Uma Breve História Do Videoclip
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Produção Multimídia Uma breve história do vídeoclip Produção Multimídia A primeira era (? – 1965) Produção Multimídia 1894 A primeira notícia da música se juntando com o cinema foi em 1894, quando um vendedor de partituras contratou o eletricista George Thomas para sincronizar uma apresentação ao vivo com uma lanterna mágica que mostraria imagens projetadas. Isso se tornou muito popular na época e, se você tiver a chance de ver uma lanterna mágica em um museu, certamente vai explodir sua mente. A qualidade da fotografia de placas de vidro ainda está muito além de qualquer projeção digital disponível atualmente. Show de lanterna mágica: https://www.youtube.com/watch?v=2kU8kF8tvIw Produção Multimídia 1927 – O cantor de Jazz Se você estivesse trabalhando no final dos anos 20 e 30 em Hollywood, sua vida certamente mudaria. A era do cinema em silêncio estava começando a cair e toda uma indústria que ainda estava desenvolvendo sua própria linguagem teve que se renovar e começar do zero e pensar como o som poderia integrar os filmes. Na época, muitos teóricos do cinema afirmavam que o cinema terminava nessa transição. Para outros, esse foi um passo necessário para perseverar e tentar entender como o som poderia afetar a imagem em movimento. O Jazz Singer foi o primeiro filme a sincronizar áudio e imagem. Isso significa que, pela primeira vez, você podia ver uma apresentação musical que não estava ao vivo! Até então você só podia ouvir seus artistas, ver uma foto de como ele parecia ou ter a sorte de vê-los ao vivo. https://www.youtube.com/watch?v=PIaj7FNHnjQ Produção Multimídia 1930 – Crying for Caroline (Spooney Melody) A série Spooney Melodey foi a primeira a introduzir o conceito de curtas-metragens, misturando imagens ao vivo do artista. Foi exibido nos cinemas antes das apresentações principais. Então, agora você não precisa ver um filme completo para ouvir música e som, você podia ver o artista tocando em somente uma música! Magia! https://www.youtube.com/watch?v=SBo98gjikxQ Produção Multimídia 1958 – Le poinçonneur des Lilas (Scopitone) O iPhone de 1958. Se você sonhava em assistir vídeos de música fora de um cinema, o inventor Serge Gainsbourg tinha o mais novo gadget para você - o Scopitone! Durante os anos 60, essas jukeboxes começaram a aparecer em todos os bares e casas noturnas da Europa e dos EUA. Esse jukebox que tocava um filme de 16mm sincronizado com áudio (tecnologia inventada para a Segunda Guerra Mundial) foi a fúria dos anos 60. Em questões de linguagem cinematográfica, o Scopitone trouxe uma dimensão muito interessante que está fortemente ligado à era do vídeo e a telas pequenas como os nossos iPhones – o enquadramento era pensado para uma tela pequena. Quase não vemos cenas em grande angular e, em vez disso, focamos em planos médio a closes do artista tocando. Tudo planejado, já que a tela seria abarrotada em um canto com muitas pessoas ao redor. https://www.youtube.com/watch?v=E8ZCvYg5-ZQ Produção Multimídia Descobrindo o que é o videoclip Produção Multimídia Com a tecnologia cinematográfica e o 16mm ficando mais barato e acessível junto com crescimento da televisão aberta houve o surgimento da cultura pop no final dos anos 60 e início dos anos 70. Esse foi um tempo de explorar todos esses novos fenômenos como uma forma de promover o artista musical. Produção Multimídia 1965 – We Can Work it Out (The Beatles) Considerado o primeiro videoclipe a ser transmitido na televisão. Os Beatles já estavam fazendo alguns filmes de longa metragem muito populares e estavam procurando uma maneira de promover seus lançamentos de discos sem ter que fazer aparições em pessoa (principalmente nos EUA). O conceito é bem simples e foi concebido para se misturar com os programas de televisão que estavam sendo feitos no momento. https://www.youtube.com/watch?v=Qyclqo_AV2M Produção Multimídia 1966 – Paperback Writer (The Beatles) Juntamente com o diretor Michael Lindsay-Hogg, o vídeo musical inicia seus primeiros passos para se distanciar da gravação da performance ao vivo e começar a explorar mais opções no mundo da linguagem cinematográfica. https://www.youtube.com/watch?v=qf5Eclt6_ac Produção Multimídia 1966 – Subterranean Homesick Blues (Bob Dylan) O primeiro lyric vídeo? https://www.youtube.com/watch?v=MGxjIBEZvx0 Produção Multimídia 1967 – Strawberry Fields & Penny Lane (The Beatles) Viva o diretor Peter Goldman! Finalmente, começamos a ver algumas técnicas do avant garde e do cinema underground que já vinham sendo usadas há décadas no cinema em um vídeoclip. https://www.youtube.com/watch?v=S-rB0pHI9fU https://www.youtube.com/watch?v=8UQK-UcRezE Produção Multimídia 1968 – Interstellar Overdrive (Pink Floyd) Com o caminho aberto por Goldman e seus filmes para os Beatles, artistas e gravadoras começam a interagir mais com cineastas experimentais. Como resultado, os filmes musicais começam a se consolidar como uma plataforma válida para experimentações mais audaciosas no campo estético. O que anteriormente era apenas relegado aos cinemas de arte agora é visto por milhões de pessoas. https://www.youtube.com/watch?v=58IkwjKXBc0 Produção Multimídia 1968 to 1974 – A era de experimentação no vídeoclip Rolling Stones, Pink Floyd, David Bowie, The Kinks, etc. Livres de restrições de requisitos promocionais (graças ao Beatles e ao Goldman novamente!) e abertos a experimentações, esta foi uma das épocas mais interessantes para explorar como a música e o filme funcionavam juntos. Produção Multimídia Video matou a estrela da radio (1974- 1992) Produção Multimídia As infinitas possibilidades do vídeo revolucionam a forma como o videoclipe é feito. Juntamente com as oportunidades criativas, toda uma nova plataforma se eleva para de uma vez por todas matar a estrela de rádio. A televisão. Produção Multimídia 1974 – Bohemian Rhapsody (Queen) O videoclipe que praticamente inventou a MTV 7 anos antes de seu lançamento. Esta canção é "amplamente creditada como o primeiro single global de sucesso para o qual o vídeo foi fundamental para a estratégia de marketing" (Fowles, Paul (2009). A Concise History of Rock Music. Mel Bay Publications, Inc. p. 243.) https://www.youtube.com/watch?v=fJ9rUzIMcZQ Produção Multimídia 1980 – Ashes to Ashes (David Bowie) O videoclipe mais caro feito até então, e também um dos mais emblemáticos. O interesse de Bowie em explorar uma natureza mais complexa faz deste filme um trampolim para camadas mais profundas de significado em vídeos de música. https://vimeo.com/61213949 Produção Multimídia 1981 – MTV LAUNCHES – Video Killed the Radio Star (The Buggles) O primeiro vídeo musical veiculado na MTV profetiza o impacto que ele terá na indústria da música. Os videoclipes se tornam uma das principais plataformas para novos artistas ganharem atenção e para artistas consolidados mostrarem seus trabalhos mais recentes. A abordagem de vídeo DIY que inicialmente inundou a MTV no início dos anos 80 logo se desvaneceu e enormes orçamentos de produção inicia uma era em que o videoclipe custava mais do que os longas-metragens. https://www.youtube.com/watch?v=W8r-tXRLazs Produção Multimídia 1983 – Thriller (Michael Jackson) Estreou mundialmente na MTV no mesmo horário em todos os países. Michael Jackson e John Landis trazem de volta a ideia de misturar filmes com videoclipes (lembre-se dos longa-metragens dos Beatles dos anos 60?). https://www.youtube.com/watch?v=sOnqjkJTMaA Produção Multimídia A era dos diretores (1992-2004) Produção Multimídia Quase 10 anos após seu lançamento, a MTV em novembro de 1992 adicionou o diretor nos créditos de cada videoclipe. Essa mudança refle o fato de que os videoclipes se tornaram cada vez mais um meio de comunicação. Diretores como David Fincher (que nos anos 80 fazia videoclipes) começam a dirigir longas, enquanto toda uma nova geração de diretores jovens e talentosos entram em cena para expressar sua visão única. Produção Multimídia Spike Jonze O que eu pessoalmente adoro em Spike Jonze é o quão bom ele explora o vernáculo visual americano (programas de TV, campanhas publicitárias, filmes B) transformando-os ao avesso e também como o movimento corporal em seus filmes supera a coreografia para ter vida própria. Ambos os temas vêm do interesse natural do diretor e da dicotomia entre sua personalidade Spike Jonze e seu nome verdadeiro Adam Spiegel. Adam Spiegel cresceu em Maryland e faz parte da família que administra o negócio de catálogos Spiegel (uma empresa multibilionária fundada em 1865). No entanto, isso nunca o impediu de perseguir suas paixões. Ele foi apelidado de Spike Jonze em uma loja de BMX onde trabalhou e acabou mudando-se para Los Angeles para trabalhar em uma revista de skate, direcionando vídeos de skate e depois de dirigir videoclipes e filmes. Em seu trabalho, podemos ver tanto Adam Spiegel através de suas referências ao imaginário americano e Spike Jonze, o garoto skatista de espírito livre onde reina o movimento. Produção Multimídia Spike Jonze Produção Multimídia Spike Jonze Produção Multimídia 1994 – Sabotage (Beastie Boys) Os Beastie Boys não tavam afim de fazer uma grande produção e optaram por Spike Jonze e seu filme de guerrilha. Eles colocaram tudo dentro de uma van e ficaram indo ao redor de Los Angeles filmando um videoclipe sem qualquer licença. O resultado é um dos videoclipes mais emblemáticos dos anos 90, uma homenagem à tradicionais séries de policiais americanas dos anos 70. https://youtu.be/z5rRZdiu1UE Produção Multimídia 1994 – Buddy Holly (Weezer) Uma banda recente no meio de uma série dos anos 70? É como se o Spike tivesse colocado uma banda indie que bombou esse ano no meio de um programa do chaves. https://youtu.be/kemivUKb4f4 Produção Multimídia 1997 – ElektroBank (The Chemical Brothers) Se um videoclipe resumisse a mescla entre as influências de Jonze e seus pontos principais, seria esse: O perfeito estereótipo americano de esporte e superação juntado com o movimento do corpo como uma forma de liberação.