EL POBLAMIENTO AMERICANO VISTO DESDE LA PERIFERIA TEÓRICA Laura Lucía Miotti Universidad Nacional De La Plata
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EDITORIAL ¿Qué es lo que hace que la arqueología discusión. Por su parte, Ximena Suárez se suramericana sea tal cosa, si no la geogra- pregunta por el signo arqueológico más fía que la contiene? Hemos leído y escrito conspicuo del Uruguay; la interpretación de tanto acerca de ello que anima a pensar los cerritos es puesta en cuestión dando lu- que las palabras han agotado ya su reper- gar a un discusión metodológica y teórica torio. Probablemente porque la arqueolo- acerca de la monumentalidad como cate- gía suramericana está cambiando en diver- goría interpretativa. Continuando con su pre- sas direcciones a lo largo de los años esa ocupación acerca del poblamiento inicial del pregunta y sus posibles respuestas se re- continente Laura Miotti retoma la discusión nuevan constantemente. Tal vez los recien- que sostiene gran pare del debate teórico tes textos de Gustavo Politis han tenido la que se presenta en este número de la re- pretensión más abarcadora: como un pin- vista: ¿en qué medida nuestra relación con tor que describe el paisaje frente a su cua- el objeto de estudio está mediada por de- dro Politis lo hace con la arqueología sud- terminaciones contextuales que nos envuel- americana. Como antes a Velázquez, le ha ven?; ¿hasta qué punto la relación de co- sucedido aparecer retratado junto con su nocimiento que desarrollamos con los obje- objeto y éste, que lo mira al ser retratado, tos (como, por ejemplo, las discusiones teó- mira también su cuadro, se incomoda o rico-metodológicas de Velandia y Suárez) acuerda, reacciona y se mueve, sale de foco está mediada por las relaciones sociales en o sucumbe ante la mirada. En este número el curso de nuestras vidas (los contextos de Arqueología Suramericana recoge- socio-políticos y de política académica a los mos, en la forma de un debate, algunos de que refieren Miotti, Politis y sus comenta- los movimientos de quienes hemos sido re- ristas)? Esta parece ser la pregunta de la tratados en el paisaje de Politis. Interpre- hora en la arqueología suramericana. tarnos parece ser el desvelo. Del 3 al 7 de julio del 2007 nos encon- César Velandia nos ofrece su propia pre- traremos en San Fernando del Valle de ocupación acerca de la interpretación del Catamarca, con esa y otras varias pregun- arte y, de esta manera, hace su aporte a la tas en mente, en la Cuarta Reunión de Teoría teoría arqueológica en un texto que prefie- Arqueológica en América del Sur. Dentro re considerar un prólogo. Así, entre textos y fuera del paisaje interpretados e que vienen antes y textos que vendrán des- interpretadores nos damos cita al pie del pués Velandia presenta un cuerpo teórico- Ambato para conversar, cara a cara, acer- metodológico de interpretación no textual ca de lo que ofrecemos aquí para leer y de representaciones plásticas y llama a su acerca de lo que aquí invitamos a escribir. EDITORIAL O que faz com que a arqueologia sul-ameri- Ximena Suárez Villagrán pergunta-se sobre o cana seja tal coisa, senão a geografia que a signo arqueológico mais conspícuo do Uruguai. contém? Temos lido e escrito tanto sobre isto A interpretação dos cerritos é colocada em que chegamos a pensar que as palavras já questão, dando lugar a uma discussão tenham esgotado seu repertório. metodológica e teórica sobre a monumentalidade Provavelmente porque a arqueologia sul- como categoria interpretativa. americana está mudando em diversas Continuando com suas preocupações so- direções ao longo dos anos, esta pergunta e bre o povoamento inicial do Continente, Laura suas possíveis respostas se renovam cons- Miotti retoma a discussão que sustém grande tantemente. Talvez os textos recentes de parte do debate teórico que se apresenta neste Gustavo Politis tenham tido uma pretensão número de Arqueologia Sul-Americana: em mais abrangente: como o pintor que descreve que medida nossa relação com o objeto de a paisagem frente seu quadro, Politis o faz estudo está mediada pelas determinações com a arqueologia sul-americana. Como contextuais que nos envolvem? Até que ponto antes fez Velázquez, decidiu aparecer retra- a relação de conhecimento que desenvolve- tado junto com seu objeto e este o observa mos com os objetos (como por exemplo, as enquanto é retratado, observa também seu discussões teórico-metodológicas de Velandia quadro, incomoda-se ou concorda, reage e e Suárez) está mediada pelas relações sociais se move, sai de foco ou sucumbe diante do no curso de nossas vidas (os contextos socio- observador. Neste número de Arqueologia políticos e de políticas acadêmicas aos quais se Sul-Americana captamos, na forma de um referem Miotti, Politis e seus comentaristas)? debate, alguns dos movimentos daqueles que Esta parece ser a pergunta do momento em foram retratados na paisagem de Politis. In- Arqueologia Sul-Americana. terpretar-nos parece ser o que se revela. De 3 a 7 de julho de 2007, estaremos nos César Velandia oferece-nos sua própria encontrando em San Fernado Del Valle de preocupação acerca da interpretação da arte e, Catamarca, com estas e várias outras desta maneira, faz sua contribuição à teoria ar- perguntas em mente, na Quarta Reunião de queológica em um texto que ele mesmo prefere Teoria Arqueológica na América do Sul. considerar um prólogo. Assim, entre texto que Dentro e fora da paisagem, interpretados e vem antes e textos que virão depois, Velandia interpretadores, nos encontraremos aos pés apresenta um corpo teórico-metodológico de do Ambato para conversar, frente a frente, interpretação não-textual de representações plás- sobre o que oferecemos aqui para ler e so- ticas e chama a sua discussão. Por sua parte, bre o que aqui convidamos a escrever. ARQUEOLOGÍA SURAMERICANA/ARQUEOLOGIA SUL-AMERICANA 2, 2, julio/julho 2006 FORO DE DISCUSIÓN: EL PANORAMA TEÓRICO EN DIÁLOGO Tal vez no exista un intento más ambicioso de dar cuenta del panorama de la arqueología sudame- ricana que el que, en distintos medios y en diferentes versiones, ha publicado Gustavo Politis en años recientes. Como todo panorama general éste implica la creación de un cuadro de sistema- tización, la aplicación de criterios de ordenamiento y la selección de las obras; también supone un enorme esfuerzo de pesquisa de textos dispersos en cientos de publicaciones, muchas veces de caprichosa circulación en medios académicos generalmente tabicados por las fronteras naciona- les de nuestro continente. El panorama teórico resultante es abarcador y extenso pero ni el autor ni su texto han pretendido exponer una situación desde una supuesta objetividad; por el contrario, se trata de un cuadro pintado desde un punto de vista que, además, expresa sus cuestionamientos y sugerencias. En gran medida el texto de Politis es un comentario sobre la tarea de cientos de colegas sudamericanas/os; a algunas/os de ellas/os recurrimos ahora para que continúen el diálo- go, comentando el panorama descrito por Politis. En este número de Arqueología Suramericana incluimos una discusión del «paisaje teórico de Politis», para la cual hemos convocado a distintos colegas, a quienes hemos solicitado que se refieran a sus textos previamente publicados (Politis 2003, 2004). Los comentarios han sido replicados por Gustavo. Dado que es posible que algunas/ os de nuestras/os lectoras/es no hayan accedido a las publicaciones de referencia publicamos, en primer término, un resumen de los textos (el resumen en castellano fue preparado por uno de los editores de AS, Alejandro Haber, y ha sido revisado por Politis). Los comentarios, realizados con referencia a los textos completos y no exclusivamente a partir del resumen, figuran a continua- ción, seguidos por la réplica de Gustavo. Este foro se cierra con las referencias bibliográficas citadas en los comentarios y la réplica. Talvez não exista uma intenção mais ambiciosa de dar conta do panorama da arqueologia sul- americana do que a que, em distintos meios e em diferentes versões, tem publicado Gustavo Politis nos anos recentes. Como todo panorama geral, este implica na criação de um quadro de sistematização, na aplicação de critérios de ordenamento e na seleção das obras. Supõe também um enorme esforço de pesquisa de textos dispersos em centenas de publicações, muitas vezes de caprichosa circulação em meios acadêmicos geralmente isolados pelas fronteiras nacionais de nosso Continente. O panorama teórico resultante é abrangente e extenso, porém, nem o autor, nem seu texto, pretenderam expor uma situação a partir de uma suposta objetividade; pelo contrário, trata-se de um quadro pintado a partir de um ponto de vista que, ademais, expressa seus questionamentos e sugestões. Em grande medida, o texto de Politis é, em definitivo, um comentário sobre a tarefa de centenas de colegas sul-americanos(as); a alguns deles(as) recorremos agora para que continuem o diálogo, comentando o panorama descrito por Politis. Neste número de Arqueologia Sul-Americana incluímos uma discussão da «paisagem teórica de Politis», para a qual convocamos a distintos colegas a quem solicitamos que se refiram a seus textos previamente publicados (Politis, 2003, 2004). Os comentários foram respondidos por Gustavo. Considerando que é possível que alguns de nossos(as) leitores(as) não tenham tido acesso às publicações de referência, publicamos, em primeiro lugar, um resumo dos textos (o resumo em espanhol foi preparado por um dos editores de AS, Alejandro Haber e foi revisado por Politis). Os comentários, realizados com referência aos textos completos e não exclusivamente a partir do resumo, são apresentados na continuação, seguidos pela réplica de Gustavo. Este fórum encerra-se com as referências bibliográficas citadas nos comentários e na réplica. Palabras clave: método, teoría / Palavras chave: método, teoria. Ponencia: El paisaje teórico y el preguntas y métodos arqueológicos de tra- desarrollo metodológico de la diciones intelectuales extranjeras. Ello es sim- arqueología en América Latina. plemente debido a que, como respecto a cual- quier investigación en el mundo occidental, Gustavo Politis (CONICET - los arqueólogos latinoamericanos están in- Universidad del Centro de la sertos en comunidades científicas abiertas, Provincia de Buenos Aires y expuestas a movimientos intelectuales ge- Universidad de La Plata).