Teoria Da Mediunidade -.:: Biblioteca Virtual Espírita
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Zalmino Zimmermann TEORIA DA MEDIUNIDADE Inclui: Bibliografia e apêndice ISBN 978-85-7800-041-7 I. Mediunidade. 2. Espiritismo. I. Título. II 4166 CDD: 133.93 CDU: 133.7 I - edição - novembro/2011 - 4 mil exemplares SUMÁRIO Primeiras palavras Capítulo I — Introdução Capítulo II — O mediunismo na história Capítulo III — Mediunidade — Conceito — Tipos As aptidões mediúnicas A Classificação de Kardec Sensitividade e Mediunidade Mediunidade, hoje Capítulo IV — Transe — Transe mediúnico Capítulo V — Intuição Intuição e telepatia Capítulo VI — Vidência Vidência Ativa Vidência Passiva Vidência Externa (ou Objetiva) Vidência interna (ou Subjetiva) Vidência Ordinária Vidência Autoscópica Vidência Aloscópica ou Heteroscópica Vidência Psicoscópica Vidência Psicométrica Vidência Psicométrica Retrocognitiva Vidência Psicométrica Investigativa Vidência Psicométrica Precognitiva Retrovidência Televidência Transvidência Clarividência Clarividência Ordinária Clarividência Superior (ou Supervidência) Observações Capítulo VII — Audiência Audiência Ordinária Audiência Xenoglóssica Audiência Psicométrica Teleaudiência Clariaudiência Capítulo VIII — Psicofonia Mediunização Psicofônica Capítulo IX — Psicografia O Processo Psicográfíco Capítulo XI — Psicomúsica Capítulo XII — Desdobramento Capítulo XIII — Aspectos Neurofisiológicos do Processo Mediúnico Capítulo XIV — Ectoplasmia Capítulo XV — Tiptologia Capítulo XVI — Sematologia Capítulo XVII — Cinetologia Capítulo XVIII — Escrita indireta Capítulo XIX — Pneumatografia Pneumatografia Espontânea Pneumatografia Provocada Pneumatografia Ordinária Pneumatografia Xenoglóssica ou Pneumaxenografia O Processo Pneumatográfico Capítulo XX — Pneumapictura Capítulo XXI — Pneumatofonia Capítulo XXII — Transcomunicação instrumental Capítulo XXIII — Fotografia transcendente Capítulo XXIV — Escrita fotográfica Capítulo XXV — Dermografia — Dermopictura Capítulo XXVI — Transfiguração Capítulo XXVII — Terapia Ectoplásmica Psicocirurgia Cirurgia Espiritual Direta Passe Fluidifícação de Água e de Objetos Auxílio Vibratório em Grupo Capítulo XXVIII — Materialização Capítulo XXIX — Moldagens Capítulo XXX — Deformação de objetos Capítulo XXXI — Desmaterialização — Rematerialização Capítulo XXXII — Transporte Capítulo XXXIII — Endoporte — Exoporte Capítulo XXXIV — Levitação Capítulo XXXV — Deslocamento de móveis e outros objetos Capítulo XXXVI — Efeitos luminosos Capítulo XXXVII — Efeitos odorantes Capítulo XXXVIII — Efeitos sonoros Capítulo XXXIX — Efeitos magnéticos Capítulo XL — Fenômenos térmicos Capítulo XLI — Efeitos químicos Capítulo XLIII — Incombustibilidade Capítulo XLIV — Pirogenia Capítulo XLV — Fenômenos eletroeletrônicos Capítulo XLVI — Efeitos atmosféricos Capítulo XLVII — Eventos aleatórios Capítulo XLVIII — Radiestesia Capítulo XLIX — Poltergeist Segunda Parte Capítulo I — Desenvolvimento Mediúnico Sistemas de desenvolvimento Capítulo II — No Serviço Mediúnico Os grupos mediúnicos O dirigente O dialogador O médium Os assistentes Os auxiliares passistas Modalidades de atendimento Reuniões de desobsessão Eclosões mediúnicas precoces Mediunidade e gestação Evocações A administração de passes Preparação Momento inicial Modo de operação Deveres e cuidados Capítulo III — Ocorrências Negativas Mistificação Fraude Obsessão Técnicas de obsessão Persuasão Influenciação telepática Hipnotismo Soldadura perispirítica Infecção fluídica Manipulações ectoplásmicas Provocação de reflexos anímicos Provocação de efeitos sensitivos particulares Tipos de obsessão Obsessão ordinária Fascinação Subjugação Considerações Finais Obras Citadas Índice Remissivo Médiuns Citados Índice Onomástico Índice de Ilustrações PRIMEIRAS PALAVRAS A mediunidade é um atributo do ser humano, que começou a ser mais bem conhecido com o trabalho pioneiro de Allan KARDEC, que não só construiu a primeira classificação dos tipos de médium, como, lançando as bases teóricas da mediunidade, estabeleceu também valiosas diretrizes para sua prática. Lições sucessivas, transmitidas, desde então, por outros Mestres Espirituais e a multiplicação dos núcleos de atividade espírita, em todo o mundo, aumentaram significativamente o acervo de informações, possibilitando uma visão mais ampla da atividade mediúnica. Busca-se, aqui, examinar vários temas relacionados com a mediunidade e analisar o elenco das ocorrências mediúnicas conhecidas, estabelecendo-se alguns conceitos que, eventualmente, possam contribuir para sua melhor compreensão, na certeza, porém, de que só o futuro nos revelará toda a intimidade do processo mediúnico, que, por enquanto, nos escapa ao entendimento. De qualquer forma, esperamos que sua leitura não se apresente inteiramente vã. Aos irmãos em Humanidade que tiverem a paciência de se debruçar sobre estas páginas, as nossas homenagens. Campinas (SP), Primavera de 2010. O Autor I- INTRODUÇÃO O Espiritismo revela a natureza espiritual do ser humano. Mostra-o como um ser essencialmente espiritual. O corpo biológico lhe é mero e provisório meio de expressão, na dimensão física. Trata-se de um conceito que, dado o materialismo que infecta uma boa parte dos meios acadêmicos, não tem sido, ainda, suficientemente avaliado em seu profundo e decisivo significado para o progresso do Conhecimento e o consequente desenvolvimento humano. Esclarece a Doutrina Espírita que a essência humana é imaterial, que o ser humano é, substancialmente, uma alma, extraordinário complexo psíquico em evolução, matriz e sede de toda a atividade mental; uma “centelha de luz”, a refletir a Luz Divina. Ensina que a alma projeta um envoltório fluídico que lhe faculta a interação com o meio em que gravita, denominado, por Kardec, “perispírito". Esse envoltório, conhecido como corpo da alma, corpo espiritual ou psicossoma, corresponde ao menos para os Espíritos ligados à crosta terrestre a um “campo” projetado pela alma, que, aglutinando a “energia” cósmica matriz (fluido cósmico), adequada à natureza do nosso planeta, surge como uma complexa formação de categoria eletromagnética, de textura definida como material — embora tão sutil, que KARDEC e os Espíritos que o orientaram empregaram o termo semi-material para qualifica-la. Alma e perispírito formam um todo indissociável, constituindo o Espírito, propriamente. A alma, segundo KARDEC, é um ser simples; o Espírito, um ser dual o homem, um ser trino. “A união da alma, do perispírito e do corpo material constitui o homem; a alma e o perispírito separados do corpo constituem o ser chamado Espírito”, afirma o Codificador. E Léon DENIS observa: “Chamamos Espírito a alma revestida do seu corpo fluídico. A alma é o centro de vida do perispírito, como este é o centro de vida do organismo físico. Ela que sente, pensa o que quer; o corpo físico constitui, com o corpo fluídico, o duplo organismo por cujo intermédio ela atua no mundo da matéria.” O perispírito, elemento chave na relação interdimensional, apresenta-se como fator dos mais importantes na economia da vida física e espiritual; na verdade, é a chave que nos abre o entendimento da nossa condição. Não é sem razão, pois, que tem atraído o interesse de renomados investigadores, percebendo-o como um dos mais valiosos fatores do processo vital. * Revelando a natureza espiritual do ser humano, o Espiritismo mostra, também, a sua realidade interexistencial. Faz conhecer que o ser humano, essencialmente espiritual, imprescinde, por muito tempo, em sua evolução, do adequado suporte carnal que os sucessivos estágios no plano físico lhe propiciam. Isso faz com que viva, ao mesmo tempo, em longo período de sua história evolutiva, em dois planos existenciais, pois que, imerso na dimensão física, interage com o mundo espiritual, e, desencarnado, liga-se contínua e estreitamente ao mundo físico. Compreende-se, então, que, na verdade, o existir é um interexistir. Existimos nas dimensões física e espiritual, simultaneamente. O ser humano é um ser espiritual e interexistente. Isso significa que há uma permanente e ativa intercomunicação e interação entre desencarnados e encarnados, fato que acontece graças, principalmente, a uma faculdade natural, inerente a todo ser humano, encarnado ou desencarnado, que KARDEC denominou mediunidade e que possibilita o contato, perispírito a perispírito, entre os envolvidos no processo. As sucessivas comprovações científicas, as pesquisas e os extraordinários resultados categorizam a mediunidade — cujo estudo é, justamente, o objetivo desta obra — como dos mais importantes atributos do Espírito. Mas — e isso é especialmente importante tal atributo não possibilita somente a intercomunicação entre encarnados e desencarnados. De fato, serve também à intercomunicação entre os próprios desencarnados situados em diferentes dimensões ou níveis de existência, conforme informa a literatura espírita. O conhecimento de tal realidade, que o Espiritismo favorece, amplia significativamente as fronteiras do Saber Humano, apontando para um progressivo despertamento de consciência e responsabilidade, relevante fator de evolução. II- O MEDIUNISMO NA HISTÓRIA (1) (1) Alexandre AKSAKOF empregou, em 1890, o termo mediumnismus (em francês, mediunisme) para designar o uso das faculdades mediúnicas. A comunicação entre desencarnados e encarnados é tão antiga quanto a própria Humanidade. Desde tempos imemoriais, em todas as civilizações, profetas, sacerdotes, videntes, xamãs, adivinhos, pitonisas, curadores, magos, feiticeiros, prestavam-se à intermediação mediúnica, apoiando-se, muitas vezes, para chegarem ao transe, em ritos, cerimoniais, exercícios físicos, jejuns, contenção