta dentro do carro porque a criança chora. Ora, não é melhor que a criança chore, às vezes por 1 ou 2 horas, numa viagem de carro porque está com o equi- pamento de segurança do que esse pai ter que chorar o resto da vida num cemitério pela morte de um filho? Temos que promover essa conscientização; mudar, refletir o que nós queremos para este País, um país que está completamente lavado em sangue, de Norte a Sul do País – ruas, calçadas, rodovias estão lavadas em sangue de inocentes. Se nós não entendermos que temos que agir, e agir rapidamente, essa tragédia estará atingindo toda a família brasileira, e não é isso que nós queremos. Precisamos subir nestas tribunas para comemorar; comemo- rar vida por ações que temos feito aqui, dentro desta Casa; ações efetivas. Nós precisamos, sim, fechar as brechas dessas leis que levam a que os processos desses assassinos de trânsito levem anos e anos, fazendo com que, muitas e muitas vezes, seus crimes prescrevam. Precisamos mudar essa realidade. Se fizermos a nossa parte, certamente o grito de cada um será ouvido; este País dará ouvidos a essas dores, porque não se trata apenas de números: são vidas, são sonhos, famílias que enterram seus sonhos. E pais que enterram sonhos não querem mais viver. Precisamos mudar isso. Podemos começar em nós. Há possibilidade de fazer isso. Precisamos que o Go- verno Federal entenda que tem que investir em campanhas maciças de educação para o trânsito para que to- dos nós tenhamos a oportunidade e o direito de ir e vir, que é um direito nosso. Hoje, no trânsito, se você não é o motorista, você é o passageiro, e, se não é nem motorista e nem passa- geiro, você é o pedestre; não sobra outro espaço. É necessário que entendamos que somos todos um, e, como um, temos que fazer com que este País caminhe olhando sempre a dor do próximo. Vamos fazer e vamos mudar. Eu acredito neste País. Acredito que é possível transformar infratores em educadores. É possível, sim, atender a essas famílias que ficam desesperadas, desestruturadas. É possível, sim, entregarmos equipamentos de segurança a famílias carentes que possuem carro mas não possuem equipa- mentos de segurança para seus filhos. É possível, sim, fazer com que a educação para o trânsito nesta Nação seja real, verdadeira e aconteça a partir dos 2 anos de idade. Neste momento, começaremos a entender que o trânsito é para todos, é de todos. Como um todo, pre- cisamos nos unir. Muito obrigada, Sr. Presidente. O Sr. Eduardo Cunha, Presidente, deixa a cadeira da Presidência, que é ocupada pelo Sr. Valtenir Pereira, nos termos do § 2º do art. 18 do Regimento Interno. O SR. MAURO PEREIRA – Sr. Presidente, peço 1 minuto só. O SR. BOHN GASS – Sr. Presidente... O SR. MAURO PEREIRA – Sr. Presidente, só 1 minuto. O SR. PAULÃO – Sr. Presidente... O SR. PRESIDENTE (Valtenir Pereira) – Só por um instante. Eu quero pedir a compreensão dos nobres pares, porque, às 17 horas, nós teremos que encerrar esta sessão sob pena de sua nulidade. O SR. BOHN GASS – Sr. Presidente... O SR. PRESIDENTE (Valtenir Pereira) – Então, nós temos praticamente 1 minuto. O SR. BOHN GASS – Um segundo! Eu estou inscrito para falar. O SR. PRESIDENTE (Valtenir Pereira) – Com a palavra o Deputado Bohn Gass. O SR. BOHN GASS – Obrigado. O SR. NILTO TATTO (PT-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Peço para dar o discurso como lido, Sr. Presidente. PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR 130 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputadas e Deputados, o Prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, está me- lhorando a mobilidade urbana da cidade. Ao investir em políticas públicas que valorizam o transporte públi- co, ele não só contribui para a população quanto para o meio ambiente. Quanto menos carros houver na rua, quanto mais pessoas usarem ônibus e outros meios coletivos ou se locomoverem de bicicleta, mais diminui a poluição, algo tão nocivo a todos. Na terça-feira comemoramos o Dia Mundial Sem Carro e nesta semana também temos a Semana da Mobilidade em São Paulo. Pesquisa encomendada pela Nossa São Paulo mostra o apoio da população às mu- danças do Governo Haddad. Segundo o IBOPE – Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística, as faixas exclusivas para ônibus têm o apoio de 90% da população, enquanto as ciclovias têm 59%. O levantamento, realizado pelo nono ano consecutivo por encomenda da Rede Nossa São Paulo e da FECOMÉRCIO-SP, mostra que o trânsito e o trans- porte foram melhor avaliados em um ranking dos problemas principais da cidade. O número de pessoas que usam o carro diariamente na cidade também diminuiu em relação a 2014: caiu de 56% para 45%. A diferença no tempo de viagem entre o transporte público, ônibus e o carro está me- nor: apenas 8 minutos. O possível uso da bicicleta como meio de deslocamento entre a população melhorou. Em 2007, 34% afirmava que não usariam a bicicleta de maneira nenhuma; neste ano, o índice caiu para 13%. A mobilidade urbana é importante, obviamente, para o deslocamento da população para o trabalho, para as instituições de ensino, para o lazer, mas não é somente isso. O direito à cidade que vivemos tem muito a ver com a facilidade com que nos deslocamos por ela. Quanto mais opções de transporte, mais as pessoas conseguem usufruir dos serviços públicos e de outros serviços oferecidos. A saúde da população também é afetada pela melhora na mobilidade. Além de ter mais opções para ir a médicos, hospitais e etc., a diminuição do trânsito diminui o estresse do dia a dia e as pessoas têm mais tempo para ficar com suas famílias. A gestão Haddad tem acertado nessa questão, que é tão importante, e precisa cada vez mais focar em soluções coletivas em detrimento das individuais. Assim se melhora a sociedade. Sr. Presidente, solicito que o meu pronunciamento seja publicado nos meios de comunicações da casa e no programa A Voz do Brasil. O SR. PRESIDENTE (Valtenir Pereira) – Com a palavra o Deputado Bohn Gass. O SR. BOHN GASS (PT-RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu só quero falar sobre uma manipulação que aconteceu ao País todo. Foi muito reproduzida uma frase que o Presidente Lula teria dito: “É melhor perder o Ministério do que a Presidência”. Essa frase é inverídica. Eu aqui tenho a manifestação do Instituto Lula repudiando O Estado de S. Paulo, que noticiou esse tema, que diz: “Lamentamos que um jornal, que tem por objetivo informar, se ache no direito, baseado em supos- tas fontes anônimas, de atribuir e divulgar frases que simplesmente não existiram”. Então essa manipulação no sentido de agredir, de divulgar para a Nação brasileira algo que sequer foi dito é uma manipulação, e o Instituto Lula está respondendo. Gostaria que isso fosse divulgado para impedir que se repitam mentiras e invenções contra o Presiden- te Lula. O SR. PRESIDENTE (Valtenir Pereira) – Com a palavra o Deputado Paulão, por 20 segundos. O SR. PAULÃO (PT-AL. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Eu queria referendar, Sr. Presidente, as pa- lavras do Deputado Bohn Gass e, ao mesmo tempo, dizer que a Presidência do IPHAN, amanhã e sábado, vai inaugurar várias obras de restauração histórica. Muito obrigado. O SR. MAURO PEREIRA – Sr. Presidente... O SR. HILDO ROCHA – Sr. Presidente... O SR. DOMINGOS SÁVIO (PSDB-MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero ape- nas registrar que, sobre esse disse ou não disse, uma coisa é certa no Brasil: o PT mente muito. Mas, em Minas Gerais, nós não vamos deixar que isso prevaleça. A Justiça mineira concedeu hoje vitória a uma ação popular que eu impetrei contra o Governo de Minas Gerais, que fez propaganda gastando milhões, mentindo para o povo mineiro. A Justiça determinou a retirada do ar, e, obviamente, eles terão que arcar com as consequências disso. Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 131 O SR. HILDO ROCHA (Bloco/PMDB-MA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero apenas registrar que o Município de Cantanhede completa hoje 63 anos de idade. Foi ali que eu nasci politicamente. Fui duas vezes Prefeito, Vereador e Presidente daquela Câmara Municipal. Eu faço este registro. O SR. PRESIDENTE (Valtenir Pereira) – Está registrado, Deputado Hildo. O SR. RICARDO BARROS (Bloco/PP-PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O Deputado Ricardo Bar- ros votou com o partido. PRONUNCIAMENTOS ENCAMINHADOS À MESA PARA PUBLICAÇÃO O SR. JEFFERSON CAMPOS (PSD-SP. Pronunciamento encaminhado pelo orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, hoje vou abordar um tema preocupante: a segurança de mulheres nos transportes públicos. Não é a primeira vez que sabemos de casos de violência contra a mulher, algo sempre estarrecedor. Sinto- -me repetitivo abordando com frequência este assunto e vendo pouca mudança acontecendo. Contudo, novamente, uma mulher foi vítima de abuso sexual enquanto ocupava um vagão do metrô paulistano, na Linha Azul, entre as Estações Luz e Tiradentes. Eram 18h40min, e o sem-vergonha praticou algo que chamam de “encoxada”, mesmo com um policial militar dentro do vagão. A vítima acionou este policial, que prendeu o homem. Se fosse um caso isolado, seria ruim, mas não tão terrível, porém, o fato é que acontece muito frequen- temente. Várias mulheres são vítimas disso, sendo que uma delas chegou a ser estuprada. O caso aconteceu em abril deste ano com uma jovem de 19 anos que trabalhava como operadora de uma cabine de recarga de Bilhete Único da Estação República do Metrô, no Centro de São Paulo, durante um assalto. Um balanço mostra que 89% dos abusadores descritos pelas vítimas são detidos pelos agentes da com- panhia e encaminhados para a Delegacia de Polícia do Metropolitano – DELPOM. No entanto, os casos vêm aumentando muito. Eram 10 casos em 2013, já em 2014 foram 61 e, até agosto passado, já aconteceram 62 casos denunciados. Por isso, em abril, o Metrô lançou a campanha Você não está sozinha, contra o assédio sexual, e divulgou um número de celular para denúncias. O problema é que existem grupos que acham isso bonito. O fenômeno se chama frotteurismo (ato de esfregar-se em outra pessoa), mas nas comunidades investigadas pela polícia utilizam a nomenclatura “enco- xadas” e “encoxadores”. Além de abusar das mulheres, os criminosos filmam, fotografam e divulgam imagens na internet. Eu me pergunto como podemos chamar nossa sociedade de civilizada quando deparamos com seres degenerados como esses. Acho que as medidas punitivas devem ser realmente muito brandas, pois ninguém se sente inibido por elas neste País. Creio que nós, como representantes do povo e fazedores de leis, precisamos endurecer muito mais com quem pratica um ato desses. Seja o frotteurismo ou divulgá-lo nas redes sociais. Solicito, Sr. Presidente, que meu pronunciamento seja divulgado nos meios de comunicação da Casa e no programa A Voz do Brasil. Muito obrigado. A SRA. IRACEMA PORTELLA (Bloco/PP-PI. Pronunciamento encaminhado pela oradora.) – Sr. Presiden- te, Sras. e Srs. Deputados, na última terça-feira, dia 22 de setembro, a Comissão Permanente Mista de Combate à Violência contra a Mulher realizou uma audiência pública sobre um tema de grande importância, mas que, muitas vezes, não é percebido pela sociedade. Refiro-me aos casos de violência contra mulheres policiais. Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública da Fundação Getúlio Vargas (FGV), 40% das policiais das guardas municipais, perícia criminal, Corpo de Bombeiros, Polícia Civil e Polícia Federal já sofreram algum tipo de assedio moral ou sexual. Na maioria das situações, o agressor é um superior hierárquico. Apenas 12% das vítimas denunciam o abuso; 48% das policiais disseram que não sabem como denunciar os casos e 78% das que registraram queixa não ficaram satisfeitas com o desfecho dos episódios. “Se temos policiais travestidos de bandidos dentro das corporações, precisamos eliminá-los. Mas não pode- mos deixar que a instituição sofra qualquer abalo, porque o Estado Democrático de Direito necessita, com certeza, de uma polícia fortalecida. O assédio é violentíssimo, partindo de alguém superior é mais grave ainda”, disse, na audiência pública, a Secretária Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, Regina Miki. De acordo com ela, as policiais sofrem também com a falta de instrumentos adequados de trabalho. Miki citou especificamente o caso dos coletes de proteção, todos confeccionados para homens, além da empunha- dura das armas, mais apropriadas para os colegas masculinos de farda. 132 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 A representante da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, Taís Cerqueira Silva, afirmou que a cultura organizacional no Brasil parece não se importar com a violência praticada contra as mulheres. “Ainda existe uma cultura institucional, uma tolerância à violência contra as mulheres, que não pode deixar de ser discutida quando se fala em assédio. São frases como: [a mulher] ‘provocou até que o homem perdeu a cabe- ça’. A violência está arraigada em valores culturais. Por isso precisamos trabalhar esses valores também”, defendeu. Já as integrantes da Polícia Militar de Minas Gerais, Kátia Flávia Queiroz e Marcela Oliveira, contaram na Comissão as situações de assédio pelas quais passaram. “O caso ainda não teve resultado. Foi mais um de muitos que ocorreram. Policiais e mulheres de outras ins- tituições não têm coragem de relatar esse fato. Se o próprio superior da gente foi capaz de provocar assédio, onde vamos buscar auxílio? Essa é a pergunta que a gente faz”, desabafou Kátia. Marcela Oliveira contou detalhes do assédio que sofreu. Segundo ela, o terror psicológico decorrente do assédio prejudica as policiais e leva ao cometimento de erros, que acabam por barrar as promoções e o re- cebimento de abonos. “O autor [do assédio, um tenente] trabalhava ao lado e constantemente entrava na nossa sala, sem motivo aparente algum, somente para mostrar superioridade. Tínhamos que prestar continência, ele olhava o que a gente estava acessando no computador. E começou a fazer a cabeça dos outros oficiais para nos punirem em relação a qualquer fato que ocorresse durante o serviço”, contou Marcela. Para a representante da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Marli Bertolino, as mulheres sempre são asse- diadas moral ou sexualmente no ambiente de trabalho. “É um retrato fiel da sociedade. Quando a policial repre- ende um motorista na estrada, ela não é respeitada como uma verdadeira policial. A mulher policial é considerada sexo frágil. Elas vêm reclamando demais desse desrespeito de seus superiores e seus colegas. Tem muito índice de suicídio e depressão na polícia, é preocupante”, destacou Marli. Precisamos, realmente, prestar mais atenção a essas situações. As mulheres estão, cada vez mais, en- trando nas corporações que antes eram dominadas pelos homens. Isso vem mudando, e é muito positivo. No entanto, é fundamental que, ao mesmo tempo, haja uma profunda mudança cultural, uma transformação na forma como a mulher é vista e tratada nos mais diversos ambientes: em casa, na rua, no trabalho, na vida social. Temos que exigir uma apuração rigorosa dos casos e punição exemplar dos agressores. Precisamos tam- bém investir numa formação mais qualificada e humanista dos policiais, levando em conta a questão de gêne- ro, e no fortalecimento dos direitos das mulheres que atuam nessas corporações. Era o que tinha a dizer. Muito obrigada. O SR. CESAR SOUZA (PSD-SC. Pronunciamento encaminhado pelo orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, como todos sabem, o Brasil tem vivido momentos de grandes dificuldades nos cenários político e socioeconômico. Na questão econômica, não é preciso ser especialista no assunto ou assistir aos noticiários para perceber que os sinais da crise estão por todos os lados. Basta sair às ruas para ver que os preços estão realmente mais elevados e que, infelizmente, a inflação voltou com força total. Energia elétrica, água, combustíveis, alimenta- ção, restrição de crédito, aumento galopante da moeda norte-americana são alguns dos exemplos. Como se não bastassem esses problemas, inúmeras categorias do funcionalismo público reivindicam aumentos salariais, o que agravaria ainda mais as contas públicas. Não estou dizendo, Sr. Presidente, que os servidores públicos não tenham razão em suas reivindicações. O que quero dizer é que o momento é de re- cessão, de cortes nos gastos. A crise política e, sobretudo, econômica é um reflexo de decisões errôneas ao longo dos últimos anos. O Governo gastou demais, mascarou prestações de contas, e deixou para segundo plano os ajustes que deve- riam ter sido feitos há muito tempo, como é o caso da energia elétrica. O Palácio do Planalto segurou tanto o reajuste que acabou tendo que dar um aumento maior do que antes. O tiro saiu pela culatra. Todas essas ações juntas acabaram elevando a inflação, reduzindo a renda dos trabalhadores e diminuin- do o consumo e, consequentemente, a arrecadação e os investimentos públicos. É um efeito dominó! Não é difícil entender que uma coisa puxa a outra. Se há crise entre o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional, e entre os próprios Parlamentares, certamente haverá turbulências na economia. Como o País pode prosperar num ambiente desses? É quase impossível! Uma coisa é certa: o atual Governo precisa urgentemente reduzir a máquina pública, retomar o equilí- brio político-financeiro e os investimentos, privatizar algumas estatais, fazer a reforma política de fato e não apenas extinguindo Ministérios, tudo isso para que o cidadão, aquele que paga cada vez mais impostos, possa ter uma vida melhor e mais feliz. Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 133 Sr. Presidente, solicito a V.Exa. que autorize a divulgação deste pronunciamento nos órgãos de comuni- cação da Câmara dos Deputados, em especial no programa A Voz do Brasil. Era o que tinha a dizer. O SR. RENATO MOLLING (Bloco/PP-RS. Pronunciamento encaminhado pelo orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a equipe econômica do Governo Federal anunciou, no último dia 14, que vai propor o retorno da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) com alíquota de 0,2%. A contribui- ção foi extinta em 2007 pelo Congresso Nacional, após vigorar por mais de uma década. Para que volte a valer, a Proposta de Emenda à Constituição nº 140, de 2015, que propõe o retorno do imposto, precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional. Antes mesmo de entrar em pauta para apreciação no plenário desta Casa, alguns Parlamentares já se manifestaram contra a proposta. Sr. Presidente, sou a favor do setor produtivo e acredito que esse não seja o melhor caminho para o País sair da crise. Neste momento, precisamos de incentivos fiscais. Temos matéria-prima e mão de obra qualifica- da, mas com tantos impostos fica difícil sobreviver no Brasil. A CPMF já fracassou antes de chegar ao plenário. O trabalho em prol de derrubar a CPMF continua. Se aprovada, a CPMF vai incidir sobre todas as movimentações financeiras de pessoas físicas e jurídicas, por via bancária, como saques em dinheiro, transferências, pagamento de fatura de cartão de crédito e paga- mento de contas via boleto. A carga tributária tem crescido constantemente, já que o gasto público também cresceu continuamente no Brasil ao longo de diferentes governos. A arrecadação é importante para que o Governo tenha solvência – só que também por causa do ônus tributário a competitividade da economia brasileira está sendo prejudicada. Caso a CPMF seja aprovada, a carga será igual para todos os contribuintes, em 0,2%. Porém, o setor de produção de bens deve ser mais tributado que o de serviços, por envolver mais intermediários dentro da cadeia produtiva. E, infelizmente, sabemos que o setor produtivo está saturado, uma vez que a produção diminuiu e os custos aumentaram. Para algumas empresas a solução foi reduzir a jornada de trabalho e demitir funcioná- rios para evitar o fechamento. Com a inclusão de mais um imposto nas despesas podemos prever resultados ainda piores do que os apresentados pelo setor produtivo em 2014. Por isso, peço aos nobres colegas que pensem no povo brasileiro e votem “não” à volta da CPMF. Chega de mais impostos! Sr. Presidente, essas eram as minhas considerações. Peço que dê conhecimento deste discurso aos veí- culos de comunicação internos da Casa, bem como ao programa A Voz do Brasil. Muito obrigado. O SR. KAIO MANIÇOBA (Bloco/PHS-PE. Pronunciamento encaminhado pelo orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, no dia 28 de setembro, comemoramos o aniversário da nossa querida Jatobá. A cidade tem sua origem associada à expansão do setor energético na Região Nordeste, com a constru- ção de várias usinas ao longo do Rio São Francisco, executadas pela Companhia Hidro Elétrica do São Francis- co – CHESF. Em 1977, iniciaram-se as obras de implantação de um povoado no Município de Petrolândia, a cerca de 6 quilômetros da área de construção da hidrelétrica de Itaparica, atual Usina Luiz Gonzaga. A finalidade do po- voado era acolher os trabalhadores e empresas ligados à construção da usina e as demais pessoas, principal- mente comerciantes, atraídas pelo desenvolvimento gerado pelo vultoso empreendimento. O pequeno vilarejo cresceu, ganhando importância econômica e social, e deu origem à Vila Jatobá. Fi- nalmente, em 28 de setembro de 1995, os distritos de Vila Jatobá e Vila de Volta de Moxotó emanciparam-se de Petrolândia para formar o Município de Jatobá. É por isso que a bandeira do Município apresenta duas datas. São elas 1977, pertinente à fundação do povoado, e 1995, referente à emancipação política. Hoje, Jatobá é um Munícipio de grande importância econômica e com forte liderança na microrregião de Itaparica. A cidade é um vigoroso polo pesqueiro no Estado de Pernambuco, com produção mensal de 400 toneladas de pescado, o que lhe rendeu o epíteto de Capital da Tilápia. Apesar disso, o potencial da piscicul- tura da região não foi plenamente explorado e, em breve, estou certo de que veremos números ainda mais significativos. Sr. Presidente, conheço a cidade de Jatobá muito antes de iniciar-me na vida pública. Conheço o povo honesto, trabalhador e, acima de tudo, acolhedor que é o jatobaense. Como Deputado Federal, tenho procu- rado estar sempre presente no Sertão de Itaparica, e com Jatobá não seria diferente. Tenho conversado com as pessoas da cidade, para saber as dificuldades e possibilidades do Município e assim identificar a melhor forma de contribuir para o seu desenvolvimento. 134 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 Concluo com uma franca saudação aos jatobaenses pelo transcurso desta data tão especial: são 20 anos de fundação do Município. Confraternizo com todos os munícipes e desejo que a cidade continue na trajetória do progresso e da paz social. Saibam que vocês podem sempre contar com este Deputado Federal. Muito obrigado. O SR. ADAIL CARNEIRO (Bloco/PHS-CE. Pronunciamento encaminhado pelo orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, comemora-se em 27 de setembro o Dia Mundial do Turismo. Desejo, pois, enaltecer, nesta oportunidade, a importância desse setor de atividade para a economia, o progresso das condições de existência e convívio, a abertura de oportunidades de realização e crescimento pessoal, o conhecimento e o aperfeiçoamento das relações entre povos e nações. No tocante ao Brasil, cumpre assinalar que há muito ainda por se fazer a favor do turismo, sobretudo quando levamos em consideração grandes eventos que o País irá sediar brevemente, como as Olimpíadas e as Paralimpíadas, que, sem dúvida, vão atrair um número bastante expressivo de turistas estrangeiros e brasileiros. Evidencia-se, contudo, que o Brasil apresenta ainda muitas carências em termos de segurança pública, hospedagem, acessibilidade, infraestrutura de transportes e em demais áreas imprescindíveis, nas quais pre- cisam ser promovidas mudanças e melhorias significativas. Em defesa do devido apoio e fomento ao turismo, exige-se a adoção de uma série de medidas. De modo que aproveito para solicitar a decisão firme, a competente atuação, o empenho do Governo e a intensificação de esforços e iniciativas específicas em prol do setor, por intermédio de programas, políticas e ações no âmbito do Ministério do Turismo, bem como com a cooperação da iniciativa privada. Além das exigências relativas à valorização e qualidade dos serviços prestados por estabelecimentos e profissionais direta e indiretamente vinculados ao setor turístico, impõe-se, então, proceder a uma série de outras medidas para estimular e garantir o aumento do fluxo de turistas, bem como reforçar o rigor na fiscali- zação e no combate a práticas inaceitáveis e criminosas, como o turismo sexual, que inclusive alicia menores de idade e, assim, concorre para agravar dramaticamente o quadro de prostituição infantil e juvenil no Brasil. O Brasil conta com vasto e inegável potencial turístico repleto de cultura, arte, folclore, culinária, bele- zas naturais, montanhas, cachoeiras, praias e climas agradáveis. Um desses potenciais é o nosso Ceará, Estado naturalmente encantador que possui um imenso patrimônio histórico e cultural, belas praias e excelente in- fraestrutura turística. Não se pode, ademais, perder de vista a extraordinária capacidade do turismo com relação à geração de renda e de empregos formais. Além disso, caso sejam adotadas as medidas adequadas, pode também gerar muito mais divisas para o País, contribuindo ativamente para aumentar as receitas empresariais e a disponibi- lidade de recursos nos cofres públicos. Em suma, trata-se de um amplo conjunto de decisões, providências e realizações plenamente justificadas e que, em razão de seus comprovados efeitos e benefícios, devem merecer o máximo de atenção e integral apoio. A título de consideração final, espero que as celebrações alusivas ao Dia Mundial do Turismo sirvam, pois, particularmente para o Brasil, como oportunidade real e efetiva para reflexão, crítica, apresentação de propostas, busca e adoção de soluções eficazes a favor da organização, disciplina, fortalecimento, valorização e progresso da atividade turística. Muito obrigado. O SR. WELITON PRADO (PT-MG. Pronunciamento encaminhado pelo orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, como membro da Comissão de Defesa do Consumidor e coordenador de ações contra os abusos nas contas de luz e de telefone dos consumidores, quero registrar o meu posicionamento contrário às medidas propostas no Projeto de Lei nº 2.817, de 2015, de autoria do Governo de Minas Gerais. O projeto faz mudanças na legislação tributária que penalizam ainda mais as famílias de Minas Gerais. Duas alterações são preocupantes, injustas e abusivas: 1ª – aumento da alíquota do ICMS que incide sobre os serviços de energia elétrica para consumidores comerciais – elevação de 18% para 25%, que com a incidência da chamada “cobrança por dentro” terá um im- pacto ainda maior e devastador; 2ª – aumento da alíquota do ICMS sobre serviços de comunicação, como telefonia, Internet e TV por assinatura – elevação de 25% para 27%, que com a incidência da chamada “cobrança por dentro” terá um im- pacto ainda maior. É mão pesada em cima do consumidor e do contribuinte. Isso não há como aceitar. Essa situação é tão séria que tenho um compromisso registrado em cartório e protocolizado no meu partido em que deixo claro que não voto a favor de criação ou aumento de impostos para a população mais pobre e que incidam sobre bens e serviços essenciais. Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 135 É preciso romper com essa injustiça tributária, denunciada há anos em Minas Gerais, e que garante a ar- recadação estadual às custas do sacrifício da população e das famílias com a cobrança de exorbitantes alíquo- tas de impostos de bens e serviços considerados essenciais, como a energia elétrica, comunicação, telefonia e Internet. Em Minas Gerais, as grandes empresas são beneficiadas com incentivos fiscais do Governo, que, por sua vez, são cobertos com os impostos cobrados das famílias e dos trabalhadores. Não há controle da sonegação para os grandes contribuintes, ao contrário do que ocorre com a população mais pobre, que é obrigada a pa- gar impostos caros sob risco de ficar sem a prestação de serviços considerados essenciais à dignidade humana e à vida. O ICMS cobrado dos consumidores residenciais, no caso da energia, chega ao índice absurdo de 43%, com a chamada “cobrança por dentro”. Esse é o maior índice dentre todos os Estados do País. Inclusive, espera- va-se que a proposta encaminhada à Assembleia Legislativa fosse para redução da alíquota do ICMS cobrada dos consumidores residenciais. O aumento, de 18% para 25%, do imposto sobre a energia cobrado dos comércios, será repassado ao consumidor final, aos trabalhadores, que sempre ficam com a conta mais cara nos ajustes. Sabe-se que, além das suas próprias contas de luz, as famílias pagam também pela energia elétrica embutida nos preços das mer- cadorias e serviços que consomem e utilizam. Isso quer dizer que, do pãozinho ao carro, o valor da energia está embutido nos preços. Pagar caro pela energia provoca a perda no poder de compra e bem estar das famílias, traz prejuízos para a economia e afeta a geração de empregos. Sobre o aumento do ICMS sobre os serviços de comunicação, como Internet, telefonia e TV a cabo, afirmo que a proposta é contrária ao esforço nacional. Temos no Brasil a Internet e a telefonia mais caras do mundo e os serviços são de péssima, péssima, péssima qualidade. Temos lutado e defendido a necessidade de redução do imposto nos Estados e já pedimos que o Ministério da Fazenda e o Conselho Nacional de Política Fazen- dária adotem medidas para isso. Há 2 meses, inclusive, discutimos na Subcomissão Especial dos Serviços de Telefonia Móvel e TV por Assinatura com a ANATEL, que é a Agência Nacional e omissa de Telecomunicações, e órgãos de defesa do consumidor a urgência em reduzir o ICMS que incide sobre esses serviços essenciais. Isso mesmo: o ICMS, imposto estadual cobrado em Minas Gerais, é o maior vilão das contas de luz, te- lefonia e Internet. O Governo do Estado precisa mudar esse quadro de injustiça tributária, investir nas administrações fa- zendárias e no combate à sonegação fiscal das grandes empresas e acabar com benefícios fiscais e impostos baixíssimos cobrados de bens e serviços não essenciais. Como exemplo, posso citar o IPVA cobrado das loca- doras de veículos, que é de 1%, enquanto o cidadão comum, trabalhador, pais e mães de família, pagam a alí- quota mais cara do Brasil, de 4%, e com o menor desconto para quitação à vista. Estudos nesse sentido já foram encaminhados ao governo pelo SINFFAZFISCO e é objeto de campanha do SINDIFISCO. Em audiência pública realizada na Assembleia Legislativa, o Presidente do Sindicato dos Servi- dores da Tributação, Fiscalização e Arrecadação, que é o SINFFAZFISCO, Unadir Gonçalves Júnior, alertou que o aumento de impostos é um falso fôlego, pois gera posteriormente diversos efeitos colaterais que levam se- tores à falência e, consequentemente, à perda de arrecadação. Portanto, faço um apelo para que os Deputados Estaduais de Minas Gerais votem contrariamente a es- sas medidas que sacrificam ainda mais as famílias e trabalhadores de Minas Gerais. Faço um apelo também ao Governador do Estado para que suspenda essas propostas e reduza o ICMS da energia elétrica cobrado dos consumidores residenciais e diminua o ICMS que incide sobre os serviços de telefonia e Internet. Gostaria que o meu pronunciamento tivesse ampla divulgação pelos meios de comunicação da Casa, especialmente pelo programa A Voz do Brasil, para que a população de Minas Gerais possa participar desse processo e dizer não ao aumento do ICMS da energia elétrica, telefonia e internet. O SR. FLAVIANO MELO (Bloco/PMDB-AC. Pronunciamento encaminhado pelo orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, ultimamente, a falta de energia voltou a castigar o Acre. São os conhecidos apagões. Só para se ter ideia, em 1 semana o Estado enfrentou três apagões, o mais recente na manhã de domingo passa- do, 20, exatamente quando a população se reúne com a família. Na sexta-feira, 18, a falta de energia se prolongou por mais de 5 horas em Rio Branco, Capital de meu Estado, e cidades vizinhas que dependem do Linhão de Rondônia. Os apagões não geram apenas contratem- pos, mas enormes prejuízos para todos os setores da economia. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, só para citar um exemplo, os criadores de aves do Polo Wilson Pinhei- ro, no Município fronteiriço de Brasiléia, já contabilizam prejuízos de 50% na criação. Eles alegam que durante 136 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 o apagão da última sexta-feira, com duração de cerca de 4 horas, aproximadamente 10 mil aves morreram em decorrência das altas temperaturas ocasionadas pela falta de ventilação no criadouro. A Associação de Criadores de Aves – AGROAVES reclama ainda da péssima qualidade da energia, que teve, segundo a entidade, aumento de 100% na tarifa nos últimos 12 meses. A falta de geradores próprios fez desaparecer o lucro desses trabalhadores. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o Acre já paga uma das energias mais caras de todo o País. O alto custo da energia consumida no Estado e a irregularidade no fornecimento afetam especialmente a população de baixa renda. Os constantes apagões desestimulam o investimento, com sérias consequências, sobretudo para o setor agropecuário. Pelas redes sociais, segundo a imprensa, o Chefe da Casa Civil de Rondônia, Emerson Castro, disse que os apagões teriam razões políticas. Assim, quando há sobrecarga apagam-se Acre e Rondônia, para não afetar o Sul do País. Ainda segundo ele, a energia produzida por Jirau e Santo Antonio não é usada por falta de uma subestação adequada. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o Presidente da ELETROBRAS, José Carvalho Neto, deu prazo até a terça-feira, 22, para o fim dos apagões. Oficialmente, os apagões estariam ocorrendo em virtude dos testes com as turbinas de Jirau e Santo Antonio. Ainda na terça-feira, mantive contato telefônico com o Ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga. Ele informou que a expectativa é que o fornecimento de energia para o Acre deve ser regularizado com o retorno do funcionamento da TERMONORTE, concessionária de emergia elétrica de Porto Velho. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, vou enviar ainda um requerimento solicitando informações ao Mi- nistério de Minas e Energia sobre as causas dos constantes apagões. A população do meu Estado exige uma solução definitiva. Afinal, o acriano paga por um serviço que não está sendo devidamente realizado. Muito obrigado. O SR. SANDES JÚNIOR (Bloco/PP-GO. Pronunciamento encaminhado pelo orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, hoje, quinta-feira, 24 de setembro, Goiânia sedia a abertura do nono congresso da Associa- ção Goiana de Advogados Trabalhistas – AGATRA, presidida pela colega advogada Arlete Mesquita. Trata-se de momento importante para a advocacia trabalhista goiana e do Centro-Oeste, já que temas muito relevantes serão debatidos nos dois dias do evento. A abertura terá a presença de nomes destacados da advocacia goiana e do Brasil e no dia seguinte te- mas como o Código de Processo Civil e a descriminalização de atividades sindicais vão empolgar os mais de quinhentos advogados e estudantes que devem lotar o auditório Jaime Câmara, da Câmara Municipal de Goi- ânia, sede do congresso. O fato ganha ainda mais relevância quando sabemos, por dados da Ordem dos Advogados do Brasil, que atualmente mais da metade dos advogados brasileiros se dedica a essa especialidade da área jurídica, o direito trabalhista. Segmento cheio de conflitos entre o capital e o trabalho e que merece cada vez maior atenção na área jurídica e aqui, no Legislativo, de onde sai a legislação feita em nosso País. Este nono congresso mostra ainda a força e a vitalidade da Associação Goiana de Advogados Trabalhis- tas. A AGATRA possui 22 representações no interior do Estado de Goiás, mostrando a pujança deste setor e se destacando até mesmo diante da estrutura da seccional goiana da OAB, com suas 47 subseções espalhadas pelo Estado. Mostrando a força do segmento, recentemente a direção da AGATRA conseguiu uma grande vitória para a advocacia trabalhista em Goiás. Refiro-me a decisão do Pleno do Tribunal Regional do Trabalho de garantir aos advogados trabalhistas o justo e merecido período de férias que se dará sempre aos finais de ano, com re- torno às lides normais na segunda quinzena do mês de janeiro do ano seguinte. Ganham os advogados com a possibilidade de se reciclarem, de estarem perto de entes queridos. Ganha a Justiça do Trabalho com a possibilidade de se reorganizar administrativamente e com isso manter a agilidade que a faz ser diferente do restante da Justiça brasileira. Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. Muito obrigado. O SR. LEONARDO QUINTÃO (Bloco/PMDB-MG. Pronunciamento encaminhado pelo orador.) – Sr. Pre- sidente, Sras. e Srs. Deputados, no dia 21 de setembro foi comemorado o Dia do Auditor Fiscal, o que nos dá oportunidade de refletir sobre o valor desses profissionais para o nosso País. Sem dúvida, a fiscalização, cobrança e arrecadação de tributos é uma das atividades mais antigas de que se tem notícia. No momento em que se organiza o Estado, surge a necessidade de que seus cidadãos contri- buam para a execução de atividades essenciais, inicialmente limitadas a umas poucas, como a defesa, a admi- nistração da justiça e o estabelecimento de leis. Ainda nesse Estado incipiente, eram necessários funcionários responsáveis pela coleta dessas exações. Nascia, assim, a figura do coletor ou cobrador de impostos. Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 137 O dia 21 de setembro foi escolhido, nobres colegas, em homenagem a São Mateus, que, antes de ser apóstolo, foi cobrador de impostos. Todavia, diferentemente do que acontecia em Israel no tempo do evange- lista, que era um país dominado por uma potência estrangeira e cujos tributos eram destinados a Roma, nas democracias modernas os impostos são destinados ao cumprimento das inúmeras e cada vez mais complexas atividades estatais. Com efeito, os recursos advindos da atividade dos fiscais tributários são empregados na construção de escolas, hospitais, portos, aeroportos, rodovias, usinas de energia; pagamento de programas sociais, como o Bolsa-Família, dos benefícios da Previdência Social, dos vencimentos dos servidores públicos, a quem cabe a execução de todas as políticas públicas, como médicos, professores, advogados, economistas, engenheiros e tantos outros. Enfim, toda despesa pública é custeada pelo resultado da arrecadação dos tributos. Creio, Sr. Presidente, já ter ficado patente o valor dos auditores fiscais para a manutenção e o desenvol- vimento de nossa Nação. Foi, portanto, em reconhecimento da importância dessa carreira que o Constituinte de 1988 consignou, nos incisos XVIII e XXII do art. 37, que a fiscalização tributária é atividade essencial ao fun- cionamento do Estado e que terá recursos prioritários para a realização de suas atividades e precedência sobre os demais setores administrativos. Demais, os auditores têm um relevante papel no combate à corrupção, à lavagem de dinheiro e ao crime organizado. Suas ações de inteligência frequentemente descobrem grandes esquemas criminosos e resultam em somas milionárias de crédito tributário e na punição dos infratores. Além disso, no caso da Receita Federal, os fiscais respondem também pela Aduana, controlando a en- trada e saída de mercadorias através das fronteiras de nosso País, incluindo portos e aeroportos. Assim, esses profissionais protegem a entrada em nosso território de produtos ilegais, perigosos ou prejudiciais à saúde. Combatem, da mesma forma, o contrabando, o descaminho e o tráfico de drogas e de armas. À vista da complexidade e sensibilidade de suas atribuições, Sr. Presidente, o Estado brasileiro necessi- ta de pessoas probas e da mais elevada competência para exercer o cargo de Autoridade Fiscal. Neste ponto, nossos auditores, em nível federal, estadual e municipal, merecem toda a distinção. Particularmente no caso da União, os auditores fiscais da Receita Federal são submetidos a rigorosos tes- tes de seleção, um dos concursos públicos mais exigentes e concorridos do País, cujo conteúdo envolve áreas do conhecimento como Direito, Administração, Contabilidade, Economia, Comércio Exterior e outras. Não é por acaso que a Receita Federal é reconhecida como órgão de excelência na administração pública, com alto grau de profissionalismo, informatização, eficiência, efetividade. Diante de tudo que já disse, apenas me resta agradecer a todos os auditores fiscais do Brasil pelo duro e brilhante trabalho que têm realizado, não raro arriscando sua própria segurança. Continuem fiscalizando o cumprimento da lei tributária e trazendo recursos que permitam o desenvol- vimento e a justiça social no nosso Brasil. Muito obrigado. O SR. RÔMULO GOUVEIA (PSD-PB. Pronunciamento encaminhado pelo orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero registrar a grande iniciativa do Ministério Público do Trabalho da Paraíba, na pessoa do seu Procurador-Chefe, Cláudio Cordeiro Queiroga Gadelha, com o Projeto Trabalho de Todos. Após passar pelo Cariri, pelo Sertão, pelo Brejo e por diversas outras regiões da Paraíba, o Projeto Trabalho de Todos agora está em João Pessoa, no Espaço Cultural José Lins do Rêgo, no período de 21 a 25 de setembro, quando a população da região metropolitana da Capital pessoense, além de participar de palestras, cursos e oficinas, tem acesso a serviços como a retirada de CTPS e RG, tudo gratuitamente. A abertura oficial desta etapa, a 15ª edição do projeto, ocorreu no último dia 21 com o pronunciamento do Procurador-Chefe do MPT-PB, Cláudio Gadelha, e apresentação cultural de dois grupos: Catadores de Arte e o Grupo Prima. Os serviços vão estender-se até o meio dia da sexta-feira, 25. O evento tem uma grade de programação com mais de 100 atividades, que incluem cursos, como, por exemplo, o de Técnicas de Correção de Imagem com Photoshop, oferecido pelo SENAC; palestras, como a ofe- recida pelo SEBRAE, Eu Empreendedor de Mim Mesmo; e audiências de conciliação trabalhista, entre outras. Esta etapa inclui também o “Dia D de empregabilidade”, em que as empresas previamente notificadas pelo Minis- tério do Trabalho e Emprego marcam presença no Espaço Empresa Inclusiva oferecendo vagas de emprego e realizando cadastramento, entrevistas e contratação de pessoas com deficiência. Com o intuito de discutir e debater soluções para as questões que atingem as relações trabalhistas, no dia 23 de setembro o MPT-PB realizou audiência pública, às 18 horas, voltada para trabalhadores, empresários urbanos e rurais, sindicatos, associações, autoridades e demais representantes da sociedade civil. Também faz parte do programa o II Seminário do Projeto Trabalho de Todos, com o tema Direito do Tra- balho e Realidade. 138 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 O Projeto Trabalho de Todos estabelece uma nova forma de discutir e de resolver as mais graves ques- tões que insistem em permear as sensíveis relações trabalhistas. Ele parte de uma premissa inexorável: a de que é de todos, aqui incluídos sociedade, órgãos públicos e entidades de representação, a responsabilidade de eliminar as condições de trabalho acima descritas, ao mesmo tempo em que busca alcançar o trabalho de todos aqueles que estão nos mais distantes rincões do Estado da Paraíba, entregues a todo tipo de “sorte”, e que lamentavelmente representam uma porção importante de pessoas em plena capacidade produtiva, sejam trabalhadores, sejam empregadores. A fórmula proposta é a assimilação de novos mecanismos para a solução das crises e dos conflitos tra- balhistas que hoje já se conhecem e que, com a execução do projeto, serão ainda mais descortinados. Assim, o modelo comum, hodiernamente existente, de cada um fazer a sua parte cederá espaço para essa iniciativa pautada na execução conjunta de ações estratégicas envolvendo cada atividade econômica diagnosticada que necessite da adoção de medidas por aqueles que detêm o poder de propor e impor soluções, abrangendo, de tal sorte, não apenas uma ou outra entidade, órgão ou empresa, mas essencialmente todas as entidades, órgãos e empresas identificadas. Assim, o Trabalho de Todos possui metodologia própria, adiante exposta, e cada etapa do seu desenvol- vimento redunda em ações conjugadas para extirpar ou minimizar os problemas identificados nas relações de trabalho, não sendo outra a razão pela qual todos os parceiros aqui possuem um papel fundamental, discutindo e apresentando soluções para equilibrar as relações de trabalho em cada segmento econômico, corroborando ainda para o desenvolvimento de atividades que contribuirão, certamente, para maior qualidade nos empre- gos e trabalhos ofertados, trazendo em consequência maior produtividade. À guisa de ilustração, se há uma crise disseminada nas condições de saúde e segurança no trabalho de uma determinada atividade econômica, característica de uma determinada região ou microrregião do Estado, “todos” os atores, públicos ou privados, responsáveis pela promoção das soluções dissipadoras dessa mesma crise, contribuirão de forma decisiva com a adoção de medidas para eliminar ou diminuir os seus efeitos. O Projeto Trabalho de Todos apresenta a oportunidade para um amplo diálogo entre as forças do capi- tal e do trabalho, seja em cada situação concreta identificada, seja por meio de ações estratégicas, em busca de soluções coletivas e de amplo alcance, inclusive mediante a participação efetiva e direta de outros Poderes públicos. Visa ainda estabelecer, mediante parceiros específicos, novos paradigmas para a quebra da cultura não-preventiva, seja por parte do empreendedor, seja por parte do trabalhador, buscando, a partir daí, um novo marco para o início de um processo de redução contínua de práticas que causem lesão à ordem jurídica social. Por seu turno, as ações que o projeto pretende desenvolver, em conjunto com os seus parceiros, buscam devolver à sociedade soluções para uma boa parte da demanda reprimida em nosso Estado. Nesse contexto, um amplo programa de capacitação e qualificação profissional é executado para minimizar um passivo já exis- tente de mão de obra qualificada, ao mesmo tempo em que, pautado em um espírito proativo, busca antecipar cenários diante de um desenvolvimento econômico já anunciado no Estado da Paraíba. Em outras palavras, todos, absolutamente todos não podemos permitir que novas atividades produtivas aportem no Estado sem que possamos oferecer ao nosso trabalhador as melhores e grande parte das ofertas de trabalho que surgirão. O Trabalho de Todos dará uma atenção muito especial para a capacitação e para a qualificação profissional, até mesmo por termos a certeza de que mão de obra qualificada significa emprego e trabalho dignos, com maior renda, e consequente produtividade superior. Durante a execução do projeto, ações de fomento ao desenvolvimento econômico são efetuadas por parceiros em potencial, como SEBRAE, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco do Nordeste, que juntos, lado a lado de todos, ofertam condições para o desenvolvimento do empreendedorismo de qualidade e assistido. Por fim, diante da feição multidisciplinar que o Projeto Trabalho de Todos possui, o amplo diagnósti- co que será produzido, inclusive por meio de pesquisas, demandas, entrevistas, debates e outras formas de se conhecer de forma mais aprofundada o nosso mundo do trabalho, terá a sua demonstração concretizada por meio de números, gráficos, análises e um documentário ao final produzidos, isso para fins de adoção de medidas duradouras de mudança de cenários e de culturas por aqueles que detêm a responsabilidade, inde- pendentemente de todas as ações empreendidas pelos parceiros durante a execução das etapas do Projeto. Como se vê, o Projeto Trabalho de Todos guarda estreita consonância com a missão institucional do Ministério Público do Trabalho, qual seja, de ser uma instituição indispensável para a garantia dos interesses sociais, da cidadania e do regime democrático, atraindo, com os seus parceiros, compromisso social para o es- tabelecimento de medidas que visem garantir trabalho decente para todos. Muito obrigado. Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 139 VII – ENCERRAMENTO O SR. PRESIDENTE (Valtenir Pereira) – Nada mais havendo a tratar, vou encerrar a sessão, lembrando que haverá Sessão Não Deliberativa Solene amanhã, sexta-feira, dia 25 de setembro, às 15 horas, em homena- gem ao Dia Nacional dos Surdos. O SR. PRESIDENTE (Valtenir Pereira) – COMPARECEM MAIS OS SRS.: Total de Parlamentares: 24 Partido Bloco AMAZONAS Pauderney Avelino DEM Total de AMAZONAS 1 TOCANTINS Lázaro Botelho PP PmdbPpPtbPscPhsPen Total de TOCANTINS 1 MARANHÃO Cleber Verde PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Total de MARANHÃO 1 PERNAMBUCO Bruno Araújo PSDB Silvio Costa PSC PmdbPpPtbPscPhsPen Total de PERNAMBUCO 2 ALAGOAS JHC Solidaried Total de ALAGOAS 1 SERGIPE Andre Moura PSC PmdbPpPtbPscPhsPen Total de SERGIPE 1 BAHIA Antonio Imbassahy PSDB Lucio Vieira Lima PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Total de BAHIA 2 RIO DE JANEIRO Francisco Floriano PR Rodrigo Maia DEM Total de RIO DE JANEIRO 2 SÃO PAULO Alex Manente PPS Evandro Gussi PV Gilberto Nascimento PSC PmdbPpPtbPscPhsPen Total de SÃO PAULO 3 DISTRITO FEDERAL Roney Nemer PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Total de DISTRITO FEDERAL 1 GOIÁS Alexandre Baldy PSDB 140 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 Célio Silveira PSDB Daniel Vilela PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Delegado Waldir PSDB Giuseppe Vecci PSDB Sandes Júnior PP PmdbPpPtbPscPhsPen Total de GOIÁS 6 PARANÁ Diego Garcia PHS PmdbPpPtbPscPhsPen Takayama PSC PmdbPpPtbPscPhsPen Total de PARANÁ 2 SANTA CATARINA Mauro Mariani PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Total de SANTA CATARINA 1 DEIXAM DE COMPARECER OS SRS.: Total de Parlamentares: 79 Partido Bloco RORAIMA Jhonatan de Jesus PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Total de RORAIMA 1 AMAPÁ Cabuçu Borges PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Janete Capiberibe PSB Jozi Araújo PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Marcos Reategui PSC PmdbPpPtbPscPhsPen Professora Marcivania PT Vinicius Gurgel PR Total de AMAPÁ 6 PARÁ Francisco Chapadinha PSD Hélio Leite DEM José Priante PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Josué Bengtson PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Wladimir Costa Solidaried Total de PARÁ 5 RONDôNIA Lindomar Garçon PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Lucio Mosquini PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Total de RONDôNIA 2 ACRE Alan Rick PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Total de ACRE 1 TOCANTINS Irajá Abreu PSD Total de TOCANTINS 1 MARANHÃO Sarney Filho PV Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 141 Waldir Maranhão PP PmdbPpPtbPscPhsPen Total de MARANHÃO 2 CEARÁ Danilo Forte PSB Leônidas Cristino PROS Total de CEARÁ 2 PARAÍBA Wellington Roberto PR Total de PARAÍBA 1 ALAGOAS Givaldo Carimbão PROS Ronaldo Lessa PDT Total de ALAGOAS 2 SERGIPE Laercio Oliveira Solidaried Total de SERGIPE 1 BAHIA Antonio Brito PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Arthur Oliveira Maia Solidaried Irmão Lazaro PSC PmdbPpPtbPscPhsPen Jorge Solla PT José Carlos Aleluia DEM Sérgio Brito PSD Tia Eron PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Total de BAHIA 7 MINAS GERAIS Carlos Melles DEM Jaime Martins PSD Misael Varella DEM Padre João PT Raquel Muniz PSC PmdbPpPtbPscPhsPen Saraiva Felipe PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Total de MINAS GERAIS 6 RIO DE JANEIRO Celso Jacob PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Ezequiel Teixeira Solidaried Fernando Jordão PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Jean Wyllys PSOL Julio Lopes PP PmdbPpPtbPscPhsPen Marquinho Mendes PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sergio Zveiter PSD Simão Sessim PP PmdbPpPtbPscPhsPen Washington Reis PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Total de RIO DE JANEIRO 9 SÃO PAULO Antonio Bulhões PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Antonio Carlos Mendes Thame PSDB 142 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 Arnaldo Faria de Sá PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Herculano Passos PSD Mara Gabrilli PSDB Paulo Freire PR Paulo Maluf PP PmdbPpPtbPscPhsPen Paulo Pereira da Silva Solidaried Roberto Alves PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Sérgio Reis PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Vanderlei Macris PSDB Vinicius Carvalho PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Total de SÃO PAULO 12

DISTRITO FEDERAL Laerte Bessa PR Total de DISTRITO FEDERAL 1

GOIÁS Flávia Morais PDT Heuler Cruvinel PSD João Campos PSDB Marcos Abrão PPS Total de GOIÁS 4 MATO GROSSO DO SUL Mandetta DEM Zeca do Pt PT Total de MATO GROSSO DO SUL 2

PARANÁ Dilceu Sperafico PP PmdbPpPtbPscPhsPen Evandro Roman PSD Giacobo PR Leopoldo Meyer PSB Luciano Ducci PSB Luiz Carlos Hauly PSDB Osmar Serraglio PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Total de PARANÁ 7

SANTA CATARINA Décio Lima PT Pedro Uczai PT Rogério Peninha Mendonça PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Total de SANTA CATARINA 3

RIO GRANDE DO SUL Jerônimo Goergen PP PmdbPpPtbPscPhsPen José Otávio Germano PP PmdbPpPtbPscPhsPen Osmar Terra PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sérgio Moraes PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Total de RIO GRANDE DO SUL 4

O SR. PRESIDENTE (Valtenir Pereira) – Encerro a sessão, convocando Sessão Não Deliberativa de Deba- tes para amanhã, sexta-feira, dia 25 de setembro, às 9 horas. Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 143 PEQUENO EXPEDIENTE (Das 9 às 10 horas)

GRANDE EXPEDIENTE (Às 10 horas)

Oradores: 10h – Jozi Araújo (PTB – AP) 10h25min – Átila Lira (PSB – PI) 10h50min – Jutahy Junior (PSDB – BA) 11h15min – Reginaldo Lopes (PT – MG) 11h40min – Antonio Imbassahy (PSDB – BA)

COMUNICAÇÕES PARLAMENTARES

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS OU RECURSOS

I – EMENDAS 1. PROJETOS COM URGÊNCIA – ART. 64, § 1º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL Prazo para apresentação de emendas: 5 Sessões (Ato da Mesa nº 177, de 1989).

PROJETO DE LEI

Nº 3123/2015 (Poder Executivo) – Disciplina, em âmbito nacional, a aplicação do limite máximo remunera- tório mensal de agentes políticos e públicos de que tratam o inciso XI do caput e os § 9º e § 11 do art. 37 da Constituição. SOBRESTA A PAUTA EM: 09/11/2015 (46º dia) DECURSO: 1ª SESSÃO PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 01/10/2015 II – RECURSOS 1. CONTRA APRECIAÇÃO CONCLUSIVA DE COMISSÃO – ART. 24, II, DO RICD INTERPOSIÇÃO DE RECURSO: art. 58, § 3º, c/c art. 132, § 2º (PARECERES FAVORÁVEIS), ou com o art. 133 (PARE- CERES CONTRÁRIOS), todos do RICD. PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DE RECURSO: 5 sessões (art. 58, § 1°, do RICD). 1.1 COM PARECERES FAVORÁVEIS

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO

Nº 753/2012 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que autoriza a Associação de Promoção do Desenvolvimento do Semi-Árido a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Ourolândia, Estado da Bahia. PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 25/09/2015 Nº 1140/2013 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que auto- riza a Associação Comunitária Serranense de Radiodifusão a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Serranos, Estado de Minas Gerais. DECURSO: 4ª SESSÃO PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 28/09/2015 Nº 1591/2014 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que autori- za a Associação de Radiodifusão de Caraguatatuba – Zona Sul a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Caraguatatuba, Estado de São Paulo. PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 25/09/2015 144 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 Nº 73/2015 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que autoriza a Associação Comunitária de Radiodifusão de Feira da Mata a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Feira da Mata, Estado da Bahia. PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 25/09/2015 Nº 97/2015 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que autoriza a Associação de Comunicação e Desenvolvimento Comunitário de Itamaracá a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Groaíras, Estado do Ceará. PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 25/09/2015 Nº 156/2015 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que renova a permissão outorgada à Rádio Menina do Paraná Ltda. para executar serviço de radiodifusão sonora em frequ- ência modulada, no Município de Campo Largo, Estado do Paraná. DECURSO: 4ª SESSÃO PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 28/09/2015

PROJETO DE LEI

Nº 7654/2010 (Senado Federal – Marcelo Crivella) – Acrescenta § 2º ao art. 44 da Lei nº 9.394, de 20 de de- zembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), para dispor sobre a matrícula do candidato de renda familiar inferior a 10 (dez) salários mínimos nas instituições públicas de ensino superior. DECURSO: 4ª SESSÃO PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 28/09/2015 Nº 4984/2013 (Valtenir Pereira) – Dá nova redação ao § 7º do art. 115 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que “dispõe sobre o Código de Trânsito Brasileiro”. DECURSO: 4ª SESSÃO PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 28/09/2015 Nº 8084/2014 (Senado Federal – José Agripino) – Disciplina a criação e a organização das associações de- nominadas empresas juniores, com funcionamento perante instituições de ensino superior. DECURSO: 4ª SESSÃO PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 28/09/2015 1.2 COM PARECERES CONTRÁRIOS

PROJETO DE LEI

Nº 709/2015 (Alan Rick) – “Acrescenta os incisos I e II e altera o § 2º do art. 26 da Lei n° 10.233, de 5 de junho de 2001.” DECURSO: 3ª SESSÃO PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 29/09/2015 2. CONTRA PARECER TERMINATIVO DE COMISSÃO – ART. 54 DO RICD C/C ART. 132, § 2º DO RICD (MATÉRIAS SUJEITAS A DELIBERAÇÃO DO PLENÁRIO EM APRECIAÇÃO PRELIMINAR, NOS TERMOS DO ART.144 DO RICD) INTERPOSIÇÃO DE RECURSO – Art. 58, § 3º, c/c o art. 132, §2º, do RICD. PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DE RECURSO: 5 sessões (art. 58, § 1° do RICD) 2.2 PELA INCONSTITUCIONALIDADE E/OU INJURIDICIDADE OU INADMISSIBILIDADE

PROJETO DE LEI

Nº 4337/2012 (Valdir Colatto) – Altera a Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, para dispor sobre o tratamento ou a destinação de resíduos sólidos e a disposição final de rejeitos. DECURSO: 4ª SESSÃO PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 28/09/2015 ARQUIVE-SE, nos termos do artigo 133 do RICD, a seguinte proposição: Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 145 PROJETO DE LEI

N. 3.027/2011 (Carlos Bezerra) – Acrescenta parágrafo 4º ao art. 225 da Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973, que “dispõe sobre os registros públicos, e dá outras providências”.

ORDEM DO DIA DAS COMISSÕES

I – COMISSÕES PERMANENTES

COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA, ABASTECIMENTO E DESENVOLVIMENTO RURAL

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES) DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 01-10-15 Substitutivo (Art. 119, II e §1º) AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO PROJETO DE LEI Nº 334/15 – do Sr. Marco Tebaldi – que “altera o art. 4º da Lei nº 1283 de 18 de dezembro de 1.950, regulamentado pelo decreto nº 30.691 de 29 de março de 1952, que dispõe sobre a inspeção industrial e sanitária dos produtos de origem animal, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado ROBERTO BALESTRA. PROJETO DE LEI Nº 1.356/15 – do Sr. Danilo Forte – que “concede remissão nas operações de crédito rural re- alizadas por agricultores familiares, cujo empreendimento esteja localizado em municípios da área de abran- gência da Sudene com decretação de estado de calamidade pública ou situação de emergência reconhecidos pelo Poder Executivo”. RELATOR: Deputado BETO FARO. DECURSO: 4ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 28-09-15 146 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 2.857/15 – do Sr. Marco Maia – que “autoriza a negociação entre a União, por meio da Se- cretaria do Tesouro Nacional, do Ministério de Estado da Fazenda, e as Cooperativas Rurais que tenham dívidas vencidas ou vincendas com a União e, reciprocamente, tenham crédito de qualquer natureza contra esta, nos termos do regulamento”. RELATOR: Deputado LUIZ NISHIMORI. PROJETO DE LEI Nº 2.899/15 – do Sr. Silas Brasileiro – que “equipara o agricultor familiar ao assentado da refor- ma agrária para os fins que especifica”. RELATOR: Deputado EVANDRO ROMAN. COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES) DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 01-10-15 Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 671/15 – do Sr. William Woo – que “obriga as operadoras de telefonia fixa e móvel ao paga- mento de multa em razão de danos decorrentes da ineficiência em garantir a privacidade de seus usuários”. RELATOR: Deputado RONALDO NOGUEIRA. DECURSO: 4ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 28-09-15 Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 2.868/15 – do Sr. Vinicius Carvalho – que “dispõe sobre a obrigatoriedade de uso de pregão eletrônico para a comercialização dos direitos de transmissão dos jogos das seleções brasileiras de qualquer modalidade esportiva”. RELATOR: Deputado SANDRO ALEX. Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO PROJETO DE LEI Nº 2.566/96 – do Senado Federal – Marina Silva – (PLS 54/1996) – que “altera a Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, que dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências”. (Apensa- dos: PL 1749/2003, PL 1563/2003 (Apensados: PL 1222/2007, PL 2095/2007 e PL 2573/2007), PL 1624/1996, PL 3215/1997 (Apensado: PL 2594/2000), PL 3313/2000, PL 4158/1998 (Apensado: PL 2568/1996), PL 1768/2007, PL 2998/2008 e PL 2999/2008) RELATOR: Deputado JORGE TADEU MUDALEN. PROJETO DE LEI Nº 7.065/14 – do Sr. Osmar Serraglio – que “acrescenta capítulo à Lei nº 9.096, de 19 de setem- bro de 1995, para dispor sobre o direito de réplica dos partidos políticos de oposição às declarações políticas proferidas por órgão do governo e transmitidas por veículo de comunicação social”. RELATOR: Deputado BILAC PINTO. COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA

SEMINÁRIO LOCAL: Auditório Nereu Ramos – Câmara dos Deputados (Brasília-DF) HORÁRIO: 09h A – Seminário: Por uma nova arquitetura Institucional da Segurança Pública: Pela adoção no Brasil do Ciclo Completo de Polícia Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 147 Proposta de Emenda à Constituição nº 430/2009 B – Requerimentos: REQ nº 52/15 e 53/15 – Dep. Raul Jungmann (PPS/PE) e Dep. Capitão Augusto (PR/SP) C – Convidados: 1. Presidente da Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB; 2. Presidente da Assembleia Legislativa do Estado; 3. Presidente do Tribunal de Justiça do Estado; 4. Conselho Nacional dos Membros do Ministério Público – CONAMP Sr. ELÍSIO TEIXEIRA LIMA NETO (CONFIRMADO) ; 5. Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais – FENAPRF Sr. EDUARDO SIQUEIRA CAMPOS (CONFIRMADO); 6. Federação Nacional dos Policias Federais – FENAPEF Sr. FLÁVIO WERNECK MENEGUELLI (CONFIRMADO); 7. Conselho Nacional dos Comandantes-Gerais Das Polícias e Corpos de Bombeiros Militares do Brasil – CNCG Cel MARCO ANTÔNIO NUNES DE OLIVEIRA (CONFIRMADO) ; 8. Associação dos Delegados de Polícia do Brasil – ADEPOL Sr. WLADIMIR SÉRGIO REALE (CONFIRMADO); 9. Federação dos Policiais Civis do Brasil – FEIPOL Sr. LUCIANO MARINHO DE MORAES (CONFIRMADO); 10. Conselho Nacional dos Chefes de Polícia Civil – CONCPC Sr. KLEBER LUIZ DA SILVA JÚNIOR (CONFIRMADO); 11. Federação Nacional de Entidades de Oficiais Militares Estaduais – FENEME Ten. Cel. PM MÁRCIO RONALDO DE ASSIS (CONFIRMADO); 12. Associação Nacional dos Praças – ANASPRA Sr. BERLINQUE ANTÔNIO CANTELMO (CONFIRMADO); 13. Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal – ADPF Sr. MARCOS LEÔNCIO RIBEIRO (CONFIRMADO); 14. Presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República – ANPR Sr. JOSÉ ROBALINHO CAVALCANTI (CONFIRMADO); 15. Associação Nacional de Entidades Representativas de Militares e Bombeiros – ANERMB Sr. ALBERISSON SILVA (CONFIRMADO); 16. Associação Brasileira de Criminalísticas – ABC Sr. BRUNO TELLES (CONFIRMADO) ; 17. Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais – APCF; 18. Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis – COBRAPOL Sr. RENATO RINCON (CONFIRMADO); 19. Federação Nacional dos Papiloscopistas – FENAPPI Sr. PAULO AYRAN (CONFIRMADO); 20. Associação dos Militares do Brasil – AMEBRASIL; Cel FLAMMARION RUIZ (CONFIRMADO) ; 21. Federação Nacional dos Delegados de Polícia do Brasil – FENDEPOL Sr. JOSÉ PAULO PIRES (CONFIRMADO) ; 22. Procurador-Geral do Estado; 23. Especialista e/ou Acadêmico em Segurança Pública; 24. Membro do Poder Executivo Estadual; 25. Membro do Poder Executivo Municipal; 26. Membro do Poder Legislativo Estadual; 27. Membro do Poder Legislativo Municipal; 28. Membro do Poder Judiciário Estadual; 29. Ministério Público dos Estados; 30. Comandante-Geral da Polícia Militar do Distrito Federal Cel FLORISVALDO FERREIRA CESAR (CONFIRMADO); 31. Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militares; 32. Delegado-Geral da Polícia Civil do Distrito Federal; 33. Superintendente da Polícia Federal; 148 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 34. Presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara Legislativa do Distrito Federal; 35. Federação Nacional dos delegados de Polícia Federal – FENADEPOL TÂNIA FERNANDA PRADO PEREIRA (CONFIRMADA). AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS A PARTIR DE SEGUNDA-FEIRA (DIA 28/09/2015) Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

A – Da Análise da Constitucionalidade, Juridicidade e Mérito: PROJETO DE LEI Nº 7.361/14 – do Sr. Alceu Moreira – que “altera a redação do art. 2º, inciso V da Lei nº 6.634, de 2 de maio de 1979, para inserir os §§ 1º, 2º e 3º”. RELATOR: Deputado NELSON MARCHEZAN JUNIOR. PROJETO DE LEI Nº 1.144/15 – do Sr. Daniel Vilela – que “altera o § 3º do art. 21 da Lei nº 9.307, de 23 de setem- bro de 1996, para tornar obrigatória a presença de advogado no procedimento arbitral”. RELATOR: Deputado JERÔNIMO GOERGEN. B – Da Análise da Constitucionalidade e Juridicidade (art. 54, I): PROJETO DE LEI Nº 868/11 – do Sr. Giovani Cherini – que “dispõe sobre a criação de política de desenvolvimento do ecoturismo e do turismo sustentável em âmbito nacional, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado COVATTI FILHO. PROJETO DE LEI Nº 2.141/11 – do Senado Federal – Gerson Camata – (PLS 324/2010) – que “altera o art. 580 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, para fixar o valor da contribuição sindical anual dos agentes e trabalhadores autônomos e dos profissionais liberais e para dispor sobre a sua atualização”. (Apensado: PL 1491/2011) RELATOR: Deputado ELMAR NASCIMENTO. PROJETO DE LEI Nº 916/15 – da Sra. Renata Abreu – que “altera o Código Brasileiro de Telecomunicações, Lei no 4.117, de 27 de agosto de 1962, instituindo como direito do radiodifusor ser informado sobre o término de sua outorga no prazo que estipula”. (Apensado: PL 1107/2015) RELATOR: Deputado JUSCELINO FILHO. PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES) DECURSO: 4ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 28-09-15 Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

A – Da Análise da Constitucionalidade e Juridicidade (art. 54, I): PROJETO DE LEI Nº 7.910/14 – do Tribunal Superior do Trabalho – que “dispõe sobre a criação de cargos de pro- vimento efetivo e de cargos em comissão no Quadro de Pessoal da Secretaria do Tribunal Regional do Trabalho da 19ª Região e dá outras providências”. RELATOR: Deputado CAPITÃO AUGUSTO. PROJETO DE LEI Nº 1.554/15 – do Sr. Pompeo de Mattos – que “eleva a manifestação popular denominada Ro- deio Crioulo à condição de patrimônio cultural imaterial do Brasil”. (Apensado: PL 1767/2015) RELATOR: Deputado EFRAIM FILHO. Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO A – Da Análise da Constitucionalidade, Juridicidade e Mérito: PROJETO DE LEI Nº 4.050/04 – do Senado Federal – Tião Viana – (PLS 344/2003) – que “dispõe sobre a obrigato- riedade de equipar com desfibriladores cardíacos os locais e veículos que especifica”. (Apensado: PL 4443/2004) RELATOR: Deputado RONALDO FONSECA. PROJETO DE LEI Nº 1.322/11 – do Senado Federal – Gleisi Hoffmann – (PLS 49/2011) – que “altera os arts. 88 e 89 da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995 (Lei dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais), para vedar a Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 149 suspensão condicional do processo e a ação penal condicionada à representação nos crimes cometidos com violência doméstica ou familiar contra a mulher, e o art. 16 da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha), para estabelecer prioridade às ações penais que especifica”. (Apensado: PL 2451/2011) RELATORA: Deputada MARIA DO ROSÁRIO. DECURSO: 5ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 25-09-15 Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

A – Da Análise da Constitucionalidade e Juridicidade (art. 54, I): PROJETO DE LEI Nº 6.217/13 – do Sr. Esperidião Amin – que “denomina “Rodovia Doutora Zilda Arns”, o trecho da rodovia BR-101 no Estado de Santa Catarina”. RELATOR: Deputado DÉCIO LIMA. COMISSÃO DE CULTURA

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS A PARTIR DE SEGUNDA-FEIRA (DIA 28/09/2015) Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 1.673/15 – do Sr. Valdir Colatto – que “altera a Lei nº 9.875, de 25 de novembro de 1999, para dar a denominação suplementar – Trecho Antonio Carlos Seraglio – ao trecho da rodovia BR-282 localizado no perímetro urbano da cidade de Xanxerê, Estado de Santa Catarina”. RELATORA: Deputada GEOVANIA DE SÁ. PROJETO DE LEI Nº 1.830/15 – do Sr. Pedro Uczai – que “denomina João Batista Menegatti o viaduto na Rodovia BR-282, na travessia urbana de Xanxerê/SC”. RELATORA: Deputada GEOVANIA DE SÁ. PROJETO DE LEI Nº 1.860/15 – do Sr. Major Olimpio – que “altera a denominação do túnel “Mata Fria”, que faz a divisa dos municípios de Mairiporã e São Paulo, na Rodovia Fernão Dias (BR 381), para Túnel Salatiel Pereira do Valle”. RELATOR: Deputado SÉRGIO REIS. PROJETO DE LEI Nº 2.437/15 – do Sr. Silas Freire – que “denomina “Vereador Marcos Silva” a BR 343, no trecho Teresina – PI / Parnaíba – PI” RELATOR: Deputado EFRAIM FILHO. PROJETO DE LEI Nº 2.480/15 – do Sr. Mauro Mariani – que “denomina “Rodovia Governador Luiz Henrique da Silveira” o trecho da BR-116 em todo o Estado de Santa Catarina”. RELATOR: Deputado DIEGO GARCIA. PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES) DECURSO: 4ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 28-09-15 Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 7.392/14 – do Sr. Gonzaga Patriota – que “denomina “Rodovia Deputado Sérgio Guerra” o trecho da Rodovia BR-408, entre as cidades de Carpina e Recife, no Estado de Pernambuco” (Apensado: PL 1200/2015) RELATORA: Deputada LUCIANA SANTOS. PROJETO DE LEI Nº 947/15 – do Sr. Fábio Mitidieri – que “institui o Dia 25 de maio como o Dia Nacional do Des- porto Escolar”. RELATOR: Deputado MARCELO MATOS. PROJETO DE LEI Nº 2.880/15 – do Senado Federal – Paulo Paim – (PLS 343/2011) – que “institui o mês de março como o Mês da Poesia”. RELATORA: Deputada MARGARIDA SALOMÃO. 150 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES) DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 01-10-15

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO PROJETO DE LEI Nº 2.092/15 – do Sr. Augusto Coutinho – que “acrescenta novos §§ 2º e 3º ao art. 31 da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, que “dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências”, para disciplinar as informações devidas ao consumidor relativas a majorações de preços de serviços continuados, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado RICARDO IZAR. DECURSO: 4ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 28-09-15

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 6.855/10 – do Sr. Milton Monti – que “obriga as concessionárias de serviços públicos a enca- minharem por escrito, contrato com informações detalhadas sobre produtos e serviços ofertados via telefone através de telemarketing e call’’s center’’s”. (Apensados: PL 2741/2011 e PL 4388/2012) RELATOR: Deputado HERCULANO PASSOS. PROJETO DE LEI Nº 229/15 – do Sr. Rômulo Gouveia – que “obriga a entrega de veículo automotor novo, em substituição ao defeituoso, nas condições que especifica”. RELATOR: Deputado MARCOS ROTTA. PROJETO DE LEI Nº 2.849/15 – do Sr. Rômulo Gouveia – que “altera a Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, para obrigar os fornecedores a informar o histórico de preços dos produtos e serviços ofertados em promoção”. RELATOR: Deputado GUILHERME MUSSI.

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES) DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 01-10-15

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 4.833/12 – do Sr. Onofre Santo Agostini – que “ Dispõe sobre a obrigatoriedade dos bares, restaurantes e similares de fazer constar de seus cardápios porções reduzidas para as pessoas que foram sub- metidas a cirurgia bariátrica”. (Apensado: PL 6024/2013) RELATOR: Deputado EDUARDO CURY. PROJETO DE LEI Nº 7.583/14 – do Sr. Antonio Carlos Mendes Thame – que “obriga a que os produtos importa- dos comercializados tragam informações a respeito da submissão às normas de certificação de conformidade da Regulamentação Técnica Federal”. RELATOR: Deputado MAURO PEREIRA. PROJETO DE LEI Nº 2.184/15 – da Sra. Dulce Miranda – que “acrescenta parágrafo ao art. 93 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, que “dispõe sobre o Plano de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências” para possibilitar o fornecimento de bolsas de estudo para pessoas com deficiência, quando não alcançada a cota mínima de contratação desses trabalhadores, nas condições que estabelece”. RELATORA: Deputada CONCEIÇÃO SAMPAIO. Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 151 PROJETO DE LEI Nº 2.902/15 – da Sra. Soraya Santos – que “institui a padronização de tamanho de peças de vestuário”. RELATOR: Deputado MARCOS REATEGUI. DECURSO: 2ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 30-09-15 Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO PROJETO DE LEI Nº 338/15 – do Sr. Rômulo Gouveia – que “disciplina a oferta de peças e componentes de veí- culo automotor de via terrestre ao consumidor”. (Apensado: PL 1154/2015) RELATOR: Deputado LUIZ LAURO FILHO. DECURSO: 4ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 28-09-15 Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO PROJETO DE LEI Nº 1.529/15 – do Sr. Adail Carneiro – que “dispõe sobre a renovação das frotas das empresas prestadoras de serviço de locação de veículos”. RELATOR: Deputado JORGE CÔRTE REAL. PROJETO DE LEI Nº 1.985/15 – do Sr. Alex Manente – que “torna obrigatória a divulgação da qualificação dos fornecedores em lojas físicas, virtuais e embalagens” RELATOR: Deputado AUGUSTO COUTINHO. COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO URBANO

SEMINÁRIO LOCAL: Universidade Estadual de Feira de Santana/BA HORÁRIO: 08h30min A – Seminário: Discutir o tema: PDDU, Mobilidade e Integração de Políticas de Desenvolvimento Social e de Segurança Pública para a Constituição de Cidades Sustentáveis. (Em atendimento ao Requerimento nº 39/15, da Deputada Moema Gramacho). PAINELISTAS: Prof. Dra. Nacelice Freitas – Geografa, Mestre em Arquitetura e Urbanismo (UFBA) e Doutora em Geografia; Prof. Clamant Vialle – Mestre em Engenharia Ambiental Urbana (UFBA). Professor de Especialização em Urba- nismo Sustentável; Gabriela Brito – Coordenadora do Programa Minha Casa Minha Vida da Superintência de Habitação – SEDUR; Jorge Portugal – Secretário de Cultura do Governo do Estado da Bahia; Marli Carrara – Coordenadora da União Nacional por Moradia Popular e Conselheira Nacional das Cidades; Deputada Estadual Maria Del Carmem – Presidente da Comissão de Desenvolvimento Urbano da Assembleia Legislativa; Deputado Estadual Zé Neto – Lider do Governo na Assembléia Legislativa; Deputada Federal Moema Gramacho – Membro Titular da Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados e Relatora da Sub-Comissão Permanente de Habitação de Interesse Social. MEDIADORES: Profº Gerinaldo Costa – Professor da Universidade Estadual de Feira de Santana e Coordenador do Nucleo de Engenharia Popular UEFS – Dirigente do Fluminense – Feira; Adriano Costa – Economista, Coordenador da Habitar do Sertão. 152 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES) DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 01-10-15 Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 1.805/15 – do Sr. Jerônimo Goergen – que “dispõe sobre a localização dos depósitos dos estabelecimentos revendedores e/ou distribuidores de agrotóxicos”. RELATOR: Deputado HEULER CRUVINEL. Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO PROJETO DE LEI Nº 1.534/15 – do Sr. Chico D’Angelo – que “determina a instalação de fraldários nos banheiros de uso público masculinos”. (Apensado: PL 1754/2015) RELATORA: Deputada MOEMA GRAMACHO. DECURSO: 4ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 28-09-15 Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 3.439/00 – do Sr. Cezar Schirmer – que “acrescenta inciso ao art. 20 da Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990, a fim de permitir a movimentação da conta vinculada no FGTS para o pagamento do preço da aquisição de lote destinado à construção de moradia própria”. (Apensados: PL 3538/2000, PL 3580/2000, PL 3871/2000, PL 1992/2003, PL 4940/2005, PL 6217/2005, PL 3447/2008, PL 4468/2008 e PL 5422/2009) RELATOR: Deputado MARCOS ABRÃO. PROJETO DE LEI Nº 1.227/15 – da Sra. Iracema Portella – que “altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, de diretrizes e bases da educação nacional, para dispor sobre a acessibilidade ao sistema escolar das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida”. RELATOR: Deputado MARCOS ABRÃO. PROJETO DE LEI Nº 1.488/15 – do Sr. Rogério Rosso – que “dispõe sobre a instalação de suporte para colocação de bicicletas nos ônibus de transporte coletivo de passageiros – “Bike Bus” e altera a Lei nº 9.504, de 23 de se- tembro de 1997 – Código de Trânsito Brasileiro”. RELATOR: Deputado LEOPOLDO MEYER. PROJETO DE LEI Nº 1.765/15 – do Sr. Veneziano Vital do Rêgo – que “altera a Lei nº 11.124, de 2005, que dispõe sobre o Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social – SNHIS, cria o Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social – FNHIS e institui o Conselho Gestor do FNHIS, para tratar de habitação destinada a idosos”. RELATOR: Deputado MARCOS ABRÃO. PROJETO DE LEI Nº 1.919/15 – do Sr. Rogério Rosso – que “dispõe sobre o transporte gratuito de mesários e jurados no exercício do múnus público, bem como, de testemunha e vítima oficialmente intimadas para com- parecer em unidade jurisdicional ou de polícia judiciária”. RELATORA: Deputada LUIZIANNE LINS. PROJETO DE LEI Nº 2.089/15 – do Sr. Augusto Coutinho – que “estabelece a obrigatoriedade de mecanismo de segurança em veículos de transporte público coletivo”. RELATOR: Deputado MAURO LOPES. PROJETO DE LEI Nº 2.140/15 – do Sr. Arthur Virgílio Bisneto – que “altera a Lei nº 11.977, de 7 de julho de 2009, que dispõe sobre o Programa Minha Casa, Minha Vida – PMCMV”. RELATORA: Deputada LUIZIANNE LINS. PROJETO DE LEI Nº 2.222/15 – do Sr. Veneziano Vital do Rêgo – que “altera a Lei nº 11.445, de 05 de janeiro de 2007, para estimular o descarte adequado de resíduos sólidos por meio de desconto na conta de esgoto resi- dencial da pessoa física; e a Lei nº 12.305, de 02 de agosto de 2010, para incluir a obrigatoriedade de logística reversa de óleos e gorduras de origem vegetal ou animal usados” RELATOR: Deputado CÍCERO ALMEIDA. Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 153 PROJETO DE LEI Nº 2.829/15 – do Sr. Veneziano Vital do Rêgo – que “dispõe sobra a democratização, descentra- lização e transparência dos procedimentos decisórios em programas habitacionais de interesse social” RELATOR: Deputado CÍCERO ALMEIDA.

COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E MINORIAS

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES) DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 01-10-15

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 2.559/15 – da Sra. Tia Eron – que “acrescenta § 9º ao art. 4º da Lei nº 8.313, de 23 de dezem- bro de 1991 – Lei Rouanet -, para dispor que pelo menos 40% (quarenta por cento) do Fundo Nacional de Cul- tura deverão ser empregados em projetos vinculados à cultura e à arte negras”. RELATORA: Deputada PROFESSORA DORINHA SEABRA REZENDE.

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES) DECURSO: 4ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 28-09-15

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 2.891/15 – do Sr. Orlando Silva – que “altera a Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, que re- gulamenta o exercício da enfermagem, para nela incluir a obrigatoriedade de formação exclusivamente em cursos presenciais para os profissionais da área””. RELATOR: Deputado WADSON RIBEIRO.

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO PROJETO DE LEI Nº 3.410/12 – do Sr. Nilson Leitão – que “acrescenta parágrafo ao art. 4º da Lei nº 12.513, de 26 de outubro de 2011, para assegurar transporte escolar aos beneficiários da Bolsa-Formação Estudante do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec)”. RELATOR: Deputado GIVALDO VIEIRA. PROJETO DE LEI Nº 2.001/15 – do Sr. Luciano Ducci – que “autoriza o transporte intermunicipal e interes- tadual de estudantes de cursos técnicos, superiores e tecnológicos e de graduação por veículos mantidos e adquiridos pelos entes federados por meio dos programas instituídos pela União para transporte esco- lar, como o Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar – PNATE e o Programa Caminho da Escola”. (Apensado: PL 2162/2015) RELATOR: Deputado GIVALDO VIEIRA.

COMISSÃO DO ESPORTE

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES) DECURSO: 4ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 28-09-15 154 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO PROJETO DE LEI Nº 7.874/14 – do Sr. Vander Loubet – que “altera a Lei nº 10.671, de 15 de maio de 2003, para dispor sobre a responsabilidade pelos serviços de segurança nos eventos esportivos”. RELATOR: Deputado MARCELO MATOS. PROJETO DE LEI Nº 1.968/15 – do Senado Federal – Alfredo Nascimento – (PLS 134/2014) – que “altera a Lei nº 9.615, de 24 de março de 1998, que institui normas gerais sobre desporto e dá outras providências, para obri- gar as entidades de prática desportiva a divulgar lista dos atletas profissionais participantes do espetáculo desportivo, a fim de facilitar o rateio do direito de arena devido a cada um deles”. RELATOR: Deputado EVANDRO ROMAN. DECURSO: 5ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 25-09-15

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO PROJETO DE LEI Nº 1.112/15 – do Sr. Carlos Henrique Gaguim – que “altera a Lei nº 11.438, de 29 de dezembro de 2006, para acrescentar vedações na utilização dos recursos oriundos dos incentivos previstos nesta Lei”. RELATOR: Deputado JOÃO DERLY.

COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES) DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 01-10-15

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

A – Da Análise da Adequação Financeira e Orçamentária e do Mérito: PROJETO DE LEI Nº 6.533/09 – da Sra. Alice Portugal – que “dispõe sobre a proibição de alienação de bens imóveis, de valor artístico, histórico e/ou cultural, pertencentes a instituições religiosas, que tenham recebido quaisquer imunidades, isenções e benefícios do Governo Federal, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado EDMILSON RODRIGUES. PROJETO DE LEI Nº 2.708/07 – do Sr. Luiz Carlos Busato – que “altera a legislação do imposto de renda das pes- soas jurídicas e da organização e custeio da previdência social para desonerar a remuneração de férias e o dé- cimo terceiro salário”. (Apensados: PL 5003/2009, PL 5932/2009, PL 1186/2011, PL 3600/2012, PL 4799/2012, PL 4965/2013, PL 5610/2013, PL 5910/2013, PL 6087/2013, PL 6571/2013 (Apensados: PL 6781/2013 e PL 425/2015), PL 1585/2015 e PL 1785/2015) RELATOR: Deputado BENITO GAMA. PROJETO DE LEI Nº 1.345/15 – do Sr. Carlos Henrique Gaguim – que “institui o Fundo Nacional de Apoio à Re- gião do Jalapão – Funjalapão, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado HILDO ROCHA. PROJETO DE LEI Nº 1.737/15 – da Sra. Renata Abreu – que “autoriza o aproveitamento dos incentivos fiscais da Lei no 8.313, de 23 de dezembro de 1991 (Lei Rouanet), pelas empresas optantes pelo lucro presumido na apuração do imposto de renda”. RELATOR: Deputado ALUISIO MENDES. PROJETO DE LEI Nº 2.738/15 – do Sr. Subtenente Gonzaga – que “altera as Leis nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997, nº 8.069, de 13 de julho de 1990, nº 8.685, de 20 de julho de 1993, nº 12.213, de 20 de janeiro de 2010, e nº 12.715, de 17 de setembro de 2012; e dá outras providências”. RELATOR: Deputado GIOVANI CHERINI. Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 155 PROJETO DE LEI Nº 2.740/15 – do Sr. Antonio Carlos Mendes Thame – que “altera a Lei nº 10.485, de 3 de ju- lho de 2002, para excluir de sua aplicação os produtos descritos no Capítulo 84 da TIPI não autopropulsados”. RELATOR: Deputado PAUDERNEY AVELINO. PROJETO DE LEI Nº 2.784/15 – do Sr. Rômulo Gouveia – que “institui isenção do IOF para as operações de cré- dito de até R$ 10.000,00”. RELATOR: Deputado LUIZ CARLOS HAULY. PROJETO DE LEI Nº 2.798/15 – da Sra. Maria Helena – que “dispõe sobre a desoneração tributária de equipa- mentos de combate e prevenção de incêndios”. RELATORA: Deputada LEANDRE. PROJETO DE LEI Nº 2.856/15 – do Sr. Marco Maia – que “dispõe sobre o pagamento dos tributos relativos ao ingresso de bens de procedência estrangeira, nas condições que menciona, e dá outras providências” RELATOR: Deputado RAFAEL MOTTA. B – Da Análise da Adequação Financeira e Orçamentária (art. 54): PROJETO DE LEI Nº 4.614/09 – do Sr. Otavio Leite – que “altera o § 1º do art. 56 da Lei nº 9.615 de 1998, para as- segurar, ao Comitê Olímpico Brasileiro, ao Comitê Paraolímpico Brasileiro e aos Clubes Desportivos Brasileiros Formadores de Atletas Olímpicos a destinação dos recursos financeiros resultantes do percentual de que trata o inciso VI de seu caput”. (Apensados: PL 5818/2009, PL 1709/2011, PL 1682/2011 (Apensado: PL 6219/2013), PL 7002/2013 e PL 2018/2015) RELATOR: Deputado JOAQUIM PASSARINHO. PROJETO DE LEI Nº 328/11 – do Sr. Hugo Leal – que “dispõe sobre a obrigatoriedade do fornecimento de fral- das descartáveis aos portadores de necessidade especial e idosos”. (Apensados: PL 823/2011 (Apensado: PL 540/2015), PL 6216/2013 e PL 6872/2013) RELATOR: Deputado FÉLIX MENDONÇA JÚNIOR. PROJETO DE LEI Nº 832/15 – do Sr. Fabio Garcia e outros – que “altera o art. 13 da Lei nº 10.438, de 26 de abril de 2002, que “Dispõe sobre a expansão da oferta de energia elétrica emergencial, recomposição tarifária extra- ordinária, cria o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), a Conta de Desen- volvimento Energético (CDE), dispõe sobre a universalização do serviço público de energia elétrica, dá nova redação às Leis no 9.427, de 26 de dezembro de 1996, no 9.648, de 27 de maio de 1998, no 3.890-A, de 25 de abril de 1961, no 5.655, de 20 de maio de 1971, no 5.899, de 5 de julho de 1973, no 9.991, de 24 de julho de 2000, e dá outras providências.”” (Apensado: PL 1483/2015) RELATOR: Deputado HILDO ROCHA. PROJETO DE LEI Nº 1.970/15 – do Sr. Daniel Coelho – que “torna obrigatória e gratuita a realização de testes para a detecção de Mormo em equídeos, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado ALEXANDRE BALDY. DECURSO: 2ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 30-09-15 Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO A – Da Análise da Adequação Financeira e Orçamentária e do Mérito: PROJETO DE LEI Nº 7.719/14 – do Sr. Rubens Bueno – que “altera a legislação tributária facultando que as mer- cadorias vendidas com fim específico de exportação sejam enviadas às empresas exportadoras ou às zonas alfandegárias”. RELATOR: Deputado JUNIOR MARRECA. DECURSO: 4ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 28-09-15 Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

A – Da Análise da Adequação Financeira e Orçamentária e do Mérito: PROJETO DE LEI Nº 5.515/13 – da Sra. Iracema Portella – que “modifica a Lei nº 11.977, de 7 de Julho de 2009, que “dispõe sobre o Programa Minha Casa, Minha Vida – PMCMV e a regularização fundiária de assentamentos localizados em áreas urbanas; altera o Decreto-lei nº 3.365, de 21 de junho de 1941, as Leis nºs 4.380, de 21 de 156 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 agosto de 1964, 6.015, de 31 de dezembro de 1973, 8.036, de 11 de maio de 1990, e 10.257, de 10 de julho de 2001, e a Medida Provisória nº 2.197-43, de 24 de agosto de 2001, e dá outras providências””. RELATOR: Deputado HILDO ROCHA. PROJETO DE LEI Nº 7.373/14 – do Sr. Augusto Coutinho – que “acrescenta o § 6º ao art. 104 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro”. RELATOR: Deputado RAFAEL MOTTA. PROJETO DE LEI Nº 7.797/14 – da Sra. Mara Gabrilli – que “dispõe sobre a concessão de prêmio e de auxílio es- pecial mensal a atletas olímpicos e paraolímpicos”. RELATOR: Deputado SILVIO TORRES. PROJETO DE LEI Nº 599/15 – da Sra. Margarida Salomão – que “altera a Lei nº 12.865, de 9 de outubro de 2013, que , dentre outros objetos “altera a incidência da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins na cadeia de pro- dução e comercialização da soja e de seus subprodutos”, para restituir a apuração de crédito presumido para rações animais”. RELATOR: Deputado ASSIS CARVALHO. B – Da Análise da Adequação Financeira e Orçamentária (art. 54): PROJETO DE LEI Nº 4.285/12 – do Senado Federal – Antonio Carlos Valadares – (PLS 164/2012) – que “altera a Lei nº 7.998, de 11 de janeiro de 1990, que “regula o Programa do Seguro-Desemprego, o Abono Salarial, institui o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), e dá outras providências”, para dispor sobre a concessão de seguro-desemprego aos trabalhadores rurais desempregados contratados por safra, por pequeno prazo ou por prazo determinado”. RELATOR: Deputado RAFAEL MOTTA. DECURSO: 5ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 25-09-15

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

A – Da Análise da Adequação Financeira e Orçamentária e do Mérito: PROJETO DE LEI Nº 4.812/12 – do Sr. Fernando Jordão – que “torna obrigatória a adequação dos projetos a se- rem executados em rodovias federais e estaduais que cruzam municípios em suas áreas urbanas e de unidades de conservação”. RELATOR: Deputado HILDO ROCHA. PROJETO DE LEI Nº 1.267/15 – do Sr. Luiz Cláudio – que “concede isenção e redução de alíquotas da Contribui- ção para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS e da Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público – PIS/PASEP sobre as receitas de vendas de produtos da agricultura orgânica”. RELATOR: Deputado BRUNO COVAS. PROJETO DE LEI Nº 1.679/15 – do Sr. Rômulo Gouveia – que “assegura às pessoas com deficiência visual o di- reito de receber cartões de crédito e de movimentação de contas bancárias com as informações vertidas em caracteres de identificação tátil em braile”. RELATORA: Deputada SIMONE MORGADO. PROJETO DE LEI Nº 2.826/15 – do Sr. Goulart – que “altera a Lei nº 12.869, de 15 de outubro de 2013, que “Dis- põe sobre o exercício da atividade e a remuneração do permissionário lotérico””. (Apensado: PL 2994/2015) RELATOR: Deputado JÚLIO CESAR. B – Da Análise da Adequação Financeira e Orçamentária (art. 54): PROJETO DE LEI Nº 3.269/12 – do Senado Federal – Marisa Serrano – (PLS 211/2010) – que “altera a Lei nº 7.998, de 11 de janeiro de 1990, para conceder seguro-desemprego aos músicos e artistas e técnicos em espetáculos de diversões”. RELATORA: Deputada LEANDRE. PROJETO DE LEI Nº 1.027/15 – do Sr. Efraim Filho – que “altera redação de dispositivos do artigo 4° da Lei n° 10.201, de 14 de fevereiro de 2001, que instituiu o Fundo Nacional de Segurança Pública – FNSP”. RELATOR: Deputado JUNIOR MARRECA. Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 157 PROJETO DE LEI Nº 1.030/15 – do Poder Executivo – que “altera a tabela de vencimento básico e reabre o prazo para opção de ingresso no Quadro em Extinção de Combate às Endemias de que trata a Lei nº 13.026, de 3 de setembro de 2014”. RELATOR: Deputado MANOEL JUNIOR. COMISSÃO DE INTEGRAÇÃO NACIONAL, DESENVOLVIMENTO REGIONAL E DA AMAZÔNIA

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS A PARTIR DE SEGUNDA-FEIRA (DIA 28/09/2015)

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 2.918/15 – do Sr. Silas Câmara – que “altera o artigo 2º do Decreto Lei nº 288, de 28 fevereiro de 1967, que altera as disposições da Lei nº 3.173, de 6 de junho de 1957, e regula a Zona Franca de Manaus”. RELATOR: Deputado DELEGADO ÉDER MAURO. PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES) DECURSO: 4ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 28-09-15 Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 2.802/15 – do Sr. Pauderney Avelino – que “dispõe sobre o Serviço de Retransmissão de Rádio (RTR) na Amazônia Legal”. RELATORA: Deputada JÚLIA MARINHO. PROJETO DE LEI Nº 2.877/15 – da Sra. Simone Morgado – que “fica criado o Fundo de Desenvolvimento Econô- mico da Mesorregião Geográfica do Arquipélago do Marajó”. RELATOR: Deputado DELEGADO ÉDER MAURO. COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

SEMINÁRIO LOCAL: Assembleia Legislativa de Sergipe, Av. Ivo do Prado – Centro, Aracaju – SE HORÁRIO: 09h A – Seminário: CRIAÇÃO DA RESERVA EXTRATIVISTA DO LITORAL SUL DE SERGIPE E PRESERVAÇÃO DA MANGABEIRA – Requerimento n.o 45/2015, do Deputado João Daniel (PT/SE) 9h – Mesa de Abertura – Deputado Estadual LUCIANO BISPO, Presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe (*) – Deputado Federal JOÃO DANIEL, Promonete do Evento e Representante da Cmads – Comissão de Meio Am- biente e Desenvolvimento Sustentável (*) – Deputada Estadual ANA LÚCIA VIEIRA, Coordenadora da Frente Parlamentar Ambientalista (*) – OLIVIER FERREIRA DAS CHAGAS, Secretário de Estado de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos de Sergipe (*) – ESMERALDO LEAL, Secretário de Estado da Agricultura de Sergipe (*) 9h30 – Mesa de Exposição – JULIANA FERREIRA SIMÕES, Diretora de Extrativismo do MMA – Ministério do Meio Ambiente (*) – CLAYTON DE SOUZA PONTES, Coordenador Geral de Reservas, Exploração e Produção de Petróleo e Gás Na- tural do MME – Ministério Minas e Energia (*) – ALDIZIO LIMA DE OLIVEIRA FILHO, Coordenador de Criação do ICMBio – Instituto Chico Mendes de Conser- vação da Biodiversidade (*) – ANDRÉ BONFIM, Superintendente do Incra – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – REPRESENTANTE do MST – Movimento dos Trabalhadores Sem Terra – REPRESENTANTE de Mulheres Catadoras de Manga – REPRESENTANTE dos Posseiro 158 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 11h30 – Debates (*) Presença Confirmada (**) Não virá AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES) DECURSO: 4ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 28-09-15 Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 1.073/15 – do Sr. Dr. João – que “acrescenta o § 4º ao art. 54 da Lei nº 9.605, de 12 de de- zembro de 1998 – Lei de Crimes Ambientais – para dispor sobre o crime de poluição sonora”. RELATOR: Deputado NILTO TATTO. PROJETO DE LEI Nº 1.344/15 – do Sr. Carlos Henrique Gaguim – que “institui o Fundo Nacional de Apoio à Re- gião do Cantão – Funcantão, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado ROBERTO BALESTRA. PROJETO DE LEI Nº 2.793/15 – do Sr. Luiz Carlos Ramos – que “”Dispõe sobre a proibição na convenção, regu- lamento ou regimento interno dos condomínios existentes em todo território nacional apresentar clausulas restritivas sobre a permanência de animais domésticos em suas unidades autônomas””. RELATOR: Deputado RICARDO IZAR. Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO PROJETO DE LEI Nº 3.688/12 – do Sr. Irajá Abreu – que “dispõe sobre instrumentos de política pública de pre- venção de vazamentos na exploração petrolífera”. RELATOR: Deputado EDMILSON RODRIGUES. PROJETO DE LEI Nº 6.799/13 – do Sr. Ricardo Izar – que “acrescenta parágrafo único ao art. 82 do Código Civil para dispor sobre a natureza jurídica dos animais domésticos e silvestres, e dá outras providências”. (Apensa- do: PL 7991/2014) RELATOR: Deputado ARNALDO JORDY. DECURSO: 5ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 25-09-15 Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO PROJETO DE LEI Nº 1.176/15 – do Sr. Antonio Balhmann – que “altera a Lei nº 7.802, de 11 de julho de 1989, para disciplinar a prescrição de produtos destinados ao tratamento de culturas com suporte fitossanitário insuficiente”. RELATOR: Deputado VALDIR COLATTO. COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS A PARTIR DE SEGUNDA-FEIRA (DIA 28/09/2015)

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 196/15 – do Sr. Capitão Augusto – que “regula as ações de Polícia Administrativa exercida pelos Corpos de Bombeiros Militares dentro das suas atribuições de prevenção e extinção de incêndio, e pe- rícias de incêndios e ações de defesa civil, de busca salvamento, de resgate e atendimento pré-hospitalar e de emergência; e pelas Polícias Militares no exercício da Polícia Ostensiva e Polícia de Preservação da Ordem Pública, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado MAJOR OLIMPIO. Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 159 COMISSÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA E COMBATE AO CRIME ORGANIZADO

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES) DECURSO: 4ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 28-09-15 Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 7.422/14 – do Sr. Jair Bolsonaro – que “altera a redação do inciso V, do art. 6º, da Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981 e do § 1º, do art. 70, da Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, para incluir, de forma expressa, as Polícias Militares dos Estados e do Distrito Federal no Sistema Nacional do Meio Ambiente – SIS- NAMA, bem como disciplinar o exercício das atividades de policiamento ambiental”. RELATOR: Deputado ALBERTO FRAGA. PROJETO DE LEI Nº 8.201/14 – do Sr. João Campos – que “institui o Serviço de Interesse Militar Voluntário – SIMV no âmbito dos estados e do distrito federal”. RELATOR: Deputado JOSÉ PRIANTE. PROJETO DE LEI Nº 8.229/14 – do Sr. Rogério Peninha Mendonça – que “institui o Dia Nacional da Legítima Defesa”. RELATOR: Deputado EDUARDO BOLSONARO. PROJETO DE LEI Nº 8.248/14 – da Sra. Flávia Morais – que “determina a inclusão de procedimentos de primeiros socorros na grade curricular dos cursos de formação de soldados das polícias militares”. RELATOR: Deputado CABO DACIOLO. PROJETO DE LEI Nº 1.656/15 – do Sr. Cabo Daciolo – que “cria o Programa de Financiamento Habitacional para os Militares da Defesa Nacional e agentes de Segurança Pública” RELATOR: Deputado ADEMIR CAMILO. PROJETO DE LEI Nº 1.745/15 – do Sr. Fabio Reis – que “altera a Lei nº 6.575, de 30 de setembro de 1978, e a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, para dispor sobre a destinação, em proveito da Polícia Rodoviária Federal, de receita decorrente de apreensão, remoção e/ou guarda de veículos e animais realizadas em rodovias federais”. RELATOR: Deputado LAUDIVIO CARVALHO. PROJETO DE LEI Nº 1.815/15 – do Sr. Laerte Bessa – que “institui os Núcleos de Pacificação Social de Conflitos Criminais – NUPAS”. RELATOR: Deputado MARCOS REATEGUI. PROJETO DE LEI Nº 1.993/15 – da Sra. Mariana Carvalho – que “dispõe sobre a dispensa de revista dos portado- res de próteses metálicas por portas magnéticas ou dispositivos de segurança semelhantes”. RELATOR: Deputado ARNALDO FARIA DE SÁ. PROJETO DE LEI Nº 2.208/15 – do Sr. Daniel Vilela – que “altera a Lei nº 10.671, de 15 de maio de 2003, que dis- põe sobre o Estatuto de Defesa do Torcedor, para obrigar a entidade responsável pela organização do evento a instalar aparelhos de identificação biométrica e câmeras de vídeo nos locais onde são realizados os eventos desportivos de que trata esta Lei”. RELATOR: Deputado JOSÉ PRIANTE. PROJETO DE LEI Nº 2.252/15 – do Sr. Roberto Alves – que “dispõe sobre a cassação de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica – CNPJ de estabelecimentos e empresas envolvidas com o tráfico de pessoas e com a exploração sexual”. RELATOR: Deputado RONALDO MARTINS. PROJETO DE LEI Nº 2.302/15 – do Sr. Cabo Sabino – que “ “Altera o artigo 18 da Lei 13.022, de 08 de agosto de 2014, que dispõe sobre o Estatuto Geral das Guardas Municipais, para garantir que os guardas municipais, assim como os demais agentes de segurança pública, serão recolhidos a quartéis ou a prisão especial, à disposição da autoridade competente, quando sujeitos a prisão antes de condenação definitiva, na forma que indica””. RELATOR: Deputado CAPITÃO AUGUSTO. PROJETO DE LEI Nº 2.791/15 – do Sr. Fernando Francischini – que “unifica os registros e promove a integração dos órgãos policias para lavratura de boletim de ocorrência nos crimes de menor potencial ofensivo”. RELATOR: Deputado MAJOR OLIMPIO. 160 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES) DECURSO: 2ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 30-09-15 Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO PROJETO DE LEI Nº 1.999/15 – do Sr. Uldurico Junior – que “proíbe o uso de equipamento de proteção indivi- dual, por profissionais da área da saúde, fora do ambiente laboral”. RELATORA: Deputada CONCEIÇÃO SAMPAIO. COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES) DECURSO: 4ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 28-09-15 Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO PROJETO DE LEI Nº 4.705/12 – do Sr. Carlos Bezerra – que “altera a redação do “caput” do art. 143 da Consoli- dação das Leis do Trabalho – CLT, para determinar que os dez dias convertidos em abono pecuniário deverão ser remunerados acrescidos de um terço sobre a remuneração devida nos dias correspondentes”. (Apensado: PL 7989/2014) RELATOR: Deputado VICENTINHO. PROJETO DE LEI Nº 1.497/15 – do Sr. Veneziano Vital do Rêgo – que “altera o art. 1º da Lei nº 9.637, de 15 de maio de 1998, que dispõe sobre a qualificação de entidades como organizações sociais” RELATOR: Deputado VICENTINHO. PROJETO DE LEI Nº 1.981/15 – do Sr. Silvio Costa – que “dispõe sobre juros de mora e atualização monetária dos débitos judiciais”. RELATOR: Deputado LUCAS VERGILIO. COMISSÃO DE TURISMO

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES) DECURSO: 2ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 30-09-15 Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 1.058/15 – do Sr. Goulart – que “estabelece condições e requisitos para a classificação de Estâncias Turísticas e dá outras providências”. RELATOR: Deputado ALEX MANENTE. PROJETO DE LEI Nº 2.892/15 – do Sr. Alex Manente – que “dispõe sobre a dedução do lucro tributável para fins do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) das despesas realizadas em Programas de Capacitação dos Trabalhadores do Setor de Turismo e altera a Lei nº 12.974, de 15 de maio de 2014” RELATOR: Deputado RONALDO LESSA. Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 161 COMISSÃO DE VIAÇÃO E TRANSPORTES

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS A PARTIR DE SEGUNDA-FEIRA (DIA 28/09/2015)

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 6.712/13 – do Sr. Luiz Couto – que “inclui no Anexo da Lei nº 5.917, de 10 de setembro de 1973, que dispõe sobre o Plano Nacional de Viação, os trechos rodoviários que especifica”. RELATOR: Deputado SILAS FREIRE. PROJETO DE LEI Nº 6.919/13 – do Sr. Wilson Filho – que “inclui no Anexo da Lei nº 5.917, de 10 de setembro de 1973, que dispõe sobre o Plano Nacional de Viação, o trecho rodoviário que especifica”. RELATOR: Deputado SILAS FREIRE. PROJETO DE LEI Nº 7.424/14 – do Sr. Hugo Motta – que “inclui no Anexo da Lei nº 5.917, de 10 de setembro de 1973, que dispõe sobre o Plano Nacional de Viação, o trecho rodoviário que especifica”. RELATOR: Deputado SILAS FREIRE. PROJETO DE LEI Nº 7.466/14 – do Sr. Hugo Motta – que “inclui no Anexo da Lei nº 5.917, de 10 de setembro de 1973, que dispõe sobre o Plano Nacional de Viação, o trecho rodoviário que especifica”. RELATOR: Deputado SILAS FREIRE. PROJETO DE LEI Nº 8.312/14 – do Sr. Diego Andrade – que “altera a Lei nº 10.233, de 2001, que dispõe sobre a reestruturação dos transportes aquaviário e terrestre, cria o Conselho Nacional de Integração de Políticas de Transporte, a Agência Nacional de Transportes Terrestres, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários e o Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado GOULART. PROJETO DE LEI Nº 1.591/15 – do Sr. Ezequiel Fonseca – que “inclui no Anexo da Lei nº 5.917, de 10 de setembro de 1973, que dispõe sobre o Plano Nacional de Viação, o trecho rodoviário que especifica”. RELATOR: Deputado SILAS FREIRE.

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES) DECURSO: 4ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 28-09-15

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 5.383/09 – do Sr. Arnaldo Faria de Sá – que “altera a Lei nº 9.503 de 23 setembro de 1997 – Código de Trânsito Brasileiro – para determinar que o valor da taxa para renovação do Exame de Aptidão Físi- ca e Mental será gratuita ao condutor com mais de sessenta e cindo anos de idade”. (Apensado: PL 6865/2010 (Apensado: PL 432/2011)) RELATORA: Deputada CLARISSA GAROTINHO. PROJETO DE LEI Nº 3.547/12 – do Sr. Hugo Motta – que “dispõe sobre a informação do ano de fabricação e do ano-modelo no Certificado de Registro de Veículo e no Certificado de Licenciamento Anual, previstos na Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997”. (Apensados: PL 3678/2012 e PL 4153/2012) RELATOR: Deputado MAJOR OLIMPIO. PROJETO DE LEI Nº 8.047/14 – da Sra. Jaqueline Roriz – que “dispõe sobre projeto e construção de área de aces- so a pontos de ônibus em rodovias federais nas regiões metropolitanas”. (Apensado: PL 8240/2014) RELATOR: Deputado EFRAIM FILHO. PROJETO DE LEI Nº 8.085/14 – do Senado Federal – Ana Amélia – (PLS 454/2012) – que “altera a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, para instituir a obrigatoriedade da prática de direção veicular em vias públicas para fins de formação de condutores”. (Apensado: PL 7699/2014) RELATOR: Deputado HUGO LEAL. 162 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 PROJETO DE LEI Nº 8.327/14 – do Sr. Esperidião Amin – que “altera a Lei nº 12.302, de 2 de agosto de 2010, que “Regulamenta o exercício da profissão de Instrutor de Trânsito”, para modificar a exigência de habilitação para o exercício da atividade de instrutor de trânsito” RELATOR: Deputado EZEQUIEL FONSECA. PROJETO DE LEI Nº 247/15 – do Sr. Pompeo de Mattos – que “altera o inciso IV do art. 138 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que “Institui o Código de Trânsito Brasileiro””. RELATOR: Deputado ALIEL MACHADO. PROJETO DE LEI Nº 528/15 – do Sr. Assis do Couto – que “cria a Política de Preços Mínimos do Transporte Rodo- viário de Cargas”. (Apensado: PL 1316/2015) RELATOR: Deputado EFRAIM FILHO. PROJETO DE LEI Nº 696/15 – do Sr. Rômulo Gouveia – que “altera a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, para dispor sobre a ultrapassagem de veículos em vias com mais de duas faixas”. RELATOR: Deputado GOULART. PROJETO DE LEI Nº 1.032/15 – do Sr. Alan Rick – que “altera o Código de Trânsito Brasileiro para dispor sobre o documento de habilitação da pessoa com deficiência”. RELATORA: Deputada CLARISSA GAROTINHO. PROJETO DE LEI Nº 1.085/15 – do Sr. Roberto Britto – que “altera a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, para dispor sobre a condução de motocicletas nas rodovias”. RELATOR: Deputado EDINHO BEZ. PROJETO DE LEI Nº 1.376/15 – do Sr. Fabiano Horta – que “altera a Lei nº 9.503, de 1997, para tornar obrigatória a instalação de fonte de alimentação ininterrupta de energia elétrica (no break) nos semáforos”. RELATOR: Deputado DANRLEI DE DEUS HINTERHOLZ. PROJETO DE LEI Nº 1.569/15 – do Sr. Edinho Bez – que “altera a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, para dispor sobre sinalização e segurança de locais com altura limitada nas vias abertas ao trânsito”. RELATOR: Deputado JOÃO PAULO PAPA. PROJETO DE LEI Nº 1.729/15 – do Sr. Sóstenes Cavalcante – que “altera a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, para tornar obrigatório o teste de impacto nos dispositivos de retenção para o transporte de crianças em veículos”. RELATOR: Deputado MILTON MONTI. PROJETO DE LEI Nº 2.010/15 – do Sr. Tenente Lúcio – que “acrescenta o art. 154-A a Lei nº 9.503, de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, para obrigar que os veículos utilizados nos exames de direção veicular para obtenção da Carteira Nacional de Habilitação sejam dotados de câmeras de vídeo e áudio”. RELATOR: Deputado MAURO MARIANI. PROJETO DE LEI Nº 2.345/15 – do Sr. Rômulo Gouveia – que “dispõe sobre a utilização dos meios eletrônicos de autuação para efeitos na segurança pública”. RELATORA: Deputada CLARISSA GAROTINHO. PROJETO DE LEI Nº 2.553/15 – do Sr. Jerônimo Goergen – que “dá nova redação ao inciso II do art. 75 da Lei nº 10.883 de 29 de dezembro de 2003, que “Altera a Legislação Tributária Federal e dá outras providências””. RELATOR: Deputado MAURO MARIANI. PROJETO DE LEI Nº 2.564/15 – do Sr. Felipe Bornier – que “altera a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que “institui o Código de Trânsito Brasileiro” para criar o Cadastro Nacional de Bicicletas e dá outras providências”. RELATORA: Deputada CLARISSA GAROTINHO. PROJETO DE LEI Nº 2.627/15 – da Sra. Alice Portugal – que “denomina “Aeroporto José Fernandes Pedral Sam- paio de Vitória da Conquista/BA” o aeroporto da cidade de Vitória da Conquista, Estado da Bahia”. (Apensado: PL 2698/2015) RELATOR: Deputado MÁRIO NEGROMONTE JR.. PROJETO DE LEI Nº 2.819/15 – do Sr. Rogério Rosso – que “altera a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que “institui o Código de Trânsito Brasileiro, e da outras providências””. RELATOR: Deputado MILTON MONTI. Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 163 PROJETO DE LEI Nº 2.853/15 – do Sr. João Rodrigues – que “denomina “Rodovia Governador Luiz Henrique da Silveira” o entroncamento da Rodovia BR 282 com a Rodovia BR 480, no perímetro compreendido entre os mu- nicípios de Chapecó/SC e São Miguel do Oeste/SC”. RELATOR: Deputado EDINHO BEZ. PROJETO DE LEI Nº 2.854/15 – do Sr. João Rodrigues – que “denomina “Rodovia Plínio Arlindo De Nes” o trecho ro- doviário da BR-480 entre o entroncamento com a BR-282 e o acesso à cidade de Chapecó, Estado de Santa Catarina”. RELATOR: Deputado EDINHO BEZ. PROJETO DE LEI Nº 2.869/15 – do Sr. Ezequiel Teixeira – que “altera o artigo 209 da Lei 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o código de Trânsito Brasileiro e dá outras providências”. RELATOR: Deputado LÁZARO BOTELHO. Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO PROJETO DE LEI Nº 608/15 – do Sr. Marcelo Belinati – que “altera a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, acrescentando os parágrafos 1º e 2º, para instituir a obrigatoriedade dos equipamentos medidores de veloci- dade para veículos automotivos com registro fotográfico – radares – mostrar a velocidade registrada na pas- sagem”. (Apensados: PL 804/2015 e PL 920/2015 (Apensado: PL 1287/2015)) RELATOR: Deputado MARCELO MATOS. PROJETO DE LEI Nº 1.500/15 – do Sr. Rogério Rosso – que “altera as Leis nº 7.183, de 05 de abril de 1984, e nº 7.565, de 19 de dezembro de 1986, para dispor sobre a obrigatoriedade da informação prévia aos passageiros sobre os serviços executados, os riscos à saúde e segurança, as medidas de prevenção, e a obrigatoriedade de atendimento médico de primeiros socorros durante voos em aeronaves comerciais, nacionais ou estrangeiras, que operem em território brasileiro”. RELATORA: Deputada CLARISSA GAROTINHO. PROJETO DE LEI Nº 2.102/15 – do Sr. Felipe Bornier – que “dispõe sobre iluminação pública em rodovias fede- rais sob regime de concessão”. RELATOR: Deputado GOULART. DECURSO: 5ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 25-09-15 Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO PROJETO DE LEI Nº 466/15 – do Sr. Ricardo Izar – que “dispõe sobre a adoção de medidas que assegurem a cir- culação segura de animais silvestres no território nacional, com a redução de acidentes envolvendo pessoas e animais nas estradas, rodovias e ferrovias brasileiras”. (Apensado: PL 935/2015) RELATOR: Deputado LAUDIVIO CARVALHO. II – COMISSÕES TEMPORÁRIAS COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 2-A, DE 2015, DO SR. HÉLIO LEITE E OUTROS, QUE “ALTERA O ART. 166 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, PARA TORNAR OBRIGATÓRIA A EXECUÇÃO DA PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTÁRIA QUE ESPECIFICA”

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (10 SESSÕES) DECURSO: 8ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 29-09-15 Proposta de Emenda à Constituição (Art. 202, §3º)

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 2/15 – do Sr. Hélio Leite – que “altera o art. 166 da Constituição Federal, para tornar obrigatória a execução da programação orçamentária que especifica”. RELATOR: Deputado CARLOS HENRIQUE GAGUIM. 164 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 80-A, DE 2015, DO SR. VALTENIR PEREIRA E OUTROS, QUE “ACRESCENTA O ARTIGO 132-A À CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA, E OS PARÁGRAFOS 1º, 2º E 3º AO ARTIGO 69 DO ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS, ESTABELECENDO AS PROCURADORIAS AUTÁRQUICAS E FUNDACIONAIS E REGULANDO A TRANSIÇÃO DAS ATIVIDADES DE ASSISTÊNCIA, ASSESSORAMENTO E CONSULTORIA JURÍDICA PARA O SISTEMA ORGÂNICO DAS PROCURADORIAS GERAIS DOS ESTADOS, DISTRITO FEDERAL E MUNICÍPIOS”

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (10 SESSÕES) DECURSO: 7ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 30-09-15

Proposta de Emenda à Constituição (Art. 202, §3º)

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 80/15 – do Sr. Valtenir Pereira e outros – que “”Acrescenta o artigo 132-A à Constituição da República, e os parágrafos 1º, 2º e 3º ao artigo 69 do Ato das Disposições Constitucio- nais Transitórias, estabelecendo as procuradorias autárquicas e fundacionais e regulando a transição das ativi- dades de assistência, assessoramento e consultoria jurídica para o sistema orgânico das Procuradorias Gerais dos Estados, Distrito Federal e Municípios”” RELATOR: Deputado ODORICO MONTEIRO.

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER AO PROJETO DE LEI Nº 1013, DE 2011, DO SR. AUREO, QUE “DISPÕE SOBRE A FABRICAÇÃO E VENDA, EM TERRITÓRIO NACIONAL, DE VEÍCULOS UTILITÁRIOS MOVIDOS A ÓLEO DIESEL, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS”, E APENSADO

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES) DECURSO: 4ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 28-09-15

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 1.013/11 – do Sr. Aureo – que “dispõe sobre a fabricação e venda, em território nacional, de veículos utilitários movidos a óleo diesel, e dá outras providências”. (Apensado: PL 2733/2011) RELATOR: Deputado EVANDRO ROMAN. III – COORDENAÇÃO DE COMISSÕES PERMANENTES

ENCAMINHAMENTO DE MATÉRIA ÀS COMISSÕES

EM 24/09/2015: Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania: PROJETO DE LEI Nº 2.125/2007 PROJETO DE LEI Nº 6.221/2013 PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 160/2015 PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 134/2015 Comissão de Finanças e Tributação: PROJETO DE LEI Nº 6.470/2013 PROJETO DE LEI Nº 2.929/2015 Comissão de Seguridade Social e Família: PROJETO DE LEI Nº 2.950/2015 Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 165 Comissão Especial destinada a proferir parecer à Proposta de Emenda à Constituição nº 473-A, de 2001, do Sr. Antonio Carlos Pannunzio e outros, que “dá nova redação ao inciso XIV do art. 84 e ao parágrafo único do art. 101 da Constituição Federal” (alterna entre o Presidente da República e o Congresso Na- cional a escolha dos Ministros do Supremo Tribunal Federal), e apensadas: PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 17/2011

(Encerra-se a sessão às 17 horas.)

PROPOSIÇÕES APRESENTADAS

MENSAGEM Nº 215/2015 – do Poder Executivo – Submete à apreciação do Congresso Nacional o texto da Medida Provisória nº 676 , de 17 de junho de 2015, que “Altera a Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, que dispõe sobre os Planos de Beneficios da Previdência Social”. Nº 354/2015 – do Poder Executivo – Submete à deliberação do Congresso Nacional o texto do projeto de lei que “Disciplina, em âmbito nacional, a aplicação do limite máximo remuneratório mensal de agentes políticos e públicos de que tratam o inciso XI do caput e os § 11 e § 11 do art. 37 da Constituição”.

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 147/2015 – do Sr. Vicentinho – Altera o § 3º do art. 128 da Constituição Federal, dispondo sobre a parti- cipação de servidores efetivos na eleição da lista tríplice dos Ministérios Públicos Estaduais e o do Distrito Federal.

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 170/2015 – do Sr. Pompeo de Mattos – Dispõe sobre a exploração de loterias, em todas as modalida- des e dá outras providências.

PROJETO DE LEI Nº 3110/2015 – do Sr. Cleber Verde – Alterar e acrescentar os incisos I, II e III ao § 4º do Art. 6º da Lei nº 11.101, de 9 de fevereiro de 2005, que regula a recuperação judicial, a extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária das disposições comuns à recuperação judicial e à falência. Nº 3111/2015 – do Sr. Cleber Verde – Obriga a disponibilização de colar de proteção para prevenir a ra- diação na tireoide durante a realização do exame de mamografia. Nº 3112/2015 – do Sr. Cleber Verde – Excluir o § 2º do Art. 557, da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 com redação dada pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998, que Dispõe sobre o processamento de recursos no âmbito dos tribunais. Nº 3113/2015 – do Sr. Rômulo Gouveia – Proíbe a contratação de empréstimo pessoal em terminal ban- cário de autoatendimento por pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos. Nº 3114/2015 – do Sr. Reginaldo Lopes – Altera a Lei 9.277 de 10 de Maio de 1996, para dispor sobre isenção e cobrança de pedágios em Municípios. Nº 3115/2015 – do Sr. Cabo Daciolo – Altera a redação do artigo 50 da Lei nº 6.880, de 09 de Dezembro de 1980 – Estatuto dos Militares -, para conferir estabilidade às praças, conforme preceitua a Constituição da República Federativa do Brasil. Nº 3116/2015 – do Sr. Indio da Costa – Altera a Lei nº 12.681, de 4 de julho de 2012, que institui o Siste- ma Nacional de Informações de Segurança Pública, Prisionais e sobre Drogas – SINESP, para estabelecer regras mínimas para o registro de infrações penais e administrativas pelos órgãos de segurança pública no território nacional. Nº 3117/2015 – do Sr. Carlos Marun – Altera o art. 5º, dá nova redação ao § 2º do art. 5º e § 5º do art. 6º, revoga o inciso II do art. 11 e os incisos II e IV do Anexo da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, que dispõe sobre o registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição, sobre o Sistema Nacional de Armas – Si- narm define crimes e dá outras providências, para tornar permanente o Certificado de Registro de Arma de Fogo. Nº 3118/2015 – da Srª. Iracema Portella – Acrescenta novos §§ 6º e 7º ao art. 54 da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, que “Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências”, com a finalidade de disciplinar o cancelamento dos contratos de adesão. 166 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 Nº 3119/2015 – do Sr. Giovani Cherini – Acrescenta parágrafo ao art. 189 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, para dispor sobre a insalubridade derivada da higienização de instalações sanitárias de uso público, e a respectiva coleta de lixo. Nº 3120/2015 – do Sr. Mário Heringer – Altera o caput do art. 105 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que “Institui o Código de Trânsito Brasileiro”, para determinar que a lei estabeleça os equipamentos vei- culares obrigatórios, e dá outras providências. Nº 3121/2015 – da Srª. Mariana Carvalho – Regula os Sistemas de Bandeiras Tarifárias nos Estados pro- dutores de Energia Hidroelétrica. Nº 3122/2015 – do Sr. Luiz Carlos Hauly – Parcela débitos do empregador doméstico com o Instituto Na- cional do Seguro Social. Nº 3123/2015 – do Poder Executivo – Disciplina, em âmbito nacional, a aplicação do limite máximo re- muneratório mensal de agentes políticos e públicos de que tratam o inciso XI do caput e os § 9º e § 11 do art. 37 da Constituição. Nº 3124/2015 – do Sr. Domingos Neto – Autoriza o Poder Executivo a criar campus da Universidade Fe- deral do Ceará – UFC no Município de Tauá, no Estado do Ceará. Nº 3125/2015 – do Sr. Domingos Neto – Autoriza o Poder Executivo a criar campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará – IFCE no Município de Ipu, no Estado de Ceará. Nº 3126/2015 – do Sr. Otavio Leite – Altera a Lei nº 8.213, de 24 de julho 1991, que dispõe sobre os Pla- nos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências. Nº 3127/2015 – do Sr. Guilherme Mussi – Dispõe sobre aumento do repasse oriundo das receitas das loterias federais e similares para aumentar seus percentuais para a Previdência Social, Assistência Social e o Sistema Único de Saúde. Nº 3128/2015 – do Sr. Daniel Vilela – Altera a Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, para tipificar a prática da venda casada como crime contra as relações de consumo. Nº 3129/2015 – da Srª. Clarissa Garotinho – Altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Nº 3130/2015 – do Sr. William Woo – Altera a Lei nº 11.484, de 31 de maio de 2007, para estabelecer prazo de 4 (quatro) anos, prorrogável por até 4 (quatro) anos em ato do Poder Executivo, para apresentação de projetos no âmbito do PADIS – Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores. Nº 3131/2015 – do Sr. Givaldo Vieira – Altera a Lei nº 10.295, de 17 de outubro de 2001, que dispõe sobre a Política Nacional de Conservação e Uso Racional de Energia, para disciplinar o desligamento da iluminação noturna dos edifícios comerciais.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 218/2015 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – Aprova o ato que autoriza a Associação de Radiodifusão Comunitária da Cidade de Gararu a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Gararu, Estado de Sergipe. Nº 219/2015 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – Aprova o ato que au- toriza a Associação Comunitária de Radiodifusão Integrante de Dom Pedro de Alcântara a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Dom Pedro de Alcântara, Estado do Rio Grande do Sul. Nº 220/2015 – da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional – Aprova o texto do Acordo de Cooperação Cultural entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da Federação de São Cris- tóvão e Névis, assinado em Brasília, em 26 de abril de 2010. Nº 221/2015 – da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional – Aprova o texto do Acordo en- tre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo do Estado do Catar sobre Cooperação Cultural, assinado em Doha, em 15 de maio de 2010. Nº 222/2015 – da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional – Aprova o texto do Acordo de Cooperação Cultural entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo de São Vicente e Granadi- nas, assinado em Brasília, em 26 de abril de 2010.

INDICAÇÃO Nº 957/2015 – do Sr. Rômulo Gouveia – Sugere ao Ministério da Fazenda, Fazenda a possibilidade de rees- truturação da CAIXA ECONÔMICA FEDERAL com a implantação de uma Superintendência da Caixa Econômica Federal, bem como a instalação de uma nova Gerência de Filial de Desenvolvimento Urbano e Rural – GIDUR, no município de Campina Grande/PB. Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 167 Nº 958/2015 – do Sr. Eduardo Barbosa – Sugere seja incluída a pesquisa da prevalência de transtornos do espectro autista nos levantamentos demográficos realizados pela Fundação Instituto Brasileiro de Geogra- fia e Estatística. Nº 959/2015 – do Sr. Eduardo Barbosa – Sugere a adoção das determinações da Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015, que “institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com De- ficiência)” na elaboração das Resoluções que disciplinem as eleições de 2016. Nº 960/2015 – do Sr. Alceu Moreira – Sugere que sejam tomadas medidas para fomentar a exportação de laticínios e derivados, bem como a proteção do mercado interno destes bens. Nº 961/2015 – do Sr. Alceu Moreira – Sugere que sejam tomadas medidas para fomentar a exportação de laticínios e derivados, bem como a proteção do mercado interno destes bens. Nº 962/2015 – da Srª. Clarissa Garotinho – Sugere a apresentação de Projeto de Lei , que disponha sobre a ascensão funcional dos quadros QSS e QFG oriundos da Escola de Especialista de Aeronáutica Nº 963/2015 – do Sr. Zé Carlos – Solicita ao Exmo. Sr. Ministro da Fazenda que sejam tomadas as provi- dências relativas à emissão dos TDA – Títulos da Dívida Agrária necessários para a conclusão do processo de desapropriação, para fins de reforma agrária, da Fazenda Salgador, Município de Presidente Vargas, Estado do Maranhão. Nº 964/2015 – do Sr. Zé Carlos – Solicita ao Exmo. Sr. Ministro da Fazenda que sejam tomadas as providên- cias relativas à emissão dos TDA – Títulos da Dívida Agrária necessários para a conclusão do processo de desa- propriação, para fins de reforma agrária, da Fazenda Eldorado, Município de Imperatriz, Estado do Maranhão. Nº 965/2015 – do Sr. Zé Carlos – Solicita ao Exmo. Sr. Ministro do Desenvolvimento Agrário que sejam tomadas providências no sentido de agilizar, por parte do INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Refor- ma Agrária, o processo de desapropriação, para fins de reforma agrária, da Fazenda Salgador, Município de Presidente Vargas, Estado do Maranhão. Nº 966/2015 – do Sr. Zé Carlos – Solicita ao Exmo. Sr. Ministro do Desenvolvimento Agrário que sejam tomadas providências no sentido de agilizar, por parte do INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Refor- ma Agrária, o processo de desapropriação, para fins de reforma agrária, da Fazenda Eldorado, Município de Imperatriz, Estado do Maranhão.

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 1168/2015 – do Sr. Mendonça Filho – Solicita ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, Rena- to Janine Ribeiro, que preste esclarecimentos sobre programas de governo acompanhados e gerenciados por referida pasta. Nº 1169/2015 – do Sr. Mendonça Filho – Solicita ao Excelentíssimo Senhor Ministro das Cidades, Gilberto Kassab, que preste esclarecimentos sobre programa de governo acompanhado e gerenciado por referida pasta. Nº 1170/2015 – do Sr. Mendonça Filho – Solicita à Excelentíssima Senhora Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, que preste esclarecimentos sobre programa de governo acompa- nhado e gerenciado por referida pasta. Nº 1171/2015 – do Sr. Otavio Leite – Requer informações ao Senhor Ministro da Defesa relativas à estima- tiva de impacto orçamentário e financeiro do Projeto de Lei nº 8.254, de 2014, que “Concede pensão especial aos ex-integrantes do “Batalhão Suez”. Nº 1172/2015 – da Comissão Externa destinada a fazer levantamento in loco bem como acompanhar e fiscalizar os fatos relativos ao cancelamento da construção das refinarias Premium I e Premium II, respectiva- mente nos estados do Maranhão e do Ceará. – Requer ao Ministro de Estado de Minas e Energia, Sr. Eduardo Braga, por intermédio da Petrobras, informações sobre as refinarias Premium I, Premium II, Abreu e Lima, situ- adas nos Estados do Maranhão, Ceará e Pernambuco. Nº 1173/2015 – do Sr. Ronaldo Carletto – Solicita informações a Sra. Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome sobre a eventual realização de cortes de beneficiários no Programa Bolsa Família nos últi- mos dois anos, as razões para exclusão e a relação das cidades atingidas em que houve redução do contingen- te de beneficiários do programa Nº 1174/2015 – do Sr. Antônio Jácome – Requer Informação, de acordo com o regimento interno desta casa, ao Ministro de Estado da Saúde, sobre os índices de suicídio no Brasil. Nº 1175/2015 – da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle – Solicita informações ao Senhor Mi- nistro de Estado do Trabalho e Emprego, Senhor Manoel Dias, e pede esclarecimentos quanto ao relatório do Tribunal de Contas da União que indica supostos pagamentos irregulares no Programa Bolsa Pesca. 168 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 Nº 1176/2015 – da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle – Solicita informações ao Senhor Mi- nistro de Estado da Pesca e Aquicultura, Senhor Hélder Barbalho, e pede esclarecimentos quanto ao relatório do Tribunal de Contas da União que indica supostas irregularidades na execução do Programa Bolsa Pesca. REQUERIMENTO Nº 3112/2015 – do Sr. João Daniel – Requer a inclusão na Ordem do Dia o Projeto de Lei nº 6.446 de 2013, que dispõe sobre o direito de resposta ou retificação do ofendido por matéria divulgada, publicada ou trans- mitida por veículos de comunicação social. Nº 3113/2015 – do Sr. Daniel Almeida – Requeiro seja desapensado do PL nº 2795/1997 o PL nº 8031 de 2014. Nº 3114/2015 – do Sr. Silas Brasileiro – Requer a revisão de despacho inicial aposto ao Projeto de Lei nº 1.655, de 2015, para que seja, também, apreciado pela Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio. Nº 3115/2015 – da Comissão de Finanças e Tributação – Requer a revisão do despacho para que a Co- missão de Finanças e Tributação se manifeste sobre a adequação financeira e orçamentária da Mensagem nº 322 de 2015, do Poder Executivo. Nº 3116/2015 – do Sr. Cícero Almeida – Requer nos termos regimentais a Inclusão na Ordem do Dia do PL 3688/2000, que dispõe sobre a introdução de assistente social no quadro de profissionais de educação em cada escola. Nº 3117/2015 – do Sr. Mendonça Filho – Requer urgência, nos termos do art. 155 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, para apreciação do Projeto de Lei nº 3.075, de 2015, que “concede anistia aos con- dutores de veículos automotores multados pelo não uso de extintor de incêndio ou pelo uso de equipamento vencido”. Nº 3118/2015 – do Sr. Celso Russomanno – Requer o registro da Frente Parlamentar em Defesa da Polí- cia Judiciária (Civil). Nº 3119/2015 – do Sr. Silvio Costa – Requer, nos termos regimentais, a retirada de tramitação do PLP nº 14/2007, de minha autoria, que acrescenta e altera dispositivos à Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000, que estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá -ou tras providências. Nº 3120/2015 – do Sr. Danrlei de Deus Hinterholz – Requer a retirada de tramitação do Projeto de Decre- to Legislativo nº 1.660, do Sr. Danrlei de Deus Hinterholz, de 2014, que “Susta os efeitos da Portaria Conjunta RFB/SCE 1.908, de 19 de julho de 2012, a Portaria Conjunta RFB/SCS 232, de 26 de fevereiro de 2013, a Instru- ção Normativa RFB 1.277, publicada em 29 de junho de 2012, e, a Instrução Normativa RFB nº 1.336, de 26 de fevereiro de 2013”. Nº 3121/2015 – da Comissão Especial destinada a apreciar e proferir parecer à Proposta de Emenda à Constituição nº 70-A, de 2011, do Senado Federal, que “altera o procedimento de apreciação das medidas pro- visórias pelo Congresso Nacional” – Requer a prorrogação do prazo da Comissão Especial destinada a proferir parecer à Proposta de Emenda à Constituição nº 70-A, de 2011, do Senado Federal, que “Altera o procedimento de apreciação das medidas provisórias pelo Congresso Nacional PROPOSIÇÕES DESPACHADAS

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO N.º 134, DE 2015 (Do Senado Federal) PEC nº 98/2015 – SF Ofício nº 1.304/2015 -SF

Acrescenta art. 101 ao Ato das Disposições Constitucionais Transitórias para reservar vagas para cada gênero na Câmara dos Deputados, nas Assembleias Legislativas, na Câmara Legis- lativa do Distrito Federal e nas Câmaras Municipais, nas 3 (três) legislaturas subsequentes. DESPACHO: À COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA. APENSE-SE A ESTE A PEC- 205/2007 E SUA APENSADA. APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do § 3º do art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte Emenda ao texto constitucional: Art. 1º O Ato das Disposições Constitucionais Transitórias passa a vigorar acrescido do seguinte art. 101: Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 169 “Art. 101. É assegurado a cada gênero, masculino e feminino, percentual mínimo de representação nas cadeiras da Câmara dos Deputados, das Assembleias Legislativas, da Câmara Legislativa do Dis- trito Federal e das Câmaras Municipais, nas 3 (três) legislaturas subsequentes à promulgação desta Emenda Constitucional, nos termos da lei, vedado patamar inferior a: I – 10% (dez por cento) das cadeiras na primeira legislatura; II – 12% (doze por cento) das cadeiras na segunda legislatura; e III – 16% (dezesseis por cento) das cadeiras na terceira legislatura. § 1º Caso o percentual mínimo de que trata o caput não seja atingido por determinado gênero, as vagas necessárias serão preenchidas pelos candidatos desse gênero com a maior votação nominal individual dentre os partidos que atingiram o quociente eleitoral. § 2º A operacionalização da regra prevista no § 1º dar-se-á, a cada vaga, dentro de cada partido, com a substituição do último candidato do gênero que atingiu o percentual mínimo previsto no caput pelo candidato mais votado do gênero que não atingiu o referido percentual. § 3º Serão considerados suplentes os candidatos não eleitos do mesmo gênero dentro da mesma legenda, obedecida a ordem decrescente de votação nominal.” Art. 2º Esta Emenda à Constituição entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 15 de setembro de 2015. – Senador Renan Calheiros, Presidente do Senado Federal PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 160, DE 2015 (Do Sr. Daniel Vilela)

Dispõe sobre a entrega de recursos da União aos Estados e ao Distrito Federal, como compen- sação pela não incidência do ICMS sobre exportações de mercadorias e serviços. DESPACHO: APENSE-SE À (AO) PLP-153/2015. APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Esta Lei Complementar trata da regulamentação do art. 91 do Ato das Disposições Constitucio- nais Transitórias. Art. 2º A União entregará aos Estados e ao Distrito Federal, anualmente, valor resultante da aplicação, sobre as exportações de produtos primários e semielaborados, de uma alíquota média do ICMS incidente so- bre operações internas com os mesmos produtos, calculada pelo Conselho Nacional de Política Fazendária CONFAZ, observadas as demais disposições constantes desta Lei Complementar. § 1º No primeiro ano subsequente ao da publicação desta Lei Complementar, o valor o montante refe- rente ao caput será calculado tomando por base a média das transferências realizadas nos três anos imediata- mente anteriores. § 2º O montante estabelecido no caput será revisto anualmente, no mês de julho, com base na variação do valor total das exportações para o exterior de produtos primários e semielaborados nos doze meses ante- riores ao mês de julho do respectivo ano. § 3º A entrega dos recursos será efetuada até o último dia útil de cada mês, em parcelas correspondentes a um doze avos do montante apurado na forma do art. 3º. § 4º Os valores entregues fora do prazo fixado neste artigo serão atualizados até o mês anterior ao da efetiva entrega, com base na variação do Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), da Fundação Getúlio Vargas ou por outro índice de preços de abrangência nacional que venha a substituí-lo. Art. 3º Os recursos serão distribuídos entre os Estados e o Distrito Federal proporcionalmente I – ao volume de exportações para o exterior de produtos primários e semielaborados em relação ao to- tal das exportações desses produtos; II – aos créditos decorrentes de aquisições destinadas ao ativo permanente, relativos aos contribuintes de cada Unidade, em relação ao total desses mesmos créditos; III – à relação entre os volumes de exportações e importações de cada Unidade. Art. 4º Cabe ao Conselho Nacional de Política Fazendária – CONFAZ: I – definir a metodologia para o cálculo dos coeficientes individuais de participação dos Estados e do Distrito Federal, de acordo com os critérios fixados no art. 3º; II – efetuar anualmente o cálculo dos valores previstos nos art.s 2º e 3º; III – remeter ao Tribunal de Contas da União, até o dia 20 de janeiro de cada ano, o resultado do cálculo do montante a ser entregue mensalmente a cada Unidade, acompanhado da memória de cálculo; 170 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 IV – estabelecer outros procedimentos necessários à implementação do disposto nesta Lei Complementar. § 1º As deliberações do CONFAZ, de que trata esta Lei Complementar serão adotadas por maioria de dois terços de seus membros. § 2º Os coeficientes individuais de participação serão publicados no Diário Oficial da União até 31 de dezembro do ano anterior ao da entrega dos recursos. Art. 5º Os dados necessários aos cálculos mencionados no art. 4º serão fornecidos até 30 de setembro do ano anterior ao da entrega dos recursos, pelos Estados e pelo Distrito Federal, pelo órgão federal responsável pelo acompanhamento e controle do comércio exterior ou por outro órgão ou ente da Administração Pública federal definido pelo CONFAZ. § 1º A forma de entrega dos dados ao CONFAZ será definida em protocolo celebrado entre o órgão ou ente federal responsável e o CONFAZ. § 2º O CONFAZ deliberará sobre os dados a serem utilizados, no caso de descumprimento do prazo le- gal fixado. § 3º O atraso por parte do Estado no fornecimento dos dados necessários ao cálculo do rateio aludido acarreta a suspensão das transferências de que trata esta Lei Complementar. Art. 6º Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação, aplicando-se seus efeitos a par- tir de julho de 2016. Justificação A Lei Complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996, viabilizou a aplicação do disposto na alínea a do inciso X, § 2º do art. 155, da Constituição Federal, que dispôs sobre a não incidência do ICMS sobre as operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a destinatários no exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações e prestações anteriores. O princípio subjacente é o da neutralidade tributária: não se “exporta” imposto. O mecanismo facilita a inserção de produtos e serviços nacionais na economia global. Como é óbvio, a nova sistemática provocaria perdas na arrecadação das unidades federadas, daí o reco- nhecimento da necessidade de ressarcimento dessas perdas. A ideia inicial era estabelecer uma regra transitó- ria que garantisse, ao menos transitoriamente, os níveis de arrecadação, até que os Estados e o Distrito Federal se ajustassem à nova situação. A Emenda Constitucional nº 42, de 19 de dezembro de 2003, consolidou a garantia a essas transferên- cias, remetendo à lei complementar a definição do montante – critérios, prazos e condições – a ser destinado e rateado. É com esta preocupação que apresentamos o presente Projeto, de modo que, inclusive, possamos fixar regras estáveis e razoáveis com tal objetivo, de fundamental interesse para as unidades que representamos nesta Casa. Impõe-se registrar que a presente iniciativa retoma esforço legislativo do ex-Deputado Sandro Mabel, que já havia proposto texto semelhante, por meio do Projeto de Lei Complementar nº 365/2006, tendo bata- lhado enormemente por sua aprovação, razão pela qual rendemos nossas homenagens. Por esta razão, solicito o apoio e empenho dos ilustres Pares, no sentido de aperfeiçoarmos e aprovar- mos a iniciativa. Sala das Sessões, 15 de setembro de 2015. – Deputado Daniel Vilela, PMDB/GO PROJETO DE LEI Nº 2.909, DE 2015 (Da Comissão de Legislação Participativa) Sugestão nº 79/2013

Dispõe sobre a liberdade religiosa. DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-1219/2015. APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário Art. 1o. Esta lei tem por objetivo proibir a intervenção estatal em organização religiosa. Art. 2° As disposições do presente diploma legal aplicar-se-ão igualmente a toda entidade religiosa, des- de que esta tenha registrado o seu estatuto no cartório de registro civil de pessoas jurídicas da cidade onde se localize sua sede social. Art. 3° Entende-se por organização religiosa a pessoa jurídica de direito privado caracterizada pela união de pessoas que se organizam para fins religiosos, nada impedindo que haja a ocorrência de outras finalidades, tais como filantrópica, beneficente, cultural, científica, filosófica. Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 171 Art. 4° São nulos de pleno direito os atos administrativos e as decisões judiciais na parte em que esta- beleçam restrições, modificações ou intervenções na área administrativa, fiscal, financeira ou de gerência de entidade religiosa.

Justificação O Brasil, ao contrário de muitas outras nações, tem orgulho de se afirmar como um país onde pessoas das mais diferentes origens étnicas e crenças religiosas convivem em paz e harmonia, com res- peito mútuo. Estado laico é estado neutro. O modo de pensar laico teve o seu desdobramento nas concepções do Es- tado. O Estado laico é diferente do Estado teocrático e do Estado confessional. No Estado teocrático, o poder religioso e o poder político se fundem, enquanto no Estado confessional existem vínculos jurídicos entre o Po- der Político e uma Religião. O Estado laico, por sua vez, é o que estabelece a mais completa separação entre a Igreja e o Estado, vedando qualquer tipo de aliança entre ambos. A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 reza: Art. 5° – Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos bra- sileiros e aos estrangeiros residentes no ‘País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igual- dade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...) VI – é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias. O dispositivo transcrito compõe-se de duas partes: assegura a liberdade de exercício os cultos religiosos, sem condicionamentos, e protege os locais de culto e suas liturgias. E acrescenta: Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 1 – estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público. Embaraçar o exercício dos cultos religiosos significa vedar, ou dificultar, limitar ou restringir a prática, psíquica ou material, de atos religiosos ou manifestações de pensamento religioso. Para evitar qualquer for- ma de embaraços por via tributária, a Constituição estatui imunidade dos templos de qualquer culto (art. 150, VI, b). Tamanha a importância dada à liberdade religiosa pelo legislador constituinte, que tal direito foi erigido à categoria de cláusula pétrea, ou seja, trata-se de um dispositivo que não pode ser abolido, sendo que somente o advento de uma nova Constituição poderá modificar tal condição. Por sua vez, a Declaração Universal dos Direitos Humanos (Resolução 217 da Assembleia Geral das Na- ções Unidas em 1O de dezembro de 1948) estabelece: Artigo XVIII – Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou cren- ça, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular. A igreja é uma entidade filantrópica, tratando-se de pessoa jurídica, que presta serviços à sociedade, principalmente às pessoas mais carentes, e que não possui como finalidade a obtenção de lucro, porquanto se cinge, de maneira básica, à dispensa ou ao recebimento de ajuda de fundos reservados para fins huma- nitários. Daí se deduz, de maneira cristalina e inequívoca, a necessidade de previsão legal para coibir a interven- ção estatal em entidade religiosa. Ademais, qualquer ato de ingerência caracterizaria um evidente risco de se abrir um precedente neste sentido, o que seria extremamente danoso para a convivência entre diferentes crenças e o relacionamento entre as denominações cristãs e as autoridades constituídas. Estamos convencidos de que o projeto ora apresentado favorece a estabilização das expectativas legí- timas da sociedade, razão pela qual nossa iniciativa é da mais alta relevância, pois visa a evitar que entidades religiosas sofram a ingerência direta do Poder Estatal. 172 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 Com efeito, uma situação na qual a entidade religiosa pode ser surpreendida a qualquer momento por uma intervenção e francamente contrária à justa aspiração social por uma condição de segurança jurídica. Por esses motivos, esperamos contar com o apoio dos nobres parlamentares para a aprovação desta sugestão de projeto de lei. Sala das Sessões, 4 de setembro de 2015. – Deputado Fábio Ramalho, Presidente

SUGESTÃO Nº 79, DE 2013 (Da Associação Paranaense dos Advogados Criminalistas)

Sugere projeto de lei que dispõe sobre a proibição de intervenção estatal em organizações religiosas e dá outras providências.

COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA

I – Relatório A iniciativa da Associação Paranaense dos Advogados Criminalistas tem por fim proibir a intervenção estatal nas organizações religiosas. Para tanto, apresenta minuta de projeto de lei. Argumenta-se, na justificação, que qualquer ato de ingerência caracterizaria um evidente risco de se abrir um precedente neste sentido, o que seria extremamente danoso para a convivência entre diferentes crenças e o relacionamento entre as denominações cristãs e as autoridades constituídas. É o relatório.

II – Voto do Relator Conforme determina o art. 254 do Regimento Interno, com a redação dada pela Resolução nº 21, de 2001, cumpre que esta Comissão de Legislação Participativa aprecie e se pronuncie acerca da Sugestão em epígrafe. Preliminarmente, constata-se que a sugestão foi devidamente apresentada no que diz respeito aos as- pectos formais, tendo sua regularidade sido atestada pelo Secretário desta Comissão, nos termos do art. 2º do Regulamento Interno e do “Cadastro da Entidade” constante dos autos. O tema encontra-se compreendido na competência concorrente da União para legislar sobre direito civil, sendo legítima a iniciativa e adequada a elaboração de lei ordinária (artigos 22, I e 61 da Constituição Federal). Quanto ao mérito, a sugestão ora em debate deve prosperar, porquanto o ordenamento jurídico não dispõe de nenhuma lei infraconstitucional que regulamente o tema. Em verdade, a Constituição Federal conta com preceitos cujo desiderato é garantir a liberdade religiosa. Nesse ponto, vale trazer à colação alguns diapositivos da Carta Magna: Art. 5° (...) VI – é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I – estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público; Ocorre, porém, que a despeito do mandamento constitucional garantir a liberdade religiosa, o ordena- mento jurídico é omisso quanto ao detalhamento do direito fundamental. Sendo assim, pode-se concluir que o regime jurídico pátrio sobre a liberdade de crença necessita de complementação, carecendo, portanto, das alterações propostas pelo autor da sugestão. Diante disso, mostra-se evidente que a sugestão ora em comento deve ser levada adiante pelo Parla- mento, vez que supre lacuna relativa à proibição da intervenção estatal em organizações religiosas. Assim, em que pese o mérito da iniciativa, esta proposta reúne condições de prosseguir. Portanto, diante do exposto, somos pela aprovação da Sugestão de nº 79, de 2013, nos termos do Pro- jeto de Lei anexo, Sala da Comissão, 24 de abril de 2015. – Deputado Lincoln Portela, Relator Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 173 PROJETO DE LEI Nº , DE 2015 (Da Comissão de Legislação Participativa)

Dispõe sobre a liberdade religiosa. Art. 1o. Esta lei tem por objetivo proibir a intervenção estatal em organização religiosa. Art. 2° As disposições do presente diploma legal aplicar-se-ão igualmente a toda entidade religiosa, des- de que esta tenha registrado o seu estatuto no cartório de registro civil de pessoas jurídicas da cidade onde se localize sua sede social. Art. 3° Entende-se por organização religiosa a pessoa jurídica de direito privado caracterizada pela união de pessoas que se organizam para fins religiosos, nada impedindo que haja a ocorrência de outras finalidades, tais como filantrópica, beneficente, cultural, científica, filosófica. Art. 4° São nulos de pleno direito os atos administrativos e as decisões judiciais na parte em que esta- beleçam restrições, modificações ou intervenções na área administrativa, fiscal, financeira ou de gerência de entidade religiosa.

Justificação O Brasil, ao contrário de muitas outras nações, tem orgulho de se afirmar como um país onde pessoas das mais diferentes origens étnicas e crenças religiosas convivem em paz e harmonia, com respeito mútuo. Estado laico é estado neutro. O modo de pensar laico teve o seu desdobramento nas concepções do Es- tado. O Estado laico é diferente do Estado teocrático e do Estado confessional. No Estado teocrático, o poder religioso e o poder político se fundem, enquanto no Estado confessional existem vínculos jurídicos entre o Po- der Político e uma Religião. O Estado laico, por sua vez, é o que estabelece a mais completa separação entre a Igreja e o Estado, vedando qualquer tipo de aliança entre ambos. A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 reza: Art. 5° – Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos bra- sileiros e aos estrangeiros residentes no ‘País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igual- dade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...) VI – é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias. O dispositivo transcrito compõe-se de duas partes: assegura a liberdade de exercício os cultos religiosos, sem condicionamentos, e protege os locais de culto e suas liturgias. E acrescenta: Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 1 – estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público. Embaraçar o exercício dos cultos religiosos significa vedar, ou dificultar, limitar ou restringir a prática, psí- quica ou material, de atos religiosos ou manifestações de pensamento religioso. Para evitar qualquer forma de embaraços por via tributária, a Constituição estatui imunidade dos templos de qualquer culto (art. 150, VI, b). Tamanha a importância dada à liberdade religiosa pelo legislador constituinte, que tal direito foi erigido à categoria de cláusula pétrea, ou seja, trata-se de um dispositivo que não pode ser abolido, sendo que somente o advento de uma nova Constituição poderá modificar tal condição. Por sua vez, a Declaração Universal dos Direitos Humanos (Resolução 217 da Assembleia Geral das Na- ções Unidas em 1O de dezembro de 1948) estabelece: Artigo XVIII – Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou cren- ça , pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância , isolada ou coletivamente, em público ou em particular. A igreja é uma entidade filantrópica, tratando-se de pessoa jurídica, que presta serviços à sociedade, principalmente às pessoas mais carentes, e que não possui como finalidade a obtenção de lucro, porquanto se cinge, de maneira básica, à dispensa ou ao recebimento de ajuda de fundos reservados para fins humanitários. 174 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 Daí se deduz, de maneira cristalina e inequívoca, a necessidade de previsão legal para coibir a interven- ção estatal em entidade religiosa. Ademais, qualquer ato de ingerência caracterizaria um evidente risco de se abrir um precedente neste sentido, o que seria extremamente danoso para a convivência entre diferentes crenças e o relacionamento entre as denominações cristãs e as autoridades constituídas. Estamos convencidos de que o projeto ora apresentado favorece a estabilização das expectativas legí- timas da sociedade, razão pela qual nossa iniciativa é da mais alta relevância , pois visa a evitar que entidades religiosas sofram a ingerência direta do Poder Estatal. Com efeito, uma situação na qual a entidade religiosa pode ser surpreendida a qualquer momento por uma intervenção e francamente contrária à justa aspiração social por uma condição de segurança jurídica. Por esses motivos, esperamos contar com o apoio dos nobres parlamentares para a aprovação desta sugestão de projeto de lei. Sala da Comissão, 24 de abril de 2015. – Deputado Lincoln Portela, PR/MG

III – Parecer da Comissão A Comissão de Legislação Participativa, em reunião ordinária realizada hoje, aprovou unanimemente a Sugestão nº 79/2013, nos termos do Parecer do Relator, Deputado Lincoln Portela. Estiveram presentes os Senhores Deputados: Fábio Ramalho – Presidente, Glauber Braga – Vice-Presidente, Benedita da Silva, Celso Jacob, Erika Kokay, Luiza Erundina, Uldurico Junior, Júlia Marinho, Leonardo Monteiro, Lincoln Portela, Nilto Tatto e Valadares Filho. Sala da Comissão, 19 de agosto de 2015. – Deputado Fábio Ramalho, Presidente

PROJETO DE LEI Nº 2.929, DE 2015 (Do Sr. Carlos Gomes)

Inclui os crimes de peculato, inserção de dados falsos em sistemas de informações, concussão, excesso de exação, corrupção passiva e corrupção ativa no rol dos crimes hediondos. DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-2815/2015. APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Esta lei inclui os crimes de peculato, inserção de dados falsos em sistemas de informações, con- cussão, excesso de exação, corrupção passiva e corrupção ativa no rol dos crimes hediondos. Art. 2º O art. 1º da Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990, passa a vigorar acrescido do seguinte inciso IX: “Art. 1º ...... IX – peculato (art. 312, caput e § 1º), inserção de dados falsos em sistemas de informações (art. 313- A), concussão (art. 316, caput), excesso de exação (art. 316, §§ 1º e 2º), corrupção passiva (art. 317) e corrupção ativa (art. 333, caput).” Art. 3º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Justificação Os crimes hediondos são aqueles “que repercutem intensamente na vida social, para além da objetividade jurídica diretamente tutelada, pondo em questão a capacidade de prevenção e repressão desta ordenação estatal”, ou seja, “são crimes nos quais a reiteração e eventual impunidade têm efeito social desagregador e criminógeno, desfavorecendo intensamente o império da lei”1. Pelo conceito acima exposto, não há dúvida de que os crimes de peculato, inserção de dados falsos em sistemas de informações, concussão, excesso de exação, corrupção passiva e corrupção ativa (condutas que podem ser enquadradas no conceito de “corrupção”, em sentido amplo), por afetarem toda a sociedade, de- vem ser incluídos no rol dos crimes hediondos, recebendo, dessa forma, uma resposta mais rigorosa por parte do Estado.

1 GONÇALVES, Luiz Carlos dos Santos. Mandados expressos de criminalização e a proteção de direitos fundamentais na Constituição bra- sileira de 1988. Belo Horizonte: Forum, 2007, p. 226. Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 175 Aponte-se, por exemplo, que segundo relatório elaborado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, em 2013, “o custo médio da corrupção no Brasil, em 2010, foi estimado entre 1,38% a 2,3% do PIB, isto é, de R$ 50,8 bilhões a R$ 84,5 bilhões. Num cenário realista, o custo da corrupção seria de R$ 50,8 bilhões, com o qual o Brasil poderia arcar com o custo anual de 24,5 milhões de alunos das séries iniciais do ensino funda- mental segundo os parâmetros do CAQi (Custo Aluno-Qualidade Inicial – CAQi –, originalmente desenvolvido pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação, estabelece padrões mínimos de qualidade da Educação Básica por etapa, fase e modalidade). Também seria possível equipar e prover o material para 129 mil escolas das séries iniciais do ensino fundamental com capacidade para 600 alunos segundo o modelo CAQi. Poderia também construir 57,6 mil escolas para séries iniciais do ensino fundamental segundo o modelo CAQi ou então comprar 160 milhões de cestas básicas (DIEESE)”1. Por essas razões, solicitamos o apoio dos ilustres pares para a aprovação do presente Projeto de Lei. Sala das Sessões, 9 de setembro de 2015. – Deputado Carlos Gomes PROJETO DE LEI Nº 2.934, DE 2015 (Do Sr. Goulart)

Dispõe sobre a criação de Delegacias Especializadas em crimes contra a Fauna. DESPACHO: DEVOLVA-SE A PROPOSIÇÃO, POR CONTRARIAR O DISPOSTO NO ARTIGO 61, § 1º, INCISO II, ALÍNEA “E”, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL (ART. 137, § 1º, INCISO II, ALÍNEA “B”, DO RICD). OFICIE-SE AO AUTOR, SUGERINDO-LHE A FORMA DE INDICAÇÃO. PUBLIQUE-SE. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º A presente lei tem por objetivo a criação, no âmbito do Ministério do Meio Ambiente, de Delega- cias Especializadas em Crimes contra a Fauna. Art. 2º As Delegacias aludidas no artigo anterior terão como finalidade prioritária a investigação de de- núncias de maus tratos e abusos contra animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos. Art. 3º As despesas, decorrentes da aplicação desta lei, correrão por conta de dotações próprias consig- nadas no orçamento vigente, suplementadas se necessário. Art. 4º Esta lei entra em vigor na data da sua publicação. Justificação A proposição ora apresentada visa atender uma demanda da sociedade e das organizações não gover- namentais (ONGs) de proteção aos animais. A criação de delegacias especializadas em crime contra a fauna tem respaldo na Lei Federal nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1.998, que prevê punição para a prática de ato de abuso, maus-tratos e mutilação de animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos. A criação da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Fauna trará agilidade nas apurações, o que permitirá salvar mais vidas e retirar os animais de situações degradantes ou insalubres, bem como a punição daqueles que incorrem no delito contra a fauna, permitindo maior controle sobre a situação dos animais do País, minimizando a quantidade de tráfico, abandono e outros tantos crimes que vêm ocorrendo constante- mente e aumentando a cada dia. Uma delegacia especializada, composta por profissionais treinados, aptos e preparados de acordo com as peculiaridades requeridas para a adequada execução das atividades, possibilitará um atendimento rápido e eficaz, que resultará na melhoria da qualidade de vida dos animais e, por consequência, da nossa população. Neste sentido, percebe-se que a criação de delegacias especializadas é medida que beneficiará a todos e poderá significar enormes ganhos futuros em saúde animal e humana. Diante de todo o exposto, pedimos o apoio o dos nobres pares desta para a aprovação do Projeto de Lei em tela. Sala das Sessões, 09 de setembro de 2015. – Deputado Goulart, PSD/SP PROJETO DE LEI Nº 2.950, DE 2015 (Do Sr. Davidson Magalhães)

Altera o art. 12 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, e o art. 11 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, para incluir o bolsista como segurado obrigatório do Regime Geral de Previ- dência social.

1 http://institutoavantebrasil.com.br/brasil-e-72o-no-ranking-da-corrupcao-em-2013/ 176 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-6894/2013. APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II O Congresso Nacional decreta: Art. 1º O art. 12 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 12...... V – ...... i) o bolsista com idade igual ou superior a dezesseis anos que perceba bolsa de estudo e de pesqui- sa, de valor igual ou superior a um salário mínimo...... ”(NR) Art. 2º O art. 11 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 11...... V – ...... i) o bolsista com idade igual ou superior a dezesseis anos que perceba bolsa de estudo e de pesquisa de valor igual ou superior a um salário mínimo...... ”(NR) Art. 3º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Justificação A Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, que dispõe sobre os planos de benefícios da Previdência Social, prevê dois enquadramentos diferenciados para os segurados do Regime Geral de Previdência Social – RGPS: aqueles considerados obrigatórios, ou seja, que exercem atividade laboral remunerada, e aqueles considera- dos facultativos, que podem optar, ou não, pelo recolhimento da contribuição previdenciária, haja vista não exercerem atividade laboral que os enquadre como segurado obrigatório. Os bolsistas, assim considerados, aqueles que percebem, entre outras, bolsas concedidas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq e pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES, são considerados segurados facultativos. É importante destacar que a vida acadêmica pode ter longa duração e que se não houver, desde o início, a filiação a regime de previdência social não haverá contagem do árduo tempo de estudo e de aperfeiçoamen- to para a aposentadoria, isto porque a Constituição Federal determina que esta contagem deverá implicar o recolhimento da contribuição previdenciária devida. A inclusão dos bolsistas na categoria de segurados obrigatórios da Previdência Social permitirá que te- nham a cobertura financeira na hipótese de ocorrência, entre outros, dos eventos de doença e maternidade, além, é claro, da contagem do tempo de dedicação exclusiva ao estudo para efeito de aposentadoria. Cabe destacar que algumas das bolsas pagas pelo CNPq e pela CAPES têm valor inferior ao salário mí- nimo, como, por exemplo, as bolsas de Iniciação Científica Júnior, pagas a estudantes do ensino fundamental, médio e profissional da rede pública, de Iniciação Científica, pagas a estudantes de graduação, e do Programa Jovens Talentos para a Ciência, pagas a estudantes matriculados em instituições federais de ensino superior em nível de graduação. Dessa forma, e tendo em vista que o piso de benefícios corresponde a um salário mínimo, não se pode admitir que bolsistas que percebam valores inferiores a esse patamar sejam enquadrados como segurados obrigatórios do RGPS. Ademais, só se pode admitir como segurado obrigatório os bolsistas maiores de 16 anos, idade limite para enquadramento neste regime previdenciário. Com base, portanto, nas considerações aqui expostas, o presente Projeto de Lei de nossa autoria objeti- va enquadrar os bolsistas maiores de 16 anos de idade e que percebam bolsas de valor superior ao um salário mínimo como segurados obrigatórios do RGPS, na categoria de contribuintes individuais, conferindo a estes o mesmo tratamento dado aos médicos – residentes, nos termos da Lei nº 6.932, de 7 de julho de 1981, art. 4º, § 1º. Por considerarmos relevante a matéria contida nessa Proposição, conclamamos os nobres Pares a vota- rem favoravelmente à nossa proposta. Sala das Sessões, 9 de setembro de 2015. – Deputado Davidson Magalhães, PCdoB – BA Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 177 PROJETO DE LEI Nº 3.123, DE 2015 (Do Poder Executivo) URGÊNCIA – ART.64, §1º, CF (Mensagem nº 354/2015) Aviso nº 417/2015 – C. Civil

Disciplina, em âmbito nacional, a aplicação do limite máximo remuneratório mensal de agentes políticos e públicos de que tratam o inciso XI do caput e os § 9º e § 11 do art. 37 da Constituição. DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO; FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO (MÉRITO E ART. 54, RICD) E CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (ART. 54 RICD) APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário O CONGRESSO NACIONAL decreta: Art. 1º Esta Lei dispõe, em âmbito nacional, sobre a aplicação do limite máximo remuneratório mensal de que trata o inciso XI do caput e os § 9º e § 11 do art. 37 da Constituição aos agentes públicos e políticos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídos aqueles que recebam cumulativamente remuneração de mais de um ente da Federação. § 1º Esta Lei aplica-se: I – ao Presidente da República, ao Vice-Presidente da República e aos Ministros de Estado; II – aos Governadores, aos Vice-Governadores, aos Prefeitos, aos Vice-Prefeitos e aos Secretários de Esta- do, do Distrito Federal e de Municípios; III – aos membros do Congresso Nacional, das Assembleias Legislativas, da Câmara Legislativa e das Câ- maras Municipais; IV – aos membros dos Tribunais de Contas; V – aos magistrados, aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos; VI – ao pessoal civil da administração pública direta, autárquica e fundacional, do Poder Judiciário, do Poder Legislativo, dos Tribunais de Contas, do Ministério Público e da Defensoria Pública; VII – aos militares das Forças Armadas, das Polícias Militares e dos Corpos de Bombeiros Militares; VIII – aos servidores dos ex-Territórios; IX – aos empregados e aos dirigentes de empresas públicas e sociedades de economia mista que rece- bam recursos dos Tesouros Nacional, Estadual, Distrital ou Municipal, para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral; X – aos servidores ou empregados de consórcios públicos de que a União, os Estados, o Distrito Federal ou os Municípios participem; XI – aos beneficiários de aposentadoria decorrente de qualquer das funções públicas relacionadas nes- te artigo; XII – aos beneficiários de pensão instituída por quaisquer dos agentes públicos de que trata este artigo; e XIII – aos beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na hipótese de o benefício decorrer de relação sujeita ao limite remuneratório. § 2º Esta Lei aplica-se, de igual forma, a pessoal civil ou militar, permanente, temporário, efetivo ou ocu- pante de cargo em comissão, e aos seus beneficiários de pensão. Art. 2º A remuneração mensal e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos re- feridos no art. 1o e os proventos, pensões ou outras espécies remuneratórias percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, independentemente da denominação adotada no pagamento, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie: I – na esfera federal, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal; II – na esfera estadual e distrital: a) o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo; b) o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo; c) o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado, em qualquer caso, a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Su- premo Tribunal Federal; e III – na esfera municipal, o subsídio do Prefeito. 178 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 Parágrafo único. O limite de que trata o inciso II, alínea “c”, do caput é aplicável aos membros do Minis- tério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos. Art. 3º Estão sujeitas ao limite de remuneração de que trata esta Lei as seguintes parcelas: I – vencimentos ou subsídios; II – verbas de representação; III – parcelas de equivalência ou isonomia; IV – abonos; V – prêmios; VI – adicionais, inclusive anuênios, biênios, triênios, quinquênios, sexta parte, “cascatinha”, quinze e vinte e cinco por cento, trintenário, quinto, décimos e outros adicionais referentes a tempo de serviço; VII – gratificações de qualquer natureza e denominação; VIII – diferenças individuais para compensar decréscimo remuneratório; IX – Vantagem Pessoal Nominalmente Identificável – VPNI; X – ajuda de custo para capacitação profissional; XI – retribuição pelo exercício em local de difícil provimento; XII – gratificação ou adicional de localidade especial; XIII – proventos e pensões estatutárias ou militares; XIV – aposentadorias e pensões pagas pelo Regime Geral de Previdência Social, na hipótese de o bene- fício decorrer de contribuição paga por força de relação sujeita ao limite remuneratório; XV – valores decorrentes de exercício de cargo em comissão ou de função de confiança, independente- mente da denominação recebida ou da atribuição dada; XVI – valores decorrentes do exercício cumulativo de atribuições; XVII – substituições; XVIII – diferenças resultantes de desvio funcional ou de regular exercício de atribuições de cargo mais graduado na carreira; XIX – gratificação por assumir outros encargos; XX – remuneração ou gratificação decorrente do exercício de mandato; XXI – abono, verba de representação e qualquer outra espécie remuneratória referente à remuneração do cargo e à de seu ocupante; XXII – adicional de insalubridade, adicional de periculosidade e adicional de penosidade; XXIII – adicional de radiação ionizante; XXIV – gratificação por atividades com raios-X; XXV – horas extras; XXVI – adicional de sobreaviso; XXVII – hora repouso e hora alimentação; XXVIII – adicional de plantão; XXIX – adicional noturno; XXX – gratificação por encargo de curso ou concurso; XXXI – valores decorrentes de complementação de aposentadoria ou de pensão; XXXII – bolsa de estudos de natureza remuneratória; XXXIII – auxílio-moradia concedido sem necessidade de comprovação de despesa; XXXIV – gratificação de magistrado e de membro do Ministério Público pelo exercício da função eleitoral, prevista nos art. 1º e art. 2º da Lei nº 8.350, de 28 de dezembro de 1991; XXXV – remuneração decorrente de participação em conselhos de administração ou fiscal de empresas públicas ou sociedades de economia mista que recebam recursos do Tesouro Nacional para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral; XXXVI – honorários profissionais de qualquer espécie decorrentes do exercício da função pública; XXXVII – abono de permanência em serviço de que trata o art. 40, § 19, da Constituição; e XXXVIII – outras verbas, de qualquer origem, que não estejam explicitamente excluídas pelo art. 4º. Art. 4º Não serão consideradas para o cálculo dos limites de remuneração de que trata esta Lei, exclu- sivamente, as seguintes parcelas: I – valores recebidos de entidade de previdência complementar, fechada ou aberta; II – licença-prêmio convertida em pecúnia; Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 179 III – gratificação para exercício da função eleitoral, prevista nos art. o1 e art. 2o da Lei no 8.350, de 1991, quando se tratar de Ministro do Supremo Tribunal Federal; IV – adicional ou auxílio-funeral; V – valor de contribuições efetivamente pago pela pessoa jurídica relativo a programa de previdência complementar, aberto ou fechado, desde que disponível à totalidade de seus empregados e dirigentes; VI – parcelas indenizatórias, consideradas como tais, exclusivamente, aquelas definidas em lei, decor- rentes do ressarcimento de despesas incorridas no exercício das atribuições funcionais e que tenham uma das seguintes naturezas:

a) ajuda de custo para mudança e transporte; b) auxílio-alimentação e alimentação in natura servida no local de trabalho; c) auxílio-moradia concedido na forma de ressarcimento por despesa comprovada decorrente de mudança de ofício do local de residência; d) cessão de uso de imóvel funcional; e) diárias; f) auxílio ou indenização de transporte; g) indenização de campo; h) auxílio-fardamento; i) auxílio-invalidez; e j) indenização pelo uso de veículo próprio.

§ 1o É vedada a exclusão de verbas ou parcelas da base de cálculo do limite remuneratório que não es- tejam citadas neste artigo. § 2o As parcelas de que trata o inciso VI do caput serão consideradas de caráter indenizatório somente quando pagas com base em previsão específica em lei ou, no caso de empresas públicas e sociedades de eco- nomia mista, em cláusula expressa do regulamento da empresa. § 3o Na hipótese de parcela de que trata este artigo ter como base de cálculo parcela sujeita ao limite remuneratório, ela será calculada sobre o valor remuneratório após o abatimento por força da incidência do limite. § 4º A natureza jurídica específica das verbas de caráter indenizatório ou remuneratório definida nesta Lei independe da denominação ou da qualificação da verba, sendo determinada pela situação fática que as originou. § 5º O pagamento da verba indenizatória será encerrado quando não mais houver a condição fática e jurídica específica que motivou seu ato de concessão. Art. 5º O limite de remuneração será calculado mês a mês considerando-se o regime de competência. Parágrafo único. A retribuição pecuniária mensal a ser considerada para aplicação do limite remune- ratório compreende o somatório das parcelas pagas por qualquer órgão ou entidade da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, cumulativamente, na hipótese de mais de um vínculo ou não, incluí- das as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza e excluídas as parcelas de caráter indenizatório previstas nesta Lei. Art. 6º Na hipótese de jornada de trabalho inferior a quarenta horas semanais, o limite remuneratório será reduzido proporcionalmente à jornada estabelecida. Art. 7º O décimo terceiro salário será considerado isoladamente das demais remunerações devidas, com exceção do décimo terceiro salário pago por outra fonte. Art. 8º O pagamento de remunerações efetuado em número maior do que treze anuais será dividido por doze e somado à remuneração do mês atual e dos onze anteriores, para fins de cálculo do limite de re- muneração. Art. 9º A remuneração relativa ao período de férias paga adiantada será calculada em conjunto com a remuneração do mês de competência. Art. 10. O adicional ou o terço constitucional de férias será considerado isoladamente das demais remu- nerações devidas, com exceção de adicional ou terço constitucional de férias pago por outras fontes, e seu limite será calculado sobre o valor total, como se pago em apenas uma parcela. §1º O limite do adicional de férias corresponderá a um terço da remuneração-limite no mês de paga- mento da primeira parcela. 180 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 § 2º Na hipótese de o agente público ou político de que trata o art. 1º ter direito a mais de um mês de férias anuais, será aplicada a regra constante do art. 8º. Art. 11. O caráter temporário ou variável da remuneração, o pagamento em atraso, o pagamento adian- tado, o pagamento por força de decisão judicial ou qualquer outra particularidade da remuneração não afas- tam a necessidade de adequação ao limite remuneratório a que se refere esta Lei. Parágrafo único. O pagamento por fontes ou decorrente de vínculos diversos de remunerações, proven- tos, soldos, reformas ou pensões não elide a aplicação do limite remuneratório a que se refere esta Lei. Art. 12. Parcelas pagas em atraso, ainda que decorrentes de decisão judicial, serão somadas às do perí- odo de competência para cálculo do limite de remuneração. Parágrafo único. Na hipótese de o valor do limite de remuneração ter variado, será considerado o valor vigente no momento em que deveria ter sido paga a remuneração e abatido o valor que exceder o limite remuneratório da época e, em igual proporção, o valor de juros e de correção monetária estabelecido na condenação. Art. 13. Os descontos aplicados à remuneração por força de pagamentos de parcelas posteriormente reconhecidas como indevidas gerarão recálculo do valor excedente ao limite remuneratório. Art. 14. Constatado equívoco no abatimento para fins de adequação ao limite remuneratório, a diferença será acrescida ou descontada das parcelas remuneratórias subsequentes. § 1º No âmbito federal, a reposição de valores será previamente comunicada ao interessado, que poderá contestar no prazo de quinze dias. § 2º Na hipótese de contestação apresentada no prazo de que trata o § 1º, serão aplicadas as normas relativas a processo administrativo do respectivo ente federativo. § 3º A reposição ocorrerá mediante desconto em folha de pagamento. § 4º Quando o valor da reposição for igual ou superior a 20% (vinte por cento) do valor da remuneração, provento ou pensão, será facultado ao interessado o parcelamento da quantia a restituir. § 5º Em caso de parcelamento, o valor de cada parcela não será inferior a 10% (dez por cento) do valor da remuneração, provento ou pensão. § 6º Quando o pagamento indevido houver ocorrido no mês anterior ao do processamento da folha, não se aplica a faculdade de parcelamento de que trata o § 4º. Art. 15. Na hipótese de o agente público ou político de que trata o art. 1º receber remuneração por mais de uma fonte, o abatimento da parcela superior ao limite constitucional será realizado, sucessivamente: I – na pensão, quando cumulada com aposentadoria ou remuneração; II – na aposentadoria, quando cumulada com remuneração; III – no cargo em comissão, na função de confiança ou em parcela decorrente da participação em Con- selho Fiscal ou Conselho de Administração, quando cumulada com remuneração permanente; ou IV – nos valores recebidos, proporcionalmente, quando se tratar de verbas de mesma natureza. Art. 16. Na hipótese de o agente público ou político de que trata o art. 1º receber remuneração prove- niente de entes da Federação sujeitos a limites remuneratórios distintos, serão aplicados os seguintes critérios para o abatimento: I – o valor recebido do ente da Federação com menor limite remuneratório será considerado isolada- mente para fins de cálculo do limite remuneratório menor; e II – o ente da Federação com maior limite remuneratório considerará o valor da outra fonte para fins de cálculo do abatimento levando em conta o limite remuneratório maior. Parágrafo único. Em qualquer hipótese, o ressarcimento pelo órgão cessionário observará o limite re- muneratório do órgão cedente. Art. 17. Aos agentes públicos das associações públicas será aplicado o limite remuneratório relativo ao ente da federação detentor de limite mais elevado. Art. 18. Aplica-se o limite remuneratório previsto nesta lei à remuneração recebida no exterior por agen- tes públicos, em moeda estrangeira, utilizando-se o critério de paridade do poder de compra, nos termos de regulamento. Art. 19. No caso de agente público ou político cujo vínculo permanente seja com empresa pública ou com sociedade de economia mista ou sua subsidiária que não receba recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral, aplica- -se a limitação de remuneração prevista nesta Lei exclusivamente sobre as parcelas remuneratórias perce- Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 181 bidas do órgão ou da entidade cessionária ou requisitante, calculadas segundo o valor total recebido de ambas as fontes. Parágrafo único. Em qualquer hipótese, o ressarcimento de remuneração da entidade cedente ficará li- mitado ao limite remuneratório do órgão cessionário. Art. 20. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão sistema integrado de dados re- lativos às remunerações, proventos e pensões pagos aos respectivos servidores e militares, ativos e inativos, e pensionistas, para fins de controle do limite remuneratório constitucional. § 1º Caberá à administração pública direta e indireta fiscalizar o cumprimento do disposto nesta Lei, até que seja implementado o sistema de que trata o caput, por meio dos seguintes procedimentos: I – será exigida, no ato de ingresso no ente público e anualmente, declaração quanto ao exercício ou não de outro cargo, emprego ou função pública ou à percepção de remuneração, subsídio, proventos, pensões ou qualquer forma de remuneração ou indenização paga à conta de recursos públicos, de qualquer fonte; II – serão efetuadas, de ofício, as glosas relativas aos excessos em relação ao limite remuneratório, nos termos definidos nesta lei; e III – serão informados aos demais órgãos e entidades dos outros Poderes e de outros entes da Federação os dados relativos às fontes de remuneração das pessoas de que trata esta Lei. § 2º O agente público ou político de que trata o art. 1º comunicará à chefia imediata e à unidade de gestão de pessoas do órgão ou da entidade de exercício qualquer alteração superveniente em relação às informações mencionadas no caput, no prazo de vinte dias, contado da data de sua ocorrência. Art. 21. Para efeitos de controle do limite de que trata esta Lei, a União firmará convênios com os demais entes da Federação a que estejam vinculadas o agente público ou político de que trata o art. 1º. Art. 22. Não poderá ser invocado sigilo para negar o fornecimento de qualquer informação referente a valores remuneratórios ou indenizatórios ao ente público que necessitar do dado para aferir o cumprimento do limite remuneratório. Art. 23. O limite remuneratório de que trata esta Lei tem aplicação imediata. Art. 24. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 25. Ficam revogados: I – a Lei nº 8.448, de 21 de julho de 1992; II – a Lei nº 8.852, de 4 de fevereiro de 1994; e III – o art. 3º da Lei nº 10.887, de 18 de junho de 2004. Brasília, EM nº 00136/2015 MP Brasília, 21 de Setembro de 2015 Excelentíssima Senhora Presidenta da República, 1. Submetemos à elevada apreciação de Vossa Excelência o anexo Projeto de Lei que visa a regulamentar o inciso XI do art. 37 da Constituição Federal de 1988. 2. A presente proposição objetiva definir as questões relativas à operacionalização do teto remunera- tório, inclusive nos casos de acumulação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta, autárquica e fundacional, bem como nas empresas públicas e sociedades de economia mista, e respectivas subsidiárias, que perceberem recursos da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, para fins de pagamento de despesas de pessoal ou custeio em geral. 3. Propõe-se, na forma do § 11 do art. 37 da Constituição Federal, a exclusão das parcelas de caráter in- denizatório no computo do limite remuneratório, tais como, ajuda de custo para mudança e transporte, diárias, auxílio-funeral e indenização de transporte. 4. Estabelece que o limite remuneratório aplicar-se-á também nas hipóteses de acumulações de cargos constitucionalmente admitidos no inciso XVI do art. 37 da Constituição Federal, cuja soma total das remune- rações será reduzida proporcionalmente, ainda que provenientes de proventos de inatividade ou de pensões. 5. No que se refere à cessão de servidores públicos entre entes federativos distintos, o ressarcimento de remuneração da entidade cedente ficará limitado ao teto do órgão cessionário. 6. São essas, Senhora Presidenta, em síntese, as razões que justificam propor a Vossa Excelência a edição da Lei em questão. Respeitosamente, Assinado por: Nelson Henrique Barbosa Filho 182 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015

PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 80, DE 2015 (Do Sr. Marcos Rogério)

Altera a Resolução nº 17, de 1989, da Câmara dos Deputados, que aprova o Regimento Inter- no, para acrescentar o § 4º ao art. 79. DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PRC-15/2015. APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário O CONGRESSO NACIONAL resolve: Art. 1º O art. 79 da Resolução nº 17, de 1989, será acrescido do seguinte §4º: “Art. 79...... §4º O quórum previsto no §2º poderá ser dispensado em caso de sessão destinada apenas a deba- tes, sem nenhum efeito para contagem dos prazos previstos neste regimento.” Art. 2º Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação. Justificação O PRC visa garantir a abertura da sessão de debates com qualquer quórum, não implicando, nesse caso, em contagem de prazo. As comunicações durante essas sessões se mostram de extrema relevância para que os eleitores tenham conhecimento das ações que estão sendo feitas pelos seus representantes nesta Casa. A exigência do número mínimo regimental para que se inicie apenas a sessão de debates tem causado prejuízos para a Casa, que arca com as despesas relativas à compra de compra de passagens antecipadas para que o parlamentar possa fazer o uso da palavra sem que este obtenha êxito devido à falta de quórum. Nesse sentido, este projeto não objetiva apenas flexibilizar o Regimento Interno, mas sim ampliar a trans- parência no funcionamento do parlamento, pois a tribuna é também um espaço de prestação de contas do par- lamentar ao seu eleitorado. A exigência de quórum para abertura de sessão não só frustra esse objetivo, como também concentra ainda mais o protagonismo das funções legislativas nas mãos de poucos parlamentares. Por isso, a medida proposta nada mais faz do que arrimar-se nos princípios da economicidade e da efi- ciência, que – combinados – avaliam o processo decisório e o exercício das competências institucionais na es- fera pública sob o prisma da análise de seus custos e benefícios para a sociedade e para o bem comum, com vistas ao melhor resultado. Diante do exposto, solicito o apoio dos nobres pares para a aprovação do presente projeto de resolução. Sala das Sessões, 15 de setembro de 2015. – Deputado Marcos Rogério, PDT/RO Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 183 CONSULTA Nº 13, DE 2015 (Da Presidência da Câmara dos Deputados) REQ Nº 2864/2015

Consulta à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania sobre a possibilidade de Deputado Federal no exercício do mandato presidir a Confederação Brasileira de Futebol; tendo parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, no sentido de que não há impedimen- to para que um parlamentar em exercício ocupe, cumulativamente, o cargo de Presidente na Confederação Brasileira de Futebol, pessoa jurídica de direito privado, desde que a CBF não goze de favor decorrente de contrato com pessoas jurídicas de direito público (relator: DEP. RUBENS PEREIRA JÚNIOR). DESPACHO: NUMERE-SE COMO CONSULTA À COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDA- DANIA, NA FORMA DO ART. 32, IV, C, DO RICD. PUBLIQUE-SE. OFICIE-SE. APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Interna nas Comissões O Presidente da Câmara dos Deputados, no uso da prerrogativa que lhe é conferida pelo art. 32, inciso IV, alínea c, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, formula a seguinte consulta à Comissão de Cons- tituição e Justiça e de Cidadania (CCJC): Pode o Deputado Federal no exercício do mandato presidir a Confederação Brasileira de Futebol? Sala das Sessões, 9 de setembro de 2015. – Eduardo Cunha, Presidente COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA

I – Relatório A Presidência da Câmara dos Deputados, na forma do art. 32, IV, “c”, formula consulta à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, sobre a possibilidade jurídica de parlamentar exercer o mandato cumu- lativamente com a presidência da Confederação Brasileira de Futebol – CBF, pessoa jurídica de direto privado, sem fins lucrativos. É o relatório II – Voto do Relator Nos termos do art. 32, inciso IV, alínea c do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, é do âmbito temático desta Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania qualquer “assunto de natureza jurídica ou constitucional que lhe seja submetido, em consulta, pelo Presidente da Câmara, pelo Plenário ou por outra Comis- são, ou em razão de recurso previsto” no Regimento. Preliminarmente, vale o registro que o artigo 217, inciso I, da Constituição Federal traz em seu escopo a obrigatoriedade do Estado fomentar práticas desportivas formais e não-formais, como direito de cada um, observada a autonomia das entidades desportivas dirigentes e associações, quanto a sua organização e fun- cionamento. O Supremo Tribunal Federal já se pronunciou quanto aos limites interpretativos da autonomia das enti- dades desportivas na Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 2937, cujo trecho transcrevemos, in verbis: “Penso se deva conceber o esporte como direito individual, não se me afigurando viável interpretar o caput do art. 217 – que consagra o direito de cada um ao esporte – à margem e com abstração do inciso I, onde consta a autonomia das entidades desportivas. Ora, na medida em que se define e compreende como objeto de direito do cidadão, o esporte emerge aí, com nitidez, na condição de bem jurídico tutelado pelo ordenamento, em relação ao qual a autonomia das entidades é mero instrumento de concretização, que, como tal, se sujeita àquele primado normativo. A previsão do direito ao esporte é preceito fundador, em vista de cuja realização histórica se justifica a autonomia das entidades dirigentes e associações, quanto à sua organização e funcionamento” (ADI 2.937, voto do rel. min. Cezar Peluso, julgamento em 23-2-2012, Plenário, DJE de 29-5-2012). Balizado por essas premissas, as quais preveem que o desporto configura-se como direito fundamental da pessoa humana, bem como na autonomia e auto-organização das entidades desportivas, passamos a tecer considerações sobre a situação fática apresentada no sentido de analisar a possibilidade constitucional e legal de parlamentar, no exercício do mandato, presidir concomitantemente a Confederação Brasileira de Futebol – CBF, pessoa jurídica de direito privado. 184 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 Para tal fim, com o intuito de averiguar eventuais incompatibilidades e impedimentos, deve-se analisar o artigo 54, II, da Constituição Federal: “Art. 54. Os Deputados e Senadores não poderão: ...... II – desde a posse: a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contra- to com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada; b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis “ad nutum”, nas entidades referidas no inciso I, “a”; c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, “a”; d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo”. Analisando o dispositivo constitucional, afastam-se, de plano, as hipóteses das alíneas “c” e “d” por se tra- tarem de situações jurídicas diversas daquela apresentada no bojo da presente consulta. No que tange à alínea “a”, a vedação contida na Carta Maior refere-se expressamente aos proprietários, controladores ou diretores de empresa, impedindo que gozem de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessio- nária de serviço público. A decorrência lógica do impedimento constitucional, aplicado ao caso em tela, é que o parlamentar pode ser Presidente da Confederação Brasileira de Futebol, desde que a CBF não se beneficie de contratos com pessoas jurídicas de direito público. Quanto à alínea “b”, não há o que se falar em provimento de cargo, designação para função ou empre- go remunerado em qualquer pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público. Ao invés disso, pretende-se ocupar cargo de Presidente na Confederação Brasileira de Futebol, pessoa jurídica de direito privado, registrada sob o CNPJ 33.655.721/0001-99, com natureza jurídica de Associação Privada (Código 3999), conforme se pode verificar no artigo 1º do Estatuto da CBF, in verbis: “Art. 1º – A Confederação Brasileira de Futebol, designada pela sigla CBF, filiada a Fédération Internatio- nale de Football, designada pela sigla FIFA, à Confederación Sudamericana de Futbol – CONMEBOL e ao Comitê Olímpico Brasileiro, designado pela sigla COB, é uma associação de direito privado, de caráter desportivo, dirigente do futebol brasileiro”. Assim, por se tratar de atividade eminentemente privada, não vislumbramos conflito com a vedação insculpida na alínea “b”, do inciso II, do artigo 54, da Constituição Federal. Dessa maneira, inexistindo qualquer impedimento constitucional, legal ou regimental, há de se preservar os limites entre o exercício da atividade parlamentar e da atividade meramente privada, assegurando o direito das entidades desportivas escolherem seus dirigentes, reforçando sua autonomia constitucionalmente prevista. Em conclusão, atento ao prescrito pelo art. 54 da Constituição Federal, o nosso voto é no sentido de que não há impedimento para que um parlamentar em exercício ocupe, cumulativamente, o cargo de Pre- sidente na Confederação Brasileira de Futebol, pessoa jurídica de direito privado, desde que a CBF não goze de favor decorrente de contrato com pessoas jurídica de direito público. Sala da Comissão, 11 de setembro de 2015. – Deputado Rubens Pereira Júnior, Relator III – Parecer da Comissão A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, em reunião ordinária realizada hoje, opinou, na Consulta nº 13/2015, no sentido de não haver impedimento para que um parlamentar em exercício ocupe, cumulativamente, o cargo de Presidente na Confederação Brasileira de Futebol (CBF), pessoa jurídica de direito privado, desde que a CBF não goze de favor decorrente de contrato com pessoas jurídicas de direito público, nos termos do Parecer do Relator, Deputado Rubens Pereira Júnior, contra os votos dos Deputados Tadeu Alen- car e Marcos Rogério. O Deputado Esperidião Amin apresentou Voto em Separado. O Deputado Chico Alencar apresentou Declaração de Voto escrita. Estiveram presentes os Senhores Deputados: Arthur Lira – Presidente, Aguinaldo Ribeiro, Osmar Serra- glio e Veneziano Vital do Rêgo – Vice-Presidentes, Alceu Moreira, Altineu Côrtes, André Fufuca, Andre Moura, Arnaldo Faria de Sá, Bacelar, Betinho Gomes, Bonifácio de Andrada, Bruno Covas, Capitão Augusto, Chico Alen- car, Covatti Filho, Cristiane Brasil, Danilo Forte, Diego Garcia, Esperidião Amin, Evandro Gussi, Fausto Pinato, Felipe Maia, Francisco Floriano, Giovani Cherini, Jhc, João Campos, José Fogaça, Júlio Delgado, Juscelino Fi- lho, Jutahy Junior, Luiz Couto, Marcos Rogério, Maria do Rosário, Paes Landim, Pastor Eurico, Paulo Magalhães, Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 185 Paulo Maluf, Paulo Teixeira, Pedro Cunha Lima, Ronaldo Fonseca, Rubens Pereira Júnior, Sergio Souza, Tadeu Alencar, Valmir Prascidelli, Wadih Damous, Daniel Almeida, Delegado Éder Mauro, Erika Kokay, Félix Mendon- ça Júnior, Gonzaga Patriota, Hildo Rocha, Jerônimo Goergen, Lincoln Portela, Mário Negromonte Jr., Odelmo Leão, Odorico Monteiro, Professor Victório Galli, Reginaldo Lopes, Ricardo Barros, Ricardo Tripoli, Sandro Alex, Silas Câmara e Valtenir Pereira. Sala da Comissão, 22 de setembro de 2015. – Deputado Arthur Lira, Presidente VOTO EM SEPARADO DO DEPUTADO ESPERIDIÃO AMIN A Presidência da Câmara dos Deputados, provocada pelo nobre Deputado MARCUS VICENTE, formula Consulta à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, indagando quanto à possibilidade de Deputado Federal, no exercício do mandato, presidir a Confederação Brasileira de Futebol (CBF). De acordo com Parecer apresentado pelo ilustre Relator, Deputado RUBENS PEREIRA JÚNIOR, não have- ria impedimento para que um Parlamentar em exercício do mandato ocupasse, de forma cumulativa, o cargo de Presidente na Confederação Brasileira de Futebol, sob a condição de que a referida entidade não gozasse de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público. A destacada importância da questão, todavia, aliada à certeza de que deve este Colegiado trilhar senda diversa daquela adotada pelo eminente Relator, levam-nos a apresentar este Voto em Separado. VEDAÇÕES CONSTITUCIONAIS IMPOSTAS AO PARLAMENTAR Cabe-nos, de início, perscrutar as vedações impostas aos Deputados e Senadores pelo art. 54 da Cons- tituição da República Federativa do Brasil. O citado dispositivo elenca, por meio de seis dispositivos, as vedações aos parlamentares, as quais são classificadas, em quatro espécies: incompatibilidades negociais ou contratuais, incompatibilidades funcionais, incompatibilidades profissionais e incompatibilidades políticas, conforme classificação consagrada pelo ilustre constitucionalista José Afonso da Silva1 e adotada mais recentemente por Uadi Lammêgo Bulos2. Desde logo, é preciso que se explicite a razão de ser das vedações ou incompatibilidades impostas aos parlamentares. Ensina o ilustrado jurista Manoel Gonçalves Ferreira Filho3 que tais proibições “visam a impedir o parla- mentar de se comprometer, exercendo certas funções ou praticando determinados atos, de modo a sacrificar sua própria liberdade de ação”. Convém frisar: as vedações do art. 54 da Constituição Federal têm por objetivo proteger o Poder Legis- lativo de interesses e pressões indevidas. Em consequência, resguardam o princípio democrático e protegem o próprio cidadão. Convém examinar cada um dos dispositivos do art. 54. Em primeiro lugar, os Deputados e Senadores não poderão: I – desde a expedição do diploma: a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa públi- ca, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes; Trata-se de incompatibilidade negocial ou contratual. Em razão dela, não pode o parlamentar celebrar avenças com a administração pública. Nitidamente quis o constituinte evitar a corrupção, já que, ao celebrar contratos com as pessoas jurídicas citadas, poderia o parlamentar se beneficiar com cláusulas especiais de fa- vorecimento. Não obstante exista certa indefinição doutrinária quanto ao conceito de “cláusulas uniformes”, não se revela necessário adentrar em tal discussão, na medida em que a incompatibilidade em exame não guarda relação com o tema em discussão. Passemos para a segunda vedação, conforme a qual os parlamentares não poderão: I – desde a expedição do diploma: (...) b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam demis- síveis “ad nutum”, nas entidades constantes da alínea anterior;

1 SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. São Paulo: Malheiros Editores, 2005, p. 538.

2 BULOS, Uadi Lammêgo. Curso de direito constitucional. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2014, p. 1122. 3 FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Comentários à Constituição brasileira de 1988. São Paulo: Saraiva, 1997, v.1, p. 326. 186 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 Constitui justa incompatibilidade funcional, já que estaria patente o conflito de interesses no caso de um parlamentar que exercesse, além de seu mandato, cargo na administração pública, a qual, por sinal, deve ser, em verdade, por ele fiscalizada. Passa-se à terceira incompatibilidade, consoante a qual é proibido ao Deputado ou Senador: II – desde a posse: a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada; Eis aqui o dispositivo cujo conteúdo guarda maior relação com a Consulta sobre a qual se debruça este Colegiado. Trata-se de incompatibilidade profissional, cujo objetivo, como ressalta Manoel Gonçalves Ferreira Filho4, é “impedir que o congressista se prevaleça do mandato para beneficiar empresa a que está vinculado”. Inegável a aplicação da vedação em tela ao caso sob consulta. Efetivamente, Deputado Federal que, no exercício do mandato, viesse a presidir a Confederação Brasileira de Futebol incorreria em violação ao art. 54, II, “a”, da Constituição Federal, estando sujeito à perda do mandato, nos termos do art. 55, I, da Lex Mater. Teremos oportunidade de tratar o assunto de forma minudente em seção posterior deste Voto em Se- parado. Por ora, esgotemos o conteúdo do art. 54, analisando a quarta incompatibilidade. Por força do art. 54, II, “b”, os congressistas não poderão: II – desde a posse: (...) b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis “ad nutum”, nas entidades referidas no inciso I, “a”; É este mais um exemplo de incompatibilidade funcional, a qual busca evitar que o parlamentar seja cor- rompido ou venha a corromper. Ademais, é evidente que a atuação de um parlamentar, cuja permanência em cargo da administração pública depende da confiança ou do mero alvedrio de seu superior hierárquico, pode ser inquinada de vícios de vontade, comprometendo a legitimidade de suas opiniões, palavras e votos. De toda forma, o caso sob indagação não se enquadra no conteúdo da presente vedação. A quinta incompatibilidade estabelece que os parlamentares não poderão: II – desde a posse: (...) c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, “a”; Em que pese não haver impedimento do exercício da advocacia pelo parlamentar, não poderá ele valer-se da sua atividade forense para atuar em causas nas quais estejam em jogo os interesses da administração pública. É mais uma incompatibilidade profissional. Esta, todavia, não apresenta relevância para o caso ora analisado. A sexta e última incompatibilidade, a seu turno, afirma que os congressistas não poderão: II – desde a posse: (...) d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo. Trata-se de intuitiva incompatibilidade política, a qual impede que o parlamentar assuma a titularidade de mais de um cargo público eletivo. A hipótese também dispensa extensos comentários, seja pela sua clareza, seja pela não pertinência ao caso em tela. OFENSA À VEDAÇÃO PREVISTA NO ART. 54, II, “a” Conforme já se afirmou, nos termos do art. 54, II, “a”, da Constituição Federal, não pode o Deputado ou Senador ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada. Ora, é esse exatamente o caso em tela.

4 FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Comentários à Constituição brasileira de 1988. São Paulo: Saraiva, 1997, v.1, p. 328. Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 187 Permitir que um membro desta Casa assuma a presidência da Confederação Brasileira de Futebol sem abrir mão de seu mandato constituiria violação ao texto constitucional. Aliás, é preciso que se esclareça desde já um ponto imprescindível à solução da indagação formulada a esta Comissão: em matéria de fato trata-se a Confederação Brasileira de Futebol de uma empresa! É preciso, desde logo, que desconstruamos o falacioso argumento trazido à baila por alguns – e repro- duzido no próprio requerimento que deu azo a esta Consulta – de que a CBF seria uma simples associação privada sem fins lucrativos. E qual o baldrame dos que repetem tão evidente sofisma? Têm eles a seu favor um único argumento: o estatuto da própria entidade, a quem, por sinal, interessa tal interpretação. Por outro lado, contra tal falácia labora todo o restante das evidências. Não é por acaso que o COMPROVANTE DE INSCRIÇÃO E DE SITUAÇÃO CADASTRAL da CBF5, emitido pelo sítio eletrônico da Receita Federal em 21/09/2015, aponta como Código e Descrição da Atividade Econômica Principal, os seguintes dados: “93.19-1-01 – Produção e promoção de eventos esportivos”. No mesmo sentido, aquele documento informa serem o Código e Descrição das Atividades Econômicas Secundárias da entidade o seguinte: “93.19-1-99 – Outras atividades esportivas não especificadas anteriormente”. E nem poderia ser diferente. A CBF é associação sem fins lucrativos tão somente em seu estatuto ou, como se diz em linguagem coloquial, apenas “no papel”. Em que se fiará esta Comissão? Em documento elaborado pela própria entidade, segundo seus próprios interesses, negando o desenvolvimento de atividades econômicas ou na realidade fática, a qual aponta para lucros estratosféricos auferidos pela mencionada “empresa”? Para que se tenha uma vaga ideia, o Relatório Final da Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara dos Deputados, que investigou as relações entre a CBF e a multinacional Nike (CPI CBF-Nike), já informava que no ano de 2001, por exemplo, a CBF recebeu 25 milhões de dólares só de patrocínio da Nike e da Ambev. Adicionalmente, essa mesma cifra – 25 milhões de dólares – representava, à época, o prejuízo acumulado pela empresa. O passivo circulante da CBF, por sua vez, chegava a 55 milhões de reais. Perceba o ilustre Colegiado que a atividade econômica desenvolvida pela CBF já vem de “priscas eras”. Um segundo e fundamental ponto deve ser aqui esclarecido. De acordo com o voto do eminente Relator, nada impediria o parlamentar de exercer a presidência da CBF, desde que tal entidade não gozasse de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público. Ora, nobres colegas de Colegiado, será melhor que não nos arvoremos na difícil tarefa de encontrar uma empresa que goze de mais favores junto à administração pública do que as entidades que dirigem o futebol no Brasil e no mundo, a saber, CBF e FIFA6. É sabido o quanto esta última entidade, apenas a título de exemplo, foi beneficiada pela chamada Lei Geral da Copa, cujo conteúdo foi, por este motivo, objeto de Ação Direta de Inconstitucionalidade, movida pelo então Procurador Geral da República, Roberto Gurgel. A CBF, a seu turno, recebe cifras astronômicas oriundas de contratos de marketing e de patrocínios, os quais têm por objeto nada menos que o próprio patrimônio cultural brasileiro. Nesse sentido, convém trazer à discussão o art. 4º, § 2º da Lei nº 9.615, de 24 de março de 1998 (Lei Pelé): § 2º A organização desportiva do País, fundada na liberdade de associação, integra o patrimônio cul- tural brasileiro e é considerada de elevado interesse social, inclusive para os fins do disposto nos incisos I e III do art. 5o da Lei Complementar nº 75, de 20 de maio de 1993. Ninguém, em sã consciência, duvidaria dos enormes lucros obtidos pela CBF em razão da Copa do Mun- do de 2014, realizada no Brasil, evento no qual enormes cifras públicas foram empregadas. Há que se ressaltar também os vultosos recursos recebidos pela CBF oriundos de loterias federais, os quais nem mesmo são devidamente fiscalizados pelo Tribunal de Contas da União. Pelos motivos supracitados, apenas a título de exemplo, é forçoso admitir que a CBF, em verdade, goza de favores da esfera pública. Afinal, como ensinam Celso Ribeiro Bastos e Ives Gandra Martins7, a finalidade da vedação de que se cuida é “impedir que o deputado ou senador se aproveite do cargo para melhor vindicar os interesses da sua empresa, isto é, daquela em que seja ou proprietário ou controlador ou diretor”.

5 Cf. em http://www.receita.fazenda.gov.br/pessoajuridica/cnpj/cnpjreva/cnpjreva_solicitacao.asp

6 Federação Internacional de Futebol 7 BASTOS, Celso Ribeiro; MARTINS, Ives Gandra da Silva. Comentários à Constituição do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. São Paulo: Saraiva, 2002, v.4, tomo I, p. 229. 188 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 Em suma, diante do evidente conflito de interesses que a situação cogitada pela presente Consulta im- plicaria, a atitude deste Colegiado outra não poderá ser senão respondê-la de forma negativa, impedindo que parlamentar ocupe a presidência da CBF. Decisão diversa afrontaria a própria dignidade do Poder Legislativo e impediria seu livre exercício. Se em qualquer tempo a cumulação dos dois cargos implicaria total desprestígio à moralidade, a situ- ação se revestiria de gravidade ainda maior no momento atual, em que pululam os escândalos envolvendo corrupção nas entidades que gerenciam o futebol no Brasil e no mundo. Em conclusão, nosso voto é no sentido de que não pode Deputado Federal, no exercício do mandato, presidir a Confederação Brasileira de Futebol. Sala da Comissão, de de 2015. – Deputado Esperidião Amin

DECLARAÇÃO DE VOTO (Do Sr. Chico Alencar)

O Presidente da Câmara consulta esta CCJC se há algum impedimento para deputado, no exer- cício do mandato, presidir a Confederação Brasileira de Futebol – CBF. A Consulta foi remetida a essa Comissão por provocação do deputado Marcus Vicente (PP-ES), que é um dos quatro vice-presidentes da Confederação e está em seu quarto mandato como deputado federal. A CBF é pessoa jurídica de direito privado, de caráter desportivo, sem fins lucrativos, conforme os arts. 1º e 6º do seu Estatuto. A Constituição Federal traz algumas atividades incompatíveis com o mandato parlamentar, motivados pelo receio de que possa o representante popular utilizar-se de sua força no Congresso para que se auto be- neficie através de empresa receptora de “favores” oficiais indevidos, isto é, por força de concessões ilegítimas e consequentes da função exercida. Dessas atividades, constantes do art. 54, destacamos: “Art. 54. Os Deputados e Senadores não poderão: I – desde a expedição do diploma: a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, so- ciedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes; b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis “ad nutum”, nas entidades constantes da alínea anterior; II – desde a posse: a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contra- to com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada; (...)” A decorrência lógica dos impedimentos constitucionais aplicados ao caso em tela é que o parlamentar pode ser Presidente da Confederação Brasileira de Futebol, desde que a CBF não se beneficie de contratos com pessoas jurídicas de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público. Rápida pesquisa na internet registra a celebração de contratos entre a CBF e empresa concessionária de serviços públicos – a Vivo, no caso. Contudo, são raras as notícias acerca de contratos firmados, e não há informações sobre o teor desses contratos, inclusive se obedecem ou não cláusulas uniformes, tampouco no próprio sítio da Confederação. Essa falta de transparência tornou-se de amplo conhecimento após o início dos trabalhos da CPI do Futebol no Senado Federal. O Relator proferiu parecer favorável à acumulação do mandato parlamentar com a presidência da CBF, alegando não haver impedimento constitucional e a observação da autonomia das entidades desportivas, de- terminada pelo art. 217, I, da CF/88. Para o Relator, “há de se preservar os limites entre o exercício da atividade parlamentar e da atividade meramente privada, assegurando o direito das entidades desportivas escolherem seus dirigentes, reforçando sua autonomia constitucionalmente prevista”. Entendemos, no entanto, que não se trata de uma atividade meramente privada. Há um grande interes- se público que cerca o funcionamento da CBF, um enorme montante de dinheiro envolvido em uma entidade privada sem fins lucrativos, um provável esquema de corrupção sendo investigado pela CPI do Senado, e vários contratos celebrados sem a devida transparência. Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 189 Por isso, embora a acumulação da função parlamentar com a presidência da Confederação Brasileira de Futebol não colida, a princípio, com nenhum impedimento constitucional ou legal, não se harmoniza com o que espera do mandato de um representante do povo. Acrescento que as obrigações de dirigente de futebol de uma entidade do porte da CBF não são compatíveis com as enormes tarefas de um mandato parlamentar. Pelo exposto, manifesto meu voto contrário ao parecer do Relator. Sala da Comissão, 22 de setembro de 2015. – Deputado Chico Alencar, PSOL/RJ REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 994, DE 2015 (Do Sr. Nilson Leitão)

Solicita ao Ilustríssimo Senhor Ministro de Estado da Defesa, Senhor Jacques Wagner, infor- mações acerca da contratação da estrutura metálica que isolou o acesso ao local do desfile oficial do Sete de Setembro de 2015, em Brasília. DESPACHO: Aprovação pelo Presidente, Dep. Eduardo Cunha, “ad referendum” da Mesa, do parecer do senhor Deputado Waldir Maranhão, Primeiro Vice-Presidente, pelo encaminhamento. Senhor Presidente, Com fundamento no art. 50, § 2º, da Constituição Federal, e no art. 115, inciso I, e 116 do Regimento In- terno da Câmara dos Deputados, requeremos a Vossa Excelência, ouvida a Mesa, sejam solicitadas ao Senhor Ministro de Estado da Defesa, Senhor Jacques Wagner as informações abaixo elencadas, acerca da contratação da estrutura metálica que isolou o acesso ao local do desfile do Sete de Setembro de 2015, em Brasília. a) Qual o valor gasto com a instalação da estrutura metálica de proteção utilizada para restringir o acesso da população ao desfile militar? b) Como ocorreu a contratação da empresa que instalou a estrutura metálica? Houve licitação? Caso positivo, qual empresa foi vencedora do certame? c) Qual o objetivo e a justificativa para instalação da estrutura metálica? d) Informar, detalhadamente, o valor efetivamente gasto com a infraestrutura para realização do evento cívico. Justificação O desfile do dia da Independência na Esplanada dos Ministérios ocorreu com segurança reforçada. Para nossa surpresa os organizadores do evento cercaram as proximidades da região do desfile. Tapumes de alumí- nio foram erguidos para conter o acesso da população no desfile da Presidente Dilma Rousseff. O fato é que o desfile de 7 de setembro não lembrou nem um pouco a festa da independência do Brasil, a festa de um país que se diz democrático. Isso não é tudo, o descompasso entre a situação econômica do país e os gastos desnecessários do go- verno federal está a exigir um olhar mais atento por parte desta Casa legislativa. A falta de recursos já coloca em dúvida o cumprimento de inúmeros programas do governo, assim, não é coerente que gastos desneces- sários sejam realizados. Dessa forma, solicito o envio do referido requerimento de informação ao Ilustríssimo Senhor Ministro de Estado da Defesa, Senhor Jacques Wagner, para que possa responder as informações ora pleiteadas. Sala das Sessões, de setembro de 2015. – Deputado Nilson Leitâo, PSDB-MT PARECER O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição Federal, artigo 50, § 2º, e com o Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o § 1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, de de 2015. – Deputado Waldir Maranhão, Primeiro-Vice-Presidente, Relator REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 995, DE 2015 (Do Sr. Arthur Virgílio Bisneto)

Solicita do Sr. Ministro de Estado das Relações Exteriores, informações quanto às dívidas do Brasil com organismos internacionais. DESPACHO: Aprovação pelo Presidente, Dep. Eduardo Cunha, “ad referendum” da Mesa, do parecer do senhor Deputado Waldir Maranhão, Primeiro Vice-Presidente, pelo encaminhamento. 190 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 Senhor Presidente: Requeiro a V. Exa., com base no art. 50 da Constituição Federal, e nos arts. 115 e 116, do Regimento In- terno que, ouvida a Mesa, sejam solicitadas informações ao Sr. Ministro das Relações Exteriores, no sentido de esclarecer esta Casa quanto às dívidas que o Brasil possa ter com organismos internacionais. Justificação Têm sido comum em publicações da imprensa brasileira reportagens sobre atrasos de pagamentos do Brasil a organismos internacionais. Dia 22 de janeiro, por exemplo, foi publicado1 que o país perdeu seus direi- tos no Tribunal Penal Internacional após acumular mais de US$ 6 milhões em dívidas com a entidade sediada em Haia. De acordo com outra reportagem, publicada no Valor Econômico, o Brasil tem uma dívida de R$ 1,1 bi- lhão2 com organismos internacionais como o Banco Mundial, a Unesco e o Unicef, entre outros. De acordo com a publicação, a situação tem causado constrangimento no meio diplomático brasileiro porque fez com que o país perdesse direito a voto em fóruns importantes como o Tribunal Penal Internacional, já citado, e a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Nesse sentido, para maiores esclarecimentos, gostaríamos de obter as seguintes informações: 1) Com quais organismos internacionais o Brasil se encontra inadimplente? 2) Qual o valor da dívida com cada um desses organismos? 3) Qual o valor acumulado até a presenta data dos pagamentos em atraso? 4) Em que ano e mês ocorreu o último pagamento para cada um dos organismos internacionais mencionados? 5) Quais as principais razões dos atrasos? 6) Há um cronograma de pagamentos aos organismos? Frente a essas questões, vimos, portanto, por meio do presente pedido, encarecer ao Sr. Ministro de Es- tado das Relações Exteriores que envie, no mais breve prazo possível, informações requeridas acima. Sala das Sessões, 8 de setembro de 2015. – Deputado Arthur Virgílio Bisneto, PSDB – AM PARECER O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição Federal, artigo 50, § 2º, e com o Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o § 1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, de 2015. – Deputado Waldir Maranhão, Primeiro-Vice-Presidente Relator REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 996, DE 2015 (Do Sr. Vinicius Carvalho)

Solicita informações ao Sr. Ministro Chefe da Casa Civil da Presidência da República sobre o Decreto nº 7.963, que regulamenta a devolução imediata de produtos essenciais como: tele- visão, máquina de lavar roupas, geladeira, fogão, celular e medicamentos. DESPACHO: Aprovação pelo Presidente, Dep. Eduardo Cunha, “ad referendum” da Mesa, do parecer do senhor Deputado Waldir Maranhão, Primeiro Vice-Presidente, pelo encaminhamento. Senhor Presidente: Com fundamento no art. 50, § 2º, da Constituição Federal e no art. 24, inciso V e § 2º, e 115, inciso I e 116 do RICD Regimento Interno da Câmara dos Deputados, solicito a V. Exª que seja encaminhado ao Sr. Ministro chefe da Casa Civil da Presidência da República o seguinte pedido de informações: Desde o lançamento do Plano Nacional de Consumo e Cidadania – PLANDEC, através do Decreto nº 7.963, datado em 15 de março de 2013, que prometia uma revolução nas relações de consumo e na defesa dos con- sumidores Brasileiros, com imediata devolução de produtos defeituosos considerados essenciais, fiscalização efetiva dos serviços públicos e reforço dos Procons, cujas decisões passariam a ter força de lei, nada ou quase nada temos para comemorar.

1 Vide, por exemplo, na Internet a notícia disponível no endereço: http://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,brasil-perde- -direito-de-votar-em-tribunal-da-onu-por-falta-de-pagamento,1623453 consultado em 08/09/2015. 2 Vide, por exemplo, na Internet a notícia disponível no endereço: http://www.valor.com.br/brasil/3930242/brasil-deve-mais-de-r-1- -bilhao-orgaos-internacionais consultado em 08/09/2015. Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 191 É do conhecimento de todos, em face do que foi amplamente divulgado pela mídia e pelos meios ins- titucionais os quais dispomos, que até hoje ninguém sabe quais são esses produtos essenciais, porque a lista que deveria ter sido publicada 30 dias após o lançamento do Plano, ou ainda não existe ou não foi divulgada para o público consumidor; e, enquanto isso, a qualidade dos serviços públicos continua precária. Segundo informações obtidas junto ao Ministério da Justiça, a proposta de lista com a relação dos produtos essenciais fora encaminhada à Casa Civil da Presidência da República através da Secretaria Nacio- nal do Consumidor – (Senacon), e até a presente data nada há de oficial sobre a matéria, salvo a presunção de que tal lista seria composta por aparelho de televisão, máquina de lavar roupas, geladeira, fogão, celular e medicamentos. • Dispõe o art. 16 do referido Decreto que o Conselho de Ministros da Câmara Nacional das Relações de Consumo elaborará, em prazo definido por seus membros e formalizado em ato do Ministro de Estado da Justiça, proposta de Regulamentação do § 3°. do art. 18 da Lei nº. 8078, de 1990, para especificar produtos de consumo considerados essenciais e dispor sobre procedimentos para uso imediato das alternativas previstas no § 1°. do art. 18 da lei em comento. • Assim, por respeito a todos os consumidores brasileiros, tem o presente Requerimento de informa- ção o fito de questionar: 1 – A mencionada proposta já foi apresentada à Casa Civil? 2 – Caso nega- tivo, já foi estabelecido algum prazo para a apresentação e divulgação da proposta?

Sala das Sessões, 9 de setembro de 2015. – Deputado Vinicius Carvalho, PRB/SP.

PARECER O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição Federal, artigo 50, § 2º, e com o Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o § 1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, de 2015. – Deputado Waldir Maranhão, Primeiro-Vice-Presidente Relator

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 997, DE 2015 (Do Sr. Ademir Camilo)

Requer encaminhar Requerimento de Informação ao Ministério do Desenvolvimento Agrário, referente às informações e dúvidas a serem respondidas ao que se refere à Declaração de Ap- tidão ao PRONAF – DAP, constantes da documentação em anexo. DESPACHO: Aprovação pelo Presidente, Dep. Eduardo Cunha, “ad referendum” da Mesa, do parecer do senhor Deputado Waldir Maranhão, Primeiro Vice-Presidente, pelo encaminhamento.

Excelentíssimo Senhor Presidente, Com fundamento no art. 50 da Constituição Federal e nos arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câ- mara dos Deputados, seja encaminhado, ouvido a Mesa Diretora desta Casa, Requerimento de Informação ao Senhor Patrus Ananias de Souza, Ministro de Estado do Desenvolvimento Agrário, referente às informações e dúvidas a serem respondidas ao que se refere à Declaração de Aptidão ao PRONAF – DAP, constantes da docu- mentação em anexo. Para tanto, solicitamos ao MDA analisar as referidas informações e responder aos ques- tionamentos levantados. Após a referida análise e respondidos os questionamentos, requeremos ao Ministério condensar em um documento único todas as informações existentes ao que se refere à Declaração de Aptidão ao PRONAF – DAP, incluindo todas as resoluções e portarias pertinentes.

Justificação Justificamos o presente requerimento, haja vista que a Comissão de Trabalho, de Administração e Servi- ço Público CTASP da Câmara dos Deputados, tem como objetivo formular, com base no documento único ora solicitado, uma Cartilha de Esclarecimento sobre a Declaração de Aptidão ao PRONAF – DAP, a qual ajudará aos agricultores familiares do Brasil, a Liderança dos Agricultores e os agentes emissores da DAP a obterem maiores informações sobre a emissão de DAP e através dessa Cartilha apoiar o acesso ao crédito rural com mais eficiência e eficácia. Sala das Sessões, de 2015. – Deputado Ademir Camilo, PROS/MG 192 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 PARECER O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição Federal, artigo 50, § 2º, e com o Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o § 1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, de 2015. – Deputado Waldir Maranhão, Primeiro-Vice-Presidente Relator

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 998, DE 2015 (Da Srª. Mara Gabrilli)

Solicita informações ao Ministro da Educação relativas à inclusão de pessoas com deficiência no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). DESPACHO: Aprovação pelo Presidente, Dep. Eduardo Cunha, “ad referendum” da Mesa, do parecer do senhor Deputado Waldir Maranhão, Primeiro Vice-Presidente, pelo encaminhamento. Senhor Presidente: Com fundamento no art. 50 da Constituição Federal, e nos art. 24, inciso V e § 2º, e 115, inciso I, do Re- gimento Interno, solicito a Vossa Excelência seja encaminhado ao Ministro da Educação, o seguinte pedido de informações relacionadas à inclusão de pessoas com deficiência no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec): 1) Quantos alunos com deficiência estão matriculados nos cursos técnicos e nos cursos de qualificação profissional e qual a evolução histórica desse número ao longo dos últimos cinco anos? 2) Qual é a distribuição geográfica das pessoas com deficiência qualificadas, por município e por tipo de deficiência (auditiva, visual, física, intelectual, múltipla, surdocegueira)? 3) Qual o valor das bolsas de estudo e da ajuda de custo já destinadas aos alunos com deficiência do Pronatec? 4) Quantas capacitações já foram realizadas com os professores do Pronatec com a finalidade de adequar seus planos de ensino às pessoas com deficiência? 5) Quantos intérpretes de Libras estão atualmente contratados pelas instituições que oferecem cursos do Pronatec no Brasil? 6) Os materiais didáticos estão acessíveis para os alunos com deficiência (Braile, Libras, e tecnologias assistivas)? 7) As bibliotecas oferecem tecnologia assistiva (acessibilidade) para que as pessoas com deficiência te- nham acesso aos livros e publicações? Onde elas estão localizadas? 8) Há cursos de ensino à distância (EAD/e-Learning) e ambientes de compartilhamento didático virtuais acessíveis? Em sentido afirmativo, quais são os cursos oferecidos? 9) Quais instituições privadas sem fins lucrativos, voltadas ao atendimento de pessoas com deficiência, já foram habilitadas pelo PRONATEC? 10) Qual é o procedimento para que as instituições interessadas possam participar do programa? 11) Como a pessoa interessada em participar do PRONATEC tem acesso aos cursos oferecidos em sua cidade? Sala das Sessões, de de 2015. – Deputada Mara Gabrilli

PARECER O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição Federal, artigo 50, § 2º, e com o Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o § 1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, de 2015. – Deputado Waldir Maranhão, Primeiro-Vice-Presidente Relator

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 999, DE 2015 (Da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle)

Solicita informações ao Senhor Ministro de Estado da Fazenda, Senhor Joaquim Levy, acerca das contas de brasileiros no Banco HSBC em Genebra/Suíça. DESPACHO: Aprovação pelo Presidente, Dep. Eduardo Cunha, “ad referendum” da Mesa, do parecer do senhor Deputado Waldir Maranhão, Primeiro Vice-Presidente, pelo encaminhamento. Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 193 Senhor Presidente, Solicito a Vossa Excelência, com fundamento no art. 50 da Constituição Federal e na forma dos arts. 115 e 116 do Regimento Interno desta Casa, ouvida a Mesa, seja encaminhado ao Senhor Ministro de Estado da Fazenda, requerimento solicitando informações que possam esclarecer quais os procedimentos adotados pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras – COAF, em relação aos brasileiros que mantiveram contas secretas no Banco HSBC na Suíça nos anos de 2006 e 2007, e teriam cometido ato ilegal de evasão de divisas. Esclareço que as informações solicitadas decorrem da aprovação do Requerimento nº 03/2015, de auto- ria do Deputado Elizeu Dionizio (cópia anexa), no plenário desta Comissão, na reunião ordinária transcorrida nesta data. Sala das Comissões, 9 de setembro de 2015. – Deputado Vicente Cândido, Presidente

PARECER O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição Federal, artigo 50, § 2º, e com o Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o § 1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, de 2015. – Deputado Waldir Maranhão, Primeiro-Vice-Presidente Relator

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 1.000, DE 2015 (Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática)

Solicita informações ao Sr. Ministro de Estado das Comunicações a respeito do valor total das multas aplicadas às operadoras de telecomunicações pela Anatel desde a criação da Agência, os valores que foram efetivamente recolhidos e os valores que se referem a processos que são objeto de recursos administrativos e judiciais, bem como a destinação dos recursos arrecadados. DESPACHO: Aprovação pelo Presidente, Dep. Eduardo Cunha, “ad referendum” da Mesa, do parecer do senhor Deputado Waldir Maranhão, Primeiro Vice-Presidente, pelo encaminhamento. Senhor Presidente: Requeremos a V. Exa., com base no art. 50, § 2º, da Constituição Federal, e nos arts. 115, inciso I e 116, do Regimento Interno que, ouvida a Mesa, sejam solicitadas informações ao Sr. Ministro das Comunicações a respeito do valor total das multas aplicadas às operadoras de telecomunicações pela Anatel desde a criação da Agência, os valores que foram efetivamente recolhidos e os valores que se referem a processos que são ob- jeto de recursos administrativos e judiciais, bem como a destinação dos recursos arrecadados (Requerimento nº 95/15, desta presidência, aprovado por este colegiado)

Justificação No processo de reforma do marco regulatório e de desestatização do setor de telecomunicações introdu- zido a partir da aprovação da Emenda Constitucional nº 8, em 1995, uma das maiores preocupações demons- tradas pelo legislador foi garantir a existência de mecanismos que permitissem ao Poder Público fiscalizar a atuação das operadoras e apurar as penalidades cometidas na prestação dos serviços. A partir daí, em cumpri- mento às normas legais e regulamentares em vigor, a Anatel vem exercendo seu papel fiscalizador, instaurando processos, autuando as empresas e aplicando sanções. Ocorre que, de acordo com informações divulgadas pelo Tribunal de Contas da União em audiência pú- blica realizada em maio de 2012 por esta Comissão, dentre todas as agências reguladoras, a Anatel é aquela que arrecada o menor percentual das multas aplicadas. Segundo a Corte de Contas, de 2008 a 2010, a Agência aplicou R$ 5,8 bilhões em multas, tendo sido recolhidos somente R$ 250 milhões aos cofres públicos, o que representa pouco mais de 4% do total. Isso se explica, basicamente, pela judicialização das decisões da Anatel e da morosidade na tramitação desses processos. Esse assunto foi discutido pelos membros da Comissão de Ciência e Tecnologia na reunião ordinária de 2 de setembro deste ano, tendo sido acordada a apresentação de um requerimento de informações ao Poder Executivo com o objetivo de aferir a discrepância entre o valor das multas aplicadas às empresas e o montante efetivamente arrecadado pela Anatel, bem como a destinação dos recursos arrecadados com as multas. O propósito deste Requerimento de Informações é dar a devida transparência a esses números, levando ao conhecimento da sociedade brasileira a baixa efetividade das ações que vêm sendo adotadas pela Anatel para fiscalizar a prestação dos serviços de telecomunicações no País. Ao final, esperamos que esse debate -es 194 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 timule o Parlamento a discutir e aprovar medidas legislativas que contribuam para a melhoria da qualidade dos serviços.

1. Desse modo, elaboramos o presente instrumento com o intuito de obter as seguintes infor- mações, discriminadas anualmente: 2. valor total das multas aplicadas às operadoras de telecomunicações pela Anatel desde a criação da Agência; 3. valor total das multas que foram efetivamente arrecadadas; valor total das multas que ain- da não foram pagas por serem objeto de recursos administrativos e judiciais; 4. destinação dos recursos arrecadados com a multas.

Assim, por entendermos que as informações solicitadas serão de grande valia para o acompanhamento desta Casa sobre a eficácia da ação fiscalizatória da Anatel, esperamos o recebimento das informações requeridas. Sala das Sessões, de de 2015. – Deputado Fábio Sousa, Presidente

PARECER O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição Federal, artigo 50, § 2º, e com o Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o § 1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, de 2015. – Deputado Waldir Maranhão, Primeiro-Vice-Presidente Relator

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 1.001, DE 2015 (Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática)

Solicita informações ao Excelentíssimo Senhor ministro de Estado das Comunicações, Ricardo Berzoini, sobre a real situação das rádios clandestinas no Brasil. DESPACHO: Aprovação pelo Presidente, Dep. Eduardo Cunha, “ad referendum” da Mesa, do parecer do senhor Deputado Waldir Maranhão, Primeiro Vice-Presidente, pelo encaminhamento.

Senhor Presidente, Requeremos a Vossa Excelência, nos termos do art. 50, § 2º, da Constituição Federal, e nos incisos I do art. 115 e V do art. 24, ambos do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, seja encaminhado ao Excelen- tíssimo Senhor ministro de Estado das Comunicações, Ricardo Berzoini, pedido de informações sobre a real situação das rádios clandestinas em todo o país, no tocante aos seguintes aspectos (Requerimento nº 93, de 2015, aprovado por este colegiado):

1. Quantas rádios clandestinas ou piratas, discriminadas por estado, existem atualmente no Brasil? 2. Dessas emissoras, quais têm processo de outorga em fase de análise no âmbito do Poder Exe- cutivo? 3. Que providências estão sendo tomadas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) con- tra os crimes perpetrados por essas rádios, inclusive envolvimento com o crime organizado? 4. Nos últimos 6 meses, quantas pessoas foram multadas por questões relacionadas às rádios clan- destinas? Listá-las.

Justificação Rádio clandestina é aquela em situação ilegal, sem autorização de funcionamento expedida pelas auto- ridades governamentais competentes. No Brasil, a rádio clandestina, ou ilegal, não conta com autorização pelo Ministério das Comunicações ou licença para prestar o serviço de radiodifusão pela Anatel. Vários são os prejuízos e riscos associados a essas rádios. Há óbvios prejuízos comerciais para as rádios legalmente constituídas, dada a competição predatória por parte das clandestinas. Além disso, estas colocam em risco a vida da população, por causa principalmente de interferências nas comunicações entre pilotos e os centros de controle de voo. Esse é um problema especialmente grave no Estado de São Paulo. Diante do exposto, solicitamos que os questionamentos acima sejam enviados ao Senhor Ministro das Comunicações, a cuja pasta está vinculada a agência reguladora. Sala da Comissão, de de 2015. – Deputado Fábio Sousa, Presidente Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 195 PARECER O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição Federal, artigo 50, § 2º, e com o Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o § 1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, de 2015. – Deputado Waldir Maranhão, Primeiro-Vice-Presidente Relator

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 1.072, DE 2015 (Do Sr. Sóstenes Cavalcante)

Requer informações ao Senhor Ministro de Estado do Esporte acerca dos recursos destinados ao Programa Segundo Tempo no Estado do Rio de Janeiro. DESPACHO: Aprovação pelo Presidente, Dep. Eduardo Cunha, “ad referendum” da Mesa, do parecer do senhor Deputado Waldir Maranhão, Primeiro Vice-Presidente, pelo encaminhamento. Senhor Presidente, Nos termos regimentais, requeiro a Vossa Excelência, que seja encaminhado ao Ministro de Estado do Esporte, este requerimento de informações acerca dos recursos destinados ao Programa Segundo Tempo no Estado do Rio de Janeiro pelo ministério supracitado. Quais os recursos destinados no período de 2010 a 2014 e quantos atletas foram beneficiados nesse período. Sala das Sessões, de de 2015. – Deputado Sóstenes Cavalcante, PSD/RJ

PARECER O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição Federal, artigo 50, § 2º, e com o Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o § 1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, de 2015. – Deputado Waldir Maranhão, Primeiro-Vice-Presidente Relator

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 1.073, DE 2015 (Do Sr. Sóstenes Cavalcante)

Requer informações ao Senhor Ministro de Estado do Esporte acerca dos recursos destinados ao Plano Brasil Medalhas no Estado do Rio de Janeiro. DESPACHO: Aprovação pelo Presidente, Dep. Eduardo Cunha, “ad referendum” da Mesa, do parecer do senhor Deputado Waldir Maranhão, Primeiro Vice-Presidente, pelo encaminhamento. Senhor Presidente, Nos termos regimentais, requeiro a Vossa Excelência, que seja encaminhado ao Ministro de Estado do Esporte, este requerimento de informações acerca dos recursos destinados ao Plano Brasil Medalhas no Estado do Rio de Janeiro pelo ministério supracitado. Quais os recursos serão destinados no período de 2015 a 2016. Sala das Sessões, de de 2015. – Deputado Sóstenes Cavalcante, PSD/RJ

PARECER O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição Federal, artigo 50, § 2º, e com o Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o § 1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, de 2015. – Deputado Waldir Maranhão, Primeiro-Vice-Presidente Relator

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 1.074, DE 2015 (Do Sr. Sóstenes Cavalcante)

Requer informações ao Senhor Ministro de Estado do Esporte acerca dos recursos destinados ao programa Bolsa Atleta no Estado do Rio de Janeiro. DESPACHO: Aprovação pelo Presidente, Dep. Eduardo Cunha, “ad referendum” da Mesa, do parecer do senhor Deputado Waldir Maranhão, Primeiro Vice-Presidente, pelo encaminhamento. 196 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 Senhor Presidente, Nos termos regimentais, requeiro a Vossa Excelência, que seja encaminhado ao Ministro de Estado do Esporte, este requerimento de informações acerca dos recursos destinados ao Programa Bolsa Atleta no Esta- do do Rio de Janeiro pelo ministério supracitado. Quais os recursos destinados no período de 2010 a 2014 e quantos atletas foram beneficiados nesse período. Sala das Sessões, de de 2015. – Deputado Sóstenes Cavalcante, PSD/RJ PARECER O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição Federal, artigo 50, § 2º, e com o Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o § 1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, de 2015. – Deputado Waldir Maranhão, Primeiro-Vice-Presidente Relator REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 1.075, DE 2015 (Do Sr. Sóstenes Cavalcante)

Requer informações ao Senhor Ministro de Estado do Esporte acerca dos recursos destinados ao programa Bolsa Atleta no Estado do Rio de Janeiro. DESPACHO: Aprovação pelo Presidente, Dep. Eduardo Cunha, “ad referendum” da Mesa, do parecer do senhor Deputado Waldir Maranhão, Primeiro Vice-Presidente, pelo encaminhamento. Senhor Presidente, Nos termos regimentais, requeiro a Vossa Excelência, que seja encaminhado ao Ministro de Estado do Esporte, este requerimento de informações acerca dos recursos destinados ao Programa Bolsa Atleta no Esta- do do Rio de Janeiro pelo ministério supracitado. Quais os recursos serão destinados no período de 2015 a 2016 e quantos atletas serão beneficiados nes- se período. Sala das Sessões, de de 2015. – Deputado Sóstenes Cavalcante, PSD/RJ PARECER O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição Federal, artigo 50, § 2º, e com o Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o § 1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, de 2015. – Deputado Waldir Maranhão, Primeiro-Vice-Presidente Relator REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 1.076, DE 2015 (Do Sr. Sóstenes Cavalcante)

Requer informações ao Senhor Ministro de Estado do Esporte acerca dos recursos aplicados pelas empresas públicas e Privadas na Lei de Incentivo ao Esporte no Estado do Rio de Janeiro. DESPACHO: Aprovação pelo Presidente, Dep. Eduardo Cunha, “ad referendum” da Mesa, do parecer do senhor Deputado Waldir Maranhão, Primeiro Vice-Presidente, pelo encaminhamento. Senhor Presidente, Nos termos regimentais, requeiro a Vossa Excelência, que seja encaminhado ao Ministro de Estado do Esporte, este requerimento de informações acerca dos recursos aplicados pelas empresas públicas e Privadas na Lei de Incentivo ao Esporte no Estado do Rio de Janeiro pelo ministério supracitado. Quais os recursos destinados no período de 2010 a 2014 e quantos atletas foram beneficiados nesse período. Sala das Sessões, de de 2015. – Deputado Sóstenes Cavalcante, PSD/RJ PARECER O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição Federal, artigo 50, § 2º, e com o Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o § 1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, de 2015. – Deputado Waldir Maranhão, Primeiro-Vice-Presidente Relator Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 197 REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 1.077, DE 2015 (Do Sr. Sóstenes Cavalcante)

Requer informações ao Senhor Ministro de Estado do Esporte acerca dos recursos aplicados pelas empresas públicas e Privadas na Lei de Incentivo ao Esporte no Estado do Rio de Janeiro. DESPACHO: Aprovação pelo Presidente, Dep. Eduardo Cunha, “ad referendum” da Mesa, do parecer do senhor Deputado Waldir Maranhão, Primeiro Vice-Presidente, pelo encaminhamento. Senhor Presidente, Nos termos regimentais, requeiro a Vossa Excelência, que seja encaminhado ao Ministro de Estado do Esporte, este requerimento de informações acerca dos recursos aplicados pelas empresas públicas e Privadas na Lei de Incentivo ao Esporte no Estado do Rio de Janeiro pelo ministério supracitado. Quais os recursos serão destinados no período de 2015 a 2016 e quantos atletas serão beneficiados nes- se período. Sala das Sessões, de de 2015. – Deputado Sóstenes Cavalcante, PSD/RJ PARECER O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição Federal, artigo 50, § 2º, e com o Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o § 1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, de 2015. – Deputado Waldir Maranhão, Primeiro-Vice-Presidente Relator REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 1.078, DE 2015 (Do Sr. Sóstenes Cavalcante)

Requer informações ao Senhor Ministro de Estado do Esporte acerca dos recursos destinados ao Plano Brasil Medalhas no Estado do Rio de Janeiro. DESPACHO: Aprovação pelo Presidente, Dep. Eduardo Cunha, “ad referendum” da Mesa, do parecer do senhor Deputado Waldir Maranhão, Primeiro Vice-Presidente, pelo encaminhamento. Senhor Presidente, Nos termos regimentais, requeiro a Vossa Excelência, que seja encaminhado ao Ministro de Estado do Esporte, este requerimento de informações acerca dos recursos destinados ao Plano Brasil Medalhas no Estado do Rio de Janeiro pelo ministério supracitado. Quais os recursos destinados no período de 2012 a 2014. Sala das Sessões, de de 2015. – Deputado Sóstenes Cavalcante, PSD/RJ PARECER O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição Federal, artigo 50, § 2º, e com o Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o § 1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, de 2015. – Deputado Waldir Maranhão, Primeiro-Vice-Presidente Relator REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 1.079, DE 2015 (Do Sr. Sóstenes Cavalcante)

Requer informações ao Senhor Ministro de Estado do Esporte acerca dos recursos destinados ao Programa Atleta na Escola no Estado do Rio de Janeiro. DESPACHO: Aprovação pelo Presidente, Dep. Eduardo Cunha, “ad referendum” da Mesa, do parecer do senhor Deputado Waldir Maranhão, Primeiro Vice-Presidente, pelo encaminhamento. Senhor Presidente, Nos termos regimentais, requeiro a Vossa Excelência, que seja encaminhado ao Ministro de Estado do Esporte, este requerimento de informações acerca dos recursos destinados ao Programa Atleta na Escola no Estado do Rio de Janeiro pelo ministério supracitado. Quais os recursos destinados no período de 2010 a 2014 e quantos atletas foram beneficiados nesse período. Sala das Sessões, de de 2015. – Deputado Sóstenes Cavalcante, PSD/RJ 198 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 PARECER O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição Federal, artigo 50, § 2º, e com o Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o § 1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, de 2015. – Deputado Waldir Maranhão, Primeiro-Vice-Presidente Relator REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 1.080, DE 2015 (Do Sr. Sóstenes Cavalcante)

Requer informações ao Senhor Ministro de Estado do Esporte acerca dos recursos destinados ao Programa Atleta na Escola no Estado do Rio de Janeiro. DESPACHO: Aprovação pelo Presidente, Dep. Eduardo Cunha, “ad referendum” da Mesa, do parecer do senhor Deputado Waldir Maranhão, Primeiro Vice-Presidente, pelo encaminhamento. Senhor Presidente, Nos termos regimentais, requeiro a Vossa Excelência, que seja encaminhado ao Ministro de Estado do Esporte, este requerimento de informações acerca dos recursos destinados ao Programa Atleta na Escola no Estado do Rio de Janeiro pelo ministério supracitado. Quais os recursos serão destinados no período de 2015 a 2016 e quantos atletas serão beneficiados nes- se período. Sala das Sessões, de de 2015. – Deputado Sóstenes Cavalcante, PSD/RJ PARECER O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição Federal, artigo 50, § 2º, e com o Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o § 1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, de 2015. – Deputado Waldir Maranhão, Primeiro-Vice-Presidente Relator REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 1.081, DE 2015 (Do Sr. Sóstenes Cavalcante)

Requer informações ao Senhor Ministro de Estado do Esporte acerca dos recursos destinados ao Programa de Estruturação do Futebol Feminino no Estado do Rio de Janeiro. DESPACHO: Aprovação pelo Presidente, Dep. Eduardo Cunha, “ad referendum” da Mesa, do parecer do senhor Deputado Waldir Maranhão, Primeiro Vice-Presidente, pelo encaminhamento. Senhor Presidente, Nos termos regimentais, requeiro a Vossa Excelência, que seja encaminhado ao Ministro de Estado do Esporte, este requerimento de informações acerca dos recursos destinados ao Programa de Estruturação do Futebol Feminino no Estado do Rio de Janeiro pelo ministério supracitado. Quais os recursos destinados no período de 2012 a 2014 e quantos atletas foram beneficiados nesse período. Sala das Sessões, de de 2015. – Deputado Sóstenes Cavalcante, PSD/RJ PARECER O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição Federal, artigo 50, § 2º, e com o Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o § 1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, de 2015. – Deputado Waldir Maranhão, Primeiro-Vice-Presidente Relator REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 1.082, DE 2015 (Do Sr. Sóstenes Cavalcante)

Requer informações ao Senhor Ministro de Estado do Esporte acerca dos recursos destinados ao Programa de Estruturação do Futebol Feminino no Estado do Rio de Janeiro. DESPACHO: Aprovação pelo Presidente, Dep. Eduardo Cunha, “ad referendum” da Mesa, do parecer do senhor Deputado Waldir Maranhão, Primeiro Vice-Presidente, pelo encaminhamento. Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 199 Senhor Presidente, Nos termos regimentais, requeiro a Vossa Excelência, que seja encaminhado ao Ministro de Estado do Esporte, este requerimento de informações acerca dos recursos destinados ao Programa de Estruturação do Futebol Feminino no Estado do Rio de Janeiro pelo ministério supracitado. Quais os recursos serão destinados no período de 2015 a 2016 e quantos atletas serão beneficiados nes- se período. Sala das Sessões, de de 2015. – Deputado Sóstenes Cavalcante, PSD/RJ PARECER O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição Federal, artigo 50, § 2º, e com o Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o § 1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, de 2015. – Deputado Waldir Maranhão, Primeiro-Vice-Presidente Relator REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 1.083, DE 2015 (Do Sr. Sóstenes Cavalcante)

Requer informações ao Senhor Ministro de Estado do Esporte acerca dos recursos destinados ao programa Segundo Tempo no Estado do Rio de Janeiro. DESPACHO: Aprovação pelo Presidente, Dep. Eduardo Cunha, “ad referendum” da Mesa, do parecer do senhor Deputado Waldir Maranhão, Primeiro Vice-Presidente, pelo encaminhamento. Senhor Presidente, Nos termos regimentais, requeiro a Vossa Excelência, que seja encaminhado ao Ministro de Estado do Esporte, este requerimento de informações acerca dos recursos destinados ao Programa Segundo Tempo no Estado do Rio de Janeiro pelo ministério supracitado. Quais os recursos serão destinados no período de 2015 a 2016 e quantos atletas serão beneficiados nes- se período. Sala das Sessões, de de 2015. – Deputado Sóstenes Cavalcante, PSD/RJ PARECER O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição Federal, artigo 50, § 2º, e com o Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o § 1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, de 2015. – Deputado Waldir Maranhão, Primeiro-Vice-Presidente Relator REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 1.084, DE 2015 (Do Sr. Sóstenes Cavalcante)

Requer informações ao Senhor Ministro de Estado do Esporte acerca dos recursos destinados ao Programa Esporte e Lazer da Cidade (PELC) no Estado do Rio de Janeiro. DESPACHO: Aprovação pelo Presidente, Dep. Eduardo Cunha, “ad referendum” da Mesa, do parecer do senhor Deputado Waldir Maranhão, Primeiro Vice-Presidente, pelo encaminhamento. Senhor Presidente, Nos termos regimentais, requeiro a Vossa Excelência, que seja encaminhado ao Ministro de Estado do Esporte, este requerimento de informações acerca dos recursos destinados ao Programa Esporte e Lazer da Cidade (PELC), no Estado do Rio de Janeiro pelo ministério supracitado. Quais os recursos destinados no período de 2010 a 2014 e quantas pessoas foram beneficiadas nesse período. Sala das Sessões, de de 2015. – Deputado Sóstenes Cavalcante, PSD/RJ PARECER O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição Federal, artigo 50, § 2º, e com o Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o § 1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, de 2015. – Deputado Waldir Maranhão, Primeiro-Vice-Presidente Relator 200 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 1.085, DE 2015 (Do Sr. Sóstenes Cavalcante)

Requer informações ao Senhor Ministro de Estado do Esporte acerca dos recursos destinados ao Programa Esporte e Lazer da Cidade (PELC) no Estado do Rio de Janeiro. DESPACHO: Aprovação pelo Presidente, Dep. Eduardo Cunha, “ad referendum” da Mesa, do parecer do senhor Deputado Waldir Maranhão, Primeiro Vice-Presidente, pelo encaminhamento. Senhor Presidente, Nos termos regimentais, requeiro a Vossa Excelência, que seja encaminhado ao Ministro de Estado do Esporte, este requerimento de informações acerca dos recursos destinados ao Programa Esporte e Lazer da Cidade (PELC) no Estado do Rio de Janeiro pelo ministério supracitado. Quais os recursos serão destinados no período de 2015 a 2016 e quantas pessoas serão beneficiadas nesse período. Sala das Sessões, de de 2015. – Deputado Sóstenes Cavalcante, PSD/RJ PARECER O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição Federal, artigo 50, § 2º, e com o Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o § 1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, de 2015. – Deputado Waldir Maranhão, Primeiro-Vice-Presidente Relator REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 1.086, DE 2015 (Do Sr. Sóstenes Cavalcante)

Requer informações ao Senhor Ministro de Estado do Esporte acerca dos recursos destinados ao Programa Vida Saudável no Estado do Rio de Janeiro. DESPACHO: Aprovação pelo Presidente, Dep. Eduardo Cunha, “ad referendum” da Mesa, do parecer do senhor Deputado Waldir Maranhão, Primeiro Vice-Presidente, pelo encaminhamento. Senhor Presidente, Nos termos regimentais, requeiro a Vossa Excelência, que seja encaminhado ao Ministro de Estado do Esporte, este requerimento de informações acerca dos recursos destinados ao Programa Vida Saudável no Es- tado do Rio de Janeiro pelo ministério supracitado. Quais os recursos destinados no período de 2012 a 2014 e quantas pessoas foram beneficiadas nesse período. Sala das Sessões, de de 2015. – Deputado Sóstenes Cavalcante, PSD/RJ PARECER O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição Federal, artigo 50, § 2º, e com o Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o § 1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, de 2015. – Deputado Waldir Maranhão, Primeiro-Vice-Presidente Relator REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 1.087, DE 2015 (Do Sr. Silas Câmara)

Solicita informações ao Ministro de Minas e Energia, qual a situação da obra, valor investido e o cronograma, do Programa Luz para todos, no Município de Alvarães e quais comunidades inclusas no Município, no Estado do Amazonas. DESPACHO: Aprovação pelo Presidente, Dep. Eduardo Cunha, “ad referendum” da Mesa, do parecer do senhor Deputado Waldir Maranhão, Primeiro Vice-Presidente, pelo encaminhamento. Senhor Presidente, Com fundamento no art. 50, § 2º, da Constituição Federal, e nos arts. 24, inciso V e 115, inciso I, do Re- gimento Interno, requeiro a Vossa Excelência que seja feita solicitação de informações ao Ministro de Minas e Energia, qual a situação da obra, valor investido e o cronograma, do Programa Luz para todos, no Município de Alvarães e quais comunidades inclusas no Município, no Estado do Amazonas Sala da Sessões, de de 2015. – Deputado Silas Câmara, PSD/AM Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 201 PARECER O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição Federal, artigo 50, § 2º, e com o Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o § 1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, de 2015. – Deputado Waldir Maranhão, Primeiro-Vice-Presidente Relator REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 1.088, DE 2015 (Do Sr. Silas Câmara)

Solicita informações ao Ministro de Minas e Energia, qual a situação da obra, valor investido e o cronograma, do Programa Luz para todos, no Município de Amaturá e quais comunidades inclusas no Município, no Estado do Amazonas. DESPACHO: Aprovação pelo Presidente, Dep. Eduardo Cunha, “ad referendum” da Mesa, do parecer do senhor Deputado Waldir Maranhão, Primeiro Vice-Presidente, pelo encaminhamento. Senhor Presidente, Com fundamento no art. 50, § 2º, da Constituição Federal, e nos arts. 24, inciso V e 115, inciso I, do Re- gimento Interno, requeiro a Vossa Excelência que seja feita solicitação de informações ao Ministro de Minas e Energia, qual a situação da obra, valor investido e o cronograma, do Programa Luz para todos, no Município de Amaturá e quais comunidades inclusas no Município, no Estado do Amazonas Sala da Sessões, de de 2015. – Deputado Silas Câmara, PSD/AM PARECER O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição Federal, artigo 50, § 2º, e com o Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o § 1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, de 2015. – Deputado Waldir Maranhão, Primeiro-Vice-Presidente Relator REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 1.089, DE 2015 (Do Sr. Silas Câmara)

Solicita informações ao Ministro de Minas e Energia, qual a situação da obra, valor investido e o cronograma, do Programa Luz para todos, no Município de Anamã e quais comunidades inclusas neste Município, no Estado do Amazonas. DESPACHO: Aprovação pelo Presidente, Dep. Eduardo Cunha, “ad referendum” da Mesa, do parecer do senhor Deputado Waldir Maranhão, Primeiro Vice-Presidente, pelo encaminhamento. Senhor Presidente, Com fundamento no art. 50, § 2º, da Constituição Federal, e nos arts. 24, inciso V e 115, inciso I, do Re- gimento Interno, requeiro a Vossa Excelência que seja feita solicitação de informações ao Ministro de Minas e Energia, qual a situação da obra, valor investido e o cronograma, do Programa Luz para todos, no Município de Anamã e quais comunidades inclusas no Município, no Estado do Amazonas Sala da Sessões, de de 2015. – Deputado Silas Câmara, PSD/AM PARECER O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição Federal, artigo 50, § 2º, e com o Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o § 1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, de 2015. – Deputado Waldir Maranhão, Primeiro-Vice-Presidente Relator REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 1.090, DE 2015 (Do Sr. Silas Câmara)

Solicita informações ao Ministro de Minas e Energia, qual a situação da obra, valor investido e o cronograma, do Programa Luz para todos, no Município de Anori quais comunidades in- clusas neste Município no Estado do Amazonas. DESPACHO: Aprovação pelo Presidente, Dep. Eduardo Cunha, “ad referendum” da Mesa, do parecer do senhor Deputado Waldir Maranhão, Primeiro Vice-Presidente, pelo encaminhamento. 202 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 Senhor Presidente, Com fundamento no art. 50, § 2º, da Constituição Federal, e nos arts. 24, inciso V e 115, inciso I, do Re- gimento Interno, requeiro a Vossa Excelência que seja feita solicitação de informações ao Ministro de Minas e Energia, qual a situação da obra, valor investido e o cronograma, do Programa Luz para todos, no Município de Anori e quais comunidades inclusas no Município, no Estado do Amazonas Sala da Sessões, de de 2015. – Deputado Silas Câmara, PSD/AM

PARECER O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição Federal, artigo 50, § 2º, e com o Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o § 1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, de 2015. – Deputado Waldir Maranhão, Primeiro-Vice-Presidente Relator

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 1.091, DE 2015 (Do Sr. Silas Câmara)

Solicita informações ao Ministro de Minas e Energia, qual a situação da obra, valor investido e o cronograma, do Programa Luz para todos, no Município de Apuí quais comunidades inclusas neste Município, no Estado do Amazonas. DESPACHO: Aprovação pelo Presidente, Dep. Eduardo Cunha, “ad referendum” da Mesa, do parecer do senhor Deputado Waldir Maranhão, Primeiro Vice-Presidente, pelo encaminhamento. Senhor Presidente, Com fundamento no art. 50, § 2º, da Constituição Federal, e nos arts. 24, inciso V e 115, inciso I, do Re- gimento Interno, requeiro a Vossa Excelência que seja feita solicitação de informações ao Ministro de Minas e Energia, qual a situação da obra, valor investido e o cronograma, do Programa Luz para todos, no Município de Apuí e quais comunidades inclusas neste Município, no Estado do Amazonas Sala da Sessões, de de 2015. – Deputado Silas Câmara, PSD/AM

PARECER O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição Federal, artigo 50, § 2º, e com o Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o § 1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, de 2015. – Deputado Waldir Maranhão, Primeiro-Vice-Presidente Relator

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 1.092, DE 2015 (Do Sr. Silas Câmara)

Solicita informações ao Ministro de Minas e Energia, qual a situação da obra, valor investido e o cronograma, do Programa Luz para todos, no Município de Atalaia do Norte quais comu- nidades inclusas neste Município, no Estado do Amazonas. DESPACHO: Aprovação pelo Presidente, Dep. Eduardo Cunha, “ad referendum” da Mesa, do parecer do senhor Deputado Waldir Maranhão, Primeiro Vice-Presidente, pelo encaminhamento. Senhor Presidente, Com fundamento no art. 50, § 2º, da Constituição Federal, e nos arts. 24, inciso V e 115, inciso I, do Re- gimento Interno, requeiro a Vossa Excelência que seja feita solicitação de informações ao Ministro de Minas e Energia, qual a situação da obra, valor investido e o cronograma, do Programa Luz para todos, no Município de Atalaia do Norte e quais comunidades inclusas neste Município, no Estado do Amazonas Sala da Sessões, de de 2015. – Deputado Silas Câmara, PSD/AM

PARECER O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição Federal, artigo 50, § 2º, e com o Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o § 1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, de 2015. – Deputado Waldir Maranhão, Primeiro-Vice-Presidente Relator Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 203 REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 1.093, DE 2015 (Do Sr. Silas Câmara)

Solicita informações ao Ministro de Minas e Energia, qual a situação da obra, valor investido e o cronograma, do Programa Luz para todos, no Município de Autazes e quais comunidades inclusas neste Município, no Estado do Amazonas. DESPACHO: Aprovação pelo Presidente, Dep. Eduardo Cunha, “ad referendum” da Mesa, do parecer do senhor Deputado Waldir Maranhão, Primeiro Vice-Presidente, pelo encaminhamento. Senhor Presidente, Com fundamento no art. 50, § 2º, da Constituição Federal, e nos arts. 24, inciso V e 115, inciso I, do Re- gimento Interno, requeiro a Vossa Excelência que seja feita solicitação de informações ao Ministro de Minas e Energia, qual a situação da obra, valor investido e o cronograma, do Programa Luz para todos, no Município de Autazes e quais comunidades inclusas neste Município, no Estado do Amazonas Sala da Sessões, de de 2015. – Deputado Silas Câmara, PSD/AM PARECER O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição Federal, artigo 50, § 2º, e com o Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o § 1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, de 2015. – Deputado Waldir Maranhão, Primeiro-Vice-Presidente Relator REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 1.094, DE 2015 (Do Sr. Silas Câmara)

Solicita informações ao Ministro de Minas e Energia, qual a situação da obra, valor investido e o cronograma, do Programa Luz para todos, no Município de Barreirinha e quais comunida- des inclusas neste Município, no Estado do Amazonas. DESPACHO: Aprovação pelo Presidente, Dep. Eduardo Cunha, “ad referendum” da Mesa, do parecer do senhor Deputado Waldir Maranhão, Primeiro Vice-Presidente, pelo encaminhamento. Senhor Presidente, Com fundamento no art. 50, § 2º, da Constituição Federal, e nos arts. 24, inciso V e 115, inciso I, do Re- gimento Interno, requeiro a Vossa Excelência que seja feita solicitação de informações ao Ministro de Minas e Energia, qual a situação da obra, valor investido e o cronograma, do Programa Luz para todos, no Município de Barreirinha e quais comunidades inclusas neste Município, no Estado do Amazonas Sala da Sessões, de de 2015. – Deputado Silas Câmara, PSD/AM PARECER O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição Federal, artigo 50, § 2º, e com o Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o § 1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, de 2015. – Deputado Waldir Maranhão, Primeiro-Vice-Presidente Relator REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 1.095, DE 2015 (Do Sr. Silas Câmara)

Solicita informações ao Ministro de Minas e Energia, qual a situação da obra, valor investido e o cronograma, do Programa Luz para todos, no Município de Benjamin Constant e quais co- munidades inclusas neste Município, no Estado do Amazonas. DESPACHO: Aprovação pelo Presidente, Dep. Eduardo Cunha, “ad referendum” da Mesa, do parecer do senhor Deputado Waldir Maranhão, Primeiro Vice-Presidente, pelo encaminhamento. Senhor Presidente, Com fundamento no art. 50, § 2º, da Constituição Federal, e nos arts. 24, inciso V e 115, inciso I, do Re- gimento Interno, requeiro a Vossa Excelência que seja feita solicitação de informações ao Ministro de Minas e Energia, qual a situação da obra, valor investido e o cronograma, do Programa Luz para todos, no Município de Benjamin Constante quais comunidades inclusas neste Município, no Estado do Amazonas Sala da Sessões, de de 2015. – Deputado Silas Câmara, PSD/AM 204 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 PARECER O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição Federal, artigo 50, § 2º, e com o Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o § 1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, de 2015. – Deputado Waldir Maranhão, Primeiro-Vice-Presidente Relator

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 1.096, DE 2015 (Do Sr. Antônio Jácome)

Requer Informação, de acordo com o Art. 115, do Regimento Interno desta casa, do Ministério das Relações Exteriores, sobre os apoiadores do Estado Islâmico em São Paulo. DESPACHO: Aprovação pelo Presidente, Dep. Eduardo Cunha, “ad referendum” da Mesa, do parecer do senhor Deputado Waldir Maranhão, Primeiro Vice-Presidente, pelo encaminhamento. Senhor Presidente, Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, para solici- tar informações ao Ministério de Relações Exteriores, sobre os apoiadores do Estado Islâmico em São Paulo. Em virtude da matéria veiculada na revista época, assim descrita: “Polícia Federal descobre apoiadores do Estado Islâmico em São Paulo”. Acredito que esta casa, merece receber informações do Ministério das Rela- ções Exteriores sobre o assunto em tela. Brasília, 15 de setembro de 2015. – Antônio Jácome, Deputado Federal PMN/RN

PARECER O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição Federal, artigo 50, § 2º, e com o Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o § 1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, de 2015. – Deputado Waldir Maranhão, Primeiro-Vice-Presidente Relator

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 1.097, DE 2015 (Do Sr. Silas Câmara)

Solicita informações ao Ministro de Minas e Energia, qual a situação da obra, valor investido e o cronograma, do Programa Luz para todos, no Município de Beruri e quais comunidades inclusas neste Município, no Estado do Amazonas. DESPACHO: Aprovação pelo Presidente, Dep. Eduardo Cunha, “ad referendum” da Mesa, do parecer do senhor Deputado Waldir Maranhão, Primeiro Vice-Presidente, pelo encaminhamento. Senhor Presidente, Com fundamento no art. 50, § 2º, da Constituição Federal, e nos arts. 24, inciso V e 115, inciso I, do Re- gimento Interno, requeiro a Vossa Excelência que seja feita solicitação de informações ao Ministro de Minas e Energia, qual a situação da obra, valor investido e o cronograma, do Programa Luz para todos, no Município de Beruri e quais comunidades inclusas neste Município, no Estado do Amazonas Sala da Sessões, de de 2015. – Deputado Silas Câmara, PSD/AM

PARECER O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição Federal, artigo 50, § 2º, e com o Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o § 1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, de 2015. – Deputado Waldir Maranhão, Primeiro-Vice-Presidente Relator

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 1.098, DE 2015 (Do Sr. Silas Câmara)

Solicita informações ao Ministro de Minas e Energia, qual a situação da obra, valor investido e o cronograma, do Programa Luz para todos, no Município de Boa Vista do Ramos e quais comunidades inclusas neste Município, no Estado do Amazonas. Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 205 DESPACHO: Aprovação pelo Presidente, Dep. Eduardo Cunha, “ad referendum” da Mesa, do parecer do senhor Deputado Waldir Maranhão, Primeiro Vice-Presidente, pelo encaminhamento. Senhor Presidente, Com fundamento no art. 50, § 2º, da Constituição Federal, e nos arts. 24, inciso V e 115, inciso I, do Re- gimento Interno, requeiro a Vossa Excelência que seja feita solicitação de informações ao Ministro de Minas e Energia, qual a situação da obra, valor investido e o cronograma, do Programa Luz para todos, no Município de Boa Vista do Ramos e quais comunidades inclusas neste Município, no Estado do Amazonas Sala da Sessões, de de 2015. – Deputado Silas Câmara, PSD/AM

PARECER O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição Federal, artigo 50, § 2º, e com o Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o § 1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, de 2015. – Deputado Waldir Maranhão, Primeiro-Vice-Presidente Relator

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 1.099, DE 2015 (Do Sr. Silas Câmara)

Solicita informações ao Ministro de Minas e Energia, qual a situação da obra, valor investido e o cronograma, do Programa Luz para todos, no Município de Boca do Acre e quais comuni- dades inclusas neste Município, no Estado do Amazonas. DESPACHO: Aprovação pelo Presidente, Dep. Eduardo Cunha, “ad referendum” da Mesa, do parecer do senhor Deputado Waldir Maranhão, Primeiro Vice-Presidente, pelo encaminhamento. Senhor Presidente, Com fundamento no art. 50, § 2º, da Constituição Federal, e nos arts. 24, inciso V e 115, inciso I, do Re- gimento Interno, requeiro a Vossa Excelência que seja feita solicitação de informações ao Ministro de Minas e Energia, qual a situação da obra, valor investido e o cronograma, do Programa Luz para todos, no Município de Boca do Acre e quais comunidades inclusas neste Município, no Estado do Amazonas Sala da Sessões, de de 2015. – Deputado Silas Câmara, PSD/AM

PARECER O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição Federal, artigo 50, § 2º, e com o Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o § 1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, de 2015. – Deputado Waldir Maranhão, Primeiro-Vice-Presidente Relator

DESPACHOS DO PRESIDENTE

Expediente

PRESIDÊNCIA / SGM Ofício nº 444/2015, da Liderança do PP – indica o Deputado Paulo Azi (DEM/BA) para titular da Comissão Especial destinada a proferir parecer ao Projeto de Lei nº 3968, de 1997, do Sr. Serafim Venzon, que “isenta os órgãos públicos e as entidades filantrópicas do pagamento de direitos autorais pelo uso de obras musicais e lítero-musicais em eventos por eles promovidos”, e apensados. Defiro. Publique-se. Em 24-9-2015. – Eduardo Cunha, Presidente PRESIDÊNCIA / SGM Ofício nº 284/2015, da Liderança do PHS – desliga o Deputado Diego Garcia (PHS/PR) e indica o Deputa- do Marcelo Aro (PHS/MG) para titular da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Defiro. Publique-se. Em 24-9-2015. – Eduardo Cunha, Presidente 206 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 PRESIDÊNCIA / SGM Ofício nº S/N/2015, da Liderança do PMDB – indica o Deputado Diego Garcia (PHS/PR) para titular da Comissão de Seguridade Social e Família. Defiro. Publique-se. Em 24-9-2015. – Eduardo Cunha, Presidente PRESIDÊNCIA / SGM Ofício nº S/N/2015, da Liderança do PTC – indica o Deputado Carlos Andrade (PHS/RR) para titular da Comissão Especial destinada a proferir parecer ao Projeto de Lei nº 6583, de 2013, do Sr. Anderson Ferreira, que “dispõe sobre o Estatuto da Família e dá outras providências”, e apensado. Defiro. Publique-se. Em 24-9-2015. – Eduardo Cunha, Presidente PRESIDÊNCIA / SGM Ofício nº 279/2015, da Liderança do SD – desliga o Deputado Aureo (SD/RJ) e indica o Deputado Lucas Vergilio (SD/GO) para suplente da Comissão de Viação e Transportes. Defiro. Publique-se. Em 24-9-2015. – Eduardo Cunha, Presidente PRESIDÊNCIA / SGM Ofício nº 198/2015, da Liderança do PV – indica o Deputado William Woo (PV/SP) para suplente da Co- missão Especial destinada a estudar e apresentar propostas de reformulação da Lei Pelé (Lei nº 9.615, de 1998), do Estatuto de Defesa do Torcedor (Lei nº 10.671, de 2003) e das demais legislações aplicadas ao futebol e ao esporte. Defiro. Publique-se. Em 24-9-2015. – Eduardo Cunha, Presidente PRESIDÊNCIA / SGM Ofício nº 1162/2015, da Liderança do PSDB – indica o Deputado Nelson Marchezan Junior (PSDB/RS) para titular da Comissão de Viação e Transportes. Defiro. Publique-se. Em 24-9-2015. – Eduardo Cunha, Presidente PRESIDÊNCIA / SGM Ofício nº 280/2015, da Liderança do SD – desliga o Deputado Lucas Vergilio (SD/GO) e indica o Deputado Aureo (SD/RJ) para suplente da Comissão de Viação e Transportes. Defiro. Publique-se. Em 24-9-2015. – Eduardo Cunha, Presidente PRESIDÊNCIA / SGM Ofício nº 111/2015, da Liderança da Minoria – indica o Dep. Miguel Haddad como Vice-Líder da Minoria, em substituição ao Dep. Alexandre Baldy. Registre-se. Publique-se. Ao Sr. Diretor-Geral. Em 24-9-2015. – Eduardo Cunha, Presidente PRESIDÊNCIA / SGM Ofício nº 112/2015, da Liderança da Minoria – indica o Dep. Pastor Eurico como Vice-Líder da Minoria, em substituição ao Dep. Miguel Haddad. Registre-se. Publique-se. Ao Sr. Diretor-Geral. Em 24-9-2015. – Eduardo Cunha, Presidente Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 207 PRESIDÊNCIA / SGM Ofício 642/2015, da Liderança do PT – indica o Dep. Wadih Damous como Vice-Líder do PT, em substi- tuição ao Dep. Zeca Dirceu. Registre-se. Publique-se. Ao Sr. Diretor-Geral. Em 24-9-2015. – Eduardo Cunha, Presidente PRESIDÊNCIA / SGM Ofício 643/2015, da Liderança do PT – indica o Dep. Zeca Dirceu como Vice-Líder do PT, em substituição ao Dep. Wadih Damous. Registre-se. Publique-se. Ao Sr. Diretor-Geral. Em 24-9-2015. – Eduardo Cunha, Presidente PRESIDÊNCIA/SGM Requerimento do Senhor Deputado JOSÉ GUIMARÃES, Líder do Governo. “Disponibiliza[ção], em inteiro teor, [de] todas as decisões da Presidência da Câmara dos Deputados relacionadas a pedidos de abertura de processo por crimes de responsabilidade, autuadas na forma do art. 218 e seguintes do RICD, no período compreendido entre 1988 e 2015”. Atenda-se ao requerido. Publique-se. Oficie-se. Em 24-9-2015. – Eduardo Cunha, Presidente 208 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015

Exmo. Sr. Presidente do Partido Republicano da Ordem Social

Agradecendo a filiação democrática que o Partido me concedeu por ocasião da decisão denegatória do registro da REDE, pelo E. TSE, em 03 de outubro de 2013, comunico a V.Exa. que, ultrapassada a dificuldade daquele momento e, agora, deferido o registro, deixo a legenda presidida por V.Exa. e me filio à REDE, como anteriormente desejado, sob o amparo do Inc. li, do Art. 1 º, da Resolução 22.610, de 25 de outubro de 2007, do Tribunal Superior Eleitoral.

Grato por suas sucessivas atenções,

_L)~~ J-" h Dep~o Mto Teixeira

Brasília, 23 de setembro

- ott0!/()~ ~s-e. ;t:j/tlg/UJs- Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 209

Exmo. Sr. Dr. Juiz Responsável pela 119ª Zona Eleitoral do Rio de o ; -fr~ ~ · anci;~...... ~ c . I . , _.. ~: ~ g- .....,. J,. ~ r . ~ ,.. ~2.

Por força da decisão denegatória do registro da REDE, pelo E. TSE, em 03 de outubro de 2013, filiou-se ao Partido Republicano da Ordem Social, pelo qual disputou eleições de 2014.

Agora, deferido tal registro por aquela Corte, cumpre, finalmente, o objetivo político de filiar-se à REDE, corno anteriormente desejado,

sob o amparo do Inc. 11, do Art. 1 Q' da Resolução 22.610, de 25 de outubro de 2007, do Tribunal Superior Eleitoral.

A este, está em anexo a Comunicação feita à direção do PROS, por meio do gabinete do Deputado Hugo Leal, seu presidente, na Câmara dos Deputados, em Brasília, onde o parlamentar se encontrava nessa data.

Brasília, 23 de setembro de 2015. ~; Deputado Miro Teixeira 210 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015

rede FICHA DE FILIAÇÃO ·· N° de fns.crição · SUSTE NTAB ILIDAOE ·.

Nome -~ Sêxr;...... l Datade Nascimento Miro Teixeira . ~ 27/05/1947 ------~------~. ~------~ Titulo de [leitor · ona ·uSeção . . Hunicipio I Estado . 5422210337 119 . 8 · Rio de Janeiro . RJEf ------~------~I ~ ---~------~----~----~ · -~-~-~~5_a~-e0_ 1______~ _ _ ___, ~ --'~'-3_69_0_2_B_8_7_2_o______.l _~-:-a~~-ra--:....:.~~-J -'-an_e_rr_o______._~ j ~7i:JI NomedaMãe I NomedoPai · · I _A_m_in_a_A__ bd_ a_ll_a_T_e_ix_e_ir_a______, _J_oã_o_ A_nt_ô_n_io_T_e_ix_e_ir_a__ --:- --:-----~----~------' Esl?doúvil ·. Profos~o b~~- I CASADO(A) EJ _A_dv_og..;;..a_d_o__ --'------,-----' l ·ENSINO SUPERIOR COMPLETO · . EJ _cô-nju-ge---'------,...-----:------.J· :J Data de Nascimento I fndereçoResidencial I N° Coniplemento l _A_ve_n_i_da_,_. _G_ra-'ça'---A_ra__ n_ha __ -,- ______'---'------~------"------' 143/303 · ------' •

1 3([_g? ~~C1'- ~------' -~-irr_o_--~------~~-~ioM-uni_c~ -iode__ Janeiro·______~ · .~ Esnd~L.:.J ~ fndereço Comercial . ;d Complemento · · Praça dos Três Poderes, Esplanada dos Ministérios, Câmara dos Deputados Gab. 270 . --~------~------'------' CEP Bair1o Município 70160-900 'I Bra~ília I;BDFEI Celular TelefoneResidenci al Telefone Comercial 61 99836380 I [-ma~l Facebooh I Twitter I Outros [email protected] I Última filiação partidária. . Deseja ser anrlidatonu próximas eleições? PROS - PARTIDO REPUBLIÇANO DA ORDEM SOCIAL :a ·I I .

-.~ , I Assinatura do Requerente ~ ASSinãíumíO Abonador

DEClARO QUE ESTOU OE ACORDO COM OPR06RAMA EESTATUTO DA REDE EQUE TEttiO OÊNOA QUE ESTA ROIA SoMENTETERÃ'VAÍ.IDAOE APÓS ODEFERI MENTO DO PEDIDO DE REGISTRO' PELO TSE EQUE AOMISSÃO DE_QUALQUER INFORMAÇÃO AQUI REFERID ODE RESULTAR NO INDEFERIMENTO DA FiliAÇÃO. f I

,_.X.._f 2 J .; e f I, 2u 1-J ) Data de Filiação Assina!Ufõ do tleitor

Anotações daiWII: Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 211 PRESIDÊNCIA / SGM Of. nº s/n/2015, do Dep. Miro Teixeira – comunica sua desfiliação do PROS e filiação à REDE SUSTENTA- BILIDADE.

Registre-se. Publique-se. Ao Sr. Diretor-Geral. Em 23-9-2015. – Eduardo Cunha, Presidente 212 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015

ILUSTRÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DO PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRÁTICO BRASilEIRO - PMDB, DIRETÓRIO ESTADUAL DO CEARÁ

SENADOR EUNÍCIO LOPES DE OliVEIRA

Assunto: Desfiliaçlo Partidária por justa causa

Eu, FRANCISCO DANILO BASTOS FORTE, brasileiro, união estável, deputado federal, domiciliado na Rua E, 29, Parque Araturi, Conjunto Novo Paraíso, Caucara/CE, portador do CPF n. 121 ~337.283-68 e do titulo de eleitor 026728400701, venho, por meio deste, comunicar a presidência do diretório estadual do PARTIOO DO MOVIMENTO DEMOCRÁTICO BRASILEIRO - PMOB no Ceará, minha desfiliação do Citado partido, com escopo no art. I, incisos lll e !V da Resolução n. 22610/2007 do TSE, em virtude dos fatos a seguír expostos:

O compromisso fundamental do PMDB é com a democracia, princípio primordial e ínarredável, consoante registrado em programa partidário, contudo, recentemente, tenho presenciado a intolerância dO Partido com a divergência de pensamento de seus membros, tendo, ocorrido, inclusive, a segregação daqueles que ousaram a discordar dos rumos que o Partido vem tomando.

Ademais disso, tenho sofrido, pessoalmente, retaliações públicas por membros do Partido e com a falta de espaço e representatividade a mím imposta pela legenda, minha permanência nesta agremiação passou a ser 1nsustentável.

Assim, atendido ao disposto no art. 21 da Lei n. 9.096195, formalizo meu pedido de desligamento do PARTIDO DO MOVIMENTO OEMOCRÂncó BRASILEIRO- PMOB. devendo ser considerado extinto meu vínculo com esta agremiação, decorridos 02 (doís) dias da datá da entrega da presente comun!caçao.

Forta~zWCE 03 de sei ',b~ ~tt ~

FRANCIS~ OANILO BASTOS FORTE C F n. 121..337.283.68 Título d eleitor n. 026728400701 Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 213

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DA 094a ZONA ELEITORAL DO TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO ESTADO DO CEARÁ

Tribunal Regional Eleltorai/CE O!Rf:TORJAOO FÓRUM ELEffOAAL oe FORTAI..&ZA

41 .10312015 Cópia. \().C)9r.ZI)16·lT :311 l 1 ' 1 1\IUIIIIUI\11111~ I

Assunto: Comunicação de Desfiliação Partidária por J usta Causa

FRANCISCO DANILO BASTOS FORTE , brasileiro, untao estável, deputado federal, domiciliado na Rua E~ 29, Parque Araturi, conjunto Novo Paraíso, Caucaía, Ceará, portador do CPF n. 0 121.337.283--68 e, do Título de Eleitor n. 0 026728400701, Zona 123, Seção 0327, venho, por meio deste} comunicar a esse r . Jui?..o que registrei em 04 de setembro de 2015 meu pedido de desfiliação ao diretório de Fortaleza/CE do PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRÁTICO BRASILEIRO - PMDB, com escopo no art. 1°, incisos III e IV da Resolução n . 2261 OI 2007 do TSE, em virtude dos fatos a. seguir expostos:

O compromisso fundamental do PMDB é com a democracia, princípío primordial e inarredável, consoante registrado em programa partidário, contudo, recentemente, presenciei a intolerância do referido Partido com a divergên cia de pensamento de seus membros, tendo, ocorrido, inclusive, a segregação daqueles que ousaram a discordar dos rumos que a agremiação vinha tomando.

Ademais disso, sofri, pessoalmente, iações públicas por m embros do Partido e com. a I falta de espaço e representativídade a mim imposta p~ legenda, razão pela 214 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015

qual, minha permanência na referida agremiação passou a ser insustentável. Assim, atendido ao disposto no art. 21 da. Lei n. 9.096/95, formalizei meu pedido de desligamento do PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRÁTICO BRASILEIRO - PMDB, devendo ser considerado extinto meu vínculo com esta agremiação, decorridos 02 (dois} dias da data da entrega da presente comunicação.

Ante ao exposto, e em atenção ao que determina o § 1o , do art.

13, da Resolução n . 23.117/09 do TSE7 venho requerer que seja registrada na relação correspondente no sistema de filiação partidária minha desfiliação ao PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRÁTICO BRASILEIRO - PMDB, por justa causa {art. 1o, incisos III e IV da Resolução n. 22610/2007 do TSE).

FortalezajCE 06 de se bro de 2015.

FRANCISC DANIW BASTOS FORTE CP n.0 121.337.283-68 Titulo de eleitor n .0 O 6728400701, Zona 123, Seção 0327 Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 215

DADOS PESSOAIS I'DEHTIDADE PARTIDÁRIA til~ I l I I ! I I I I I ! J I I f I I .1 I I I Ho!rlll • ' . Cfl~lf\-l'4fi\ISI:ç[Q ~~~1\1.40i I I I I I I I I I I I J I LI I I l I I I l I ! I I ~I~IS!! IO·IS t tft+:ltttlel I I I I I t I I

PnlluiD . I~ Vl &t.'l t4 !1·9 l I l I l I l I I I I I &r!mtj'QJQ fÍti LI~ !Ntm f?tM

~. l I I 1. I I ! I I I I ($1!J !l>f()J~lt !GJ .I ffiJ lf··§ i !Y \! f! ·, I I l I l I I l ifÊJ rn·ot~- 1~131 O! St:,l t618~1lSJ~t31'a· ltfl I

DomicJ1io Elellooll • . tCIN!Jiq~\ ! At IQ!êl I I I I I I I I I I

TftiAo 8ejjcpj I J I I I I l I I I OIZI' I ?IJJ81410IOR!O~

~, ~ Cf>f t l . 8 l=r-131 !O I? P-P1 1-1.1-ld-'i ~I ?I=IIJ.I BI,IBI ~fYN i! LIO!BOI Yllé.l.l401 \lqei,NIAI itL- ·~

Pago em_• .J_ __ _L__ 216 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015

Recibo de COO'letusão de aü~dade SGIP Módulo EJ

Justiça Eleitoral Sistema de Gerenciamento de Informações Partidárias Módulo Externo - SGIPex

À JUSTIÇA ELEITORAL

Partido : PSB ~ PARTIDO SOCIALISTA BRASILEIRO Abrangência : Estadual UF; CE *CEARÁ Orgão Comissão Provisória - Alteração de dados do Órgão partidário Partidário: -Alteração da composição do Órgão partidário

Inforrnarros que foram encaminhados, por meio eletrônico, conforme código R1 Y9~3SN1~ CT7R, os dados referentes à com>osição dos órgãos diretivos, do partido em referênc ia, para que sejam anotados, nos tenros do artigo 10, parágrafo único, I e II, da lei n° 9.096 de 19 de setembro de 1995.

Por oportuno, declararros que os dados rerretidos são verdadeiros e poderão ser aceitos pela Justiça Eleitoral, no rromento ~PJOQ[i,ado • ..... ,.. ... ··~~'\ \

Nome Completo: .... ····· ····Gat1o&-SiQ!JeiFa · .. J...... ·····-- · .. Cargo: ~NacionaJdo PS8/ I

Este requerimento atende aos requisitos da Lej nO Certifico que, nesta data, anotei a 9.096/95 e da Resolução TSI:; no 23 .2.82/2010./ desígnoção(alteraçào de que trata este requerimento. Em __j__J_ _ I I Em__J__J__ _ / Servidor Responsável pela Conferência Servidor Responsável pela Anotação

Documento emitido em: 16/09/2015 15:02:04

11111111 11111111 111 111 R1Y93SN1CT7R1 6092015150204

Usuário responsável pelas informações: GER SON BENTO DA SILVA FILHO Rep resentante partidário Nacional BRASfL Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 217

Relatodo de Er1trega SGIPex POLÍTICA .;·· , 16/09/2015 a Exerdcío Adicionado SECRETARIO GERAL FRANCISCO BARROS ALVES Indeterminado Endereço: RUA JOÃO LOBO 93/ 301 Bairro: NI UF: CE Município: FORTALEZA CEP: 60000-000 Título de eleitor: 0286609807/60 CPF: {}97.941.313·34 E-mail: Telefone Residencial: {85) 3254-2147 Telefone Comercial: Telefone Celular: Fax: 16/ 09/2015 Exercício Adicionado 10 SECRETÁRIO GERMANO ROCHA FONTE LE S a Indeterminado Endereço: RUA LAVRAS DA MANGABEIRA 541 Bairro: M, CASTELO UF : CE Municipio: FORTALEZA CEP: 60325-680 Titulo de eleitor: 0237045907/44 CPF: 114.137.003·49 E-mail: Telefone Residencial: (85) 3254-2147 Telefone Comercial: Telefone Celular: (85) 9925-7516 Fax: Inativado SECRETÁRIO GERAL GERSNO CECCHINI DE SOUZA 09/07/2015 a 16/09/2015 Exercfcío Adicionado 10 TE SOUREIRO JOSÉ LIVINO PINHEIRO LOPES 16/09/2015 a Indeterminado ENG ENHEIRO LUC I ANO Endereço: RUA UBANES JOSÉ LOPES 80 Bairro : CAVALCANTE UF: CE Município: FORTALEZA CEP: 60813-610 Título de eleitor: 0007994507/95 CPF: ~jl. 139 · 6 1 3 · E·m ail: [email protected]

Telefone Telefone (85) 3278-5115 (85) 3254-2147 Residencíal: Comercial: Telefone Celular: (85) 9985-6293 Fax: 16 Adicionado PRESIDENTE FRANCISCO DANILO BASTOS FORTE /09/l015 a Exercfclo Indeterminado Endereço: RUA SILVA JUTAHY N° 1155 APTO. 2102 Bairro: ME I RELES UF: CE Município: FORTALEZA CEP: 50165-070 Título de eleitor: 0267284007/01 CPF: 121.337.283-68 [email protected] Telefone Residencial: (61) 3215-5384 Telefone Comer cial: Telefone Celular: (61) 8252-1513 Fax: Inativado PRESIDENTE ROBERTO SOARES PESSOA 09/07/2015 a 16/09/2015 Inativado VICE-PRESIDENTE EUANE NOVAES ELEUTÉRIO TEIXEIRA 09/07/2.015 a 15/09/2015

l FORTALEZA/CE, 16/09/2015 (data da impressão) Dados inseridos no SGIPEX, conforme código Rl Y9-3SN1-CT7R gerado em 16/09/2015 15:02:04 (data em que o partido gerou o documento de envio)

usuário responsável pelas informaçõe s: GERSON BENTO DA SlLVA FILHO Representante partidário Na ciona l BRASIL

PRESIDÊNCIA/SGM Ofício n º 56/2015, do Senhor Deputado DANILO FORTE comunica desfiliação do PMDB e filiação ao PSB conforme documentação comprobatória anexa. Em 24 I 09/2015. Registre-se a nova filiação partidária. e encaminhe-se a.o Diretor-Geral. Em consequência, declaro vago o cargo de Presidente da Comissão Especial destinada a analisar e apresentar propostas com relação à. partilha. de recursos públicos e respectivas obrigações da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal (Pacto Federativo) - CEPACTO. Oficie-se ao interessado e à. Comissão para que proceda a nova eleição, nos termos do art. 40, § 1 º · do RICO. Publique-se. ----~- ~ ~ EDUARDO CU:ZHA Presidente ·r

111111 li 1111 11111 11111 11111 ~11111111111 li 11111101 mfll/111 ~11111111 11111/IIIIHII 1111 Documento : 67645il - , 218 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 DECISÃO DA PRESIDÊNCIA ARQUIVE-SE, nos termos do § 4º do artigo 58, combinado com os artigos 54 e 133 do RICD, a seguinte proposição: PROJETO DE LEI Nº 5902/2009 (Senado Federal – Cristovam Buarque) – Autoriza a criação de Centros de Pesquisa e de Desenvolvimento da Educação nas instituições federais de ensino superior. Brasília, 24 de setembro de 2015. – Eduardo Cunha, Presidente DECISÃO DA PRESIDÊNCIA ARQUIVEM-SE, nos termos do artigo 133 do RICD, as seguintes proposições: PROJETOS DE LEI Nº 7063/2002 (Arnaldo Faria de Sá) – Dispõe sobre o exercício profissional de Técnico em Óptica e dá outras providências. Nº 4768/2009 (Arnaldo Faria de Sá) – Institui o Dia Nacional da Indústria Farmacêutica. Nº 1248/2011 (Hugo Leal) – Altera a Lei nº 10.962, de 11 de outubro de 2004, que “dispõe sobre a oferta e as formas de afixação de preços de produtos e serviços para o consumidor”, para determinar a afixação do preço dos produtos por quilograma, metro ou litro. Nº 2698/2011 (Sandra Rosado) – Obriga a comercialização do pão francês a peso e por unidades de 50 gramas. Nº 3122/2012 (Onofre Santo Agostini) – Proíbe a fabricação, a importação, a distribuição e a comercia- lização de fraldas descartáveis que contenham em sua composição substância ou matéria não biodegradável. Apensados: PL 8284/2014 (Thiago Peixoto) Nº 5105/2013 (Guilherme Mussi) – Cria e institui o PNABEMP (Programa Nacional de Bolsa de Estudo para Mestrado Profissional – Pós Graduação Stricto Sensu) com recursos advindos da Distribuição de Royalties do Petróleo e da Participação Especial. Nº 8044/2014 (Mauro Lopes) – Altera a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Códi- go de Trânsito Brasileiro, para dispor sobre o prazo para obtenção da Carteira Nacional de Habilitação nas ca- tegorias C e D e curso preventivo de reciclagem para motorista que exerce atividade remunerada e dá outras providências. Nº 395/2015 (Lelo Coimbra) – Dispõe sobre o tratamento e acompanhamento de mulheres acima de quarenta anos de idade portadoras de artrite e artrose. Brasília, 24 de setembro de 2015. – Eduardo Cunha, Presidente COMISSÕES

ATAS

COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA.

SUBCOMISSÃO ESPECIAL DOS SERVIÇOS DE TELEFONIA MÓVEL E TV POR ASSINATURA

55ª Legislatura – 1ª Sessão Legislativa Ordinária ATA DA 15ª REUNIÃO ORDINÁRIA REALIZADA EM 24 DE SETEMBRO DE 2015. Às nove horas e trinta e cinco minutos do dia vinte e quatro de setembro de dois mil e quinze, reuniu-se a Subcomissão Especial dos Serviços de Telefonia Móvel e TV por Assinatura, na sala de reuniões da Consulto- ria Legislativa da Câmara dos Deputados. A secretaria do órgão encaminhou convites aos presidentes e rela- tores da Subcomissão Especial da Telefonia/CDC, e da Comissão Especial do Projeto de Lei nº 6.789, de 2013, para participação no evento. A lista de presença registrou o comparecimento dos senhores deputados Vitor Lippi – presidente; Fabio Reis, titular. Deixaram de comparecer os senhores deputados Bilac Pinto, Fábio Sousa, Jorge Tadeu Mudalen, Margarida Salomão, Rômulo Gouveia e Vitor Valim – titulares; Ronaldo Nogueira – rela- tor. ABERTURA: O presidente agradeceu aos participantes pelo comparecimento, enfatizou a importância de redução de tarifas, de universalização dos serviços de telecomunicações e de elaboração de nova legislação Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 219 para o setor. Usaram da palavra durante o debate os senhores Marcos Augusto Mesquita Coelho, diretor de Relações Institucionais da empresa Oi; Vinicius Oliveira Caram Guimarães, gerente de Controle de Obrigações de Qualidade da Superintendência de Controle de Obrigações da Anatel. O consultor legislativo José de Sousa Paz Filho questionou o representante da agência a respeito da implantação da telefonia móvel rural. Usaram da palavra durante o debate os senhores Leandro Henrique Lobo Guerra, diretor de Relações Institucionais da concessionária Tim; Diana Tomimura, diretora-substituta do Departamento de Serviços e de Universalização de Telecomunicações do Ministério das Comunicações; Enylson Camolesi, diretor de Relações Institucionais da empresa Vivo e Raimundo Duarte, gerente de Assuntos Regulatórios da operadora Claro. O presidente deba- teu com os convidados sobre aspectos da telefonia móvel e, em seguida, concedeu a palavra ao senhor Igor Britto, coordenador-geral de estudos e monitoramento de mercado da Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça. Ao ensejo do encerramento dos trabalhos os convidados apresentaram diversas pro- postas para a melhoria dos serviços de telecomunicações no país. O presidente reiterou os agradecimentos aos participantes pelo comparecimento ao evento. ENCERRAMENTO: Nada mais havendo a tratar, a presente reunião foi encerrada às doze horas e cinquenta e oito minutos. E, para constar, eu ______, Myriam Gonçalves Teixeira de Oliveira, Secretária-executiva, lavrei a presente Ata, que por ter sido lida e apro- vada, será assinada pelo Presidente, Deputado Vitor Lippi ______, e publicada no Diário da Câmara dos Deputados. COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA

55ª LEGISLATURA – 1ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA ATA DA OCTAGÉSIMA QUARTA REUNIÃO DELIBERATIVA ORDINÁRIA REALIZADA EM 23 DE SETEM- BRO DE 2015 Às dez horas e cinquenta e cinco minutos do dia vinte e três de setembro de dois mil e quinze, reuniu- -se a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), no Anexo II, Plenário 1, da Câmara dos De- putados, com a PRESENÇA dos Senhores Deputados Arthur Lira – Presidente; Aguinaldo Ribeiro e Osmar Serraglio – Vice-Presidentes; Alceu Moreira, Alessandro Molon, Altineu Côrtes, Andre Moura, Arnaldo Faria de Sá, Bacelar, Betinho Gomes, Bruno Covas, Capitão Augusto, Carlos Bezerra, Chico Alencar, Covatti Filho, Cristiane Brasil, Danilo Forte, Diego Garcia, Esperidião Amin, Fausto Pinato, Francisco Floriano, Giovani Che- rini, Hiran Gonçalves, Jorginho Mello, José Fogaça , Juscelino Filho, Luis Tibé, Luiz Couto, Luiz Sérgio, Marco Tebaldi, Marcos Rogério, Maria do Rosário, Paes Landim, Pastor Eurico, Paulo Magalhães, Paulo Maluf, Paulo Teixeira, Pedro Cunha Lima, Rodrigo Pacheco, Ronaldo Fonseca, Rubens Pereira Júnior, Sergio Souza , Valmir Prascidelli e Wadih Damous – Titulares; Afonso Motta, Bruna Furlan, Célio Silveira, Daniel Almeida, Delegado Éder Mauro, Delegado Waldir, Edmar Arruda, Elmar Nascimento, Erika Kokay, Félix Mendonça Júnior, Glauber Braga, Gonzaga Patriota, Gorete Pereira, Hildo Rocha, Jerônimo Goergen, José Nunes, Mainha, Manoel Junior, Marcio Alvino, Marco Maia, Mário Negromonte Jr., Marx Beltrão , Mendonça Filho, Nelson Marchezan Junior, Odelmo Leão, Odorico Monteiro, Professor Victório Galli, Reginaldo Lopes, Renata Abreu, Ricardo Barros, Ri- cardo Tripoli, Roberto Britto, Sandro Alex, Silas Câmara, Soraya Santos, Tia Eron, Valtenir Pereira e Vitor Valim – Suplentes. Compareceram também os Deputados Carlos Henrique Gaguim, Delegado Edson Moreira, Edu- ardo Bolsonaro, Evair de Melo, Marcelo Aro, Rodrigo Martins, Silas Freire, Subtenente Gonzaga, Tenente Lú- cio e Weliton Prado, como não-membros, bem como a Senhora Julliana Vitor Corrêa. Deixaram de compare- cer os Deputados André Fufuca, Antonio Bulhões, Arthur Oliveira Maia, Bonifácio de Andrada, Décio Lima, Evandro Gussi, Felipe Maia, Indio da Costa, Jhc, João Campos, José Carlos Aleluia, José Mentor, Júlio Delgado, Jutahy Junior, Luciano Ducci, Padre João, Pr. Marco Feliciano, Raul Jungmann, Rogério Rosso, Sergio Zveiter, Tadeu Alencar e Veneziano Vital do Rêgo. ABERTURA: O Presidente declarou abertos os trabalhos e subme- teu à apreciação a Ata da octagésima terceira Reunião Deliberativa Ordinária realizada em vinte e dois de setembro de dois mil e quinze. Os Deputados Luiz Couto e Marcos Rogério requereram a dispensa da leitu- ra da Ata, que foi deferida pelo Presidente. Não houve discussão. Passou-se à votação. Foi aprovada. II – DE- LIBERAÇÕES COM INVERSÕES APROVADAS. Os Deputados Juscelino Filho, Marcos Rogério e Arnaldo Faria de Sá solicitaram, em lista de presença, conforme acordo firmado na Comissão, inversão de pauta para apre- ciação dos itens oito, oito (repetido) e dez, respectivamente. Passou-se à votação. Foram os requerimentos aprovados pelo Plenário da Comissão. 1 – PROJETO DE LEI Nº 215/15 – do Sr. Hildo Rocha – que “acrescenta inciso V ao art. 141 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940”. (Apensados: PL 1547/2015 e PL 1589/2015) EXPLICACAO DA EMENTA: Pune os crimes contra a honra praticados nas redes sociais. RELATOR: Deputado JUSCELINO FILHO. PARECER pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa e, no mé- 220 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 rito, pela aprovação deste, do PL 1547/2015, e do PL 1589/2015, apensados, com Substitutivo. Proferido o Parecer. Vista ao Deputado Alessandro Molon, em 13/08/2015. Retirado de Pauta em virtude da ausência do Relator, em 08/09/2015. Os Deputados Marcos Rogério e Alessandro Molon apresentaram votos em separa- do, em 16/09/2015. O Presidente submeteu à apreciação o Requerimento de retirada de pauta da matéria, de autoria dos Deputados Betinho Gomes e Alessandro Molon. Encaminharam, a favor e contra a votação do Requerimento, os Deputados Betinho Gomes e Esperidião Amin, respectivamente. Usaram da palavra, pela Ordem, os Deputados Marcos Rogério, Alessandro Molon, Hildo Rocha e José Fogaça. Por acordo, o presidente retirou, de ofício, a matéria de pauta, face à realização de Audiência Pública, que ocorrerá na pró- xima terça-feira. Ficou prejudicado o requerimento. Vencidas as inversões, o Presidente retomou o transcur- so normal da pauta. 2 – PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 450/14 – do Sr. Eduardo Cunha – que “altera o art. 93 da Constituição Federal”. EXPLICACAO DA EMENTA: Estabelece que os processos distribuídos aos membros e órgãos do Poder Judiciário sejam analisados em ordem cronológica, ou seja, de acordo com a ordem de chegada. RELATOR: Deputado RODRIGO PACHECO. PARECER pela admissibilidade. Proferido o Parecer. Vista conjunta aos Deputados Décio Lima, Esperidião Amin e Wadih Damous, em 15/09/2015. Reti- rado de Pauta em virtude da ausência do Relator, em 22/09/2015. Não houve discussão. Passou-se à votação. Foi aprovado o Parecer. 3 – PROJETO DE LEI Nº 174/15 – do Sr. Alceu Moreira – que “altera dispositivos do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal) sobre furto e roubo, majorando penas e qualificando condutas”. RELATOR: Deputado CARLOS BEZERRA. PARECER pela constitucionalidade, juridici- dade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação. Retirado de Pauta em virtude da ausência do Relator, em 02/09/2015; 15/09/2015 e 22/09/2015.Leitura do Parecer do Relator, Deputado Carlos Bezerra, pelo De- putado José Fogaça. Vista ao Deputado Luiz Couto. Assegurada a inscrição para discussão do Deputado João Campos, em 03/09/2015. Discutiram a Matéria: Dep. Luiz Couto (PT-PB), Dep. José Carlos Aleluia (DEM-BA), Dep. Evandro Gussi (PV-SP), Dep. Rodrigo Pacheco (PMDB-MG) e Dep. Carlos Bezerra (PMDB-MT). Retirado de Pauta, de ofício, por acordo. Mantidas as inscrições para discussão dos seguintes Deputados: Wadih Da- mous, Alceu Moreira, Marcos Rogério, Felipe Maia, Delegado Waldir e José Fogaça, em 10/09/2015. O Depu- tado Luiz Couto apresentou voto em separado, em 08/09/2015. Discutiram a matéria os Deputados Alceu Moreira, Marcos Rogério, Delegado Waldir, José Fogaça, Érika Kokay, Betinho Gomes e Ronaldo Fonseca. Passou-se à votação. Foi aprovado o Parecer. Em razão do resultado, em votação simbólica, proclamado pela Mesa, a Deputada Maria do Rosário, Vice-Líder do PT, solicitou verificação de votação, que foi deferida pelo Presidente. Orientaram a favor do Parecer o bloco PMDB/PP/PTB/PSC/PHS/PEN e os partidos PR, PSD, DEM e SD; e, contra, os partidos PT, PDT e PSOL. Liberaram suas bancadas os partidos PSDB, PSB e PROS. Às doze horas e dois minutos, iniciou-se a votação nominal. Às doze horas e dezenove minutos, encerrou-se a vota- ção. Foi aprovado o Parecer, com o seguinte resultado: vinte e quatro votos sim, doze votos não; no total de trinta e seis votos válidos. 4 – PROJETO DE LEI Nº 6.412/09 – do Sr. Paulo Pimenta – que “determina a oferta de canais avulsos no serviço de televisão por assinatura”. (Apensado: PL 5079/2013) RELATOR: Deputado ANDRÉ FUFUCA. PARECER Parecer com Complementação de Voto do Relator, Dep. André Fufuca (PEN-MA), pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa deste, das Emendas nº 1/2009 e 2/2011 da Comis- são de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, do Substitutivo da Comissão de Defesa do Con- sumidor e do PL 5079/2013, apensado. Leitura do Parecer do Relator, Deputado André Fufuca, pelo Deputa- do Elmar Nascimento. Vista ao Deputado Arnaldo Faria de Sá, em 01/09/2015. Designado Relator Substituto, Deputado Ronaldo Fonseca, que acatou, na íntegra, o Parecer apresentado em vinte e dois de setembro pelo Relator anteriormente designado, Deputado André Fufuca. Não houve discussão. Passou-se à votação. Foi aprovado o Parecer. 5 – PROJETO DE LEI Nº 1.332/07 – do Sr. Beto Mansur – que “altera o art. 4º, da Lei nº 10.201, de 14 de fevereiro de 2001, que instituiu o Fundo Nacional de Segurança Pública, para incluir o ser- viço telefônico de recebimento de informações e a premiação dos que oferecerem informações que auxiliem nas investigações policiais”. (Apensado: PL 1432/2007) RELATOR: Deputado SILAS CÂMARA. PARECER Parecer com Complementação de Voto, Dep. Silas Câmara (PSD-AM), pela constitucionalidade, juridicidade e técni- ca legislativa deste, com emenda, do PL 1432/2007, apensado, e do Substitutivo da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, com subemenda. Proferido o Parecer pelo Relator. O Deputado Luiz Couto solicitou vista ao Projeto, que foi concedida pelo Presidente. 10 – PROJETO DE LEI Nº 3.641/08 – do Senado Federal – Serys Slhessarenko – (PLS 295/2007) – que “dispensa de pagamento de taxa de inscrição em concursos públicos federais os postulantes a cargos ou empregos públicos que tenham renda familiar per capita não superior a um salário mínimo”. (Apensados: PL 777/2003 (Apensados: PL 2615/2003, PL 3620/2004 (Apensados: PL 4211/2004, PL 6771/2010, PL 3695/2004, PL 3890/2004, PL 3895/2004 (Apensa- dos: PL 4528/2012 e PL 6866/2013) e PL 1532/2011), PL 4509/2004, PL 4545/2004, PL 4753/2005, PL 4917/2005, PL 5495/2005, PL 5529/2005, PL 6956/2006, PL 3200/2008, PL 3440/2008 (Apensados: PL 4641/2009 (Apen- Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 221 sados: PL 5971/2009 e PL 7001/2010 (Apensado: PL 1927/2011 (Apensado: PL 3897/2012))), PL 5416/2013, PL 5460/2013 (Apensado: PL 6116/2013) e PL 7618/2014), PL 3578/2008, PL 4007/2008, PL 6028/2009 (Apen- sado: PL 5966/2013) e PL 3373/2012), PL 7618/2010, PL 2111/2011, PL 2970/2011, PL 3272/2012 e PL 4289/2012 (Apensado: PL 7429/2014)) RELATOR: Deputado FAUSTO PINATO. PARECER pela constitucionalidade, juridi- cidade e técnica legislativa deste, do PL 777/2003, do PL 4509/2004, do PL 6956/2006, do PL 3200/2008, do PL 3578/2008, do PL 4007/2008, do PL 6028/2009, do PL 7618/2010, do PL 3373/2012, do PL 5966/2013, do PL 4545/2004, do PL 5529/2005 e do PL 3440/2008, apensados, nos termos do Substitutivo da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, com Subemenda; e pela inconstitucionalidade do PL 7618/2014, do PL 2615/2003, do PL 4753/2005, do PL 4917/2005, do PL 5495/2005, do PL 3620/2004, do PL 3695/2004, do PL 3890/2004, do PL 3895/2004, do PL 4211/2004, do PL 6771/2010, do PL 4641/2009, do PL 5416/2013, do PL 5460/2013, do PL 2111/2011, do PL 2970/2011, do PL 3272/2012, do PL 4289/2012, do PL 5971/2009, do PL 7001/2010, do PL 1927/2011, do PL 3897/2012 e do PL 7429/2014, apensados, e pela injuridicidade do PL 1532/2011, do PL 4528/2012, do PL 6866/2013 e do PL 6116/2013, apensados. Proferido o Parecer. Vista conjunta aos Deputados Félix Mendonça Júnior e José Fogaça . Assegurada a inscrição para discussão do Deputado José Fogaça, em 03/09/2015. Discutiu a Matéria o Dep. Marcos Rogério (PDT-RO). Suspensa a discussão em virtude do encerramento da Reunião devido ao início da Ordem do Dia no Plenário da Câma- ra dos Deputados, em 10/09/2015. O Deputado Marcos Rogério apresentou voto em separado, em 15/09/2015. Discutiram a matéria os Deputados José Fogaça e Fausto Pinato, que apresentou complementação de voto. Passou-se à votação. Foi aprovado o Parecer, com complementação de voto e voto contrário do Deputado José Fogaça. 19 – PROJETO DE LEI Nº 816/11 – do Sr. Rubens Bueno – que “dispõe sobre a regulamentação de novas profissões” RELATOR: Deputado MENDONÇA FILHO. PARECER pela constitucionalidade, juridicida- de e técnica legislativa deste e do Substitutivo da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público. Retirado de Pauta em virtude da ausência do Relator, em 08/09/2015; 10/09/2015 e 22/09/2015. Lido o Pa- recer do Relator, Deputado Mendonça Filho, pelo Deputado Elmar Nascimento. Os Deputados Marcos Ro- gério e Capitão Augusto solicitaram vista conjunta ao Projeto, que foi concedida pelo Presidente. 20 – PRO- JETO DE LEI Nº 1.702/11 – do Sr. Jose Stédile – que “determina a obrigatoriedade de matrícula em instituição de ensino aos atletas com menos de 18 anos e que não tenham concluído o ensino médio, vinculados a entidades desportivas profissionais ou entidades de prática desportiva formadoras de atleta, bem como beneficiários da Bolsa-Atleta”. EXPLICACAO DA EMENTA: Altera as Leis nºs 9.615, de 24 de março de 1998 e 10.891, de 9 de julho de 2004. RELATOR: Deputado GLAUBER BRAGA. PARECER pela constitucionalidade, ju- ridicidade e técnica legislativa deste, nos termos do Substitutivo da Comissão de Educação. Proferido o Pa- recer. Vista conjunta aos Deputados Delegado Waldir, Ronaldo Fonseca e Valmir Prascidelli. Assegurada a inscrição para discussão do Deputado Fausto Pinato, em 08/09/2015. Retirado de Pauta em virtude da au- sência do Relator, em 22/09/2015. Discutiu a matéria o Deputado Delegado Waldir. Passou-se à votação. Foi aprovado o Parecer. No decorrer da Reunião, o Presidente retirou, de ofício, os Projetos de Lei nºs 139/1999, 5.069/13, 1.019/11, 373/15 e 4.118/12, itens um, quatro, sete, nove e vinte e um da pauta, respectivamente, em virtude da ausência dos Relatores, Deputados Andre Moura, Evandro Gussi, Luciano Ducci, Indio da Cos- ta e Sergio Zveiter, nesta ordem. ENCERRAMENTO. Em virtude do esgotamento da pauta, o Presidente en- cerrou a Reunião às doze horas e trinta e dois minutos, antes convocou Reunião Deliberativa Ordinária para quinta-feira, dia vinte e quatro de setembro de dois mil e quinze, às dez horas, para apreciação da pauta remanescente. Comunicou, ainda, que a Comissão receberá hoje, às quinze horas e trinta minutos, neste plenário, a visita oficial do Vice-Presidente do Comitê de Lei e Presidente da Comissão dos Assuntos Legis- lativos do Comitê Permanente da Assembleia Popular Nacional da China, SE o Sr. Li Shishi, e delegação par- lamentar. E, para constar, eu ______, Alexandra Zaban Bittencourt, lavrei a presente Ata, que, por ter sido aprovada, será assinada pelo Presidente, Deputado Arthur Lira, ______, e publicada no Diário da Câmara dos Deputados. COMISSÃO DO ESPORTE

55ª Legislatura – 1ª Sessão Legislativa Ordinária ATA DA REUNIÃO ORDINÁRIA REALIZADA EM 16 DE SETEMBRO DE 2015 Às quatorze horas e vinte e três minutos do dia dezesseis de setembro de dois mil e quinze, reuniu-se a Comissão do Esporte, no Anexo II, Plenário 04 da Câmara dos Deputados, com a presença dos senhores deputados Márcio Marinho – Presidente; Alexandre Valle, Hélio Leite e João Derly – Vice-Presidentes; Andres Sanchez, Carlos Eduardo Cadoca, Deley, Evandro Roman, Fabio Reis e José Airton Cirilo – Titulares; Adelson 222 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 Barreto, Altineu Côrtes, Arnaldo Jordy, Flávia Morais, Francisco Chapadinha, Goulart, Marcus Vicente, Pedro Fernandes e Tenente Lúcio – Suplentes. Compareceram também os deputados Carlos Henrique Gaguim e Evair de Melo, como não-membros. Deixaram de comparecer os deputados Afonso Hamm, Danrlei de Deus Hinterholz, Fernando Monteiro, Hiran Gonçalves, Jhonatan de Jesus, Marcelo Aro, Roberto Góes, Rogério Marinho, Rubens Bueno, Silvio Torres e Valadares Filho. Justificaram a ausência os deputados Alan Rick, Fá- bio Mitidieri e Hiran Gonçalves. ABERTURA: Havendo número regimental de parlamentares, o presidente Márcio Marinho declarou abertos os trabalhos e colocou em apreciação as atas da reunião deliberativa or- dinária, realizada em 09 de setembro de 2015, e das audiências públicas, realizadas em 10 e 15 de setem- bro de 2015. O deputado Altineu Côrtes solicitou a dispensa de leitura das atas, o que foi aprovado pelo plenário. Em votação, as atas foram APROVADAS. EXPEDIENTE: O presidente comunicou que a Secretaria da Comissão recebeu as justificativas de ausência dos deputados Alan Rick e João Derly, referente à reu- nião deliberativa ordinária do dia 09 de setembro. Informou, também, que no dia 10 de setembro designou o deputado Evandro Roman como relator do PL 3.462/12, de autoria do deputado Andre Moura. O depu- tado Márcio Marinho comunicou que os deputados Hiran Gonçalves e Fábio Mitidieri, no período de 12 a 19 de setembro, estão representando esta Comissão em missão oficial nas cidades de Londres e Barcelona para conhecer o legado deixado pelos Jogos Olímpicos. Informou, também, que na última sexta-feira, dia 11 de setembro, o deputado Fernando Monteiro e o Secretário Executivo Lindberg Júnior representaram a Comissão na maior competição estudantil do Brasil, os Jogos Escolares da Juventude, que aconteceu nos dias 3 a 12 de setembro, em Fortaleza. Por fim, o presidente comunicou que em atenção ao Requerimento nº 33/2015, de iniciativa do deputado João Derly, a Subcomissão Especial para a Realização das Olimpíadas e Paralimpíadas de 2016 está realizando um ciclo de audiências públicas com as Confederações Olímpicas para debater a preparação das delegações para os Jogos Olímpicos do Rio 2016, sendo que duas audiências já foram realizadas – uma com as confederações de atletismo e de handebol e outra com as confederações de judô e levantamento de peso – e a terceira será realizada dia 17 de setembro com as Confederações De Vela, Remo e Taekwondo. ORDEM DO DIA: A – Requerimentos: 1 – REQUERIMENTO Nº 80/15 – do Sr. João Derly – que “requer ao Sr. Ministro de Estado da Fazenda a estimativa de renúncia de receita decorrente da aprovação do Projeto de Lei nº 2.538/2015”. O autor encaminhou a votação. Não houve discussão. Em vota- ção, o requerimento foi APROVADO. O presidente Márcio Marinho informou que o requerimento aprovado será transformado em Requerimento de Informação da Comissão do Esporte e será encaminhado à Mesa da Câmara e, posteriormente, ao Ministério da Fazenda. 2 – REQUERIMENTO Nº 81/15 – do Sr. Evandro Roman – que “requer a realização de Audiência Pública para debater o Projeto de Lei nº 1494 de 2015, que dispõe sobre a proibição de construção, instalação e utilização de quadras esportivas ou infraestrutura esportiva com piso de madeira”. O autor encaminhou a votação. Não houve discussão. Em votação, o requerimento foi APROVADO. O deputado pediu a palavra e solicitou inversão de pauta para deliberar o item 4 (Projeto de Lei nº 1.375/15) antes do item 3 (Projeto de Lei nº 1.148/15). O deputado João Derly também pediu a pala- vra e solicitou a inclusão dos convidados Miraildes Maciel Mota (Formiga) – jogadora da Seleção Brasileira de futebol –, Rafaelle Leone Carvalho Souza – jogadora da Seleção Brasileira de futebol – e Célio Lino de Oliveira – Técnico de Futebol Feminino da Sociedade Esportiva do Gama – no rol de convidados da audiên- cia pública proposta pelos requerimentos nº 34 e 36, de autoria da deputada Flávia Morais e subscrito pelo deputado João Derly, o que foi acatado pelo presidente. Na sequência, o deputado Altineu Côrtes pediu a palavra e solicitou, como relator do projeto, a retirada de pauta do item 3 (Projeto de Lei nº 1.148/15) para revisão do parecer. O presidente Márcio Marinho acatou a solicitação, de modo que o pedido de inversão de pauta foi prejudicado. B – Proposições Sujeitas à Apreciação Conclusiva pelas Comissões: TRAMITAÇÃO OR- DINÁRIA 3 – PROJETO DE LEI Nº 1.148/15 – do Sr. Luiz Nishimori – que “dispõem sobre a isenção de imposto de importação (II) e todos os impostos referentes à importação, como as alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep, da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), da Contribuição para o PIS/ Pasep – Importação e da Cofins – Importação incidentes sobre a importação e a receita de venda no merca- do interno, imposto sobre a circulação de mercadorias (ICMS), dos produtos que menciona, para os artigos esportivos, equipamentos e maquinas destinados ao uso, manutenção e pratica do esporte golfe”. Relator: Deputado Altineu Côrtes. Parecer: pela aprovação. O projeto foi RETIRADO DE PAUTA pelo relator. 4 – PRO- JETO DE LEI Nº 1.375/15 – do Sr. Goulart – que “dispõe sobre a autorização e regulamentação da venda e o consumo de cervejas em estádios, arenas desportivas e seus arredores durante a realização de um evento esportivo”. (Apensado: PL 1980/2015) Relator: Deputado Andres Sanchez. Parecer: pela aprovação deste, e do PL 1980/2015, apensado, com substitutivo. Vista à Deputada Flávia Morais, em 09/09/2015. Tendo em vista que o relatório e voto do relator já haviam sido lidos na reunião deliberativa ordinária anterior, ocorri- da no dia 09 de setembro, o relator somente abriu a discussão. Nenhum deputado manifestou-se para dis- Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 223 cutir o projeto. Em votação, o parecer foi APROVADO. ENCERRAMENTO: Às quatorze horas e trinta e quatro minutos, não havendo nada mais a tratar, o presidente Márcio Marinho encerrou os trabalhos, convocando a todos para a audiência pública a ser realizada no dia 17 de setembro, às nove horas e trinta minutos, no Plenário 4, com o objetivo de debater a preparação da delegação dos atletas para as Olimpíadas de 2016 com as Confederações Brasileiras de Taekwondo, Remo e Vela. E, para constar, eu ______, Lindberg Aziz Cury Júnior, Secretário-Executivo da Comissão, lavrei a presente Ata, que por ter sido lida e aprovada, será assinada pelo presidente, deputado Márcio Marinho ______, e publicada no Diário da Câmara dos Deputados.

COMISSÃO DO ESPORTE

55ª Legislatura – 1ª Sessão Legislativa Ordinária ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA ORDINÁRIA COM A PARTICIPAÇÃO DA SUBCOMISSÃO ESPECIAL PARA A REALIZAÇÃO DAS OLIMPÍADAS E PARALIMPÍADAS DE 2016 REALIZADA EM 17 DE SETEMBRO DE 2015 Às nove horas e cinquenta e sete minutos do dia dezessete de setembro de dois mil e quinze, reuniu-se a Comissão do Esporte, no Anexo II, Plenário 04 da Câmara dos Deputados, com a presença dos senhores depu- tados Alexandre Valle, Hélio Leite e João Derly – Vice-Presidentes; Andres Sanchez, Danrlei de Deus Hinterholz, Evandro Roman, Fabio Reis, Marcelo Aro, Roberto Góes e Valadares Filho – Titulares; Adelson Barreto, Chico D’Angelo, Damião Feliciano, Edinho Bez, Flávia Morais, Francisco Chapadinha, Goulart, Marcelo Matos, Marcus Vicente, Pedro Fernandes e Tenente Lúcio – Suplentes. Compareceram também os deputados Carlos Henrique Gaguim, Celso Maldaner, Evair de Melo, Mariana Carvalho, Silas Freire, Vicente Candido e Weliton Prado, como não-membros. Deixaram de comparecer os deputados Afonso Hamm, Carlos Eduardo Cadoca, Deley, Fernan- do Monteiro, Hiran Gonçalves, Jhonatan de Jesus, José Airton Cirilo, Márcio Marinho, Rogério Marinho, Rubens Bueno e Silvio Torres. Justificaram a ausência os Deputados Fábio Mitidieri e Hiran Gonçalves. ABERTURA: O deputado João Derly, no exercício da presidência, declarou abertos os trabalhos, em atenção ao Requerimento nº 33/2015, de sua autoria, com o objetivo de debater a preparação da delegação dos atletas para as Olimpía- das de 2016 com as Confederações Brasileiras de Taekwondo, Remo e Vela. Para dar início às apresentações, o deputado João Derly convidou para compor a Mesa o senhor Ademar Lamoglia, Presidente da Federação de Taekwondo de Brasília; o senhor Edson Altino Pereira Junior, Presidente da Confederação Brasileira de Remo; e o senhor Marco Aurélio de Sá Ribeiro, Presidente da Confederação Brasileira de Vela. O deputado informou que a audiência era a terceira do ciclo de audiências públicas com as Confederações Olímpicas para debater a preparação das delegações para os Jogos Olímpicos do Rio 2016 e que outra audiência já está programada para o dia 1º de outubro, com as Confederações de Ciclismo e Boxe. Comunicou, também, que as demais au- diências do ciclo já estão sendo agendas para os dias 8 e 15 de outubro. O presidente em exercício fez a leitura das regras e deu início aos debates. O senhor Marco Aurélio de Sá Ribeiro fez sua exposição. O deputado João Derly ressaltou que a audiência pública estava sendo transmitida pelo portal e-Democracia, com link dispo- nível na página da Comissão do Esporte no Portal da Câmara. Na sequência, os senhores Edson Altino Pereira Junior e Ademar Lamoglia, nessa ordem, fizeram suas exposições. O deputado Hélio Leite fez uso da palavra e dirigiu perguntas aos expositores, as quais foram respondidas pelo senhor Edson Junior. O deputado João Derly também inquiriu os expositores e fez a leitura de perguntas encaminhadas por internautas, por meio do Portal e-Democracia. Os convidados responderam aos questionamentos. O deputado João Derly destacou que a Subcomissão Especial para a Realização das Olimpíadas e Paralimpíadas de 2016 da Comissão do Espor- te tem acompanhado a realização dos eventos teste que estão sendo realizados no Rio de Janeiro. O deputa- do abriu espaço para questionamentos do público, de modo que o senhor Daniel Brito, repórter do UOL, fez seus apontamentos. O deputado, também, fez a leitura de pergunta encaminhada por internauta, por meio do Portal e-Democracia. Os senhores Edson Junior e Marco Aurélio Ribeiro responderam aos questionamen- tos. Na sequência, os senhores Marco Aurélio Ribeiro, Edson Junior e Ademar Lamoglia, nessa ordem, fizeram suas considerações finais. ENCERRAMENTO: Às doze horas e trinta e seis minutos, não havendo nada mais a tratar, o deputado João Derly agradeceu a presença de todos e encerrou os trabalhos, convocando os senho- res e senhoras parlamentares para a reunião de audiência pública, a ser realizada no dia 23 de setembro, às 15 horas, no Plenário 4, com o objetivo de debater a instituição do dia 25 de maio como o Dia Nacional do Des- porto Escolar. E, para constar, eu ______, Lindberg Aziz Cury Júnior, Secretário Executivo da Comissão, lavrei a presente Ata, que por ter sido lida e aprovada, será assinada pelo presidente em exercício, deputado João Derly ______, e publicada no Diário da Câmara dos Deputados. 224 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO DESTINADA A INVESTIGAR INDÍCIOS DE APLICAÇÃO INCORRETA DOS RECURSOS E DE MANIPULAÇÃO NA GESTÃO DE FUNDOS DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR DE FUNCIONÁRIOS DE ESTATAIS E SERVIDORES PÚBLICOS, OCORRIDAS ENTRE 2003 E 2015, E QUE CAUSARAM PREJUÍZOS VULTOSOS AOS SEUS PARTICIPANTES. (CPI – FUNDOS DE PENSÃO) ATA DA 6ª REUNIÃO, REALIZADA EM 1º DE SETEMBRO DE 2015

(Tomada de Depoimento) Ao primeiro dia do mês de setembro do ano de dois mil e quinze, às quatorze horas e cinquenta e dois minutos, no plenário quatorze do Anexo II da Câmara dos Deputados, reuniu-se, ordinariamente, a “COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO DESTINADA A INVESTIGAR INDÍCIOS DE APLICAÇÃO INCORRE- TA DOS RECURSOS E DE MANIPULAÇÃO NA GESTÃO DE FUNDOS DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR DE FUNCIONÁRIOS DE ESTATAIS E SERVIDORES PÚBLICOS, OCORRIDAS ENTRE 2003 E 2015, E QUE CAUSARAM PREJUÍZOS VULTOSOS AOS SEUS PARTICIPANTES. (CPI – FUNDOS DE PENSÃO)”, criada pelo requerimento de CPI nº 15, de 2015. Compareceram os Deputados Efraim Filho – Presidente; Paulo Teixeira, Samuel Mo- reira e Hissa Abrahão – Vice-Presidentes; Sergio Souza – Relator; Daniel Almeida, Darcísio Perondi, Enio Verri, Heitor Schuch, Hugo Leal, João Rodrigues, Lelo Coimbra, Luiz Carlos Busato, Marcelo Aro, Marcio Alvino, Marcus Pestana, Marcus Vicente, Pedro Cunha Lima e Pr. Marco Feliciano – TITULARES; e os Depu- tados Arnaldo Faria de Sá, Erika Kokay, Fausto Pinato, Fernando Marroni, Gonzaga Patriota, Indio da Costa, Jorginho Mello, Paulo Azi, Rocha, Sóstenes Cavalcante, Uldurico Junior, Vitor Valim, Wellington Roberto e Zé Silva – SUPLENTES. Compareceram também os Deputados Carlos Henrique Gaguim, Edinho Bez, Evair de Melo e Weliton Prado, como não-membros. O Deputado Luis Tibé apresentou justificativa de falta para as reuniões da CPI realizadas nos dias 18 e 25 de agosto do corrente ano. Deixaram de comparecer os Deputados Fernando Francischini, Jhonatan de Jesus, Júlio Delgado, Luis Tibé, Milton Monti, Pompeo de Mattos, Rogério Rosso e Sandes Júnior. ABERTURA: O Presidente declarou abertos os trabalhos. ATA: Ten- do em vista a distribuição de cópias da Ata da 3ª Reunião a todos os presentes, o Presidente consultou o Colegiado quanto à necessidade de sua leitura, que foi dispensada a pedido do Deputado Marcus Pesta- na. Em votação, a Ata foi aprovada. ORDEM DO DIA: Audiência pública para tomada de depoimento do Senhor Henrique Jäger – Diretor-Presidente da Fundação PETROBRAS de Seguridade Social – PETROS. O Presidente convidou o Senhor Henrique Jäger a tomar assento à mesa, informou os procedimentos a se- rem adotados, informou também que o depoente havia firmado “Termo de Compromisso” e solicitou que o mesmo prestasse o juramento. A seguir, o Presidente teceu considerações, anunciou a presença na mesa do Sr. Alexandre Barenco Ribeiro – Gerente Executivo Jurídico da PETROS e, a seguir, passou a palavra ao Senhor Henrique Jäger, para suas considerações, por vinte minutos. Encerrada a exposição do depoente, teceram considerações e formularam perguntas, que foram respondidas pelo depoente, os Deputados Sérgio Souza, Efraim Filho e Marcus Pestana – que solicitaram informações ao depoente, o qual se pronti- ficou em enviá-las para a CPI, Paulo Azi, Rocha, Efraim Filho, Indio da Costa, Samuel Moreira, Paulo Teixeira, Enio Verri, Luiz Carlos Busato – que solicitou informações ao depoente, o qual se prontificou em enviá-las para a CPI, Erika Kokay, Daniel Almeida, João Rodrigues, Sérgio Souza, Lelo Coimbra, Pedro Cunha Lima, Efraim Filho – que apresentou novas indagações e prestou esclarecimentos, e Marcelo Aro. ENCERRA- MENTO: nada mais havendo a tratar, o Presidente encerrou os trabalhos às dezenove horas e quarenta e seis minutos, antes convocando os membros da Comissão para a próxima reunião ordinária, a ser realiza- da no dia 03 de setembro, às 09 horas, em plenário a ser informado oportunamente, para deliberação de requerimentos e tomada de depoimento do Senhor Gueitiro Matsuo Genso – Diretor-Presidente da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil – PREVI. E, para constar, eu, ______, Saulo Au- gusto Pereira, Secretário-Executivo da Comissão, lavrei a presente Ata, que depois de lida e aprovada, será assinada pelo Presidente, ______, Deputado Efraim Filho, e publicada no Diário da Câmara dos Deputados. O inteiro teor foi gravado, passando o arquivo de áudio correspondente e as respectivas notas taquigráficas, após decodificadas, a integrar o acervo documental desta reunião. Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 225 COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO DESTINADA A INVESTIGAR INDÍCIOS DE APLICAÇÃO INCORRETA DOS RECURSOS E DE MANIPULAÇÃO NA GESTÃO DE FUNDOS DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR DE FUNCIONÁRIOS DE ESTATAIS E SERVIDORES PÚBLICOS, OCORRIDAS ENTRE 2003 E 2015, E QUE CAUSARAM PREJUÍZOS VULTOSOS AOS SEUS PARTICIPANTES. (CPI – FUNDOS DE PENSÃO) ATA DA 8ª REUNIÃO, REALIZADA EM 08 DE SETEMBRO DE 2015 (Tomada de Depoimento – Parte Pública) Aos oito dias do mês de setembro do ano de dois mil e quinze, às quatorze horas e cinquenta e sete mi- nutos, no plenário doze do Anexo II da Câmara dos Deputados, reuniu-se, ordinariamente, a “COMISSÃO PAR- LAMENTAR DE INQUÉRITO DESTINADA A INVESTIGAR INDÍCIOS DE APLICAÇÃO INCORRETA DOS RECURSOS E DE MANIPULAÇÃO NA GESTÃO DE FUNDOS DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR DE FUNCIONÁRIOS DE ESTATAIS E SERVIDORES PÚBLICOS, OCORRIDAS ENTRE 2003 E 2015, E QUE CAUSARAM PREJUÍZOS VULTOSOS AOS SEUS PARTICIPANTES. (CPI – FUNDOS DE PENSÃO)”, criada pelo requerimento de CPI nº 15, de 2015. Compareceram os Deputados Efraim Filho – Presidente; Samuel Moreira – Vice-Presidente; Sergio Souza – Relator; Daniel Almeida, Darcísio Perondi, Enio Verri, Fernando Francischini, Heitor Schuch, Hugo Leal, João Rodrigues, Júlio Delgado, Lelo Coimbra, Marcio Alvino, Marcus Pestana, Marcus Vicente e Rocha – TITULARES; e os Deputados Arnaldo Faria de Sá, Erika Kokay, Fausto Pinato, Fernando Marroni, Gonzaga Patriota, Indio da Costa, Marcos Reategui, Paulo Azi, Sóstenes Cavalcante, Vitor Valim e Zé Silva – SUPLENTES. Compareceram também os Deputados Carlos Henrique Gaguim, Edinho Bez, Evair de Melo e Valtenir Pereira, como não-membros. Deixaram de comparecer os Deputados Hissa Abrahão, Jhonatan de Jesus, Luis Tibé, Luiz Carlos Busato, Marcelo Aro, Milton Monti, Paulo Teixeira, Pompeo de Mattos, Pr. Marco Feliciano, Rogério Rosso e Sandes Júnior. O Deputado Luis Tibé apresen- tou justificativa de falta.ABERTURA: O Presidente declarou abertos os trabalhos. ORDEM DO DIA: Audiência pública para tomada de depoimento dos Senhores: Carlos Alberto de Paula – Diretor-Superintendente da Su- perintendência Nacional de Previdência Complementar – PREVIC; Sérgio Djundi Taniguchi – Diretor de Fisca- lização da Superintendência Nacional de Previdência Complementar – PREVIC; e Maurício de Aguirre Nakata – Diretor-Substituto de Fiscalização da Superintendência Nacional de Previdência Complementar – PREVIC. O Presidente convidou os depoentes a tomarem assento à mesa, prestou esclarecimentos, informou os procedi- mentos a serem adotados, informou também que o depoente havia firmado “Termo de Compromisso” e soli- citou que o mesmo prestasse o juramento. O Deputado Marcus Pestana solicitou urgência na disponibilização das notas taquigráficas. O Presidente informou que já havia solicitado urgência na transcrição das mesmas. A seguir, o Presidente passou a palavra ao Senhor Carlos Alberto de Paula, para suas considerações, por vinte mi- nutos, informando que somente o mesmo usaria da palavra para explanação. Encerrada a exposição, teceram considerações e formularam perguntas, que foram respondidas pelo depoente, os Deputados Sérgio Souza, Efraim Filho – o qual informou ao plenário de que caso o depoente necessitasse de responder às perguntas em caráter reservado, por ter informações sigilosas a compartilhar, que a CPI transformaria a reunião em reservada, Marcus Pestana, Efraim Filho, Vitor Valim, Erika Kokay, Arnaldo Faria de Sá, Enio Verri, Samuel Moreira, João Ro- drigues, Paulo Azi – cujos questionamentos foram respondidos também pelo Senhor Sérgio Djundi Taniguchi, Sérgio Souza – que solicitou a transformação da reunião em reservada, Efraim Filho – que teceu considerações e informou que iria concluir, em reunião pública, a participação dos parlamentares inscritos, Rocha – cujos questionamentos foram respondidos também pelo Senhor Sérgio Djundi Taniguchi, Marcus Vicente – cujos questionamentos foram respondidos também pelos Senhores Maurício de Aguirre Nakata e Sérgio Djundi Ta- niguchi, Erika Kokay, Raul Jungmann – cujos questionamentos foram respondidos também pelo Senhor Sér- gio Djundi Taniguchi, Daniel Almeida, Lelo Coimbra, Nelson Marchezan Júnior – cujos questionamentos foram respondidos também pelo Senhor Sérgio Djundi Taniguchi, Hugo Leal, Efraim Filho – cujas perguntas foram respondidas pelo Senhor Sérgio Djundi Taniguchi e Enio Verri. O Presidente informou que a CPI transformaria a reunião em reservada, para que o Senhor Carlos Alberto de Paula pudesse compartilhar informações sigilosas. ENCERRAMENTO: nada mais havendo a tratar, o Presidente encerrou os trabalhos às dezenove horas e trinta e seis minutos, antes convocando os membros da Comissão para a reunião reservada, a ser realizada hoje, às de- zenove horas e cinquenta minutos, neste mesmo plenário, para tomada de depoimento, em caráter reservado, dos Senhores Carlos Alberto de Paula – Diretor-Superintendente da Superintendência Nacional de Previdên- cia Complementar – PREVIC; Sérgio Djundi Taniguchi – Diretor de Fiscalização da Superintendência Nacional de Previdência Complementar – PREVIC; e Maurício de Aguirre Nakata – Diretor-Substituto de Fiscalização da Superintendência Nacional de Previdência Complementar – PREVIC. E, para constar, eu, ______, Saulo Augusto Pereira, Secretário-Executivo da Comissão, lavrei a presente Ata, que depois de lida e aprovada, será assinada pelo Presidente, ______, Deputado Efraim Filho, e publicada no Diário da Câmara dos 226 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 Deputados. O inteiro teor foi gravado, passando o arquivo de áudio correspondente e as respectivas notas ta- quigráficas, após decodificadas, a integrar o acervo documental desta reunião. COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO DESTINADA A INVESTIGAR INDÍCIOS DE APLICAÇÃO INCORRETA DOS RECURSOS E DE MANIPULAÇÃO NA GESTÃO DE FUNDOS DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR DE FUNCIONÁRIOS DE ESTATAIS E SERVIDORES PÚBLICOS, OCORRIDAS ENTRE 2003 E 2015, E QUE CAUSARAM PREJUÍZOS VULTOSOS AOS SEUS PARTICIPANTES. (CPI – FUNDOS DE PENSÃO) ATA DA 9ª REUNIÃO, REALIZADA EM 10 DE SETEMBRO DE 2015 (Tomada de Depoimento) Aos dez dias do mês de setembro do ano de dois mil e quinze, às dez horas e dois minutos, no ple- nário dois do Anexo II da Câmara dos Deputados, reuniu-se, ordinariamente, a “COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO DESTINADA A INVESTIGAR INDÍCIOS DE APLICAÇÃO INCORRETA DOS RECURSOS E DE MA- NIPULAÇÃO NA GESTÃO DE FUNDOS DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR DE FUNCIONÁRIOS DE ESTATAIS E SERVIDORES PÚBLICOS, OCORRIDAS ENTRE 2003 E 2015, E QUE CAUSARAM PREJUÍZOS VULTOSOS AOS SEUS PARTICIPANTES. (CPI – FUNDOS DE PENSÃO)”, criada pelo requerimento de CPI nº 15, de 2015. Compa- receram os Deputados Efraim Filho – Presidente; Samuel Moreira e Hissa Abrahão – Vice-Presidentes; Sergio Souza – Relator; Daniel Almeida, Darcísio Perondi, Enio Verri, Fernando Francischini, Heitor Schuch, João Ro- drigues, Júlio Delgado, Luis Tibé, Luiz Carlos Busato, Marcus Pestana, Marcus Vicente e Rocha – TITULARES; e os Deputados Arnaldo Faria de Sá, Assis Carvalho, Erika Kokay, Fausto Pinato, Fernando Marroni, Gonzaga Patriota, Marcos Reategui, Nelson Marchezan Junior, Paulo Azi, Raul Jungmann, Roberto Góes, Sóstenes Ca- valcante, Vitor Valim e Zé Silva – SUPLENTES. Compareceram também os Deputados Carlos Henrique Ga- guim, Delegado Edson Moreira, Eliziane Gama, Evair de Melo, Hildo Rocha, Izalci, Jhc, Subtenente Gonzaga e Weliton Prado, como não-membros. Deixaram de comparecer os Deputados Capitão Augusto, Hugo Leal, Jhonatan de Jesus, Lelo Coimbra, Marcelo Aro, Milton Monti, Paulo Teixeira, Pompeo de Mattos, Pr. Marco Feliciano, Rogério Rosso e Sandes Júnior. ABERTURA: O Presidente declarou abertos os trabalhos. ATA: Ten- do em vista a distribuição de cópias da Ata da 5ª Reunião a todos os presentes, o Presidente consultou o Colegiado quanto à necessidade de sua leitura, que foi dispensada a pedido do Deputado Rocha. Em vota- ção, a Ata foi aprovada. ORDEM DO DIA: Audiência pública para tomada de depoimento do Senhor Alexej Predtechensky – Ex-Presidente do Instituto de Seguridade Social dos Correios e Telégrafos – POSTALIS. O Presidente convidou o Senhor Alexej Predtechensky a tomar assento à mesa. O Deputado Rocha usou da palavra para questionar qual seria a condição em que o depoente prestaria seu depoimento. O Presiden- te informou que o mesmo prestaria seu depoimento na condição de testemunha. Discutiram o assunto os Deputados Fernando Francischini e Efraim Filho. A seguir, o Presidente informou os procedimentos a serem adotados durante a tomada de depoimento, informou também que o depoente havia firmado “Termo de Compromisso” e solicitou que o mesmo prestasse o juramento. A seguir, o Presidente concedeu a palavra ao Senhor Alexej Predtechensky, para sua explanação, por vinte minutos. Encerrada a exposição do depoente, teceram considerações e formularam perguntas, que foram respondidas pelo depoente, os Deputados Ar- naldo Faria de Sá, Sergio Souza, Raul Jungmann, Efraim Filho – que recebeu um documento do depoente e, ato contínuo, fez uma leitura do mesmo e teceu considerações, Marcus Pestana, Samuel Moreira – que assu- miu a presidência dos trabalhos, Efraim Filho – que reassumiu a presidência, Fernando Francischini, Samuel Moreira, Marcus Vicente – que teceu considerações, Raul Jungmann, Paulo Azi, Rocha, João Rodrigues, Eri- ka Kokay, Assis Carvalho, Sergio Souza – o qual solicitou que a CPI tomasse as providências para solicitar as transferências dos sigilos do depoente, Efraim Filho – que informou sobre a necessidade da deliberação de requerimento solicitando a transferência de sigilo. A seguir, o Presidente concedeu a palavra ao depoente, que prestou esclarecimentos e entregou documentos para a CPI. Em seguida, o Presidente usou da palavra para tecer considerações finais.ENCERRAMENTO: nada mais havendo a tratar, o Presidente encerrou os trabalhos às quatorze horas e cinquenta e sete minutos, antes convocando os membros da Comissão para a próxima reunião ordinária, a ser realizada no dia 15 de setembro, às 14 horas e 30 minutos, em plenário a ser informado oportunamente, para tomada de depoimento do Senhor Milton Pascowitch – Empresário. E, para constar, eu, ______, Saulo Augusto Pereira, Secretário-Executivo da Comissão, lavrei a presente Ata, que depois de lida e aprovada, será assinada pelo Presidente, ______, Deputado Efraim Filho, e publicada no Diário da Câmara dos Deputados. O inteiro teor foi gravado, passando o arquivo de áudio correspondente e as respectivas notas taquigráficas, após decodificadas, a integrar o acervo docu- mental desta reunião. Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 227 COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 187-A, DE 2012, DO SR. WELLINGTON FAGUNDES E OUTROS, QUE “DÁ NOVA REDAÇÃO ÀS ALÍNEAS “A” E “B” DO INCISO I DO ART. 96 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, RENOMINA AS SUAS ALÍNEAS SUBSEQUENTES E ACRESCENTA-LHE UM PARÁGRAFO ÚNICO, DISPONDO SOBRE A ELEIÇÃO DOS ÓRGÃOS DIRETIVOS DOS TRIBUNAIS DE 2º GRAU”

55ª Legislatura – 1ª Sessão Legislativa Ordinária ATA DA 9ª REUNIÃO ORDINÁRIA REALIZADA EM 8 DE SETEMBRO DE 2015. Às quinze horas e sete minutos do dia oito de setembro de dois mil e quinze, reuniu-se a Comissão Es- pecial destinada a proferir parecer à Proposta de Emenda à Constituição nº 187-A, de 2012, do Sr. Wellington Fagundes e outros, que “dá nova redação às alíneas “a” e “b” do inciso I do art. 96 da Constituição Federal, reno- mina as suas alíneas subsequentes e acrescenta-lhe um parágrafo único, dispondo sobre a eleição dos órgãos diretivos dos Tribunais de 2º grau”, no Anexo II, Plenário 06 da Câmara dos Deputados. Registraram presença os deputados: Lincoln Portela – Presidente; Vinicius Carvalho, Paulo Freire e Rubens Pereira Júnior – Vice-Presi- dentes; Alessandro Molon, Jose Stédile, Marcos Rogério, Pastor Eurico, Paulo Abi-Ackel e Tadeu Alencar – Titu- lares; Antonio Bulhões, Átila Lins, Capitão Augusto, Jhc e Sergio Souza – Suplentes. Compareceram também os Deputados Carlos Henrique Gaguim, Evair de Melo e Valtenir Pereira, como não-membros. Deixaram de com- parecer os Deputados Andre Moura, Daniel Vilela, Fernando Francischini, Gilberto Nascimento, João Campos, Junior Marreca, Laerte Bessa, Max Filho, Osmar Serraglio, Paes Landim, Paulo Teixeira, Sergio Zveiter e Wadih Damous. ABERTURA: Havendo número regimental, o senhor Presidente declarou abertos os trabalhos e colo- cou à apreciação a Ata da 8ª reunião, realizada no dia 2 de setembro de 2015. Em votação, a Ata foi aprovada. Foi recebido pela comissão o Of. 090/15/Int./GAB, do Deputado João Campos, que justifica sua ausência na reunião do dia 8 de setembro. A – Audiência Pública: O presidente iniciou a reunião convidando para compor a Mesa os senhores: MARIA HELENA MALLMANN, Ministra do Tribunal Superior do Trabalho, e JAYME MARTINS DE OLIVEIRA NETO, Presidente da Associação Paulista dos Magistrados – APAMAGIS. Informou que, embora tenham confirmado participação nesta reunião, os convidados: Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho, Presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro; Francisco Falcão, Presidente do Conselho da Justiça Federal; e Cláudio Pereira de Souza Neto, Secretário-Geral do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, comunicaram não poder comparecer devido a imprevistos. Discorreu sobre as regras para o andamento da reunião e passou a palavra aos convidados presentes. Assumiu a presidência o Deputado Vinicius Carvalho, 1º Vice-Presidente. Usaram da palavra para debate os deputados Lincoln Portela e Pastor Eurico. O presidente passou novamente a palavra aos convidados para respostas e considerações finais. Com anuência do plenário, o presidente con- cedeu a palavra, a pedido, ao senhor Israel Santos Borges, 2º Secretário da Federação Nacional dos Servidores do Judiciário nos Estados – FENAJUD, para breves comentários. B – Deliberação de Requerimento: 1 – REQUE- RIMENTO Nº 9/15 – do Sr. Alessandro Molon – (PEC 187/2012) – que “requer Audiência Pública para discutir a Proposta de Emenda Constitucional nº 187-A, de 2012”, com a presença de: Desembargadora MARIA DAS GRAÇAS CABRAL VIEGAS PARANHOS, Presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região – RJ; Desem- bargadora CLEUSA REGINA HALFEN, Presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região – RS; Desem- bargador CARLOS HENRIQUE BEZERRA LEITE, Tribunal Regional do Trabalho da 17ª Região – ES; e Desembar- gador ALMINO JOSÉ MELLO PADILHA, Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Roraima. Em votação, o requerimento foi APROVADO. Nada mais havendo a tratar, o Presidente encerrou a reunião às dezesseis horas e trinta e sete minutos. E, para constar, eu ______, Marcelo Brandão Lapa, Secretário-Subs- tituto, lavrei a presente Ata, que por ter sido lida e aprovada, será assinada pelo Presidente, Deputado Lincoln Portela ______, e publicada no Diário da Câmara dos Deputados. COMISSÃO EXTERNA DESTINADA A ACOMPANHAR A PARALISAÇÃO NACIONAL DOS CAMINHONEIROS

55ª Legislatura – 1ª Sessão Legislativa Ordinária ATA DA 8ª REUNIÃO ORDINÁRIA REALIZADA EM 9 DE SETEMBRO DE 2015. Às dezesseis horas e dez minutos do dia nove de setembro de dois mil e quinze, reuniu-se a Comissão Externa destinada a acompanhar a Paralisação Nacional dos Caminhoneiros, no Anexo II, Plenário 16 da Câma- ra dos Deputados. Presentes os Senhores Deputados Celso Maldaner – Coordenador; Osmar Terra – Relator; Assis do Couto, Covatti Filho, João Arruda, Jorginho Mello, Laercio Oliveira, Nelson Marquezelli, Nilson Leitão, 228 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 Pedro Uczai e Sergio Souza – Titulares. Deixaram de comparecer os Deputados Arlindo Chinaglia, Fabio Garcia, Hugo Leal, Mauro Pereira, Pompeo de Mattos, Ságuas Moraes e Valdir Colatto. ABERTURA: Havendo número regimental, o senhor Coordenador declarou abertos os trabalhos e submeteu à apreciação a Ata da 7ª Reunião Ordinária de Audiência Pública, realizada no dia 13 de agosto de 2015. Por solicitação do Deputado Covatti Fi- lho, foi dispensada a leitura da ata. Em discussão e votação, a ata foi aprovada. EXPEDIENTE: O Coordenador comunicou o recebimento das seguintes correspondências: 1) Ofício 59/2015, da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos – CNTA, em que congratula pela Audiência Pública da Comissão e solicita apoio para participação da entidade na Câmara Temática de Assuntos Veiculares do Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN; 2) Aditamento do Ato da Presidência de 17/03/2015, da Presidência da Casa, em que designa o Deputado Assis do Couto (PT/PR) para compor a Comissão; 3) Ofício do Fórum Permanente para o Transporte Rodoviário de Cargas, em que encaminha as gravações e as atas das 1ª e 2ª Reuniões Ordinárias do Fórum; 4) Ofício nº 129/2015, do Deputado Hugo Leal, em que justifica sua ausência às reuniões da Comissão no período de 19 a 24 de agosto em virtude de missão oficial autorizada pela Presidência da Casa; 5) Ofício do Fórum Per- manente para o Transporte Rodoviário de Cargas, em que encaminha a gravação da 3ª Reunião Ordinária do Fórum. O Coordenador informou que cópias das correspondências poderiam ser obtidas na Secretaria da Co- missão. ORDEM DO DIA: 1 – REQUERIMENTO Nº 8/15 – do Sr. Covatti Filho – que “requer a realização de reunião no âmbito dessa Comissão Externa para debater sobre a fiscalização de caminhões nas rodovias brasileiras”. Os Deputados Covatti Filho e Osmar Terra encaminharam a votação. EM VOTAÇÃO, APROVADO. ENCERRAMENTO: Nada mais havendo a tratar, o Coordenador encerrou os trabalhos às dezesseis horas e vinte e três minutos. E, para constar, eu ______, Alessandro Alves de Miranda, Secretário-Executivo, lavrei a pre- sente Ata, que depois de lida e aprovada, será assinada pelo Coordenador e encaminhada à publicação no Di- ário da Câmara dos Deputados. ______, Deputado Celso Maldaner, Coordenador. O inteiro teor foi gravado, passando o arquivo de áudio correspondente a integrar o acervo documental desta reunião. COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 395-A, DE 2014, DO SR. ALEX CANZIANI E OUTROS, QUE “ALTERA A REDAÇÃO DO INCISO IV DO ART. 206 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, REFERENTE À GRATUIDADE DO ENSINO PÚBLICO EM ESTABELECIMENTOS OFICIAIS” – PEC 395/14 – GRATUIDADE DO ENSINO PÚBLICO

55ª Legislatura – 1ª Sessão Legislativa Ordinária ATA DA 6ª REUNIÃO ORDINÁRIA, REALIZADA EM 17 DE SETEMBRO DE 2015. Às dez horas e trinta e um minutos do dia dezessete de setembro de dois mil e quinze, reuniu-se a Co- missão Especial destinada a proferir parecer à Proposta de Emenda à Constituição nº 395-A, de 2014, do Sr. Alex Canziani e outros, que “altera a redação do inciso IV do art. 206 da Constituição Federal, referente à gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais”, no Anexo II, Plenário 8 da Câmara dos Deputados. Registraram presença os Deputados Pedro Fernandes – Presidente; Osmar Serraglio, Caio Narcio e Enio Verri – Vice-Presiden- tes; Cleber Verde – Relator; Alfredo Kaefer, Átila Lira, Dilceu Sperafico, Evandro Roman, Lelo Coimbra, Leopoldo Meyer, Marcelo Belinati, Margarida Salomão, Professora Dorinha Seabra Rezende, Sandro Alex e Sergio Vidigal – Titulares; Celso Jacob, Moses Rodrigues e Toninho Wandscheer – Suplentes. Registraram presença também os Deputados Alex Canziani, Carlos Henrique Gaguim, Delegado Edson Moreira, Evair de Melo, Gonzaga Patriota, Josi Nunes e Marcus Vicente, não-membros. Deixaram de comparecer os Deputados Jorginho Mello, Maria do Rosário, Milton Monti, Rogério Marinho e Saraiva Felipe. ABERTURA: Havendo número regimental, o Presidente declarou abertos os trabalhos e submeteu à apreciação as Atas da quarta e quinta reuniões, realizadas, respec- tivamente, nos dias vinte de agosto e dez de setembro. Em votação, as Atas foram aprovadas. EXPEDIENTE: O Presidente informou a todos que, além do Consultor Renato Gilioli, fora também designada para prestar asses- soramento técnico-legislativo à Comissão a Consultora Ana Valeska Amaral Gomes. Informou, ainda, que ha- viam sido recebidos os seguintes expedientes da Secretaria-Geral da Mesa, deferidos pelo Presidente da Casa: Ofício nº 350/15, da Liderança do DEM, indicando o Deputado José Carlos Aleluia (DEM/BA) para suplente na Comissão, e comunicado do licenciamento por cento e vinte dias do Deputado Weverton Rocha (PDT/MA). O Presidente informou que o prazo para recebimento de emendas (de dez sessões), iniciado em dezesseis de julho, havia sido encerrado no dia vinte de agosto e que não haviam sido apresentadas emendas. Antes de dar início à Ordem do Dia, o Presidente informou sobre os procedimentos regimentais que seriam observa- dos durante a reunião e ato contínuo anunciou a ORDEM DO DIA: Discussão e votação do parecer do relator à PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 395/14 – do Sr. Alex Canziani – que “altera a redação do inciso IV do art. 206 da Constituição Federal, referente à gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais”. Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 229 Apresentado o PARECER DO RELATOR, DEP. CLEBER VERDE (PRB-MA), PELA APROVAÇÃO, COM SUBSTITUTIVO. O Presidente, então, passou a palavra ao Relator. Este inicialmente cumprimentou o Presidente pela condução dos trabalhos, os membros da Comissão e os convidados que participaram das audiências públicas por suas contribuições, e também dirigiu palavras de agradecimento à Secretária da Comissão e ao Consultor Renato Gilioli pela assessoria prestada. Em seguida, tendo sido distribuídas cópias do parecer, com a anuência do Ple- nário, o Relator procedeu à leitura apenas do substitutivo. Encerrada a leitura, o Deputado Átila Lira solicitou vista, sendo acompanhado no pedido por outros deputados, de sorte que o Presidente, conforme solicitado, concedeu VISTA CONJUNTA AOS DEPUTADOS ÁTILA LIRA, CELSO JACOB, MARGARIDA SALOMÃO, SERGIO VIDI- GAL E TONINHO WANDSCHEER, por duas sessões. Franqueada a palavra, manifestaram-se os Deputados Alex Canziani, Átila Lira, Sérgio Vidigal, Margarida Salomão, Toninho Wandscheer e Celso Jacob. Por fim, o Relator registrou contribuição oferecida pelo Deputado Sérgio Vidigal ao substitutivo, e o Presidente ressaltou o im- portante papel desempenhado pelo Deputado Alex Canziani, Autor da PEC, também na presidência da Frente Parlamentar Mista da Educação. O Presidente informou aos presentes, ainda, que estivera com a Presidenta da República, a quem propôs uma grande discussão em torno do Ministério da Educação (MEC), que, em sua opinião, era muito grande, de difícil gestão, sugerindo que o ensino superior fosse alocado no Ministério da Ciência e Tecnologia, e o ensino básico, no MEC. ENCERRAMENTO: Nada mais havendo a tratar, o Presidente convocou reunião para a quinta-feira seguinte, dia vinte e quatro de setembro, às dez horas, para discussão e votação do parecer do Relator, em plenário a definir, e encerrou os trabalhos às dez horas e cinquenta e oito minutos. E, para constar, eu ______, Cláudia Maria Borges Matias, lavrei a presente Ata, que, após lida e aprovada, será assinada pelo Presidente, Deputado Pedro Fernandes ______, e publicada no Diário da Câmara dos Deputados. O inteiro teor foi gravado, passando o arquivo de áudio cor- respondente a integrar o acervo documental da reunião. Xxxxxxxx COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 395-A, DE 2014, DO SR. ALEX CANZIANI E OUTROS, QUE “ALTERA A REDAÇÃO DO INCISO IV DO ART. 206 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, REFERENTE À GRATUIDADE DO ENSINO PÚBLICO EM ESTABELECIMENTOS OFICIAIS” – PEC 395/14 – GRATUIDADE DO ENSINO PÚBLICO

55ª Legislatura – 1ª Sessão Legislativa Ordinária ATA DA 7ª REUNIÃO ORDINÁRIA, REALIZADA EM 24 DE SETEMBRO DE 2015. Às onze horas e cinquenta e três minutos do dia vinte e quatro de setembro de dois mil e quinze, reuniu- -se a Comissão Especial destinada a proferir parecer à Proposta de Emenda à Constituição nº 395-A, de 2014, do Sr. Alex Canziani e outros, que “altera a redação do inciso IV do art. 206 da Constituição Federal, referente à gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais”, no Anexo II, Plenário 15 da Câmara dos Deputa- dos. Registraram presença os Deputados Pedro Fernandes – Presidente; Cleber Verde – Relator; Lelo Coimbra, Marcelo Belinati, Margarida Salomão, Maria do Rosário, Milton Monti, Professora Dorinha Seabra Rezende, Ro- gério Marinho, Sandro Alex e Sergio Vidigal – Titulares; Dr. Jorge Silva, Moses Rodrigues, Odorico Monteiro e Toninho Wandscheer – Suplentes. Registraram presença também os Deputados Alex Canziani e Pastor Eurico, não-membros. Deixaram de comparecer os Deputados Alfredo Kaefer, Átila Lira, Caio Narcio, Dilceu Sperafico, Enio Verri, Evandro Roman, Jorginho Mello, Leopoldo Meyer, Osmar Serraglio e Saraiva Felipe. ABERTURA: Ha- vendo número regimental, o Presidente declarou abertos os trabalhos e submeteu à apreciação a Ata da sexta reunião, realizada no dia dezessete de setembro de dois mil e quinze, cuja leitura foi dispensada a pedido do Deputado Cleber Verde. Em votação, a Ata foi aprovada. EXPEDIENTE: O Presidente registrou o recebimento dos seguintes expedientes: do gabinete do Deputado Odorico Monteiro (PT/CE), Ofício 226/15, justificando a ausência dele no período de quinze a dezessete de setembro, por se encontrar em missão oficial autorizada; do Professor Paulo Kaminski, presidente da Comissão de Cultura e Extensão da Escola Politécnica da Universi- dade de São Paulo – EPUSP, manifestação de apoio à PEC 395/15. Em seguida, o Presidente informou sobre as normas regimentais que seriam observadas na apreciação da matéria e anunciou a ORDEM DO DIA: Discus- são e Votação do parecer à PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 395/14. RELATOR: Deputado CLEBER VERDE. PARECER pela aprovação, com substitutivo. O Presidente lembrou que o substitutivo já havia sido lido na reunião anterior e que havia transcorrido o prazo de duas sessões da vista então solicitada. Antes de dar início à discussão, o Presidente passou a palavra ao Relator, que pediu para registrar em ata que procedera a retificações no relatório, mas que não alteravam em nada o voto nem o substitutivo já apresentado e entre- gue aos parlamentares. O Relator ainda registrou que havia acordado com a Deputada Margarida Salomão que alteração por ela proposta relativa a bolsas seria objeto de projeto de lei complementar a ser posterior- 230 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 mente apresentado pela Deputada. Ato contínuo, o Presidente deu início à discussão. O Deputado Alex Can- ziani, Autor da proposta, reiterou agradecimentos ao Presidente da Comissão, ao Relator, parabenizando-o pelo aperfeiçoamento do texto; à Secretária da Comissão, Cláudia Matias, e ao Consultor Renato Gilioli, pelo trabalho e dedicação; a todas as entidades que participaram das audiências públicas e, de modo especial, aos professores da UFRJ, Cláudia Morgado e Edilberto Strauss, pelo empenho em trabalhar pela proposta, acom- panhando todas as reuniões; à Andifes, à Abruem, que apoiam essa iniciativa; às Deputadas Margarida Salo- mão e Professora Dorinha, e, por fim, considerando estar maduro o texto para ser aprovado pela Comissão e ser levado ao Plenário, manifestou a intenção de procurar o Presidente da Casa, Deputado Eduardo Cunha, e os Líderes, para propor que, na semana do dia quinze de outubro, dia do professor, a matéria fosse apreciada no Plenário, o que seria uma contribuição importante para a educação brasileira. Na sequência, o Deputado Toninho Wandescheer, manifestando-se favorável à proposta, parabenizou o Relator e destacou nomes de convidados das audiências públicas que constaram do relatório, em sua maioria defendendo a proposta. En- cerrada a discussão, o Presidente anunciou a votação, antes declarando encerrado o prazo para apresentação de destaques e informando que não havia sido apresentado nenhum. Encaminharam a votação os Deputados Sérgio Vidigal, Professora Dorinha, Lelo Coimbra e Cleber Verde. Submetido a votação, o parecer do Relator foi APROVADO. Franqueada a palavra aos Deputados presentes, manifestaram-se: a Deputada Professora Do- rinha, que, entre outras coisas, agradeceu ao relator pela introdução no texto da ressalva por ela sugerida em relação à área da saúde e da formação de professores; o Deputado Cleber Verde, que cumprimentou uma vez mais o Autor, parabenizando-o pela diligência e empenho para o andamento da PEC, e, na pessoa da profes- sora Cláudia Vaz Morgado, a todos que contribuíram com os trabalhos da Comissão, e, em especial, ao Presi- dente e à equipe da Comissão; e o Presidente, que agradeceu ao Relator e também parabenizou o Autor pela honestidade de propósito e empenho na aprovação da matéria; registrou, ainda, sua admiração pela atuação da Deputada Professora Dorinha na defesa da educação e, igualmente, registrou agradecimentos à Secretária e ao Consultor da Comissão já mencionados. ENCERRAMENTO: Antes de encerrar, considerando que, naquela fase dos trabalhos, aquela seria a última reunião da Comissão, que somente voltaria a se reunir para elaboração da redação para o segundo turno após a aprovação da matéria em primeiro turno no Plenário, o Presidente consultou o Colegiado se poderia dar por aprovada a Ata da reunião, que seria redigida em síntese de acordo com o registro de áudio. Com a anuência do Plenário, a Ata foi considerada aprovada, e a reunião encerrada às doze horas e quatorze minutos. E, para constar, eu ______, Cláudia Maria Borges Matias, lavrei a presente Ata, que, tendo sido aprovada, será assinada pelo Presidente, Deputado Pedro Fernandes ______, e publicada no Diário da Câmara dos Deputados. O inteiro teor foi gravado, passando o arquivo de áudio correspondente a integrar o acervo documental da reunião. COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER AO PROJETO DE LEI Nº 6.583, DE 2013, DO SR. ANDERSON FERREIRA, QUE “DISPÕE SOBRE O ESTATUTO DA FAMÍLIA E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS” E APENSADO – PL658313 (CE – PL 6583/13 – ESTATUTO DA FAMÍLIA)

55ª LEGISLATURA – 1ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA ATA DA 11ª REUNIÃO (ORDINÁRIA – DELIBERATIVA) REALIZADA EM 17 DE SETEMBRO DE 2015 Às dez horas e quarenta minutos do dia dezessete de setembro de dois mil e quinze, reuniu-se ordina- riamente a Comissão Especial destinada a proferir parecer ao Projeto de Lei nº 6583, de 2013, do Sr. Anderson Ferreira, que “dispõe sobre o Estatuto da Família e dá outras providências”, e apensado, no Plenário 13 do Ane- xo II da Câmara dos Deputados, sob a presidência do Deputado Sóstenes Cavalcante. Registraram presença os Deputados Sóstenes Cavalcante – Presidente; Pr. Marco Feliciano e Rogério Marinho – Vice-Presidentes; Diego Garcia – Relator; Aureo, Bacelar, Conceição Sampaio, Erika Kokay, Eros Biondini, Evandro Gussi, Flavinho, Geo- vania de Sá, Jean Wyllys, Marcelo Aguiar, Marcos Rogério, Pastor Eurico e Paulo Freire – Titulares; Cabo Sabino, Evandro Roman e Rosângela Curado – Suplentes. Compareceram também os Deputados Carlos Gomes, Carlos Henrique Gaguim, Delegado Edson Moreira, Evair de Melo, Gilberto Nascimento, Nelson Marchezan Junior e Subtenente Gonzaga, como não-membros. Deixaram de registrar presença os Deputados Anderson Ferreira, Antonio Bulhões, Jô Moraes, João Campos, Lucio Mosquini, Maria do Rosário, Missionário José Olimpio, Roney Nemer e Silas Câmara. ABERTURA: O Presidente declarou abertos os trabalhos e submeteu a Plenário a Ata da 10ª Reunião, cuja leitura foi dispensada a pedido do Deputado Marcelo Aguiar. Não houve discussão. Em vo- tação, a Ata foi aprovada. ORDEM DO DIA: Proposição sujeita a apreciação conclusiva pelas Comissões – TRA- MITAÇÃO ORDINÁRIA: 1) PROJETO DE LEI Nº 6.583/13 – do Sr. Anderson Ferreira – que “dispõe sobre o Estatuto da Família e dá outras providências”. (Apensado: PL 6584/2013) RELATOR: Deputado DIEGO GARCIA. PARECER Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 231 pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa deste, do PL 6584/2013, apensado, e da Emenda 1/2014, apresentada ao projeto; pela inconstitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa da Emenda 1/2015, apresentada ao substitutivo, e, no mérito, pela aprovação deste e da Emenda 1/2014, com substitutivo, e pela rejeição do PL 6584/2013, apensado, e da Emenda 1/2015. Antes de ser anunciada a discussão da matéria, em virtude de solicitação, foi concedida vista conjunta aos Deputados Erika Kokay e Marcelo Aguiar. Logo após, manifestaram-se os Deputados Bacelar, para justificar a emenda apresentada ao substitutivo, Sóstenes Caval- cante, Erika Kokay, Paulo Freire e Diego Garcia. ENCERRAMENTO: Nada mais havendo a tratar, o Presidente encerrou os trabalhos às dez horas e cinquenta e cinco minutos. E, para constar, eu ______, Kátia da Consolação dos Santos, Secretária Executiva, lavrei a presente Ata, que, após lida e aprovada, será assinada pelo Presidente da Comissão, Deputado Sóstenes Cavalcante ______, e publicada no Diário da Câmara dos Deputados. O inteiro teor foi gravado, passando o arquivo de áudio correspondente a integrar o acervo documental desta reunião.

DESIGNAÇÕES

COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA, ABASTECIMENTO E DESENVOLVIMENTO RURAL

DESIGNAÇÃO DE RELATOR Faço, nesta data, a(s) seguinte(s) designação(ões) de relatoria: Ao Deputado César Halum PROJETO DE LEI Nº 1.710/15 – da Sra. Tia Eron – que “dispõe sobre a política de desenvolvimento e apoio às atividades das mulheres marisqueiras”. Sala da Comissão, 24 de setembro de 2015. – Irajá Abreu, Presidente

COMISSÃO DE CULTURA

DESIGNAÇÃO DE RELATOR Faço, nesta data, a(s) seguinte(s) designação(ões) de relatoria: Ao Deputado Diego Garcia PROJETO DE LEI Nº 2.480/15 – do Sr. Mauro Mariani – que “denomina “Rodovia Governador Luiz Hen- rique da Silveira” o trecho da BR-116 em todo o Estado de Santa Catarina”. Ao Deputado Efraim Filho PROJETO DE LEI Nº 2.437/15 – do Sr. Silas Freire – que “denomina “Vereador Marcos Silva” a BR 343, no trecho Teresina – PI / Parnaíba – PI” À Deputada Geovania de Sá PROJETO DE LEI Nº 1.673/15 – do Sr. Valdir Colatto – que “altera a Lei nº 9.875, de 25 de novembro de 1999, para dar a denominação suplementar – Trecho Antonio Carlos Seraglio – ao trecho da rodovia BR-282 localizado no perímetro urbano da cidade de Xanxerê, Estado de Santa Catarina”. PROJETO DE LEI Nº 1.830/15 – do Sr. Pedro Uczai – que “denomina João Batista Menegatti o viaduto na Rodovia BR-282, na travessia urbana de Xanxerê/SC”. Ao Deputado Marcelo Matos PROJETO DE LEI Nº 1.429/07 – do Sr. Silvio Torres – que “altera a Lei nº 9.615, de 24 de março de 1998”. (Apensado: PL 3786/2008) Ao Deputado Sérgio Reis PROJETO DE LEI Nº 1.860/15 – do Sr. Major Olimpio – que “altera a denominação do túnel “Mata Fria”, que faz a divisa dos municípios de Mairiporã e São Paulo, na Rodovia Fernão Dias (BR 381), para Túnel Salatiel Pereira do Valle”. Sala da Comissão, 24 de setembro de 2015. – Félix Mendonça Júnior, Presidente

COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL

DESIGNAÇÃO DE RELATOR Faço, nesta data, a(s) seguinte(s) designação(ões) de relatoria: Ao Deputado Major Olimpio 232 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 PROJETO DE LEI Nº 196/15 – do Sr. Capitão Augusto – que “regula as ações de Polícia Administrativa exercida pelos Corpos de Bombeiros Militares dentro das suas atribuições de prevenção e extinção de incêndio, e perícias de incêndios e ações de defesa civil, de busca salvamento, de resgate e atendimento pré-hospitalar e de emergência; e pelas Polícias Militares no exercício da Polícia Ostensiva e Polícia de Preservação da Ordem Pública, e dá outras providências”. Ao Deputado Raul Jungmann PROJETO DE LEI Nº 2.876/15 – do Sr. Subtenente Gonzaga – que “acrescenta dispositivo no Decreto- -Lei nº 1.001, de 21 de outubro de 1969 – Código Penal Militar para tipificar o crime de Assedio Moral, na forma que especifica”. Sala da Comissão, 24 de setembro de 2015. – Jô Moraes, Presidente PARECERES

DESPACHO DO PRESIDENTE

PUBLICAÇÃO DE PARECER DE COMISSÃO PEC 17-A/2011 CCJC PEC 395-B/2014 CESP PEC 450-A/2014 CCJC PL 4961-B/2005 CDEIC PL 6773-A/2006 CCJC PL 6412-D/2009 CCJC PL 1014-B/2011 CCJC PL 4148-B/2012 CAPADR PL 7965-A/2014 CAPADR PL 8312-A/2014 CINDRA PL 612-A/2015 CINDRA PL 648-A/2015 CINDRA PL 2433-A/2015 CAPADR PDC 107-A/2015 CMADS PDC 179-A/2015 CCJC PDC 182-A/2015 CCJC PRESIDÊNCIA/SGM Publique-se. Em 24-9-2015. – Eduardo Cunha, Presidente PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 17-A, DE 2011 (Do Sr. Rubens Bueno e outros)

Dá nova redação e acrescenta incisos ao parágrafo único do art. 101 da Constituição Federal, para modificar a forma de indicação dos Ministros do Supremo Tribunal Federal; tendo pare- cer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela admissibilidade (relator: DEP. SERGIO ZVEITER). DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PEC-473/2001.TENDO EM VISTA A CORRELAÇÃO DAS MATÉRIAS, DE- TERMINO A APENSAÇÃO DA PEC 17/11 A PEC 473/01. AMBAS AS PROPOSTAS AGUARDAM CRIAÇÃO DE COMISSÃO ESPECIAL. APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário PUBLICAÇÃO DO PARECER DA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA

I – Relatório A proposta de emenda à Constituição em análise, tendo como primeiro signatário o Deputado RUBENS BUENO (PPS/PR), tem como objetivo alterar a forma de indicação dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, compartilhando tal atribuição entre os Poderes do Estado e as instituições que exercem as denominadas fun- ções essenciais à Justiça. Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 233 O parágrafo único do art. 101 da Constituição Federal, ao estabelecer a forma de indicação dos Minis- tros da Excelsa Corte, dispõe que a escolha pertence exclusivamente ao Presidente da República, devendo ser apreciada pelo Senado Federal. A presente proposta altera a competência para a indicação de Ministros do Supremo Tribunal Federal, atribuindo-a ao Superior Tribunal de Justiça, em número de três, dentre membros do Tribunal; à Ordem dos Advogados do Brasil, em número de dois, obedecidos os requisitos de mais de dez anos de atividade profis- sional e a não ocupação da função de Conselheiro nos três anos anteriores; ao Procurador-Geral da República, em número de dois, dentre membros do Ministério Público com mais de dez anos de carreira e que não te- nham ocupado a mesma função no período de três anos antes da abertura da vaga. Confere ainda à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal a indicação de um Ministro por cada Casa, sendo proibida a indicação de deputado ou senador que tenha ocupado o cargo na mesma legislatura em que surgir a vaga. Por fim, cabe ao Presidente da República a indicação de dois Ministros, sendo vedada a indicação de Ministro de Estado ou do Advogado – Geral da União, ou de quem tenha ocupado tais funções no período de três anos antes da aber- tura da respectiva vaga. A proposta estabelece também a forma para o preenchimento das vagas, bem como um mecanismo de transição, até que todos os onze Ministros sejam indicados pelo novo sistema. Na Justificação, após algumas considerações sobre o controle de constitucionalidade no direito compa- rado, é destacada a importância da motivação política nas decisões do Supremo Tribunal Federal e defendido ser imperioso assegurar sua total independência. Para isso, é ressaltado que a escolha dos Ministros da Corte não pode ficar ao arbítrio exclusivo do Presidente da República. São citados, ainda, alguns exemplos de outros países que adotam um mecanismo compartilhado para a nomeação dos Juízes dos Tribunais Constitucionais. É citado o modelo austríaco, em que a Suprema Corte local é composta por quatorze membros efetivos e seis membros suplentes, sendo que a metade de titulares e de suplentes é escolhidos pelo Governo Federal e a outra metade pelo Parlamento; a Alemanha, em que a metade dos oito membros do Tribunal Constitucional são escolhidos pela Câmara dos Representantes e a ou- tra metade pelo Senado e a Espanha, na qual o Tribunal Constitucional se compõe de doze juízes indicados pelo Rei a partir quatro indicações feitas pelo Congresso, quatro pelo Senado, duas pelo Governo e duas pelo Conselho Geral do Poder Judicial. A esta Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania cumpre, segundo os artigos 32, IV, b, e 202, caput, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, apreciar, preliminarmente, a proposição, quanto à sua admissibilidade, verificando as limitações processuais, circunstanciais e materiais, elencadas pelo art. 60 da Constituição Federal. É o relatório.

II – Voto do Relator Os requisitos de admissibilidade da proposta de emenda à Constituição em exame são os previstos no art. 60, inciso I, §§ 1º a 4º, da Constituição Federal, e no art. 201, incisos I e II, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. Assim, analisando a matéria sob o ponto de vista formal, constatamos que a proposta em tela apre- senta número superior ao mínimo de assinaturas necessárias – 180 assinaturas válidas –, conforme certifica a Secretaria-Geral da Mesa (fl. 5). Por outro lado, não há, no presente momento, impedimento circunstan- cial que impeça a alteração da Constituição Federal, uma vez que o País passa por período de normalidade jurídico-constitucional, não se encontrando na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio. Em relação à análise material da proposição em análise, isto é, a sujeição de seu objetivo às cláusulas pétreas – previstas no art. 60, § 4º, da Constituição Federal – verifica-se que a alteração projetada na Proposta de Emenda à Constituição nº 17, de 2011, não pretende abolir a forma federativa do Estado e o voto direto, secreto, universal e periódico, nem tampouco atingir a separação dos Poderes e os direitos e garantias indi- viduais. Cumpre destacar também que a matéria em apreço não foi rejeitada ou havida por prejudicada na presente sessão legislativa. Pelas razões acima declinadas, nosso voto é pela admissibilidade da Proposta de Emenda Constitucio- nal nº 17, de 2011. Sala da Comissão, 6 de maio de 2015. – Deputado Sérgio Zveiter, Relator 234 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 III – Parecer da Comissão A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, em reunião ordinária realizada hoje, opinou pela admissibilidade da Proposta de Emenda à Constituição nº 17/2011, nos termos do Parecer do Relator, Depu- tado Sergio Zveiter. Estiveram presentes os Senhores Deputados: Arthur Lira – Presidente, Aguinaldo Ribeiro, Osmar Serra- glio e Veneziano Vital do Rêgo – Vice-Presidentes, Alessandro Molon, Altineu Côrtes, Andre Moura, Antonio Bulhões, Arnaldo Faria de Sá, Bacelar, Betinho Gomes, Bonifácio de Andrada, Bruno Covas, Capitão Augusto, Chico Alencar, Covatti Filho, Cristiane Brasil, Danilo Forte, Décio Lima, Esperidião Amin, Evandro Gussi, Fausto Pinato, Felipe Maia, Francisco Floriano, Giovani Cherini, Jhc, João Campos, Jorginho Mello, Júlio Delgado, Jus- celino Filho, Jutahy Junior, Luciano Ducci, Luiz Couto, Luiz Sérgio, Marcelo Aro, Marco Tebaldi, Marcos Rogério, Maria do Rosário, Padre João, Paes Landim, Pastor Eurico, Paulo Magalhães, Paulo Maluf, Pedro Cunha Lima, Pr. Marco Feliciano, Raul Jungmann, Rodrigo Pacheco, Rogério Rosso, Ronaldo Fonseca, Rubens Pereira Júnior, Sergio Souza, Sergio Zveiter, Tadeu Alencar, Valmir Prascidelli, Wadih Damous, Edmar Arruda, Félix Mendonça Júnior, Gorete Pereira, Hildo Rocha, Jerônimo Goergen, Lincoln Portela, Manoel Junior, Marx Beltrão, Professor Victório Galli, Roberto Britto e Valtenir Pereira. Sala da Comissão, 16 de setembro de 2015. – Deputado Arthur Lira, Presidente PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 395-B, DE 2014 (Do Sr. Alex Canziani e outros)

Altera a redação do inciso IV do art. 206 da Constituição Federal, referente à gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; tendo parecer: da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela admissibilidade (relator: DEP. OSMAR SERRAGLIO); e da Comissão Especial, pela aprovação, com substitutivo (relator: DEP. CLEBER VERDE). DESPACHO: À COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário PUBLICAÇÃO DO PARECER DA COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 395-A, DE 2014, DO SR. ALEX CANZIANI E OUTROS, QUE “ALTERA A REDAÇÃO DO ART. 206 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, REFERENTE À GRATUIDADE DO ENSINO PÚBLI- CO EM ESTABELECIMENTOS OFICIAIS”. I – Relatório A Proposta de Emenda à Constituição nº 395-A, de 2014, de autoria do Nobre Deputado Alex Canziani, propõe alterar a redação do inciso IV do art. 206 da Constituição Federal, referente à gratuidade do ensino pú- blico em estabelecimentos oficiais, excetuando os cursos de pós-graduaçãolato sensu e de extensão da gra- tuidade do ensino público. Em seu art. 1º, a PEC nº 395-A, de 2014, determina que o inciso IV do art. 206 tenha nova redação: “IV – gratuidade do ensino público nos estabelecimentos oficiais de educação básica e, na educação superior, para os cursos regulares de graduação, mestrado e doutorado”. O art. 2º dispõe que a Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação. Foi aprovada a admissibilidade da proposição pela Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados, sob a apreciação, em Parecer do Deputado Osmar Serraglio, de que não há inconstitucionalidade formal em relação à proposição. Da mesma forma, considerou-se que, devido à judiciali- zação do tema, cabe apreciação do Poder Legislativo a respeito do tema. A tramitação da presente PEC seguiu, então, para esta Comissão Especial para a análise de mérito. Eleitos o Deputado Pedro Fernandes como presidente da Comissão Especial e o Deputado Cleber Verde como Relator, procedeu-se ao debate da temática. Foram realizadas audiências públicas em 13 de agosto de 2015, em 20 de agosto de 2015 e em 10 de setembro de 2015, as quais ensejaram a apresentação deste Rela- tório e do Parecer que se segue. A primeira audiência ocorreu em 13 de agosto de 2015, ocasião em que estiveram presentes represen- tantes da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), da Advocacia-Geral da União (AGU) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). De acordo com o professor Cláudio Castro, da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), a relevância do lato sensu para as universidades é grande. Na instituição de ensino superior (IES) em questão, a Uema, há pouca mobilidade para o corpo docente atender à demanda social do lato sensu, sobretudo no interior do Es- Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 235 tado. Para o financiamento das especializações, indicou que é necessário convênio com instituição ou empresa, pagamento de encargos educacionais pelo usuário ou combinação de ambas as formas. O lato sensu atende às demandas específicas de cadacampus da Uema. O professor Cláudio apontou que a principal característica do lato sensu seria prestar serviços à sociedade e a um “segmento contemporâneo do mercado”, para qualificar profissionais, não sendo de oferta obrigatória por parte das IES. De modo diverso, o stricto sensu é direcionado à pesquisa. Diante dessa distinção, defende que não há razão para que o lato sensu seja obrigatoriamente gratuito. Por fim, afirmou que haveria tendência de extinção do lato sensu, caso se exija gratuidade obrigatória para esses cursos. Quanto ao mestrado profis- sionalizante, procurou distingui-lo do lato sensu, na medida em que o primeiro exige dissertação (título e di- ploma), enquanto o segundo não (o concluinte só obtém certificado). De acordo com Arnaldo Sampaio de Moraes Godoy, Consultor Jurídico da Advocacia-Geral da União (AGU), o tema da possibilidade de cobrar encargos educacionais em IES públicas é de fundamental discussão, pois a proliferação dos cursos de pós-graduação lato sensu é significativa. As atividades delato sensu transfor- maram-se em cursos voltados ao mercado e podem contribuir para o desenvolvimento do País. O palestrante não vislumbra inconstitucionalidade na proposta em análise. Conforme a professora Cláudia Vaz Morgado, da Escola Politécnica e do Instituto Coppead (Coordenação de Programas de Pós-Graduação em Engenharia) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), sua insti- tuição teria sido, talvez, uma das primeiras a oferecer, no Brasil, curso de pós-graduação lato sensu, há cerca de 50 anos atrás. A professora identificou que há grande demanda de profissionais por cursos de pós-graduação lato sensu no País, pois influem diretamente na empregabilidade e representam oportunidade de qualificação dos recursos humanos para o desenvolvimento do País. A ampliação dos anos de estudo – isso vale também para o lato sensu – proporciona também, na média, o aumento da remuneração dos profissionais. A representante da UFRJ defendeu que a graduação e a pós-graduação stricto sensu, especificamente em relação aos cursos de mestrado e de doutorado acadêmicos, devem ser gratuitas, por suas características de formação geral e de produção de ciência básica e de ponta. Diferem, portanto, do perfil do lato sensu, para o qual a cobrança é parte fundamental para sua viabilidade, pois são demandas específicas, pontuais e dinâmicas do mercado. Ademais, o fato de que professores ministrem aulas no lato sensu tenderia a levá-los à constante atualização com temas específicos, técnicos e atuais, os quais podem repercutir positivamente para o ensino de graduação e mesmo da pós-graduação stricto sensu. No que se refere ao mestrado profissionalizante, a professora Morgado entende que esses cursos têm perfil similar ao da pós-graduação lato sensu, tendo oferta por vezes temporária, motivo por que deveriam ser entendidos nos mesmos moldes da possibilidade de cobrança. Apresentou, também, aspectos da discussão a esse respeito no STF, em especial o posicionamento da AGU em favor da possibilidade de cobrança do lato sensu. Por fim, entende que, se as IES públicas forem obrigadas a ofertar os cursos lato sensu gratuitamente, como eles são direcionados a demandas de mercado, ocorreria um direcionamento de recursos públicos em direção aos interesses privados. Isso não ocorreria se esses interesses privados continuarem a patrocinar dire- tamente os cursos lato sensu públicos. A representante da UFRJ evocou o Parecer Sucupira – Parecer CES nº 977, de 3 de dezembro de 1965. Nele registra-se, como responsabilidade da pós-graduação, não somente a formação de professores e pesqui- sadores, mas também a formação de técnicos e trabalhadores intelectuais de alto padrão para promover o desenvolvimento nacional. Segundo a palestrante, o mestrado profissional teria surgido para atender a essa perspectiva de formação de técnicos de alta qualificação. Acresceu a isso o raciocínio de que parte significativa dos mestrados profissio- nais são pagos por grandes empresas ou instituições, as quais contribuiriam, dessa forma, para o desenvolvi- mento da educação pública com esses encargos. Defendeu, também, a ideia de que mestrados profissionais, diferentemente dos acadêmicos, têm pouco acesso a recursos públicos, de modo que o seu autofinanciamento seria uma necessidade premente. Foram descritos casos de sucesso de mestrados profissionais patrocinados pela Embraer e pela Fiocruz. A professora Maria José Soares Medeiros Giannini representou o Fórum de Pró-Reitores de Pós-Graduação e Pesquisa (Foprop) nessa primeira audiência pública da Comissão. Apresentou defesa irrestrita do princípio da gratuidade da educação superior pública para a graduação e para a pós-graduação stricto sensu. No entanto, entende o Foprop que deve haver cobrança de mensalidades na pós-graduação lato sensu, salvo para os cur- sos de formação de professores, os quais deveriam continuar a ser gratuitos. A palestrante ressaltou que, caso fossem obrigatoriamente financiados por recursos públicos, as IES pú- blicas teriam um custo adicional a arcar além do que já têm atualmente, visto que é prática corrente a cobrança nos cursos lato sensu. Em suma, parte dos recursos públicos que hoje são da graduação e da pós-graduação 236 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 stricto sensu teriam de ser canalizados para o lato sensu, caso seja entendido que a educação superior pública deve ser indistintamente gratuita, para todos os cursos e programas que nela são abrigados. A representante do Foprop lembrou que a dinâmica das carreiras profissionais, na atualidade, leva à necessidade de formação continuada em ritmo cada vez mais acelerado, a qual tem no lato sensu um espaço privilegiado, sobretudo nas IES públicas, pois elas são as principais instituições a produzir conhecimento origi- nal. As IES públicas detém, portanto, maior qualidade para ofertar o lato sensu. A professora Giannini também justificou a necessidade de cobrança dolato sensu por seu caráter eventual, não regular, e por serem respostas pontuais às demandas de empresas e da sociedade. Além disso, o lato sensu não confere diploma, mas apenas certificado. Inexistem, segundo a palestrante, dotações de recursos públicos das universidades para os cursos lato sensu. Por isso, a gratuidade desses cursos implicaria ônus para os cofres públicos. Houve, ainda, participação na audiência do professor de economia Saulo Pinto Silva, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), que estava presente na condição de representante do sindicato Andes-SN. O professor Saulo defendeu a necessidade de que a educação pública seja integralmente gratuita, no seu acesso e no seu financiamento. Criticou a política de ajuste fiscal, que deveria ser revertido mediante o corte do -pa gamento de juros da dívida – para honrar o lema “Pátria Educadora”. Apontou para o fato de que a discussão sobre o financiamento da educação pública brasileira não deveria ocorrer em meio a esse ambiente de crise. Para o professor Saulo, a flexibilização da gratuidade, ainda que restrita a apenas alguns cursos e progra- mas da educação superior, consistiria em porta de entrada para processo de privatização da educação pública. Por fim, criticou o papel das fundações no âmbito das IES públicas. Indicou tendência de mercantilização da educação superior pública, quando o setor deveria ser encarado sob a perspectiva dos direitos inalienáveis de serviços sociais ao cidadão. Em suma, a posição defendida é a de que não pode haver flexibilização do finan- ciamento público da educação pública, inclusive no nível superior. A segunda audiência pública ocorreu em 20 de agosto de 2015, com representantes da Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação (SESu-MEC), da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), do Sindicato Nacional dos Docentes de Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) e da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Vicente Paula de Almeida Jr., Coordenador-Geral de Relações Institucionais da SESu-MEC, buscou, em sua intervenção, apresentar dois argumentos centrais em relação à proposta em debate: um relativo à LDB e outro à dinâmica cotidiana das IES públicas. Em relação ao aspecto legal, a pós-graduação lato sensu não compreende cursos regulares e nem contínuos, bem como a carga horária mínima é de 360h, diferentemente da graduação, que exige pelo menos 200 dias letivos em cursos regulares. Diferentemente da graduação, os cursos lato sensu não conferem grau ou diploma e não são avaliados pelo Sinaes nem pela Capes. Quanto ao princípio da gratuidade do ensino público, o representante do MEC entende que ele não deve ser rígido para todas as modalidades da educação superior, com destaque para as Especializações. Jus- tificou que, entre as finalidades da educação superior, segundo a LDB, tem-se o seguinte: “formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua” (art. 43, II). Portanto, o lato sensu não estaria incluído na finalidade precípua da educação superior, por não “diplomar” (mas apenas certi- ficar), motivo que justificaria a possibilidade de sua cobrança em IES públicas. O representante da SESu nota, ainda, que não haveria dotação orçamentária ou rubrica específica para os cursos de pós-graduação lato sensu, de modo que as despesas decorrentes da afirmação da gratuidade inflexí- vel desses cursos elevaria os custos das IES públicas, provocando ônus para os cursos regulares de graduação presencial. Os recursos angariados como receita derivada de cobrança dos cursos de pós-graduação lato sensu, portanto, podem contribuir para a sustentabilidade financeira das IES públicas. Enfatizou não haver dicoto- mia entre lato sensu e graduação, mas preocupação em priorizar a destinação de recursos públicos à segunda. Por fim, indicou que há recursos previstos no orçamento federal destinados a convênios para formação continuada de profissionais da educação (não apenas docentes, portanto), de modo que a possibilidade de cobrança das Especializações não afetaria setores sensíveis como o de formação continuada de servidores pú- blicos docentes da educação básica. Rita de Cássia Loiola Cordeiro representou a Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa da Unesp, apresen- tou depoimento sobre a organização de cursos lato sensu na referida instituição. O lato sensu foi afirmado como espaço de ensino que permite aprofundar a formação dos graduados, sendo voltado para o aperfeiçoamento profissional e o atendimento às demandas específicas do mercado. Enquanto strictoo sensu é avaliado pela Ca- pes, o lato sensu é organizado segundo normas do CNE e as regras estabelecidas autonomamente por cada IES. A professora Rita lembrou que há ganho financeiro substancial para os trabalhadores que concluem a pós-graduação lato sensu, cursos que são dinâmicos e que podem ser realizados conforme a necessidade de Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 237 momento do mercado de trabalho. Muitas vezes, as empresas cobrem os custos dos alunos de lato sensu, de modo que cobrem demanda bastante específica e determinada. Na Unesp, olato sensu é internamente re- gulamentado e avaliado. A avaliação aborda dimensões essenciais como visibilidade, inserção no mercado e internacionalização, também considerando a avaliação dos alunos (que, quando indicam problemas em um determinado curso, demandam a sua reformulação para que ele possa continuar a ser ofertado). Esses proce- dimentos foram adotados por não existir avaliação externa da Capes. O lato sensu da Unesp pode ser oferecido em módulos, de maneira que as Especializações ficam bastante flexíveis para os alunos. As pós-graduações lato sensu direcionadas às áreas de educação e da saúde (convênios com Ministério da Saúde, Secretarias de Educação e outros órgãos) detêm peculiaridade: os alunos não pagam por esses cursos, que são remunerados por convênios com os Poderes Públicos. De forma similar, muitos outros cursos pagos do lato sensu da Unesp são aqueles patrocinados por empresas. Com efeito, quase metade dos alunos de lato sensu da Unesp frequenta com plena gratuidade esses cursos. Quanto à gratuidade de todos os cursos de Especialização da Unesp, a professora Rita salientou que, caso não fosse permitida remuneração do lato sensu – mesmo que por meio de convênios com organizações do setor público ou privado –, esses cursos teriam inviabilizada a sua sustentabilidade e continuidade. Certos cursos lato sensu são, aliás, levados para dentro das próprias empresas para que se possa melhor atender às demandas específicas já mencionadas. A verba dos convênios também é revertida para o próprio desenvolvimento das unidades envolvidas e, em proporção de 5%, os recursos são direcionados para fundo universal da Unesp, que apoia ações de suporte aos estudantes carentes da Unesp. Química, odontologia, engenharia de produção e outras áreas são muito beneficiadas pelas Especializações pagas, pois os recursos advindos dos convênios e dos eventuais encargos educacionais, permitem o direcionamento de verbas para a montagem e manutenção de laboratórios, que acabam por beneficiar toda a universidade. Por fim, a professora Rita ressaltou o fato de que, nas áreas consideradas prioritárias – pós-graduações lato sensu das áreas de saúde e de educação, especificamente a formação continuada de docentes –, a Unesp continuará a oferecer esses cursos sem custos para os estudantes: o máximo que se tem são convênios nos quais os órgãos de origem desses servidores públicos dessas áreas arcam com as despesas dessas Especializações. Fernando Carvalho Silva, Pró-Reitor de Pós-Graduação, Pesquisa e Inovação da UFMA, abordou os temas da especialização e do mestrado profissional. Quanto a este último, apresentou dados consolidados mostran- do que, dos quase 6 mil cursos de pós-graduação stricto sensu existentes no país, pouco mais de 10% são de mestrados profissionais, sendo que o professor considera uma média de 50 discentes por curso nos mestrados profissionais. Desses cerca de 10%, aproximadamente 65% dos mestrados profissionais são oferecidos por IES públicas. Foram apresentadas normas regulamentadoras da Capes sobre o mestrado profissional, buscando salientar similaridades entre estes e as especializações e a ausência de financiamento direcionado aos mestra- dos profissionais por parte da Capes, “salvo em áreas excepcionalmente priorizadas”. No que se refere às especializações, chamou a atenção para as normas regulamentadoras da pós-gradua- ção lato sensu. Estas foram caracterizadas como cursos não regulares, temporários, oferecidas de acordo com a demanda, tendo como finalidade o aprimoramento profissional e o aprimoramento individual do participante, sem oferecer diploma ou título – tal como o stricto sensu, mas apenas certificado. Com dados das regiões Nor- te e Nordeste, foram identificados 460 cursoslato sensu presenciais, com aproximadamente 20 mil discentes em 9 universidades (estimando-se cerca de 40 alunos por curso, motivo por que a Educação a Distância está excluída, pois em cursos não presenciais pode haver 200 ou 300 alunos). Especificamente na UFMA, no período 2007-2014, por volta de 20% dos recursos angariados com as especializações foram direcionados a “ações de pesquisa, pós-graduação e inovação” na instituição, por meio de um fundo para esse fim. No entanto, essas ações, que têm naturezas absolutamente diferentes, não foram explanadas em seus dados desagregados em maiores detalhes. Houve apenas exemplo de aplicação desse re- curso: o seu uso em viagens de professores para eventos científicos. Outros 30% são destinados à “compra de equipamentos, mobiliários e pequenas reformas atendendo a graduação e pós-graduação”. Por essas razões, o professor Fernando defendeu que os recursos cobrados pelas especializações em uni- versidades públicas beneficiem não somente os discentes desses cursos, mas todos os estudantes atendidos pelas IES públicas. Lembrou, ainda, que os professores têm teto máximo de horas para poder ministrar cursos como os de especialização – e outras atividades “extra”, inclusive consultorias. Esse limite legal fica fora das ati- vidades de ensino, de pesquisa e de extensão, de modo que já isso coibiria quaisquer eventuais excessos dos docentes. Salientou que o Parecer CNE nº 112/2012, por entender o lato sensu como curso não regular, não objeta a cobrança de taxas por parte de instituições públicas. 238 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 Quanto aos cursos de formação docente, foi salientado que já há recursos públicos – essencialmente da Capes – destinados à essa ação. No que se refere à preocupação com as fundações de apoio que organizam cursos de especialização, o professor Fernando lembrou que esses contratos são auditados e devidamente fiscalizados. Paulo Marcos Borges Rizzo, representante do Andes-SN e professor da UFSC, posicionou-se contraria- mente à proposição em análise. O professor ressaltou que este é um debate relevante e grave, por se tratar de alteração de dispositivo da Constituição Federal. Alternativamente à mudança do art. 206 da Carta Magna, o representante do Andes-SN entende que seria mais relevante efetuar mudanças na legislação infraconstitu- cional. Para justificar essa posição, lembrou o art. 207 da Constituição, que dispõe acerca da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, bem como sobre a ampla autonomia conferida às universidades – e não “universidades públicas” – pelo constituinte. O princípio do art. 207 reside no fato de que o poder econômi- co não deve interferir na gestão da universidade, seja ela pública ou privada, para, assim, haver liberdade de produção acadêmica. O professor Paulo afirmou que é sabido o quanto, nas universidades privadas, não há essa liberdade que deveria ser garantida pelo art. 207 da Constituição. As mantenedoras interferem não apenas na gestão orçamentária, mas na produção de conhecimento, no projeto pedagógico e até mesmo na contratação e de- missão de docentes. No caso das universidades públicas, a condição de sua autonomia subsiste na manutenção de seu fi- nanciamento público. Segundo o professor, não há autonomia se a universidade pública depender de outras fontes que não os recursos públicos para se manter. Portanto, a mudança no art. 206 feriria o princípio consti- tucional do art. 207, conforme defende o representante do Andes-SN. O argumento apresentado deita raízes no fato de que, tratando-se de Emenda Constitucional, há a possibilidade de que ela possa ser declarada in- constitucional se ferir norma originária. O professor Rizzo salientou, ainda, que a posição defendida pelos sindicatos de servidores públicos de instituições de ensino consiste na relevância de afirmar os servidores como servidoresdo público – e não ser- vidores de um governo, da iniciativa privada ou de quaisquer grupos econômicos. Portanto, o conhecimento produzido pelo servidor (o docente da educação superior pública não é apenas professor, mas servidor) não pertence àquele indivíduo ou a um governo ou instituição privada, mas sim à universidade pública. O presidente do Andes-SN qualificou a proposta da PEC em análise como “bomba de efeito retardado”, explicando a seguir o uso da expressão. Embora seja fato de que muitos dos cursos de especialização são pa- gos por empresas, eles acabam sendo necessários para os graduados. Como os cursos superiores oferecem formação apenas de caráter generalista, a divisão do trabalho contemporânea exige dos profissionais maior domínio específico para a inserção no mercado e para a progressão na carreira. Assim ocorre a “bomba de efeito retardado”: no presente, muitos alunos já precisam de programas como o Prouni e Fies para conseguir ingressar e concluir seus cursos superiores; ao se abrir a possibilidade de cobrança do lato sensu, logo esses mecanismos de financiamento público (direto ou indireto) ao setor privado tenderão a ser replicados ou ampliados para as Especializações. Em suma, ao invés de o Estado arcar diretamente com os custos da educação pública, estaria privatizando parte dos cursos da educação superior pública e continu- ando em sua tendência de fornecer recursos públicos adicionais para que os estudantes possam arcar com os encargos educacionais em cursos pagos. O custo para as finanças públicas seria igualmente crescente. Além disso, apontou para o caso típico de um estudante que, por exemplo, seja financiado pelo Fies: ele conclui seu curso superior iniciando a vida profissional com uma dívida. Como esse estudante teria condições de arcar com o custo adicional de uma especialização, tão necessária à formação do profissional no presen- te? O professor indicou, portanto, a situação em que uma nova dívida tenderia a se sobrepor a uma antiga, dificultando sobremaneira o acesso aos cursos de especialização, mesmo quando oferecidos em IES públicas. Tendo em vista que o momento das finanças públicas é de cortes profundos na educação, haveria duas posturas possíveis diante desse quadro: encontrar novas fontes de recurso para a educação – no tema em pauta, a educação superior; ou lutar contra os cortes, para que haja recursos suficientes para o funcionamento pleno das universidades públicas, aí incluindo as Especializações. Como representante do sindicato, não apoiou so- luções que levem a uma sobrecarga de trabalho aos docentes sob a justificativa de se garantir o financiamento das universidades públicas. Quanto à questão dos convênios, o professor Rizzo lembrou que nenhuma instituição pública é proibi- da de fazê-los para financiar cursos de especialização, de modo que não haveria necessidade de estabelecer a permissão de cobrança de mensalidades nas especializações mediante Emenda à Constituição. Acrescentou que, na própria universidade, há grande diversidade de situações: há segmentos com mais acesso a recursos (sejam eles públicos ou privados) e outros com menos, de modo que os supostos benefícios Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 239 da medida seriam bastante assimétricos. Exemplo disso é a UFSC, na qual há salas patrocinadas por fundações que angariam recursos privados e nas os estudantes em geral da universidade (pós-graduação stricto sensu ou graduação) simplesmente não têm acesso. Ou seja, não necessariamente o benefício da cobrança de uma especialização se difundiria para a totalidade dos alunos daquela unidade de ensino, criando duplicidade de oferta no âmbito da universidade pública. O professor Rizzo destacou, ainda, que a imensa maioria dos cursos de especialização é oferecida por IES privadas, de modo que o impacto de uma Emenda à Constituição seria indevido, por atingir o princípio da gratuidade e não propiciar diferença tão substancial no sentido de resolver os problemas financeiros das universidades públicas. Do mesmo jeito que a grande parte das graduações financiadas pelo Prouni e pelo Fies já foram perdidas do setor público para o setor privado, o mesmo tenderia a acontecer com as especializações, em maior grau do que já ocorre no presente. O correto, nesse sentido, seria lutar para que as IES públicas tivessem condições de oferecer todos os seus cursos gratuitamente, e não de reduzir a oferta pública em nome de uma crise financeira. Nesse sentido, fez menção ao fato de que a razão de o art. 206 garantir a gratuidade do ensino público em instituições públicas se dá porque o conhecimento produzido nela é de natureza pública, sendo difundi- do gratuitamente. Emídio Cantídio de Oliveira Silva, Assessor de Assuntos Estratégicos de Planejamento Institucional da UFRPE, enfatizou que o assunto merecia há muito ser discutido no Parlamento. O professor Emídio reforçou o problema da falta de recursos para as IES públicas e os cortes efetuados pela Capes no financiamento ao setor, por exemplo para recursos destinados a passagens de professores para eventos científicos. A relevância das bolsas da Capes para o desenvolvimento da pós-graduação stricto sensu foi elogiado, mas notou que os mes- trados profissionais são excluídos dessas bolsas. Quanto ao lato sensu, informou que, em passado mais remoto, eles eram financiados pelo Poder Público, mas já há um bom tempo não o são mais. No presente, afirmou sua perplexidade no que se refere ao fato de que a regulação do lato sensu dependa de Emenda à Constituição, o que dificulta o debate e a execução dessa exclusão da gratuidade, considerada necessária à dinâmica das universidades públicas na atualidade. O profes- sor Cantídio voltou a mencionar, a exemplo de argumento anteriormente já apresentado em outros momen- tos, a importância de se resolver o questão da insegurança jurídica da cobrança ou não pelos cursos lato sensu. O professor Cantídio manifestou preocupação com a qualidade de muitos cursos de especialização, que, quando se proliferaram no mercado, tenderam a apresentar grandes assimetrias. As universidades públicas, ao menos, permitiriam oferecer certa garantia de qualidade aos estudantes do lato sensu. Por sua vez, em fun- ção da insegurança jurídica, tem havido cobrança camuflada do lato sensu, muitas vezes mediante fundações. Entende que, pior que a cobrança ou a não cobrança de encargos educacionais, é a existência dessa cobrança camuflada – que cria uma duplo poder: o das fundações de apoio, para além do controle desses recursos di- retamente pelas universidades. Só por esse motivo, a resolução constitucional da matéria se afigura relevante. Por seu turno, o mestrado profissional estaria cada vez mais fadado a encolher caso sua gratuidade seja obrigatória. Se o mestrado acadêmico e o doutorado estão recebendo menos recursos da Capes – e esses re- cursos permitiam, indiretamente, financiar o mestrado profissional –, os cortes nostricto sensu acadêmico afe- tam, portanto, o próprio mestrado profissional. Por fim, o professor Cantídio destacou que a autonomia universitária implicaria também a possibilidade de as instituições de ensino superior públicas poderem discutir autonomamente o seu financiamento. Se a gratuidade tem de ser mantida para as atividades de ensino e de pesquisa, seria o caso de as próprias universi- dades avaliarem o quanto é necessário remunerar, inclusive com cobranças, as IES públicas por outros serviços que não esses de ensino e de pesquisa, sobretudo se isso pode refletir-se em benefício para a remuneração docente e para instalações para os estudantes. As gratuidades do mestrado profissional e das especializações deveriam ser objeto de regulamento in- terno das IES públicas, determinando esses benefícios especificamente para servidores públicos e áreas prio- ritárias como formação docente (foi dado o exemplo dos mestrados profissionais em rede, tal como física, ma- temática e outras, os quais são financiados pela Capes). Afora as apresentações dos convidados, vale destacar a preocupação do Nobre Deputado Sérgio Vidigal com a cobrança de Especializações, pois cursos de formação continuada docente e cursos na área de saúde, quando realizados por servidores públicos, não podem representar ônus para o servidor individualmente por meio da cobrança de encargos educacionais, uma vez que o benefício dessa formação continuada é revertido diretamente para os serviços ao cidadão nas áreas de saúde e de educação – em especial na educação básica, entendida como o problema nevrálgico do setor. 240 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 Por sua vez, a cobrança de atividades de extensão também foi afirmada pelo Deputado como problemá- tica, pois aí se realiza a função social das universidades públicas. O princípio da gratuidade do ensino público, portanto, consubstancia-se, para o Deputado Sérgio Vidigal, como garantia de acesso aos serviços públicos por parte da população atendida, no caso, pelas IES públicas. O Nobre Deputado Rogério Marinho parabenizou a coragem e o espírito público do primeiro subscritor da PEC em análise, Deputado Alex Canziani, pela relevância do debate em pauta. No que tange à proposição, o Deputado Rogério Marinho salientou que, nas universidades federais, em seus cursos mais concorridos, es- tão os filhos da classe média, enquanto os egressos da educação básica pública vão, em grande medida, para cursos superiores privados. A PEC em análise representaria um meio de enfrentar esse paradoxo. Entende que a discussão da proposta é essencial, independentemente de resultado, pois os recursos públicos são finitos. A terceira audiência pública ocorreu em 10 de setembro de 2015, contando com representantes da Uni- versidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes). Foram convidados o professor Eustáquio Vinícius Ribeiro de Castro (Pró-Reitor de Administração, representando o Reitor da Ufes), o professor Rony Cláudio de Oliveira Freitas – Diretor de Pós-Graduação, representando o Reitor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (Ifes) – e o acadêmico Pedro Luiz de Andrade Do- mingos, Diretor-Presidente do Diretório Central dos Estudantes da Ufes (DCE-Ufes). O professor Castro, Pró-Reitor de Pós-Graduação da Ufes, relatou a relevância da participação do meio das universidades públicas no debate em pauta. Os interesses da Ufes foram afirmados como indissociáveis dos interesses do Estado do Espírito Santo e do Brasil. O Pró-Reitor da Ufes relatou rapidamente a estrutura da universidade e, no que se refere ao tema discutido, lembrou da importância da pós-graduação nessa IES, cujos programas observaram grande crescimento na oferta. Na atualidade, predominam os cursos stricto sen- su e há apenas alguns poucos cursos lato sensu. É política da Ufes fortalecer o stricto sensu em primeiro lugar, buscando oferta de lato sensu somente na medida em que as metas para o stricto sensu e seu fortalecimento já se encontrem cumpridas. Pelo regulamento da Ufes, faculta-se a oferta gratuita ou não do lato sensu, sendo que, quando há co- brança, ela é feita por meio de convênios com os Poderes Públicos ou com empresas. A defesa da Reitoria da Ufes é a de que cada universidade possa escolher ou não a cobrança do lato sensu. O entendimento da Ufes, segundo seu Pró-Reitor, quanto ao stricto sensu, é que ele deve ser integralmente gratuito, independentemente de ser ou não autofinanciado, seja ele acadêmico ou profissional. No que se refere à eventual contribuição do lato sensu para o orçamento da Ufes, o professor Castro in- dicou que ela é ínfima, mesmo que a oferta desses cursos fosse triplicada em relação à atual. Os problemas de custeio das universidades públicas não serão, definitivamente, resolvidos pela possibilidade de cobrança do lato sensu, de modo que não se trata de solucionar o financiamento por esse meio – em suas palavras, “isso não vai ser solução nunca”. O único efeito consistiria em transformar as universidades públicas em universidades privadas para o lato sensu. O professor Castro afirmou não ser essa a meta institucional da Ufes. A preocupação da Ufes é, simplesmente, atender demandas específicas de Poderes Públicos e de empresas nos programas de lato sensu. Em época na qual a quantidade de cursos ofertados no lato sensu da Ufes tinha se elevado, o que se percebeu foi uma banalização deles. Nas situações em que havia o pagamento do lato sensu por convênio e o docente podia receber recursos adicionais por isso, percebeu-se uma migração massiva de docentes do stricto sensu para o lato sensu, pois estes funcionavam como complementação de renda docente. Consequentemen- te, o stricto sensu foi enfraquecido. Houve progressivo abandono dos docentes em relação à pós-graduação stricto sensu, o que consistiu em sensível prejuízo institucional. Isso não ocorreria em grandes e tradicionais universidades públicas, mas não era o caso da Ufes e não é o de muitas IES públicas do país que tenham me- nos tradição na pós-graduação stricto sensu. Essa foi a motivação para a Ufes voltar a priorizar o stricto sensu e diminuir a oferta de cursos lato sensu, chegando hoje a 53 cursos stricto sensu e meros sete lato sensu. Ainda assim, essa discussão não isenta a ne- cessidade de regulação da matéria, pois há divergências jurídicas sobre a forma de controle e de auditoria dos convênios e da relação entre recursos das fundações de apoio e orçamentos públicos. O professor Rony, Diretor de Pós-Graduação do Ifes, traz o posicionamento da instituição à qual é vin- culado, segundo o qual o lato sensu deve ser de cobrança definida acordo com a autonomia universitária, mas sem que isso prejudique o stricto sensu. O Ifes tem 21 campi e um centro de formação na modalidade educação a distância. Embora recente como Instituto Federal, o Ifes tem raízes centenárias, mas só teve grande expansão da graduação e da pós-graduação – stricto e lato sensu – desde que se tornou Instituto Federal. Até o presen- te, tem havido pouca procura de instituições privadas para firmar convênios voltados à oferta de cursoslato Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 241 sensu, embora isso seja possível, contanto que sejam atendidas demandas locais de desenvolvimento econô- mico e interesse pessoal do corpo docente, dos demais servidores e da gestão da IES na oferta desses cursos. O posicionamento institucional do Ifes em relação à cobrança de cursos lato sensu é de que não há impe- dimentos para essa oferta, sob a forma de convênios. Entende-se apenas que há grande relevância da oferta de cursos presenciais direcionados à formação continuada de docentes. Para o caso desses cursos, o Ifes defende que a oferta deve ser sempre gratuita, ainda que não se oponha à possibilidade de cobrança de encargos, em termos gerais, em cursos lato sensu de IES públicas. A necessidade de regular a prática dos cursos lato sensu foi afirmada pelo professor Rony, que também alertou para os riscos embutidos de surgimento de novos problemas se essa regulação não for adequada. Sabe-se que há grande oferta de cursos lato sensu, com qualidade por vezes questionável. No entanto, é rele- vante a manutenção da autonomia universitária para decidir da melhor forma possível a respeito da temática. O acadêmico Pedro Luiz, Diretor-Presidente do DCE-Ufes apresentou posicionamento no sentido de que a PEC 395-A, de 2014, abre brecha para a privatização da educação superior pública. Ressaltou a relevância da audiência pública para construir publicamente a legislação a respeito da temática, inclusive no que se refere à necessidade de se escutar os movimentos sociais. O representante do DCE-Ufes chamou a atenção para o fato de que a defesa do ensino público deve ser firme. Apontou para a inadequação de uma Proposta de Emenda a Constituição para tratar do assunto em tela. Trata-se de uma proposição que não autoriza nem proíbe a cobrança dos cursos de especialização. Ela apenas especifica o princípio da gratuidade na graduação, no mestrado e no doutorado, permitindo-se, caso seja aprovada na atual forma, a cobrança de mensalidades nos demais cursos e atividades ofertadas pelas IES públicas. Isso contraria o esforço de constitucionalizar os direitos sociais e garantir a sua gratuidade, tal como foi realizado pelo constituinte originário. Do ponto de vista financeiro, a possibilidade de cobrança dolato sensu pouco tem impacto positivo para o equilíbrio orçamentário das instituições públicas, visto que os cursos lato sensu produzem pequena receita se comparado às despesas totais das IES públicas. Essas receitas do lato sensu não são, portanto, fundamentais para a manutenção e desenvolvimento das atividades das IES públicas. É um orçamento que paga apenas o próprio curso e o retorno fica bastante limitado à unidade especifica da IES que o oferece e a seus colegiados. Há, também, experiências negativas de interação entre patrocínio privado e IES públicas: as empresas têm ganhos consideráveis com a qualificação de seu pessoal, mas as IES públicas têm poucos benefícios se comparado aos ônus daí derivados. Esses recursos não costumam ser computados com o total das verbas or- çamentárias recebidas pelas IES federais, tornando-se pouco transparente a medição de o quanto esses recur- sos de convênios com empresas têm impacto na redução das dificuldades provenientes do orçamento público disponibilizado para as suas IES. O problema não reside, para o representante do DCE-Ufes, no fato de o conhecimento ser voltado às de- mandas de mercado, mas devido ao papel estratégico das universidades federais, que é mais ligado ao suporte de um projeto nacional e ao fortalecimento dos Poderes Públicos. A preocupação, portanto, não é o atendi- mento de demandas específicas de empresas, mas o fato de que a constitucionalização dessa questão pode abrir margem para uma progressiva relativização do princípio da gratuidade nas IES públicas. Em suma, o fortalecimento do serviço público e da educação superior seriam mais importantes do que a relativização da gratuidade por Emenda à Constituição. Eventualmente, algum outro tipo de regulação, por exemplo, por meio de Lei Complementar, poderia ser um modo de não tocar no princípio da gratuidade e per- mitir a adequada regulação dos cursos de pós-graduação lato sensu. Por fim, o representante do DCE-Ufes salientou a relevância da discussão que o Deputado Sérgio Vidigal vem fazendo em relação ao tema e reforçou a ideia de que mudanças constitucionais do princípio da gratui- dade da educação superior pública abrem margem para a privatização do setor. Embora entenda que não foi essa a intenção do autor da PEC 395-A, de 2014, esse é um risco embutido. De todo modo, interpreta que a finalidade da proposição foi regular a situação dos cursoslato sensu. Sendo essa a intenção, parece-lhe mais apropriada uma Lei Complementar a esse respeito e não uma PEC. O perigo apontado é o de a exceção de hoje tornar-se a regra de amanhã, principalmente em função da crise econômica e das dificuldades orçamentário-financeiras das universidades públicas. O erro seria não optar por buscar novas fontes de financiamento e focar em cortes de gastos no setor social – no caso, na educação, um direito fundamental, necessário à soberania do Estado brasileiro e ao não direcionamento da produção acadêmica pelo interesse corporativo, público ou privado. Na atual redação da PEC, o direito fundamental da educação pública gratuita estaria ameaçado e seria mantida a necessidade de regular os cursos não mencio- nados na redação (em especial o lato sensu). 242 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 Interviram, também, no debate, os Nobres Deputados Pedro Fernandes e Sérgio Vidigal, além deste Re- lator, Cleber Verde. O Deputado Pedro Fernandes afirmou a relevância de escutar, nas audiências realizadas, os diversos posicionamentos acerca da temática em pauta, seja da afirmação da essência do princípio da gratui- dade da educação superior pública, seja da viabilidade dos cursos lato sensu. Apontou, também, para a neces- sidade de determinadas matérias, inevitavelmente, terem seu tratamento constitucional adequado. Este Relator, Deputado Cleber Verde, reafirmou o compromisso pelo debate sobre a educação no Bra- sil, especificando as dificuldades orçamentário-financeiras das universidades, que, por várias vezes, solicitam a Parlamentares emendas para que possam ter mais recursos e assim melhorar situações não raro dramáticas. Ao mesmo tempo, salientou que o momento de greves em IES públicas, com a mencionada falta de diálogo que os servidores apontam na postura do governo federal, mostra o quanto uma saída pactuada e de mínimo acordo comum é difícil para os grandes desafios da educação superior pública brasileira. No tema da pós-graduação lato sensu, este Relator lembrou que, mesmo entre aqueles que são contrá- rios à PEC, há reconhecimento de que os cursos de especialização de IES públicas são comumente objeto de financiamento mediante convênios. Ou seja, mesmo quando não há cobrança direta dos estudantes, ela ocorre por meio do convênios com os Poderes Públicos ou com empresas. Essa é uma realidade consolidada e que precisa ser regulada na Constituição para que se desfaça a in- segurança jurídica atualmente existente no lato sensu – qualquer legislação infraconstitucional continuaria a ser questionada na Justiça, com base na atual redação da Carta Magna – e para que se garanta o princípio da gratuidade da educação superior pública em seus pilares formadores e essenciais, quais sejam, os cursos su- periores e a pós-graduação stricto sensu. O Nobre Deputado Sérgio Vidigal, no que se refere à educação superior, registrou a importância dos Ins- titutos Federais não apenas para esse nível de ensino, mas para a melhora direta da educação básica, problema que seria muito mais substancial do que a educação superior. Manifestou o receio de regular uma exceção que, ao virar regra na Carta Magna, pode levar à necessidade de nova regulação para garantir a gratuidade na exten- são e na especialização para setores que sejam considerados estratégicos à boa prestação do serviço público, como é o caso dos servidores das áreas de saúde e de educação. Nesses setores, os servidores públicos dificil- mente teriam condições de arcar com as despesas de um curso de especialização, caso isso fosse necessário. O Deputado lembrou também a questão das Residências na área de saúde, que são Especializações mui- to peculiares, debate que não foi muito apresentado no âmbito da Comissão. A manutenção do texto da PEC abriria a possibilidade, por exemplo, de cobrança das Residências na área de saúde, bem como em atividades de extensão, que têm forte cunho social. Apontou que o problema da PEC, em sua redação atual, é que ela garante a gratuidade apenas para a graduação, para o mestrado e para o doutorado, excluindo outras dimensões da atuação das IES públicas. Caso se perceba a necessidade de outras garantias de gratuidade, posteriormente, ficaria sendo necessária nova PEC ou, senão, Lei Complementar a esse respeito, de modo que o texto original da PEC 395-A, de 2014, poderia tra- zer mais problemas futuros do que soluções para pendências do presente. Manifestou apreço pela sugestão do Diretor-Presidente do DCE-Ufes, no sentido de que seria mais adequado confeccionar uma Lei Complementar regulando os convênios que as IES públicas fazem para oferecer especializações. Na experiência pregressa do Nobre Deputado Sérgio Vidigal como prefeito, relatou a relevância do rela- cionamento das universidades públicas com os Municípios para a formação continuada de seus quadros em cursos de especialização, de modo que não apenas essa situação se configura em relação a empresas, mas também nos convênios com os Poderes Públicos. Nessa seara, sua preocupação é de que os mecanismos de controle dessa relação estabelecidas em convênios sejam claros e eficientes. Como sentido geral de sua fala, o Parlamentar ressaltou que sua preocupação é que a PEC não seja uma forma de resolver um problema pontual e criar uma série de outros, sobretudo nas áreas correspondentes à função social das universidades. Desse modo, indicou a importância de que suas preocupações possam ser incorporadas no Relatório, sob a forma de uma alternativa viável que resolva o problema original e evite o sur- gimento de novos desequilíbrios na lógica de financiamento e de funcionamento das IES públicas. Como última participação na terceira audiência pública, o Professor Ricardo Wahrendorff Caldas, da Universidade de Brasília (Unb), reforçou a ideia de que o impacto dos recursos angariados pelos cursos lato sensu é ínfima, mas, para as unidades de ensino que a oferecem, pode ser vantajosa, sobretudo na renovação de equipamentos, laboratórios e de outras despesas menores, despesas que dificilmente seriam cobertas pelo orçamento. O relevante é que o lato sensu seja regulado e que haja controle e autonomia das universidades para o oferecimento desses cursos, de modo que os seus benefícios possam ser efetivamente usufruídos e fis- calizados por elas. Não teria havido enfraquecimento do stricto sensu com o aumento da oferta do lato sensu na UnB, confirmando o mencionado pelo professor Castro, da Ufes de que grandes instituições com tradição Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 243 no stricto sensu não sentem esse impacto negativo, permitindo, ao contrário, o aumento do diálogo da univer- sidade pública com a sociedade. O Nobre Deputado Sérgio Vidigal encerrou a audiência salientando que foi manifesta pelos participantes da terceira audiência pública a preocupação de não onerar o estudante do lato sensu das IES públicas, de modo que, quando estes forem cobrados, que isso seja feito por meio de convênios, como já ocorre atualmente, e não diretamente. Ao mesmo tempo, a audiência permitiu chamar a atenção para o fato de que não se pode criar duas castas de rendimento para os professores da educação superior, ao se permitir eventual cobrança sem controle – ou com pouco controle – pelos cursos de pós-graduação lato sensu. Não foram apresentadas emendas no prazo regimental. É o relatório. I – Voto do Relator A apreciação da matéria em análise nesta Proposta de Emenda à Constituição nº 395-A, de 2014, é carac- terizada por complexidades, decorrentes da forma de organização da educação brasileira, e da necessidade de afirmar a relevância da gratuidade da educação superior pública na maior parte de seus segmentos. Gradua- ção, pós-graduação stricto sensu acadêmica e Residências da área de saúde são áreas estratégicas, nas quais o princípio da gratuidade deve ser continuamente reafirmado. No entanto, nos cursos de pós-graduação lato sensu que não as Residências, há substancial insegurança jurídica e práticas por vezes dúbias nas instituições de ensino superior (IES) públicas que oferecem Especializa- ções. Isso ocorre inclusive na relação ora questionável com fundações de apoio às unidades de IES públicas. Se a atividade dessas fundações fosse objeto de unanimidade no que tange à sua legalidade, não haveria ques- tionamentos ou sequer judicialização do tema em pauta. No intuito de oferecer quadro legal adequado à realidade das Especializações e mestrados profissionais oferecidas em IES públicas, resolvendo a insegurança jurídica existente sem comprometer a essência do prin- cípio da gratuidade, apresenta-se este Parecer, nos termos que se seguem. A Constituição Federal, em seu art. 206, dispõe da seguinte forma em relação aos princípios que devem reger a educação: Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; III – pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; IV – gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; V – valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carrei- ra, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) VI – gestão democrática do ensino público, na forma da lei; VII – garantia de padrão de qualidade. VIII – piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar pública, nos ter- mos de lei federal. Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias de trabalhadores considerados profissionais da educação básica e sobre a fixação de prazo para a elaboração ou adequação de seus planos de car- reira, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) A única exceção ao inciso IV do art. 206 está contida no caput do art. 242 da Carta Magna, que estabelece o seguinte: “O princípio do art. 206, IV, não se aplica às instituições educacionais oficiais criadas por lei estadu- al ou municipal e existentes na data da promulgação desta Constituição, que não sejam total ou preponde- rantemente mantidas com recursos públicos”. Em suma, esses casos são os de instituições de ensino que, na prática, são preponderantemente privadas, embora tenham sido criadas por lei antes da data da promulgação da Constituição. Feita essa ressalva de caráter formal, tem-se que o constituinte originário afirmou a gratuidade do ensi- no público em estabelecimentos oficiais como princípio irrestrito. A atual Proposta de Emenda à Constituição tem o objetivo de estabelecer marco legal que encerre a insegurança jurídica provocada pela judicialização da questão da cobrança de encargos educacionais em cursos de pós-graduação lato sensu em instituições de ensino superior (IES) públicas. É, nesse sentido, um debate de inquestionável mérito. 244 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 Para se analisar a questão do princípio da gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais, é necessário, antes, apresentar com clareza a organização da educação superior no Brasil, para evitar quaisquer equívocos conceituais e para se ponderar os impactos da proposição em análise para esse nível de ensino. A educação superior, em termos amplos, envolve atividades de ensino, pesquisa e extensão. De forma resumida, o ensino consiste na transmissão de conhecimentos por meio de cursos não livres, para alunos re- gularmente matriculados nas instituições de ensino superior (IES). A pesquisa abrange todas as formas de in- vestigação científica. A extensão, por sua vez, implica a difusão dos conhecimentos produzidos nas IES para a comunidade, mediante dos mais diversos tipos de atividades, dinâmicas e, inclusive, cursos livres. De acordo com o ordenamento jurídico vigente, não existe mais a expressão “3º grau” para designar cur- sos superiores, nem “4º grau” para denominar a pós-graduação. A educação superior subdivide-se em cursos superiores (graduação, cursos sequenciais e extensão), em Programas de Pós-Graduação (lato sensu e stricto sensu) e em Programas de Pós-Doutorado. Segue-se ca- racterização precisa de cada uma dessas categorias, para que seja possível debater efetivamente o objeto da presente Emenda à Constituição. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) – Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 – assim dispõe sobre a educação superior: Art. 44. A educação superior abrangerá os seguintes cursos e programas: I – cursos sequenciais por campo de saber, de diferentes níveis de abrangência, abertos a candidatos que atendam aos requisitos estabelecidos pelas instituições de ensino, desde que tenham concluído o ensino médio ou equivalente; (Redação dada pela Lei nº 11.632, de 2007). II – de graduação, abertos a candidatos que tenham concluído o ensino médio ou equivalente e tenham sido classificados em processo seletivo; III – de pós-graduação, compreendendo programas de mestrado e doutorado, cursos de especialização, aperfeiçoamento e outros, abertos a candidatos diplomados em cursos de graduação e que atendam às exigências das instituições de ensino; IV – de extensão, abertos a candidatos que atendam aos requisitos estabelecidos em cada caso pelas instituições de ensino. Parágrafo único. Os resultados do processo seletivo referido no inciso II do caput deste artigo serão tor- nados públicos pelas instituições de ensino superior, sendo obrigatória a divulgação da relação nominal dos classificados, a respectiva ordem de classificação, bem como do cronograma das chamadas para matrícula, de acordo com os critérios para preenchimento das vagas constantes do respectivo edital. (Incluído pela Lei nº 11.331, de 2006) Os cursos superiores compreendem graduações e cursos sequenciais. As graduações (que podem ser licenciaturas, bacharelados ou cursos tecnológicos) são as mais conhecidas e não são objeto de dúvida ou de debate para a proposição em análise. Caracterizam-se por dar acesso pleno, mediante diploma, a qualquer pós-graduação, seja ela stricto sensu ou lato sensu. Cursos sequenciais, por sua vez, conferem apenas acesso à pós-graduação lato sensu. São subdivididos em cursos sequenciais de formação específica e em cursos se- quenciais de complementação dos estudos. Na outra ponta do sistema, os Programas de Pós-Doutorado compreendem atividades que não levam a qualquer titulação (diferentemente do mestrado e do doutorado e de titulações/postos da carreira universi- tária, como Livre-Docentes e Titulares). O pós-doutorado é, simplesmente, um estágio de alguém que detém diploma de doutor, voltado ao intercâmbio institucional, ao incremento da investigação científica e à qualifi- cação complementar e continuada de doutores. Ressalvados esses cursos e programas, que não são objeto da proposição, resta descrever as extensões, que são os cursos e programas envolvidos direta ou potencialmente no debate da proposição em análise, os quais consistem nas pós-graduações stricto sensu e lato sensu. Os cursos de extensão são modalidade de educação continuada caracterizada pela curta ou média dura- ção e, sobretudo, por serem abertos a quaisquer pessoas, com ou sem curso superior completo, regularmente matriculadas ou não em IES. São cursos livres destinados a adequar-se a necessidades específicas de profissio- nais ou a aprofundar conhecimentos de estudantes ou de cidadãos em geral em determinada área. Como se observa na LDB, não há requisito legal obrigatório para matrícula – especialmente qualquer titulação – para além dos critérios e exigências que as IES estabeleçam para a oferta de cada um desses cursos. A extensão é um dos principais elementos de interface entre as IES e a comunidade, difundindo conhecimentos produzidos nas instituições públicas e enfatizando a sua função social. Além disso, vale ressaltar que esses cursos não podem ser confundidos com quaisquer pós-graduações, sejam elas lato sensu ou stricto sensu. Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 245 O mérito da proposição no que se refere à extensão deve ser avaliado sob dupla perspectiva. É necessário ressaltar que o termo “extensão”, aplicado ao contexto da educação superior brasileira, envolve tanto atividades genéricas de interação entre as IES e a comunidade bem como, de modo mais específico, cursos de extensão, que têm o mesmo propósito de levar os conhecimentos das IES à comunidade (estudantes ou cidadãos). Ati- vidades de extensão como campanhas, programas junto às comunidades já recebem regularmente recursos das instituições públicas que os promovem. Desse modo, atividades de extensão universitária têm seus custos cobertos tradicionalmente pelos orçamentos das IES públicas. Ademais, não são recursos que não costumam representar grandes volumes orçamentários para essas IES, em termos proporcionais. Os cursos de extensão, especificamente, costumam ser gratuitos ou, do contrário, cobrar taxas simbólicas, apenas para custeio de materiais didáticos e outras pequenas despesas similares. No mais, os recursos que ga- rantem a oferta desses cursos de extensão – também de pequena monta em termos orçamentários para cada IES pública – já são providos, atualmente, pelas orçamentos públicos das IES que os oferecem. Feita essa distinção entre as atividades de extensão em geral e, entre elas, especificamente os cursos de extensão, nota-se que a proposição pode ser aperfeiçoada no sentido de excluir da gratuidade somente os cursos de extensão. Com isso, outras atividades de extensão – voltadas ao atendimento da comunidade, as quais em geral não têm recursos para arcar com eventuais encargos da oferta dessas atividades – não serão potencialmente prejudicadas. Da mesma forma, tenderia a não afetar a indissociabilidade entre ensino, pes- quisa e extensão preconizada no caput do art. 207 da Constituição Federal. A pós-graduação stricto sensu – composta de mestrados (acadêmicos), de doutorados e de mestrados profissionais – tem caráter diverso do lato sensu. Segundo o art. 1º da Resolução CNE/CES nº 1, de 3 de abril de 2001, “os cursos de pós-graduação stricto sensu, compreendendo programas de mestrado e doutorado, são sujeitos às exigências de autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento previstas na legislação”. Nota-se, portanto, a diferença de que estes são regulares e são correntemente avaliados, de maneira rigorosa, pelos órgãos oficiais competentes (com destaque para as atribuições da Capes), enquanto olato sensu é sub- metido a controles pouco rígidos e bastante genéricos. No que se refere especificamente ao mestrado profissional, ele foi primeiramente regulamentado pela Portaria Capes nº 47, de 17 de outubro de 1995. Diferentemente do lato sensu, o estabelecimento de mestrados profissionais foi baseado, naquela ocasião, em conformidade com certos requisitos, entre os quais “condições favoráveis ao desenvolvimento consistente e de longo alcance do ensino de pós-graduação, assegurando-lhe profundidade e perspectiva adequadas” (Portaria Capes nº 47/1995). Para a conclusão desses cursos, propunha-se, inicialmente, o seguinte: “de acordo com a natureza da área e com a proposta do curso, esse trabalho poderá tomar formas como, entre outras, dissertação, projeto, análise de casos, performance, produção artística, desenvolvimento de instrumentos, equipamentos e protó- tipos” (Portaria Capes nº 47/1995). O mestrado profissional foi criado, no âmbito da Capes, como grau concei- tualmente distinto do lato sensu, inclusive no sentido de que “os docentes e orientadores [dos mestrados pro- fissionais] devem ser portadores do título de doutor ou de qualificação profissional inquestionável” (Portaria Capes nº 47/1995). Adicionalmente, o mestrado profissional, de acordo com essa Portaria inicial, estabelecia que, “com vistas à consolidação da experiência nessa modalidade de Mestrado, a recomendação de cursos, de início, se limitará a projetos oriundos de instituições que já possuam curso(s) de pós-graduação com conceito A ou B”. Em suma, o modelo do mestrado profissional apresentou-se, desde o princípio, como distinto do lato sensu, o que se resume por um grau de exigência mais elevado. A despeito de a Portaria de 1995 afirmar que “o curso [de mestrado profissional] deverá procurar o autofinanciamento, devendo ser estimuladas iniciativas de convênios com vistas ao patrocínio”, isso nunca significou, necessariamente, a ideia de que devessem ser cobrados encargos educacionais dos estudantes desses cursos, mas simplesmente de que convênios seriam, na prática, responsáveis por garantir o autofinanciamento desses cursos. A ideia é que a possibilidade de cobrança dos mestrados profissionais possa ser especificada na Constituição, para afastar qualquer insegurança jurídica. Posteriormente, a Portaria Capes nº 80, de 16 de dezembro de 1998, que dispôs sobre o reconhecimen- to dos mestrados profissionais, revogou esse primeiro instrumento. A nova normativa estabelecia, conceitual- mente, particularidade do mestrado profissional antes não indicada: “a relevância do caráter de terminalidade, assumido pelo Mestrado que enfatize o aprofundamento da formação científica ou profissional conquistada na graduação”. Diferentemente do mestrado acadêmico, portanto, o mestrado profissional foi entendido – o que permanece até as normas atualmente vigentes – com o objetivo de ser título acadêmico terminal. Não apenas seu objetivo é ser terminal, mas é um título e confere diploma, distinguindo-se do lato sensu, que não tem objetivo de terminalidade e nem confere título acadêmico, mas apenas certificado. 246 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 Embora, tecnicamente, seja permitido ao titulado em mestrado profissional cursar o doutorado, este considerando da Portaria nº 80/1998 consolidou a noção de que o mestrado profissional não é, em essência, destinado aos que desejam prosseguir na carreira acadêmica, mas sim aos estudantes que apenas pretendem aprofundar sua formação profissional de acordo com a densidade exigida por um curso de pós-graduação stricto sensu. Tanto isso é verdade que o considerando seguinte – e que foi replicado em regulamentos mais recen- tes – dispunha que os mestrados profissionais deveriam se pautar pela “inarredável manutenção de níveis de qualidade condizentes com os padrões da pós-graduação stricto sensu e consistentes com a feição peculiar do Mestrado dirigido à formação profissional”. Ou seja, o mestrado profissional foi estabelecido claramente como curso conceitualmente diferente do lato sensu e com nível de qualidade equiparado ao mestrado acadêmico. Ocorre, no entanto, que a prática tem sido de progressiva aproximação, na prática, entre especializações e os mestrados profissionais. A Portaria Capes nº 80/1998 especificou melhor o teor da Portaria de 1995, determinando que o corpo docente dos cursos de “Mestrado Profissionalizante” deveria ser “integrado predominantemente por doutores, […] podendo uma parcela desse quadro [dos professores] ser constituída de profissionais de qualificação e experiência inquestionáveis em campo pertinente ao da proposta do curso” (art. 2º, b). A possibilidade de apresentação de diferentes tipos de trabalhos finais no mestrado profissionalizante foi também reafirmada pela Portaria Capes nº 90/1998, em moldes similares aos da Portaria nº 47/1995. Um aspecto que aponta para a distinção dos mestrados profissionalizantes em relação ao lato sensu é, inquestio- navelmente, a avaliação regular, tal como se opera nos mestrados acadêmicos e doutorados: “art. 4º Os mes- trados profissionalizantes serão avaliados periodicamente pela Capes considerando-se o estabelecido por esta Portaria e utilizando critérios pertinentes às peculiaridades dos cursos que ela disciplina”. Por fim, o art. 6º ratificou que “os cursos da modalidade tratada nesta portaria possuem vocação para o autofinanciamento. Este aspecto deve ser explorado para iniciativas de convênios com vistas ao patrocínio de suas atividades” (Portaria Capes nº 80/1998). Por serem modalidade stricto sensu, os docentes em dedicação exclusiva podem desenvolver suas atividades nos mestrados profissionalizantes sem desrespeitar esse regime de contratação nem ter sobrecarga de trabalho. Pelas razões apresentadas, nota-se que, o mestrado profissional – ou profissionalizante (ambos os ter- mos são encontrados nos regulamentos a respeito) – foi, desde o princípio, concebido como modalidade tipi- camente de pós-graduação stricto sensu, caracterizado pelo maior rigor na avaliação e no controle mais estrito de qualidade exercido pela Capes. A pós-graduação stricto sensu tem como característica o fato de que busca formação científica ou cultural ampla e aprofundada, diferentemente do lato sensu, que busca domínio de li- mitada área do saber ou da profissão. No entanto, a progressiva aproximação, na prática, entre mestrado pro- fissional e especializações tem sido tendência na educação superior brasileira. De acordo com o Parecer Sucupira – Parecer CES nº 977, de 3 de dezembro de 1965 –, que é o docu- mento doutrinário de referência para a estruturação sistemática da pós-graduação brasileira em seus moldes contemporâneos, tem-se o seguinte: Em resumo, a pós-graduação sensu stricto apresenta as seguintes características fundamentais: é de natureza acadêmica e de pesquisa e mesmo atuando em setores profissionais tem obje- tivo essencialmente científico, enquanto a especialização [lato sensu], via de regra, tem sentido eminentemente prático-profissional; [a pós graduação stricto sensu] confere grau acadêmico e a especialização concede certificado; finalmente, a pós-graduação possui uma sistemática formando estrato essencial e superior na hierarquia dos cursos que constituem o complexo universitário. Isto nos permite apresentar o seguinte conceito de pós-graduação sensu stricto: o ciclo de cursos regu- lares em segmento à graduação, sistematicamente organizados, visando desenvolver e aprofundar a formação adquirida no âmbito da graduação e conduzindo à obtenção de grau acadêmico (os grifos não são do original). Como se pode observar, embora o Parecer Sucupira não estabelecesse a denominação “mestrado profis- sional” ou “mestrado profissionalizante”, faz referência expressa ao seu caráter precípuo no trecho sublinhado. De acordo com o documento, o mestrado que “atue em setores profissionais” é igualmente de cunho teórico- -científico e de formação ampla, tal como os mestrados acadêmicos, levando à obtenção de diploma (grau acadêmico), diferentemente do lato sensu, que é, por definição, “eminentemente prático-profissional” e, ao seu fim, garante apenas certificado ao concluinte. Na atualidade, conforme afirmado, essa realidade já é diferente, com mais pontos de convergência do que de afastamento. Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 247 Nas normas mais recentes que regulamentam o mestrado profissional, há a Portaria Normativa nº 7, de 22 de junho de 2009, que estabeleceu, em seu art. 1º, que “a Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) regulará a oferta de programas de mestrado profissional mediante chamadas públicas e avaliará os cursos oferecidos, na forma desta Portaria e de sua regulamentação própria”, concedendo os mesmos direitos conferidos aos titulados em mestrados acadêmicos (art. 2º). O parágrafo único do art. 4º estabeleceu que, “no caso da área de saúde, qualificam-se para o ofereci- mento do mestrado profissional os programas de residência médica ou multiprofissional devidamente cre- denciados e que atendam aos requisitos estabelecidos em edital específico”. O art. 7º, II determinava que os mestrados profissionais teriam mínimo de um ano e máximo de dois anos de duração, uma das poucas regras que não está mais vigente na atualidade. No que se refere ao perfil dos professores, os mestrados profissionais devem “apresentar, de forma equilibrada, corpo docente integrado por doutores, profissionais e técnicos com experiência em pesquisa aplicada ao desenvolvimento e à inovação” (art. 7º, V). O § 3º do art. 7º ampliava a possibilidade da forma de apresentação dos “trabalhos de conclusão final do curso”, com a ressalva do contro- le da Capes sobre isso: O trabalho de conclusão final do curso poderá ser apresentado em diferentes formatos, tais como dissertação, revisão sistemática e aprofundada da literatura, artigo, patente, registros de proprie- dade intelectual, projetos técnicos, publicações tecnológicas; desenvolvimento de aplicativos, de materiais didáticos e instrucionais e de produtos, processos e técnicas; produção de programas de mídia, editoria, composições, concertos, relatórios finais de pesquisa, softwares, estudos de caso, relatório técnico com regras de sigilo, manual de operação técnica, protocolo experimental ou de aplicação em serviços, proposta de intervenção em procedimentos clínicos ou de serviço pertinen- te, projeto de aplicação ou adequação tecnológica, protótipos para desenvolvimento ou produção de instrumentos, equipamentos e kits, projetos de inovação tecnológica, produção artística; sem prejuízo de outros formatos, de acordo com a natureza da área e a finalidade do curso,desde que previamente propostos e aprovados pela Capes. Em casos excepcionais, os mestrados profissionais podem ser temporários: “Para atender situações rele- vantes, específicas e esporádicas, serão admitidas proposições de cursos com duração temporária determinada” (art. 7º, § 4º, Portaria Normativa nº 7/2009). Esta norma continua vigente na atualidade, tendo sido replicada na Portaria Normativa nº 17/2009. Esta é uma das principais razões que justificam a discussão acerca do mestrado profissional neste Parecer. O argumento de que o mestrado profissional pode ser temporário, mesmo que em caráter excepcionalíssimo (o que contrasta com a regularidade do mestrado acadêmico e do doutorado e o aproxima, nessa característi- ca pontual e, do lato sensu), foi apresentado por alguns interlocutores das audiências públicas para defender a possibilidade de cobrança de encargos educacionais nesses cursos. No entanto, trata-se de prática – reitera-se – rara e absolutamente excepcional, devendo ser circuns- tanciada e devidamente justificada para ser permitida. É o caso dos chamados “cursos fechados” de mestrado profissional, em que o patrocinador (empresa, em geral) apresenta lista fechada de estudantes e a IES pública oferece o curso de maneira a que este não seja óbice para as demais atividades regulares dos docentes. Nos casos que não se enquadram nessa situação excepcionalíssima, a oferta é regular, diferentemente do lato sensu, e a seleção tem de ser aberta a todos, não podendo um eventual patrocinador do curso determi- nar ou condicionar o processo seletivo e muito menos influir em quem será selecionado para cursar (exemplo desse posicionamento está presente no Parecer CNE/CES nº 81, de 7 de abril de 2003). Igualmente, o mestrado profissional confere título ou grau ao concluinte, diferentemente do lato sensu, no qual há apenas certificado, conforme já salientado. A despeito desse conjunto de considerações relativas aos mestrados profissionais, eles representam seg- mento minoritário na pós-graduação stricto sensu. Nesse segmento, são relevantes os mestrados profissionais voltados à formação docente, para os quais é fundamental manter a gratuidade plena. Para outros, é relevante facultar a cobrança, para que sua autossustentabilidade seja efetivamente exequível. Como o texto original da proposição em análise prevê a gratuidade para os “cursos regulares de gradu- ação, mestrado e doutorado”, é possível depreender que mestrados profissionais que não sejam regulares – e estas normas regulamentares podem ser alteradas pelo Poder Executivo a qualquer tempo, visto que não há lei regulando a questão – ficariam fora da gratuidade, mesmo que votados à formação docente. A avaliação dos mestrados profissionais ficou definida, na ocasião, como anual (art. 8º), com credencia- mento trienal pela Capes. Vale ressaltar, ainda, que o art. 114 determinava que, ”salvo em áreas excepcional- 248 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 mente priorizadas, o mestrado profissional não pressupõe, a qualquer título, a concessão de bolsas de estudos pela Capes”. Por fim, a Portaria Normativa nº 17, de 28 de dezembro de 2009, revogou a Portaria Normativa nº 7/2009, dando ao regulamento vigente sua feição atual, que tem poucas diferenças em relação à anteriormente em vigor. Foi mantida boa parte dos dispositivos da Portaria nº 7/2009, como é o caso da maioria dos já mencio- nados e do art. 5º: Os cursos de mestrado profissional a serem submetidos à Capes poderão ser propostos por univer- sidades, instituições de ensino e centros de pesquisa, públicos e privados, inclusive em forma de consórcio, atendendo necessária e obrigatoriamente aos requisitos de qualidade fixados pela Capes e, em particular, demonstrando experiência na prática do ensino e da pesquisa aplicada. Este é um exemplo de como as IES públicas podem não depender do financiamento derivado da co- brança de encargos educacionais (mensalidades) dos estudantes dos mestrados profissionais, uma vez que os consórcios com instituições privadas, por exemplo, têm o intuito de sanar o eventual custo desses cursos pre- servando, ao mesmo tempo, a gratuidade neles para os estudantes. Ainda assim, a possibilidade de cobrança dos mestrados profissionais resguarda a autonomia universitária e a sustentabilidade do financiamento direto desses cursos. Na duração dos mestrados profissionais, foi eliminada a referência ao mínimo de um ano e máximo de dois anos na regulamentação vigente. Foi uma das poucas alterações consolidadas para o marco regulatório corrente. Quanto à pós-graduação lato sensu, ela foi regulamentada por várias normas. Mais recentemente, a Re- solução CNE/CES nº 1, de 3 de abril de 2001, tratava de toda a pós-graduação, e tinha alguns dispositivos des- tinados ao lato sensu. Os dispositivos referentes ao lato sensu foram revogados pela Resolução CNE/CES nº 1, de 8 de junho de 2007, “que estabelece normas para o funcionamento de cursos de pós-graduação lato sensu, em nível de especialização”. Mantiveram-se vigentes as seguintes menções: Art. 1° Os cursos de pós-graduação lato sensu oferecidos por instituições de educação superior devi- damente credenciadas independem de autorização, reconhecimento e renovação de reconhe- cimento, e devem atender ao disposto nesta Resolução. § 1° Incluem-se na categoria de curso de pós-graduação lato sensu aqueles cuja equivalência se ajuste aos termos desta Resolução. § 2° Excluem-se desta Resolução os cursos de pós-graduação denominados de aperfeiçoamento e outros. § 3° Os cursos de pós-graduação lato sensu são abertos a candidatos diplomados em cursos de gra- duação ou demais cursos superiores e que atendam às exigências das instituições de ensino. […] Art. 2° Os cursos de pós-graduação lato sensu, por área, ficam sujeitos à avaliação dos órgãos com- petentes a ser efetuada por ocasião do recredenciamento da instituição (os grifos não são do original). Dos pontos elencados no excerto, deve-se mencionar que os cursos reconhecidos como lato sensu cos- tumam resumir-se às seguintes denominações: atualizações, aprimoramentos, aperfeiçoamentos e especiali- zações (a LDB faz referência à expressão “cursos de especialização, aperfeiçoamento e outros” em seu art. 44, o que reiterado nas normas regulamentares relativas ao lato sensu). Atualizações e aprimoramentos consistem em cursos que tendem a ter duração mais curta em relação a aperfeiçoamentos, mas os três têm como carac- terística comum não haver exigência de carga horária mínima nas normas regulamentares do Poder Executivo. Todas as pós-graduações lato sensu conferem unicamente certificados a seus concluintes, sendo que a diferença da Especialização para as demais modalidades (atualizações, aprimoramentos e aperfeiçoamentos) reside no fato de que o certificado da primeira é caracterizado por ser submetido a maior rigor normativo, havendo obrigatoriedade de informações que caracterizem plenamente o curso como Especialização (carga horária mínima, titulação dos docentes e outras informações). Vale ressaltar que os cursos de pós-graduação lato sensu em nível de especialização, de acordo com a Resolução CNE/CES nº 1/2007, não dependem de autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimen- to, não se enquadrando, portanto, nos critérios convencionais de avaliação da graduação e da pós-graduação stricto sensu. Essa norma regulamentar apenas consubstanciou tratamento diferenciado que historicamente o lato sensu no Brasil sempre teve em comparação com o stricto sensu. Por esse motivo, justifica-se a perti- nência da medida ora proposta nesta PEC em análise, que busca conferir abordagem constitucional específica apenas ao lato sensu. Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 249 Mesmo não dependendo de autorização, reconhecimento ou renovação de reconhecimento, as Especia- lizações (o § 2º do art. 1º é claro ao especificar que outros tipos de lato sensu não são objeto desta Resolução específica) só podem ser ofertadas nas áreas do saber e nos endereços para os quais as IES são credenciadas para tanto. Ficam, ainda, as Especializações, sujeitas à avaliação, temática que será abordada mais adiante. Como parâmetros mínimos para o funcionamento das Especializações, tem-se exigência de titulação dos professores: Art. 4° O corpo docente de cursos de pós-graduação lato sensu, em nível de especialização, deverá ser constituído por professores especialistas ou de reconhecida capacidade técnico-profissional, sendo que 50% (cinquenta por cento) destes, pelo menos, deverão apresentar titulação de mestre ou de doutor obtido em programa de pós-graduação stricto sensu reconhecido pelo Ministério da Educação (Resolução CNE/CES nº 1/2007). Essa norma ratifica que Especializações conferem apenas certificado (e não diploma, tal como na pós- -graduação stricto sensu) e devem ter carga mínima de 360 horas, “não computado o tempo de estudo […] e o reservado, obrigatoriamente, para elaboração individual de monografia ou trabalho de conclusão de curso” (art. 5º). Especializações, ainda conforme o Parecer CNE/CES nº 263, de 9 de novembro de 2006, não têm “a função de conferir habilitação docente para o magistério superior ou mesmo de desenvolver a independência intelectual”. Nesse sentido, os cursos de pós-graduação lato sensu observem tendência de que seja criado marco regu- latório a respeito, de modo que se nota, para além das demandas judiciais em curso, esforços do Poder Executi- vo em delinear melhor o setor. Por esse motivo, o Poder Legislativo não pode furtar-se a enfrentar esse debate. O Poder Executivo já estabeleceu obrigatoriedade recente de que os cursos de especialização das IES sejam registrados no e-MEC, sistema eletrônico de cadastro do Ministério da Educação. De acordo com a Reso- lução CNE/CES nº 2, de 12 de fevereiro de 2014, “fica instituído o cadastro nacional de cursos de pós-graduação lato sensu (especialização) oferecidos nas modalidades presencial e a distância por instituições credenciadas no Sistema Federal de Ensino”. “Findo o prazo estabelecido pela Seres/MEC para o cadastramento dos cursos de pós-graduação lato sensu (especialização), serão consideradas irregulares todas as ofertas não inscritas no cadastro nacional refe- rido no Art. 1º” (art. 3º, Resolução CNE/CES nº 2/2014). A Instrução Normativa Seres/MEC nº 1, de 16 de maio de 2014, determinou que “as IES do Sistema Federal de Ensino deverão, a partir de 2 de junho de 2014, inscrever, no prazo de 90 (noventa) dias, no cadastro nacional de cursos de especialização do sistema e-MEC, os cursos de pós-graduação lato sensu (especialização) oferecidos a partir do ano de 2012” (art. 4º). É um primeiro passo no sentido de mapear esses cursos e criar ou adequar instâncias de avaliação apro- priadas a eles, mesmo que não sejam restritas unicamente à Capes. O lato sensu, de acordo com o PNPG 2011- 2020, remonta, em essência, à década de 1960 (ainda que haja exemplos pontuais de cursos mais antigos nessa modalidade) e teve grande expansão desde a década de 1990, em especial com os MBAs. Diante desse cenário de multiplicação do lato sensu, por vezes desordenada e com pouco controle – levando a grandes assimetrias nas formas de oferta e na qualidade dos cursos –, percebe-se que os órgãos reguladores começam, nos últimos anos, a ter mais atenção a esse segmento da educação superior. A regulamentação do lato sensu é um processo em discussão no Conselho Nacional de Educação (CNE) há alguns anos. Até a Resolução CNE/CES nº 7, de 8 de setembro de 2011, eram possíveis credenciamentos es- peciais de cursos lato sensu ministrados em instituições não educacionais. A Resolução nº 7/2011 mudou esse entendimento, consolidando a tendência de regulação do setor. O Conselho Nacional de Educação determinou, na ocasião, que “fica extinta a possibilidade de credencia- mento especial de instituições não educacionais para a oferta de cursos de especialização, nas modalidades de educação presencial e a distância” (art. 1º). Escolas de governo credenciadas no Ministério da Educação eram as únicas exceções ao dispositivo. Com essa regra geral, tem-se que houve uma primeira limitação para os cursos de pós-graduação lato sensu, de modo que eles não pudessem mais ser ofertados de maneira indiscriminada, devendo estar necessariamente vinculados a instituições educacionais a partir do começo de agosto de 2011. Mais recentemente, em julho de 2014, o CNE apresentou minuta de Resolução, aberta à consulta pública, pretende instituir diretrizes para a “pós-graduação lato sensu Especialização”. É a intenção de estabelecer um marco regulatório mais amplo para o segmento. Não são tratados, na minuta, outros cursos lato sensu, como os de atualização, de aprimoramento e de aperfeiçoamento. De todo modo, a proposta é a de que esses cursos lato sensu em nível de Especialização só possam ofe- recidos por IES que tenham graduações ou pós-graduações na área correlata ao do curso lato sensu que se pretende ofertar. Para o caso da referência da área correlata serem os cursos de graduação, deles passaria a se exigir que tenham no mínimo conceito 4 – e não mais 3 (a escala varia de 1 a 5). Exceções a esses casos gerais 250 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 são as Escolas de Governo e instituições de pesquisa científica e tecnológica, sob condições de credenciamento especial. A previsão é a de que os cursos de lato sensu Especialização “progressivamente” sejam incorporados à sistemática do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes). A minuta pretende, ainda, estabelecer ampliação das horas mínimas, devendo ser, ao menos: 360 horas de disciplinas, 30 dedicadas a monografia e 60 para estudo individual ou em grupo. Se voltado à formação docente, propugna-se que os cursos tenham, das 360 horas de disciplinas, 120 delas orientadas a conteúdos pedagógicos. Propõe-se elevação da proporção de mestres e doutores para 75%, bem como obrigatoriedade de Projeto Pedagógico de Curso e de defesa de monografia, salvo exceções justificáveis de acordo com as es- pecificidades da área temática. São alguns dos aspectos presentes na minuta, os quais apontam para tendência ao estabelecimento de marcos regulatórios para o lato sensu. Essa explanação do lato sensu no Poder Executivo mostrou-se necessária na medida em que o que se tem consolidado em termos de normas para o segmento são regulamentos do Executivo. Em paralelo, a questão da cobrança de encargos educacionais nas pós-graduações lato sensu também vive processo de judicialização significativo. É frequente a oferta de cursos pagos em IES públicas nessa mo- dalidade mediante o emprego de fundações. Diante da insegurança jurídica que o tema tem provocado e da tendência à regulamentação mais precisa do lato sensu, cabe ao Poder Legislativo discutir a matéria, para que a sociedade brasileira disponha de arcabouço legal capaz de sanar quaisquer dúvidas a respeito. O Parecer CNE/CES nº 364, de 6 de novembro de 2002, embora relativamente antigo, traz posição relevante a respeito dos cursos lato sensu, com argumentos que vão ao encontro da essência da proposição em análise: […] não se espera que as universidades públicas destinem recursos públicos para tarefas que não façam parte de sua missão constitucional, para a qual, e somente para esta, está preceituada a gratui- dade. Não devem, portanto, as casas públicas de ensino superior destinar suas dotações para oferta gratuita de especializações e aperfeiçoamentos. Ressalte-se, adicionando-se argumento material à lógica do raciocínio, que inexistem, nos orçamentos das universidades públicas, dotações para os cursos de especialização, também não havendo para eles a hipótese de financiamento pelas Agências de Fomento, fazendo impossível, de novo, agora por razões materiais, que se os ofereça gratuitamente (os grifos não são do original). Estão, ainda, incluídas na pós-graduação lato sensu as Residências na área de saúde, reguladas pela Lei nº 6.932, de 7 de julho de 1981 (Residência Médica) e pela Lei nº 11.129, de 30 de junho de 2005. As Residên- cias são definidas, em essência, pela integração entre ensino e serviço, o que confere particularidade a esse tipo de pós-graduação lato sensu em relação aos demais. Têm como diferencial incontestável, a carga horária mínima. Enquanto especializações em geral têm carga total mínima de 360 horas, Residências têm carga sema- nal máxima de 60 horas, exigindo dedicação exclusiva, sendo altamente concorridas e tendo disponibilidade de bolsas para os residentes. Aliás, essa peculiaridade aparece expressamente no art. 20 da minuta de Resolução do CNE, de julho de 2014, a respeito da pós-graduação lato sensu Especialização. O esboço do dispositivo prevê que “os programas de residência em saúde terão norma específica própria no que disser respeito às suas interfaces com Curso de Pós-graduação Lato Sensu Especialização”. Nota-se, portanto, reconhecimento por parte do Poder Executivo de que as Residências em saúde merecem regulamentação diferenciada em relação às demais pós-graduação lato sensu em nível de Especialização. A Lei nº 6.932/1981 assim define a Residência Médica: Art. 1º – A Residência Médica constitui modalidade de ensino de pós-graduação, destinada a mé- dicos, sob a forma de cursos de especialização, caracterizada por treinamento em serviço, funcio- nando sob a responsabilidade de instituições de saúde, universitárias ou não, sob a orientação de profissionais médicos de elevada qualificação ética e profissional. A Lei 11.129, de 30 de junho de 2005, estabelece, por seu turno, a criação do Conselho Nacional de Re- sidência Multiprofissional em Saúde: Art. 14. Fica criada, no âmbito do Ministério da Educação, a Comissão Nacional de Residência Mul- tiprofissional em Saúde – CNRMS, cuja organização e funcionamento serão disciplinados em ato conjunto dos Ministros de Estado da Educação e da Saúde. É este órgão que define, em conformidade com a Resolução CNRMS nº 2, de 13 de abril de 2012, as Re- sidências não médicas da área de Saúde: Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 251 Art. 3º Os Programas de Residência Multiprofissional e em Área Profissional da Saúde constituem modalidade de ensino de pós-graduação lato sensu, destinado às profissões da saúde, excetuada a médica, sob a forma de curso de especialização, caracterizado por ensino em serviço, com carga horária de 60 (sessenta) horas semanais, duração mínima de 02 (dois) anos e em regime de dedica- ção exclusiva. §1º O disposto no caput deste artigo abrange as seguintes profissões: Biomedicina, Ciências Bioló- gicas, Educação Física, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Medicina Veterinária, Nutrição, Odontologia, Psicologia, Serviço Social e Terapia Ocupacional. Observa-se, portanto, redação inspirada na Lei nº 6.932/1981, com as adaptações e especificidades perti- nentes. Cabe notar que o caput da Portaria Interministerial MEC/MS nº 1.077, de 12 de novembro de 2009, trazia era menos exigênte, pois não previa “regime de dedicação exclusiva”, algo que já não é mais assim no presente. No restante, a Resolução CNRMS nº 2/2012 e a Portaria Interministerial MEC/MS nº 1.077/2009 são idênticas. A determinação de quais áreas são consideradas do setor da Saúde foi estabelecida pelo Conselho Na- cional de Saúde, mediante a Resolução CNS nº 287, de 8 de outubro de 1998, que relaciona as categorias de profissionais de saúde de nível superior para fins de atuação do Conselho. São as 13 mencionadas na Portaria Ministerial MEC/MS e na Resolução CNRMS mais a Medicina: 1. Assistentes Sociais; 2. Biólogos; 3. Biomédicos; 4. Profissionais de Educação Física; 5. Enfermeiros; 6. Farmacêuticos; 7. Fisioterapeutas; 8. Fonoaudiólogos; 9. Médicos; 10. Médicos Veterinários; 11. Nutricionistas; 12. Odontólogos; 13. Psicólogos; e 14. Terapeutas Ocupacionais. II – Com referência aos itens 1, 2, 3 e 10, a caracterização como profissional de saúde deve ater-se a dispositivos legais e aos Conselhos de Classe dessas categorias. A diferença entre a Residência em Área Profissional de Saúde e a Residência Multiprofissional remete ao fato de que esta última se caracteriza por programa constituído por, no mínimo, 3 (três) programas de Saúde. De acordo com a Resolução CNRMS nº 2/2012, os Projetos Pedagógicos das Residências Multiprofissionais tem, entre outros requisitos, os seguintes: I – para ser caracterizado como Residência Multiprofissional em Saúde, o programa deverá ser cons- tituído por, no mínimo, 03 (três) profissões da saúde; II – quando o programa constituir-se por mais de uma área de concentração, cada área deverá tam- bém contemplar, no mínimo, três profissões da saúde. Com efeito, pode-se perceber que o impacto potencial da mudança na proposição em análise tem de considerar as Residências na área de saúde. O Plano Nacional de Pós-Graduação 2011-2020, publicado em 2012, já apontava esse problema no que se refere à avaliação do lato sensu, indicando que as Residências não podem ser consideradas da mesma forma que as demais especializações para os fins de avaliação: […] a exclusividade da [avaliação da] Capes [sobre a pós-graduação] poderá ser quebrada em mais de uma situação, como nas residências médicas, que é uma espécie de pós-graduação fora do sis- tema oficial da Capes. Situação similar ocorre nas áreas profissionais, desde a medicina, afora a re- sidência médica, como na formação recebida pelos médicos nos hospitais, onde a formação de um bom cirurgião exige no mínimo cinco anos, até a arquitetura, o direito e áreas da engenharia. Nesses campos, quando a formação ocorrer fora dos quadros dos programas acadêmicos e do mestrado profissional, outros sistemas de avaliação e controle poderão ser criados e serem solicitados sua ação 252 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 e seu acompanhamento. Entretanto, como na pós-graduação lato sensu, eles não serão objeto de uma política de governo (PNPG 2011-2020, v. I, p. 128-129). Como se pode observar, o desafio imposto pela proposição em análise reside no fato da complexidade da organização da educação superior e, em especial da pós-graduação lato sensu, que abriga notável plurali- dade de cursos, que vão desde simples atualizações ou aperfeiçoamentos até cursos complexos das áreas de engenharia, arquitetura e medicina, assim como as Residências Médicas. O tratamento a estas diversas moda- lidades não pode ser uniformizado pela alteração proposta. As Residências da área de saúde devem ter sua gratuidade incondicionalmente preservada, sob pena de prejudicar a formação de profissionais que são estratégicos para a prestação de serviços à sociedade. O mesmo deve ocorrer com as atividades de extensão que não sejam cursos, as quais têm papel relevante junto à comunidade. Em função das considerações anteriormente expostas, o Substitutivo anexo busca, por um lado, reafirmar a essência do princípio da gratuidade da educação pública na educação superior e, ao mesmo tempo, evitar a insegurança jurídica decorrente das ações que questionam a possibilidade de cobrança de encargos educa- cionais na pós-graduação lato sensu e nos mestrados profissionais oferecidos em IES públicas. Considerando que essas questões têm sido ativamente tratadas pelo Poder Executivo – com esforços recentes de estabelecer marco regulatório para o lato sensu – e por demandas ao Poder Judiciário, cabe ao Poder Legislativo pronunciar-se a respeito. O Substitutivo modifica a redação da proposição em análise no sentido de não mencionar cursos “regu- lares”, mas apenas uma referência genérica a “cursos”, terminologia mais genérica e mais apropriada. Conside- rando que a graduação não é o único tipo de curso superior existente (há os cursos sequenciais, que também são superiores e que, embora não deem acesso à pós-graduação stricto sensu, conferem a possibilidade de cursar o lato sensu), entende-se ser mais adequado mencionar “cursos superiores” e não “cursos de graduação”. Por seu turno, a mera exclusão dos cursos que não sejam superiores ou de pós-graduação stricto sensu provoca dois efeitos em especial. O principal é abrir-se a possibilidade de interpretar, pela redação original da proposição, de que os cursos não mencionados no princípio da gratuidade deverão ser pagos. Ainda que essa não seja uma interpretação inquestionável, ela é tecnicamente possível. O outro efeito consiste no fato de que as Residências na área de saúde (e outras que eventualmente venham a ser criadas em outras áreas, como há Projetos de Lei nesse sentido) poderiam (ou, a depender da interpretação, necessariamente) seriam excluídas da gratuidade, o que teria consequências potencialmente devastadoras para a formação dos profissionais que cursam Residências. Para evitar possível interpretação equivocada da intenção original da proposição, apresenta-se como redação a menção expressa de que se faculte a oferta não gratuita de cursos, especificamente para a pós-gra- duação lato sensu e para os mestrados profissionais, para que eles não se tornem inviáveis financeiramente, e para os cursos de extensão. Isso confere clareza na redação para que não haja questionamento acerca do ca- ráter facultativo da cobrança, que poderia ficar dúbio de acordo com o texto original. Facultar a oferta não gratuita não impede, ao mesmo tempo, que, mediante convênios ou mesmo por interesse autônomo de cada IES pública, seja garantida a gratuidade desses cursos para a formação continu- ada de servidores públicos de áreas estratégicas como a saúde e a educação básica. É o que já se pratica na atualidade, havendo iniciativas assim por parte do Poder Executivo em seus diversos níveis – federal, estadual, distrital e municipal. Acresce-se que a garantia da gratuidade plena de especializações e mestrados profissionais direcionados à formação docente é um aspecto fundamental, no qual não se pode abrir mão do princípio da gratuidade. Quanto às Residências, em especial as da área de Saúde – que são as que existem atualmente –, propõe- -se a inserção de novo dispositivo no art. 206, mediante acréscimo de parágrafo que as exclua da possibilidade de oferta não gratuita do inciso IV. Em outros termos, fica garantida a gratuidade das residências. Diante do exposto, nosso voto pela APROVAÇÃO da Proposta de Emenda à Constituição nº 395-A, de 2014, do Nobre Deputado Alex Canziani, na forma do Substitutivo anexo. Sala da Comissão, 24 de setembro de 2015. – Deputado Cleber Verde, Relator

SUBSTITUTIVO À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 395-A, DE 2014

Altera a redação do inciso IV e acresce parágrafo, ambos no art. 206 da Constituição Federal, no que se refere à gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais. Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 253 As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte emenda ao texto constitucional: Art. 1º O artigo 206 da Constituição Federal passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 206...... IV – gratuidade do ensino público nos estabelecimentos oficiais, salvo, na educação superior, para os cursos de extensão, de pós-graduação lato sensu e de mestrado profissional, exceções para as quais se faculta sua oferta não gratuita, respeitada a autonomia universitária...... § 1º ...... § 2º A ressalva do inciso IV deste art. 206 referente aos cursos de pós-graduação lato sensu e de mestrado profissional não se aplica a programas de residência e de formação de profissionais na área de ensino.” (NR)

Art. 2º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação. Deputado Cleber Verde, Relator

III – Parecer da Comissão A Comissão Especial destinada a proferir parecer à Proposta de Emenda à Constituição nº 395-A, de 2014, do Sr. Alex Canziani e outros, que “altera a redação do inciso IV do art. 206 da Constituição Federal, referente à gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais”, em reunião ordinária realizada hoje, opinou pela aprovação, com substitutivo da Proposta de Emenda à Constituição nº 395/2014, nos termos do Parecer do Relator, Deputado Cleber Verde. Participaram da votação os Senhores Deputados: Pedro Fernandes – Presidente, Cleber Verde, Relator; Lelo Coimbra, Marcelo Belinati, Margarida Salomão, Maria do Rosário, Milton Monti, Professora Dorinha Seabra Rezende, Rogério Marinho, Sandro Alex, Sergio Vidigal – Titulares; Dr. Jorge Silva, Moses Rodrigues, Odorico Monteiro e Toninho Wandscheer – Suplentes. Sala da Comissão, 24 de setembro de 2015. – Deputado Pedro Fernandes, Presidente – Deputado Cle- ber Verde, Relator

SUBSTITUTIVO ADOTADO PELA COMISSÃO ESPECIAL À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 395-A, DE 2014

Altera a redação do inciso IV e acresce parágrafo, ambos no art. 206 da Constituição Federal, no que se refere à gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais.

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte emenda ao texto constitucional: Art. 1º O artigo 206 da Constituição Federal passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 206...... IV – gratuidade do ensino público nos estabelecimentos oficiais, salvo, na educação superior, para os cursos de extensão, de pós-graduação lato sensu e de mestrado profissional, exceções para as quais se faculta sua oferta não gratuita, respeitada a autonomia universitária...... § 1º ...... § 2º A ressalva do inciso IV deste art. 206 referente aos cursos de pós-graduação lato sensu e de mestrado profissional não se aplica a programas de residência e de formação de profissionais na área de ensino.” (NR)

Art. 2º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação. Deputado Pedro Fernandes, Presidente – Deputado Cleber Verde, Relator 254 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 450-A, DE 2014 (Do Sr. Eduardo Cunha e outros)

Altera o art. 93 da Constituição Federal; tendo parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela admissibilidade (relator: DEP. RODRIGO PACHECO). DESPACHO: À COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário PUBLICAÇÃO DO PARECER DA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA

I – Relatório A proposição em epígrafe vem a esta Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, tendo como primeiro subscritor o Deputado Eduardo Cunha, a qual busca alterar a redação do art. 93 da Constituição Fede- ral para efeito de incluir a observância “da ordem cronológica de ingresso de processos, em idêntica situação processual”, nos julgamentos do Poder Judiciário. Na justificativa, dispõe o primeiro subscritor: “A medida pretende permitir que os processos distribuídos aos membros e órgãos do Poder Judiciá- rio sejam analisados em ordem cronológica, ou seja, quando o processo está concluso, pronto para ser analisado, tem de ser apreciado de acordo com a ordem de chegada. A ideia é aplicar a mesma regra que o Supremo Tribunal Federal decidiu à apreciação dos vetos pre- sidenciais. Não pode haver preferências, senão aquelas legais. A lei prevê prioridades dos processos em alguns casos como os que envolvem pessoas com deficiências ou idosos, além de tutela de me- nor, Habeas Corpus, Mandado de Segurança. Nos demais casos que não são prioritários, a escolha não deve ser aleatória. Como não existe uma obrigação legal de um critério cronológico, torna-se seletivo. Sendo assim, podem ser publicados acórdãos e outras decisões a qualquer tempo. ‘Para exemplificar, relato um episódio ocorrido, ao final de 2012, com relação aos vetos presidenciais. O Supremo Tribunal Federal recebeu mandado de segurança, impetrado por Deputado Federal, con- tra ato da Presidência da Mesa do Congresso Nacional que aprovou requerimento de urgência para incluir em pauta a apreciação de veto presidencial parcial ao projeto, convertido em lei, que trata da partilha de royalties relativos à exploração de petróleo e gás natural (MS 31.816, Rel. Min. Luiz Fux). Naquela oportunidade o Relator concedeu medida liminar, determinando à Mesa do Congresso Nacional que se abstivesse de deliberar sobre o veto em questão (nº 38/2012) antes que se proce- desse à apreciação de todos os vetos pendentes com prazo de análise expirado até aquela data, em ordem cronológica de recebimento da respectiva comunicação. Em ato posterior, esclareceu que a decisão atingia apenas a deliberação sobre vetos pendentes de apreciação, não impedindo o Con- gresso Nacional de apreciar e votar proposições de natureza distinta. Na prática, houve um problema de ordem política: nos últimos 13 anos, acumularam-se 3.060 vetos pendentes de deliberação. Sendo mantida a liminar como decisão definitiva de mérito, teriam que ser apreciados todos, antes do nº 38/2012. Entre as deliberações de natureza diversa sobre as quais deveria o CN debruçar-se, estava o projeto de lei orçamentária para o exercício de 2013. Em face da decisão, a Mesa do Congresso Nacional interpôs agravo regimental, levando à manifes- tação do Pleno do STF sobre a presença ou não dos pressupostos para concessão da liminar. A Legislação permite que um parlamentar, valendo-se do instrumento de tutela do direito de que é titular, do mandado de segurança, exija à observância do devido processo legislativo. No mérito, a discussão centrou-se, de um lado, no alcance dos papéis do Executivo e, especialmente, Legislativo no processo de elaboração de leis e, de outro, na possibilidade de o Judiciário envolve-se nas questões relativas à forma pela qual o fazem. “‘Em seu voto, o Relator entendeu que, ao prever a possibilidade de o PR (Presidente da República) vetar projetos de lei, como um mecanismo do sistema de freios e contrapesos ínsito à lógica da se- paração de poderes, a Constituição estabelece em contrapartida o dever de o CN, titular da função legislativa, deliberar expressamente sobre o veto, fixando um prazo para tanto, findo o qual o veto é incluído imediatamente na pauta do CN, sobrestadas as demais deliberações legislativas até sua votação final (art. 66, §§ 4º e 6º). A Constituição teria, assim, retirado do Legislativo a autonomia para fixação da pauta deliberativa, quando houvesse vetos presidenciais com prazo de apreciação vencido. Como consequência, a apreciação dos vetos deveria seguir a ordem cronológica de sua Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 255 comunicação pelo PR ao CN, não competindo a este pinçar a seu alvedrio o quê deliberar, nessas condições. Asseverou o Relator que, sendo a matéria de assento constitucional, ainda que comporte desdobramentos no regimento interno comum do CN, não diz respeito à conveniência e oportuni- dade do mérito das decisões legislativas; logo, não configura questão de natureza política, tampou- co matéria interna corporis, sendo o eventual desrespeito às regras passível de controle judicial.’”’ * Direito Constitucional, stf, vetos presidenciais, royalties, ms 31.816, adi 4029.” Compete a CCJD, nos termos do art. 202, do Regimento Interno, a análise de admissibilidade da Propos- ta, ou seja, deve-se verificar se a Proposta não atenta contra as cláusulas pétreas, previstas no art. 60 da Cons- tituição, especificamente no seu § 4º. É o relatório.

II – Voto do Relator A proposta sob comento foi apresentada com observância dos requisitos constitucionais e regimentais: foram colhidas as assinaturas necessárias (aliás, em número superior ao terço da Câmara), não se atenta con- tra a forma federativa nem contra o voto direto, secreto, universal e periódico, tampouco contra a separação dos Poderes ou os direitos e garantias individuais. Em outras palavras, a proposta não desrespeita as vedações impostas ao legislador quando esse se dispõe a alterar o texto da Carta Magna. Na verdade, a alteração do texto constitucional em comento tem por escopo o estabelecimento de cri- tério objetivo para a apreciação das demandas apresentadas ao Poder Judiciário, mormente quando a legiti- midade deste Poder advém justamente da possibilidade da fiscalização de suas decisões. Segundo Alexandre de Moraes, “a legitimidade democrática do Poder Judiciário baseia-se na aceitação e respeito de suas decisões pelos demais poderes por ele fiscalizados e, principalmente, pela opinião pública, motivo pelo qual todos os seus pronunciamentos devem ser fundamentados e públicos” (in Constituição do Brasil interpretada e legislação constitucional. 9 ed. São Paulo: Atlas, 2013, p. 1338). Nesses termos, o advento de critério objetivo que permita a compreensão pela sociedade da cadência da prolação de decisões judiciais traz consigo, inevitavelmente, maior segurança jurídica, minimizando a pos- sibilidade de casuísmo na apreciação dos processos, fato que compromete a credibilidade das instituições democráticas. A alteração constitucional em questão ainda encontra respaldo no inciso LXXVIII, do art. 5º, da própria Constituição Federal, segundo o qual a todos é assegurada a “razoável duração do processo”, sendo certo que a igualdade de todos perante a lei preconizada no caput do mesmo artigo referenda a cronologia como crité- rio temporal norteador da prolação de decisões judicias. Ou seja, a proposta sob análise procura adequar a prática judiciária à razoabilidade não apenas como critério imprescindível e basilar para o rol de princípios e garantias constitucionais, previstas no art. 5º da Cons- tituição, mas também como supedâneo da razão prática, do bom senso que se espera, inclusive e sobretudo, da prática judiciária: os conflitos, sob o ponto de vista processual, devem ser compostos, sempre que possível, observando-se como critério a ordem de sua apresentação ao Poder Judiciário. Talvez esse seja atualmente o principal motivador das insatisfações para com esse importante e respeitado Poder: demandas antiquíssimas aguardam solução enquanto outras, recentes e não tão significativas em termos de repercussão social, têm solução rápida, motivada por critérios não necessariamente explicitados. Impõe-se registrar que a morosidade da prestação jurisdicional não é fenômeno novo. Inclusive, pode-se afirmar que não se trata de problema advindo do direito processual brasileiro exclusivamente. Nos dias de hoje, em que se observa a aceleração e intensificação dos fluxos de pessoas, de bens e de informações, a demora na solução dos processos pelo Judiciário tornou-se algo inaceitável. As incertezas que vigoram enquanto não se decide um processo judicial acarretam prejuízos imensu- ráveis a toda a sociedade, que atingem diretamente à natureza de determinadas atividades e negócios, com- prometendo diretamente o desenvolvimento econômico e de outros setores. Segundo o jurista mineiro Humberto Theodoro Júnior, “O tempo do processo toma o seu lugar dentro da ciência processual, influindo sobre a elaboração dogmática preocupada com a construção do processo justo, destinado a realizar concretamente os valores e os princípios consagrados na Constituição”. (THEODORO JR., Humberto, Celeridade e efetividade da prestação jurisdicional. Insuficiência da reforma das leis processual, p. 3/4. Disponível em www.abdpc.org.br -acessado em 14/09/2015). Nesse norte, a PEC 450/2014 encontra absoluto e convincente fundamento enquanto instrumento de celeridade. 256 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 A título ilustrativo, podemos utilizar o direito comparado como uma forma de clarificar ainda mais a ne- cessidade do julgamento da ordem cronológica, instrumento de efetividade e celeridade processual. O direito italiano, um dos maiores referenciais para o ordenamento jurídico brasileiro, passou por esta transformação, em virtude de um clamor da sua sociedade por processos menos morosos. Importante dizer que assim como na Constituição Brasileira, a Constituição Italiana estabelece como garantia do processo a sua razoável duração, através do artigo 111, “a Constituição italiana, em seu artigo 24, parágrafo 1º, reconhecia a cada um, além do direito de ação, o direito a agilidade (speditezza) da Justiça” (ZAN- FERDINI, 2007, p. 38). A renomada doutrinadora Flávia de Almeida Montingelli Zanferdini1 salienta que a doutrina italiana en- tendia a necessidade de implementar mecanismos práticos de celeridade, mesmo antes de ter sido inserida a expressão “razoável duração”, linha esta adotada pela PEC 450/14. Portanto, a proposta busca aprimorar o Artigo 93, da Carta Maior, atribuindo maior celeridade e efetivi- dade processual, assunto presente nos debates de Doutrina e objeto de clamor público e social. A PEC 450/14 vem privilegiar o aspecto da transparência em relação à atividade do Poder Judiciário, bem como favorece a aplicação da máxima da razoável duração do processo, sob a ótica da prática jurídica cotidia- na, além de possibilitar um ganho de celeridade procedimental sem que haja ofensa ao devido processo legal. Por outro lado, é de se registrar também o aspecto de segurança jurídico-constitucional que a PEC 450/14 atribui ao Novo Código de Processo Civil. Com efeito, a segurança jurídica, previsto no art. 5º, XXXVI, da Constituição Federal, representa uma das mais respeitáveis garantias que o ordenamento jurídico oferece aos cidadãos, uma vez que o Estado represen- ta o pacto dos cidadãos que trocaram parte de sua liberdade pela segurança a ser provida pelo Estado, o que implica dizer que o princípio em comento é a mais básica das obrigações do ente coletivo. O jurista José Gomes Canotilho denomina a segurança jurídica “de princípio da estabilidade das relações jurídicas, uma das vigas mestras da ordem jurídica, o que demonstra a sua importância na atualidade”. (CANO- TILHO, J. J. Gomes. Direito Constitucional e Teoria da Constituição. Coimbra: Almedina, 2009). E em nosso ordenamento jurídico, o princípio em voga pode ser visualizado dentre os direitos e garantias fundamentais, notadamente no art. 5º, XXXVI, da Constituição Federal, o qual determina que “a lei não preju- dicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada”. Assim sendo, pode-se afirmar que embora a segurança jurídica não se encontre explicitada no texto da Constituição, é sim um princípio constitucional, disciplinado dentre os direitos e garantias fundamentais. Ademais, a compreensão da segurança jurídica como princípio impõe que a estabilidade das relações seja considerada como uma das balizas para tudo o que tenha ligação com o direito, ou seja, tanto as ações estatais, quanto as relações entre os indivíduos, devem observar a segurança jurídica. Desse modo, a PEC 450/14 consagra também esse princípio constitucional na aplicação prática do Novo Código de Processo Civil, ao fazer prever constitucionalmente a ordem cronológica como parâmetro no julga- mento de processos de mesma condição, ficando ressalvados os casos excepcionais, tal qual o faz o novo CPC: Art. 12. Os juízes e os tribunais deverão obedecer à ordem cronológica de conclusão para proferir sentença ou acórdão. § 1o A lista de processos aptos a julgamento deverá estar permanentemente à disposição para con- sulta pública em cartório e na rede mundial de computadores. § 2o Estão excluídos da regra do caput: I – as sentenças proferidas em audiência, homologatórias de acordo ou de improcedência liminar do pedido; II – o julgamento de processos em bloco para aplicação de tese jurídica firmada em julgamento de casos repetitivos; III – o julgamento de recursos repetitivos ou de incidente de resolução de demandas repetitivas; IV – as decisões proferidas com base nos arts. 485 e 932; V – o julgamento de embargos de declaração; VI – o julgamento de agravo interno; VII – as preferências legais e as metas estabelecidas pelo Conselho Nacional de Justiça; VIII – os processos criminais, nos órgãos jurisdicionais que tenham competência penal; IX – a causa que exija urgência no julgamento, assim reconhecida por decisão fundamentada. § 3o Após elaboração de lista própria, respeitar-se-á a ordem cronológica das conclusões entre as preferências legais.

1 O acesso à Justiça é considerado, hodiernamente, p.38 – Ed. LTR Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 257 § 4o Após a inclusão do processo na lista de que trata o § 1o, o requerimento formulado pela parte não altera a ordem cronológica para a decisão, exceto quando implicar a reabertura da instrução ou a conversão do julgamento em diligência. § 5o Decidido o requerimento previsto no § 4o, o processo retornará à mesma posição em que anterior- mente se encontrava na lista. § 6o Ocupará o primeiro lugar na lista prevista no § 1o ou, conforme o caso, no § 3o, o processo que: I – tiver sua sentença ou acórdão anulado, salvo quando houver necessidade de realização de diligência ou de complementação da instrução; II – se enquadrar na hipótese do art. 1.040, inciso II. Portanto, a PEC 450/14 vem consagrar o julgamento em ordem cronológica dos processos como impe- rativo de igualdade. E sua possível aprovação impedirá que o julgamento siga uma ordem distinta do que é o lógico e razoável. Nesses termos, nosso voto é pela admissibilidade da Proposta de Emenda à Constituição 450, de 2014. Sala da Comissão, de de 2015. – Deputado Rodrigo Pacheco, Relator III – Parecer da Comissão A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, em reunião ordinária realizada hoje, opinou pela admissibilidade da Proposta de Emenda à Constituição nº 450/2014, nos termos do Parecer do Relator, Depu- tado Rodrigo Pacheco. Estiveram presentes os Senhores Deputados: Arthur Lira – Presidente, Aguinaldo Ribeiro e Osmar Ser- raglio – Vice-Presidentes, Alceu Moreira, Alessandro Molon, Altineu Côrtes, Andre Moura, Arnaldo Faria de Sá, Bacelar, Betinho Gomes, Bruno Covas, Capitão Augusto, Carlos Bezerra, Chico Alencar, Covatti Filho, Cristiane Brasil, Danilo Forte, Diego Garcia, Esperidião Amin, Fausto Pinato, Francisco Floriano, Giovani Cherini, Hiran Gonçalves, Jorginho Mello, José Fogaça, Juscelino Filho, Luis Tibé, Luiz Couto, Luiz Sérgio, Marco Tebaldi, Mar- cos Rogério, Maria do Rosário, Paes Landim, Pastor Eurico, Paulo Magalhães, Paulo Maluf, Paulo Teixeira, Pedro Cunha Lima, Rodrigo Pacheco, Ronaldo Fonseca, Rubens Pereira Júnior, Sergio Souza, Valmir Prascidelli, Wadih Damous, Bruna Furlan, Delegado Éder Mauro, Delegado Waldir, Edmar Arruda, Erika Kokay, Félix Mendonça Júnior, Glauber Braga, Gonzaga Patriota, Hildo Rocha, Jerônimo Goergen, Marcio Alvino, Mário Negromonte Jr., Marx Beltrão , Nelson Marchezan Junior, Odorico Monteiro, Ricardo Tripoli, Roberto Britto, Sandro Alex, Silas Câmara, Soraya Santos e Valtenir Pereira. Sala da Comissão, 23 de setembro de 2015. – Deputado Arthur Lira, Presidente PROJETO DE LEI Nº 4.961-B, DE 2005 (Do Sr. Antonio Carlos Mendes Thame)

Altera dispositivos da Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996; tendo parecer da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, pela aprovação deste, com substitutivo, e pela rejeição do de nº 654/07, apensado (relator: DEP. GERMANO BONOW); e da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, pela aprovação deste, na forma do Subs- titutivo da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, e pela rejeição do de nº 654/07, apensado (relator: DEP. LAERCIO OLIVEIRA). DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL; CIÊNCIA E TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA; DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, INDÚSTRIA E CO- MÉRCIO; CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (ART. 54 RICD) APRECIAÇÃO: Proposição sujeita à apreciação do Plenário – Art. 52, § 6º, do RICD PUBLICAÇÃO DO PARECER DA COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO

I – Relatório O Projeto de Lei nº 4.961, de 2005, do Sr. Antônio Carlos Mendes Thame, que “Patenteamento de mate- riais biológicos extraídos de ser vivo natural”. Apensado a este vem o Projeto de Lei nº 654, de 2007, O Projeto de Lei 654/07, do Sr. Nazareno Fonteles, altera a redação do inciso III do art. 18 da Lei nº 9.279/96, que define o que não é patenteável no Brasil. Após despacho do Presidente da Câmara dos Deputados, foi analisado pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CMADS) onde recebeu parecer pela aprovação deste, com substitutivo, e pela 258 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 rejeição do PL 654/2007, apensado. Neste momento vem à Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indús- tria e Comércio (CDEIC) para que seja analisado os pressupostos de conveniência e oportunidade da matéria. Aberto o prazo, não foram apresentadas emendas. É o relatório. II – Voto Conforme o disposto no art. 32, inciso VI, alínea “b”, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, é de competência deste órgão colegiado analisar assuntos relativos à ordem econômica nacional. A proposição pretende alterar a Lei de Propriedade Industrial para permitir o patenteamento de subs- tâncias ou matérias extraídas de ser vivo natural, obtidas ou isoladas, que apresentem os requisitos de paten- teabilidade – novidade, atividade inventiva e aplicação industrial – e que não sejam mera descoberta. As restrições à patenteabilidade de inovações relacionadas aos usos e aplicações de matérias obtidas de organismos naturais desestimulam investimentos voltados para o aproveitamento econômico da flora e da fauna brasileiras. O país aproveita um percentual pequeno do potencial de sua biodiversidade por limitações de diversas ordens, que possuem origem em marcos regulatórios que tornam as atividades de pesquisa e de- senvolvimento pouco atrativas para instituições públicas e privadas. A permissão do patenteamento de materiais de origem biológica, uma vez atendidos os critérios de no- vidade, atividade inventiva e aplicação industrial previstos em lei, é fundamental para que haja um alinhamen- to da norma de propriedade industrial com os demais marcos legais nacionais e internacionais sobre acesso a recursos da biodiversidade, que preveem o patenteamento de produtos elaborados a partir de amostras de seres vivos. Por representar um avanço no marco regulatório sobre o tema e criar incentivos para a pesquisa brasi- leira em biotecnologia, com a possibilidade de instituições, empresas e pesquisadores nacionais patentearem o resultado de seus atos inventivos é que a CNI recomenda o apoio ao projeto 4961/2005, na forma do substi- tutivo aprovado na Comissão de Meio Ambiente. A identificação da utilidade de determinada molécula ou composto orgânico é fruto de um longo pro- cesso de desenvolvimento, intensivo em tecnologia e aportes financeiros. Sua extração, isolamento e purifica- ção devem estar vinculadas a alguma funcionalidade, não identificável em seu estado natural, capaz de gerar algum efeito quando associada à outas moléculas. Este processo a diferencia de mera descoberta e a caracte- riza como inovação de uso industrial, portanto passível de gerar direitos de propriedade. Contudo, poucos empreendedores se dispõem a enfrentar o emaranhado burocrático e os custos do processo sem a segurança de que suas descobertas não serão apropriadas por terceiros. Muito se fala do po- tencial econômico da biodiversidade brasileira, com estimativas que chegam a trilhões de reais, porém a re- alidade de desenvolvimento e pesquisa de novos produtos está muito aquém deste montante, com tímidos retornos econômicos e sociais. Este fato torna o Brasil dependente de produtos desenvolvidos a partir de moléculas, naturais ou sin- tetizadas, de componentes da biodiversidade de outros países, com reflexos negativos em nossa balança de pagamentos. É importante ressaltar que compartilhamos ecossistemas e espécies similares com países vizinhos, o que possibilita o registro de externo de material biológico presente em nosso território, vinculando seu uso ao pagamento de licenças. Por estas razões é fundamental que o país realize uma ampla reforma dos marcos legais relacionados ao uso da biodiversidade que dinamize o setor e gere mecanismos de fomento e incentivo ao desenvolvimento tecnológico e à inovação associada ao uso dos ativos da biodiversidade. Neste sentido, a proposta de alteração à Lei de Propriedade Industrial prevista no Projeto de Lei em análise, representa um importante passo para a melhoria do ambiente de negócios de diversos setores industriais associados ao tema. Ademais, o Projeto de Lei nº 654/07 propõe que a Lei 9.279/96 vede o patenteamento de todos os orga- nismos geneticamente modificados, e não somente de organismos transgênicos. Em relação a esta proposta destacamos a concordância e seguimos os argumentos da CMADS opinando pela rejeição desta matéria. Ante o exposto, opino, no mérito, pela aprovação do Projeto de Lei nº 4.961, de 2005, na forma do subs- titutivo aprovado na CMADS, e pela rejeição do Projeto de Lei nº 654, de 2007. Sala das Comissões, 4 de novembro de 2014. – Deputado Laércio Oliveira, Solidariedade/SE Relator III – Parecer da Comissão A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, em reunião ordinária realizada hoje, opinou pela aprovação do Projeto de Lei nº 4.961/2005, na forma do Substitutivo 2 da CMADS, e pela rejeição Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 259 do PL 654/2007, apensado, nos termos do Parecer do Relator, Deputado Laercio Oliveira, contra o voto do De- putado Helder Salomão. Os Deputados Helder Salomão e Ronaldo Zulke apresentaram Votos em Separado. Estiveram presentes os Senhores Deputados: Júlio Cesar – Presidente, Keiko Ota e Laercio Oliveira – Vice- -Presidentes, Helder Salomão, Mauro Pereira, Renato Molling, Afonso Florence, Augusto Coutinho, Conceição Sampaio, Eduardo Cury, Enio Verri, Luiz Carlos Ramos, Luiz Lauro Filho, Mandetta, Otavio Leite, Silas Brasileiro e Walter Ihoshi. Sala da Comissão, 23 de setembro de 2015. – Deputado Júlio Cesar, Presidente

VOTO EM SEPARADO (Do Sr. Ronaldo Zulke)

I – Relatório Trata-se de projeto de lei que pretende alterar a Lei de Propriedade Industrial (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996), também conhecida como Lei de Patentes, com o fim de ampliar a possibilidade de patenteamento de seres vivos, para além dos microorganismos transgênicos, incluindo substâncias ou materiais extraídos, ob- tidos ou isolados de seres vivos, em circunstâncias que especifica. O autor da proposição, ilustre Deputado Antonio Carlos Mendes Thame, justifica que a alteração legal é relevante para que se assegure o aproveitamento econômico dos recursos da biodiversidade brasileira. Por despacho de 22 de junho de 2007, o Projeto de Lei nº 654, de 2007, de autoria do ilustre Deputado Nazareno Fonteles, passou a tramitar como apenso à proposição principal. Este último PL também propõe al- teração da Lei de Propriedade Industrial, mas em sentido oposto: pretende impedir o patenteamento de or- ganismos geneticamente modificados – OGMs. A proposição apensada parte do princípio que o patenteamento de OGMs está em desacordo com a “preservação pública da natureza”. A vedação do “reconhecimento e registro de patentes de material geneti- camente modificado” beneficiará ainda, segundo o autor, “os pequenos agricultores” e “toda a sociedade”. Os projetos de leis tramitam em rito ordinário e devem receber pareceres conclusivos, de mérito, das Comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – CMADS; Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – CCTCI; Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio – CDEIC; e de Constituição e Justiça e de Cidadania – CCJC, que deve manifestar-se, ainda, sobre a constitucionalidade e a juridicidade das proposi- ções, por força do que dispõem os arts. 24, II, e 54, II do Regimento Interno da Câmara dos Deputados – RICD. Em 14 de julho de 2009, as proposições foram apreciadas pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvol- vimento Sustentável, CMADS, sob a relatoria do então Deputado Germano Bonow. A CMADS exarou parecer pela aprovação do PL 4.951/2005, nos termos do substitutivo apresentado, e pela rejeição do PL 654/2007, com voto em separado do então Deputado Hamilton Casara. Na Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – CCTCI, o Deputado Newton Lima apresentou seu relatório em 29 de agosto de 2013, pela rejeição de ambos os Projetos. Em data subsequente próxima foi tam- bém aprovado requerimento de Audiência Pública para debater a matéria. A audiência pública aprovada não se realizou e o parecer do relator não foi apreciado pelo colegiado da CCTCI no prazo regimental sendo então enviado para a Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, transferindo-se ao Plenário desta Casa a competência para apreciar a matéria, nos termos do art. 52, § 6º, do RICD. Em 02 de setembro de 2014 apresentei requerimento de audiência pública para debater a proposta neste Colegiado. No dia 04 de novembro de 2014 foi apresentado parecer do Deputado Laercio Oliveira (SD-SE), pela aprovação do PL 4961/2005, na forma do Substitutivo 2 da CMADS, e pela rejeição do PL 654/2007, apensado. Em 19 de novembro de 2014 foi realizada audiência pública na CDEIC, com apresentações feitas pelos seguintes especialistas: HELOÍSA HELENA BARBOZA, Professora Titular da UERJ, Especialista em Biodireito e da Comissão de Bioética e Biodireito da OAB/RJ; JORGE BERMUDEZ, Vice-Presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz; MARCELA VIEIRA, Advogada do Grupo de Trabalho sobre Propriedade Intelectual da Rede Brasileira pela Integração dos Povos GTPI/REBRIP, e LEONOR GALVÃO, Co-coordenadora da Comissão de Estudo de Biotecnologia da Associação Brasileira da Propriedade Intelectual – ABPI. É o relatório.

II – Voto Entendemos e respeitamos a argumentação do nobre relator, Deputado Laércio Oliveira. Temos, no en- tanto, opinião divergente e julgamos necessário e essencial esclarecer certos pontos. 260 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 O PL 4.961/2005 quer permitir o patenteamento de extratos isolados de seres vivos naturais; enquanto o PL 654/2007 quer vedar o patenteamento de organismos geneticamente modificados – OGMs, ou transgênicos. O PL 4961/2005 propõe alterar os art. 10 (invenções e modelos de utilidade patenteáveis) e art. 18 (invenções e modelos de utilidade não patenteáveis), ambos da Lei de Patentes (9.279 de 1996). Lei de Patentes PL 4961/2005 Art. 10 – Não se considera invenção nem modelo de utilidade: “IX – o todo ou parte de seres vivos naturais e materiais biológicos encontrados na natureza, ou ainda que dela isolados, inclusive o genoma ou germoplasma de qualquer ser vivo natural e os processos biológicos naturais.” “IX – o todo ou parte de seres vivos naturais e materiais biológicos encontrados na natureza ou dela isolados, inclusive o genoma ou germoplasma de qualquer ser vivo natural, exceto substâncias ou materiais deles extraídas, obtidas ou isoladas, as quais apresentem os requisitos previstos no art. 8º e que não sejam mera descoberta.” Propõe que aquilo que não é invenção passe a ser tratado como se invenção o fosse, desde que cumpra com os requisitos de patenteabilidade: novidade, atividade inventiva e aplicação industrial (art. 8º da Lei de Patentes). O PL 4.961/2005 propõe, ainda, a alteração do inciso III do art. 18 da Lei nº 9.279/96, de modo que se considerem não patenteáveis: III – o todo ou parte dos seres vivos, exceto os microorganismos transgênicos e as substâncias e matérias previstas no inciso IX do art. 10, que atendam aos requisitos de patenteabilidade previstos no art. 8º e que não sejam mera descoberta. (grifei) O Substitutivo aprovado pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável trouxe algu- mas modificações ao art. 10 da Lei de Patentes. Foram incluídos, na vedação de patenteamento, os processos biológicos naturais. Ademais, foi acrescentada a condição de que o patenteamento de substâncias e materiais biológicos obtidos, extraídos ou isolados da natureza, que atendam aos requisitos de patenteabilidade previstos no art. 8º, deve obedecer às disposições previstas na legislação de acesso aos recursos genéticos. O texto do art. 18 foi mantido no Substitutivo, porém com acréscimo de aspas no início e no final da frase “e que não sejam mera descoberta” – o que é incorreto, e deve ser corrigido oportunamente. A decisão da CMADS teve como base argumento de política de ciência e tecnologia, tendo, portanto, exorbitado de sua competência: “Originalmente havíamos entendido que, por princípio, não se deveria patentear partes dos organismos vivos, e que a extração e isolamento de moléculas não configuraria um dos três critérios para registro de patentes, a atividade inventiva. A rica discussão acerca do Projeto de Lei 4.961/05 nos mostrou, no entanto que há outros fatores a considerar. Em primeiro lugar, é conveniente, até necessário, para o país proteger a pesquisa e a inova- ção. Nossa alternativa seria continuar a comprar licenças de fármacos e outros produtos químicos e biológicos de aplicação industrial, pois outras nações admitem as patentes e protegem suas res- pectivas indústrias. Além disso, a discussão sobre o que configura invenção em biotecnologia avançou muito em ou- tros países, principalmente nos Estados Unidos, na União Europeia e na Ásia, reconhecendo que o isolamento, identificação das características e da funcionalidade não são mera descoberta. Somente são atingidos após imenso esforço de pesquisa. Embora essas moléculas estejam pre- sentes nos organismos vivos, não são evidentes ao observador, precisão [sic] ser extraídas, purificadas e associadas a alguma utilidade. Nesses casos, não se trata de apenas descrever uma característica natural de uma determinada espécie.” (grifei) Em que pesem as considerações da CMADS em favor da proposição em análise – no caso, o PL 4.961/2005 –, vê-se que exorbitou de sua competência, prevista no art. 32, XIII, a, b, e c, do RICD, e limitada às manifesta- ções sobre política e sistema nacional do meio ambiente; direito ambiental; legislação de defesa ecológica; recursos naturais renováveis; flora, fauna e solo; edafologia e desertificação; e desenvolvimento sustentável. A ilustre CMADS, provavelmente por causa da complexidade da matéria, findou por afrontar o art. 55 do RICD, pois “a nenhuma Comissão cabe manifestar-se sobre o que não for de sua atribuição específica”. Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 261 Tal vício impõe que se considere “como não escrito o parecer, ou parte dele” que infringir o disposto no mencionado art. 55 do RICD, pela regra inscrita em seu parágrafo único. Ora, se no mérito a CMADS, no campo de sua competência, concluiu “que, por princípio, não se deveria patentear partes dos organismos vivos, e que a extração e isolamento de moléculas não configuraria um dos três critérios para registro de patentes, a atividade inventiva”, é preciso que se leia o parecer como contrário ao PL 4.961/2005. Os arts. 10 e 18 da Lei de Patentes em vigor são centrais para orientar as políticas e atividades de desen- volvimento econômico e industrial do Brasil. O PL 4.961/2005 pretende excetuar a exceção, ao alterar o art. 10, que é uma lista do que não se consi- dera invenção nem modelo de utilidade, para fins de proteção patentária. Propõe que aquilo que não é invenção – o todo ou parte de seres vivos naturais e materiais biológicos encontrados na natureza ou dela isolados, inclusive o genoma ou germoplasma de qualquer ser vivo natural – passe, excepcionalmente, a ser tratado como se fosse invenção, desde que cumpra com os requisitos da in- ventividade. É como se o legislador quisesse dizer que será possível ir do ponto A ao ponto B, desde que não se saia do ponto A. Tal pretensão não passa de um absurdo lógico, a não ser no reino da física quântica – hipótese, aliás, completamente alheia aos casos tanto da biologia quanto do direito. Pretende, ainda, relativizar a vedação expressa no art. 18, quanto às invenções que, mesmo atendendo às condições do artigo 8º, não são patenteáveis. Aqui a nova redação proposta não faz mais do que replicar o que já foi dito na emenda ao artigo 10, em outro contexto que não lhe diz respeito. O Substitutivo aprovado pela CMADS faz uma referência inócua, mesmo que bem intencionada, à le- gislação sobre recursos genéticos. Isso porque a figura jurídica do recurso genético, regulada pela Convenção sobre Diversidade Biológica, simplesmente inexiste na Medida Provisória nº 2.186-16, de 23 de agosto de 2001, que regulamenta o acesso ao patrimônio genético no Brasil. O Brasil está comprometido, no campo interno e internacional, com o regime global para proteção da biodiversidade1, e tem feito avanços importantes na pesquisa e desenvolvimento em recursos genéticos e bio- lógicos e em biotecnologia, especialmente relacionada às ciências da saúde, agrícolas e florestais, e à indústria cosmética. Ou seja, a legislação, tal como está, não impede, ou de outra forma atrasa ou obstrui o desenvol- vimento científico e tecnológico. Substâncias extraídas, obtidas ou isoladas de seres vivos nada mais são do que produtos da natu- reza. São, por si só, meras descobertas. Não há nada de novo, porque já existem na natureza. Foi exatamente o que decidiu a Suprema Corte dos EUA, no caso Myriad, por unanimidade, em 2013: o mero isolamento de genes não é patenteável. Nesse famoso caso, os genes resultantes de mutações gené- ticas, BRCA1 e BRCA2, que aumentam a probabilidade de certos canceres de mama e ovário, foram patente- ados pela Myriad Genetics. A atriz Angelina Jolie pagou milhares de dólares para fazer o teste para saber se teria propensão a desenvolver câncer de mama, o que a fez retirar os seios mesmo sem que tivesse desenvol- vido a doença. A extração, obtenção ou isolamento de substâncias de seres vivos não atendem, por princípio, ao requi- sito da novidade. É o mero “pinçar” de algo já existente na natureza. E mesmo que houvesse novidade, também não há atividade inventiva, porque as técnicas de isolamen- to de genes eram inovadoras nos anos 1990. Hoje, não mais. São óbvias. E, portanto, não passam o teste de patenteabilidade. Como decidiu a Suprema Corte dos EUA, a técnica de isolamento do DNA feito pela Myriad era “muito conhecida, amplamente utilizada e razoavelmente uniforme, vez que qualquer cientista que traba- lha na área de genes muito provavelmente utilizaria uma técnica semelhante”. Se é óbvio para um técnico no assunto, não há que se falar em atividade inventiva e, portanto, não há que se falar em patentear.

1 “A Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) é um tratado da Organização das Nações Unidas e um dos mais importantes instrumentos interna- cionais relacionados ao meio ambiente. A Convenção foi estabelecida durante a notória ECO-92 – a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Am- biente e Desenvolvimento (CNUMAD), realizada no Rio de Janeiro em junho de 1992 – e é hoje o principal fórum mundial para questões relacionadas ao tema. 168 países assinaram a Convenção, que entrou em vigor em dezembro de 1993. Hoje ela tem 193 países membros, ou partes. A Convenção está estruturada sobre três bases principais – a conservação da diversidade biológica, o uso sustentável da biodiversidade e a repartição justa e equi- tativa dos benefícios provenientes da utilização dos recursos genéticos – e se refere à biodiversidade em três níveis: ecossistemas, espécies e recursos genéticos. A Convenção abarca tudo o que se refere direta ou indiretamente à biodiversidade – e ela funciona, assim, como uma espécie de arcabouço legal e político para diversas outras convenções e acordos ambientais mais específicos, como o Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança; o Tratado Internacional sobre Recursos Fitogenéticos para a Alimentação e a Agricultura; as Diretrizes de Bonn; as Diretrizes para o Turismo Sustentável e a Bio- diversidade; os Princípios de Addis Abeba para a Utilização Sustentável da Biodiversidade; as Diretrizes para a Prevenção, Controle e Erradicação das Espécies Exóticas Invasoras; e os Princípios e Diretrizes da Abordagem Ecossistêmica para a Gestão da Biodiversidade. A Convenção também deu início à negociação de um Regime Internacional sobre Acesso aos Recursos Genéticos e Repartição dos Benefícios resultantes desse acesso; estabeleceu pro- gramas de trabalho temáticos; e levou a diversas iniciativas transversais.” Fonte: Ministério do Meio Ambiente. Disponível em http://www.mma.gov.br/ biodiversidade/convencao-da-diversidade-biologica 262 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 James Watson, um dos descobridores da estrutura do DNA, opinou contra o patenteamento de genes isolados da natureza. Segundo ele, essas patentes podem impedir o avanço da ciência. A regra da moralidade também deve ser ressaltada. O art. 18(I) da Lei de Patentes estabelece que não são patenteáveis o que for contrário à moral, aos bons costumes e à segurança, à ordem e à saúde públicas. Na Europa, por exemplo, vários órgãos do governo entraram com oposição às patentes da Myriad: Ministérios da Saúde da Áustria e Holanda; hospitais públicos de Paris, dentre outros). Os argumentos foram que a apro- priação de genes da natureza são contrários à boa moral, além de impor custos elevados aos pacientes, bem como colocar em risco engessar a inovação nessa área. Por esses e outros motivos o Escritório Europeu de Patentes cancelou a patente da Myriad. Nos EUA a Associação de Patologia Molecular declarou ser contrária ao patenteamento de genes, porque segundo essa associação tais patentes criam riscos jurídicos enormes para cientistas na prática médica, devido às ameaças de litígio – o que acaba por ter o efeito inverso do pretendido por patentes. Ao invés de promover a inovação, acaba por engessá-la. Universidades e centros de pesquisa avançada nos EUA foram acionadas judicialmente pela Myriad, por infração à sua patente. Como resultado, universidades de renome como Yale, Columbia, Nova Iorque e Pennsylvania entraram com ação judicial para invalidar a patente da Myriad. Na CCTCI o Deputado Newton Lima apresentou relatório contrário ao PL 4961/2005. No momento em que o mesmo foi ler o relatório, o Dep. Bruno Araújo (PSDB-PB) requereu audiência pública – que nunca ocor- reu. O PL nunca voltou à pauta da CCTCI e, pasmem, foi encaminhado à Comissão seguinte, esta CDEIC, sem que o relatório do Deputado Newton Lima fosse lido na CCTCI. Justamente uma afronta ao proces- so democrático. O argumento, defendido pelo relator Deputado Laércio Oliveira, de que se o Brasil não atualizar a Lei de Patentes vai perder oportunidades no mercado de fármacos e demais derivados de recursos biológicos, a nosso ver é tendencioso e pode conduzir a erros de interpretação da realidade, aliás conforme já foi indicado pela Su- prema Corte dos EUA, bem como pelo cancelamento da patente da Myriad pelo Escritório Europeu de Patentes. Ademais, forçoso ressaltar que no âmbito do GIPI – Grupo Interministerial de Propriedade Intelectual, o Ministério do Meio Ambiente, bem como o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio; o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, e também o Ministério das Relações Exteriores já emitiram posição contrária ao patenteamento de substâncias ou materiais extraídos, obtidos ou isolados de seres vivos. Para os ministros estadosunidenses, a questão central é a mesma que aqui se coloca: genes isolados são produtos da natureza, não patenteáveis, ou invenções humanas, patenteáveis? A decisão tomada unanimemente pelos nove ministros da mais alta Corte dos Estados Unidos – país que detém avançada pesquisa genética e relevante aplicação industrial dos resultados da biotecnologia –, é de que o simples isolamento de um gene, por mais que seja útil (requisito de patenteabilidade conhecido como “atividade inventiva” no Brasil) e tenha viabilidade industrial (requisito de patenteabilidade conhecido como “aplicação industrial” no Brasil), não constitui uma invenção, e por isso não é patenteável. Dizem os ministros da Suprema Corte estadosunidenses que o “DNA2 produzido naturalmente é um pro- duto da natureza e não é elegível para uma patente, simplesmente porque foi isolado”. A empresa “descobriu um gene importante e necessário, mas descobertas tão revolucionárias, inovadoras e brilhantes como esta não se aplicam por si só” à lei de patentes. É realmente oportuna a decisão da Suprema Corte estadosunidenses, pois dá nítidos limites para o que pode ou não ser patenteado, no campo das ciências da vida, no mesmo sentido dos limites estabelecidos pe- los arts. 10 e 18 da Lei de Propriedade Industrial brasileira. A proposição apensada, o PL 654/2007, pretende excluir a possibilidade de patenteamento de todos os organismos geneticamente modificados, alterando o art. 18 da Lei de Propriedade Industrial, que permite o patenteamento de microorganismos transgênicos. A propósito da patenteabilidade dos microorganismos transgênicos, é fundamental que se faça referência ao Acordo sobre os Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio – conhecido como Acordo TRIPS, por sua sigla em inglês3 –, que estabeleceu os atuais padrões de proteção de propriedade intelectual no mundo.

2 O ácido desoxirribonucleico (ADN, em português: ácido desoxirribonucleico; ou DNA, em inglês: deoxyribonucleic acid) é um composto orgânico cujas moléculas contêm as instruções genéticas que coordenam o desenvolvimento e funcionamento de todos os seres vivos e alguns vírus. O seu principal papel é armazenar as informações necessárias para a construção das proteínas e ARNs. Os segmentos de ADN que contêm a informação genética são denominados genes. O restante da sequência de ADN tem importância estrutural ou está envolvido na regulação do uso da informação genética. [Fonte: Wikipédia]

3 TRIPs – Trade Related Aspects of Intellectual Property Rights Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 263 O Acordo TRIPs entrou em vigor no dia primeiro de janeiro de 1995, e é vinculante para todos os países membros da Organização Mundial do Comércio – OMC, como o Brasil. O artigo 27 do Acordo TRIPs4 já impu- nha explicitamente, na época da aprovação da Lei nº 9.279/96, o patenteamento de invenções envolvendo microorganismos. A legislação pátria, nesse sentido, simplesmente internalizou o disposto pelo Acordo TRIPs, da OMC – cuja revogação não está em tela – no sentido de que os únicos seres vivos patenteáveis seriam justamente os microorganismos transgênicos, que não são naturais e, portanto, podem ser tratados como invenções. Exata- mente como definidos no parágrafo único do art. 18, com direitos extensivos a seus componentes, nos termos do art. 185. Por todo o exposto, e muito respeitosamente, apresento VOTO EM SEPARADO, no mérito, pela rejeição do Projeto de Lei nº 4.961, de 2005, e pela rejeição do Projeto de Lei nº 654, de 2007, apenso. Sala da Comissão, 08 de dezembro de 2014. – Deputado Ronaldo Zulke

VOTO EM SEPARADO (Do Sr. Helder Salomão)

I – Relatório Trata-se de projeto de lei que pretende alterar a Lei de Propriedade Industrial (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996), também conhecida como Lei de Patentes, com o fim de ampliar a possibilidade de patenteamento de seres vivos, para além dos microorganismos transgênicos, incluindo substâncias ou materiais extraídos, ob- tidos ou isolados de seres vivos, em circunstâncias que especifica. O autor da proposição, ilustre Deputado Antonio Carlos Mendes Thame, justifica que a alteração legal é relevante para que se assegure o aproveitamento econômico dos recursos da biodiversidade brasileira. Por despacho de 22 de junho de 2007, o Projeto de Lei nº 654, de 2007, de autoria do ilustre Deputado Nazareno Fonteles, passou a tramitar como apenso à proposição principal. Este último PL também propõe al- teração da Lei de Propriedade Industrial, mas em sentido oposto: pretende impedir o patenteamento de or- ganismos geneticamente modificados – OGMs. A proposição apensada parte do princípio que o patenteamento de OGMs está em desacordo com a “preservação pública da natureza”. A vedação do “reconhecimento e registro de patentes de material geneti- camente modificado” beneficiará ainda, segundo o autor, “os pequenos agricultores” e “toda a sociedade”. Os projetos de leis tramitam em rito ordinário e devem receber pareceres conclusivos, de mérito, das Comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – CMADS; Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – CCTCI; Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio – CDEIC; e de Constituição e Justiça e de Cidadania – CCJC, que deve manifestar-se, ainda, sobre a constitucionalidade e a juridicidade das proposi- ções, por força do que dispõem os arts. 24, II, e 54, II do Regimento Interno da Câmara dos Deputados – RICD. Em 14 de julho de 2009, as proposições foram apreciadas pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvol- vimento Sustentável, CMADS, sob a relatoria do então Deputado Germano Bonow. A CMADS exarou parecer pela aprovação do PL 4.951/2005, nos termos do substitutivo apresentado, e pela rejeição do PL 654/2007, com voto em separado do então Deputado Hamilton Casara.

4 ARTIGO 27 – Matéria Patenteável 1. Sem prejuízo do disposto nos parágrafos 2 e 3 abaixo, qualquer invenção, de produto ou de processo, em todos os setores tecnológicos, será patenteável, desde que seja nova, envolva um passo inventivo e seja passível de aplicação industrial. Sem prejuízo do disposto no parágrafo 4 do Artigo 65, no parágrafo 8 do Artigo 70 e no parágrafo 3 deste Artigo, as patentes serão disponíveis e os direitos patentários serão usufruíveis sem discriminação quanto ao local de invenção, quanto a seu setor tecnológico e quanto ao fato de os bens serem importados ou produzidos localmente. 2. Os Membros podem considerar como não patenteáveis invenções cuja exploração em seu território seja necessário evitar para proteger a ordem pública ou a moralidade, inclusive para proteger a vida ou a saúde humana, animal ou vegetal ou para evitar sérios prejuízos ao meio ambiente, desde que esta determinação não seja feita apenas por que a exploração é proibida por sua legis- lação. 3. Os Membros também podem considerar como não patenteáveis: a) métodos diagnósticos, terapêuticos e cirúrgicos para o tratamento de seres humanos ou de animais; b) plantas e animais, exceto microorganismos, e processos essencialmente biológicos para a produção de plantas ou animais, excetuando-se os processos não-biológicos e microbiológicos. Não obstante, os Membros concederão proteção a variedades vege- tais, seja por meio de patentes, seja por meio de um sistema sui generis eficaz, seja por uma combinação de ambos. O disposto neste subparágrafo será revisto quatro anos após a entrada em vigor do Acordo Constitutivo da OMC. 264 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 Na Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – CCTCI, o Deputado Newton Lima apresentou seu relatório em 29 de agosto de 2013, pela rejeição de ambos os Projetos. Em data subsequente próxima foi tam- bém aprovado requerimento de Audiência Pública para debater a matéria. A audiência pública aprovada não se realizou e o parecer do relator não foi apreciado pelo colegiado da CCTCI no prazo regimental sendo então enviado para a Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, transferindo-se ao Plenário desta Casa a competência para apreciar a matéria, nos termos do art. 52, § 6º, do RICD. Em 02 de setembro de 2014 o então Deputado, Ronaldo Zulke, apresentou requerimento de audiência pública para debater a proposta neste Colegiado. No dia 04 de novembro de 2014 foi apresentado parecer do Deputado Laercio Oliveira (SD-SE), pela aprovação do PL 4961/2005, na forma do Substitutivo 2 da CMADS, e pela rejeição do PL 654/2007, apensado. Em 19 de novembro de 2014 foi realizada audiência pública na CDEIC, com apresentações feitas pelos seguintes especialistas: HELOÍSA HELENA BARBOZA, Professora Titular da UERJ, Especialista em Biodireito e da Comissão de Bioética e Biodireito da OAB/RJ; JORGE BERMUDEZ, Vice-Presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz; MARCELA VIEIRA, Advogada do Grupo de Trabalho sobre Propriedade Intelectual da Rede Brasileira pela Integração dos Povos GTPI/REBRIP, e LEONOR GALVÃO, Co-coordenadora da Comissão de Estudo de Biotecnologia da Associação Brasileira da Propriedade Intelectual – ABPI. Em 26 de novembro de 2014 o Deputado Ronaldo Zulke pediu Vista, e apresentou Voto em Separado no dia 09 de dezembro de 2014. Ao final da 54a Legislatura o PL em comento foi arquivado. Após o início da 55a Legislatura, a proposição foi desarquivada no dia 03 de março de 2015. É o relatório.

II – Voto Dada a clareza e a consistência do Voto em Separado do Deputado Ronaldo Zulke, manifesto concor- dância com seu conteúdo subscrevendo-o abaixo na íntegra. Entendemos e respeitamos a argumentação do nobre relator, Deputado Laércio Oliveira. Temos, no en- tanto, opinião divergente e julgamos necessário e essencial esclarecer certos pontos. O PL 4.961/2005 quer permitir o patenteamento de extratos isolados de seres vivos naturais; enquanto o PL 654/2007 quer vedar o patenteamento de organismos geneticamente modificados – OGMs, ou transgênicos. O PL 4961/2005 propõe alterar os art. 10 (invenções e modelos de utilidade patenteáveis) e art. 18 (invenções e modelos de utilidade não patenteáveis), ambos da Lei de Patentes (9.279 de 1996). Lei de Patentes PL 4961/2005 Art. 10 – Não se considera invenção nem modelo de utilidade: “IX – o todo ou parte de seres vivos naturais e materiais biológicos encontrados na natureza, ou ainda que dela isolados, inclusive o genoma ou germoplasma de qualquer ser vivo natural e os processos biológicos naturais.” “IX – o todo ou parte de seres vivos naturais e materiais biológicos encontrados na natureza ou dela isolados, inclusive o genoma ou germoplasma de qualquer ser vivo natural, exceto substâncias ou materiais deles extraídas, obtidas ou isoladas, as quais apresentem os requisitos previstos no art. 8º e que não sejam mera descoberta.” Propõe que aquilo que não é invenção passe a ser tratado como se invenção o fosse, desde que cumpra com os requisitos de patenteabilidade: novidade, atividade inventiva e aplicação industrial (art. 8º da Lei de Patentes). O PL 4.961/2005 propõe, ainda, a alteração do inciso III do art. 18 da Lei nº 9.279/96, de modo que se considerem não patenteáveis: III – o todo ou parte dos seres vivos, exceto os microorganismos transgênicos e as substâncias e matérias previstas no inciso IX do art. 10, que atendam aos requisitos de patenteabilidade previstos no art. 8º e que não sejam mera descoberta. (grifei) O Substitutivo aprovado pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável trouxe algu- mas modificações ao art. 10 da Lei de Patentes. Foram incluídos, na vedação de patenteamento, os processos biológicos naturais. Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 265 Ademais, foi acrescentada a condição de que o patenteamento de substâncias e materiais biológicos obtidos, extraídos ou isolados da natureza, que atendam aos requisitos de patenteabilidade previstos no art. 8º, deve obedecer às disposições previstas na legislação de acesso aos recursos genéticos. O texto do art. 18 foi mantido no Substitutivo, porém com acréscimo de aspas no início e no final da frase “e que não sejam mera descoberta” – o que é incorreto, e deve ser corrigido oportunamente. A decisão da CMADS teve como base argumento de política de ciência e tecnologia, tendo, portanto, exorbitado de sua competência: “Originalmente havíamos entendido que, por princípio, não se deveria patentear partes dos organismos vivos, e que a extração e isolamento de moléculas não configuraria um dos três critérios para registro de patentes, a atividade inventiva. A rica discussão acerca do Projeto de Lei 4.961/05 nos mostrou, no entanto que há outros fatores a considerar. Em primeiro lugar, é conveniente, até necessário, para o país proteger a pesquisa e a inova- ção. Nossa alternativa seria continuar a comprar licenças de fármacos e outros produtos químicos e biológicos de aplicação industrial, pois outras nações admitem as patentes e protegem suas res- pectivas indústrias. Além disso, a discussão sobre o que configura invenção em biotecnologia avançou muito em ou- tros países, principalmente nos Estados Unidos, na União Europeia e na Ásia, reconhecendo que o isolamento, identificação das características e da funcionalidade não são mera descoberta. Somente são atingidos após imenso esforço de pesquisa. Embora essas moléculas estejam pre- sentes nos organismos vivos, não são evidentes ao observador, precisão [sic] ser extraídas, purificadas e associadas a alguma utilidade. Nesses casos, não se trata de apenas descrever uma característica natural de uma determinada espécie.” (grifei) Em que pesem as considerações da CMADS em favor da proposição em análise – no caso, o PL 4.961/2005 –, vê-se que exorbitou de sua competência, prevista no art. 32, XIII, a, b, e c, do RICD, e limitada às manifesta- ções sobre política e sistema nacional do meio ambiente; direito ambiental; legislação de defesa ecológica; recursos naturais renováveis; flora, fauna e solo; edafologia e desertificação; e desenvolvimento sustentável. A ilustre CMADS, provavelmente por causa da complexidade da matéria, findou por afrontar o art. 55 do RICD, pois “a nenhuma Comissão cabe manifestar-se sobre o que não for de sua atribuição específica”. Tal vício impõe que se considere “como não escrito o parecer, ou parte dele” que infringir o disposto no mencionado art. 55 do RICD, pela regra inscrita em seu parágrafo único. Ora, se no mérito a CMADS, no campo de sua competência, concluiu “que, por princípio, não se deveria patentear partes dos organismos vivos, e que a extração e isolamento de moléculas não configuraria um dos três critérios para registro de patentes, a atividade inventiva”, é preciso que se leia o parecer como contrário ao PL 4.961/2005. Os arts. 10 e 18 da Lei de Patentes em vigor são centrais para orientar as políticas e atividades de desen- volvimento econômico e industrial do Brasil. O PL 4.961/2005 pretende excetuar a exceção, ao alterar o art. 10, que é uma lista do que não se consi- dera invenção nem modelo de utilidade, para fins de proteção patentária. Propõe que aquilo que não é invenção – o todo ou parte de seres vivos naturais e materiais biológicos encontrados na natureza ou dela isolados, inclusive o genoma ou germoplasma de qualquer ser vivo natural – passe, excepcionalmente, a ser tratado como se fosse invenção, desde que cumpra com os requisitos da in- ventividade. É como se o legislador quisesse dizer que será possível ir do ponto A ao ponto B, desde que não se saia do ponto A. Tal pretensão não passa de um absurdo lógico, a não ser no reino da física quântica – hipótese, aliás, completamente alheia aos casos tanto da biologia quanto do direito. Pretende, ainda, relativizar a vedação expressa no art. 18, quanto às invenções que, mesmo atendendo às condições do artigo 8º, não são patenteáveis. Aqui a nova redação proposta não faz mais do que replicar o que já foi dito na emenda ao artigo 10, em outro contexto que não lhe diz respeito. O Substitutivo aprovado pela CMADS faz uma referência inócua, mesmo que bem intencionada, à le- gislação sobre recursos genéticos. Isso porque a figura jurídica do recurso genético, regulada pela Convenção sobre Diversidade Biológica, simplesmente inexiste na Medida Provisória nº 2.186-16, de 23 de agosto de 2001, que regulamenta o acesso ao patrimônio genético no Brasil. O Brasil está comprometido, no campo interno e internacional, com o regime global para proteção da biodiversidade1, e tem feito avanços importantes na pesquisa e desenvolvimento em recursos genéticos e bio- lógicos e em biotecnologia, especialmente relacionada às ciências da saúde, agrícolas e florestais, e à indústria 266 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 cosmética. Ou seja, a legislação, tal como está, não impede, ou de outra forma atrasa ou obstrui o desenvol- vimento científico e tecnológico. Substâncias extraídas, obtidas ou isoladas de seres vivos nada mais são do que produtos da natu- reza. São, por si só, meras descobertas. Não há nada de novo, porque já existem na natureza. Foi exatamente o que decidiu a Suprema Corte dos EUA, no caso Myriad, por unanimidade, em 2013: o mero isolamento de genes não é patenteável. Nesse famoso caso, os genes resultantes de mutações gené- ticas, BRCA1 e BRCA2, que aumentam a probabilidade de certos canceres de mama e ovário, foram patente- ados pela Myriad Genetics. A atriz Angelina Jolie pagou milhares de dólares para fazer o teste para saber se teria propensão a desenvolver câncer de mama, o que a fez retirar os seios mesmo sem que tivesse desenvol- vido a doença. A extração, obtenção ou isolamento de substâncias de seres vivos não atendem, por princípio, ao requi- sito da novidade. É o mero “pinçar” de algo já existente na natureza. E mesmo que houvesse novidade, também não há atividade inventiva, porque as técnicas de isolamen- to de genes eram inovadoras nos anos 1990. Hoje, não mais. São óbvias. E, portanto, não passam o teste de patenteabilidade. Como decidiu a Suprema Corte dos EUA, a técnica de isolamento do DNA feito pela Myriad era “muito conhecida, amplamente utilizada e razoavelmente uniforme, vez que qualquer cientista que traba- lha na área de genes muito provavelmente utilizaria uma técnica semelhante”. Se é óbvio para um técnico no assunto, não há que se falar em atividade inventiva e, portanto, não há que se falar em patentear. James Watson, um dos descobridores da estrutura do DNA, opinou contra o patenteamento de genes isolados da natureza. Segundo ele, essas patentes podem impedir o avanço da ciência. A regra da moralidade também deve ser ressaltada. O art. 18(I) da Lei de Patentes estabelece que não são patenteáveis o que for contrário à moral, aos bons costumes e à segurança, à ordem e à saúde públicas. Na Europa, por exemplo, vários órgãos do governo entraram com oposição às patentes da Myriad: Ministérios da Saúde da Áustria e Holanda; hospitais públicos de Paris, dentre outros). Os argumentos foram que a apro- priação de genes da natureza são contrários à boa moral, além de impor custos elevados aos pacientes, bem como colocar em risco engessar a inovação nessa área. Por esses e outros motivos o Escritório Europeu de Patentes cancelou a patente da Myriad. Nos EUA a Associação de Patologia Molecular declarou ser contrária ao patenteamento de genes, porque segundo essa associação tais patentes criam riscos jurídicos enormes para cientistas na prática médica, devido às ameaças de litígio – o que acaba por ter o efeito inverso do pretendido por patentes. Ao invés de promover a inovação, acaba por engessá-la. Universidades e centros de pesquisa avançada nos EUA foram acionadas judicialmente pela Myriad, por infração à sua patente. Como resultado, universidades de renome como Yale, Columbia, Nova Iorque e Pennsylvania entraram com ação judicial para invalidar a patente da Myriad. Na CCTCI o Deputado Newton Lima apresentou relatório contrário ao PL 4961/2005. No momento em que o mesmo foi ler o relatório, o Dep. Bruno Araújo (PSDB-PB) requereu audiência pública – que nunca ocor- reu. O PL nunca voltou à pauta da CCTCI e, pasmem, foi encaminhado à Comissão seguinte, esta CDEIC, sem que o relatório do Deputado Newton Lima fosse lido na CCTCI. Justamente uma afronta ao proces- so democrático. O argumento, defendido pelo relator Deputado Laércio Oliveira, de que se o Brasil não atualizar a Lei de Patentes vai perder oportunidades no mercado de fármacos e demais derivados de recursos biológicos, a nosso ver é tendencioso e pode conduzir a erros de interpretação da realidade, aliás conforme já foi indicado pela Su- prema Corte dos EUA, bem como pelo cancelamento da patente da Myriad pelo Escritório Europeu de Patentes.

1 “A Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) é um tratado da Organização das Nações Unidas e um dos mais importantes instrumentos internacionais relacionados ao meio ambiente. A Convenção foi estabelecida durante a notória ECO-92 – a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), realizada no Rio de Janeiro em junho de 1992 – e é hoje o principal fórum mundial para questões relacionadas ao tema. 168 países assinaram a Convenção, que entrou em vigor em dezembro de 1993. Hoje ela tem 193 países membros, ou partes. A Convenção está estruturada sobre três bases principais – a conservação da diversidade biológica, o uso sustentável da biodiversidade e a repartição justa e equitativa dos benefícios provenientes da utilização dos recursos genéticos – e se refere à biodiversidade em três níveis: ecossistemas, espécies e recursos genéticos. A Convenção abarca tudo o que se refere direta ou indiretamente à biodiversidade – e ela funciona, assim, como uma espécie de arcabouço legal e político para diversas outras convenções e acordos ambientais mais específicos, como o Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança; o Trata- do Internacional sobre Recursos Fitogenéticos para a Alimentação e a Agricultura; as Diretrizes de Bonn; as Diretrizes para o Turismo Sustentável e a Biodiversidade; os Princípios de Addis Abeba para a Utilização Sustentável da Biodiversidade; as Diretrizes para a Pre- venção, Controle e Erradicação das Espécies Exóticas Invasoras; e os Princípios e Diretrizes da Abordagem Ecossistêmica para a Gestão da Biodiversidade. A Convenção também deu início à negociação de um Regime Internacional sobre Acesso aos Recursos Genéticos e Repartição dos Benefícios resultantes desse acesso; estabeleceu programas de trabalho temáticos; e levou a diversas iniciativas transver- sais.” Fonte: Ministério do Meio Ambiente. Disponível em http://www.mma.gov.br/biodiversidade/convencao-da-diversidade-biologica Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 267 Ademais, forçoso ressaltar que no âmbito do GIPI – Grupo Interministerial de Propriedade Intelectual, o Ministério do Meio Ambiente, bem como o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio; o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, e também o Ministério das Relações Exteriores já emitiram posição contrária ao patenteamento de substâncias ou materiais extraídos, obtidos ou isolados de seres vivos. Para os ministros estadunidenses, a questão central é a mesma que aqui se coloca: genes isolados são produtos da natureza, não patenteáveis, ou invenções humanas, patenteáveis? A decisão tomada unanimemente pelos nove ministros da mais alta Corte dos Estados Unidos – país que detém avançada pesquisa genética e relevante aplicação industrial dos resultados da biotecnologia –, é de que o simples isolamento de um gene, por mais que seja útil (requisito de patenteabilidade conhecido como “atividade inventiva” no Brasil) e tenha viabilidade industrial (requisito de patenteabilidade conhecido como “aplicação industrial” no Brasil), não constitui uma invenção, e por isso não é patenteável. Dizem os ministros da Suprema Corte estadosunidenses que o “DNA2 produzido naturalmente é um pro- duto da natureza e não é elegível para uma patente, simplesmente porque foi isolado”. A empresa “descobriu um gene importante e necessário, mas descobertas tão revolucionárias, inovadoras e brilhantes como esta não se aplicam por si só” à lei de patentes. É realmente oportuna a decisão da Suprema Corte estadosunidenses, pois dá nítidos limites para o que pode ou não ser patenteado, no campo das ciências da vida, no mesmo sentido dos limites estabelecidos pe- los arts. 10 e 18 da Lei de Propriedade Industrial brasileira. A proposição apensada, o PL 654/2007, pretende excluir a possibilidade de patenteamento de todos os organismos geneticamente modificados, alterando o art. 18 da Lei de Propriedade Industrial, que permite o patenteamento de microorganismos transgênicos. A propósito da patenteabilidade dos microorganismos transgênicos, é fundamental que se faça referência ao Acordo sobre os Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio – conhecido como Acordo TRIPS, por sua sigla em inglês3 –, que estabeleceu os atuais padrões de proteção de propriedade intelectual no mundo. O Acordo TRIPs entrou em vigor no dia primeiro de janeiro de 1995, e é vinculante para todos os países membros da Organização Mundial do Comércio – OMC, como o Brasil. O artigo 27 do Acordo TRIPs4 já impu- nha explicitamente, na época da aprovação da Lei nº 9.279/96, o patenteamento de invenções envolvendo microorganismos. A legislação pátria, nesse sentido, simplesmente internalizou o disposto pelo Acordo TRIPs, da OMC – cuja revogação não está em tela – no sentido de que os únicos seres vivos patenteáveis seriam justamente os microor- ganismos transgênicos, que não são naturais e, portanto, podem ser tratados como invenções. Exatamente como definidos no parágrafo único do art. 18, com direitos extensivos a seus componentes, nos termos do art. 185. Por todo o exposto, e muito respeitosamente, apresento VOTO EM SEPARADO, no mérito, pela rejeição do Projeto de Lei nº 4.961, de 2005, e pela rejeição do Projeto de Lei nº 654, de 2007, apenso. Sala da Comissão, 10 de março de 2015. – Deputado Helder Salomão, PT/ES

2 O ácido desoxirribonucleico (ADN, em português: ácido desoxirribonucleico; ou DNA, em inglês: deoxyribonucleic acid) é um composto orgânico cujas moléculas contêm as instruções genéticas que coordenam o desenvolvimento e funcionamento de todos os seres vivos e alguns vírus. O seu principal papel é armazenar as informações necessárias para a construção das proteínas e ARNs. Os segmentos de ADN que contêm a informação genética são denominados genes. O restante da sequência de ADN tem importância estrutural ou está envolvido na regulação do uso da informação genética. [Fonte: Wikipédia] 3 TRIPs – Trade Related Aspects of Intellectual Property Rights 4 ARTIGO 27 – Matéria Patenteável 1. Sem prejuízo do disposto nos parágrafos 2 e 3 abaixo, qualquer invenção, de produto ou de processo, em todos os setores tecnológicos, será patenteável, desde que seja nova, envolva um passo inventivo e seja passível de aplicação industrial. Sem prejuízo do disposto no parágrafo 4 do Artigo 65, no parágrafo 8 do Artigo 70 e no parágrafo 3 deste Artigo, as patentes serão disponíveis e os direitos patentários serão usufruíveis sem discriminação quanto ao local de invenção, quanto a seu setor tecnológico e quanto ao fato de os bens serem importados ou produzidos localmente. 2. Os Membros podem considerar como não patenteáveis invenções cuja exploração em seu território seja necessário evitar para proteger a ordem pública ou a moralidade, inclusive para proteger a vida ou a saúde humana, animal ou vegetal ou para evitar sérios prejuízos ao meio ambiente, desde que esta determinação não seja feita apenas por que a exploração é proibida por sua legislação. 3. Os Membros também podem considerar como não patenteáveis: a) métodos diagnósticos, terapêuticos e cirúrgicos para o tratamento de seres humanos ou de animais; b) plantas e animais, exceto microorganismos, e processos essencialmente biológicos para a produção de plantas ou animais, excetuando-se os processos não-biológicos e microbiológicos. Não obstante, os Membros concederão proteção a variedades vege- tais, seja por meio de patentes, seja por meio de um sistema sui generis eficaz, seja por uma combinação de ambos. O disposto neste subparágrafo será revisto quatro anos após a entrada em vigor do Acordo Constitutivo da OMC. 268 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 PROJETO DE LEI Nº 6.773-C, DE 2006 (Do Sr. Antonio Carlos Mendes Thame)

Altera a Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, que “regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Consti- tuição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências”, para vedar pagamentos antecipados; tendo parecer: da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, pela aprovação (relator: DEP. LUIZ CARLOS BUSATO); da Comissão de Finanças e Tributação pela não implicação da matéria com aumento ou diminui- ção da receita ou da despesa públicas, não cabendo pronunciamento quanto à adequação financeira e orçamentária e, no mérito, pela aprovação (relator: DEP. ARNALDO MADEIRA); e da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa (relator: DEP. AGUINALDO RIBEIRO). NOVO DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO; FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO (MÉRITO E ART. 54, RICD); E CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (ART. 54 RICD) APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24, II PUBLICAÇÃO DO PARECER DA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA

I – Relatório O Projeto de Lei nº 6.773, de 2006, modifica a alínea a do inciso XIV do art. 40 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, dando-lhe a seguinte redação: “Art. 40...... XIV – ...... prazo de pagamento não superior a trinta dias, contado a partir da data final do período de adim- plemento de cada parcela, vedado o pagamento antecipado, sem a correspondente contrapestação de fornecimento de bens ou execução de obra ou serviço; ...... (NR)” Em sua justificação, o Deputado Antônio Carlos Mendes Thame afirma o que se segue: “Consoante -in vestigações promovidas pelas Comissões Parlamentares de Inquérito dos Correios e do “Mensalão”, bem como notícias veiculadas pelos órgãos da imprensa, empresas de publicidade do Senhor Marcos Valério de Souza receberam pagamentos substanciais, antes mesmo da aprovação das campanhas publicitárias contratadas.”. Prossegue o ilustre autor do projeto: “Consultando-se a Lei de Licitações, constata-se que a legislação vigente apenas proíbe o pagamento antes da contraprestação de bens e serviços se este não estiver previsto no cronograma financeiro originariamente estabelecido (Lei nº 8.666.de 21 de junho de 1993, art. 65, II, c). A vedação apontada evidencia-se insuficiente. É imperativo proibir taxativamente a antecipação de pagamentos”. A proposição foi distribuída, inicialmente, à Comissão de Finanças e Tributação, que opinou pela não implicação financeira da matéria com aumento ou diminuição da receita ou da despesa pública, não cabendo pronunciamento quanto à adequação financeira e orçamentária. No mérito, votou pela aprovação da matéria. Por sua vez, a Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público também analisou a matéria e concluiu por sua aprovação. Vem, em seguida, a proposição a este Órgão Colegiado, onde se lança o presente parecer. É o relatório. II – Voto do Relator Cabe a esta Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, consoante a alínea a do inciso IV do art. 32 do Regimento Interno, pronunciar-se sobre os projetos quanto à constitucionalidade, à juridicidade e à técnica legislativa. Segundo o art. 22, XXVII, da Constituição Federal, é competência exclusiva da União legislar sobre nor- mas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações púbicas federal, esta- dual, distrital e municipal. Não há impedimento à deflagração do processo legislativo por parlamentar na matéria, conforme se depreende do exame da tábua temática de leis de iniciativa privativa do Presidente da República (art.60, §1º, da Constituição da República). Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 269 A proposição é, portanto, formal e materialmente constitucional. É também jurídica, pois não atropela nenhum dos princípios e regras de direito que informam o sistema jurídico pátrio vigente. A técnica legislativa não merece reparos, pois se observou o disposto na Lei Complementar nº 95, de 1998, alterada pela Lei Complementar nº 107, de 2001. Considerando o acima exposto, voto pela constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do Projeto de Lei nº 6.773, de 2006. Sala da Comissão, de de 2015. – Deputado Aguinaldo Ribeiro, Relator III – Parecer da Comissão A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, em reunião ordinária realizada hoje, opinou pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa do Projeto de Lei nº 6.773/2006, nos termos do Parecer do Relator, Deputado Aguinaldo Ribeiro. Estiveram presentes os Senhores Deputados: Arthur Lira – Presidente, Aguinaldo Ribeiro, Osmar Serra- glio e Veneziano Vital do Rêgo – Vice-Presidentes, Alceu Moreira, Altineu Côrtes, André Fufuca, Andre Moura, Arnaldo Faria de Sá, Bacelar, Betinho Gomes, Bonifácio de Andrada, Bruno Covas, Capitão Augusto, Chico Alen- car, Covatti Filho, Cristiane Brasil, Danilo Forte, Diego Garcia, Esperidião Amin, Evandro Gussi, Fausto Pinato, Felipe Maia, Francisco Floriano, Giovani Cherini, Jhc, João Campos, José Fogaça, Júlio Delgado, Juscelino Fi- lho, Jutahy Junior, Luiz Couto, Marcos Rogério, Maria do Rosário, Paes Landim, Pastor Eurico, Paulo Magalhães, Paulo Maluf, Paulo Teixeira, Pedro Cunha Lima, Ronaldo Fonseca, Rubens Pereira Júnior, Sergio Souza, Tadeu Alencar, Valmir Prascidelli, Wadih Damous, Daniel Almeida, Delegado Éder Mauro, Erika Kokay, Félix Mendon- ça Júnior, Gonzaga Patriota, Hildo Rocha, Jerônimo Goergen, Lincoln Portela, Mário Negromonte Jr., Odelmo Leão, Odorico Monteiro, Professor Victório Galli, Reginaldo Lopes, Ricardo Barros, Ricardo Tripoli, Sandro Alex, Silas Câmara e Valtenir Pereira. Sala da Comissão, 22 de setembro de 2015. – Deputado Arthur Lira, Presidente PROJETO DE LEI Nº 6.412-D, DE 2009 (Do Sr. Paulo Pimenta)

Determina a oferta de canais avulsos no serviço de televisão por assinatura; tendo pareceres: da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, pela aprovação deste e da emenda nº 1, apresentada na Comissão, e pela rejeição da emenda nº 2 (relator: DEP. FELI- PE BORNIER); da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, pela rejeição (relator: DEP. ROMERO RODRIGUES); e da Comissão de Defesa do Consumidor, pela aprovação deste e do de nº 5.079/2013, apensado, com substitutivo (relator: DEP. WALTER IHOSHI); e da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa deste, das Emendas da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indús- tria e Comércio, do Substitutivo da Comissão de Defesa do Consumidor e do de nº 5.079/13, apensado (relator: DEP. ANDRÉ FUFUCA). DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO; CIÊN- CIA E TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA; DEFESA DO CONSUMIDOR; E CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (ART. 54 RICD) APRECIAÇÃO: Proposição sujeita à apreciação do Plenário – Art. 24 II, “g” PUBLICAÇÃO DO PARECER DA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA

I – Relatório O projeto de lei em exame, de autoria do nome Deputado Paulo Pimenta, determina a oferta de canais avulsos no serviço de televisão por assinatura, como opção, adicionalmente ao pacote de produtos ou servi- ços de qualquer natureza. O não cumprimento do estabelecido nesta pretensa lei importa a aplicação das penalidades previstas na Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997, que dispõe sobre a organização dos serviços de telecomunicações, sem prejuízo de outras constantes em preceito legal, inclusive as de natureza civil e penal. A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio (CDEIC) aprovou o projeto com emen- da modificativa, que flexibiliza a possibilidade de oferta de canais a la carte, ficando a critério da operadora, a opção de contratação de canais avulso. A emenda modificativa nº 2 da mesma Comissão, que colocava o 270 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 princípio da modicidade dos preços como critério para o oferecimento de canais avulsos, apresentada pelo Deputado Dr. Ubiali, foi rejeitada. Na Comissão de Ciência e Tecnologia, de Comunicação e Informática (CCTCI), o projeto foi rejeitado, ao argumento de que não há nenhum óbice legal a que as operadoras de TV por assinatura façam hoje exatamen- te o que propõem o projeto, como modificado pela Comissão anterior. Posteriormente, apensou-se o PL nº 5.079, de 2013, que pretende acrescentar inciso VI do art. 31 da Lei nº 8.977, de 6 de janeiro de 1995, obrigando as operadoras do serviço de televisão a cabo a tornar disponível a assi- natura de canais avulsos. Parte desta lei foi revogada pela Lei nº 12.485, de 12 de setembro de 2011, que dispõe sobre a comunicação audiovisual de acesso condicionado, mas não a parte alterada pela proposição em exame. A Comissão de Defesa do Consumidor aprovou os projetos, principal e apensado, na forma de substi- tutivo que, segundo sua ementa e artigo 1º, determina a oferta de canais avulsos no serviço de televisão por assinatura. Inclusive, em seu art. 4º, estabelece penalidades diversas para a inobservância do disposto na lei. No entanto, nos seus artigos 2º e 3º, ao invés de uma obrigação, cria uma faculdade, tornando possível, a crité- rio da operadora, na comercialização do serviço de TV por assinatura, a oferta ao assinante de canais avulsos, adicionalmente ao pacote de programação paga contratada. Em razão dos pareceres divergentes, a competência para apreciar os projetos transferiu-se ao Plenário da Câmara dos Deputados. Esgotado o prazo regimental, não foram apresentadas emendas aos projetos nesta Comissão. Na legislatura passada, o Deputado Átila Lins já ofereceu parecer (voto), não apreciado pelo Plenário da Comissão. É o relatório. II – Voto do Relator Conforme determina o art. 32, inciso IV, alínea a do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, cum- pre a esta Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania se pronunciar acerca da constitucionalidade, ju- ridicidade, técnica legislativa dos projetos, substitutivo e emendas sob exame. Trata-se de matéria pertinente à competência legislativa da União e às atribuições normativas do Con- gresso Nacional. Não havendo reserva de iniciativa sobre o tema, revela-se legítima sua apresentação por parte de parlamentar, de acordo com a competência geral prevista no art. 61, caput, do texto constitucional. De outro lado, constatamos que as proposições não contrariam princípios ou regras da Constituição em vigor, nada havendo, pois, a objetar no tocante à constitucionalidade material. Quanto à juridicidade das proposições, não temos nada a opor aos projetos de lei em exame, que se harmonizam perfeitamente com o ordenamento jurídico vigente. O mesmo não podemos dizer das emendas da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, e do Substitutivo da Comissão de Defesa do Consumidor. São, todos, injurídicos. E isso já havia sido notado pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, que re- jeitou o projeto modificado pela Comissão de Desenvolvimento Indústria e Comércio exatamente pela sua injuridicidade, exatamente porque ele passara a não inovar na ordem jurídica, onde, na esfera privada, “tudo que não é proibido, é permitido”, logo as TVs por assinatura já podem vender canais avulsos, desde que assim o pretendam, exatamente como está na redação da emenda. O que não foi notado foi outra incongruência (grave) que deveria ser corrigida: a permanência de uma penalidade para o não cumprimento de algo que ficou como uma faculdade.... , sendo, pois, impossível punir! Outra injuridicidade do projeto, que, acaso aprovado, exige a supressão dessa previsão de penalidade impossível. A técnica legislativa e a redação, empregadas nos projetos apensados quase não merecem reparos, posto que adequadas às normas estabelecidas pela Lei Complementar nº 95, de 1998, alterada pela Lei Complementar nº 107, de 2001. Oferecemos tão somente duas emendas de redação ao Projeto de Lei nº 6.412, de 2009, uma para trocar a expressão “deverá ser ofertado” por “será ofertada”, outra para trocar o número “90” por “noventa”. Diante do exposto, nosso voto é no sentido da: – constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa dos Projetos de Lei nº 6.412, de 2009, principal, com emendas, e 5.079, de 2013, apensado; – injuridicidade do Substitutivo da Comissão de Defesa do Consumidor; da Emenda Modificativa nº 1 da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; e da Emenda Modificativa nº 2 da mesma Comissão. Sala da Comissão, 12 de agosto de 2015. – Deputado André Fufuca, Relator – Deputado Ronaldo Fonseca, Relator Substituto Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 271 EMENDA Nº 1 Substitua-se, no art. 2º do projeto em epígrafe, a expressão “deverá ser ofertado” pela expressão “será ofertada”. Sala da Comissão, 12 de agosto de 2015. – Deputado André Fufuca, Relator – Deputado Ronaldo Fonseca, Relator Substituto EMENDA Nº 2 Substitua-se, no art. 4º do projeto em epígrafe, a expressão “90” pela expressão “noventa”. Sala da Comissão, 12 de agosto de 2015. – Deputado André Fufuca, Relator – Deputado Ronaldo Fonseca, Relator Substituto COMPLEMENTAÇÃO DE VOTO Em decorrência de reanálise da matéria, e considerando novos argumentos sobre o tema, apresento complementação de voto ao parecer oferecido, no sentido de proferir entendimento pela constitucionalida- de, juridicidade e boa técnica legislativa dos Projetos de Lei n° 6.412, de 2009 e n° 5.079, de 2013, apensado, do Substitutivo da Comissão de Defesa do Consumidor, e das emendas n° 1/2009 e n° 2/2009, da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio. A revisão de posicionamento considera, especificamente, os aspectos de juridicidade das proposições. A juridicidade designa duas acepções: a primeira deve ser entendida como a adequação da proposição aos princípios maiores que informam o ordenamento jurídico e, via de consequência, à própria Constituição. A segunda acepção está relacionada à razoabilidade, coerência lógica e possibilidade de conformação com o direito positivo posto. Dessa forma, uma proposição é injurídica quando apresenta elementos ilógicos e irrazoáveis que afron- tam o bom senso, condição não preenchida pelas proposições em análise, conforme discorro a seguir. Há de se falar que, após uma nova análise do tema, verifiquei que tanto as emendas oferecidas na Co- missão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, quanto o Substitutivo aprovado na Comissão de Defesa do Consumidor fundamentam-se nos princípios da defesa do consumidor (art. 170 CF) e no da livre iniciativa (art. 1° da CF), ao passo que normatizam a possibilidade de oferta avulsa dos canais, que deverá obser- var os critérios técnicos e as restrições contratuais, sem, contudo, interferir na liberdade da ordem econômica. Desse modo, as propostas são jurídicas, pois além de inovarem na legislação pátria, que não possui pre- visão sobre a referida temática, estão em consonância aos princípios que regem o ordenamento jurídico e o direito do consumidor. Diante o exposto, voto pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa dos Projetos de Lei n° 6.412, de 2009 e n° 5.079, de 2013, apensado, do Substitutivo da Comissão de Defesa do Consumidor, e das emendas n° 1/2009 e n° 2/2009, da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio. Sala da Comissão, 12 de agosto de 2015. – Deputado André Fufuca, Relator – Deputado Ronaldo Fonseca, Relator Substituto III – Parecer da Comissão A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, em reunião ordinária realizada hoje, opinou pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa do Projeto de Lei nº 6.412/2009, das Emendas nº 1/2009 e 2/2011 da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, do Substitutivo da Comissão de Defesa do Consumidor e do Projeto de Lei nº 5.079/2013, apensado, nos termos do Parecer com Complemen- tação de Voto do Relator Substituto, Deputado Ronaldo Fonseca. Estiveram presentes os Senhores Deputados: Arthur Lira – Presidente, Aguinaldo Ribeiro e Osmar Serraglio – Vice-Presidentes, Alceu Moreira, Alessandro Molon, Altineu Côrtes, Andre Moura, Arnaldo Faria de Sá, Bacelar, Betinho Gomes, Bruno Covas, Capitão Augusto, Carlos Bezerra, Chico Alencar, Covatti Filho, Cristiane Brasil, Danilo Forte, Diego Garcia, Esperidião Amin, Fausto Pinato, Francisco Floriano, Giovani Cherini, Hiran Gonçalves, Jorgi- nho Mello, José Fogaça, Juscelino Filho, Luis Tibé, Luiz Couto, Luiz Sérgio, Marco Tebaldi, Marcos Rogério, Maria do Rosário, Paes Landim, Pastor Eurico, Paulo Magalhães, Paulo Maluf, Paulo Teixeira, Pedro Cunha Lima, Rodrigo Pacheco, Ronaldo Fonseca, Rubens Pereira Júnior, Sergio Souza, Valmir Prascidelli, Wadih Damous, Bruna Furlan, Delegado Éder Mauro, Delegado Waldir, Edmar Arruda, Erika Kokay, Félix Mendonça Júnior, Glauber Braga, Gonzaga Patriota, Hildo Rocha, Jerônimo Goergen, Marcio Alvino, Mário Negromonte Jr., Marx Beltrão, Nelson Marchezan Junior, Odorico Monteiro, Ricardo Tripoli, Roberto Britto, Sandro Alex, Silas Câmara, Soraya Santos e Valtenir Pereira. Sala da Comissão, 23 de setembro de 2015. – Deputado Arthur Lira, Presidente 272 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 PROJETO DE LEI Nº 1.014-B, DE 2011 (Do Sr. Ronaldo Fonseca)

Acrescenta parágrafo ao art. 280 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Có- digo de Trânsito Brasileiro, para dispor sobre comprovação de infração por aparelho eletrônico ou por equipamento audiovisual; tendo parecer: da Comissão de Viação e Transportes, pela aprovação deste e dos de nºs 1.864/11 e 2.936/11, apensados, com substitutivo (relator: DEP. ALEXANDRE SANTOS); e da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela constitu- cionalidade, juridicidade e técnica legislativa deste, e pela constitucionalidade e injuridicida- de dos Projetos de Lei nºs 1.864/11 e 2.936/11, apensados, e do Substitutivo da Comissão de Viação e Transportes (relator: DEP. MARCOS ROGÉRIO). DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE VIAÇÃO E TRANSPORTES; E CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDA- DANIA (ART. 54 RICD) APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II PUBLICAÇÃO DO PARECER DA COMISSÃO CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA

I – Relatório Pelo presente projeto de lei, altera-se o diploma legal mencionado – Lei nº 9.503, de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro – para considerar não comprovada a infração detectada por aparelho eletrônico/ equipamento audiovisual instalado em desacordo com a regulamentação do CONTRAN. Em apenso encontram-se as seguintes proposições, por conterem matéria análoga: – PL nº 1.864/11, de autoria do Deputado OTONIEL LIMA, que acrescenta parágrafo ao art. 280 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, para dispor sobre comprovação de infração por aparelho eletrônico ou por equipamento audiovisual móvel; – PL nº 2.936/11, de autoria d Deputado DOMINGOS SÁVIO, que acrescenta dispositivo à lei nº 9.503, de 1997, para dispor sobre fiscalização eletrônica de trânsito. Ainda, em 2011, os dois projetos mais antigos foram distribuídos à CVT – Comissão de Viação e Transpor- tes, onde, após mudança na relatoria e apensação da proposição mais recente, foram aprovados nos termos do Substitutivo oferecido pelo relator, Deputado ALEXANDRE SANTOS, já em 2012. Agora, todas estas proposições encontram-se nesta douta CCJC – Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, onde aguardam parecer acerca de sua constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa, no prazo do regime ordinário de tramitação. É o relatório. II – Voto do Relator A iniciativa das proposições em epígrafe é válida, pois todas visam a alterar lei federal, o que só pode evidentemente ser feito por outra lei federal. Compete ainda à União legislar, privativamente, sobre trânsito (CF, art. 22, XI). Não há, ademais, reserva de inciativa. Analisando detidamente os projetos, concluímos que os mais antigos não oferecem problemas relativos aos aspectos a observar, nesta oportunidade. O PL nº 2.936/11, por sua vez, possui um pequeno problema de redação, pois o seu art. 2º acrescenta “§ 4º” ao art. 280 do diploma legal a ser alterado, quando o correto é acrescentar “§ 5º”. Finalmente, a proposição acessória também não apresenta problemas quanto à constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa, dando a melhor solução legislativa à questão ao aglutinar as contribuições dos projetos em análise. Assim, votamos pela constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa dos Projetos de Lei nos 1.014/11, principal; 1.864/11 e 2.936/11, apensados, na forma do Substitutivo da Comissão de Viação e Transportes/CVT. É o voto. Sala da Comissão, 08 de outubro de 2013. – Deputado Marcos Rogério, Relator COMPLEMENTAÇÃO DE VOTO Durante a discussão da matéria neste órgão técnico, fomos convencidos da necessidade de reformular o voto anteriormente apresentado no ponto referente à juridicidade do substitutivo proposto pela Comissão de Viação e Transportes, bem como dos projetos apensados ao de nº 1.014/11. Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 273 Como bem observado por alguns colegas durante a última reunião, essas proposições incorrem no exa- gero de tornar praticamente inúteis todos os aparelhos eletrônicos e equipamentos de controle de velocidade no trânsito instalados em áreas urbanas, aí incluídos, portanto, mesmo aqueles que atendam rigorosamente à regulamentação do CONTRAN, o que parece um tanto despropositado à luz da sistemática legal hoje vigente. O CONTRAN, segundo o art. 12 do Código de Trânsito, é o órgão legal competente para, entre outras atri- buições, “XI – aprovar, complementar ou alterar os dispositivos de sinalização e os dispositivos e equipamentos de trânsito”. Ora, tal atribuição do órgão máximo de regulação do trânsito não foi objeto de nenhuma altera- ção nos projetos nem no substitutivo da CVT, mas a nova norma pretendida por essas proposições, de forma oblíqua, acabaria por torná-la letra morta. O fato é que, se se permitisse sua aprovação, aparelhos eletrônicos e equipamentos audiovisuais destinados especificamente a servir como instrumento de prova de eventuais infrações de trânsito não teriam mais como produzir esse efeito mesmo se atendessem a todas as exigências técnicas do CONTRAN, recaindo, portanto, em total inutilidade. Considero que o problema apontado impede que uma norma com esse conteúdo passe a integrar a le- gislação de trânsito brasileira, já que certamente comprometeria sua razoabilidade e coerência internas. Em face do exposto, reformulo o voto proferido anteriormente para opinar no sentido da constitucio- nalidade, juridicidade e boa técnica legislativa e redação do Projeto de Lei 1.014/11, e da constitucionalidade e injuridicidade dos Projetos de Lei nºs 1.864/11 e 2.936/11 e também do Substitutivo da Comissão de Viação e Transportes/CVT. Sala da Comissão, de de 2015. – Deputado Marcos Rogério, Relator III – Parecer da Comissão A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, em reunião ordinária realizada hoje, opinou pela cons- titucionalidade, juridicidade e técnica legislativa do Projeto de Lei nº 1.014/2011, e pela constitucionalidade e inju- ridicidade do Substitutivo da Comissão de Viação e Transportes e dos Projetos de Lei nºs 1.864/2011 e 2.936/2011, apensados, nos termos do Parecer com Complementação de Voto do Relator, Deputado Marcos Rogério. Estiveram presentes os Senhores Deputados: Arthur Lira – Presidente, Aguinaldo Ribeiro, Osmar Serra- glio e Veneziano Vital do Rêgo – Vice-Presidentes, Alessandro Molon, Altineu Côrtes, Andre Moura, Antonio Bulhões, Arnaldo Faria de Sá, Bacelar, Betinho Gomes, Bonifácio de Andrada, Bruno Covas, Capitão Augusto, Chico Alencar, Covatti Filho, Cristiane Brasil, Danilo Forte, Décio Lima, Esperidião Amin, Evandro Gussi, Fausto Pinato, Felipe Maia, Francisco Floriano, Giovani Cherini, Jhc, João Campos, Jorginho Mello, Júlio Delgado, Jus- celino Filho, Jutahy Junior, Luciano Ducci, Luiz Couto, Luiz Sérgio, Marcelo Aro, Marco Tebaldi, Marcos Rogério, Maria do Rosário, Padre João, Paes Landim, Pastor Eurico, Paulo Magalhães, Paulo Maluf, Pedro Cunha Lima, Pr. Marco Feliciano, Raul Jungmann, Rodrigo Pacheco, Rogério Rosso, Ronaldo Fonseca, Rubens Pereira Júnior, Sergio Souza, Sergio Zveiter, Tadeu Alencar, Valmir Prascidelli, Wadih Damous, Edmar Arruda, Félix Mendonça Júnior, Gorete Pereira, Hildo Rocha, Jerônimo Goergen, Lincoln Portela, Manoel Junior, Marx Beltrão, Professor Victório Galli, Roberto Britto e Valtenir Pereira. Sala da Comissão, 16 de setembro de 2015. – Deputado Arthur Lira, Presidente PROJETO DE LEI Nº 4.148-B, DE 2012 (Dos Srs. César Halum e Junji Abe)

Dispõe sobre a criação da farmácia veterinária popular e dá outras providências; tendo pare- cer: da Comissão de Seguridade Social e Família, pela rejeição (relator: DEP. GERALDO RESEN- DE); e da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, pela aprovação (relator: DEP. ASSIS DO COUTO). DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA; AGRICULTURA, PECUÁRIA, ABASTE- CIMENTO E DESENVOLVIMENTO RURAL; FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO (ART. 54 RICD) E CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (ART. 54 RICD) APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II PUBLICAÇÃO DO PARECER DA COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA, ABASTECIMENTO E DESENVOLVIMENTO RURAL

I – Relatório Trata-se de proposição legislativa destina a criar a Farmácia Veterinária Popular, a ser estabelecida de for- ma semelhante à Farmácia Popular do Brasil, autorizada pela Lei nº 10.858, de 13 de abril de 2004, e instituída 274 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 por meio do Decreto nº 5.090, de 20 de maio de 2004, que disponibiliza medicamentos com custo reduzido à população, sem prejuízo do abastecimento da rede pública nacional do Sistema Único de Saúde – SUS. Pretende-se instituir uma rede de comercialização, a preços subsidiados, de determinados medicamentos veterinários, a serem definidos em relação de responsabilidade do Ministério da Agricultura, “considerando-se as evidências epidemiológicas e prevalências de doenças e agravos”. A venda seria realizada em estabelecimentos privados, devidamente conveniados com a União, esta- dos, municípios e Distrito Federal. Também traz a possibilidade de serem firmados convênios pelo Ministério da Saúde e da Agricultura com entidades públicas e privadas, que visem à implantação de novos serviços de disponibilização destes medicamentos. A proposta prevê que a farmácia veterinária popular deve contar com a presença de um médico veteri- nário e, ainda, que caberá ao Poder Executivo editar a sua regulamentação no prazo de 90 (noventa) dias após a publicação da lei. Para justificar a iniciativa, os autores registram, em síntese, que a disponibilização de medicamentos ve- terinários a preços subsidiados favoreceria, em especial, a agricultura familiar. O setor, que responde por 10% do Produto Interno Bruto e corresponde a 84% do número de estabelecimentos rurais do país, enfrentaria dificuldades para comprar medicamentos necessários ao tratamento de animais, o que seria facilitado com a redução dos preços de venda de determinados fármacos. Registram, ainda, que a medida contribuiria para o controle de zoonoses em ambiente urbano, “princi- palmente na região Norte do país, em que as famílias de baixa renda, que vivem em cidades, sofrem com do- enças causadas pelos animais domésticos”. Foi distribuída às Comissões de Seguridade Social e família; Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desen- volvimento Rural; Finanças e Tributação (art. 54, do RICD); Constituição e Justiça e de Cidadania (art. 54, do RICD). Apreciada pela Comissão de Seguridade Social e Família e, por decisão que acompanhou o parecer do relator, rejeitada. Encaminhada à Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, não foram apresentadas emendas no prazo regimental. É o relatório. II – Voto do Relator Compete à Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, conforme de- termina o art. 32, I, a, do regimento Interno da Câmara dos Deputados, analisar a presente matéria no que diz respeito a questões de “política agrícola e assuntos atinentes à agricultura e à pesca profissional”. A iniciativa assemelha-se ao Programa Farmácia Popular do Brasil, que viabilizou o atendimento de cen- tenas de famílias com a distribuição gratuita de alguns remédios e a redução do custo de outros em até 90% (noventa por cento). Para que a saúde dos animais seja assegurada faz-se necessária a existência de serviços veterinários bem estruturados, o que envolve médicos veterinários capacitados e acesso às substâncias por eles receitadas. A proposição busca baratear os custos dos medicamentos, tornando-os mais acessíveis. Não abrange apenas aqueles destinados ao tratamento, mas também os relativos à prevenção de doenças e à manutenção da higiene. É inequívoco que, no que diz respeito à pertinência temática da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abas- tecimento e Desenvolvimento Rural, é extremamente favorável a aprovação da presente matéria. Em especial porque pode favorecer, sobremaneira, o desenvolvimento econômico da agricultura familiar, setor que abrange 84% dos estabelecimentos rurais do Brasil e produz aproximadamente 70% dos alimentos consumidos no país. Está associada a um modo diferenciado de vida e de produção, em que o núcleo de de- cisão, trabalho e capital são controlados pela família. Tem-se que a ampliação do acesso a medicamentos veterinários, conferindo-se prevenção e tratamen- to adequado a diversas enfermidades, é medida adequada e favorável ao fomento da área rural, merecendo ser acatada. Votamos, assim, pela aprovação do Projeto de Lei nº 4.148, de 2012. Sala da Comissão, 15 de setembro de 2015. – Deputado Assis do Couto, PT/PR III – Parecer da Comissão A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, em reunião ordinária realizada hoje, aprovou unanimemente o Projeto de Lei nº 4.148/2012, nos termos do Parecer do Relator, De- putado Assis do Couto. Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 275 Estiveram presentes os Senhores Deputados: Heuler Cruvinel e Carlos Henrique Gaguim – Vice-Presiden- tes, Abel Mesquita Jr., Adilton Sachetti, André Abdon, Assis do Couto, Bohn Gass, Celso Maldaner, César Messias, Dilceu Sperafico, Elcione Barbalho, Evair de Melo, Heitor Schuch, Hélio Leite, Jerônimo Goergen, Jony Marcos, Luis Carlos Heinze, Luiz Cláudio, Luiz Nishimori, Marcelo Castro, Nelson Meurer, Odelmo Leão, Onyx Lorenzoni, Pedro Chaves, Raimundo Gomes de Matos, Ricardo Teobaldo , Roberto Balestra, Rogério Peninha Mendonça, Ronaldo Lessa, Silas Brasileiro, Tereza Cristina, Valdir Colatto, Valmir Assunção, Zé Silva, Zeca do Pt, Aelton Freitas, Alberto Filho, Alfredo Kaefer, Carlos Melles, Diego Andrade, João Rodrigues, Lázaro Botelho, Márcio Marinho, Mário Heringer, Miguel Lombardi, Remídio Monai e Rocha. Sala da Comissão, 23 de setembro de 2015. – Deputado Carlos Henrique Gaguim, Presidente em exercício PROJETO DE LEI Nº 7.965-A, DE 2014 (Do Sr. Valmir Assunção)

Modifica a redação dos artigos 3º e 10 da Lei nº 4.829, de 5 de novembro de 1965, para incluir como objetivo específico do crédito rural a produção de produtos agropecuários destinados à alimentação humana; tendo parecer da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, pela rejeição (relator: DEP. CELSO MALDANER). DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE AGRICULTURA, PECUÁRIA, ABASTECIMENTO E DESENVOLVIMENTO RURAL; FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO (MÉRITO E ART. 54, RICD) E CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDA- DANIA (ART. 54 RICD) APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II PUBLICAÇÃO DO PARECER DA COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA, ABASTECIMENTO E DESENVOLVIMENTO RURAL

I – Relatório Por intermédio do Projeto de Lei nº 7.965, de 2014, o ilustre Deputado Valmir Assunção propõe alteração nos artigos 3º e 10 da Lei nº 4.829, de 5 de novembro de 1965, que institucionaliza o crédito rural. A modificação pretendida para o art. 3º visa incluir, entre os objetivos específicos do crédito rural, o -fa vorecimento, em especial, das operações de custeio e de comercialização relativas a produtos destinados ao mercado interno e à alimentação humana; incentivar a adequada proteção do meio ambiente; e garantir a segurança alimentar. Com a inserção de inciso IV no art. 10, propõe, como nova exigência essencial do crédito rural, a aplica- ção de pelo menos 50% do valor contratado em operações de custeio na obtenção de produtos agropecuários destinados à alimentação humana. Nos termos do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei nº 7.965, de 2014, foi dis- tribuído para apreciação conclusiva das Comissões sob o regime ordinário, com tramitação inicial nesta Comis- são de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, e posterior manifestação das Comissões de Finanças e Tributação (mérito e art. 54 do RICD) e de Constituição e Justiça e de Cidadania (art. 54 do RICD). É o relatório. II – Voto do Relator Propõe o nobre Deputado Valmir Assunção modificar a Lei nº 4.829, de 5 de novembro de 1965, que institucionaliza o crédito rural, de modo a favorecer as operações de custeio e de comercialização relativas a produtos agropecuários destinados ao mercado interno e à alimentação humana; incentivar a adequada pro- teção do meio ambiente; e garantir a segurança alimenta. Além disso, propõe a destinação de pelo menos 50% do valor das operações de custeio para a produção de alimentos destinados ao consumo do ser humano. Para este relator, são duas as medidas centrais da proposição: a garantia do abastecimento do mercado interno; e a produção de alimentos destinados ao consumo do ser humano. Quanto à garantia do abastecimento de alimentos para o mercado interno, acredito tratar-se de preo- cupação infundada. Desde a criação do Sistema Nacional de Crédito Rural – SNCR, há exatos 50 anos, nossos sistemas produtivos passaram por grande transformação: organizaram-se, modernizaram-se e consequente- mente, tornaram-se mais eficientes. Esse ganho de desempenho nos permitiu, ao mesmo tempo, não mais enfrentar problemas com o abaste- cimento do mercado interno de produtos agropecuários, in natura e processados, alcançando a autossuficiência ou mesmo as primeiras colocações no ranking dos maiores produtores e exportadores de variados produtos. 276 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 Todo esse avanço tem muito a ver a certeza que prevalece entre nossos agricultores de poderem dire- cionar suas atividades segundo os estímulos emanados pelos mercados nacional e internacional, contando sempre com o apoio dos recursos oriundos do SNCR, sejam quais forem suas decisões alocativas. Qualquer alteração nessa premissa fragiliza a confiança com que operam e a disposição em investir em seus sistemas produtivos. Com relação à exigência de se destinar ao menos 50% do valor das operações de custeio para a produ- ção de alimentos destinados ao consumo do ser humano, este relator entende que a medida contém equivoco conceitual, pois parte do princípio de que produtos, como a soja, não se destinam à alimentação humana. Esse entendimento do autor da proposição pode ser facilmente depreendido da leitura da justificação do projeto de lei sob análise. Embora alguns produtos não sejam consumidos majoritariamente de forma direta pelo ser humano, são essenciais para a obtenção de alimentos importantes como a carne, o ovo e o leite disponíveis nas gôndolas dos supermercados. Pelas razões expostas, voto pela rejeição do Projeto de Lei nº 7.965, de 2014. Sala da Comissão, 31 de agosto de 2015. – Deputado Celso Maldaner, Relator III – Parecer da Comissão A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, em reunião ordinária re- alizada hoje, rejeitou unanimemente o Projeto de Lei nº 7.965/2014, nos termos do Parecer do Relator, Depu- tado Celso Maldaner. O Deputado João Daniel apresentou voto em separado. Estiveram presentes os Senhores Deputados: Heuler Cruvinel e Carlos Henrique Gaguim – Vice-Presiden- tes, Abel Mesquita Jr., Adilton Sachetti, André Abdon, Assis do Couto, Bohn Gass, Celso Maldaner, César Messias, Dilceu Sperafico, Elcione Barbalho, Evair de Melo, Heitor Schuch, Hélio Leite, Jerônimo Goergen, Jony Marcos, Luis Carlos Heinze, Luiz Cláudio, Luiz Nishimori, Marcelo Castro, Nelson Meurer, Odelmo Leão, Onyx Lorenzoni, Pedro Chaves, Raimundo Gomes de Matos, Ricardo Teobaldo, Roberto Balestra, Rogério Peninha Mendonça, Ronaldo Lessa, Silas Brasileiro, Tereza Cristina, Valdir Colatto, Valmir Assunção, Zé Silva, Zeca do Pt, Aelton Freitas, Alberto Filho, Alfredo Kaefer, Carlos Melles, Diego Andrade, João Rodrigues, Lázaro Botelho, Márcio Marinho, Mário Heringer, Miguel Lombardi, Remídio Monai e Rocha. Sala da Comissão, 23 de setembro de 2015. – Deputado Carlos Henrique Gaguim, Presidente em exercício PL 7965/2014 – Do Sr. Valmir Assunção

VOTO EM SEPARADO

Senhor Presidente, O nobre Deputado Valmir Assunção propõe, pelo PL 7965/2014, modificar a Lei nº 4.829, de 5 de novem- bro de 1965, que institucionaliza o crédito rural, de modo a favorecer as operações de custeio e de comercia- lização relativas a produtos agropecuários destinados ao mercado interno e à alimentação humana, em como incentivar a adequada proteção do meio ambiente, garantindo a segurança alimentar. Pois bem, o projeto sugere mudanças na Lei do crédito rural para garantir que 50% dos recursos de cus- teio sejam aplicados em produtos para a alimentação humana e fixar a segurança alimentar como uma dos objetivos do crédito. O deputado Valmir Assunção nas suas justificativas declara que “a estimativa da produção de grãos no Brasil, safra 2013/2014, é de que serão colhidas 193,8 milhões toneladas. Todavia, conforme projeção do Fundo de Populações das Nações Unidas, organismo da ONU, a safra recorde de grãos não será suficiente para suprir a demanda de alimentos. Com o crescimento populacional e da renda naturalmente aumentou a demanda por alimentos. De outro lado, o modelo atual de produção e de financiamento agropecuário privilegia a produção de commodities destinadas à exportação”. O certo é que vem realmente ocorrendo uma redução na produção de itens tradicionais na alimentação do povo brasileiro como o arroz, que teve a área reduzida em 25% e o feijão em 29%, conforme dados sistema- tizados pela CONAB. E enquanto a produção de soja cresceu 73%, a produção de arroz permaneceu estagnada em 12 milhões de toneladas e o feijão em 3 milhões de toneladas. Por outro lado, segundo dados do anuário estatístico do crédito rural de 2012, divulgado pelo Banco Central, do total de 35 bilhões reais destinados ao custeio de lavouras, 35% foram para o plantio de soja, enquanto o arroz ficou com apenas 4%, o feijão com 1%, o tomate com 0,5% (meio por cento) e a batata com 0,8%. Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 277 Para reverter este quadro é que é feita a proposta, para incluir entre os objetivos do crédito rural a pro- dução de alimentos, e estabelecer a obrigatoriedade do tomador do crédito em aplicar pelo menos 50% do valor na produção de alimentos. Assim é que propomos a reconsideração deste Plenário para que o referido Projeto seja aprovado. João Daniel, Deputado Federal – PT/Se PROJETO DE LEI Nº 8.312-A, DE 2014 (Do Sr. Diego Andrade)

Altera a Lei nº 10.233, de 2001, que dispõe sobre a reestruturação dos transportes aquaviário e terrestre, cria o Conselho Nacional de Integração de Políticas de Transporte, a Agência Na- cional de Transportes Terrestres, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários e o Departa- mento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes, e dá outras providências; tendo parecer da Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia, pela aprovação, com substitutivo (relator: DEP. PAUDERNEY AVELINO). DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE INTEGRAÇÃO NACIONAL, DESENVOLVIMENTO REGIONAL E DA AMA- ZÔNIA; VIAÇÃO E TRANSPORTES E CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (ART. 54 RICD) APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II PUBLICAÇÃO DO PARECER DA COMISSÃO DE INTEGRAÇÃO NACIONAL, DESENVOLVIMENTO REGIONAL E DA AMAZÔNIA

I – Relatório O Projeto de Lei nº 8.312, de 2014, de autoria do Deputado Diego Andrade, altera a Lei nº 10.233, de 2001, que dispõe sobre a reestruturação dos transportes aquaviário e terrestre, cria o Conselho Nacional de Integração de Políticas de Transporte, a Agência Nacional de Transportes Terrestres, a Agência Nacional de Transportes Aquaviá- rios e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, e dá outras providências. A alteração é feita no art. 14 da Lei nº 10.233, de 2001, para determinar que dependem de permissão – e não mais de autorização – os serviços de transporte aquaviário realizado por empresas prestadoras de servi- ços de balsas para transportar passageiros, veículos e cargas, na navegação interior de travessia interestadual, internacional ou em diretriz de rodovia ou ferrovia federal. A proposta ainda será analisada pelas Comissões de Viação e Transportes e de Constituição e Justiça e de Cidadania. No momento, cabe a esta Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia manifestar-se sobre o mérito da matéria, conforme o art. 32, inciso II, do Regimento Interno da Casa. No prazo regimental, não foram apresentadas emendas à proposta. É o relatório. II – Voto do Relator A proposição em análise modifica dispositivos do art. 14 da Lei nº 10.233, de 5 de junho de 2001, que dispõe sobre a reestruturação dos transportes aquaviário e terrestre, cria o Conselho Nacional de Integração de Po- líticas de Transporte, a Agência Nacional de Transportes Terrestres, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, e dá outras providências. A alteração tem o intuito de estabelecer que os serviços de transporte aquaviário realizados por balsas, para transportar passageiros, veículos e cargas, na navegação interior de travessia de competência da União, devem ser contratados por meio de outorga de permissão e não mais por autorização administrativa, como prevê a legislação atual. De acordo com o Autor da proposta, a dispensa de licitação induz ao abuso dos preços praticados pelas empresas que prestam o serviço de travessia aquaviária, à prática de monopólio e à formação de carteis. Obser- va-se, ainda segundo ele, a existência de “um poderoso lobby político, que vem conseguindo impedir a construção de pontes para dar continuidade a várias rodovias estratégicas para o desenvolvimento do País.” O serviço de travessia de balsas ou de outros tipos de embarcações tem importância imensurável para as populações que vivem às margens de cursos d’água, como rios, canais, lagoas, baías e enseadas, pois além do transporte de veículos e pessoas, as embarcações também carregam cargas e gêneros de primeira necessi- dade, como alimentos e medicações. É, portanto, legítima a preocupação do Autor do projeto com a qualidade do serviço prestado à população, que pode eventualmente ficar sujeita a preços e reajustes de tarifas abusivos 278 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 e à precariedade do serviço prestado, uma vez que a contratação regulada pelo regime de autorização não exige regras mais rigorosas para o funcionamento do serviço. O regime de permissão permite, de fato, melhor controle das tarifas e seus reajustes, a livre concorrên- cia e a isonomia entre as empresas interessadas em operar serviços de travessia aquaviária. A modalidade de permissão sujeita as empresas a procedimento licitatório, de forma que fica assegurado o melhor preço para o usuário, bem como a aplicação de regras e normas de segurança, garantindo-se, assim, a integração entre margens de águas que separam povoados, portos, rodovias e ferrovias. Há que se observar, no entanto, a diversidade de situações observadas onde tais serviços são neces- sários. O administrador público deve considerar que são muitas as variáveis que pesam na qualidade e efi- ciência do serviço. Além da variedade dos cursos d’água a serem atravessados, outros fatores influenciam o tipo de serviço a ser oferecido à população, como o número de linhas e sua periodicidade, a rota, a frequ- ência das viagens, a natureza do transporte, os tipos de embarcação e o tamanho do prestador do serviço. Em muitos casos, a autorização demonstra ser o instrumento regulatório adequado, não se justificando a substituição pela permissão. De acordo com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), a maioria das travessias sob a competência da União apresenta baixa viabilidade econômica, sendo operadas por microempreendedores individuais, microempresários ou empresas de pequeno porte. Muitas dessas microempresas e microempre- endedores prestam o serviço de travessia desde antes da edição da Lei nº 10.233, de 2001, e a outorga de au- torização possibilitou a regularização de sua atuação. O perfil socioeconômico dos prestadores desses serviços e a reduzida rentabilidade da maioria das linhas ensejam baixo interesse em um eventual procedimento licitatório de permissão, podendo redundar em licitações vazias. Por esse motivo, o regime de autorização em vigência tem se mostrado adequado à ANTAQ, que pode atuar de forma efetiva na regulação do serviço de travessia prestado por essas empresas de pequeno porte. Diante da diversidade de situações operacionais e do perfil socioeconômico de grande parte dos opera- dores das travessias, ponderamos se no momento caberia impor o regime de permissão à totalidade das ou- torgas concedidas para a prestação desse serviço. Por esse motivo, gostaríamos de alterar o projeto de lei em pauta, propondo, no texto da Lei nº 10.233, de 2001, que o transporte aquaviário deverá ser realizado sob o regime de autorização, com exceção do transporte aquaviário de travessia, que dependerá de permissão nas linhas definidas pela ANTAQ, conforme estudos de viabilidade técnica e econômica. Para tanto, oferecemos um Substitutivo à proposta original, com essa modificação. No texto que apre- sentamos, substituímos também o termo “serviços de balsas” utilizado na proposta por “transporte aquaviário de travessia”, mais amplo, e tratamos da modificação de dispositivos relacionados às competências da ANTAQ, de forma a torná-la institucionalmente apta a definir as linhas de travessia que serão outorgadas por meio de permissão. Pelo exposto, votamos pela aprovação do Projeto de Lei nº 8.312, de 2014, quanto ao mérito desta Co- missão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia, na forma do Substitutivo. Sala da Comissão, 24 de agosto de 2015. – Deputado Pauderney Avelino, Relator SUBSTITUTIVO AO PROJETO DE LEI No 8.312, de 2014

Altera a Lei nº 10.233, de 2001, que dispõe sobre a reestruturação dos transportes aquaviário e terrestre, cria o Conselho Nacional de Integração de Políticas de Transporte, a Agência Na- cional de Transportes Terrestres, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários e o Departa- mento Nacional de Infraestrutura de Transportes, e dá outras providências. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º O art. 14 da Lei nº 10.233, de 5 de junho de 2001, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 14...... III – ...... e) o transporte aquaviário, ressalvado o disposto na alínea c do inciso IV do caput; (NR) ...... IV – ...... Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 279 c) o transporte aquaviário de travessia, nas linhas definidas pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários, conforme estudos de viabilidade técnica e econômica.” (NR) ...... “Art. 27...... XXIX – definir as linhas de travessia que serão outorgadas por meio de permissão, nos termos da alínea c do inciso IV do art. 14.” (NR) ...... “Art. 38 – A. A ANTAQ definirá em regulamento próprio as linhas de travessias sujeitas ao regime de permissão a partir de critérios técnicos e de viabilidade econômica.” (NR) ...... Art. 2º Fica estabelecido o prazo de dois anos para que a ANTAQ adote as medidas determinadas na presente Lei. Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Sala da Comissão, 24 de agosto de 2015. – Deputado Pauderney Avelino, Relator III – Parecer da Comissão A Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia, em reunião ordinária re- alizada hoje, aprovou unanimemente, com substitutivo o Projeto de Lei nº 8.312/2014, nos termos do Parecer do Relator, Deputado Pauderney Avelino. Estiveram presentes os Senhores Deputados: Júlia Marinho – Presidente, Simone Morgado – Vice-Presi- dente, Aguinaldo Ribeiro, Arnaldo Jordy, Beto Salame, Cabo Daciolo, Cacá Leão, Leo de Brito, Marcelo Castro, Maria Helena, Pauderney Avelino, Zé Geraldo, Angelim, Átila Lins, Marinha Raupp, Rocha, Silas Câmara, Vitor Lippi e Vitor Valim. Sala da Comissão, 23 de setembro de 2015. – Deputada Júlia Marinho, Presidente SUBSTITUTIVO ADOTADO PELA COMISSÃO DE INTEGRAÇÃO NACIONAL, DESENVOLVIMENTO REGIONAL E DA AMAZÔNIA AO PROJETO DE LEI Nº 8.312, de 2014

Altera a Lei nº 10.233, de 2001, que dispõe sobre a reestruturação dos transportes aquaviário e terrestre, cria o Conselho Nacional de Integração de Políticas de Transporte, a Agência Na- cional de Transportes Terrestres, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários e o Departa- mento Nacional de Infraestrutura de Transportes, e dá outras providências. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º O art. 14 da Lei nº 10.233, de 5 de junho de 2001, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 14...... III – ...... e) o transporte aquaviário, ressalvado o disposto na alínea c do inciso IV do caput; (NR) ...... IV – ...... c) o transporte aquaviário de travessia, nas linhas definidas pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários, conforme estudos de viabilidade técnica e econômica.” (NR) ...... “Art. 27...... XXIX – definir as linhas de travessia que serão outorgadas por meio de permissão, nos termos da alínea c do inciso IV do art. 14.” (NR) ...... “Art. 38 – A. A ANTAQ definirá em regulamento próprio as linhas de travessias sujeitas ao regime de permissão a partir de critérios técnicos e de viabilidade econômica.” (NR) ...... 280 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 Art. 2º Fica estabelecido o prazo de dois anos para que a ANTAQ adote as medidas determinadas na presente Lei. Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Sala da Comissão, 23 de setembro de 2015. – Deputada Julia Marinho, Presidente da Cindra

PROJETO DE LEI Nº 612-A, DE 2015 (Do Sr. Rômulo Gouveia)

Dispõe sobre a contratação de energia elétrica proveniente da fonte solar em instalações ge- radoras situadas na região Nordeste; tendo parecer da Comissão de Integração Nacional, De- senvolvimento Regional e da Amazônia, pela aprovação (relator: DEP. CACÁ LEÃO). DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE INTEGRAÇÃO NACIONAL, DESENVOLVIMENTO REGIONAL E DA AMA- ZÔNIA; MINAS E ENERGIA; FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO (MÉRITO E ART. 54, RICD) E CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (ART. 54 RICD) APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II

PUBLICAÇÃO DO PARECER DA COMISSÃO DE INTEGRAÇÃO NACIONAL, DESENVOLVIMENTO REGIONAL E DA AMAZÔNIA

I – Relatório O Projeto de Lei (PL) nº 612, de 2015, objetiva que o conjunto de concessionárias e permissionárias do serviço público de distribuição de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional (SIN) contrate, anualmente, por um período de cinco anos, no mínimo, 200 megawatts (MW) médios de capacidade adicional de geração. Essa energia deverá ser produzida por centrais geradoras que utilizem a fonte solar e sejam instaladas na re- gião Nordeste. A proposição estabelece, ainda, que contratações serão realizadas por meio de licitações, na modalidade de leilão, sendo o critério de escolha dos empreendimentos o menor preço oferecido por unidade de energia produzida. Os contratos terão prazo de vigência de vinte anos, contados da data neles estabelecida para o iní- cio da operação comercial dos empreendimentos de geração. O Autor justifica que, com a aprovação do projeto de lei, pretende-se transformar a dificuldade do clima semiárido, que são os baixos índices pluviométricos, em grande vantagem competitiva, o que trará substan- ciais benefícios econômicos e sociais para a população que habita a região e importantes ganhos energéticos para o Brasil. No prazo regimental, não foram apresentadas emendas ao PL 612/2015. É o Relatório.

II – Voto do Relator O Brasil tem a oportunidade de se desenvolver segundo um modelo distinto do perseguido pelos países hoje já desenvolvidos, que seja, sobretudo, um modelo de desenvolvimento sustentável. O investimento em novas fontes energéticas é visto como uma forma de criar uma matriz energética cada vez mais limpa, garan- tindo o acesso à energia em várias regiões do país. A energia solar é uma das soluções para a crise energética brasileira e encontra condições favoráveis para ser parte importante da matriz energética no Brasil. Em tempos de escassez hídrica, faz-se necessário buscar outras alternativas para suprir a necessidade de eletricidade. Para um país como Brasil, não faz sentido privile- giar fontes como as termelétricas, caras e poluentes, e deixar o sol de fora da matriz elétrica. O Brasil possui um alto potencial para aproveitamento desta fonte de energia, com índices de radiação solar superiores aos encontrados na maioria dos países europeus – variam de 1500kWh/m²/ano a 2200kWh/ m²/ano. No entanto, apesar de todas suas vantagens, a geração de energia solar ainda engatinha no Brasil. Me- didas que barateiem e incentivem a energia solar são urgentes. O incremento pretendido de 200 megawatts (MW) médios de capacidade adicional de geração anual será suficiente para abastecer cerca de 40.000 residências e evitará a emissão de 350.000 toneladas de CO2 por ano. Além disso, a proposta induzirá o desenvolvimento econômico da região Nordeste do Brasil. Em face do exposto, somos pela aprovação do Projeto de Lei nº 612, de 2015. Sala da Comissão, 9 de setembro de 2015. – Deputado Cacá Leão, Relator Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 281 III – Parecer da Comissão A Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia, em reunião ordinária realizada hoje, aprovou unanimemente o Projeto de Lei nº 612/2015, nos termos do Parecer do Relator, Depu- tado Cacá Leão. Estiveram presentes os Senhores Deputados: Júlia Marinho – Presidente, Simone Morgado – Vice-Presi- dente, Aguinaldo Ribeiro, Arnaldo Jordy, Beto Salame, Cabo Daciolo, Cacá Leão, Leo de Brito, Marcelo Castro, Maria Helena, Pauderney Avelino, Zé Geraldo, Angelim, Átila Lins, Marinha Raupp, Rocha, Silas Câmara, Vitor Lippi e Vitor Valim. Sala da Comissão, 23 de setembro de 2015. – Deputada Júlia Marinho, Presidente PROJETO DE LEI Nº 648-A, DE 2015 (Do Sr. Luiz Nishimori)

Cria Área de Livre Comércio no Município de Guaíra, Estado do Paraná; tendo parecer da Co- missão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia, pela rejeição (re- lator: DEP. PAUDERNEY AVELINO). DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE INTEGRAÇÃO NACIONAL, DESENVOLVIMENTO REGIONAL E DA AMA- ZÔNIA; DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO; FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO (MÉ- RITO E ART. 54, RICD); E CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (ART. 54 RICD) APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II PUBLICAÇÃO DO PARECER DA COMISSÃO DE INTEGRAÇÃO NACIONAL, DESENVOLVIMENTO REGIONAL E DA AMAZÔNIA

I – Relatório O Projeto de Lei nº 648, de 2015, de autoria do Deputado Luiz Nishimori, cria, no Município de Guaíra, no Estado do Paraná, área de livre comércio de importação e exportação, sob regime fiscal especial, com o objetivo de incrementar as relações bilaterais com os países vizinhos, segundo a política de integração latino- -americana, para a finalidade de promover o desenvolvimento econômico e social do Estado do Paraná e das regiões fronteiriças. Para isso, considera integrante da Área de Livre Comércio de Guaíra a superfície territorial do citado Município. Segundo o projeto, as mercadorias estrangeiras ou nacionais enviadas à Área de Livre Comércio de Gua- íra serão, obrigatoriamente, destinadas às empresas autorizadas a operar nessa área. A entrada de mercadorias estrangeiras na ALC se dará mediante a suspensão do Imposto de Importação e do Imposto sobre Produtos Industrializados, que será convertida em isenção, quando as mercadorias forem destinadas a: consumo e ven- da interna na Área de Livre Comércio de Guaíra; beneficiamento, em seu território, de pescado, couro, leite e matérias primas de origem agrícola ou florestal; agropecuária e piscicultura; instalação e operação de ativida- des de turismo e serviços de qualquer natureza; estocagem para exportação ou reexportação para o mercado externo; industrialização de produtos em seu território, segundo projetos aprovados pelo Poder Executivo, considerada a vocação local e a capacidade de produção já instalada na região; ou internação como bagagem acompanhada de viajante residente, observados os limites fixados pela Secretaria da Receita Federal e desde que inexista, concomitantemente, fruição de idêntico benefício relativamente à bagagem procedente do exterior, hipótese em que o limite não poderá ser inferior ao fixado para a bagagem de viajante procedente do exterior. A proposta estipula que as importações de mercadorias destinadas à ALC de Guaíra estarão sujeitas aos procedimentos normais de importação, previamente ao desembaraço aduaneiro. A saída de mercadorias estrangeiras para o restante do território nacional é considerada, para efeitos fiscais e administrativos, como importação normal e estarão sujeitas à tributação no momento de sua internação, exceto nos casos de indus- trialização de produtos em seu território, segundo projetos aprovados pelo Poder Executivo, considerada a vo- cação local e a capacidade de produção já instalada na região. O imposto de importação incidirá apenas sobre o valor dos componentes importados que integrem os produtos que estejam sendo internados. A entrada de mercadorias estrangeiras na ALC se dará mediante a suspensão do Imposto de Importação e do Imposto sobre Produtos Industrializados, que será convertida em isenção, quando as mercadorias forem destinadas a consumo e venda interna na Área de Livre Comércio de Guaíra. Os produtos nacionais ou nacionalizados que entrarem na ALC de Guaíra estarão isentos do Imposto sobre Produtos Industrializados, quando destinados às finalidades previstas para a concessão de isenção do Imposto de Importação e do Imposto sobre Produtos Industrializados a mercadorias estrangeiras. Ficam as- 282 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 seguradas a manutenção e a utilização dos créditos do Imposto sobre Produtos Industrializados relativos às matérias-primas, produtos intermediários e material de embalagem empregados na industrialização dos pro- dutos entrados na ALC. A proposição exclui dos benefícios fiscais concedidos à ALC de Guaíra as armas e munições, os veículos de passageiros e o fumo e seus derivados. O projeto prevê também que o Poder Executivo regulamentará a aplicação de regimes aduaneiros es- peciais para as mercadorias estrangeiras destinadas à Área de Livre Comércio de Guaíra assim como para as mercadorias dela procedentes. O Banco Central do Brasil normatizará os procedimentos cambiais aplicáveis às operações da ALC, criando mecanismos que favoreçam seu comércio exterior. Fica disposto igualmente na proposta em pauta que o limite global para as importações da Área de Li- vre Comércio de Guaíra será estabelecido anualmente pelo Poder Executivo, que a seu critério poderá excluir do limite global as importações de produtos destinados exclusivamente à reexportação, vedada a remessa de divisas correspondentes, e observados, quando reexportados tais produtos, todos os procedimentos legais aplicáveis às exportações brasileiras. O Poder Executivo disporá sobre a organização, a administração e o funcionamento da ALC de Guaíra. A Receita Federal do Brasil exercerá a vigilância e a repressão ao contrabando e ao descaminho na área, sem prejuízo da competência do Departamento de Polícia Federal. Enfim, o projeto de lei prevê que as isenções e benefícios da Área de Livre Comércio de Guaíra serão mantidos pelo prazo de 20 (vinte) anos, contados da sua implantação e que o Poder Executivo, com vistas ao cumprimento do disposto nos arts. 5º, II, 12 e 14 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, estimará o montante da renúncia fiscal decorrente do estabelecido nesta Lei e o incluirá no demonstrativo a que se refere o §6º do art. 165 da Constituição Federal, que acompanhará o projeto de lei orçamentária, cuja apresentação se der após decorridos sessenta dias da publicação da lei originada deste projeto. Os benefícios e incentivos fiscais de que trata a proposta só produzirão efeitos a partir de 1º de janeiro do ano subsequente àquele em que for implementado o disposto na Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar nº 101, de 2000). No prazo regimental, não foram apresentadas emendas à proposta. É o relatório. II – Voto do Relator O projeto de lei em pauta cria uma área de livre comércio em Guaíra (PR), município localizado às margens do rio Paraná. De acordo com o autor da proposição, Deputado Luiz Nishimori, o Município de Guaíra apresenta todas as condições para sediar uma área de livre comércio, pois faz fronteira com Salto del Guairá, o terceiro maior polo comercial do Paraguai na fronteira com o nosso país. Assim, o comércio do município paranaense ressente-se da concorrência desleal com o comércio do outro lado da fronteira, mercê da pesada carga tributária que incide sobre os produtos brasileiros. Depois, o ilustre Autor ressalta que Guaíra dispõe da localização e da infraestrutura física compatíveis com as que se esperam de uma área de livre comércio, uma vez que já estão posicionados na cidade os serviços da Polícia Federal e da Receita Federal, serviços consulares e porto alfandegário, com a liga- ção fluvial entre o Paraguai e o Brasil. No Brasil, já foram criadas as áreas de livre comércio já criadas são as de Tabatinga, no Estado do Ama- zonas, Guajará-Mirim, no Estado de Rondônia, Pacaraima e Bonfim, no Estado de Roraima, Macapá e Santana, no Estado do Amapá e Brasiléia, Cruzeiro do Sul e Epitaciolândia, no Estado do Acre. Esses espaços são geo- graficamente delimitados para o comércio de produtos importados com isenção de tributos, para consumo na área ou para uso próprio e consumo por turistas, dentro dos limites da legislação, sendo vedada a revenda de mercadorias beneficiadas. Tramitam atualmente no Congresso Nacional proposições criando ou ampliando as áreas de livre co- mércio em variados Estados. Acreditamos que o objetivo dos parlamentares que propõem a instituição desses enclaves seja a crença de que a introdução desses benefícios em determinado espaço estimulará o desenvol- vimento da região. No entanto, ressaltamos que os instrumentos de estímulo à atividade econômica associa- dos a uma área de livre comércio teria um alcance bastante limitado, uma vez que seu propósito seria apenas estimular o comércio local. O alastramento desses espaços deve ser realizado com prudência, tanto por eventuais interferências nas atividades industriais e comerciais do País como pelos reflexos na arrecadação fiscal. A renúncia fiscal embuti- da nos benefícios concedidos em uma área de livre comércio deve ser apreciada com cautela, pois, no caso de aprovação de todas as proposições de criação dessas ALCs, o impacto sobre as contas públicas pode ser grande. São essas as razões que nos fazem acreditar que a instituição de áreas de livre comércio deve ser planejada no âmbito de uma política de desenvolvimento regional articulada com os diversos setores econômicos, com Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 283 o Poder Executivo e a participação dos entes federados. A propagação de enclaves de livre comércio, por meio de propostas legislativas, sem a devida inserção em uma política pública industrial e de comércio exterior pode ter consequências indesejadas, como a concorrência desvantajosa para a economia dos municípios vizinhos. Pelo exposto, votamos pela rejeição do Projeto de Lei nº 648, de 2015, quanto ao mérito desta Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia. Sala da Comissão, 10 de setembro de 2015. – Deputado Pauderney Avelino, Relator III – Parecer da Comissão A Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia, em reunião ordinária reali- zada hoje, rejeitou o Projeto de Lei nº 648/2015, nos termos do Parecer do Relator, Deputado Pauderney Avelino. Estiveram presentes os Senhores Deputados: Júlia Marinho – Presidente, Simone Morgado – Vice-Presi- dente, Aguinaldo Ribeiro, Arnaldo Jordy, Beto Salame, Cabo Daciolo, Cacá Leão, Leo de Brito, Marcelo Castro, Maria Helena, Pauderney Avelino, Zé Geraldo, Angelim, Átila Lins, Marinha Raupp, Rocha, Silas Câmara, Vitor Lippi e Vitor Valim. Sala da Comissão, 23 de setembro de 2015. – Deputada Júlia Marinho, Presidente PROJETO DE LEI Nº 2.433-A, DE 2015 (Do Sr. Edinho Bez)

Cria programa de incentivo à adoção de tecnologias redutoras de risco agroclimático; tendo parecer da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, pela aprovação (relatora: DEP. TEREZA CRISTINA). DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE AGRICULTURA, PECUÁRIA, ABASTECIMENTO E DESENVOLVIMENTO RURAL; FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO (MÉRITO E ART. 54, RICD) E CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDA- DANIA (ART. 54 RICD) APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II PUBLICAÇÃO DO PARECER DA COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA, ABASTECIMENTO E DESENVOLVIMENTO RURAL

I – Relatório O Projeto de Lei nº 2.433, de 2015, institui o Programa de Incentivo à Adoção de Tecnologias Redutoras de Risco Agroclimático, com a finalidade de fomentar a adoção de tecnologias de produção agropecuária que concorram para reduzir perdas de safras decorrentes de eventos climáticos adversos, tais como: estiagem, ex- cesso hídrico, granizo, geada, queda brusca de temperatura ou insolação excessiva. Em seu art. 2º, a proposição incumbe o Poder Executivo de disponibilizar linha de crédito subsidiada, na mesma proporção do seguro agrícola (60%), para financiar as tecnologias de que se cuida, com limites de crédito, taxas de juros, prazos de pagamento e de carência que viabilizem os investimentos recomendados aos beneficiários. Além de outras tecnologias recomendadas pela pesquisa agropecuária oficial, deverão ser financiados investimentos em irrigação ou drenagem e proteção de cultivos por meio de telas, estufas, cober- tura plástica ou sombrite. Admite-se o ajustamento do montante do subsídio a ser concedido a cada beneficiário, considerando-se o porte do agricultor; as áreas geográficas delimitadas como de menor risco de perdas de safras e o potencial de mitigação do risco agroclimático da tecnologia a ser financiada, especialmente quando proporcionar a ex- clusão do valor do prêmio do seguro rural na respectiva área de produção. O Programa de Incentivo à Adoção de Tecnologias Redutoras de Risco Agroclimático deverá contar com recursos provenientes do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima, instituído pela Lei nº 12.114, de 2009; do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – Pronaf, quando os beneficiários forem os abran- gidos pela Lei nº 11.326, de 2006; e do Orçamento Geral da União, quando previstas dotações correspondentes em Lei Orçamentária Anual. O Projeto, que tramita em regime ordinário, sujeito à apreciação conclusiva pelas Comissões nos termos do art. 24, II, do Regimento Interno, deverá ser apreciado pelas Comissões de Agricultura, Pecuária, Abasteci- mento e Desenvolvimento Rural (mérito); de Finanças e Tributação (mérito e art. 54 do RICD) e de Constituição e Justiça e de Cidadania (art. 54 do RICD). Decorrido o prazo regimental, nesta Comissão, não foram apresentadas emendas. É o relatório. 284 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 II – Voto do Relator O Projeto de Lei nº 2.433, de 2015, ora submetido à apreciação, quanto ao mérito, desta Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, institui o Programa de Incentivo à Adoção de Tecnologias Redutoras de Risco Agroclimático, com a finalidade de fomentar a adoção, pelos produtores rurais, de tecnologias capazes de reduzir perdas de safras decorrentes de eventos climáticos adversos. Reputamos altamente meritória essa iniciativa, haja vista que fenômenos como estiagem, chuvas torren- ciais, granizo, geada, entre outros, são responsáveis por grandes perdas na produção agropecuária, acarretando prejuízos não só aos produtores rurais, mas a todo o conjunto da sociedade. Perdas de safras são eventos co- muns e inerentes à atividade agropecuária, mas estas se têm multiplicado em todo o mundo e também no Bra- sil, no atual cenário de mudanças climáticas. Nos últimos anos, severas estiagens assolaram as regiões nordeste e sudeste do Brasil, enquanto chuvas torrenciais e prolongadas causaram destruição nas regiões norte e sul. O seguro rural e o Proagro são instrumentos de política agrícola destinados à redução dos prejuízos do produtor rural e seu custo é parcial ou integralmente assumido pelo poder público. Esses instrumentos são fundamentais e continuarão a existir. Entretanto, quanto mais se investir em tecnologias redutoras de riscos agroclimáticos, melhores serão os resultados da atividade agropecuária, maior a geração de renda e empregos e menores serão os dispêndios, públicos ou privados, com a cobertura de perdas. Aliás, tramita no Senado Federal o Projeto de Lei 32, de 2014, de autoria da Senadora Lúcia Vânia, que tem objeto alterar a Lei Complementar 129, de 2009, que Instituiu a Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste – SUDECO, estabelecendo sua missão institucional, natureza jurídica, objetivos, área de atuação, para acrescentar que o Conselho Deliberativo do Desenvolvimento do Centro-Oeste, observadas as orienta- ções gerais fixadas pelo Ministério da Integração Nacional, as condições para a destinação de parcela dos re- cursos do FDCO para aplicação a fundo perdido no custeio da implantação de projetos de infraestrutura e de serviços públicos indispensáveis para a viabilidade de projetos de investimento com efeito multiplicador sobre a região e impacto direto na atividade econômica regional e, ainda, os critérios de seleção de projetos de investimento a serem beneficiados com a aplicação de recursos a fundo perdido com base na avaliação de seu impacto econômico considerando o potencial de geração de emprego e renda e a redução das desigualdades regionais e sociais. Ademais, como assinala o nobre deputado Edinho Bez, ao justificar sua iniciativa, “além de poupar recur- sos do contribuinte, o benefício da proteção da cultura contra perdas por eventos climáticos adversos é multi- plicado ao longo da cadeia, devido à maior estabilidade da produção e da renda que proporciona”. Com base no exposto, voto pela aprovação do Projeto de Lei nº 2.433, de 2015. Sala da Comissão, 2 de setembro de 2015. – Deputada Tereza Cristina, Relatora III – Parecer da Comissão A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, em reunião ordinária re- alizada hoje, aprovou unanimemente o Projeto de Lei nº 2.433/2015, nos termos do Parecer da Relatora, De- putada Tereza Cristina. Estiveram presentes os Senhores Deputados: Heuler Cruvinel e Carlos Henrique Gaguim – Vice-Presiden- tes, Abel Mesquita Jr., Adilton Sachetti, André Abdon, Assis do Couto, Bohn Gass, Celso Maldaner, César Messias, Dilceu Sperafico, Elcione Barbalho, Evair de Melo, Heitor Schuch, Hélio Leite, Jerônimo Goergen, Jony Marcos, Luis Carlos Heinze, Luiz Cláudio, Luiz Nishimori, Marcelo Castro, Nelson Meurer, Odelmo Leão, Onyx Lorenzoni, Pedro Chaves, Raimundo Gomes de Matos, Ricardo Teobaldo , Roberto Balestra, Rogério Peninha Mendonça, Ronaldo Lessa, Silas Brasileiro, Tereza Cristina, Valdir Colatto, Valmir Assunção, Zé Silva, Zeca do Pt, Aelton Freitas, Alberto Filho, Alfredo Kaefer, Carlos Melles, Diego Andrade, João Rodrigues, Lázaro Botelho, Márcio Marinho, Mário Heringer, Miguel Lombardi, Remídio Monai e Rocha. Sala da Comissão, 23 de setembro de 2015. – Deputado Carlos Henrique Gaguim, Presidente em exercício PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 107-A, DE 2015 (Do Sr. Josué Bengtson)

Susta a aplicação da Resolução nº 302, de 20 de Março de 2002, do Conselho Nacional Do Meio Ambiente – CONAMA; tendo parecer da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sus- tentável, pela rejeição (relator: DEP. SARNEY FILHO). DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E CONSTITUI- ÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (MÉRITO E ART. 54, RICD) APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 285 PUBLICAÇÃO DO PARECER DA COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

PARECER DO VENCEDOR

I – Relatório A proposição em epígrafe, em seu art. 1º, determina a sustação dos efeitos do Resolução nº 302, de 20 de Março de 2002, do Conselho Nacional Do Meio Ambiente – CONAMA, que “Dispõe sobre os parâme- tros, definições e limites de Áreas de Preservação Permanente de reservatórios artificiais e o regime de uso do entorno”. O Deputado Valdir Colatto, relator da matéria, apresentou parecer favorável à sustação da aplicação da referida Resolução, argumentando que esta teve sua razão de ser até que a matéria passasse a ser regulada pela Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012, que instituiu a Nova Lei Florestal, revogando o Código Florestal de 1965. Argumentou ainda que a citada Lei trata, em seu art. 5º, exatamente do mesmo conteúdo abordado nos arts. 3º e 4º, que são o núcleo da Resolução CONAMA cujos efeitos o presente Projeto de Decreto Legislativo pretende sustar. Vemo-nos obrigados a discordar veementemente da posição adotada pelo ilustre relator, uma vez que ela fragiliza ainda mais nossos reservatórios, abrindo espaço para possíveis reduções da cobertura vegetal de suas Áreas de Preservação Permanente. Entendemos que a Resolução nº 302, de 2002, do CONAMA permite as flexibilizações possíveis para o uso dessas áreas, não sendo conflitiva com a Lei. Como bem lembrou o nobre Deputado Ivan Valente, quando se posicionou contrariamente ao Voto do relator, a Represa da Cantareira, em São Paulo, com 70% (setenta por cento) de sua área desmatada, encontra- -se, há três anos, em volume morto. A crise hídrica que assola várias regiões do País, devendo ainda agravar-se devido aos efeitos das mu- danças climáticas, aponta para cuidados cada vez mais restritivos no que respeita à preservação ambiental, em direção completamente contrária à proposta pela proposição em exame. Entendemos que o Conselho Nacional do Meio Ambiente, devido à sua história institucional e à forma como bem representa a sociedade brasileira, deve receber cada vez mais apoio desta Casa, para que continue seu incansável trabalho de garantir à coletividade um meio ambiente sadio e equilibrado, conforme prevê nossa Constituição.

II – Voto do Relator Feitas essas considerações, somos pela REJEIÇÃO do Projeto de Decreto Legislativo nº 107, de 2015. Sala da Comissão, 16 de setembro de 2015. – Deputado Sarney Filho (PV-MA) Relator do Vencedor

III – Parecer da Comissão A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, em reunião ordinária realizada hoje, opi- nou pela rejeição do Projeto de Decreto Legislativo nº 107/2015, nos termos do Parecer Vencedor do Relator, Deputado Sarney Filho, contra os votos dos Deputados Mauro Pereira, Adilton Sachetti, Daniel Vilela, Roberto Balestra e, em separado, Valdir Colatto. O Parecer do Deputado Valdir Colatto, constitui-se voto em separado. Estiveram presentes os Senhores Deputados: Átila Lira – Presidente, Rodrigo Martins e Ricardo Izar – Vice-Presidentes, Arnaldo Jordy, Augusto Carvalho, Daniel Coelho, Edmilson Rodrigues, Eduardo Bolsonaro, Josué Bengtson, Ricardo Tripoli, Roberto Balestra, Roberto Sales, Sarney Filho, Valdir Colatto, Adilton Sachetti, Alessandro Molon, Ivan Valente e Zé Silva. Sala da Comissão, 16 de setembro de 2015. – Deputado Átila Lira, Presidente

VOTO EM SEPARADO

I – Relatório A proposição em epígrafe, em seu art. 1º, determina a sustação dos efeitos do Resolução nº 302, de 20 de Março de 2002, do Conselho Nacional Do Meio Ambiente – CONAMA, que “Dispõe sobre os parâmetros, defi- nições e limites de Áreas de Preservação Permanente de reservatórios artificiais e o regime de uso do entorno”. 286 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 O Projeto de Decreto Legislativo tramita em regime ordinário e está sujeito à apreciação do Plenário. Foi distribuído às comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Encontra-se, no momento, sob a apreciação de mérito deste Colegiado, onde, encerrado o prazo regi- mental, não recebeu emendas. É o relatório. II – Voto A Resolução nº 302, de 20 de março de 2002, do CONAMA estabelece parâmetros, definições e limites para as Áreas de Preservação Permanente (APPs) de reservatório artificial e institui a elaboração obrigatória de plano ambiental de conservação e uso do seu entorno. Tal norma teve sua razão de ser até que a matéria passasse a ser regulada pela Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012, que instituiu a Nova Lei Florestal, revogando o Código Florestal de 1965. A referida Lei trata, em seu art. 5º, exatamente do mesmo conteúdo abordado nos arts. 3º e 4º, que são o núcleo da Resolução CONAMA cujos efeitos o presente Projeto de Decreto Legislativo pretende sustar. Diz o caput do art. 5º: “Art. 5º Na implantação de reservatório d’água artificial destinado a geração de energia ou abasteci- mento público, é obrigatória a aquisição, desapropriação ou instituição de servidão administrativa pelo empreendedor das Áreas de Preservação Permanente criadas em seu entorno, conforme esta- belecido no licenciamento ambiental, observando-se a faixa mínima de 30 (trinta) metros e máxima de 100 (cem) metros em área rural, e a faixa mínima de 15 (quinze) metros e máxima de 30 (trinta) metros em área urbana.” Quanto à elaboração do plano ambiental de conservação e uso do seu entorno anteriormente prevista na Resolução CONAMA, esta também está tratada no art. 5º da Nova Lei Florestal, em seu § 1º, que diz: “§ 1º Na implantação de reservatórios d’água artificiais de que trata o caput, o empreendedor, no âmbito do licenciamento ambiental, elaborará Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno do Reservatório, em conformidade com termo de referência expedido pelo órgão competente do Sistema Nacional do Meio Ambiente – Sisnama, não podendo o uso exceder a 10% (dez por cento) do total da Área de Preservação Permanente.” Sobre o Plano, há ainda o que determina o § 2º do mesmo art. 5º da Nova Lei Florestal: “§ 2º O Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno de Reservatório Artificial, para os em- preendimentos licitados a partir da vigência desta Lei, deverá ser apresentado ao órgão ambiental concomitantemente com o Plano Básico Ambiental e aprovado até o início da operação do empre- endimento, não constituindo a sua ausência impedimento para a expedição da licença de instalação.” Entendemos que, caso haja matéria, na Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012, que ainda necessite de re- gulamentação por parte do Poder Executivo, esta deve ser objeto de nova norma, uma vez que precisaria se adequar aos ditames da Nova Lei Florestal, o que uma Resolução de 2002 obviamente não pode fazer. Feitas essas considerações, somos pela APROVAÇÃO do Projeto de Decreto Legislativo nº 107, de 2015. Sala da Comissão, 27 de agosto de 2015. – Deputado Valdir Colatto PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 179-A, DE 2015 (Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) TVR nº 817/2014 Mensagem nº 218/2014 Aviso nº 281/2014 – C. Civil

Aprova o ato que autoriza a Associação Comunitária Cultural e de Radiodifusão São José do Hortêncio a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radio- difusão comunitária no Município de São José do Hortêncio, Estado do Rio Grande do Sul; ten- do parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa (relator: DEP. SERGIO SOUZA ). DESPACHO: À COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (ART. 54 RICD) APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva (Parecer 09/90 – CCJR) Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 287 PUBLICAÇÃO DO PARECER DA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA

I – Relatório Trata-se de Projeto de Decreto Legislativo, de autoria da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunica- ção e Informática, que aprova o ato constante da Portaria nº 244, de 7 de agosto de 2013, que autoriza a Asso- ciação Comunitária Cultural e de Radiodifusão São José do Hortêncio a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no município de São José do Hortêncio, Estado do Rio Grande do Sul. De competência conclusiva das comissões, o ato normativo, emanado do Poder Executivo, foi apreciado, primeiramente, no mérito, pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, que aprovou parecer favorável, apresentando o Projeto de Decreto Legislativo em epígrafe. É o relatório. II – Voto do Relator Conforme determina o Regimento Interno da Câmara dos Deputados (art. 32, IV, a), cumpre que esta Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania se pronuncie exclusivamente acerca da constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa do Projeto de Decreto Legislativo nº 179, de 2015. A proposição em foco, elaborada pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática limita-se a formalizar a ratificação, pela Câmara, de ato de autorização de concessão resultante da análise técnica realizada pelo Ministério das Comunicações. Nesse sentido, atende aos requisitos constitucionais formais relativos à com- petência legislativa da União e às atribuições do Congresso Nacional, nos termos do art. 223 da nossa Lei Maior. A matéria é de competência exclusiva do Congresso Nacional, sendo o Projeto de Decreto Legislativo o instrumento adequado, conforme preceitua o art. 109 do Regimento Interno. Obedecidos os requisitos constitucionais formais, podemos constatar que o projeto em exame não con- traria preceitos ou princípios da Constituição em vigor, nada havendo, pois, a objetar no tocante à sua consti- tucionalidade material. A técnica legislativa e a redação empregadas parecem adequadas, conformando-se perfeitamente às normas estabelecidas pela Lei Complementar no 95, de 1998, alterada pela Lei Complementar no 107, de 2001. Isto posto, nada mais havendo que possa obstar sua tramitação nesta Casa, nosso voto é no sentido da constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do Projeto de Decreto Legislativo nº 179, de 2015. Sala da Comissão, de de 2015. – Deputado Sergio Souza, Relator III – Parecer da Comissão A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, em reunião ordinária realizada hoje, opinou pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa do Projeto de Decreto Legislativo nº 179/2015, nos termos do Parecer do Relator, Deputado Sergio Souza. Absteve-se de votar o Deputado Esperidião Amin. Estiveram presentes os Senhores Deputados: Arthur Lira – Presidente, Aguinaldo Ribeiro, Osmar Serra- glio e Veneziano Vital do Rêgo – Vice-Presidentes, Alceu Moreira, Altineu Côrtes, André Fufuca, Andre Moura, Arnaldo Faria de Sá, Bacelar, Betinho Gomes, Bonifácio de Andrada, Bruno Covas, Capitão Augusto, Chico Alen- car, Covatti Filho, Cristiane Brasil, Danilo Forte, Diego Garcia, Esperidião Amin, Evandro Gussi, Fausto Pinato, Felipe Maia, Francisco Floriano, Giovani Cherini, Jhc, João Campos, José Fogaça, Júlio Delgado, Juscelino Fi- lho, Jutahy Junior, Luiz Couto, Marcos Rogério, Maria do Rosário, Paes Landim, Pastor Eurico, Paulo Magalhães, Paulo Maluf, Paulo Teixeira, Pedro Cunha Lima, Ronaldo Fonseca, Rubens Pereira Júnior, Sergio Souza, Tadeu Alencar, Valmir Prascidelli, Wadih Damous, Daniel Almeida, Delegado Éder Mauro, Erika Kokay, Félix Mendon- ça Júnior, Gonzaga Patriota, Hildo Rocha, Jerônimo Goergen, Lincoln Portela, Mário Negromonte Jr., Odelmo Leão, Odorico Monteiro, Professor Victório Galli, Reginaldo Lopes, Ricardo Barros, Ricardo Tripoli, Sandro Alex, Silas Câmara e Valtenir Pereira. Sala da Comissão, 22 de setembro de 2015. – Deputado Arthur Lira, Presidente PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 182-A, DE 2015 (Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) TVR nº 921/2014 Mensagem nº 254/2014 Aviso nº 349/2014 – C. Civil

Aprova o ato que autoriza a Associação Cultural, Social, Ambiental e Comunitária de Iporã do Oeste a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifu- 288 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 são comunitária no Município de Iporã do Oeste, Estado de Santa Catarina; tendo parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa (relator: DEP. SERGIO SOUZA ). DESPACHO: À COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (ART. 54 RICD) APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva (Parecer 09/90 – CCJR)

PUBLICAÇÃO DO PARECER DA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA

I – Relatório Trata-se de Projeto de Decreto Legislativo, de autoria da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunica- ção e Informática, que aprova o ato constante da Portaria nº 323, de 25 de novembro de 2013, que autoriza a Associação Cultural, Social, Ambiental e Comunitária de Iporã do Oeste, a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no município de Iporã do Oeste, Estado de Santa Catarina. De competência conclusiva das comissões, o ato normativo, emanado do Poder Executivo, foi apreciado, primeiramente, no mérito, pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, que aprovou parecer favorável, apresentando o Projeto de Decreto Legislativo em epígrafe. É o relatório.

II – Voto do Relator Conforme determina o Regimento Interno da Câmara dos Deputados (art. 32, IV, a), cumpre que esta Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania se pronuncie exclusivamente acerca da constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa do Projeto de Decreto Legislativo nº 182, de 2015. A proposição em foco, elaborada pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática limita-se a formalizar a ratificação, pela Câmara, de ato de autorização de concessão resultante da análise téc- nica realizada pelo Ministério das Comunicações. Nesse sentido, atende aos requisitos constitucionais formais relativos à competência legislativa da União e às atribuições do Congresso Nacional, nos termos do art. 223 da nossa Lei Maior. A matéria é de competência exclusiva do Congresso Nacional, sendo o Projeto de Decreto Legislativo o instrumento adequado, conforme preceitua o art. 109 do Regimento Interno. Obedecidos os requisitos constitucionais formais, podemos constatar que o projeto em exame não con- traria preceitos ou princípios da Constituição em vigor, nada havendo, pois, a objetar no tocante à sua consti- tucionalidade material. A técnica legislativa e a redação empregadas parecem adequadas, conformando-se perfeitamente às normas estabelecidas pela Lei Complementar no 95, de 1998, alterada pela Lei Complementar no 107, de 2001. Isto posto, nada mais havendo que possa obstar sua tramitação nesta Casa, nosso voto é no sentido da constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do Projeto de Decreto Legislativo nº 182, de 2015. Sala da Comissão, de de 2015. – Deputado Sergio Souza, Relator

III – Parecer da Comissão A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, em reunião ordinária realizada hoje, opinou pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa do Projeto de Decreto Legislativo nº 182/2015, nos termos do Parecer do Relator, Deputado Sergio Souza. Absteve-se de votar o Deputado Esperidião Amin. Estiveram presentes os Senhores Deputados: Arthur Lira – Presidente, Aguinaldo Ribeiro, Osmar Serra- glio e Veneziano Vital do Rêgo – Vice-Presidentes, Alceu Moreira, Altineu Côrtes, André Fufuca, Andre Moura, Arnaldo Faria de Sá, Bacelar, Betinho Gomes, Bonifácio de Andrada, Bruno Covas, Capitão Augusto, Chico Alen- car, Covatti Filho, Cristiane Brasil, Danilo Forte, Diego Garcia, Esperidião Amin, Evandro Gussi, Fausto Pinato, Felipe Maia, Francisco Floriano, Giovani Cherini, Jhc, João Campos, José Fogaça, Júlio Delgado, Juscelino Fi- lho, Jutahy Junior, Luiz Couto, Marcos Rogério, Maria do Rosário, Paes Landim, Pastor Eurico, Paulo Magalhães, Paulo Maluf, Paulo Teixeira, Pedro Cunha Lima, Ronaldo Fonseca, Rubens Pereira Júnior, Sergio Souza, Tadeu Alencar, Valmir Prascidelli, Wadih Damous, Daniel Almeida, Delegado Éder Mauro, Erika Kokay, Félix Mendon- ça Júnior, Gonzaga Patriota, Hildo Rocha, Jerônimo Goergen, Lincoln Portela, Mário Negromonte Jr., Odelmo Leão, Odorico Monteiro, Professor Victório Galli, Reginaldo Lopes, Ricardo Barros, Ricardo Tripoli, Sandro Alex, Silas Câmara e Valtenir Pereira. Sala da Comissão, 22 de setembro de 2015. – Deputado Arthur Lira, Presidente Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 289 SEÇÃO II

ATOS DO PRESIDENTE O PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 1º, in- ciso I, alínea “a”, do Ato da Mesa nº 205, de 28 de junho de 1990, resolve: DECLARAR VAGA, de acordo com o artigo 33, inciso IX, da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, em virtude do falecimento do servidor RUBENS ANTONIO MARQUES DE CASTILHO, ponto nº 4290, a função comissionada de Assessor Técnico, FC-3, da Secretaria-Geral da Mesa, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, a partir de 12 de setembro de 2015. O PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 1º, in- ciso I, alínea “a”, do Ato da Mesa nº 205, de 28 de junho de 1990, resolve: DISPENSAR, de acordo com o artigo 35, inciso I, da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, ALEX- ANDRE ROBERTO RAMOS DA SILVA, ponto nº 5491, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição Agente de Polícia Legislativa, Classe Especial, Padrão 10, da função comissionada de Chefe da Seção de Controle e Cadastramento de Veículos, FC-1, da Coordenação de Apoio Logístico, do Departamento de Polícia Legislativa, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, a partir de 22 de se- tembro de 2015. DISPENSAR, de acordo com o artigo 35, inciso I, da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, ANAMELIA LIMA ROCHA MOREIRA FERNANDES, ponto nº 4922, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição Adjunto Parlamentar – Secretaria, Classe Especial, Padrão 10, da função comissionada de Assistente de Gabinete, FC-1, do Gabinete do Líder do Partido Republicano da Ordem Social, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, a partir de 17 de setembro de 2015. DISPENSAR, de acordo com o artigo 35, inciso I, da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, BRUNA BARBOSA DE LIMA, ponto nº 7620, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribui- ção Arquiteto, Classe A, Padrão 04, da função comissionada de Chefe da Seção de Patrimônio Edificado, FC-1, da Coordenação de Projetos de Arquitetura, do Departamento Técnico, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, a partir de 22 de setembro de 2015. DISPENSAR, de acordo com o artigo 35, inciso I, da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, CATHA- RINA TAVARES MAFRA, ponto nº 7663, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Técnica Legislativa, Classe A, Padrão 03, da função comissionada de Chefe do Núcleo de Gestão de Proposição, FC-3, da Coordenação de Comissões Permanentes, do Departamento de Comissões, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, a partir de 16 de setembro de 2015. DISPENSAR, de acordo com o artigo 35, inciso I, da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, GILBER- TO GONÇALVES SANTOS, ponto nº 7935, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição Agente de Polícia Legislativa, Classe A, Padrão 01, da função comissionada de Chefe da Seção de Policiamento dos Anexos II e III, FC-1, da Coordenação de Segurança Orgânica, do Departamento de Polícia Legislativa, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, a partir de 21 de setembro de 2015. DISPENSAR, de acordo com o artigo 35, inciso I, da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, GUILHERME CURI, ponto nº 6088, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição Agente de Polícia Legislativa, Classe Especial, Padrão 10, da função comissionada de Chefe da Seção de Identificação Funcional, FC-1, da Coordenação de Apoio Logístico, do Departamento de Polícia Legislativa, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, a partir de 22 de setembro de 2015. DISPENSAR, de acordo com o artigo 35, inciso I, da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, JULIANA CARLA DE FREITAS, ponto nº 5576, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atri- buição Assistente Administrativo, Classe Especial, Padrão 10, da função comissionada de Chefe de Gabinete do Líder do Partido Republicano da Ordem Social, FC-4, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, a partir de 14 de setembro de 2015. DISPENSAR, de acordo com o artigo 35, inciso I, da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, LUCIO HENRIQUE XAVIER LOPES, ponto nº 4246, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição Operador de Máquinas, Classe Especial, Padrão 10, da função comissionada de Chefe da Assessoria Técnica, FC-4, da Diretoria-Geral, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, a partir de 14 de setembro de 2015. DISPENSAR, de acordo com o artigo 35, inciso I, da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, PEDRO AUGUSTO BATISTA FURTADO, ponto nº 7753, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legisla- 290 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 tivo – atribuição Técnica Legislativa, Classe A, Padrão 03, da função comissionada de Chefe do Serviço de Ad- ministração e Eventos, FC-2, do Departamento de Comissões, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, a partir de 16 de setembro de 2015. DISPENSAR, de acordo com o artigo 35, inciso I, da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, THAÍSA RAQUEL LAMOUNIER SOUZA, ponto nº 7883, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legisla- tivo – atribuição Técnica Legislativa, Classe A, Padrão 02, da função comissionada de Assistente de Gabinete, FC-1, do Gabinete do Líder do Partido Humanista da Solidariedade, do Quadro de Pessoal da Câmara dos De- putados, a partir de 23 de setembro de 2015. O PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 1º, in- ciso I, alínea “a”, do Ato da Mesa nº 205, de 28 de junho de 1990, e o artigo 6º da Lei nº 8.112, de 11 de dezem- bro de 1990, resolve: DESIGNAR, na forma do artigo 13 da Resolução nº 21, de 4 de novembro de 1992, ADILSON FERREIRA PAZ, ponto nº 7446, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição Agente de Polícia Legislativa, Classe A, Padrão 04, para exercer, a partir de 21 de setembro de 2015, a função comissio- nada de Chefe da Seção de Policiamento dos Anexos II e III, FC-1, da Coordenação de Segurança Orgânica, do Departamento de Polícia Legislativa, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. DESIGNAR, na forma do artigo 13 da Resolução nº 21, de 4 de novembro de 1992, ALEXANDRE RO- BERTO RAMOS DA SILVA, ponto nº 5491, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição Agente de Polícia Legislativa, Classe Especial, Padrão 10, para exercer, a partir de 22 de setembro de 2015, a função comissionada de Chefe da Seção de Identificação Funcional, FC-1, da Coordenação de Apoio Logístico, do Departamento de Polícia Legislativa, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. DESIGNAR, na forma do artigo 13 da Resolução nº 21, de 4 de novembro de 1992, ANAMELIA LIMA ROCHA MOREIRA FERNANDES, ponto nº 4922, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legis- lativo – atribuição Adjunto Parlamentar – Secretaria, Classe Especial, Padrão 10, para exercer, a partir de 17 de setembro de 2015, a função comissionada de Chefe de Gabinete do Líder do Partido Republicano da Ordem Social, FC-4, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. DESIGNAR, na forma do artigo 13 da Resolução nº 21, de 4 de novembro de 1992, CATHARINA TA- VARES MAFRA, ponto nº 7663, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atri- buição Técnica Legislativa, Classe A, Padrão 03, para exercer, a partir de 16 de setembro de 2015, a função comissionada de Assessor Técnico, FC-3, da Secretaria-Geral da Mesa, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. DESIGNAR, na forma do artigo 13 da Resolução nº 21, de 4 de novembro de 1992, FÁBIO CHAMON MELO, ponto nº 7619, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Arquite- to, Classe A, Padrão 04, para exercer, a partir de 22 de setembro de 2015, a função comissionada de Chefe da Seção de Patrimônio Edificado, FC-1, da Coordenação de Projetos de Arquitetura, do Departamento Técnico, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. DESIGNAR, na forma do artigo 13 da Resolução nº 21, de 4 de novembro de 1992, GUILHERME CURI, ponto nº 6088, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição Agente de Polícia Legislativa, Classe Especial, Padrão 10, para exercer, a partir de 22 de setembro de 2015, a função comissiona- da de Chefe da Seção de Controle e Cadastramento de Veículos, FC-1, da Coordenação de Apoio Logístico, do Departamento de Polícia Legislativa, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. DESIGNAR, na forma do artigo 13 da Resolução nº 21, de 4 de novembro de 1992, GUILHERME TOSHIO NANTES NAGAYA, ponto nº 7696, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribui- ção Técnica Legislativa, Classe A, Padrão 03, para exercer, a partir de 21 de setembro de 2015, a função comis- sionada de Chefe da Seção de Elaboração da Ordem do Dia, FC-1, da Coordenação de Apoio ao Plenário, da Secretaria-Geral da Mesa, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. DESIGNAR, na forma do artigo 13 da Resolução nº 21, de 4 de novembro de 1992, JULIANA CARLA DE FREITAS, ponto nº 5576, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição Assistente Administrativo, Classe Especial, Padrão 10, para exercer, a partir de 14 de setembro de 2015, a função comissionada de Chefe da Assessoria Técnica, FC-4, da Diretoria-Geral, do Quadro de Pessoal da Câ- mara dos Deputados. DESIGNAR, na forma do artigo 13 da Resolução nº 21, de 4 de novembro de 1992, PEDRO AUGUSTO BATISTA FURTADO, ponto nº 7753, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atri- buição Técnica Legislativa, Classe A, Padrão 03, para exercer, a partir de 16 de setembro de 2015, a função co- Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 291 missionada de Chefe do Núcleo de Gestão de Proposição, FC-3, da Coordenação de Comissões Permanentes, do Departamento de Comissões, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. DESIGNAR, na forma do artigo 13 da Resolução nº 21, de 4 de novembro de 1992, PIO WAGNER DE OLIVEIRA, ponto nº 5264, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição Op- erador de Audiovisual, Classe Especial, Padrão 10, para exercer, a partir de 22 de setembro de 2015, a função comissionada de Assistente de Gabinete, FC-1, do Gabinete do Líder do Partido Republicano da Ordem Social, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. DESIGNAR, na forma do artigo 13 da Resolução nº 21, de 4 de novembro de 1992, THAÍSA RAQUEL LAMOUNIER SOUZA, ponto nº 7883, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atri- buição Técnica Legislativa, Classe A, Padrão 02, para exercer, a partir de 23 de setembro de 2015, a função co- missionada de Assistente de Gabinete, FC-1, do Gabinete do Líder do Partido Republicano da Ordem Social, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. O PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 1º, in- ciso I, alínea “a”, do Ato da Mesa nº 205, de 28 de junho de 1990, resolve: DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, ALEXANDRE NASCI- MENTO PORTO, ponto nº 6866, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Técnico em Comunicação Social – Rádio, Classe Especial, Padrão 10, 1º substituto do Chefe da Seção de Fe- chamento da Agência Câmara – 1ª edição, FC-1, da Coordenação de Jornalismo, do Departamento de Mídias Integradas, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus impedimentos eventuais, a partir de 21 de setembro de 2015. DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, ALEXANDRE NASCI- MENTO PORTO, ponto nº 6866, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Técnico em Comunicação Social – Rádio, Classe Especial, Padrão 10, 2º substituto do Chefe da Seção de Fe- chamento da Agência Câmara – 2ª edição, FC-1, da Coordenação de Jornalismo, do Departamento de Mídias Integradas, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus impedimentos eventuais, a partir de 21 de setembro de 2015. DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, ANTONIO SABINO DE VASCONCELOS NETO, ponto nº 2562, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atri- buição Agente de Serviços Legislativos – Serviços de Atendimento, Classe Especial, Padrão 10, substituto do Chefe de Gabinete do Líder do Partido dos Trabalhadores, FC-4, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputa- dos, no período de 09 a 13 de setembro de 2015. DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, BRUNO CAMPELO LOPES DOS SANTOS, ponto nº 7509, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Analista de Informática Legislativa, Classe B, Padrão 05, 1º substituto do Diretor do Centro de Informática, FC-4, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus impedimentos eventuais, a partir de 22 de setem- bro de 2015. DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, BRUNO COSME DA SILVA FALCÃO, ponto nº 7877, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Técnica Legislativa, Classe A, Padrão 02, 1º substituto do Secretário-Executivo do Programa de Assistência e Educação Pré-Escolar, FC-1, da Coordenação de Recursos Humanos, do Departamento de Pessoal, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus impedimentos eventuais, a partir de 20 de julho de 2015. DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, CLAUDIA REGINA VE- RAS VIRIATO BALDAIA, ponto nº 5322, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição Assistente Administrativo, Classe Especial, Padrão 10, substituta do Titular de Comissão Permanente de Disciplina, FC-3, da Diretoria-Geral, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, no período de 17 de setembro a 25 de outubro de 2015. DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, CLÁUDIA REGINA VIEIRA LIMA, ponto nº 5767, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição Assistente Administrativo, Classe Especial, Padrão 10, 2ª substituta do Chefe de Gabinete do Líder do Partido Republicano da Ordem Social, FC-4, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus impedimentos eventuais, a partir de 17 de setembro de 2015. DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, CRISTIANA DE ARAU- JO E BORGES, ponto nº 7665, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Técnica Legislativa, Classe A, Padrão 03, 1ª substituta do Chefe da Seção de Fomento à Cidadania, FC-1, do Lab- 292 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 oratório Ráquer, da Diretoria-Geral, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus impedimentos eventuais, a partir de 21 de setembro de 2015. DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, DANIEL SHIM DE SOU- SA ESASHIKA, ponto nº 7394, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição Assistente Administrativo, Classe A, Padrão 04, 2º substituto do Diretor do Laboratório Ráquer, FC-3, da Dire- toria-Geral, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus impedimentos eventuais, a partir de 21 de setembro de 2015. DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, DIEGO CAVALCANTI CUNHA, ponto nº 7671, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Técnica Legislativa, Classe A, Padrão 03, 1º substituto do Chefe da Seção de Gestão do Portal e-Democracia, FC-1, do Laboratório Ráquer, da Diretoria-Geral, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus impedimen- tos eventuais, a partir de 21 de setembro de 2015. DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, ELI MARIA VIEIRA, ponto nº 3199, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Técnica Legislativa, Clas- se Especial, Padrão 10, 2ª substituta do Chefe da Seção de Atendimento e Informação, FC-1, da Coordenação de Inativos e Pensionistas, do Departamento de Pessoal, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus impedimentos eventuais, a partir de 03 de setembro de 2015. DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, FABIANA MIRCIA SIL- VA AMARAL, ponto nº 7270, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição Assistente Administrativo, Classe B, Padrão 05, substituta do Chefe de Gabinete do Líder do Partido da Social Democracia Brasileira, FC-4, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, no período de 20 de julho a 02 de agosto de 2015. DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, FRANCILENE FER- REIRA DE ARAUJO, ponto nº 7823, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Técnica Legislativa, Classe A, Padrão 02, 2ª substituta do Secretário-Executivo do Programa de Assistência e Educação Pré-Escolar, FC-1, da Coordenação de Recursos Humanos, do Departamento de Pessoal, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus impedimentos eventuais, a partir de 20 de julho de 2015. DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, GRAZIELA PONTES VE- LOSO, ponto nº 6764, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Técnica Legislativa, Classe Especial, Padrão 10, substituta do Secretário-Executivo de Comissão, FC-3, da Secretaria da Comissão de Viação e Transportes, da Coordenação de Comissões Permanentes, do Departamento de Comissões, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, no período de 10 a 13 de setembro de 2015. DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, GUSTAVO WARZOCHA FERNANDES CRUVINEL, ponto nº 7496, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Analista de Informática Legislativa, Classe B, Padrão 05, 1º substituto do Coordenador, FC-3, do Centro de Informática, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus impedimentos eventuais, a partir de 22 de setembro de 2015. DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, JOSÉ ANTÔNIO FER- REIRA FILHO, ponto nº 6464, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Analista de Informática Legislativa, Classe Especial, Padrão 10, 2º substituto do Coordenador, FC-3, do Centro de Informática, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus impedimentos eventuais, a partir de 22 de setembro de 2015. DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, LUCIANA CESAR COR- DEIRO COUTO, ponto nº 6295, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Técnico em Comunicação Social – Televisão, Classe Especial, Padrão 10, 2ª substituta do Diretor da Coordenação de Programas e Documentários, FC-3, do Departamento de Mídias Integradas, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus impedimentos eventuais, a partir de 21 de setembro de 2015. DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, LUCIANA DE SOUZA RIBEIRO, ponto nº 7554, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição Assis- tente Administrativo, Classe A, Padrão 03, 2ª substituta do Chefe da Seção de Gestão do Portal e-Democracia, FC-1, do Laboratório Ráquer, da Diretoria-Geral, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus im- pedimentos eventuais, a partir de 21 de setembro de 2015. DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, MARCELO DOS REIS OLIVEIRA, ponto nº 7088, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 293 Técnico em Comunicação Social – Imprensa Escrita, Classe B, Padrão 06, 2º substituto do Chefe do Serviço de Edição – Agência Câmara, FC-2, da Coordenação de Jornalismo, do Departamento de Mídias Integradas, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus impedimentos eventuais, a partir de 21 de se- tembro de 2015. DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, MARCELO DOS REIS OL- IVEIRA, ponto nº 7088, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Técnico em Comunicação Social – Imprensa Escrita, Classe B, Padrão 06, 1º substituto do Chefe do Serviço de Pauta, FC-2, da Coordenação de Jornalismo, do Departamento de Mídias Integradas, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus impedimentos eventuais, a partir de 15 de setembro de 2015. DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, MARCIO COUTINHO VARGAS, ponto nº 4968, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição Ad- junto Parlamentar – Secretaria, Classe Especial, Padrão 10, substituto do Secretário-Executivo de Comissão, FC-3, da Secretaria da Comissão de Viação e Transportes, da Coordenação de Comissões Permanentes, do Departamento de Comissões, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, no período de 19 a 23 de agosto de 2015. DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, MARCOS ADRIANO ROSSI DE OLIVEIRA, ponto nº 6891, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atri- buição Técnico em Comunicação Social – Imprensa Escrita, Classe Especial, Padrão 10, substituto do Chefe da Seção de Fechamento da Agência Câmara – 1ª edição, FC-1, da Coordenação de Jornalismo, do Depar- tamento de Mídias Integradas, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, no período de 08 a 10 de setembro de 2015. DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, MARIANGELA BARBOSA LOPES OLIVEIRA, ponto nº 7286, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribui- ção Técnico em Documentação e Informação Legislativa, Classe B, Padrão 05, substituta do Chefe da Seção de Biblioteca Digital, FC-1, da Coordenação de Biblioteca, do Centro de Documentação e Informação, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, no período de 21 a 28 de setembro de 2015. DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, MARILENE MENDES SOW, ponto nº 6455, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Técnico em Documentação e Informação Legislativa, Classe Especial, Padrão 10, 1ª substituta do Chefe do Serviço de Publicação no Diário da Câmara dos Deputados, FC-2, da Coordenação de Apoio ao Plenário, da Secretaria-Ger- al da Mesa, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus impedimentos eventuais, a partir de 18 de setembro de 2015. DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, MÔNICA THATY SOARES DA SILVA NUNES, ponto nº 6307, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Técnico em Comunicação Social – Rádio, Classe Especial, Padrão 10, 1ª substituta do Diretor da Coordenação de Programas e Documentários, FC-3, do Departamento de Mídias Integradas, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus impedimentos eventuais, a partir de 21 de setembro de 2015. DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, PEDRO GUERRA BRANDÃO, ponto nº 7726, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Técnica Legislati- va, Classe A, Padrão 03, 1º substituto do Chefe da Seção de Acompanhamento de Redes Sociais, FC-1, do Lab- oratório Ráquer, da Diretoria-Geral, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus impedimentos eventuais, a partir de 21 de setembro de 2015. DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, RACHEL LIBRELON DE FARIA, ponto nº 7195, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Técnico em Comunicação Social – Imprensa Escrita, Classe B, Padrão 06, 2ª substituta do Chefe da Seção de Fechamento da Agência Câmara – 1ª edição, FC-1, da Coordenação de Jornalismo, do Departamento de Mídias Integradas, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus impedimentos eventuais, a partir de 21 de setem- bro de 2015. DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, REGINA CELI ALVES DE ASSUMPÇÃO PALMAR, ponto nº 6293, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legis- lativo – atribuição Técnico em Comunicação Social – Rádio, Classe Especial, Padrão 10, 2ª substituta do Chefe do Serviço de Pauta, FC-2, da Coordenação de Jornalismo, do Departamento de Mídias Integradas, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus impedimentos eventuais, a partir de 15 de se- tembro de 2015. 294 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015 DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, ROGERIO SCHEIDE- MANTEL, ponto nº 6606, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Técnica Legislativa, Classe Especial, Padrão 10, 1º substituto do Diretor do Laboratório Ráquer, FC-3, da Diretoria-Geral, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus impedimentos eventuais, a partir de 21 de setem- bro de 2015. DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, SANDRA LUCIA DE ASSIS CRESPO, ponto nº 6940, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Técnica Legislativa, Classe Especial, Padrão 10, 1ª substituta do Chefe da Seção de Fechamento da Agência Câmara – 2ª edição, FC-1, da Coordenação de Jornalismo, do Departamento de Mídias Integradas, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus impedimentos eventuais, a partir de 21 de setembro de 2015. DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, THIAGO LOPES CAR- NEIRO, ponto nº 7058, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Recursos Humanos, Classe B, Padrão 06, 2º substituto do Chefe da Seção de Acompanhamento de Redes Sociais, FC-1, do Laboratório Ráquer, da Diretoria-Geral, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus impedi- mentos eventuais, a partir de 21 de setembro de 2015. DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, THIAGO LOPES CAR- NEIRO, ponto nº 7058, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Recursos Humanos, Classe B, Padrão 06, 2º substituto do Chefe da Seção de Fomento à Cidadania, FC-1, do Laboratório Ráquer, da Diretoria-Geral, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus impedimentos eventuais, a partir de 21 de setembro de 2015. DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, TIAGO MOTA AVELAR ALMEIDA, ponto nº 8013, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Con- sultoria, Classe A, Padrão 01, 2º substituto do Diretor da Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira, FC-4 , do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus impedimentos eventuais, a partir de 22 de setembro de 2015. CÂMARA DOS DEPUTADOS, 24 de setembro de 2015. – Eduardo Cunha, Presidente Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 295

                                                                  

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  298 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015

                                                                                                    Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 299

                                                                                                         300 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015

                                                                                                                   Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 301

                                                                                                                  302 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015

                                                                                                             Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 303

  

               

   

            

   

   

                     

   

                                

                              304 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015

   

   

   

   

                   

   

                    

        

              

                                      

        Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 305

                

        

   

   

         

                    

   

        

          

   

  

                                       306 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015

 

                                                                                           

   

  

                                  Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 307

  

  

                   

        

   

     

                                    

                  

            

   

     308 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015

                                         

              

     

       

                                  

                         Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 309

  

                                                                          

       

                                       

    310 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015

    

          

                        

  

   

     

                            

             

   

   

        

 

           

  Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 311

       

      

   

                                     

             

   

   

   

   

   

                                       312 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015

            

     

   

        

         

   

         

            

                                                        

        Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 313

  

                         

     

         

   

                       

       

              

                     

                    314 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015

   

  

                 

                                    

   

                       

              

  

                

     

         Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 315

                     

      

  

              

      

                                                 

                316 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015

  

         

                          

           

   

            

           

   

                    

               Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 317

   

   

   

       

        

                                

               

         

   

          

   

   

   

         

   

   

         318 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015

                                           

                          

         

                                                    Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 319

                               

   

                                

   

                   

       

                     

   

           320 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015

 

            

       

  

                    

                                

   

   

   

                                      Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 321

  

                                    

   

            

                                 

   

                                322 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015

                           

                                                                            

                 

         

              Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 323

         

   

                                                                                                              

      324 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015

  

     

        

                                 

                            

                     

         

   

            Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 325

     

                      

   

     

                                

          

                                326 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015

          

                            

                                    

                                                  Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 327

 

        

   

                                                                                   

                            328 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015

                    

  

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   

          

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    Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 329

                                

                             

                                                            330 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015

   

                                 

   

   

   

            

   

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                         

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       

               

             

                     

              

  332 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015

               

         

   

                                            

                                

            Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 333

                                            

          

                                                 .           

    334 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015

                                            

                                                                      

 Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 335

 

     

     

                                       

      

          

                                   

                  336 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015

                               

                                                

        

                    

       

            Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 337

                                                             

                                       

                         338 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015

                                   

                          

                                           ..                  Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 339

   

               

  

                                                           

                              

        340 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015

         

            

           

                                                                                           Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 341

   

   

                     

                 

  

                                                                   342 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015

                   

                  

                

                                                                    Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 343

                                                                        

  

   

         

                     

          344 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015

  

      

                           

                  

                                 

           

                    Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 345

             

    

                                                        

       

   

                                   346 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015

  

   

                          

   

                     

   

                          

                          Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 347

                               

                   

                                                                      348 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015

                 

         

    

    

             

   

                      

                                      

   

        Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 349

   

      

   

   

                 

   

                  

                                                           350 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015

        

                                                                                                                 Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 351

                     

   

   

   

                    

                                                              352 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015

               

                                      

   

                                                            Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 353

                            

   

                                                                                                 354 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015

 

      

                                                        

                                  

                            Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 355

                                      

          

                                                                              356 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015

 

              

                                   

                                   

     

            

              

          Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 357

  

             

                                   

                       

             .                

   

    358 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015

  

      

                                             

                                    

                                Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 359

          

                       

                     

                     

        

                  

     

              360 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015

 

     

                                                    

                

    

     

     

      

                 

     Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 361

  

                                           

                                                  

       

          362 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015

 

                                                                                                   

                   

    Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 363

                   

     

                                           

                                                    364 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015

                                                           

   

  

        

  

                                          

  Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 365

      

   

  

                    

                              

                   

                                366 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015

  

                                              

                                                      Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 367

                  

     

            

                                                                368 Sexta-feira 25 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Setembro de 2015

                          

  

                                                                                    Setembro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 25 369

  

                          

                                              

 



 

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 Edição de hoje: 370 páginas (O.S. 10010/2016)

Secretaria de Editoração e Publicações _ SEGRAF