2017 • N.º 128 • 3€ animou Lisboa Noite Branca dever cumprido com osentimento de A direção despede-se Direção UACS OMÉRCIO de LISBOA balanço de mandatos e Helena Roseta fazem Fernando Medina Em depoimentos diferentes Entrevistas

Eventos interregno regressa após10anos de doComércioGala daUACS BANDEIRAS - MASTROS - PENDÕES GALHARDETES - ESTANDARTES

Loja Alvalade: Rua João de Deus Ramos,nº 5A - 5B - 1700-246 LISBOA Tel.: 218 418 970/218 418 971 - Fax: 218 418 979 NOVA LOJA Loja Baixa Pombalina: Rua da Prata, 222 - 1100-422 LISBOA Tel.: 218 885 309 - Fax: 218 879 218 E-mail: [email protected] www.casadasbandeiras.pt OMÉRCIO de LISBOA

BANDEIRAS - MASTROS - PENDÕES GALHARDETES - ESTANDARTES Editorial

Muito obrigado!

Caros Colegas e amigos,

oi com muito orgulho que ao longo deste últimos anos dirigi esta nossa instituição, acompanhada por um conjunto de oito colegas, em que dedicámos estes anos à causa associativa e Carla Salsinha Fà defesa do sector do Comércio e Serviços. Presidente da 2017 Desenvolvemos uma estreita ligação com o poder autárquico, quer Direção da UACS com aquele que tem funções executivas bem como, com as forças 3 que se encontram na oposição, pois só desta forma podemos refor- çar e influenciar os nossos pontos de vista. Alargámos e estreitámos a nossa ligação com as associações locais com o objetivo de que é 128 ao trabalhar em conjunto e no mesmo sentido que estamos a pres- tar o nosso melhor serviço aos nossos associados.

Desenvolvemos inúmeros projetos, dos quais não poderia deixar de eleger o programa de Lojas com História como a nossa Joia da Co- roa, pois este está a permitir a preservação do nosso comércio, da nossa identidade e das referências da cidade de Lisboa. Ser hoje um projecto alvo de prémios e de pesquisa internacional deixa a nossa instituição cheia de orgulho. Revista Comércio de Lisboa - Comércio Revista Mas de tudo, o mais gratificante foi poder trabalhar para a nossa classe, para os nossos empresários que contam com o nosso esfor- ço e dedicação, para fazer ouvir os seus problemas e inquietações.

A todos os empresários, a todos os dirigentes das associações lo- cais, a todos os dirigentes da União de Associações do Comércio e Serviços, o meu, o nosso muito OBRIGADO. Aos colaboradores da nossa instituição também uma palavra de agradecimento pela dedi- cação e empenho que sempre demonstraram.

Votos de um Próspero Ano de 2018.

A todos um grande bem-haja

Loja Alvalade: Rua João de Deus Ramos,nº 5A - 5B - 1700-246 LISBOA Tel.: 218 418 970/218 418 971 - Fax: 218 418 979 NOVA LOJA Loja Baixa Pombalina: Rua da Prata, 222 - 1100-422 LISBOA Tel.: 218 885 309 - Fax: 218 879 218 E-mail: [email protected] www.casadasbandeiras.pt OMÉRCIO de LISBOA #128 Índice PROPRIEDADE

O número 128 da Co- mércio de Lisboa faz uma retrosptetiva do Rua Castilho, 14 1269-076 Lisboa que aconteceu de mais Telef. 21 351 56 10 relevante na UACS, com Fax: 21 352 09 07 destaque para a iniciati- DIRETOR va Noite Branca que se Carla Salsinha repete em 2018 SECRETARIADO Graça Carvalho

EDIÇÃO, REDAÇÃO E PRODUÇÃO Mediapearl - Comunicação e Serviços, Lda. 36 - 4ª Parada de Automóveis Antigos Rua de Xabregas, 2, Piso 2, 06 ENTREVISTA A.... - Desfile de Automóveis Antigos vol- Sala 2.06/2.07 6 - Carla Salsinha 1900 - 440 Lisboa tou a animar a Av. da Liberdade “Na cidade há uma Administração Telef. 21 403 76 56 38 - Atualidade que é a Câmara Municipal” [email protected] - Livro “A Resiliência do Comércio – 10 - Fernando Medina As lojas centenárias de Lisboa” ex- PROJECTO GRÁFICO “O comércio de rua é elemento cen- plica resistência do sector Mediapearl - Comunicação tral na estratégia de valorização do e Serviços, Lda. - Loja Guebarro foi a vencedora da espaço público” 2017 iniciativa “Ó Mouraria, ilumina a 14 - Helena Roseta PUBLICIDADE montra!” “Tentámos fazer da Assembleia Mu- Mediapearl - Comunicação 4 39 - UACS recebeu primeiro ciclo de e Serviços, Lda. nicipal uma verdadeira Casa da Ci- conferências sobre Lisboa [email protected] dadania” Lurdes Dias 128 40 - UACS esclarece sobre novo regula- [email protected] mento geral de proteção de dados Tlm. 91 036 97 30 16 Eventos 41 - UACS homenageia Fernando Perfei- Elisabete Pais de Sousa 16 - Gala do Comércio regressa ao fim to com nome de sala [email protected] de dez anos - UACS tem novo site Tlm. 21 403 76 56 - A UACS alterou o seu sítio na inter- 19 - Novos Órgãos Sociais IMPRESSÃO 20 - UACS entrega emblemas de Ouro e net, tornando mais intuitivo, mais RBM - Artes Gráficas Prata e diplomas aos novos associa- moderno e mais dinâmico, salien- Alto da Bela Vista, 68 Pavilhão 8 r/c dos tando-se na homepage por uma 2735-336 Cacém 23 - Espaço Comércio abre na sede da área reservada aos associados. Revista Comércio de Lisboa - Comércio Revista Tiragem UACS - UACS já tem Arquivo Digital do Co- 9000 exemplares 24 - Candidatos à autarquia de Lisboa mércio de Lisboa Registo na ERC nº 104010 ouviram preocupações do sector Nº DL 308152/10 nos “Serões de União” 26 - Iniciativa da UACS “pinta” noite de Lisboa de Branco 43 CADERNO UACS OMÉRCIO 30 ATUALIDADE 3€ • 128 N.º • 2017 de LISBOA 28 - Instanta: 5 anos entre as 100 melho- 44 Gabinete de Contabilidade res empresas para trabalhar em Por- Um copo meio cheio ou … tugal Gabinete de Económico- 30 - Sessão de esclarecimento Contra- 45  tação de trabalhadores estrangeiros Financeiro em Empresas e apoios - UACS recebeu seminário sobre In- ao investimento vestimento Público Sustentável Gabinete Jurídico 32 - Luzes de Natal iluminam 46 O Novo Regulamento Geral de mais ruas de Lisboa em 2017 Noite Branca Protecção de Dados Pessoais Eventos animouEntrevistas Lisboa Gala do Comércio da UACS 34 - Atualidade regressa após 10 anos de Direção UACS Em depoimentos diferentes interregno A direção despede-se Fernando Medina - Exposição mostra as com o sentimento de e Helena Roseta fazem 50 Gabinete de Formação balanço de mandatos dever cumprido “Lojas com História” de Lisboa Plano de Formação Gratuita 2017 CEDÊNCIA DE SALAS

A UACS possui nas suas instalações salas e espaços que aluga ao dia ou à hora para os mais diversos fins quer a associados, quer a outras entidades

Auditório Auditório Sala do Conselho

2017 Sala 3 Sala 9 Sala 1 - 2 (Informática) 5 128

Sala 8 Pátio Corredor Revista Comércio de Lisboa - Comércio Revista

DIMENSÕES CAPACIDADES SALA Comp. Larg. Alt. M2 Plateia Em U Carteira Auditório 14,00 14,50 6,5/3,5 203,00 450 Sala do conselho 12,90 6,40 3,50 85,56 65/80 25/30 30/40 Sala 3 7,40 4,20 2,85 31,08 25 15 20 Sala 8 9,00 5,00 2,85 45,00 40 25 30 Sala 9 7,40 4,20 2,85 31,08 25 15 20 Sala 1 - 2 (informática) 9,00 5,20 2,85 46,80 16 Pátio 11,40 8,20 3,90 93,48 70 Corredor

Para mais informações contacte os nossos serviços através do endereço: [email protected] ou pelo telef.: 21 351 56 10 / 91 030 47 41 / 2 / 3 entrevista

“Na cidade há uma Administração que é a Câmara Municipal”

Comércio de Lisboa - Lisboa está a ser muito solicitada em termos turísticos mas na verdade é o mercado interno quem, em última instância, alimenta o comércio de proximidade. Podemos di- zer que os portugueses estão a consumir mais e nas lojas de rua? Carla Salsinha - Para nós o consumo in- terno é fundamental porque é esse que diariamente, consome nas nossas lojas. Há uma parte do turismo que é importan- tíssima para algumas artérias da cidade, como são os casos da Baixa, da , da rua Castilho. É óbvio que quanto mais turismo existir, mais ten- dência terá para se dispersar pela cidade. Hoje há turistas em zonas da cidade onde antes não se viam, como por exemplo na avenida da Igreja, em Campo de Ou- 2017 rique… muito derivado dos Hostels e do 6 Alojamento Local. Mas de facto, o grosso, o que nos importa, é o consumidor inter- no, e para isso fazemos eventos como 128 o Christmas Weekend, o Black Friday e acho que há uma tendência cada vez maior das pessoas se dirigirem ao comér- cio da cidade. O comércio está cada vez mais diversificado e a própria cidade tem cada vez melhores condições e está mais apelativa a que se desfrute da cidade e se façam compras.

C.L. - As obras também foram uma cons-

Revista Comércio de Lisboa - Comércio Revista tante em Lisboa, e isso normalmente tem um impacto negativo no comércio. Acha que a estratégia da CML benefi- cia o comércio, mesmo que seja a longo prazo? C.S. - As obras são importantes porque requalificam muitas zonas da cidade de Lisboa. O nosso grande problema pren- de-se com a falta de concertação com a Câmara e as entidades envolvidas nas obras. Eu costumo dizer que, tal como num Centro Comercial, onde há uma ad- carla salsinha ministração que não permite que as lojas Presidente da UACS tenham tapumes, que o chão diante das lojas esteja sujo ou que seja esburacado obras. Muitas vezes, não há cumprimento com as obras na cidade. Percebemos que à entrada da loja, também na cidade há dos prazos, mas mais do que isso, não há têm de ser feitas, são importantes, mas o uma administração que é a Câmara Mu- informação prévia aos empresários, não nosso problema é a falta de concertação. nicipal. A nossa administração é a Câ- há uma concertação com as empresas e Posso dar o exemplo das obras do metro mara e o objetivo dessa administração muitas vezes, chegamos às lojas e vemos de que estão a acontecer neste é não deixar que as nossas lojas sejam os tapumes colocados à frente, vemos o momento. A maior parte dos empresá- cobertas com tapumes, que tenhamos os passeio à frente da loja a ser esburacado rios foi avisada muito tardiamente, foram passeios sujos, que tenhamos obras que ou cortam a entrada da loja, obrigando as colocando os tapumes sem terem ainda se prolongam muito além do previsto, e pessoas a um desvio para acederem às todas as autorizações da Câmara, ou seja esse é o nosso grande problema com as lojas. Essa é a grande polémica que temos nada é feito de forma concertada, em que A Câmara tem de perceber que é a nossa administração do Centro Comercial rua e como tal tem de perceber que quando vai requalificar tem de o fazer de uma forma concertada.

haja uma perceção clara do início e do fim apenas no centro. Acha que isso está a ra pode até comprometer a execução da das obras. Estamos na expectativa de que ser conseguido com a renovação de al- legislação porque entretanto o objeto já qualquer obra pode durar meses ou anos, gumas zonas que estavam degradadas, desapareceu. A vida das empresas corre dependendo de várias variantes e esse é a um ritmo mais rápido do que o processo estou a referir-me, por exemplo, à recu- 2017 o grande problema e essa é que é a gran- peração de Marvila… legislativo ou os acordos na Assembleia de responsabilidade da Câmara Municipal C.S. - Eu acho que a Câmara tem de per- da República. É para isso que nós elege- 7 de Lisboa porque é a nossa administração ceber que é a nossa administração do mos os políticos, para terem a noção de e como tal tem de gerir o espaço para o Centro Comercial rua e como tal tem de que têm de ser mais proactivos porque qual pagamos os nossos impostos. perceber que quando vai requalificar tem estamos a falar da vida das empresas e 128 de o fazer de uma forma concertada. Não da vida das pessoas. C.L. - E depois também não há respon- é só a rua, é connosco, junto dos comer- sabilização das entidades que não cum- ciantes, tentarmos fazer em concertação C.L. - O evento da Noite Branca foi uma prem. e eu acho que é isso que não existe. Nós, das iniciativas da UACS deste ano, como C.S. - Não, de todo. No caso da avenida como portugueses, ainda não aprende- é que surgiu, como foi a adesão do pú- da República houve duas ou três lojas que mos que trabalhando todos em conjunto blico e o feedback das lojas que partici- tiveram enormes prejuízos e ainda hoje o salto qualitativo é maior. É óbvio que param? andam em litígio com os órgãos próprios. quanto mais estas zonas forem requali- C.S. - O processo da Noite Branca foi Num dos casos, por exemplo, os clientes ficadas, tudo em si melhora, o comércio um esforço que saiu vitorioso. A União não conseguiam entrar na loja porque requalifica-se e melhora também muito já andava a desafiar a Câmara para este de Lisboa - Comércio Revista durante uma semana as obras não o per- mais. evento para esta iniciativa há alguns mitiram. Quem faz as obras tem de ter a anos, e, ao contrário das outras capitais mínima sensibilidade de como tudo deve C.L. - No ano passado afirmou que as europeias em que os centros do comér- ser feito e esse é um fator em que a Câma- reformas em curso, nomeadamente em cio são dois ou três, a nossa cidade é das ra não está ainda a cumprir. Cumpre sem termos legislativos, não estavam a de- poucas na Europa que tem uma disper- dúvida no processo de requalificação da correr ao ritmo desejado. Qual é a situa- são tão grande, e esse é o grande desafio cidade. Hoje vamos ao Saldanha e é muito ção atual? e é o que interessa. É o podermos estar, mais arejado, agradável e apelativo, está C.S. - Eu sei que todos os processos le- enquanto lisboetas, às 10h da noite na diferente do que era há dois anos, mas o gislativos são morosos, mas quem legis- rua Castilho com um grande evento da grande problema é não haver uma con- la tem de perceber que está em curso a Noite Branca e terminar no certação ou seja sentarem o comércio, a vida de empresas e que um ano para le- à meia-noite, mas depois de já ter esta- Câmara e a entidade que vai fazer a obra gislar uma matéria leva ao encerramento do às seis da tarde na avenida da Igreja. e tentarem encontrar uma solução que de milhares de empresas. Por exemplo no É evidente que o evento precisa de ser não seja punitiva para o comércio porque caso das Lojas com História, quando se readaptado porque há zonas em que o todos queremos o mesmo: A nossa cida- começou o Conselho Consultivo das Lo- horário terá de ser diferente. Se calhar há de requalificada. O que nos acontece é jas com História tínhamos cerca de 300 zonas em que terá de começar às quatro sentirmos que o que estamos a dizer não lojas passíveis de serem lojas emblemáti- da tarde e terminar às nove, noutras das está a ser ouvido porque não há interesse cas de Lisboa e atualmente se calhar já nove à meia-noite… terá de ser faseado, e esse é um papel que a Câmara ainda não só teremos cerca de 180 elegíveis. O pro- porque tem a ver com as características conseguiu cumprir. cesso foi tão longo que no ano passado, próprias. Há zonas de comércio onde C.L. - Um dos objetivos da UACS é que o quando o processo legislativo terminou, não se consegue estender até à uma da comércio de proximidade seja recupera- já muitas tinham encerrado. Quem legisla manhã e outras onde se pode ir até às do em todas os bairros da cidade e não tem de perceber que o tempo que demo- três. Entrevista

C.L. - Sei que não gosta de fazer balan- ços, mas o mandato desta direção está a acabar. A direção sai com a consciência de dever cumprido? C.S. - Claro que sim. Para sermos humil- des, e eu gosto de ser humilde, houve muito que gostaríamos de ter feito e não fizemos. Se calhar se começasse hoje os objetivos teriam de ser diferentes. Temos a noção que conseguimos consolidar uma relação muito forte com a Câmara Municipal, mostrar e ser uma voz partici- pativa, ativa e de interesse e que é ouvida na cidade de Lisboa. Acho que consegui- mos, a nossa própria direção e a estru- tura em si com as associações também locais, dignificar o sector, mostrar que somos empresários que nos adaptamos à mudança, que estamos sempre pron- tos para a requalificação. Gostaríamos de ter conseguido algumas etapas, como a conclusão dos estatutos, mas como é uma questão interna é algo mais difícil, com alguns pormenores delicados. Segu- ramente a futura direção continuará este processo. Gostaríamos de o ter concluí- do e não conseguimos esse desiderato porque os processos são mais lentos do 2017 que queríamos, mas estamos no bom 8 caminho para tornar a estrutura mais aberta e acredito que uma futura direção continuará este processo e o terminará. 128 E acho que, como qualquer estrutura as- Em resumo, acho que o saldo foi bastan- da e sabemos que a Câmara Municipal já sociativa, obter o número de associados te positivo, a maior parte dos empresá- assumiu como compromisso haver Noite que gostaríamos nunca é um objetivo rios aderiram e gostaram. Houve zonas Branca em 2018. Agora nós, estruturas, conseguido porque nós queremos sem- onde o próprio evento foi mais dinâmico temos de nos preparar para fazer um pre mais, queremos sempre mais repre- do que noutras, porque tem a ver com o grande evento. sentatividade. Mas tenho a consciência próprio sítio, mas há que rever o timing e que fizemos o melhor que sabíamos, o o tempo. O mês de Julho já é muito tar- C.L. - E além da Noite Branca e outras melhor que podíamos, o melhor que con- dio, por isso o evento tem de ser feito em iniciativas vão ser repetidas? seguimos e estou muito grata por ter tido junho, quando muito no último fim-de- C.S. - Sim, vamos manter os carros anti- a equipa que tive. Foi uma equipa fantás-

Revista Comércio de Lisboa - Comércio Revista -semana desse mês e tem que se prepa- gos, vamos manter o Natal, mas no pró- tica durante estes sete anos para além de rar com outro tempo. O grande desafio ximo ano penso que nos iremos esforçar ter tido sempre o apoio incondicional de e por isso eu acho que o saldo foi 100% muito na consolidação da Noite Branca todas as estruturas integradas na Casa positivo, foi colocar este evento na agen- porque acho que é um evento que pode e acho que saímos com o sentido de ser um marco também para o turismo missão cumprida. Qualquer direção que na cidade de Lisboa. Continuaremos a saia deve ter a humildade de saber que apoiar sempre as várias iniciativas que as não se conseguiu fazer tudo aquilo que associações locais estão a fazer e depois, se queria mas acho que sim, a missão foi Uma das principais o grande desafio e a grande missão que cumprida. conquistas foi a temos de conseguir cumprir é consolidar o feito que conseguimos em 2017 que foi C.L. - Quais diria que foram as principais unificação do mundo juntar todos os movimentos de rua com a conquistas desta direção? associativo. Pela primeira União, juntar todo o comércio. Consegui- C.S. - Eu diria que uma das principais mos isso e acho que foi a maior vitória da conquistas foi a unificação do mundo as- vez conseguimos Noite Branca e agora temos de ter um ou sociativo. Pela primeira vez conseguimos começar a trabalhar com dois anos de consolidação para que de- começar a trabalhar com as Associações. pois possamos fazer outro tipo de even- Como o movimento associativo nem as Associações. tos também. sempre é muito unificado, infelizmente, eu acho que uma das batalhas da nossa O ano que vem também traz grandes de- estrutura associativa foi tentar estabele- safios até porque, apesar da equipa de cer parcerias, ligações, trabalhar em con- vereadores da Câmara Municipal de Lis- junto com as associações todas de bairro, boa ser a mesma, a conjuntura política é as locais, as limítrofes. Essa foi uma das diferente. grandes conquistas. É o mais difícil por- A alteração estatutária é, no fundo, a abertura da Casa. Acho que é um projeto interessantíssimo e fundamental para o mundo associativo.

legislativas e percebemos que na Câ- mara Municipal, só por ter uma líder de um partido na oposição à frente de uma 2017 vereação, vai ser um momento diferente. Estes primeiros dois anos da Câmara vão 9 ser logo o embate que a futura direção vai ter, sem dúvida. Perceber como é que vai ser agora a atuação da Câmara, como 128 é que vai ser a conjugação de forças, esse vai ser um desafio enorme.

C.L. - Que mensagem quer deixa à pró- xima direção? C.S. - Na próxima direção eu farei parte que cada um estava muito habituado a C.L. - Quais os principais desafios que da Assembleia-Geral e diria para manter estar na sua zona de conforto e termos serão herdados pela próxima direção? muita perseverança, determinação, não de pensar a 10 ou a 12 não é a mesma C.S. - Sem dúvida que será o consumar deixar de serem reivindicativos com ra- coisa do que a um e acho que conse- dos estatutos. A alteração estatutária é, zão, sempre! Perceberem bem que quan- de Lisboa - Comércio Revista guimos. Ver, por exemplo, que as críti- no fundo, a abertura da Casa. Acho que do vamos à reunião de Câmara zanga- cas que as associações fizeram à Noite é um projeto interessantíssimo e funda- dos, mas com a razão do nosso lado é a Branca foram no sentido de propor ideias mental para o mundo associativo. Acho arma mais mortífera para quem nos quer para fazer melhor de uma forma diferen- que esse é o primeiro grande objetivo e tirar a razão. Dizer que nesse grande de- te em 2018, mas a pensar em conjunto, se essa futura direção o conseguir já está, safio que eu sei que a futura direção vai mostra que conseguimos este esforço de antecipadamente, de parabéns. Depois, abraçar, terá todos os órgãos sociais de união. Eu tenho apelado muito, enquan- como sempre, é o reforço do número de coração, e eu, como Presidente da Di- to presidente da direção, à necessidade associados. O terceiro grande desafio reção cessante, irei abraçar e acompa- de trabalhar em conjunto e acho que ainda é uma incógnita. É percebermos nhar a futura direção com toda a força isso foi um objetivo conseguido. O obje- que temos uma conjugação de forças que puder para os ajudar porque é uma tivo de dignificação da classe também o que nem sempre tem sido favorável aos missão. O fortalecimento de número de conseguimos e o de por a União como empresários. O Bloco de Esquerda, que associados e a alteração estatutária com uma entidade a ser ouvida pelo nosso é agora um dos vereadores da Câma- a abertura e a possibilidade de outras poder local que é a Câmara Municipal ra Municipal de Lisboa, para nós é uma associações do sector, as locais, entra- de Lisboa e em grande parte das maté- fonte de preocupação. A sua posição so- rem para a nossa estrutura que neste rias e isso demonstra pelas várias áreas bre as empresas nem sempre é pacífica, momento os estatutos não permitem, é onde temos sempre um representante da temos tido várias questões difíceis de um grande desafio, mas a palavra é de União, é porque percebem que a nossa lidar, portanto o grande desafio vai ser coragem e de força e que certamente, voz é importante, é crítica, muitas vezes perceber como é que vai continuar a ser acho que é uma equipa com muita con- desempenhámos o papel muito antipáti- o nosso relacionamento. Eu acredito que sistência, que vão conseguir. co nas reuniões de Câmara, mas também vai tentar ser o melhor possível, mas a entenderam que o fizemos também em conjugação de forças muda, vamos estar defesa da cidade de Lisboa. muitos próximos de umas novas eleições entrevista

“O comércio de rua é elemento central na estratégia de valorização do espaço público”

Comércio de Lisboa - Das medidas que preconizou no seu programa eleitoral quais as que irão ser prioritárias? Fernando Medina - O primeiro compro- misso é o de criarmos uma cidade sus- tentável e de bem-estar para todos. A resposta a este desafio é mais e melhor transporte público, mais meios suaves de mobilidade e novas formas de mo- bilidade partilhada, para tanto, vamos lançar o concurso para a aquisição de 30 novos elétricos, tendo em vista a ex- tensão do 15 a Santa Apolónia, a recu- peração do 24 entre o Cais do Sodré e . 2017 Também é uma prioridade a promoção 10 do aumento do emprego e o reforço da base económica da cidade.

128 Queremos também estar ao lado dos que investem e criam emprego digno e sustentável e dos que apostam na ino- vação, na criatividade. O turismo, ativi- dade importante para a economia da ci- dade, terá particular atenção, sobretudo quanto à sua sustentabilidade para não colocarmos em causa uma fonte de em- prego e riqueza tão importante para to- dos. Prioritária será também a economia

Revista Comércio de Lisboa - Comércio Revista de proximidade que é a base de todo o sistema económico e social em que vi- vemos. Os mercados, as lojas de bairro, o comércio tradicional – realidades que tanto sofreram com a perda de popula- ção da cidade – continuarão a ser alvo da nossa atenção como instrumentos vitais da moderna cidade que ambicio- namos.

A nossa ideia é criar uma unidade de projeto para a ampliação das zonas de escritórios, bem como principais zonas de desenvolvimento. É que a cidade vi- brante que hoje cresce precisa de todos os motores para continuar a vencer no futuro.

C.L. - Em termos de fiscalidade e de ini- ciativas que tenham por base a recupe- ração do comércio de rua, o que é que os comerciantes podem esperar neste FERNANDO MEDINA novo mandato? Presidente da Câmara Municipal de Lisboa F.M. - O comércio é uma atividade eco- Temos de ser inovadores nos serviços e saber a cada momento o que os novos empresários pretendem de uma estrutura associativa 2017 11 128 nómica fundamental para a cidade. O ver programas de valorização do espaço tinuar - um fundo municipal de apoio comércio, em particular o comércio de público e comercial que permitam a sua que permite às lojas usufruírem de um rua, enfrenta diversos desafios, porque recuperação económica e do tecido co- montante até 25 mil euros para recu- se alteraram as exigências dos consu- mercial. peração e conservação do património, midores, os ritmos, estilos e hábitos de bem como capacitação e modernização vida. Mas nada se faz sem a colaboração dos do negócio. Existe também, e vai pros- comerciantes. E assim prevemos esta- seguir, o incentivo de isenção de der- A modernização e a adaptação a esta belecer parcerias com os organismos rama para as empresas cujo volume de nova realidade são fundamentais, não representantes do sector - obviamen- negócios não ultrapasse os 150 mil eu- só repensando os espaços e conceitos, te a UACS incluída - para implementar ros e que criem cinco ou mais postos de de Lisboa - Comércio Revista como adotando novas técnicas de ges- programas que promovam a qualifica- trabalho. Por outro lado, e também para tão e vendas, merchandising e novas ção do espaço público e a realização incentivar a economia local, o Município tecnologias. Como referi há pouco, a de eventos destinados à promoção do CML vai continuar a contribuir para um comércio local. comércio local, tradicional e inovador, como marca identitária e diferenciado- Pretendemos consolidar o programa ra da capital. O comércio de rua, aliás, “Lojas com História” e desenvolver o A CML vai continuar é elemento central na estratégia de va- programa “Academia do Comércio”, por a contribuir para lorização do espaço público, com novas um lado, no caso deste último através praças e novas centralidades locais. do apoio a empresários e empreende- um comércio local, dores do comércio e da partilha de fer- tradicional e inovador, Temos pensadas medidas como a insta- ramentas e metodologias inovadoras, lação de novos estabelecimentos de co- recorrendo a workshops, sessões de ca- como marca identitária e mércio tradicional nos bairros da cidade pacitação, consultórios personalizados diferenciadora da capital através de programas de promoção de criação de redes de cooperação e parti- ocupação de espaços vazios, tais como lha de conhecimentos. Por outro, através o programa “Loja no Bairro” que dispo- da requalificação de espaços comerciais nibiliza espaços municipais não habita- existentes e com necessidades de ade- cionais para comércio de proximidade quação aos novos padrões e necessida- ou empreendedorismo local. des de consumo.

Outra das ideias é a de identificar arté- Em termos fiscais, para o programa das rias comerciais a revitalizar e desenvol- Lojas com História foi criado - e vai con- Entrevista

2017 12 128

quer continuar com a sua política de pa- C.L. - A aprovação da proposta de des- pacidade de crescimento económico gar a tempo e horas aos seus fornece- centralização é um dos pedidos urgen- futuro. dores - um relevante esforço para redu- tes da autarquia. Quais são os objetivos zir consistentemente o seu Prazo Médio dessa descentralização e qual a posi- C.L. - Os Lisboetas, lojistas incluídos de Pagamento (neste momento em três ção da Câmara caso o Governo Central têm sofrido muito com a revitalização dias), com efeitos sentidos directamente não aprovar o pacote? de diversas zonas da cidade. O que é

Revista Comércio de Lisboa - Comércio Revista pelos seus parceiros e com efeito de re- F.M. - Sabemos que há uma reforma po- que falta fazer e quais as previsões para percussão na dinâmica global da cidade. lítica que é urgente concretizar: a des- termos Lisboa sem obras de vulto e de centralização da Administração Central. que forma podem essas obras contri- Não faz qualquer sentido uma escola do buir para a regeneração do comércio 2º e 3º ciclo dependa do Estado Cen- nessas áreas abrangidas? tral para uma pequena ou grande obra F.M. - As cidades são organismos vivos. de manutenção ou de compra de equi- Tal como o corpo humano estão em Há uma reforma pamento. Não faz qualquer sentido um permanente adaptação aos tempos e política que é urgente centro de saúde necessitar de autori- às realidades. A nossa preocupação pri- zação (e verba) de um Ministério, espe- mordial é que, tendo este enquadramen- concretizar: a rando anos a fio para as questões mais to como pano de fundo, a qualidade de descentralização da correntes e necessárias. Não faz qual- vida de quem cá reside, estuda, trabalha quer sentido que partes da frente ribei- ou se diverte esteja sempre assegurada. Administração Central rinha, que não estão estritamente afetas As obras fazem parte desse processo. à atividade portuária, não serem geridas Quando fazemos obras em nossa casa pela cidade. Agora que já se iniciaram os é porque queremos melhorá-la. Pois nós mandatos autárquicos, é o tempo de o prosseguimos precisamente com esse Estado fechar o dossier da descentrali- objetivo. Queremos uma Lisboa melhor. zação. Mais amiga do ambiente, menos poluída. Por isso apostámos na mobilidade sua- Este será um dos nossos principais ve, construindo as ciclovias, por exem- campos de ação política, pois aqui se plo. Por isso, continuamos a apostar, joga a qualidade de vida de milhões como disse há pouco, na promoção do de portugueses, e muito da nossa ca- transporte público. Queremos uma cidade humanizada, onde as pessoas se encontrem, usu- fruam dos espaços públicos, frequentem o comércio de rua. Por isso, criámos o programa Uma Praça em cada Bairro. Fi- zemos obras? Fizemos. Foram incómo- das? Sim, foram. Mas a cidade não ficou melhor? O eixo central não melhorou? E as lojas, as esplanadas dessas zonas não ganharam com isso? Claro que que sim.

Queremos uma Lisboa resiliente, que enfrente com segurança os fenómenos cada vez mais frequentes, resultantes das alterações climáticas. Por isso, va- mos avançar com a construção de dois túneis previstos no Plano Geral de Dre- nagem de Lisboa que irão recolher as águas pluviais vindas de montante e que atualmente ainda inundam as zonas mais baixas da cidade. Tais infraestrutu- ras vão melhorar e muito a capacida- de de Lisboa enfrentar essas situações adversas. Mas sosseguem os mais re- ceosos, os impactes dos trabalhos não serão muito grandes já que decorrerão em grande parte no subsolo de Lisboa, a 70 metros de profundidade. 2017 C.L. - O Programa Lojas com História 13 não evitou que muitas lojas tenham encerrado por causa da liberalização 128 das rendas. Pode esperar-se uma maior protecção aos lojistas? F.M. - Os serviços do urbanismo da CML, bem como os vereadores da Economia, Urbanismo e Cultura, foram sensibilizan- do os proprietários de imóveis com lojas com história para a mais valia da preser- Revista Comércio de Lisboa - Comércio Revista Vamos avançar com a construção de dois túneis previstos no Plano Geral de Drenagem de Lisboa que irão recolher as águas pluviais vação destas lojas, evitando em muitos Existem atualmente na cidade de Lisboa casos o seu despejo. Pelo que se pode 82 Lojas com História que beneficiam vindas de montante e dizer que Programa Lojas até evitou o de todos os direitos inscritos na Lei nº que atualmente ainda encerramento de algumas destas lojas. 42/2017, além das medidas de apoio que constam do programa municipal “Lojas inundam as zonas mais A par disso, o regulamento municipal com História”. baixas da cidade das Lojas com História foi a inspiração para a elaboração da Lei 42/2017, publi- C.L. - Qual o futuro do Programa “Lis- cada em junho deste ano, que veio es- bon Shopping Destination”? tabelecer o regime de reconhecimento F.M. - O Shopping Destination irá e proteção destes estabelecimentos, continuar a desenvolver as atividades assim como proceder a alterações no que têm sido implementadas ao lon- Novo Regime de Arrendamento Urbano, go dos anos anteriores, continuando a concedendo-lhes uma protecção acres- apoiar e a divulgar o comércio de rua. cida no que respeita aos contratos de arrendamento em vigor. entrevista

“Tentámos fazer da Assembleia Municipal uma verdadeira Casa da Cidadania”

facto a acção do executivo, apesar de os dois órgãos terem a mesma maioria po- lítica. Só para dar uma ideia do trabalho que levamos a cabo, foram produzidos mais de 600 pareceres pelas Comissões Permanentes da Assembleia Munici- pal sobre grande parte das propostas da Câmara. Alguns destes pareceres são documentos da maior importância

Foto Idealista Bruno Martins Idealista Foto para enquadrar e, muitas vezes, corrigir a proposta inicial da Câmara. Também através do nosso sítio electrónico pro- movemos a transparência dos trabalhos da assembleia, com divulgação integral de todas as sessões e documentos em 2017 discussão e com total abertura à im- 14 prensa e aos cidadãos para fazerem, também eles, o seu próprio escrutínio. 128 C.L. - Defende que a legislação sobre as Assembleias Municipais deve mudar. Em que sentido e porquê? H.R. - O recente Congresso da Asso- ciação Nacional de Municípios aprovou uma proposta minha no sentido de ser revisto com urgência o regime jurídico das autarquias locais, nomeadamente conferindo maior autonomia financeira e administrativa às assembleias muni-

Revista Comércio de Lisboa - Comércio Revista cipais. É que se a Constituição da Re- pública determina que as assembleias municipais são o órgão deliberativo com poderes de fiscalização sobre as câma- ras municipais, não se compreende que aquelas tenham de depender destas para poder reunir e exercer a sua fun- ção. O fiscalizador não deve depender Helena Roseta do fiscalizado. Presidente da Assembleia Municipal C.L. - A habitação é um dos problemas mais sérios com que Lisboa se debate Comércio de Lisboa - Em início de um e amplie e que todas as forças políticas mas tanto quanto sei está em prepara- novo mandato, que balanço faz do que sejam capazes de dar provas do seu ção uma lei de bases que já devia estar finalizou. O que é que transita, novas empenho em defender a nossa cidade, pronta. Quais vão ser os pontos mais metas… mesmo quando as opiniões divergem e centrais desta lei? Helena Roseta - O mais importante foi as críticas à acção dos eleitos têm de ser H.R. - Trata-se sobretudo de desenvol- termos tentado fazer da Assembleia Mu- formuladas. ver e dar força legal aos princípios ge- nicipal uma verdadeira Casa da Cidada- rais estabelecidos desde 1976 na Cons- nia, aberta à participação dos cidadãos C.L. - Acha que a Assembleia Municipal tituição da República em matéria de e da sociedade civil e onde foram de- tem feito o necessário ou tem sido efi- direito à habitação, no artigo 65º. Com batidos temas muito importantes para caz na fiscalização da acção da Câmara? efeito, sendo a habitação um direito so- a cidade de Lisboa. O que pretendemos H.R. - Somos das poucas assembleias cial fundamental, como o são a saúde, a agora é que esta abertura se mantenha municipais do país que escrutinam de educação e a segurança social, não se 2017 15 128 compreende que não tenha, como os H.R. - Batalhei como deputada, ao lado histórico e cultural ou social local. Está restantes direitos sociais, uma lei de ba- de muitas entidades e cidadãos, por a surtir efeito? ses que defina com clareza o papel do algumas alterações urgentes às leis do H.R. - Algumas lojas já estão a ser benefi- Estado e dos municípios e que determi- arrendamento de 2012 e 2014. Conse- ciadas pela protecção adicional que este ne, com força vinculativa, o que devem guimos algumas alterações, embora regime confere, em termos de arrenda- ser as políticas públicas nesta matéria. insuficientes para fazer frente à bolha mento e de obras profundas. Lisboa an- especulativa que se tem vindo a desen- tecipou-se ao criar o seu próprio regime C.L. - Ainda na habitação, a liberaliza- volver, sobretudo em Lisboa e Porto, de Lojas com História, pelo que agora há ção das rendas e das obras profundas no arrendamento urbano. Mas preci- que caucionar, nos termos da lei, as lojas fez com que fechassem muitas lojas samos de ir mais longe. Precisamos de já reconhecidas pelo município para que de Lisboa - Comércio Revista com história. Quer comentar? criar confiança recíproca entre todos lhes sejam aplicáveis as novas disposi- os agentes do sector, o que não é fácil ções legais. Mas o mais importante tal- pois há naturalmente interesses opostos. vez tenha sido a consciencialização de Precisamos também de definir com mais todos, a começar pelo executivo munici- rigor o que deve ser o papel regulador pal e pela UACS, que alguma coisa tinha Somos das poucas do Estado e dos municípios, sem pre- de ser feita e feita depressa, sob pena assembleias municipais juízo da liberdade de contratação que é de se perder um património comercial saudável em qualquer economia aberta. e afectivo que faz parte da identidade do país que escrutinam E devíamos trabalhar no sentido de vir a de Lisboa. Foi pena não se ter actuado de facto a acção do criar um regime de arrendamento pró- mais cedo, mas pelo menos criou-se prio para o comércio. No arrendamento um regime que é bastante pioneiro em executivo, apesar de comercial, para além do senhorio, há que termos europeus e que faz jus à histó- os dois órgãos terem a ter presente o inquilino mas também o ria. Sejamos agora capazes de o aplicar proprietário do negócio, que nem sem- e melhorar. É esse o caminho para um mesma maioria política. pre coincide com o inquilino. Há por isso comércio cada vez mais sustentável, que toda a conveniência em aprofundar em não apenas reforça a base económica regime específico as regras aplicáveis ao da cidade como lhe confere um carácter arrendamento comercial. único e distintivo. Não é por acaso que Lisboa se tem revelado um dos melhores C.L. - Entretanto em Junho entrou em destinos turísticos do mundo. vigor a lei que estabelece o regime de reconhecimento e proteção de esta- belecimentos e entidades de interesse Eventos

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Gala do Comércio regressa Revista Comércio de Lisboa - Comércio Revista ao fim de dez anos

O dia 28 de novembro 2017 ficou marcado na memória da UACS, não só pela inauguração do Espaço Comércio, mas sobretudo pelo regresso das Galas do Comércio depois de 10 anos de interrupção. Os mais de 100 convidados conviveram uitos foram os que responde- Mas nem só de música se viveu a noite, ram ao convite endereçado Carla Salsinha aproveitou o momento durante várias horas e pela direção que com esta para agradecer o apoio das entidades assistiram a momentos gala encerra também os atos na criação do Espaço do Comércio e M de animação e música oficiais do seu mandato que cessa em para destacar o trabalho em conjunto Janeiro, quando a nova direção recém- com a Câmara Municipal, nomeadamen- prestados pela cantora -eleita for empossada. te em projetos como a Noite Branca ou a “joia da coroa” as Lojas com História, lírica Liza Veiga Os mais de cem convidados presentes, destacando neste particular, o apoio da entre eles muitas individualidades liga- presidente da Assembleia Municipal, He- das ao Governo, à Câmara Municipal e lena Roseta. No entanto não deixou de outras Instituições Públicas conviveram dar as notas sobre o que considerou ter durante algumas horas e disfrutaram de corrido menos bem. Lembrou proble- momentos de animação e de música a mas como a imperatividade de repovoar cargo da cantora lírica Liza Veiga. a cidade, a necessidade de criar uma A presidente da UACS deixou quatro notas de preocupação ao Governo no discurso da noite.

boa rede de transporte antes de retirar o estacionamento da cidade, a disparida- de nos processos de licenciamento e a falta de concertação que existe entre os empresários, a autarquia e as entidades 2017 responsáveis pelas obras na cidade. 17 Mas o discurso serviu também para en- viar “mensagens” ao Governo, na pessoa do Secretário de Estado-adjunto e do 128 Comércio, na ocasião, em representação do Primeiro-Ministro.

Depois de destacar o bom desempenho e a estabilidade social conseguida pelo Governo, bem como dos índices de cres- cimento económico, que não são alheios também ao bom momento económico que a Europa vive, a presidente da UACS deixou quatro notas de preocupação ao de Lisboa - Comércio Revista Governo. A primeira é a inexistência de um ordenamento comercial “do qual se fala há décadas” ou pelo menos, de uma visão es- tratégica para o sector do comércio local, aquele que é responsável em grande me- dida pela sustentabilidade do crescimento do emprego no País, mas cuja única via de exportação são as compras feitas nas lojas pelos turistas e as que vivem exclusiva- mente do consumo interno…

A segunda nota referiu-se à morosidade e complexidade processual das candida- turas aos fundos comunitários e apoios ao sector que levam muitos empresários a desistirem. Para Carla Salsinha estes processos devem ser feitos tendo em conta o tecido empresarial constituído na sua grande maioria por micro-empre- sas com menos de 10 trabalhadores.

A terceira nota, que a presidente des- tacou como a mais preocupante, tem Eventos

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do compromisso da autarquia em “me- 128 lhorar a qualidade de vida da cidade e de todos os que cá vivem”.

Em jeito de balanço do trabalho feito em parceria em 2017, o autarca destacou as iluminações de Natal e o projeto “Lojas com História” que, diz ser “um programa com futuro e um dos mais representa- tivos da modernidade, Lisboa é a pri- meira grande cidade europeia a ter um

Revista Comércio de Lisboa - Comércio Revista programa com estas caraterísticas que procura lutar pela valorização do patri- mónio como um elemento de identida- de da capital”.

a ver com o discurso “com alguma partidárias e em especial os sindicatos, O discurso de Fernando Medina foi mar- agressividade” que se começa a ouvir que só existe uma classe trabalhadora cado ainda pelo otimismo com que en- de novo contra os empresários, em par- se existir uma classe empregadora, se cara o próximo ano em que “a conso- ticular por parte de “alguma esquerda existirem os patrões e que é desta du- lidação do centro urbano e o regresso um pouco mais radical” e que faz par- pla existência que o país precisa”. Carla das pessoas à cidade terão no comércio te do “novo formato de Governo que Salsinha notou ainda que se trata de local e de proximidade um elemento gere o País” mas que começa a criar “um ponto sensível” e que tem de ape- chave”. conflitualidade onde devia existir com- lar ao “bom senso do Primeiro-ministro patibilidade e conjugação de esforços. porque o conheço e sei que não é esta “Muitas vezes faz-nos pensar que es- a sua visão”. FOTOS: tamos a regressar aos tempos quentes Instanta do pós-25 de abril quando vejo a for- A última nota apelou à descida do IVA, ma agressiva com que se dirigem aos relembrando que desde a implementa- empresários”. A Presidente rematou a ção deste imposto em 1986, já aumen- nota destacando que “os trabalhadores tou seis vezes para o sector do comér- são uma parte fundamental das empre- cio e serviços. sas e que são eles que nos ajudam a seguir as nossas empresas, mas parece Fernando Medina respondeu ao discur- ser altura de relembrar algumas forças so da presidente da UACS com o reforço Novos Órgãos Sociais A UACS realizou no passado mês de novembro as eleições para os novos órgãos sociais para o triénio 2018- 2020, das quais resultou a seguinte lista:

MESA DA ASSEMBLEIA GERAL DIRECÇÃO carla cristina hipólito de sá salsinha Dra. Maria de Lourdes Paiva Martins da Fonseca Dra.

Presidente Firma Eugénia Maria & Filhos, Lda. Presidente Firma Osteoclass, Lda. Associação Comercial de Moda Associação Nacional dos Comerciantes de Equipamentos Cientí- ficos, Saúde e Imagem

joaquim pedro potier raposo pulido valente Paulo José Carvalho dos Santos Vice- Firma Horto do Campo Grande, S.A. -presidente Firma Drogaria Ribalta, Lda. Associação Nacional de Comerciantes dos Produtos da Terra, Vice- Associação de Comerciantes de Armeiros, Bicicletas, Artigos Fauna e Flora - ancpt -presidente de Desporto, Drogarias e Perfumarias, Papelaria, Artigos de Escritório,Quinquilharias, Brinquedos e Artesanato e Tabacaria de Lisboa josé marques batista Secretário Firma José Marques Batista Efectivo José Arlindo dos Santos Associação dos Comerciantes de Ourivesaria e Relojoaria do Sul Director Firma Altaconta – Contabilidade e Gestão de Empresas, Efectivo Lda. maria adelaide silva Asssociação Portuguesa de Prestadores de Serviços Secretário Firma Liberjoia Unipessoal, Lda. Efectivo 2017 Associação dos Comerciantes de Ourivesaria e Relojoaria do Sul Acílio dos Santos da Silva 19 Director Firma Jotelar - Equipamentos de Hotelaria, Lda Efectivo Associação dos Comerciantes de Adornos e Utilidades do Distrito

estela pereira raposo Dra. 128 de Lisboa Secretário Firma Virgínia Azevedo & Companhia, Lda. Suplente Associação dos Comerciantes de Adornos e Utilidades do Distrito de Lisboa Miguel José Barbosa Macedo e Cunha Dr. Director Firma Carvalho, Nogueira & Barbosa, Lda. Efectivo Associação dos Comerciantes de Ourivesaria e Relojoaria do Sul CONSELHO FISCAL José Almeida Rodrigues Dr. José Manuel de Sousa Gomes de Castro

Presidente Firma Central das Bandeiras, Lda. Director Firma Alida Castro-Unipessoal, Lda. de Lisboa - Comércio Revista Efectivo Associação Comercial de Moda Associação dos Comerciantes de Máquinas e Acessórios do Dis- trito de Lisboa

António Manuel de Oliveira Soares Neto Dr. Maria Filomena rodrigues Costa Firma Em Forma – Comércio Produtos Naturais Dietéti- Director cos, Lda. Firma Costa & Costa, Lda. Vogal efectivo Efectivo Associação de Comerciantes de Armeiros, Bicicletas, Artigos de Associação dos Comerciantes de Ferro, Ferragens e Metais do Desporto, Drogarias e Perfumarias, Papelaria, Artigos de Escritó- Distrito de Lisboa rio, Quinquilharias, Brinquedos e Artesanato e Tabacaria de Lisboa

Vitor Alexandre Lopes Pereira Vicente Dr. Director Firma Contas e Resultados, Contabilidade, Fiscalidade e João Máximo Freire Ferreira Suplente Gestão, Lda. Firma Intec-Soc. Técnica de Equipamentos Industriais, S.A. Vogal efectivo Associação Portuguesa de Prestadores de Serviços Associação dos Comerciantes de Ferro, Ferragens e Metais do Distrito de Lisboa Pedro Manuel Correia Raposo Dr. Firma Trindade & Ca., Lda. Clotilde Maria Antunes Madeira Director Vogal suplente Firma D. Madeira & C. Fernandes, Lda. Suplente Associação de Comerciantes de Armeiros, Bicicletas, Artigos de Associação dos Comerciantes de Adornos e Utilidades do Distrito Desporto, Drogarias e Perfumarias, Papelaria, Artigos de Escritó- de Lisboa rio, Quinquilharias, Brinquedos e Artesanato e Tabacaria de Lisboa Eventos

UACS entrega emblemas de Ouro e Prata e diplomas aos novos associados

A Direção da UACS realizou a ceri- mónia de entrega dos Diplomas de Novos Associados relativos a 2015 e 2016, bem como dos emblemas de Prata e de Ouro, relativos a 2016 e 2017, no passado mês de junho, nas instalações da União.

cerimónia de entrega decor- reu no Auditório, perante uma plateia de convidados e de Aassociados. Este ano foram entregues diplomas a 110 novos associa- dos que se inscreveram em 2015 e 2016, 2017 respetivamente 47 e 63. Quanto aos em- 20 blemas de ouro e prata, 16 associados receberam o distintivo de ouro, ou seja ,estão com a UACS há 50 anos, oito em 128 cada ano, enquanto 53 associados rece- beram o símbolo de prata, que homena- geia quem faz parte da associação há 25 anos. Destes, 27 associados galardoados são relativos a 2016 e 26 respeitantes a 2017.

No final houve ainda momentos de con- vívio durante um cocktail. Revista Comércio de Lisboa - Comércio Revista Novos Associados Inscritos em 2015 Novos Associados Inscritos em 2016 Nome Nome Adriano Duque, Lda. A Alma do Sofá - Unipessoal, Lda. Afontrix Unipessoal, Lda. Aldini-Sociedade de Imp., Exp. e Representações, Lda. Alfredo Augusto Costa Lopes Ana Sofia Pinto de Oliveira Atlanta - Artigos de Papelaria, Lda. António Manuel Morais da Silva Lemos Base Apurada Unipessoal, Lda. Avilotica, Lda. Blessing, Prest. Serv. e Transp. Personalizados, Lda. Azafama Certa Unipessoal, Lda. Castanheira & Ferreira Unipessoal, Lda. Beatriz Gomes, Unipessoal, Lda. Cintilante Despertar, Lda. Bernardino Rafael Andres Cassiano Definestage- Unipessoal, Lda. Carmela Del Pizzo Unipessoal, Lda. Delights of Seven Hills Unipessoal, Lda. Charme & Reputação Alug. Esp. Dest. Cons. Con. Nutr. Lda. Eduardo Martins & Ca, Lda. Companhia das Prendas, Lda. Endotécnica - Material Cirúrgico, Lda. Cooltramotos, Unipessoal, Lda. Equation Virtual-Franchising e Com. Electrónico, Lda. Debates & Discursos Unipessoal, Lda. Etelberta Maria Lima dos Santos de Oliveira Drogaria Benformoso, Lda. Fernando da Silva Gonçalves - Cabeça de Casal Herança de Feist & Gomes, Lda. Fernando Garcia Fernando Abel Costa Pereira Geração Cosmopolita Unipessoal, Lda. Florbela Maria Gonçalves Barreiros Gold NIB - Comércio de Canetas Unipessoal, Lda. FMatos - Joias de Prata, Lda. Great Level, Unipessoal, Lda. Gloryvanguard, Lda. Hábitos e Costumes - Papelaria, Tabacaria, Lda. Gonçalo Palos, Unipessoal, Lda. Harmonizenite, Lda. Gouveia & Ferreira, Lda. Isabel Cristina Ferreira Santos Carloto Green Stuff - S.A. JMTD - Ferragens do Combro, Lda. Imokader - Mediação Imobiliária, Lda. José Joaquim Montinho Martins Interfer, S.A. LCIS - Low Cost Implant Systems, Lda. J. H. Custodio - Comércio e Decoração, Lda. L.H.L. - Comércio de Antiguidades, Lda. José Luís Ribeiro Ramos Luís Manuel de Oliveira Tenente José Martins, Lda. 2017 MCAL - Chaves de Alvalade, Lda. Leveza Exótica, Lda. 21 Mente Fértil, Lda. Lineacasa II, Mobiliário e Decoração, Lda. Minitec - Imp. e Exp. de Brinquedos Técnicos, Lda. Lisboetas em Dezembro, Unipessoal Lda.

Neuza Carina Antunes Ferreira Lourenço Oliveira Paes 128 Ourivesaria Rosa de Ouro de Ferreira e Silvestre, Lda. Macaruba, Lda. Paleta Essencial, Lda. Madeira & Martinho, Lda. Papelaria Polana de Graciete e Santos, Lda. Manteigaria Silva, Lda. Passos em Volta - Unipessoal, Lda. Manuel Tavares, Lda. Patamar Intemporal, Lda. Maria da Conceição Batista de Sousa Nunes Per Lei - Representações e Comércio Unipessoal, Lda. Maria Helena dos Santos Perola do Tempo, S.A. Maria Teresa de Carvalho Dumas Diniz Planeta das Safiras Unipessoal, Lda. M. D. Silva-Electricidade e Electrónica, Lda. Pluricosmética - Com. Produtos de Cosmética, Lda. Me Myself And Her, Lda. Poonam MLÔJP, Lda. Revista Comércio de Lisboa - Comércio Revista Psicológico Restauração, Lda. Natália Silva Santos Reis Fontinha Rangel 2c - Rangel to Consumer, Lda. Olinda & Jorge, Lda. Sweet & Sparkle, Lda. Oliveira Sá, S.A. Tema Primário, Lda. O Meu Cabelo Natural Unipessoal, Lda. Teresa Espirito Santo Unipessoal, Lda. O Trevo da Guida Unipessoal, Lda. Xeniarf - Unipessoal, Lda. Página Generosa - Unipessoal, Lda. Paula Alexandra Piçarra Rodrigues Planet Brasil Unipessoal, Lda. Prestus, S.A. RA Suplementos Unipessoal, Lda. Recharge, Fitness & Wellness Solutions, Lda. Rona Ribeiro da Cruz Sereia Vedeta Unipessoal, Lda. SHCL Shoes Closet, Lda. Sociedade Cambista José Boniz, S.A. Stanley Black & Decker Holdings Sarl-Suc. Portugal Supersonho, Lda. Tecom - Sociedade Técnico -Com. de Rep., Lda. Teresa Maria Correia Quaresma Lopes Valadri Desporto Unipessoal, Lda. XSS - Extreme Surf e Skate, Lda. Zelia dos Santos Carvalho Cardoso Eventos

Emblema de Ouro - 50 Anos Em 2016 Emblemas de Ouro - 50 Anos Em 2017 Nome Nome A. B. E. P. Agência Bilhetes p/Espectáculos Públicos, Lda. Amorim & Ferreira, Lda. Drogaria e Perfumaria Almeida & Miranda, Lda. Correia Almeida & Ribeiro, Lda. Duarte & Gonçalves, Lda. Electro Popular de Odivelas, Lda. Joaquina & Santos, Lda. Fernando Corujo Pinto Perfeito M. Pimenta, Lda. Jesus Garcia & Mendes, Lda. Papelaria Técnica J. J. Silva & Irmão, Lda. Noival Enxovais, Lda. Pereira & Carmona, Lda. Saniarte Sociedade de Artigos Sanitários, Lda. Tabacaria e Papelaria Sidney, Lda. Soc. de Frutarias Almeidas & Ribeiro, Lda.

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128 Emblemas de Prata - 25 Anos Em 2016 Emblemas de Prata - 25 Anos Em 2017 Nome Nome 1914 - Equipamentos Sanitários, Lda. Alves & Cabral, Lda. América Móvel Soc. Exp. de Móveis, Lda. Caldeira Fotografo, Lda. António Luís Teixeira de Magalhães, Lda. Carisma Papelaria, Lda. Arca Velha Moveis e Artesanato, Lda. Cronos Importadora de Relógios, Lda. Arte Antiga Antiguidades e Decorações Unipessoal, Lda. Drogaria St. Amaro de Andrelino H.F. Antunes Carla Cristina Campos Nunes Fedora Bijutarias, Lda. Certora Medição do Tempo, S.A. Fernando S. Oliveira, Lda. Electrobeato, Lda. Glória de Brito Ferreira Fernandes & Miguel Ângelo, Lda. Gonzaga & Marques Liv. N. Senhora de Fátima, Lda. Revista Comércio de Lisboa - Comércio Revista J. Nascimento Equip. Industrial de Limpeza, Lda. José de Sá Pereira, Lda. José Manuel Pinto Cavacas Alves, Lda. Lisdente, Lda. Lenave Com. Ind. e Repre. Lda. Maria da Conceição Pires Moreira Francisco Loja Augusto Soc. de Vidros e Molduras, Lda. Maria de Lourdes Gonçalves Andrade Madeira & Paixão, Lda. Maria José Henriques Maria Nuvem Comércio e Indústria de Confecções, Lda. Marionnaud Parfumeries Portugal, Lda. Maurício e Cardoso, Lda. Melfa Máquinas Ferramentas e Ferragens, Lda. Melo & Santos, Lda. M. G. S. Sistemas de Etiquetagem, Lda. Nassai Joias, Lda. Montellano, Lda. Nova Noiva Alta Costura, S.A. M. Papelaria Tabacaria, Lda. O Barateiro Ideal de Sapataria, Lda. Optilux Comércio de Artigos de Óptica, Lda. Oliveira & Batista, Lda. Ourivesaria do Combro, Lda. Ortopedia do Caldas - Art. Ortopédicos Medicinais, Lda. Quarenta Sessenta Tabacarias e Papelarias, Lda. Osório Silva & Ribeiro, Lda. Ricardo & Ricardos Joalheiros, S.A. Sadik Ahmad Mahomed Soares Vitor & Ramos, Lda. Tetraluz Material Eléctrico e de Construção, Lda. Tabacaria Artemisa, Lda. V. A. Ferreira, Lda. Vasco Duarte dos Santos Zara Portugal Confecções, Lda. 2017 Espaço Comércio abre na sede 23 da UACS 128

O Espaço Comércio em Lisboa, dirigido ao setor do comércio e serviços está disponível na sede da UACS a partir do início de 2018 e resulta de uma parceria entre a UACS, a Câmara Municipal de Lisboa e o Governo, anunciou o Secretário de Estado Adjunto e do Comércio, Paulo Alexandre Ferreira, durante a cerimó- nia de inauguração e de assinatura do protocolo entre as instituições aderentes.

novo espaço, equivalente aos Um dos objetivos é reduzir custos de con- de Lisboa - Comércio Revista Espaços Cidadão mas para o texto para as empresas, referiu o governan- Comércio e Serviços, surge no te que destacou ainda que o Espaço Co- Oseguimento de um desafio pro- mércio é “especialmente relevante quando posto pela direção da UACS, e tem por se pensa que as empresas neste setor de objetivo disponibilizar um leque de mais atividade – comércio e serviços – são so- de 140 serviços importantes para a sua bretudo micro e pequenas empresas”, onde “Trata-se de um descentralizar, centrali- atividade, seja de início, expansão, alar- o peso dos custos de contexto são mais zando” disse o vice-presidente da Câmara gamento, alteração ou mesmo extinção, significativos. A ideia é também fazer com Municipal de Lisboa, Duarte Cordeiro, na agregando num só espaço físico e de uma que as empresas fiquem mais informadas e mesma ocasião, ou seja conseguir que os forma simples diversos serviços da admi- consequentemente mais cumpridoras. serviços da administração local e central nistração pública, seja ela local ou central, estejam mais próximos, onde estão os em- e da própria UACS, tornando mais acessí- Lisboa torna-se na primeira cidade do País presários, mas também que no mesmo sítio vel todo um conjunto de informação que a receber este tipo de serviço, mas o ob- centralizem todos os serviços necessários é relevante para que este tipo de agentes jetivo é alargar o projeto a outras regiões ao funcionamento da atividade. económicos possa desempenhar da me- que queiram associar-se a esta parceria, lhor forma a sua atividade de prestação disse Paulo Alexandre Ferreira. “Queremos Além da direção da UACS, a cerimónia de serviços. ter mais Espaços Comércio em mais pon- de assinatura do protocolo e inauguração tos do país. Achamos que isto é relevante do Espaço Comércio contou ainda com a Neste projeto estão serviços disponibiliza- para a dinamização da iniciativa privada presença da Secretária de Estado Estado dos pela Autoridade de Segurança Alimen- para que também, por esta via, as nossas Adjunta e da Modernização Administrativa, tar e Económica (ASAE), Direção Geral do empresas sejam mais inovadoras”, concluiu com o vice-presidente da Câmara Munici- Consumidor (DGC), Direção Geral das Ati- o governante. Espera-se que este projeto pal de Lisboa, e representantes da ASAE, vidades Económicas (DGAE) e da Câmara possa ser implementado em outras regiões Direção Geral do Consumidor e Direção de Lisboa, entre outros. do país ao longo do próximo ano”. Geral das Atividades Económicas. Eventos Candidatos à autarquia de Lisboa ouviram preocupações do sector nos “Serões de União”

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Revista Comércio de Lisboa - Comércio Revista Tendo em conta as eleições autárquicas que se realizaram a 1 de outubro, venção prioritária e/ou mais detalhada a UACS organizou durante o mês de setembro, jantares e almoços com (por exemplo, locais de maior tradição os principais candidatos à Câmara Municipal de Lisboa, enquadrados nos e /ou acessibilidade); a revitalização do habituais “Serões de União”. Centro e bairros históricos e da Baixa- - como áreas prioritárias que me- candidata do PSD, Teresa Leal do Comércio e Serviços na área do Mu- recem um tratamento e investimentos Coelho foi quem abriu o ci- nicípio de Lisboa, como são as taxas e especiais; estimular o desenvolvimento clo de debates dos Serões de outras receitas municipais, a mobilidade de novas polaridades comerciais; a va- AUnião, no dia 12 de setembro. e estacionamento, a reabilitação urbana lorização do comércio de proximidade, A então candidata à autarquia expôs as e reforma do regime jurídico do arren- dos Mercados Municipais e dos centros suas principais ideias para a cidade bem damento não habitacional, o turismo, locais como catalisadores de dinâmicas como ouviu dos empresários as suas comércio e promoção económica. O comerciais de bairro; a inversão da lógi- grandes preocupações. João Ferreira foi mesmo documento apresentava ainda ca de substituição de comércio a retalho o segundo candidato a estar presente, algumas propostas de solução. de menor dimensão por estabelecimen- no dia 15 de setembro, para o evento tos de maior dimensão, com particular que decorreu à hora de almoço. Assun- Em matéria de ordenamento comercial, incidência no comércio alimentar, ainda ção Cristas, no dia 18 de setembro e Fer- o documento elaborado pela UACS a hoje verificada; atuações noutros do- nando Medina, no dia 21, encerraram o que os candidatos autárquicos tiveram mínios cujas repercussões na atividade ciclo dos Serões de União. acesso, apresentava como propostas do comércio são evidentes, como sejam potenciar a função comercial enquanto as acessibilidades e estacionamento, a A União entregou aos convidados um componente estratégica na reabilitação qualidade e salubridade dos espaços documento de 14 páginas com o levan- dos bairros históricos e na requalifica- públicos, a animação dos espaços pú- tamento de alguns dos principais pro- ção de zonas periféricas mais degrada- blicos de maior vocação comercial, ou blemas e constrangimentos do sector das; a identificação das áreas de inter- a criação de espaços/ruas pedonais em Os vários candidatos responderam às preocupações do sector com as suas propostas

locais estratégicos e a criação de comis- bem como a redefinição dos critérios sões ao nível das freguesias de Lisboa para atribuição dos dísticos de residen- 2017 que, em conjunto com representantes te e a respetiva fiscalização e a revisão associativos dos comerciantes, dê con- das tarifas praticadas que a União consi- 25 tributos sobre o ordenamento da cida- dera demasiado elevadas, em particular de, ao nível de cada freguesia. para o estacionamento de curta e média duração. 128 Em matéria de Taxas outras receitas mu- nicipais, a UACS considera os montan- No que diz respeito à redução da cir- tes desproporcionados e injustificados, culação automóvel e consequente es- a iniciativas que o promovam como a apelando à sua revisão profunda não só tacionamento na cidade de Lisboa, a Semana do Empreendedorismo de Lis- dos valores aplicados, como dos crité- UACS defende a criação de parques de boa; o fomento do associativismo dos rios relativos aos montantes cobrados estacionamento na periferia da cidade e diferentes sectores de comércio insta- a título de publicidade e ocupações de junto aos terminais de transportes públi- lados em Lisboa enquanto instrumento espaço público, em consonância com os cos, dando direito a transporte público estratégico para a revitalização, moder- princípios da proporcionalidade, da jus- gratuito ao utente que adquirir o ticket nização e animação do comércio da Ci- ta repartição de encargos e da equiva- de estacionamento. dade; o reforço dos Fundos Municipais de Lisboa - Comércio Revista lência jurídica consagrados no art. 4º da de apoio ao financiamento de start-ups Lei nº 53-E/2006 Em matéria de Promoção Económica, e pequenas empresas de Lisboa, e Lojas do Comércio e Turismo em Lisboa a com História. A UACS apela ainda à homogeneidade UACS defende entre outras, potenciar a entre as diversas juntas de freguesia promoção externa de Lisboa e a “mar- O desenvolvimento de rede de espaços da cidade de Lisboa, no que concerne ca Lisboa”, não apenas como destino de incubação e aceleração de empresas à aplicação das taxas e outras receitas turístico, mas também como região de Lisboa, à semelhança da Startup Lis- municipais, que considera fundamental. segura e local de oportunidades de boa - incubadora de Lisboa; a moderni- investimento; apoiar a fixação de uni- zação e requalificação da rede de Mer- Também no capítulo da mobilidade e dades comerciais nos principais eixos cados Municipais de Lisboa, enquanto estacionamento a UACS apresentou as da cidade, como fator de valorização equipamentos que promovem a coesão suas propostas, defendendo uma me- do comércio da marca tradicional, mas social, através da valorização dos bair- lhor rede de transportes públicos, no- também de dinamização económica, e ros e das suas populações, bem como meadamente da Carris, uma definição de fixação de residentes e serviços; de- a economia local; o desenvolvimento de de corredores de circulação prioritária, finir e promover em particular o desen- uma plataforma baseada em dispositi- de interconexão das várias zonas da ci- volvimento de eixos/polos territoriais vos móveis inteligentes, que permita a dade, com uma atenção particular ao onde existe já uma concentração de divulgação de promoções e promoção controle do estacionamento irregular equipamentos comerciais e atividades de eventos e a promoção da elaboração para garantir a máxima fluidez do tráfe- culturais, melhorando as condições de de uma Carta estratégica do Comércio go e disciplina do estacionamento, para mobilidade e segurança. da Cidade foram outras das propostas libertar e requalificar o espaço público. apresentadas no documento de 14 pági- A União defendeu ainda um aumento do A União defende ainda o fomento do nas entregue aos convidados. número de lugares de estacionamento, empreendedorismo e mais visibilidade Eventos

2017 26 Iniciativa da UACS “pinta” noite

128 de Lisboa de Branco

O desafio da Noite Branca estava lançado: no dia 21 de julho os lisboetas foram convidados a vir para a rua vestidos de branco para celebrar o Ve- A inciativa procurou rão, numa iniciativa da UACS que manteve o comércio local aberto, um dinamizar algumas das pouco por toda a cidade, entre as 19h00 e as 00h00. zonas comerciais da urante várias horas, foram mui- que de novo se vai fazendo no comér- cidade

Revista Comércio de Lisboa - Comércio Revista tas as lojas da Baixa e Chiado, cio, mas também levar as pessoas a co- Príncipe Real, Avenida da Li- nhecerem a cidade. Eu acho que cada Dberdade, Rua Castilho, Aveni- vez mais, nós vamos criando o hábito de da da República e Saldanha, Avenida voltar a cidade e a viver a cidade”, afir- de Roma e Guerra Junqueiro, Praça de mou a presidente da direção da UACS, Londres, Alvalade, Campo de Ourique e Carla Salsinha. que estiveram enfeitadas com adereços brancos, cheias de promoções O Presidente da Câmara Municipal de e com muita animação. Lisboa, Fernando Medina, também par- ticipou nesta 1ª Edição da Noite Bran- A iniciativa da União de Associações ca que definiu como “uma forma dos de Comércio e Serviços da Região de lisboetas viverem a sua cidade e do Lisboa e da Cofina, à qual Câmara Mu- comércio se mostrar, de mostrar o que nicipal de Lisboa se associou, procurou pode fazer e de proporcionar uma gran- dinamizar algumas das mais conhecidas de noite onde as pessoas podem andar zonas comerciais da cidade, dos centros na rua e ver coisas que normalmente mais turísticos às áreas de comércio lo- não se vê”, referindo-se à animação. cal e de proximidade, envolvendo mora- dores e turistas. Fernando Medina destacou ainda o evento como “uma marca da afirmação “A ideia foi que numa mesma noite, to- da cidade como uma grande capital eu- das as zonas da cidade que têm mais ropeia”, lembrando importância do se- comércio, estivessem abertas e que tor do comércio como “ uma força viva mostrassem aos lisboetas e não só, o da cidade” que permite dar mais vida a Lisboa e “à nova cidade que está a nas- cer”.

A sede da UACS foi o ponto de encontro para partir à descoberta da cidade en- trando nos autocarros itinerantes que se distribuíram pelas três linhas (vermelha, azul e verde) pensadas para percorrer os diferentes bairros associados a esta iniciativa.

Durante toda a noite os bairros aderen- tes foram animados com numerosas atividades gratuitas: performances de grande impacto visual, músicos itineran- tes, DJs, fado, música eletrónica, dança, bailes e marchas populares, circo, pin- tura, arte para todos onde não faltou a interação com o público.

FOTOS: Arquivo Cofina e ©Câmara Municipal de Lisboa A iniciativa Noite Branca já tem regresso marcado para 2018

2017 27 128 Revista Comércio de Lisboa - Comércio Revista Atualidade

Instanta: 5 anos entre as 100 melhores empresas para trabalhar em Portugal

A Instanta faz mais uma vez parte A empresa apostou no reforço da prestação do ranking das 100 Melhores Em- de serviços e investiu na aquisição de labo- presas para trabalhar em Portu- ratórios próprios digitais e kiosques, que lhe gal, elevando para cinco o número permitem proporcionar a execução de foto- de anos a integrar este ranking. A grafias com elevada eficiência e garantias de empresa portuguesa, fundada em rapidez e qualidade, e uma equipa dedica- 1937, foi distinguida em 2011, 2012, da à Reportagem Social de Eventos. Na loja 2014, 2016 e 2017. da Av. Fontes Pereira de Melo, em Lisboa, montou uma oficina de reparação rápida de notícia foi recebida com “grande material fotográfico – a Camera Clinic. Atual- orgulho” por José Ferreira de Ma- mente possui 7 lojas, abrangendo os princi- Instanta faz tos, administrador da empresa. pais pontos comerciais de Lisboa, Oeiras, A Cascais e Odivelas e uma sua loja on-line. “Foi a quinta vez nos últimos dez anos que fomos distinguidos e isso é um or- O ranking das 100 Melhores Empresas para exposição gulho enorme”, disse José Ferreira de Matos trabalhar em Portuga de 2017 é liderado à Comércio de Lisboa, destacando a moti- pela empresa de tecnologias de informação sob o tema vação, segurança e apoio quando necessá- e comunicação Blip, seguida da KW Busi- rio, como as principais razões pelas quais os ness que trabalha no sector do imobiliário. 2017 colaboradores gostam de traba- 28 Preto e lhar na Instanta. “A Instanta é uma mão amiga 128 Branco junto dos trabalhadores”, afir- mou, dando exemplos de algu- A Instanta reuniu os 50 melhores mas práticas normais na em- trabalhos do Concurso de Foto- presa que vão desde o apoio grafia Instanta’17 na sua exposi- financeiro aos colaboradores, ção anual nas Amoreiras Shopping à criação de horários especiais Center. Este ano a exposição foi su- (com menos horas), nomeada- bordinada ao tema Preto e Branco. mente para aqueles que estão mais próximos da idade da re- A inauguração da exposição foi muito anima- forma. A funcionária mais anti-

Revista Comércio de Lisboa - Comércio Revista da, com convidados e famílias dos fotógrafos ga da Instanta está na empresa presentes, começando a ter já alguma no- desde 1977. toriedade e projeção nacional, admitiu José Ferreira de Matos, administrador da Instanta. Ao longo dos 80 anos de fun- cionamento, a empresa soube A exposição esteve patente até 25 de outu- evoluir ao mesmo tempo que bro e reuniu a melhor seleção dos mais de o sector onde opera, a fotogra- 600 trabalhos que foram a concurso. José fia e entretenimento eletrónico, Ferreira de Matos, já perdeu a conta ao nú- por isso mesmo considera-se mero de anos que a exposição se realiza, uma empresa que “abre a porta aos jovens, A líder do ano passado, a Hilti Portugal, caiu mas diz que o número de participante vai sendo esta mistura [de funcionários antigos para o terceiro lugar. aumentando, havendo sempre cerca de 150 com os novos] que torna a Instanta viável fotógrafos que concorrem todos os anos. e dinâmica, porque não podemos viver só A eleição das Melhores Empresas para Tra- com os trabalhadores mais antigos. Temos balhar é uma iniciativa desenvolvida pela Os três vencedores recebem um livro com de introduzir sangue novo, pessoas com revista EXAME em parceria com a consul- as 50 imagens que fazem parte da exposi- outras experiências e com novos conheci- tora everis e a AESE Business School e visa ção, além de outros prémios em material fo- mentos”. distinguir as organizações que, tendo um tográfico avaliados até 1500 euros. Os fotó- bom clima organizacional, se destacam pela grafos participantes na exposição também A empresa conta atualmente cerca de 28 atitude responsável perante os seus colabo- recebem o livro da exposição. colaboradores diretos, com os quais tem radores e a sociedade uma preocupação constante pela sua for- Para 2018 a realização do concurso está mação em particular no que diz respeito ao A edição de 2017 contou com um universo mais uma vez garantida, mas o tema só atendimento personalizado e nos conheci- de 43000 colaboradores, espalhados por será conhecido em março ou em abril. mentos técnicos. várias zonas do país. Academia do Comércio de Lisboa a dinamizar do sector

A Academia de Comércio de Lisboa, na aceleração de novos negócios, no apoio programa de aceleração no qual assistiram iniciativa da Câmara Municipal de Lis- a comerciantes já instalados e nas Lojas a workshops sobre o futuro do retalho, fi- boa, desenvolvida pela SBI Consulting com História. nanciamento, marketing digital, retalho e que conta com a UACS, a Startup omnicanal, entre outros; fazer uma forma- Lisboa e a Junta de Freguesia do Bea- A primeira ação, circunscrita à freguesia ção em pitch; tiveram reuniões de mentoria to como parceiros, realizou-se este do Beato, pretendeu preparar o tecido co- periódicas com a equipa da organização; ano pela primeira vez e teve como mercial adjacente ao Hub Criativo do Beato reuniões com mentores com experiência no vencedor do programa, o projeto para as transformações decorrentes da re- comércio; acompanhamento individual para Koala Rest. qualificação deste espaço. No fundo a ideia cada projeto; eventos de networking; talks foi contribuir para o reforço da competiti- inspiracionais e um Demo Day que consistiu vencedor recebeu, entre outros vidade e sustentabilidade dos negócios já na apresentação pública final dos projetos prémios, seis meses de incuba- instalados naquela zona de Lisboa. finalistas. ção na Startup Lisboa, acompa- Onhamento e consultoria estraté- Esta ação assentou na aplicaço pratica de gica durante seis meses e quotas da UACS ferramentas e metodologias de gestao, que durante um ano. permitiram capacitar empreendedores e antecipar as dificuldades inerentes a imple- Foram ainda atribuídas Menções honrosas mentação de novos negócios. Os destinatá- aos projetos Pop the Bubble pelo maior rios foram empreendedores com mais de 18 potencial de escalabilidade, ao Atelier En- anos, de qualquer nacionalidade, com ideias caixe, pela valorização do saber fazer e ao de negócio inovadoras implementadas em 2017 Armazém das Malhas, pela valorização do Lisboa e que fossem de projetos online e comércio tradicional. offline, na área do comércio a retalho. 29

A iniciativa, que tem como principal objeti- Submeteram-se ao programa 48 candida- vo contribuir para a competitividade e dina- turas das quais saíram 16 projetos selecio- 128 mização do comércio de Lisboa, aposta na nados por um júri composto, entre outros revitalização de negócios já instalados e na por Marta Miraldes da SBI Consulting, Car- implementação de novos conceitos a insta- la Salsinha da UACS e Miguel Fontes da lar ou a desenvolver na cidade de Lisboa, Startup Lisboa. Os projetos selecionados em três vetores distintos, nomeadamente tiveram a oportunidade de participar num Revista Comércio de Lisboa - Comércio Revista atualidade

Sessão de es- UACS recebeu seminário clarecimento sobre Investimento Contratação Público Sustentável de trabalha- O seminário “Investimento Público Sustentável – Efeitos na Alavancagem da Economia”, organizado pela Ordem dos Engenheiros, em colaboração com a dores estran- UACS e a Câmara Municipal de Lisboa foi um dos primeiros eventos de 2017. erante uma plateia de mais de geiros em cem pessoas, especialistas na- cionais e estrangeiros nas áreas Pda economia e finanças, tais Portugal como Filipe Cartaxo, Diretor-Geral do A UACS realizou uma sessão prática BPI; Alfredo Marvão Pereira, Professor de esclarecimento sobre a Contra- Catedrático no College of William and tação de trabalhadores estrangeiros Mary; Maria Teodora Cardoso, Presiden- em Portugal, uma matéria considera- te do Conselho de Finanças Públicas; da como “da maior importância”. A Laurent Maurin, economista sénior do sessão teve o apoio e a colaboração Banco Europeu de Investimento e João do Serviço de Estrangeiros e Fron- Varejão Faria, em representação da Co- teiras, contando o Inspector Chefe missão Europeia em Portugal, discuti- António Galvoeira, como orador. ram as suas ideias sobre o investimento público. 2017 urante a sessão de mais de 30 duas horas, a plateia teve opor- Coube ao Presidente da Câmara de Lis- tunidade de saber quais as con- boa, Fernando Medina abrir a sessão e dições para contratarem cola- na sua intervenção defendeu que o in- 128 D boradores estrangeiros e quais os riscos vestimento público é fundamental para que correm se não observarem a lei. a economia, a coesão e o bem-estar. Fernando Medina criticou a existência de Os presentes ficaram a conhecer os di- uma “retórica adversária que ostracizou versos tipos de vistos, nomeadamente o investimento público” nos últimos anos, visto concedido no estrangeiro, de curta comentário com o qual o economista do duração para trabalho sazonal por perío- College of William and Mary, nos Esta- do igual ou inferior a 90 dias a nacional dos Unidos, Alfredo Marvão Pereira con- tando para a necessidade de “aprender de Estado terceiro, consagrado na Lei n.º cordou ao dizer que “nos últimos dez com os erros do passado”. 102/2017 de 28 agosto na quinta alteração anos fiz uma travessia do deserto por

Revista Comércio de Lisboa - Comércio Revista à Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, que aprova defender o investimento público”. Teodora Cardoso referiu ainda a prática o regime jurídico de entrada, permanência, de vários anos a investir em investimen- saída e afastamento de estrangeiros do Teodora Cardoso chamou a atenção to público, muito mais em termos do seu território nacional e transpõe as Diretivas para a necessidade de repensar o pro- impacto a curto prazo do que nos seus 2014/36/UE, de 26 de fevereiro, e 2014/66/ cesso de investimento público, conside- efeitos estruturais a longo prazo. Porém, UE, de 15 de maio de 2014, e 2016/801, de 11 rando essencial que este não seja feito com a crise, o investimento público foi de maio de 2016. Também são concedidos à custa de dívida. Na sua opinião o in- quem mais pagou, estando a descer a os vistos de estada temporária (período vestimento deve gerar receitas que per- um ritmo “que já nem dá para a manu- inferior a um ano) e o visto de obtenção mitam amortizar a dívida. Para a presi- tenção nas infraestruturas”. de residência. Entre outros requisitos e si- dente do Conselho de Finanças Públicas tuações de exceção, a obtenção deste só ainda há muita coisa que continua mal Marvão Pereira também é da opinião de é concedida aqueles que tenham um con- e que é um risco para a sustentabilida- que tem de se olhar mais para o longo trato de trabalho celebrado nos termos da de das contas públicas. De acordo com prazo e de haver um plano mais rigoroso lei e estejam inscritos na Segurança Social. a economista, falta informação ao nível nos custos e benefícios, defendendo um da despesa pública que permita fazer investimento público bem utilizado, com Por sua vez, quem utiliza mão-de-obra escolhas e para que ela seja sustentável. fundamentos sólidos e transparentes. estrangeira em situação ilegal pode in- Na sua opinião se errarmos nas esco- correr, no mínimo numa coima de 2 mil lhas “vamos andar sempre aflitos, cada Laurent Maurin, economista sénior do euros, que é agravada consoante o nú- vez mais dependentes dos credores e a Banco Europeu de Investimento (BEI), mero de trabalhadores, pela prática de fazer o que os credores nos mandam”. um dos grandes credores de Portugal, contraordenações tais como auxílio à Para a economista “Os maus investimen- defende que é preciso investimento, imigração ilegal ou angariação de mão- tos do passado limitam os bons de hoje mas sobretudo privado, até porque Por- -de-obra ilegal. Nestes casos incorre em e até os maus porque o país não tem ca- tugal tem hoje condições de financia- penas de prisão. pacidade para os financiar”, disse, aler- mento muito difíceis. Arraial UACS e exposição de Tronos de Santo António animaram rua Castilho

A UACS realizou pela terceira vez consecutiva, o Arraial da UACS apresentando como novidade uma exposição de Tronos a Santo An- tónio, realizada em parceria com a Freguesia de Santo António.

exposição, que esteve patente de 8 a 22 de junho, reuniu tra- Sessão na UACS esclarece 2017 balhos de crianças, nomeada- Amente alunos das escolas Luísa 31 novas regras do Livro de Ducla Soares, São José e do Projeto Bús- sola que deram largas à sua criatividade e apresentaram os seus projectos dando 128 Reclamações um cunho pessoal e contemporâneo à tradição. A UACS e a Direção-Geral do Consumidor realizaram uma sessão sobre Livro de Reclamações, em novembro em que foram dadas a conhecer as A tradição dos Tronos de Santo António principais alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 74/2017, de 21 de remonta ao século XVIII e terá começado junho. após o terramoto de 1755, quando a Igre- ja de Santo António ficou parcialmente nova alteração tem como ob- cher a folha de reclamação (o operador destruída. jetivos simplificar e desma- económico deve preencher a folha de

terializar os procedimentos reclamação nos exatos termos descritos Santo António, que tem um lugar cativo de Lisboa - Comércio Revista Arelacionados com o envio e oralmente pelo consumidor). no coração dos lisboetas, não podia fi- tratamento das folhas de reclamação; car sem domicílio, tendo provavelmente reforçar a proteção dos direitos e inte- Outra das novidades do Livro de Re- começado aí a tradição de se pedir “um resses dos consumidores no exercício clamações é a possibilidade de realizar tostãozinho para o Santo António” e ar- do direito de queixa através do Livro averbamentos, num máximo de oito recadar fundos para reconstruir a igreja. de Reclamações e criar o formato ele- por livro. Estas alterações são possíveis Os tronos, que inicialmente eram réplicas trónico do Livro de Reclamações, numa quando ocorra a mudança de morada mais ou menos fiéis do altar da Igreja de primeira fase para os prestadores de do estabelecimento, a alteração da ati- Santo António, eram construídos pelos Serviços Públicos Essenciais (SPE) mas vidade ou do respetivo CAE, ou a altera- populares que se reuniam nos pátios das que será alargado a outros sectores eco- ção da designação do estabelecimento suas casas, com o apoio das coletivida- nómicos de forma faseada. ou do fornecedor de bens ou prestador des dos bairros. de serviços. Para pedir o averbamento, Além destas, as novas alterações pre- o empresário deve solicitar a alteração A inauguração da exposição realizou-se tendem ainda consagrar o direito de pretendida através da loja online da Im- no mesmo dia em que decorreu o Arraial, resposta ao consumidor no prazo máxi- prensa Nacional-Casa da Moeda (INCM) dirigido em particular aos empresários mo de 15 dias úteis no caso de reclama- que por sua vez fornecerá (através de do Comércio e ao público em geral, onde ções sobre serviços públicos essenciais envio postal registado) uma folha de não faltaram as bifanas, as sardinhas, o – (água, energia, gás, comunicações averbamento autoadesiva, com hologra- caldo verde e muita animação. eletrónicas e serviços postais); o esta- ma, personalizada com os novos dados belecimento da obrigação de auxílio que deverá ser aplicada no livro de re- O arraial é visto como uma forma dos aos consumidores que, por razões de clamações. O preço da folha de averba- empresários se associarem às Festas de analfabetismo ou incapacidade física, se mento é de €6,00. Lisboa e de conviverem fora dos ambien- encontrem impossibilitados de preen- tes mais formais. atualidade

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128 Luzes de Natal iluminam mais ruas de Lisboa em 2017 Foto: Câmara Municipal de Lisboa Câmara Foto:

Este ano a iluminação de Natal, considerada uma das iniciativas do ano

Revista Comércio de Lisboa - Comércio Revista mais importantes para o comércio de Lisboa e que conta com o apoio da O pinheiro, uma UACS, contempla 36 ruas, praças e avenidas, tendo sido conseguida com estrutura com cerca o recurso a mais de 2 milhões de lâmpadas de baixo consumo com tec- nologia LED o que permite uma poupança de energia de cerca de 80% de 30 metros de altura, face às luzes incandescentes. o que equivale a um s luzes foram inauguradas a 1 de pação da autarquia em dinamizar o co- prédio de 10 andares, dezembro, pelas 18h00, na pre- mércio fora na zona central da cidade, ilumina a praça do sença, entre outros, do presidente justificou o presidente da Câmara, Fer- Comércio com as suas Ada Câmara Municipal, Fernando nando Medina, durante a apresentação Medina e da presidente da UACS, Carla das luzes de Natal. mais de 86 mil lâmpadas Salsinha. No mesmo dia realizou-se uma parada que também se repetiu a 2 e 3 de Este ano, beneficiando do fim das obras, LED dezembro, em três momentos ao longo do as iluminações regressam à Avenida da dia. A parada, que percorreu ruas da Baixa, República e à Avenida Fontes Pereira Bairro e Chiado, efetuou paragens em lojas de Melo e estão presentes pela primeira com história, sendo o seu objectivo não só vez na Rua da Misericórdia e na Rua de animar as ruas, mas também cativar o públi- Belém. co a acompanhar o desfile, levando-o a co- nhecer melhor o comércio que por ali existe, O pinheiro, uma estrutura com cerca de sobretudo algumas lojas com história. 30 metros de altura, o que equivale a um prédio de 10 andares, ilumina a pra- As decorações, espalhadas por mais zo- ça do Comércio com as suas mais de 86 nas da cidade, resultam de uma preocu- mil lâmpadas LED. No também há uma árvore mas menor, e em contraparti- da esta praça recebe o Mercado de Natal.

Este ano, apesar de haver mais ilumina- ções, o investimento será menor, rondan- do os 650 mil euros, menos 110 mil euros do que em 2016.

O programa desta quadra foi apresenta- do nos Paços do Concelho pelo presiden- te da Câmara que desvendou o programa que inclui concertos de música não só em igrejas como em espaços de outros cultos, como o Centro Ismaili de Lisboa e o Templo Radha Krishna.

Por sua vez, as várias tradições do Natal são dadas a conhecer no Museu de Lisboa, como a árvore enfeitada, que vem da épo-

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a protagonizarem alguns dos principais atrativos do espaço que conta ainda com

uma feira de artesanato de vários pontos de Lisboa - Comércio Revista do país.

O Videomaping Lisbonland este ano mu- dou da Praça do Comércio para a Fonte Luminosa, na Alameda Afonso Henri- ques.

Para o final do ano estão pensados três dias de festa na praça do Comércio, no dia 29 o palco será de Ana Moura, e a 30, de Lura e Bonga. Para o último dia do ano a animação está a cargo de Mar- ta Ren& The Groovelvets e dos Capitão Fausto. A chegada de 2018 é celebrada com 12 minutos de fogo-de-artifício ao som de uma música composta pelos Beatbombers. A animação percorreu as ruas durante a inauguração das iluminações de Natal O ano começa ao som do Pop Rock Por- tuguês, com artistas onde se inclui no- ca dos romanos, ou as várias figuras do land Lisboa 2017”, com a roda gigante, car- mes como Lena D`Água, Miguel Ângelo, presépio. O parque Eduardo VII recebe até rosséis, a pista de gelo ecológica, um glo- Luís Portugal ou Rui Pregal da Cunha, en- 1 de janeiro o Mercado de Natal “Wonder- bo de neve gigante e a casa do Pai Natal, tre muitos outros. Atualidade

Exposição mostra as “Lojas com História” de Lisboa

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A exposição Lojas com História, uma iniciativa do pelouro da Cultura da 128 Câmara Municipal de Lisboa que decorre do programa com o mesmo nome recebeu até 26 de outubro, mais de dois mil visitantes desde que abriu em setembro e mostra os estabelecimentos comerciais que fazem a narrativa de Lisboa.

programa já distinguiu e confir- as paredes das salas encontram-se obje- mou 82 estabelecimentos co- tos e memórias que contam a história de merciais “que se destacam pe- uma época e sobretudo de uma loja. Ali Olas suas características únicas conhecem-se histórias pessoais de per- e valor histórico, arquitetónico, artístico e severança, coragem, ousadia, permitindo

Revista Comércio de Lisboa - Comércio Revista cultural”, visa “proteger e promover o co- descobrir também uma Lisboa colorida, mércio tradicional e de excelência em re- viva, rica e muito particular. Cada painel conhecimento da sua importância para a conta a história de uma loja e contextua- identidade da cidade”. O número de lojas liza-a na história de Portugal e da cidade. distinguidas poderão aumentar, embora De destacar a história da papelaria Au Pe- não haja ainda uma data para o anúncio. tit Peintre que em 1928 funcionou como tipografia e lançou o Jornal da Mulher, in- Segundo Lucília Guerra, da Direção Mu- centivando à emancipação feminina. nicipal de Cultura da CML, “o Pelouro de Cultura decidiu organizar esta exposição Um memorial recorda ainda as lojas que como forma de divulgação e promoção Lisboa perdeu, mas que fazem parte das ditas lojas, tentando, através dos ele- para sempre da sua história. São os ca- mentos a exibir, realçar o porquê da dis- sos, por exemplo, dos Armazéns Grande- tinção”. Por outro lado, “visou-se mate- lla, Armazéns do Chiado, da Pompadour rializar uma das incumbências assumidas ou dos Porfírios, entre outros. resta tanta história e histórias, atividades por este Pelouro no âmbito do Programa e memórias que se podem reviver num - a produção de iniciativas culturais re- “Conhecer o comércio de uma cidade (e revigorante passeio pela cidade. É um lacionadas com as “Lojas com História”. as oficinas que alimentam esse comér- passeio por lojas que contam a História cio) ajuda a conhecer os gostos dos seus de Lisboa e que, através da sua arqui- A exposição, cuja data de encerramento habitantes, os seus hábitos e a perceber tetura, da decoração ou dos produtos foi alargada até 30 de dezembro, está pa- como o quotidiano se desenha enraiza- que vendem, dão notícia dos tempos da tente na rua da Conceição, 134. A mostra do num passado que constantemente se Monarquia, dos primeiros anos da Repú- estende-se por dois pisos, com núcleos atualiza. Desse passado, que a dinâmica blica, de dias de grandes dificuldades ou de lojas divididas por atividade. Por entre dos dias impediu que se cristalizasse, de épocas de abastança. São também 2017 35 128

tidiana, lidas através do seu comércio, dá ar

da sua graça e afirma a cultura alfacinha.” de Lisboa - Comércio Revista

Lucília Guerra considera que o objetivo da exposição está “muito perto de ser conse- guido, tendo em conta, “em primeiro lugar, a satisfação relativamente ao produto fi- nal demonstrada pelos lojistas envolvidos, pelos seus familiares, amigos e até antigos clientes (que recordam com saudade e al- guma nostalgia tempos mais antigos em que eram assíduos frequentadores e con- sumidores destas lojas e de outras já desa- parecidas); depois o número de visitantes e interessados na Exposição até este mo- mento; e ainda as muitas opiniões favorá- veis que temos recebido dos mais diversos quadrantes, desde o público em geral, enti- dades, comunicação social e outros.” notícia de movimentos sociais, estéticos esplendor e a singularidade de uma Lisboa O projeto Lojas com História já deu origem e políticos que as criaram e que, nalguns que não se afirma apenas pela beleza das a um livro e foi distribuido um autocolante. casos, cresceram até dentro delas”, lê-se suas ruas e colinas ou pela imponência dos no site da iniciativa, que descreve ainda seus monumentos mas que, nas mais pe- Fotos: ©CML | DMC | DPC | José Vicente a iniciativa como “uma exposição sobre o quenas e particulares marcas da vida quo- 2017 Atualidade

2017 36

128 4ª Parada de Automóveis Antigos Desfile de Automóveis Antigos voltou a animar a Av. da Liberdade

Revista Comércio de Lisboa - Comércio Revista A avenida da Liberdade reviveu o início do século XX em finais de setem- bro, quando voltou mais uma vez a ser o palco da parada de automóveis antigos que, na sua quarta edição, acaba por já fazer parte do calendário de eventos de Lisboa.

iniciativa conjunta da União de praça do Saldanha, av. Fontes Pereira de Associações do Comércio e Melo, praça Marquês de Pombal até che- Serviços e do Clube de Auto- gar finalmente à av. da Liberdade. Amóveis Antigos da Costa Azul e com o apoio da Câmara Municipal de Além do referido Packard, alguns dos veí- Lisboa reuniu cerca de 230 viaturas de culos mais destacados foram um Ford T diversos tipos, desde automóveis a au- de 1910 e de 1915, um Rolls Royce, de 1913, tocarros, passando por carros de corri- um Fiat de 1921 e tantos outros antigos da, cujos proprietários, colecionadores dos anos 10 e 20. Este ano a exposição privados, preservam em perfeito estado. incluiu ainda um autocarro da marca Guy, de 1950, pertencente ao clube de auto- O início do desfile teve lugar, como habi- móveis. tualmente, no Palácio da Justiça liderado pelo Chevrolet Packard de 1938, pertença Outras marcas como Cadillac, Bentley, de Marco Paiva, onde a bordo iam Carla Buick, Jaguar, Porsche, Packard, Che- Salsinha, presidente da UACS e Duarte vrolet, Lincoln, MG, Triumph, Merce- Cordeiro, vice-presidente da C.M.L. Dali o des, Ferrari, Alfa Romeo, Citroën, Opel, desfile percorreu a rua Marquês da Fron- Fiat, Morris, BMW, Volkswagen, Austin teira, av. Duque de Ávila, av. da República, e outras, despertaram a curiosidade de locais e estrangeiros que estiveram naquela tarde quente em Lisboa e mo- tivaram muitos vídeos e fotografias, já que muitos foram os proprietários que se vestiram a rigor, com trajes do início do século. 2017 Os 230 Automóveis ficaram em expo- 37 sição na faixa central da avenida da Li- berdade no troço compreendido entre o atravessamento da rua Alexandre Her- 128 culano e a rua das Pretas.

No final do evento, todas as viaturas vol- taram a desfilar, desta vez até ao Ros- sio, regressando novamente à avenida da Liberdade subindo até à rotunda do Marquês de Pombal, onde o desfile ter- minou. Revista Comércio de Lisboa - Comércio Revista Atualidade

Livro “A Resiliência do Comércio – As lojas centenárias de Lisboa” explica resistência do sector como muito relevante para a sobrevivência 2017 O livro de José António Rousseau, “Resiliência do Comércio – As lojas cente- nárias de Lisboa” foi lançado em Outubro na UACS e pretende mostrar como o da empresa. 38 comércio constitui uma alavanca dinamizadora da vida das cidades, explican- do as razões porque algumas lojas conseguiram resistir ao longo do tempo. O trabalho de investigação é visto pelo au- tor do prefácio, João Vieira Lopes, presiden- 128 rata-se de um trabalho de investi- Durante o trabalho de investigação cujo ob- te da Confederação do Comércio, como um gação, editado pela Principia, que jetivo foi tentar identificar e compreender “estudo com muito interesse para todos os teve por base as lojas centenárias as razões da longevidade desses negócios, que se preocupam com os caminhos e de- Tde Lisboa, nomeadamente 47, e que alguns deles nascidos ainda no século XVIII, safios do comércio em Portugal”. Para este obedeciam ao critério de serem “lojas reta- o presidente do Fórum do Consumo e pro- responsável o comércio “continua a ter um lhistas, de natureza independente, fundadas fessor universitário concluiu que a localiza- papel social na estruturação da vida urbana há mais de 100 anos e ainda abertas ao pú- ção, a especialização e a qualidade são as e nas relações quer entre várias comunida- blico”. Fora do estudo ficaram lojas ligadas à características que os proprietários consi- des que a compõem, quer no interior de um restauração e as que evoluíram para cadeias deram mais importantes. Em contrapartida, país ou com o exterior”. de retalho. a transição familiar do negócio não foi visto Revista Comércio de Lisboa - Comércio Revista Loja Guebarro foi a vencedora da iniciativa “Ó Mouraria, ilumina a montra!” A loja Guebarro foi a vencedora A iniciatica contou com a participação Guebarro, Hua Ta Li, Alex Fios, Bijucacá, D. do primeiro concurso de design de de dez lojas localizadas na Mouraria. Mélida, Tabernices, Baratal, Loja Augusto, iluminação de montras que decor- Domingos & Nogueira e FK Nepal foram as reu da ação “Ó Mouraria, ilumina O principal objetivo desta iniciativa, lojas que fizeram parte do projecto e cujas a montra!” da LabLD, associação que contou com a parceria da Associa- montras foram intervencionadas por equi- portuguesa de designers de ilumi- ção Renovar a Mouraria, foi demons- pas de quatro estudantes de arquitectura e nação independentes. trar que o design de iluminação pode design, lideradas por um designer por loja. promover a valorização das montras As ideias de iluminação foram desenvolvi- ação de promoção do co- do pequeno comércio e consequen- das de acordo com o tipo de comércio. mércio tradicional na Mou- temente, promover as actividades co- raria decorreu durante três merciais e o espaço urbano em que Com esta ação a associação pretendeu A dias em setembro, tendo a estas se inserem, mostrar que o design sublinhar a importância do designer de iniciativa surgido do desejo da LabLD de iluminação pode contribuir para iluminação, bem como sensibilizar os es- de fazer uma atividade num bairro his- destacar as singularidades da Moura- tudantes designadamente de arquitetu- tórico de Lisboa na área do design de ria, além de envolver a população local ra e design, para as particularidades do iluminação, dando luz a algumas mon- na experiência. design de iluminação e gerar interesse tras de lojas. sobre a profissão. UACS recebeu primeiro ciclo de conferências sobre Lisboa

2017 39 128

"Novos Estudos & Novos Olhares sobre a cidade: Lisboa do Terramoto à Re- pretendeu-se averiguar “a noite como es- volução de Abril" foi o título do 1º ciclo de conferências mensais organizadas paço/tempo urbano e de que forma foi por Daniel Alves (Instituto de História Contemporânea (IHC) e Rosa Fina (IHC/ sendo tratado (e vivenciado) pelo poder Centro de Investigação da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa - e pelo povo”. CLEPUL) e que decorreram na sala do Conselho da UACS.

Na conferência “Lisboa caes da Europa: de Lisboa - Comércio Revista s conferências, num total de 10 nizadores foi também partilhar “histórias e do rio se fez cidade”, a temática foi de 11 inicialmente previstas, foram nunca antes contadas sobre Lisboa e os perfeitamente atual já que versou sobre consideradas pelos organizado- lisboetas”, e “apelar à imaginação” dos o desenvolvimento do eixo ribeirinho. As Ares como “uma boa oferta de di- assistentes levando-os ao debate dos te- conferências versaram ainda sobre: As- namização cultural da UACS para a cidade mas propostos. sociações de classe e intervenção ope- de Lisboa e para os seus sócios”, e versa- rária na Lisboa no final do século XIX; ram sobre os mais diversos temas, numa As conferências decorreram de fevereiro “Uma cidade culturalmente fervilhante? perspetiva de renovação do olhar sobre a a dezembro, com interrupção no verão, e O comércio de livros no final da Lisboa investigação académica sobre Lisboa. Os abordaram temas como “Random-Walks Oitocentista (1890-1910)”; “A importância temas enquadraram duas visões da cidade, on the plans for the 1755 Lisbon recons- da cartografia histórica para os estudos por um lado, visaram “caracterizar a vivên- truction. Cities as Complex Systems” que de forma urbana: os casos de Lisboa e cia quotidiana, a sociabilidade e as dinâmi- versou sobre o trabalho realizado sobre Porto”; "O presságio d'alva como que cas culturais, sociais ou políticas daqueles a cidade de Lisboa para o período pós tornou a cidade mais sonora: sons, espa- que viveram ou passaram pela cidade; e, terramoto de 1755; “Lisboa conventual: ços e vida quotidiana em Lisboa no final por outro lado, analisar o seu espaço físico, reconstrução digital de património ar- da Monarquia Constitucional”; “Novas vi- o seu pulsar urbano, as suas transforma- quitetónico” cujo objetivo foi apresentar vências na cidade? A boémia em Lisboa ções”, lê-se no blog dos organizadores. “como teriam sido alguns destes espa- (1880-1929)” e, finalmente, “Lisboa, cida- ços conventuais à data da extinção das de de resistência”, que encerrou o pri- Os organizadores explicam ainda que as ordens religiosas e mostrar como parte meiro ciclo destas apresentações. Agen- conferências abrangem uma janela tem- deles, ou no seu todo, permanecem sub- dada para janeiro está a conferência “Os poral de mais de dois séculos, procuran- tilmente até aos dias de hoje”; “As várias riscos de ser o “cais da europa”: Lisboa do abarcar a História de Lisboa do século noites de Lisboa (1780-1900): uma pers- e as redes internacionais de cooperação XVIII ao século XX. O objetivo dos orga- petiva histórica, social e literária” no qual policial, c.1890-1940”. Atualidade

UACS patrocinou Night Run for Wishes

Seminário da UACS esclarece sobre novo regulamento geral de proteção de dados A UACS foi uma das patrocinado- No seguimento de muitos pedidos de um nome, um número de identificação, dados de localização, identificadores por 2017 ras da primeira edição do evento esclarecimento por parte dos associa- Night Run for Wishes que se reali- dos, a UACS realizou um seminário em via electrónica, ou a um ou mais elementos 40 zou em Lisboa, a 6 de Maio, tendo outubro sobre o novo regulamento específicos da identidade física, fisiológica, as bandeiras da União sido coloca- geral da proteção de dados pessoais genética, mental, económica, cultural ou so- das no ponto de check-in do even- que vai entrar em vigor em maio de cial dessa pessoa singular”. 128 to. 2018. O novo regulamento consagra o direito do evento da Fundação Make- sessão revestiu-se de grande im- titular exigir a quem fez o tratamento dos -a-Wish em parceria com o portância dado o impacto que o dados pessoais que estes sejam apagados Instituto Superior de Ciências novo regulamento poderá ter em sem demora, acto que este tem a obrigação OPoliciais e Segurança Interna Amuitas entidades do sector do co- de fazer sem demora injustificada. inseriu-se nas comemorações globais do mércio e serviços e nas entidades que tra- World Wish Day e teve como principal tam dados pessoais, pelas coimas avultadas Durante a sessão, os assistentes aproveita- objetivo angariar fundos que reverte- em que poderão incorrer os incumpridores ram a ocasião para esclarecer as suas dú- ram na sua totalidade para a Fundação e pela complexidade de algumas questões vidas e ficaram a saber, por exemplo, o que

Revista Comércio de Lisboa - Comércio Revista Make-a-Wish cuja missão é a de realizar que carecem de esclarecimento devem fazer em termos de regras de segu- desejos de crianças gravemente doen- rança ou sobre as situações em que o trata- tes. Durante a sessão, que contou com o apoio e mento de dados é lícito. colaboração da consultora jurídica da UACS, A corrida consistiu em dois trajetos dis- Ana Isabel Navarro, os associados ficaram a Uma das matérias mais importantes neste tintos, um Trail Urbano com 16km de conhecer as razões para o novo enquadra- assunto é a da violação dos dados pessoais, distância e uma Caminhada de 4km. mento, o que é o Regulamento Geral da entendendo-se esta como “uma quebra da Ambas com partida e chegada ao Par- Proteção de Dados, a quem se aplica e qual segurança que provoque, de modo acidental que Eduardo VII. As inscrições dos par- o impacto, bem como quais os requisitos e ou ilícito, a destruição, a perda, a alteração, ticipantes tiveram um custo de 13 euros principais alterações e o que se deve fazer a divulgação ou o acesso, não autorizados, para os primeiros 300 e de 15 euros para para garantir o cumprimento. a dados pessoais transmitidos, conservados os restantes. ou sujeitos a qualquer outro tipo de trata- Uma das informações transmitidas durante mento “, bem como as sanções a que estão Foram atribuídos prémios aos três pri- o seminário foi identificar o que são efeti- sujeitos em caso de incumprimento com o meiros participantes masculinos e fe- vamente considerados dados pessoais, uma estipulado no regulamento. mininos, bem como prémios especiais vez que vão mais além do nome ou núme- para outras categorias como por exem- ros de identificação civil ou fiscal. De acordo Leia a partir da página 46 desta edição o ar- plo o atleta mais velho, o mais novo, ao com o artigo exposto sobre este assunto tigo dedicado a este assunto. atleta PSP, ao primeiro atleta masculino no final desta revista, os “dados pessoais e feminino a atravessar a meta intermé- traduzem-se em informação relativa a uma A UACS prevê realizar ainda uma formação dia e o sorteio de um voucher para um pessoa singular identificada ou identificá- sobre o tema, logo que aprovada a legisla- hotel em Lisboa entre todos os partici- vel - que é o titular dos dados. Uma pessoa ção nacional em matéria de protecção de pantes. será identificável (directa ou indirectamen- dados pessoais te) por referência a um identificador como UACS já tem Arquivo Digital do Comércio de Lisboa A UACS já tem online o arquivo his- tórico que abrange documentos desde 1870 até 1974 relativos ao sector do comércio.

arquivo digital do comércio de Lisboa resultou de uma candidatura ao programa O "Concurso de Recuperação, Tratamento e Organização de Acervos Documentais 2016" e consequente fi- UACS homenageia Fernando Perfeito nanciamento da Fundação Calouste com nome de sala Gulbenkian. O projeto do arquivo da União de As- 2017 Direção da UACS prestou ho- ção dos Comerciantes dos Adornos e sociações de Comércio e Serviços foi menagem ao dirigente da as- Utilidades do Distrito de Lisboa e um realizado e concluído através de uma 41 sociação Fernando Perfeito, acérrimo promotor do movimento as- colaboração com o Instituto de História atribuindo o seu nome à sala sociativo ao longo de mais de 20 anos. Contemporânea, da Faculdade de Ciên- A 128 onde está instalado o arquivo histórico Com mais de 40 anos de experiência, a cias Sociais e Humanas, Universidade que abrange documentos desde 1870 sua loja é, segundo o portal do eletro- Nova de Lisboa. até 1974 relativos ao sector do comércio. doméstico, a “mais antiga do bairro da Encarnação”. O arquivo pode ser consultado online e Fernando Perfeito, empresário associa- in loco, devendo os interessados identi- do, dirigente da UACS e da Associa- ficar os arquivos que querem consultar antes de se deslocarem à UACS.

O arquivo demorou um ano a ser or- O Site da UACS foi reformulado ganizado e inventariado numa base de

dados e estando toda a documentação, de Lisboa - Comércio Revista para prestar um melhor serviço que inclui livros, fotografias, periódicos entre outros, guardada num arquivo ao associado. próprio. A partir de agora pode ser visuali- A área da formação também se encon- A informação está compilada em ca- zado em multiplataformas tornan- tra mais acessível e contém já a forma- tálogo num website em http://arqui- do o acesso ao seu conteúdo mais ção que se vai realizar no primeiro se- vodigitalcomercio.fcsh.unl.pt/index. universal, facilitando a sua consulta mestre de 2018. php/?sf_culture=pt onde se pode pes- independentemente da plataforma quisar o catálogo e consultar ou des- através da qual o consulta. Finalmente é agora possível a inscrição carregar alguns livros mais importantes como associado através unicamente do site. que estão digitalizados, disse Daniel objetivo é ter um site mais Alves, historiador e autor do livro A Re- legível e com a informação Venha ver em: www.uacs.pt pública atrás do balcão. Os lojistas de mais facilmente acessível. A Lisboa e o fim da Monarquia, à Comér- Opesquisa está mais refinada e cio de Lisboa. mais visíveis estão também os protoco- los institucionais e de cooperação, bem De acordo com o professor ainda fal- como os serviços que a UACS presta tam alguns pormenores para dar o pro- aos seus associados. Continuamos com jecto como finalizado, nomeadamente a área de acesso reservado disponível um regulamento para a consulta do apenas para os nossos associados (se arquivo, para se definirem regras de ainda não tem a informação para aceder consulta. à área reservada contacte-nos). Lembramos a obrigato- riedade que as Empresas e Empresários do Co- mércio e Serviços têm de FICHA PROVISÓRIA cumprir a Legislação em vigor no que se refere à Prevenção de Riscos Pro- DE ADESÃO fissionais, Medicina do Trabalho e Higiene e Se- gurança

UACS – MEDICINA DO TRABALHO (ENTIDADE CERTIFICADA E AUTORIZADA PELA ACT - Autoridade para as Condições do Trabalho)

Empresa ______

Associado n.º ______/______NPC ______CAE ______Nº Seg. Social ______

Morada (Sede) ______

Cód. Postal ______- ______Tel ______Fax ______

Morada (Correspondência) ______

Cód. Postal______- ______Tel ______Fax ______

Morada (Estabelecimento) ______

Cód. Postal______- ______Tel ______Fax ______

Nome completo do(a) Gerente que vai outorgar o Contrato de Adesão ______

N.º de empregados (incluindo Sócios - Gerentes)______e-mail: ______

N.º de estabelecimentos ______

2017

42 Pretendemos aderir ao serviço de:

 Medicina do Trabalho o 128 Na(s) modalidade(s):

o Modalidade 0 o Modalidade 2 o Modalidade Top o Modalidade 25

Obs.: a definir sempre na altura da marcação das consultas, admitindo-se uma pluralidade de modalidades

______

Se desejar celebrar um contrato de prestação de serviços na área de Higiene e Segurança com a empresa com a qual Revista Comércio de Lisboa - Comércio Revista a UACS tem protocolo, preencha o campo em baixo;

STA – HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO (ENTIDADE CERTIFICADA E AUTORIZADA PELA ACT - Autoridade para as Condições do Trabalho)

 Higiene e Segurança no Trabalho o

STA – Medicina Trabalho (Resto do País)

Higiene e Segurança (Distrito Lisboa e Resto do País)

Data ______/______/______

Assinatura Carimbo #7 ADERNO UACS

2017 43 128 gabinete de contabilidade...... 44 Um copo meio cheio ou … gabinete económico-financeiro...... 45 Empresas e apoios ao investimento Revista Comércio de Lisboa - Comércio Revista gabinete jurídico...... 46 O Novo Regulamento Geral de Protecção de Dados Pessoais formação...... 50 Formação gratuita modular certificada UACS/CECOA Gabinete de Contabilidade João Colaço

2017 44 128 Um copo meio cheio ou …

No desenvolvimento da atividade que tem o comércio por objeto, como xar de utilizar uma situação, que certa- é o caso dos associados desta Instituição, perto de comemorar cento e mente é cara a todos nós, e que acaba cinquenta anos da sua fundação, sentimos que, queiramos ou não, esta- por bem retratar esta dicotomia.

Revista Comércio de Lisboa - Comércio Revista remos sempre confrontados com a velha dicotomia do copo meio cheio ou do copo meio vazio. Como todos sabemos, a UACS acolheu entusiasticamente a iniciativa da Câma- sta nossa asserção prende-se Embora estejamos a ser juiz em causa ra Municipal de Lisboa, de promoção e com o atual aumento de po- própria, não podemos deixar de conside- defesa das lojas históricas, e tivemos a tenciais clientes, derivado da rar que temos na UACS um parceiro pri- sensação de, então, estarmos perante Egrande expansão do número de vilegiado, para suplantar esta dúvida que um copo meio cheio, pelas potencialida- turistas que nos demanda, o que nos muitas vezes nos colhe a iniciativa, pois des que aquela iniciativa continha. transmite a ideia do copo meio cheio e tem dado bastas provas de boa defesa que o mesmo terá tendência de se en- dos caminhos a serem singrados de modo Hoje em dia, porém, e embora este pro- cher mais e mais, tendo também como a que o futuro seja menos temeroso. jeto não tenha sido abandonado, senti- outro suporte a lenta mas contínua re- mos que a dinâmica do mesmo não é cuperação de rendimentos, dos nossos Veja-se, aliás, o profícuo labor desenvol- tão forte como de início, o que inevita- concidadãos. vido pelos gabinetes de contabilidade, velmente nos leva a imaginar que o copo jurídico, económico/financeiro, forma- está meio vazio… Por outro lado, contrapondo a esta eu- ção e medicina no trabalho. Cremos que foria, ainda que subconscientemente, poucas serão as associações empresa- No entanto, o sangue que corre nas somos “arrastados” pelo desânimo e riais que se poderão gabar de disponi- veias desta nossa casa, ou seja, os seus derrotismo, que parecem fazer parte in- bilizar aos seus associados um apoio tão associados, são resilientes e não se ver- tegrante do nosso ADN, o que nos leva a bem preparado e fundamentado como gam facilmente, o que nos leva a prever considerar que nos encontramos peran- o prestado pela nossa UACS. que o ano de 2018, que se aproxima, te um copo meio vazio, e com tendência tratará de nos presentear com um copo de ficar ainda mais vazio, por duvidar- Voltando ainda à questão do copo meio muito bem meio cheio… mos desta possível melhoria… cheio ou meio vazio, não podemos dei- Gabinete Económico-Financeiro Milena Campante Empresas e apoios ao investimento

entidade empregadora: isenção até 3 anos • Reclusos em regime aberto: isenção até 36 meses.

Nota: Se o contrato de trabalho sem termo resultar da conversão de um anterior con- trato de trabalho a termo, pelo qual a en- tidade empregadora estava a beneficiar de redução da taxa contributiva, a conjugação das duas medidas de incentivo não pode ultrapassar os 36 meses.

Redução de Contribuições à Segurança Social

Podem beneficiar de redução da taxa contributiva as empresas que contra- tem: • Jovens à procura do 1.º emprego e de- sempregados de longa duração • Reclusos em regime aberto. Em 2018 estão previstos mais 3 períodos de Este ano estiveram ao dispor das em- 2017 presas diversos programas de apoio candidaturas, nas seguintes datas: A duração do período de redução é: ao investimento, à contratação e à • 1.º Período - 1 de março a 31 de março de • Contratação de Jovens à procura do pri- 45 formação. 2018 meiro emprego - 50% da taxa contributi- • 2.º Período - 1 de junho a 30 de junho de va, durante um período de 5 anos o nível do investimento, estiveram 2018 • Contratação de Desempregados de lon- 128 ao dispor das empresas os se- • 3.º Período – 1 de setembro a 30 de se- ga duração - 50% da taxa contributiva, guintes programas: tembro de 2018 durante um período de 3 anos A • Contratação de Reclusos em regime aberto - 50% do valor das contribuições Portugal 2020 Linhas de Crédito da entidade empregadora, pelo período de duração do contrato. No programa Portugal 2020 já foram apro- As linhas de crédito tem o objetivo de me- vados desde o seu início cerca de 22.000 lhorar as condições de financiamento e faci- Os trabalhadores com deficiência têm uma projetos, destes 31% são da área do apoio à litar o acesso das PME ao crédito bancário, redução da taxa contributiva. A taxa aplicá- competitividade das PME’s; 22% da área da através do recurso ao Sistema Nacional de vel é de 11,9% . de Lisboa - Comércio Revista educação, formação e formação profissio- Garantia Mútua. nal; 12% da área do desenvolvimento tecno- lógico e inovação. Existem linhas de crédito que se têm man- Cheque formação tido ao longo dos anos como apoio ao in- Para o próximo ano já estão abertos vários vestimento, internacionalização e reestrutu- Permite aos funcionários das empresas, aos períodos de candidatura, nas mais diversas ração de empresas. desempregados e aos empregados terem áreas e que incluem a região de Lisboa. apoios para realizarem cursos de formação.

Dispensa de Contribuições Em termos de apoios financeiros as empre- Contrato-Emprego à Segurança Social sas poderão beneficiar de um apoio de 4€/ hora, o montante máximo de apoio é de Este programa consiste no apoio financei- Podem beneficiar desta isenção as em- 175€, e o valor não poderá ultrapassar 90% ro às empresas que celebrem contratos presas que celebrem contrato de trabalho do valor total da ação comprovadamente de trabalho sem termo ou a termo certo, sem termo com: pagos. por prazo igual ou superior a 12 meses, • Desempregados de muito longa dura- com desempregados inscritos no IEFP, ção A duração máxima da formação deverá ser com a obrigação de proporcionarem for- • Trabalhadores ao seu serviço já vincula- de 50 horas, durante dois anos mação profissional aos trabalhadores dos por contrato de trabalho a termo contratados. • Reclusos em regime aberto. A UACS disponibiliza aos seus associa- dos apoio técnico para a elaboração de No ano passado foram abertos 3 períodos A duração do período de isenção é de: candidaturas aos mais diversos progra- de candidatura, tendo o último terminado • Desempregados de muito longa du- mas de incentivo. em Outubro de 2017. ração e trabalhadores já vinculados à Gabinete Jurídico Ana Cristina Figueiredo O Novo Regulamento Geral de Protecção de Dados Pessoais

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O Regulamento da UE nº 2016/679, Regulamento Geral de Protecção de Dados O Regulamento aplica-se a todas as entida- (RGPD), que estabelece as regras de protecção das pessoas singulares no que des que tratem dados pessoais, ou seja, que diz respeito ao tratamento de dados pessoais e à livre circulação desses dados, realizem operações que envolvam dados será aplicável em todos os Estados-Membros da União Europeia a partir de 25 pessoais, sejam aquelas que determinam as

Revista Comércio de Lisboa - Comércio Revista de Maio de 2018. O novo quadro legal traz algumas mudanças significativas finalidades e os meios de tratamento de da- que terão diferente impacto na vida das organizações, consoante a sua nature- dos pessoais, sejam as que efectuam essas za, área de actividade, dimensão e tipo de tratamentos de dados pessoais que operações em regime de subcontratação. realizem. Assim, todas as empresas e demais entidades tanto públicas como privadas devem começar desde já a preparar internamente a sua organização Estarão sob a alçada do novo Regula- para a aplicação do RGPD. É essencial conhecer as novas regras, analisar as no- mento os tratamentos de dados pessoais vas obrigações, verificar o nível actual de cumprimento e adoptar as medidas efectuados no contexto das actividades de necessárias para assegurar a total conformidade com o Regulamento, uma vez estabelecimentos de responsáveis por tra- verificada a respectiva entrada em vigor. tamentos ou de subcontratantes situados na UE, independentemente de o tratamen- to ocorrer dentro ou fora da União e por s dados pessoais traduzem-se Por sua vez, considera-se tratamento de responsáveis estabelecidos em locais onde em informação relativa a uma dados pessoais uma operação ou um con- se aplique o direito de um Estado-membro pessoa singular identificada ou junto de operações efectuadas sobre da- por força do direito internacional público. Oidentificável - que é o titular dos dos pessoais ou sobre conjuntos de dados Também se sujeitam ao regulamento os tra- dados. Uma pessoa será identificável (direc- pessoais, por meios automatizados ou não tamentos de dados pessoais de titulares re- ta ou indirectamente) por referência a um automatizados, tais como a recolha, o regis- sidentes na UE efectuado por um responsá- identificador como um nome, um núme- to, a organização, a estruturação, a conser- vel pelo tratamento ou subcontratante não ro de identificação, dados de localização, vação, a adaptação ou alteração, a recupe- estabelecido na UE, quando as actividades identificadores por via electrónica, ou a um ração, a consulta, a utilização, a divulgação de tratamento estejam relacionadas com: ou mais elementos específicos da identi- por transmissão, difusão ou qualquer outra n Oferta de bens ou serviços a esses titula- dade física, fisiológica, genética, mental, forma de disponibilização, a comparação res de dados na UE, independentemente económica, cultural ou social dessa pessoa ou interconexão, a limitação, o apagamento da exigência de os titulares dos dados singular. ou a destruição procederem a um pagamento; n Controlo do seu comportamento, desde to a rectificação dos dados pessoais inexac- Como regra, é proibido o tratamento de que esse comportamento tenha lugar na tos que lhe digam respeito. dados pessoais que revelem a origem UE. racial ou étnica, as opiniões políticas, as Mas o direito ao esquecimento tem excep- convicções religiosas ou filosóficas, ou a O titular dos dados cujo tratamento viole o ções. São elas: filiação sindical, bem como o tratamento presente Regulamento tem direito a apre- • o exercício da liberdade de expressão e de dados genéticos, dados biométricos sentar à Comissão Nacional de Protecção de informação; para identificar uma pessoa de forma ine- de Dados (no caso de Portugal, sendo que • o cumprimento de uma obrigação legal quívoca, dados relativos à saúde ou da- cada Estado Membro terá a sua autoridade que exija o tratamento, para exercício de dos relativos à vida sexual ou orientação de controlo) a sua reclamação, bem como a funções de interesse público ou exercício sexual de uma pessoa. Assim, designada- ser indemnizado pelo responsável pelo tra- da autoridade pública do responsável mente, é proibido o tratamento de dados tamento ou subcontratante, pelos danos pa- pelo tratamento; pessoais relativos à saúde, salvo nos ca- trimoniais e não patrimoniais sofridos. Qual- • motivos de interesse público no domínio sos de: quer responsável envolvido no tratamento da saúde pública; será responsável pelos danos causados, bem • para fins de investigação científica ou his- (i) consentimento do seu titular; como o subcontratante, se não tiver cumpri- tórica ou para fins estatísticos; do as obrigações que lhe são especificamen- • declaração, exercício ou defesa de um di- (ii) cumprimento de obrigações em maté- te dirigidas, ou se não tiver seguido as instru- reito num processo judicial. ria de legislação laboral, segurança so- ções lícitas do responsável pelo tratamento. cial e protecção social;

O Regulamento consagra o direito ao apa- Tratamento lícito de dados (iii) interesses vitais do titular ou de outra gamento dos dados - o «direito a ser esque- pessoais pessoa incapacitada de dar o seu con- cido». Assim, o titular tem o direito de obter sentimento; do responsável pelo tratamento o apaga- O tratamento só é lícito se e na medida em mento dos seus dados pessoais, sem de- que se verifique pelo menosuma das se- (iv) actividades legítimas e mediante garan- mora injustificada, e este tem a obrigação guintes situações: tias de uma entidade sem fins lucrativos, de apagar os dados pessoais, sem demora que prossiga fins políticos, filosóficos, injustificada. • o titular dos dados tiver dado o seu con- religiosos ou sindicais, relativamente a sentimento para uma ou mais finalidades membros; 2017 O apagamento dos dados tem de fazer-se específicas. Sendo realizado com base no quando ocorra qualquer dos seguintes mo- consentimento, o responsável pelo trata- (v) dados tornados públicos pelo titular; 47 tivos: mento terá de poder sempre demonstrar • os dados pessoais deixaram de ser ne- que o titular dos dados deu o seu con- (vi) tratamento necessário no âmbito de um cessários para a finalidade que motivou sentimento; processo judicial; 128 a sua recolha ou tratamento. Com efeito, os dados pessoais são recolhidos para fi- • seja necessário para a execução de um (vii) motivos de interesse público impor- nalidades determinadas, explícitas e legí- contrato no qual o titular dos dados é tante proporcional ao objectivo visa- timas, devendo ser conservados de uma parte, ou para diligências pré-contratuais do (investigação científica ou histó- forma que permita a identificação dos a pedido do titular dos dados; rica, estatística, desde que respeite a titulares dos dados apenas durante o pe- essência do direito à protecção dos ríodo necessário para as finalidades para • seja preciso para cumprir uma obrigação dados) as quais são tratados, salvo se tiverem jurídica a que o responsável pelo trata- fins de interesse público no domínio da mento esteja sujeito; (viii) medicina preventiva no âmbito da se-

saúde pública, arquivo de interesse públi- gurança e higiene no trabalho; de Lisboa - Comércio Revista co, investigação científica ou histórica ou • seja necessário para a defesa de interes- para fins estatísticos; ses vitais do titular dos dados ou de outra Refira-se que, aquando da recolha dos • o titular retira o consentimento em que se pessoa singular; dados pessoais junto do titular, o respon- baseia o tratamento dos dados e se não sável pelo tratamento deve informar, de- existe outro fundamento jurídico para o • seja necessário para exercer funções de signadamente, o seu titular da existência tratamento; interesse público ou ao exercício da au- do direito de solicitar ao responsável pelo • o titular opõe-se ao tratamento e não toridade pública de que está investido o tratamento o acesso aos dados pessoais existem interesses legítimos prevalecen- responsável pelo tratamento; que lhe digam respeito, e a rectificação tes que o justifiquem; ou o apagamento, ou a limitação do tra- • os dados pessoais foram tratados ilicita- • seja necessário para efeito dos interesses tamento no que disser respeito ao titular mente; legítimos prosseguidos pelo responsável dos dados, e do direito de se opor ao tra- • os dados pessoais têm de ser apagados pelo tratamento ou por terceiros tamento, bem como do direito à portabili- para o cumprimento de uma obrigação dade dos dados. jurídica decorrente do direito da UE ou de O Regulamento defineconsentimento um Estado-membro a que o responsável como uma manifestação de vontade, livre, pelo tratamento esteja sujeito; específica, informada e explícita, pela qual o Regras quanto à segurança • os dados pessoais foram recolhidos no titular dos dados aceita, mediante declara- dos dados pessoais contexto da oferta de serviços da socie- ção ou acto positivo inequívoco, que os da- dade da informação. dos pessoais que lhe dizem respeito sejam O Regulamento determina as obrigações objecto de tratamento. Significa isto que gerais dos responsáveis pelos tratamentos Além disso, o titular dos dados pessoais o consentimento tácito é manifestamente de dados pessoais e ainda de todos os que tem ainda o direito de obter, sem demora inaceitável para este efeito, e tido por invá- tratam os dados por conta daqueles (sub- injustificada, do responsável pelo tratamen- lido. contratantes). Gabinete Jurídico

motivos do atraso. O subcontratante deve notificar o responsável pelo tratamento sem demora injustificada, após ter conhecimento de uma violação de dados pessoais.

Quaisquer violações de dados pessoais de- vem ser documentadas, compreendendo os factos relacionados com as mesmas, os respectivos efeitos e a medida de reparação adoptada.

Sempre que a violação dos dados pessoais for susceptível de implicar um elevado risco para os titulares dos dados, o responsável pelo tratamento comunica a violação de dados pessoais ao titular dos dados sem demora injustificada, descrevendo em lin- guagem clara e simples a natureza da vio- O Regulamento obriga a que o responsá- (iv) No caso de o subcontratante contratar lação dos dados pessoais e fornecendo as vel pelo tratamento e o subcontratante outro subcontratante, deve ter auto- informações e recomendações previstas no apliquem medidas técnicas e organizativas rização expressa para o efeito do res- Regulamento. adequadas para assegurar um nível de se- ponsável pelo tratamento, e o segundo gurança adequado, nomeadamente através subcontratante fica sujeito às mesmas da: obrigações do primeiro subcontratante, Casos em que é necessário a) A pseudonimização e a cifragem dos da- e o acordo entre subcontratantes têm contratar um “encarregado dos pessoais; os mesmos requisitos de forma. da protecção de dados” b) A capacidade de assegurar a confiden- (v) O subcontratante deve prestar apoio ao (data protection officer) cialidade, integridade, disponibilidade e responsável pelo tratamento em caso resiliência permanentes dos sistemas e de exercício de direitos pelos titulares. Deve ser designado um Encarregado da 2017 dos serviços de tratamento; (vi) O subcontratante deve prestar assistên- Protecção de Dados sempre que: 48 c) A capacidade de restabelecer a disponi- cia ao responsável pelo tratamento no bilidade e o acesso aos dados pessoais sentido de assegurar o cumprimento a) O tratamento for efectuado por uma au- de forma atempada no caso de um inci- das obrigações que recaem sobre o res- toridade ou um organismo público; 128 dente físico ou técnico. ponsável pelo tratamento (segurança, b) As actividades principais do responsável notificações de violações de segurança, pelo tratamento ou do subcontratante O responsável pelo tratamento e o subcon- avaliações de impacto). consistam em operações de tratamento tratante devem ter um processo que permi- (vii) O subcontratante deve colaborar nas que, devido à sua natureza, âmbito e/ou ta testar, apreciar e avaliar regularmente a auditorias levadas a cabo pelo respon- finalidade, exijam um controlo regular e eficácia das medidas técnicas e organizati- sável pelo tratamento. sistemático dos titulares dos dados em vas para garantir a segurança do tratamen- grande escala; ou to. Os subcontratantes deverão apresentar ga- c) As actividades principais do responsável rantias suficientes de execução de medidas pelo tratamento ou do subcontratante Os subcontratantes terão obrigações e res- técnicas e organizativas adequadas de uma consistam em operações de tratamento

Revista Comércio de Lisboa - Comércio Revista ponsabilidade directas, o que significa que forma que o tratamento satisfaça os requi- em grande escala de categorias especiais os subcontratantes poderão ser directa- sitos do Regulamento. Ademais, não pode- de dados. mente responsabilizados. rão contratar outro subcontratante sem que o responsável pelo tratamento tenha dado Cada responsável pelo tratamento e, sendo O tratamento em subcontratação é regu- autorização prévia e por escrito. caso disso, o seu representante estão obri- lado por contrato que vincule o subcon- gados a conservar um registo de todas as tratante ao responsável pelo tratamento, actividades de tratamento sob a sua res- estabeleça o objecto e a duração do trata- Obrigações em caso de ponsabilidade (esta obrigação, excepto nos mento, a natureza e finalidade do tratamen- violações de dados pessoais casos mencionados no regulamento, não to, o tipo de dados pessoais e as categorias se aplica a empresas ou organizações com dos titulares dos dados, e as obrigações e Entende-se por violação de dados pessoais menos de 250 trabalhadores). direitos do responsável pelo tratamento. uma quebra da segurança que provoque, de modo acidental ou ilícito, a destruição, a O contrato deve prever que: perda, a alteração, a divulgação ou o aces- Sanções (i) O tratamento de dados a realizar pelo so, não autorizados, a dados pessoais trans- subcontratante deve ser efectuado ape- mitidos, conservados ou sujeitos a qualquer O Regulamento prevê várias sanções para nas de acordo com as instruções do res- outro tipo de tratamento; os responsáveis pelo tratamento ou subcon- ponsável pelo tratamento de dados. tratantes, que violem as regras sobre pro- (ii) As pessoas autorizadas estão sujeitas O responsável pelo tratamento notifica a au- tecção de dados pessoais. Aos mesmos po- ou se obrigaram a um dever de confi- toridade de controlo competente da viola- dem ser aplicadas coimas até €20 milhões dencialidade. ção de dados pessoais até 72 horas após ter ou, no caso de uma empresa, até 4% do seu (iii) O subcontratante deve adoptar as me- tido conhecimento da mesma. Se este prazo volume de negócios anual a nível mundial didas de segurança necessárias à pro- não for cumprido, a notificação à autorida- correspondente ao exercício financeiro an- tecção dos dados. de de controlo deve ser acompanhada dos terior, consoante o montante que for mais elevado. Estas sanções serão aplicadas pe- • Assegurar que o consentimento dos titu- dores para a necessidade de cumprir o las autoridades de controlo nacionais. lares dos dados respeita todas as novas Regulamento exigências constantes do Regulamento De molde a evitar a possibilidade de incor- • Garantir que a empresa ou organização O Regulamento Geral de Protecção de Da- rer na aplicação de tão gravosas coimas im- está tecnicamente apta a cumprir com dos consubstanciará inequivocamente um porta, nomeadamente: os novos direitos dos titulares dos dados, enorme desafio para todas as entidades a • Implementar um sistema de registo de como sejam a “portabilidade” (direito de ele sujeitas mas, e em particular, para as dados que permita identificar, de fac- receber os dados pessoais que lhe digam micro, pequenas e médias empresas na- to e a todo o tempo, que dados são respeito e que tenha fornecido) e o “direi- cionais, que se vêem mais especificamente recolhidos, qual a sua origem, como e to a ser esquecido“, com o consequente confrontadas com estas novas exigências e porque são recolhidos e com quem são apagamento dos dados com o enorme impacto das eventuais coi- partilhados • Sensibilizar e formar todos os colabora- mas que lhes possam ser aplicadas

Síntese de algumas das Obrigações a cumprir no Âmbito do RGPD Artigo do Obrigação Medidas a adoptar Regulamento

4º Consentimento mais Rever informação fornecida aos titulares dos dados, no âmbito da recolha de dados, seja esta reali- exigente zada directamente junto do titular ou não. O regulamento obriga a prestar mais informações do que actualmente, designadamente a base legal para o tratamento de dados, o prazo de conservação dos dados, informações mais detalhadas sobre as transferências internacionais, a possibilidade de apresen- tar queixa junto da CNPD. As informações devem ser prestadas de forma concisa, inteligível e de fácil acesso, utilizando uma linguagem clara e simples. Deve verificar a forma e circunstâncias em que foi obtido o consentimento dos titulares, quando este serve de base legal para o tratamento de dados pessoais. O regulamento alarga o conceito de consentimento e introduz novas condições para a sua obtenção, pelo que é necessário apurar se o consentimento obtido pelo responsável pelo tratamento respeita to- das as novas exigências. Se assim não for, é imprescindível obter novo consentimento dos titulares dos dados em conformidade com as disposições do RGPD, sob pena de o tratamento de dados se tornar 2017 ilícito por falta de base legal. 8º Subcontratantes Rever cláusulas de contratos de subcontratação de serviços realizados no âmbito de tratamentos de 49 dados pessoais para verificar se contêm todos os elementos exigidos pelo regulamento.

17º Direito ao Criar mecanismos técnicos que permitam concretizar esse direito. 128 Esquecimento 20º Direito à Portabilidade Criar mecanismos técnicos que permitam concretizar esse direito. dos Dados 22º Profiling Enquadrar e legitimar as operações de profiling ou seja, qualquer forma automatizada de processa- mento de informação pessoal, com o objectivo de avaliar e tipificar indivíduos com base nos seus dados pessoais. 25º Protecção de dados Criar políticas que permitam em cada novo tratamento de dados equacionar ab initio as questões de desde a concepção e protecção de dados. Rever os procedimentos internos de garantia do exercício dos direitos dos por defeito titulares dos dados, atendendo às novas exigências do regulamento neste domínio quanto à tramitação dos pedidos, em especial aos prazos máximos de resposta. Revista Comércio de Lisboa - Comércio Revista 30º Registo das activida- Definir e implementar o registo de tratamento de dados. Documentar de forma detalhada todas as des de tratamento de actividades relacionadas com o tratamento de dados pessoais, tanto as que resultam directamente da dados obrigação de manter um registo como as relativas a outros procedimentos internos, de modo a que a organização esteja apta a demonstrar o cumprimento de todas as obrigações decorrentes do RGPD. 33º Notificação obrigató- Definir procedimentos internos e ao nível da subcontratação, se for o caso, para lidar com casos de vio- ria à CNPD em caso lações de dados pessoais, designadamente na detecção, identificação e investigação das circunstân- de violação de dados cias, medidas mitigadoras, circuitos da informação entre responsável e subcontratante, envolvimento pessoais, no prazo de do encarregado de protecção de dados, quando exista, e notificação à CNPD, atendendo aos prazos 72 horas. prescritos no regulamento. Nem todas as violações devem ser reportadas à autoridade de controlo, apenas aquelas que sejam susceptíveis de resultar num risco para os direitos dos titulares. Todavia, todas as violações devem ser devidamente documentadas conforme preceituado no regulamen- to. Também nalguns casos, em que possa resultar um elevado risco para os titulares, é exigido que estes sejam notificados, pelo que deve ser analisado desde logo o tipo de tratamentos de dados realizados e o potencial risco que pode ocorrer em caso de uma violação de segurança. 35º Avaliação do Criar mecanismo de avaliação de impacto das operações de tratamento nos direitos dos impacto de titulares dos dados. operações de Levar a cabo Auditorias de Protecção de Dados. tratamento 37º Nomeação do Admissão + Enquadramento no organigrama, quando deva existir Encarregado de Protecção de Dados GABINETE DE FORMAÇÃO

Plano de Formação Gratuita 2018

1º Semestre

2017 50 128 cursos UFCD NÍVEL HORAS DATAS

Noções Básicas de Socorrismo 4348 2 50 15-01-2018 A 08-02-2018

Coaching e Comunicação 8622 4 25 16-01-2018 A 01-02-2018

Gestão do Stress e Gestão e Conflitos 4651 4 25 29-01-2018 A 08-02-2018

Atendimento e Venda 5897 2 25 05-02-2018 A 16-02-2018

Revista Comércio de Lisboa - Comércio Revista Implementação do Sistema HACCP 1728 4 50 19-02-2018 A 15-03-2018

Língua Espanhola – Atendimento 8609 4 50 19-02-2018 A 22-03-2018

Massagem Californiana 9156 4 25 22-02-2018 A 16-03-2018

Nutrição e Dietética em Cuidados de Beleza 9138 4 50 19-03-2018 A 12-04-2018

Língua Alemã - Atendimento 8608 4 50 03-04-2018 A 10-05-2018

Massagem Corporal 3642 4 50 12-04-2018 A 22-06-2018

Noções Básicas de Socorrismo 4348 2 50 02-05-2018 A 29-05-2018

Língua Espanhola -Comunicação Administrativa 6231 2 ou 4 50 02-05-2018 A 05-06-2018

Língua Inglesa – Informações acerca da Vida Quotidiana 6957 4 50 15-05-2018 A 22-06-2018

Língua Inglesa – Comunicação Administrativa 658 4 50 15-05-2018 A 22-06-2018 2018

Janeiro FIL DIVERLÂNDIA 01|07 A A Maior Feira Popular Indoor do País • Fevereiro PET FESTIVAL 02|04 A Salão dos Animais de Estimação • BTL 28|04 Bolsa de Turismo de Lisboa ■• A Março MUNDO ABREU 10|11 A Feira de Viagens • FUTURÁLIA 14|17 A Oferta Educativa, Formação e Empregabilidade • 15|17 PORTUGAL PRINT PACKAGING AND LABELING 2018 ■ A PAPERGIFT 15|18 S. Prof. do Aprovisionamento e Serviços p/ Papelaria, Escritório, Escolar, Brinquedo, Brinde Promocional e Gifts ■ A . s

Abril o t NAUTICAMPO

04|08 A n eve

Salão Internacional de Navegação de Recreio, Desporto, Aventura, Caravanismo e Piscinas • s o d

MOTORCLÁSSICO a 06|08 A Salão Internacional de Automóveis e Motociclos Clássicos év i

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GREEN BUSINESS WEEK o ã ç

11|13 ACQUALIVEEXPO - Água, Resíduos e Ambiente a m r

ENERGYLIVEEXPO - Energia, Eficiência Energética e Serviços ■• A fi n o

SMART CITIES LIVE - Smart Cities, Smart Grids, Mobilidade e Transportes c

(Realiza-se no CCL - Centro de Congressos de Lisboa) a e s - a

Maio d n TEKTÓNICA - Feira Internacional de Construção e Obras Públicas e m SIMAC - Materiais para a Construção R ec o

SK - Cerâmica, Banho e Cozinha . s e

16|19 SIROR - Pedras Naturais ■• A õ ç a

TEK WOOD - Indústria da Madeira e Cortiça para a Construção r e t l

TEK GREEN - Eficiência Energética, Energias Renováveis, Construção Sustentável a

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TEK MÁQUINAS - Máquinas para a Construção e Obras Públicas o t i e EXPO SYNC LISBOA j u

26|29 • B s Salão Profissional de Tecnologias Audiovisuais e da Música, Fotografia e Multimédia ■ á t s

Junho e o i r

FIA-LISBOA á 23|01 d A n

Feira Internacional do Artesanato • e l a c

Outubro e t s

INTERCASA E 03|07 Feira Internacional de Decoração de Interiores e Exteriores ■• A LXD 03|07 Lisboa Design Show ■• A SIL 03|07 Salão Imobiliário de Portugal ■• A 03|07 VINTAGE FESTIVAL • A Novembro 06|08 • A LISBOA GAMES WEEK 15|18 A Salão da Indústria de Videojogos e do Entretenimento Digital • Dezembro NATALIS 05|09 A Feira de Natal de Lisboa • FIL DIVERLÂNDIA 05|31 A A Maior Feira Popular Indoor do País •

Organizador: Tipo: Periodicidade: Feira organizada pela FIL • Público A - Anual Salão internacional Feira co-organizada pela FIL ■ Profissional B - Bienal aprovado pela UFI ■• Mista (Público e Profissionais)

Lisboa Feiras Congressos e Eventos - Edifício FIL, Rua do Bojador, Parque das Nações - 1998-010 Lisboa / Telf: 21 892 1500 / Fax: 21 892 1555 / E-mail: fil@ccl.fil.pt Delegação Norte - Avenida Dr. António Macedo - 4450-617 Leça da Palmeira / Telf: 22 998 1920 / Fax: 22 998 1921 / E-mail: fil.norte@ccl.fil.pt