sessão cineclube Grupo EstaçãoeContracampo. Eduardo P M P M r r e e o o d d g g FILMOGRAFIA i i r r a a a a ç ç m m (1942) ã ã o o a a Valente eRuyGardnier. 2 1 1 1999 1 1983 1981 1980 1979 1978 1977 1976 1975 1973 1971 1969 1967 1966 1962 CURTAS, MÉDIAS, VÍDEOS EPRODUÇÕES PARA A TELEVISÃO: 2004 deCabeceira OLivro ( 1996 OContrato ( doDesenhista 1982 1980 LONGAS-METRAGENS: 1 1 93OBebêSanto deMacon ( 1993 doArquiteto ABarriga ( 1987 ç ç

003 As Maletas de Tulse AsMaletas Luper -Parte deMoab I:AHistória 003 9 Lumière eCia.( 995 989 O Cozinheiro, o Ladrão, SuaMulhereoAmante OCozinheiro, oLadrão, ( 989 8 Zoo-UmZeDoisZeros ( 985 991 A Última Tempestade AÚltima ( 991 emNúmeros Afogando ( 988 d d ã ã o o o o

D D e e www.estacaovirtual.com C ( Four American ComposersFour American Terence Coran Act ofGod C Lacock Village Zandra Rhodes Leeds Castle Women Artists Cut above theRest Eddie Kid 1-100 A Dear Phone Goole by Numbers Vertical Features Remake Water Wrackets Water Windows H isforHouse Erosion Intervals Five Postcards Cities fromCapital Revolution Tree Train Death ofSentiment Visões daEuropa ( The Vaux totheSea Part2: The Suitcases, T Contract 8

e e The P P Mulheres eMeia ( eTleLprSicss at3 The Antwerp Part3: he Tulse Luper Suitcases, o,teTif His Wife andHerLover the Thief, ook, ountr b b W r r realização o o a a alk TroughH t t d d (curta-metragem) T (curta-metragem) e e (cur leLprSicss at1 TheMoabStory Part1: ulse Luper Suitcases, u u : : (curta-metragem) y Diar ç ç

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y (curta-metragem) (cur (curta-metragem /TV) (curta-metragem (curta-metragem) (cur (cur L (curta-metragem) umière etcompagnie (média-metrag Visions ofEurope ta-metrag em) ta-metrag (curta-metragem) (curta-metragem) 8 ta-metrag (curta-metragem) 1 / The Pillow Book P 2 The Bellyofan Architect rospero's Books W D (média metragem) The Baby ofMâcon A rowning by Numbers o (TV) Zed & Two Noughts The Draughtsman's men em) em) em) em) ) (curta-metragem) ) - episódio ) )

- ) ) episódio ) próxima sessão 3/no ) ) ) T v ) he apoio de Ar VERMELHO SANGUE

CIclaro, nosmeustermos” Taudiência possível quepossaencontrar–mas, AÇÕES cineasta do de mar “Não querometornarumcineastanumatorre manter ocaosàdistância” final seprovem completamenteincapazes de alcançá-la, usemostodososestratag para entenderoquenoscerca.Mesmoque, “ que vimos100anosdete “Não pensoquevimoscinemaainda.Penso não umcineasta” “Se você quercontarhistórias,sejaumescritor, roteiros dentrodelas” moda, Greenaway poderiacarregar seus “Se asbolsasdaGucciaindaestivessem na turo Ripstein 2001 1999 1997 1994 1 1 1989 1988 1985 1 Criação, paramim,étentarorquestrarouniv 992 991 984 fim. Soaestranho,masqueroserum metragem) Hubert BalsHandshake Hubert CantosI-VIII A Dante, TV Fear ofDrowning /TV) (curta-metragem Inside Rooms –26bathroons A M B T The ManintheBath Horse Drama a Rosa, The Deathofacomposer: The Bridge Geneva 1, Stairs Darwin R /TV) (curta-metragem M A / T metragem) T TV) V) V) he Coast Line eside thesea osa T at,Canto5 Dante, TV WalkPropero'sLibrary Through i o a,Msc Mozart Music, isforMan, aking aSplash mainst www.contracampo.com.br ( curta-metragem) (média-metragem) ream colaboração (curta-metragem) . Queroamaior (TV) ( ( curta-metragem / curta-metragem curta-metragem) ( curta-metragem / curta-metragem (curta-metragem xto ilustrado” (curta- ( Peter Greenaway TV) (curta- Peter Greenaway Peter Greenaway P eter Greenaway (TV) Derek Jarman emas queao erso de PeterGreenaway 27 deOutubro de2004-AnoII–Ediçãonº64 A A SINOPSE seus poderes mágicos. perdoar aseusinimigos e,finalmente,renunciar a conhecimentos para vingar-se, repararopassado, chegar omomento propício,Prósperoutilizaseus dos livrosmaispreciososde sua biblioteca.Ao em umailhacomsuafilhaMiranda ecomalguns ducado deMilãoe,obrigadoao exílio, desembarca rei deNápolespelopoder, Próspero perde o Vítima datraiçãodeseuirmãoAntônio edalutado escrev Shak O filme,inspiradoem

Ú Ú espeare, faz da tela um livro aberto. Próspero espeare, faz datelaumlivroaberto. L L e suahistóriaenquantoanarra einterpreta. T T I I M M A A

T T E E A Tempestade M M P P E E S S , deWilliam T T A A apresenta cineclube D D E E sessão FICHA TÉCNICA Greenaw M A ÚL William Shakespeare Paul Russell(Ariel), James Thiérrée (Ariel). Michiel Romeyn(Stephano), Orpheo(Ariel), (Francisco), Jimvan derWoude (Trinculo), Gerard Thoolen(Adrian), Pierre Bokma Cranham (Sebastian), MarkRylance(Ferdinand), (Miranda), Tom Bell(Antonio),Kenneth Erland Josephson (Gonzalo),IsabellePasco Michael Clark(Caliban),MichelBlanc(Alonso), Carcassonne. Dir Holanda/ Inglaterra/ Japão,1991,cor, 124' ont eção: TIMA a g em: ay P eter Greenaway , baseadonapeça TEMPESTADE –França/ Itália/ Marina Bodbijl. Elenco: Produção: Fotografia: John Gielgud(Próspero), R Philippe oteiro: T A T r ilha Sonor empestade, Sacha Vierny P eter a: de “Por que realizar uma obra, se é tão belo apenas sonhá-la?”, questiona Pier contudo, inusitado no cinema de Greenaway que, em Paolo Pasolini em Decameron (Decameron, 1972). Peter Greenaway, em A geral, prefere o humor negro a fim de revelar o cinismo Última Tempestade, transforma os delirantes sonhos vingativos de das relações pessoais e dos códigos sociais que as pautam, Próspero (John Gielgud), Duque de Milão exilado em ilha distante com sua seja na mãe e nas filhas que matam os maridos em filha e seus livros, em fatos reais, para refletir acerca da criação artística, ao Afogando em Números; seja no estupro coletivo como mesmo tempo angelical e diabólica, pois, embora capaz de gerar a beleza método de punição à falsa gravidez em O Bebê Santo de redentora e de absorver todo o conhecimento do mundo, traz consigo, Macon (The Baby of Macon, 1993); seja no exótico jantar inseparável, o poder do artista, tanto sobre a obra e os personagens, quanto servido ao final de O Cozinheiro, O Ladrão, Sua Mulher e sobre o público para quem se dirige. o Amante (The Cook, The Thief, His Wife and Her Lover, 1989). Trata-se, por certo, de mostrar o poder que perpassa Peter Greenaway adapta A Tempestade, de William Shakespeare: a e que desequilibra o contato entre os homens, visto que biblioteca com que Próspero é exilado - pelo próprio irmão, que lhe toma os desiguala: na disputa pelo controle da exposição entre o ducado para aliar-se ao Reino de Nápoles – permite ao cineasta inglês Stourley Kracklite (Brian Dennehy) e Caspasian Speckler instaurar a intensa intertextualidade que caracteriza seus filmes, (Lambert Wilson) em A Barriga do Arquiteto; nos visualmente expressa através do aproveitamento da superfície do quadro – enquadramentos precisos e arbitrários de Mr. Neville sobreposição e divisões de imagens dentro da tela, uso gráfico dos textos, (Anthony Higgins) para seus desenhos, aos quais dispensa quebrando a linearidade temporal da narrativa ao estilhaçar o espaço para a mesma violência com a qual chantageia sexualmente aproximá-lo da tela do computador, hipertextual por excelência, com links aquela que o emprega em O Contrato do Amor (The que remetem sempre a outros links. Dessa forma, enquanto Próspero, Draughtman’s Contract); na obsessão de Greenaway pelos cercado por figuras mitológicas (sobretudo Ariel e Calibã, o Anjo e o números, que servem para ordenar, para sistematizar e, Demônio, respectivamente), escreve a trama de vingança, Greenaway por fim, para anular qualquer afeto ou sentimento dos aproveita para relacionar a obra em gestação com todos os livros que personagens neles imersos. ajudaram a construir o imaginário do artista, que agora se apropria e se utiliza da rede de signos conhecida a priori a fim de criar o novo, ato em si Conforme evidenciam tanto o pré-cineasta encarnado por mágico, misterioso e inexplicável, exprimindo os sonhos fantásticos que Mr. Neville, quanto Nagiko (Vivian Wu), a qual domina os lhe atravessam a alma e o corpo. corpos dos amantes ao usá-los como páginas em O Livro E de Cabeceira (The Pillow Book, 1996), a arte se constrói A Última Tempestade, no entanto, não cai nas autocitações vazias que

D enquanto estratégia de controle. Próspero, em A Última marcam, por exemplo, Oito Mulheres e Meia (Eight and A Half Women, Tempestade, detém o poder sobre os personagens que A 1999) e As Maletas de Tulse Luper, A História de Moab (The Tulse Luper cria, pois, literalmente (é o próprio John Gielgud quem fala

T Suitcases, The Moab Story, 2003), em que Peter Greenaway se preocupa por eles), dá-lhes voz. Para perpetrar sua vingança, somente com o próprio umbigo. Se em Oito Mulheres e Meia cada S escraviza Ariel e Calibã. Frente à rebelião do segundo – a seqüência se inicia com a página do roteiro que a origina – de modo que a E qual marca a independência progressiva das demais cena fecha-se sobre si mesma –, e se em As Maletas de Tulse Luper, A

P figuras em cena do jugo do artista –, resta a Próspero

. História de Moab há a onipresença de referências às obras anteriores do apenas a obediência do primeiro, a quem promete libertar a cineasta – a repetição do mesmo acontecimento três vezes, bem como a d M

i caso o objetivo a que se propõe seja alcançado.

e reaparição da personagem Cissie Colpitts, as quais se ligam a Afogando em E m

l Números (Drawning by Numbers, 1988), ou o fato de Tulse Luper ter escrito Ariel, mas também Próspero, pois enquanto Ariel executa as T A

o roteiro de A Barriga do Arquiteto (The Belly of an Architect, 1987) –, em A ações no mundo imaginado por Próspero, este igualmente

e Última Tempestade, ao contrário, os livros que pontuam a narrativa acabam representa a ponte entre o universo cinematográfico visto d

A

o por estruturá-la, na medida em que (como aponta a seqüência na qual na tela e o público para o qual ele se destina. De maneira d

r Próspero os destrói, lançando-os na água, para possibilitar que a peça de que a liberdade de Ariel liga-se a de Próspero, o qual a M a

c Shakespeare enfim surja) eles se referem à alquimia que transforma adquire quando reconhece que não há onipotência na I i

R chumbo em ouro. criação, quando, paradoxalmente, abandona o papel de T

o criador para abraçar o de personagem: os sonhos do artista l L É a arte enquanto bruxaria, que materializa as páginas escritas por u – de Próspero, de Greenaway – como veículos para incitar a

Ú Próspero, que torna reais os delírios do protagonista, que faz da vingança

P os sonhos dos espectadores, verdadeiros senhores a quem

caminho, através do amor entre Miranda (Isabelle Pasco) e Ferdinand (Mark r o cinema se subordina. o Rylance), para o perdão e, em conseqüência, para a redenção. Movimento, A p