Epidemiologia E Diagnóstico Da Besnoitiose Bovina Em Portugal
Total Page:16
File Type:pdf, Size:1020Kb
UNIVERSIDADE DE LISBOA Faculdade de Medicina Veterinária EPIDEMIOLOGIA E DIAGNÓSTICO DA BESNOITIOSE BOVINA EM PORTUGAL HELGA MARLENE CARDOSO WAAP PRESIDENTE: Reitor da Universidade de Lisboa CONSTITUIÇÃO DO JÚRI ORIENTADORA Doutor Luís Miguel Martins Lucas Cardoso Doutora Yolanda Maria Vaz Doutor Virgílio da Silva Almeida Doutora Yolanda Maria Vaz COORIENTADOR Doutor José Manuel Alves Correia da Costa Doutor José Alexandre da Costa Perdigão e Doutor José Augusto Farraia e Silva Meireles Cameira Leitão Doutor José Alexandre da Costa Perdigão e Cameira Leitão COORIENTADOR Doutor Hélder Carola Espiguinha Cortes 2015 LISBOA UNIVERSIDADE DE LISBOA Faculdade de Medicina Veterinária EPIDEMIOLOGIA E DIAGNÓSTICO DA BESNOITIOSE BOVINA EM PORTUGAL HELGA MARLENE CARDOSO WAAP TESE DE DOUTORAMENTO EM CIÊNCIAS VETERINÁRIAS ESPECIALIDADE DE SANIDADE ANIMAL PRESIDENTE: Reitor da Universidade de Lisboa CONSTITUIÇÃO DO JÚRI ORIENTADORA Doutor Luís Miguel Martins Lucas Cardoso Doutora Yolanda Maria Vaz Doutor Virgílio da Silva Almeida Doutora Yolanda Maria Vaz COORIENTADOR Doutor José Manuel Alves Correia da Costa Doutor José Alexandre da Costa Perdigão e Doutor José Augusto Farraia e Silva Meireles Cameira Leitão Doutor José Alexandre da Costa Perdigão e Cameira Leitão COORIENTADOR Doutor Hélder Carola Espiguinha Cortes 2015 LISBOA 2 Ao Mário, ao Luís e ao Pedro iii iv Agradecimentos Agradeço à minha orientadora, Prof.ª Yolanda Vaz por ter aceitado orientar-me, por confiar em mim e por me ter introduzido e guiado subtilmente no mundo da epidemiologia, ao meu co-orientador Doutor Alexandre Leitão os ensinamentos e sábios conselhos ao longo de tantos anos e, muito em especial, a disponibilidade durante a execução deste trabalho, ao meu co-orientador Prof. Helder Cortes, tudo o que me ensinou e que se revelou tão útil neste e noutros caminhos, ao meu colega de curso e amigo Telmo Nunes os novos desafios na análise estatística e espacial dos dados, a disponibilidade, as longas horas em frente ao computador e sobretudo a paciência ... ao meu querido esposo e colega Mário Hilário, todo o apoio na execução deste trabalho, as sugestões e comentários inteligentes, as muitas “boleias” aos soros e por estar sempre disponível para ajudar, à minha colega e amiga Rita Cardoso toda a simpatia e troca de ideias ao longo destes anos e, espero, também no futuro, à Dra. Inácia Corrêa de Sá, por me ter proporcionado no passado os meios que me permitiram desenvolver estes e outros trabalhos, pela gentileza e todo apoio que sempre me demonstrou e, especificamente neste trabalho, pela disponibilização dos soros do seu banco de soros, à minha amiga e colega de laboratório Cristina Inácio, pela amizade e por estar sempre pronta a ajudar, e, claro, ao departamento de Parasitologia do INIAV, ao Doutor Jacinto Gomes e muito em especial à Lucinda Marques e à D.ª Maria do Carmo Dias, pela grande, grande ajuda com a logística dos soros, pela boa disposição e empenho no trabalho desenvolvido. v Agradeço também, à DGAV a colaboração neste estudo e a cedência e disponibilização dos dados referentes aos soros colhidos no âmbito do projeto LIFE, aos laboratórios DRAPN, Segalab, Viseu, Guarda, Alcains, Proleite, LMV, COPRAPEC, Évora, ACOS, Assisvet e DRAALG e, em especial à Dra Carla Afonso e à Engª Zulmira Lopes, a preparação e envio das amostras, ao Dr. Manuel Cardoso (DRAPN), a amizade e apoio que sempre me demonstrou e, em especial neste trabalho, as diligências para o envio dos soros da região Norte e a gentileza de ter divulgado e assegurado as respostas ao questionário nesta região, à Dra. Ana Paula Figueiras (DSAVRN), ao Dr. António Pina Fonseca (DSAVRC) e à Dra. Ana Caria Nunes (DSAVRLVT), a amabilidade de organizarem e acompanharem as visitas às explorações, ao Dr. Jorge Francisco Soares, a disponibilização dos soros de espécies silváticas colhidos na Tapada de Mafra, e a todos os colegas das OPP que colaboraram nas colheitas dos soros, bem como aos colegas que dedicaram parte do seu tempo a responder ao questionário. vi Epidemiologia e diagnóstico da besnoitiose bovina em Portugal Resumo A besnoitiose bovina, causada por Besnoitia besnoiti, é uma doença reemergente na Europa. Neste trabalho, após revisão do conhecimento sobre a epidemiologia, patogenia e diagnóstico, dedicou-se especial atenção ao ciclo de vida e vias de transmissão deste agente. Desenvolveu-se uma técnica serológica de aglutinação direta (B-MAT), com elevada sensibilidade (96,9%) e especificidade (99,7%), validada num rastreio nacional para determinar a prevalência e distribuição geográfica de B. besnoiti. Neste rastreio, envolvendo 391 explorações em 83 concelhos, observou-se uma verdadeira prevalência de explorações infetadas de 5,1% e uma prevalência média intraexploração de 33,0% (0,7-72,4%). Por varredura espacial detetou-se um cluster no Alentejo, o que está de acordo com as observações clínicas históricas. Um inquérito nacional aos médicos veterinários de campo revelou que apenas 17,5% tinham experiência clínica da doença, maioritariamente no Alentejo. Finalmente, num rastreio serológico de 1297 animais pertencentes a outras espécies domésticas e silváticas pela técnica B-MAT, não se detetou a presença de anticorpos anti-B. besnoiti. Considerando a importância económica da doença, a sua divulgação junto dos médicos veterinários e criadores bem como a investigação da sua epidemiologia são fundamentais para apoiar o sector pecuário nacional, sobretudo no Alentejo onde se encontra a maior prevalência serológica e de casos clínicos. Palavras chave: Besnoitia besnoiti, besnoitiose bovina, teste de aglutinação direta, estudo transversal descritivo, questionário vii Epidemiology and diagnosis of bovine besnoitiosis in Portugal Abstract Bovine besnoitiosis, caused by Besnoitia besnoiti, is a re-emergent disease in Europe. In this work, after reviewing the present knowledge on the epidemiology, pathogeny and diagnosis, special attention was devoted to the studies on the life cycle and transmission of this parasite. A direct agglutination serological technique (B-MAT) with a high sensitivity (96.9%) and specificity (99.7%) was developed and validated in a national survey to determine the prevalence and geographic distribution of B. besnoiti. The survey covered 391 herds in 83 municipalities. A true herd prevalence of 5.1% and a mean within-herd prevalence of 33.0% (0.7-72.4%) were estimated. Spatial scan statistics identified one cluster in the region Alentejo, which is in agreement with historical clinical data. A national inquiry to veterinary field practitioners showed that only 17.5% had clinical experience of besnoitiosis, the majority in Alentejo. Finally, no anti-B. besnoiti antibodies were detected in a B-MAT serological screening of 1297 animals belonging to other domestic and wildlife species. Considering the economic importance of the disease, the dissemination of information among veterinary practitioners and cattle producers as well as extended research on its epidemiology are essential to support the national livestock sector, especially in Alentejo, where the highest serological and clinical prevalence are found. Key words: Besnoitia besnoiti, bovine besnoitiosis, direct agglutination test, cross-sectional study, questionnaire viii ÍNDICE Resumo .............................................................................................................................................................. vii Abstract ............................................................................................................................................................viii Preâmbulo.......................................................................................................................................................... 1 Capítulo I - Introdução geral ....................................................................................................................... 3 1.1 Aspetos históricos ............................................................................................................. 3 1.2 Classificação taxonómica de B. besnoiti .......................................................................... 9 1.3 Morfologia dos quistos, bradizoítos e taquizoítos de B. besnoiti ................................... 11 1.4 Distribuição geográfica e dados de prevalência ............................................................ 14 1.5 Transmissão .................................................................................................................... 17 1.5.1 Hipótese de transmissão direta ................................................................................ 17 1.5.2 Hipótese de transmissão indireta ............................................................................. 19 1.6 Sinais clínicos ................................................................................................................. 28 1.7 Diagnóstico ..................................................................................................................... 31 1.8 Tratamento ..................................................................................................................... 34 1.9 Vacinação ....................................................................................................................... 36 1.10 Prevenção ..................................................................................................................... 37 Capítulo II - Revisão sistemática dos estudos para identificação de hospedeiros intervenientes