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sessão cineclube Grupo EstaçãoeContracampo. L P M P M www uiz CarlosJr r r e e o o d d g g i i r r FILMOGRAFIA colaboração .contracampo.com.br a a a a ç ç m m (1939 - ) ã ã o o a a 1988 1983 1974 2001 1997 Jack(Jack) 1996 1992 1989 1987 1983 1983 1979 1974 1972 1969 1967 1966 1963 1962 1961 1961 1960 1960 1986 1982 1990 ç ç

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. eRuyGardnier.

D D e e (:(Apocalypse Redux) Redux Now: Apocalypse (O HomemqueFazia Chover) The Rainmaker (Drácula deBram Stoker) Bram Stoker`s Dracula (O Poderoso ChefãoParte III) New YorkStories (Tucker, UmHomemeSeuSonho) T Gardens ofStone (Peggy Sue,SeuPassado aEspera) P The Cotton Club (O Selvagem daMotocicleta) The Outsiders (O Fundo doCoração) One From theHeart NowApocalypse (O Poderoso ChefãoParte II) Part II The Godfather: The Godfather (Caminhos Mal Traçados) The RainP (Agora Você éUmHomem) You`re aBigBoy Now (O CaminhodoArco-Íris) Finian`s Rainbow Dementia 13 Come OnOut The Peeper (Os Amantes doNudismo) Tonight`s forSure Girls ansthePlayboy Bellboy andthePlaygirls ou The Belt Ayamonn the Terrible

e e P P ce:TheManandHisDream ucker: eggy SueGotMarried eggy b b r r o o a a t t d d e e u u : : ç ç

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(Demência 13) PartIII : (Vidas semRumo) (O P (Contos deNova York) (Cotton Club) (Apocalipse) ( (A Conversação) Jardins dePedra) oderoso Chefão) / OSESQUECIDOS 1/3 SANGUE DEPANTERA 15/2 próximas sessões de Luis Buñuel de Jacques Tourneur realização www.estacaovirtual.com de FrancisFordCoppola 8 deFevereiro de2006-AnoIV–Ediçãonº113 O O SINOPSE se dãocontadoqueeraf decirco.Masnofinal,eles uma encantadoraartista parceiros. Ela,porumcantorde cassino,elepor cinco anos.Ambosseencantam poroutros estúdio, HankeF Coppola. EmumaLas O inusitadoeromânticomusical deFrancis Ford

F F U U N N D D rannie terminamumarelçãode O O Vegas toda recriadaem

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C C O O apresenta cineclube R R A A Ç Ç FICHA TÉCNICA sessão Goursaud, Michael Magill, Randy Roberts. Goursaud, MichaelMagill,RandyRoberts. Storaro. Elenc Produção: Original: Música M Roteiro: One F Frederickson, . Coppola Fotografia: Dir . Ã Ã ont eção: o: O O agem: rom F . Armyan Bernstein, Francis Ford rederic F F rancis Ford Coppola. The Heart The Heart Armyan Bernstein,Gray Ronald Víctor García, VittorioGarcía, Ronald Víctor Rob Bonz,RudiF Teddy Edwards, . or rest,, Raul Julia, – EU A, 1982,c ehr , Anne or, 107min O cinema americano do começo dos anos 80 é cheio de filmes de ressaca, Homem que Fazia Chover, uma sucessão de invenções de interrupção, em que cineastas já não tão jovens começam a encerrar um que injetam vida até nas menores pontas e nos mais ciclo/começar outro em suas carreiras: O Portal do Paraíso, Um Tiro na graciosos detalhes, tudo isso a serviço de uma trama Noite, Muito Riso e Muita Alegria, O Rei da Comédia e este Do Fundo do vagabunda de John Grisham). O que se ignora é que o Coração. O filme de Coppola talvez seja o mais frágil dessa lista acima, trauma de Do Fundo do Coração foi bem mais profundo. É irregular e desarticulado – talvez por isso mesmo seja o mais representativo um filme sobre um fracasso: o fracasso de seus deles. De certa forma, trata-se de uma correção/expansão sobre a idéia do personagens em sonhar, o fracasso do seu cineasta em set de filmagem como grande playground para o cineasta que já estava no realizar a revolução que anunciou. Filme-processo que se centro de Apocalypse Now (filme cuja organização já apresentava uma revela um doloroso e muito belo filme-testemunho. Não lógica musical), só que aqui o espaço é uma Las Vegas de cenário de cinema há em todo o cinema muitos filmes que se dedicam com deliciosamente falso e o material se refere a um drama de ordem bem mais tanta força a registrar seu próprio fracasso. Um filme que intimista (com um roteiro que é bem mais direto sobre quanto o filme é se constrói num vácuo, que segue se multiplicando sobre seu próprio processo). incapaz de construir um centro que lhe dê sustentação; uma bela casa que seu arquiteto sabe estar destinada a Terá Coppola conseguido cumprir o que propõe? Provavelmente não, mas ruir. Coppola sabe que é incapaz de ser Vicente Minnelli, isto pouco importa já que se existe um filme cujas noções de bom ou mal mas não sabe bem o que pode ser. O cinema já não é perdem completo sentido ele se chama Do Fundo do Coração. Coppola capaz de retornar ao passado, mas segue completamente sempre foi mais um grande visionário/empreendedor do que propriamente incerto sobre o seu futuro. Depois de ser responsável por cineasta, e isto nunca ficou tão claro quanto aqui. Mas e daí se a visão for um filme que desnuda tal constatação de maneira tão algo como Do Fundo do Coração? Trata-se de um filme muito triste, mas direta, o que mais resta a Coppola a fazer do que os filmes esta tristeza tem pouco a ver com as imagens de corpos que perambulam que assinou nos quinze anos subseqüentes? pela tela: é antes a constatação de que Coppola, após construir com tanta paixão e dedicação o universo para suas imagens, não tem absolutamente O final tem uma conotação sinistra que inexistia num nada para fazer com ele. Serge Daney comparou Do Fundo do Coração com Aurora porque a reconciliação do casal acontece a experiência de ganhar pela primeira vez um par de óculos: primeiro o basicamente por não haver nenhum outro lugar para ir, e prazer da redescoberta do olhar; depois, com o hábito, o gozo porque o sonho do cineasta ruiu junto ao filme. Há paixão interrompido de perceber que não há nada de diferente neste mundo naquela imagem emblemática com um Federic Forrest

O novo. Há em Do Fundo do Coração uma tentativa tanto de atualizar o (dando a melhor atuação possível frente ao que Coppola musical minneliano como de praticar um retorno ao filme de cidade à lhe permite fazer) desiludido no seu conversível na chuva, Ã Aurora de Murnau. Em vez disso Coppola termina com um objeto enquanto o avião passa ao alto levando Teri Garr para Los Ç alienígena sem nenhuma credibilidade diante do olhar do espectador para Angeles com seu Rudolph Valentino de araque

A além da sua força de estar na imagem. Não é surpresa que o filme esteja no (“Vaselino”, o roteiro segue reiterando como para nos seu pior e mais constrangedor nas cenas domésticas do casal, em que lembrar que neste filme tudo é deformado e de terceira ou R Coppola fica impossibilitado de deixar a sua imaginação tomar conta do quarta mão). Só que esta paixão não está na situação em si O filme. Em Do Fundo do Coração os atores nunca contracenam com os – mesmo que o filme se esforce ao máximo

C cenários, os números musicais e as panorâmicas pela cidade se resolvem de sobrecarregando a imagem de todos os significantes maneira a quase engolir os personagens. Coppola acaba chegando num possíveis –, mas no cuidado com que Coppola constrói a

O filme de imagens sem corpos, de imagens que simplesmente são. A única sua imagem oca. Porque Coppola está mesmo

D âncora do filme que garante que ele não se perca por completo na viagem completamente apaixonado por este projeto de cinema, o

de Coppola é a trilha – excepcional – de Tom Waits. que torna mais dura ainda sua constatação de que ele não tem nada para oferecer. Coppola tenta muito e consegue O Culpa-se geralmente o fracasso do filme pelo subseqüente fracasso do o pouco, mas ainda assim o que ele consegue tem uma força d

D resto da carreira do cineasta (um constatação bastante exagerada, vale a que muitos filmes bem melhor-sucedidos são incapazes t dizer). Há mais verdade nisso do que alguns fãs do cineasta e do filme r N de atingir. É um filme de um sonhador sonhando sonhos u gostariam de assumir, mas a questão é estética muito mais que econômica. F ruins, mas com uma intensidade rara que o torna

U É verdade que depois de Do Fundo do Coração os talentos de Francis Ford e incontornável. Uma porta aberta para lugar nenhum, F p

i Coppola começaram a ser gastos cada vez mais com exercícios maneiristas l talvez, mas ainda assim um caminho. Por conta disso, Do i esquisitos e absolutamente vazios (o melhor sendo provavelmente Cotton F

Fundo do Coração permanece o pior filme que um cinéfilo O r Club) ou com encomendas francamente corruptas (culminando com O

o não tem como deixar de amar. D P