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DIARIO DOS TRABAIHOS REVISIONAIS

0 ANOII - N 35 SEXTA-FEIRA, 11 DE MARQO DE 1994 BRASILIA-DF

CONGRESSO NACIONAL Revisao da Constitui^ao Federal

SUMARIO

1 - ATA DA 14" SESSAO, EM 10 DE MARQO DE sobre irregularidades na compra de equipamentos para o Corpo 1994 de Bombeiros, cometidas na administra9ao do ex-Govemador 1.1 -ABERTURA de Sao Paulo, Sr. Orestes Quercia. 1.2 - EXPEDIENTE DEPUTADO MERVAL PI ME NTA - Defesa da defmi- 9ao de uma pauta minima para a Revisao Constitucional e da 1.2.1 - Discursos do Expediente remunera9ao dos vereadores. DEPUTADO JAIR BOLSONARO - Reivindica9ao, a DEPUTADO LIBERATO CABOCLO - Contradi9ao titulo de soldo, de um saiario minimo para cadetes e aspirantes. dos congressistas parlamentares ao defenderem proposta de du- DEPUTADO RUBEN BENTO - Felicitando a Republi- ra9ao de 8 anos de mandate presidencial, na sessao de ontem. ca Cooperativa da Guiana pelo transcurso de sua data magna. DEPUTADA LUCI CHOINACKI - Preocupa9ao com a DEPUTADO PAULO DUARTE - Manuten9ao ou que- miseria brasileira. Garantia de produ9ao de alimentos basicos bra de monopolios estatais. como medida de combate a fome. Criticas ao Piano FHC-H DEPUTADO JOSE FORTUNATI, como Elder - Desco- DEPUTADO CARLOS LUPI - Providencias para apu- nhecimento de Parlamentares sobre os fundamentos do mono- rar as denuncias do Desembargador Antonio Carlos Amorim, pdlio do petrdleo e das telecomunicafoes gera posi^oes Presidente do Tribunal de Justi9a do Estado do , equivocadas. sobre o envolvimento de um partido politico brasileiro sendo DEPUTADO OSVALDO BENDER - Colocafoes sobre fmanciado pela mafia italiana. a materia constante da Ordem do Dia da presente sessao, no DEUTADO ROBERTO JEFFERSON, como Elder — concemente k criafao de novos munictpios. Desvincula9ao do PTB do Bloco com o PFL e o PSC. Posi9ao DEPUTADO NILSON GIBSON - Caos na area de sau- do PTB independente frcnte a Revisao Constitucional. Suges- de do Estado de Pemambuco. tao para a cria9ao de Comissoes Temalicas na Revisao. O SR. PRESIDENTE - Comunicando ao Sr. Roberto Jef- DEPUTADO LOURIVAL FREITAS - Preocupa^ao ferson que a Mesa oficializou o desligamento do PTB do Bloco. com a aprova9ao das propostas de reelei9ao para cargos do Po- DEPUTADO JOSE LINHARES - Relatorio da 13* As- der Executivo e de diminui9ao do prazo para desincompatibili- sembleia Regicoal da Pastoral do Ceara — Nordeste, realizada no za9ao. periodo de 7 a 11 de fevereiro ultimo, no Ceara. Crise economica DEPUTADO PAULO LIMA - Retirada dos trilhos da atinge o Estado do Ceard, conforme ultimos dados do IBGE. Fepasa do centro da cidade de Presidente Prudente-SP. Impor- DEPUTADO WALDOMIRO FIORAVANTE - Urgen- tancia do transporte ferroviirio. cia na conclusao dos processos de cassa9ao dos mandates dos SENADOR CID SABOIA DE CARVALHO, como El- envolvidos no escandalo do Or9amento, com a subsequente der - Esclareciraentos sobre debate havido entre S. Ex* e o De- responsabiliza9ao penal e conftsco de bens, em respeito as ex- putado Nelson Jobim na sessao da Revisao Conslitucional de pec tativas da Sociedade brasileira. ontem. DEPUTADA SANDRA CAVALCANTI, pela ordem - DEPUTADO JOSE CICOTE - Denuncias publicadas no Apelo a Mesa para agiliza9ao dos trabalhos revisionais e inlcio jomal O Estado de S. Paulo sobre comip9ao no futebol pau- da Ordem do Dia. lista. DEPUTADO PAULO RAMOS - Inconstitucionalidade DEPUTADO LUE GUSHIKEN - Apelo ao Ministerio da Medida Provisoria n0 442/94, que retira algumas competen- Publico de Sao Paulo para abertura de inquerito civil e criminal cias da Casa da Moeda. Transcri9ao nos Anais de documentos 1616 Sexta-feira 11 DIARIO DOS TRABALHOS RKVISIONAIS Marino de 1994

EXPEDIENTE Centro Gr£fico do Senado Federal

MANGEL VILELA DE MAGALHAES DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL Diretor-Geral do Senado Federal Impresso sob responsabilidade da Mesa do Senado Federal AGACIEL DA SILVA MAIA Diretor Executivo CARLOS HOMERO VIEIRA NINA ASSINATURAS Diretor Administrativo LUIZ CARLOS BASTOS Semeslral Cr$ 70.000,00 Diretor Industrial FLORIAN AUGUSTO COUTINHO MADRUGA Tiragem 1.200 excm pi ares Diretor Adiunto

do Sindicalo Nacional dos Trabalhadores da Indiistria Moedei- DEPUTADO FERNANDO DINIZ - Protesto contra a ra e Similares. Lanifamenlo do livro "Petrobras: uma batalha proposta de centraliza9ao adminislrativa, por ser rctrocesso na contra a desinforma^ao e o preconceito, do Sr. Ricardo Bueno. Revisao Constitucional. no Espaijo Cultural da Camara dos Deputados. DEPUTADO EDESIO FRIAS - A historia da telefonia DEPUTADO EDUARDO JORGE - Reuniao havida em no Brasil. Homenagem a Ericson Telccomunica9ocs S.A., po- Brasilia, por prefeilos e secrelarios de saude. declarando publi- los 70 anos de atua9ao no Brasil. camente o eslado de alerta para a saude no Brastl. DEPUTADO AUGUSTO CARVALHO - Defesa da au- DEPUTADO RONALDO PERIM - Favoravel a inler- tonomia sindical. rup^ao dos trabalhos revisionais. Necessidade de o Congresso DEPUTADO JOAO FAGUNDES - Aplauso pelo pron- Nacional apreciar o Onjamento da Uniao para o exercicio de to atendimento oferecido pelo servi9o medico da Camara dos 1994. Deputados e homenagem a Dr* Celia Bretas Neto, pela eficien- DEPUTADO ERNESTO GRADELLA - Lan^amento te atua9ao. do livro Petrobras: uma batalha contra a desinforma^ao e o DEPUTADO MARINO CLINGER - Reajuste das tari- preconceito, de Ricardo Bueno. Crilicas ao arrocho salarial fas de energia eletrica e o arrocho salarial com a implemenla- inerente ao Piano FHC-II. Posi^ao do PSTU de apoio aos traba- 930 da URV. lhadores na proposta de greve geral em defesa dos salaries. DEPUTADO LEZIO SATHLER - Dcnuncia da geslao SENADOR AFFONSO CAMARGO. pela ordem - desastrosa do govemador do Espirito Santo. Defesa do patri- Apelo para agiliza^ao dos trabalhos revisionais, dando inicio a monio da Espirito Santo Cenlrais Eletricas S.A. - ESCEI^A, Ordem do Dia. contra tentativa do Govemo de por em disponibilidade as a96es DEPUTADA MARIA LUIZA FONTENELE - Apoio daempresa. as reivindica96es dos professores do Estado do Ceara, anun- DEPUTADO JOSE FELINTO - Falecimenlo do Dr. Ir- ciando paralisa^ao geral. Descaso do Govemo cearense com a ian Arcoverde, juiz do Tribunal de Al9ada do Parana. educaijao e desrespeito pelacategoria. DEPUTADO HUGO BIEHL - Falecimenlo do politico 1.3-ORDEM DO DIA catarinense Rivadavia Scheffer. - Proposta de Emenda Revisional, n" 4-A/94, referente DEPUTADO RIBEIRO TAVARES - Quebra da safra e ao art. 14, § 9°, da Constilui9ao Federal (inelegibilidade ) - Pa- elevaijao dos pre^os do feijao. recer n" 7-A/94. Aprovada, em 2° tumo, apos usarem da pala- SENADOR JULIO CAMPOS - Processo de esfacela- vra os Srs. Carlos Lupi, Eduardo Jorge e o Relator Nelson mento da sociedade brasileira. Recomposi^ao do papel do Esta- Jobim. do na Revisao Constitucional. Prioridade da reforma tribuliria. - Proposlas Revisionais e respectivas emendas, ofereci- DEPUTADO VASCO FURLAN - A Campanha contra das ao art. 56 da Constitui9ao Federal (licen9a para afastamen- a Fome, do sociologo Herbert de Souza, o Betinho. Necessida- to no exercicio do mandate ) - Parecer n0 14, de 1994 - RCF. de da reforma tributaria. O peso do ICMS no custo da alimenta- Vota9ao adiada por falla de quorum, apos usarem da palavra 930. as SrV Sandra Cavalcanti, Sandra Staling, Elevalda Grassi de DEPUTADO ROBERTO FRANCA - Transcurso dos Menezes e Rose de Freitas. 459 anos da funda9ao da cidade de Olinda - PE. - Propostas Revisionais e respectivas emendas, ofereci- DEPUTADA ARACELY DE PAULA - Falecimento das aos arts. 14 e 17 da Constitui9ao Federal (infidelidade par- dos engenheiros Ivan Costa e Reinaldo Silva, de Araxa - tidaria) - Parecer n0 18. de 1994 - RCF. Aprecia^io MG. sobrestada. DEPUTADO EDUAREX) JORGE - Falecimento do Sr. Cristovao Ribeiro da Fonseca, em Sao Paulo, Presidenle do Di- - Propostas Revisionais e respectivas emendas, ofereci- relorio do PT, em Sapopemba, Zona Leste da capital paulista. das ao art. 14, caput e §§ 1° a 4°, da Constitui9ao Federal (volo A precariedade do sistema de saude no Brasil, pelo estrangula- facultative). Parecer n° 3, de 1994-RCF. Aprccia9ao sobresta- mento dos or9amentos do SUS. da. Mar^o ds 1994 DIARIO DOS TRABALHOS RBVISIONA1S Scxta-feira 11 1617

- Propostas Revisionais e respectivas emendas, ofereci- das ao art. 45 da Constitui^ao Federal (sisiema eleitoral) - Pa- DEPUTADO EVERALIX) DE OEIVEIRA - Apclo cm rccern021,dc 1994-RCF, Aprccia^ao sobreslada. favor da libera^ao de recursos para o custcio agricola do sertao - Propostas Revisionais e respectivas emendas. ofereci- nordestino. das ao art. 47 da Constitui^ao J'ederal (delihera^oes legislati- DEPUTADO ALCIDES MODESTO - Eanfamento do vas) - Parccer n" 22. dc 1994— RCF. Aprccia^ao sobrestada. livro Petrobras: uma batalha contra a desinforma^ao e o - Propostas Revisionais e respectivas emendas, ofereci- preconceito, de Ricardo Bueno. Denuncia de violencia contra das ao art. 53 da Constitui^ao Federal (imunidade parlamentar) os trabalhadores rurais de Bom Jesus da Eapa - BA. - Parccer n" 12. de 1994-RCF. Aprecia^ao sobrestada. DEPUTADO LUE GUSHIKEN - Irregularidades na - Propostas Revisionais e respectivas emendas, ofereci- administra^ao do Sr. Orestes Quercia, no govemo do Estado de das ao art. 55 da Constitui^ao Federal (perda do mandato parla- Sao Paulo. mentar) - Parccer n" 13, de 1994-RCF. Aprccia^ao DEPUTADO JOSE DUTRA - Situayao caotica da Ro- sobrestada. dovia BR-319, no Estado do Amazonas. - Propostas Revisionais e respectivas emendas. ofereci- DEPUTADO GERSON PERES — Criticas a interesses das ao art. 18, § 3° da Conslituifao Federal (cria^ao de Estados) favoraveis a quebra do monopolio das telecomunica^oes. - Parccer n" 9, de 1994-RCF. Aprecia^o sobrestada. DEPUTADO ADROALDO STRECK - Posifao de - I'ropostas Revisionais e respectivas emendas, ofereci- S. Ex* com relafao a quebra de monopolios. das ao art, 18, § 4° da Conslitui^ao Federal (cria^ao de Munici- DEUTADO JOAO PAULO - Transcri^ao nos Anais, pios) - Parccer n" 10. de 1994-RCF. Aprecia^ao sobrestada. do artigo do jomalista Rubem de Azevedo Lima, publicado no jomal Correio Braziliense, de 6-3-94, inlitulado "A morle que 1.4 - ENCERRAMHNTO amea^a os mitos", sobre o fim do monopolio do petroleo no 2 - ATA DA 15* SESSAO, EM 10 DE MAR^O DE Brasil. 1994 DEPUTADO OSVAEDO STECCA - Importancia para 2.1 -ABERTURA os paises do Terceiro Mundo das energias renovaveis. 2.2 - EXPEDIENTE! DEPUTADO LIBERATO CABOCLO - A questao do capital estrangeiro na crise economica do Brasil. Desentendi- 2.2.1. - Discursos do Expcdiente mento de S. Ex* com a apresentadora de televisao Hebe Camar- DEPUTADA IRMA PASSONI - Reeleifao para Presi- go- dente da Rcpublica. DEPUTADO BENEDITO DE FIGUEIREDO - Conlra- DEPUTADO OSMANIO PEREIRA - Emenda popular rio a proposta do Relator Nelson Jobim dc redu^ao do numero a Revisao Constitucional que regula os programas de rddio e de vereadores e extin^ao dos vencimentos dos vereadores dc tclevisao. municlpios pequenos. DEPUTADA ROSE DE FREITAS - Apreensao de S. Ex* DEPUTADO CHICO VIGILANTE - Criticas ao corn- com o andamento dos trabalhos da Revisao Constitucional. portamento do desembargador Antonio Carlos de Amorira, ao SENA DOR ODACIR SCARES - Trabalhos desenvolvi- conceder entrevista a orgao de imprcnsa intcmacional, denun- dos pcla comissao incumbida dc examinar a Mcdida Provisdria ciando o financiamento dc partido politico brasileiro com di- n" 434/94-CN. nheiro da mafia italiana. DEPUTAIX) MAURICIO CALDCTO. como Elder - DEPUTADO ROBERTO JEFFERSON - Defesa da in- Criticas as comcmora^oes que serao realizadas pelos 3 anos do tegridade do desembargador Antonio Carlos dc Amorim. do govemo de Rondonia. Estado do Rio de Janeiro. DEPUTADO BETO MANSUR - Necessidade da inclu- DEPUTADO SERGIO AROUCA - Irresponsabilidadc sao em Ordcm do Dia dc matcrias de maior significado para o do desembargador Antonio Carlos de Amorim ao efetuar de- Pais. nuncia grave sem dados especlficos e provas do financiamento DEPUTAIX) CAREOS EUPI - Defesa do monopolio de partido politico brasileiro com recursos illcitos da mafia ita- do pctrdleo e das telecomunica^oes. liana. DEPUI ADA BENEDITA DA SILVA — Apoiamento DEPUTAIX) SERGIO SPADA — Politica do Govemo ao orador que a antecedeu na tribuna. Campanha lan^ada no com a triticultura. Dia Intcmacional da Mulher e apoiada pelo Unicef, intitulada DEPUTADO COSTA FERREIRA - Defesa da implan- 2000. ta^aode um sistema viario para a cidade de Sao Ixils- MA. DEPUTADO NIESON GIBSON - Denuncia de irregu- DEPUTADO APARICIO CARVAEHO - Necessidade laridades na remcssa de recursos da linha especial de credilo do de se revitalizar o salSrio-famllia. Banco do Nordeste do Brasil aos colonos de Pemambuco, con- DEPUTADO LAPROVITA VIEIRA - Situa?ao de forme a AssociafSo dos Pequenos Produlores do Projeto Nilo abandono das ferrovias brasileiras, Coelho. DEPUTADO PAULO ROCHA — Questao indlgena DEPUTADO LUE CAREOS HAULY - Posi^o favo- brasileira. rAvel a Revisao Constitucional. DEPUTADO OSVALDO MELO - Posifao de S. Ex' DEPUTADO EDUARDO JORGE - Lanfamenlo da contra a reelei^ao e contra a redufao do prazo de afastamento Frcnte Parlamentar por uma nova politica, ontem, no Espa^o nos cargos do Executive. Cultural da Camara. DEPUTADO MAURO MIRANDA - Editorial publica- DEPUTADO MAURI SERGIO - Baixo podcr aquisiti- do no jomal O Popular, sob o tltulo "Arrancada da Agroindus- vo do salario mlnimo. tria". 1618 Sexta-fcira 11 DIAR10 DOS TRABALHOS REVISIONAIS Mar^o de 1994

SENADOR JUTAHY MAGALHAES - O instilulo da - Propostas Revisionais e respectivas emendas, ofereci- incompalibili/a^ao como forma de moralizaijao da vida publi- das ao art. 45 da Constitui^ao Federal (sislema eleiloral) - Pa- ca. recer n0 21, de 1994-RCF. Aprecia^ao sobrcstada. DEPUTADO GIRO NOGUEIRA - Apelo para o termi- no das obras da Rodovia BR-404. que liga o Municlpio de Piri- - Propostas Revisionais e respectivas emendas, oferecidas ao art. 47 da Constitui^ao Federal (delibera- piri (PI) ao Municlpio de Crateus (CE). 0 DEPUTADO GEORGE TAKIMOTO - Mobiliza^ao ^oes legislativas) - Parecer n 22, de 1994-RCF. Aprc- dos agricultores do Distrito Federal e de Goias em frente ao cia^ao sobrcstada. Congresso Nacional, ontem, reivindicando condii;oes para a - Propostas Revisionais e respectivas emendas, ofereci- continuidade da produqao de alimentos. das ao art. 53 da Constitui^ao Federal (imunidadc parlamentar) - Parecer n" 12, de 1994-RCF. Aprccia^ao sobrcstada. 2.3 - ORDEM DO DIA - Propostas Revisionais e respectivas emendas, ofere- - Propostas Revisionais e respectivas emendas, ofereci- cidas ao art. 55 da Constilui^ao Federal (perda do mandato das ao art. 56 da Constitui^ao Federal (licen^a para afastamento parlamentar) - Parecer n° 13, de 1994-RCF. Aprecia^ao so- no exercicio do mandato) - Parecer n° 14, de 1994-RCF. Rejei- brcstada. tada cm 1° turno a subemenda do Relalor, manlendo-se o lex- - Propostas Revisionais e respectivas emendas. ofereci- lo original da Conslituiijao. Ao Arquivo. das ao art. 18, § 3° da Consliluiao Federal (cria^ao de Estados) - Propostas Revisionais e respectivas emendas, ofereci- - Parecer n0 9, de 1994-RCF. Aprccia^ao sobrcstada. das aos arts. 14 e 17 da Constitui^ao Federal (infidelidade par- lidaria ) - Parecer n0 18, de 1994 - RCF. Retirado da pauta - Propostas Revisionais e respectivas emendas, ofereci- 0 das ao art. 18, § 4° da Conslitui^ao Federal (cria^ao de Muni nos termos do Requerimento n 120/94-RCF. 0 - Propostas Revisionais e respectivas emendas. ofereci- cipios - Parecer n 10, de 1994-RCF. Aprecia^ao sobrcstada. das ao art. 14, caput e §§ 1 0 a 4°, da Constituiifao Federal (voto facultalivo). Parecer n" 3, de 1994-RCF. Aprecia^ao so- 2.4 - ENCERRAMENTO brestada.

Ata da 14a Sessao, em 10 de margo de 1994 4a Sessao Legislativa Ordinaria, da 49a Legislatura - EXTRAORD1NARIA - Presidencia dos Srs. Humberto Lucena, Adylson Motta. Levy Dias e Wilson Campos.

AS 10 HORAS, ACHAM-SE PRESENTES OS SENHO- RES: Adelaide Neri - PMDB; Aluizio Bezerra - PMDB; Cclia Mendes - PPR; Joao Tola - PPR; Nabor Junior - PMDB; Ronivon Santiago-PPR. Joao Franca - PP; Julio Cabral - PP; Marcelo Luz - PP; Ruben Bento - Bloco (PFL). Amapa Carlos Patrocinio- PFL; Darci Coclho- Bloco (PFL); Ixo- Gilvam Borges - PMDB; Valdenor Guedes - PP. mar Quintanilha - PPR; Osvaldo Rcis - PP. Para Maranhao Alacid Nunes - Bloco (PFL); Almir Gabriel - PSDB; Cesar Bandeira — Bloco (PFL); Daniel Silva - PPR; Eduar Eliel Rodrigues - PMDB; Gerson Peres - PPR; Hilario Coim- do Malias - PP; Epilacio Cafeteira - PPR; Jose Burnett - PRN; bra - Bloco (PTB); Jarbas Passarinho - PPR; Jose Diogo - Magno Bacelar - PDT; Nan Souza - PP. PPR; Mario Chermont - PP; Osvaldo Melo - PPR; Paulo Titan Ccara - PMDB. Aecio de Borba - PPR; Ariosto Holanda - PSDB; Gonzaga Amazonas Mota - PMDB; Jackson Pcreira - PSDB; Jose Linharcs - PP; Carlos De'Carli - PPR; Gilberto Miranda - PMDB; Joao Mauro Benevides - PMDB; Moroni Torgan - PSDB; Reginaldo Thome - PMDB. Duarte - PSDB; Ubiratan Aguiar - PMDB. Ronddnia Piaui Anldnio Morimoto - PPR; Edison Fidelis - PSD; Odacir Scares - PFL; Pascoal Novaes - PSD; Reditario Cassol; Ronaldo B. Sa - PP; Chagas Rodrigues - PSDB; Ciro Nogueira - Aragao-PMDB. Bloco (PEL); Joao Henrique - PMDB; Jose Luiz Maia - PPR. Mar^o dc 1994 DIARIO DOS TRABALHOS RRVISIONAIS Sexia-fcira 11 1619 Rio Grande do Nortc Goias Dario Percira - I'M.; Joao Faustino - PSDB. Antonio Faleiros - PSDB; Haley Margon - PMDB; Lazaro Paraiba Barbosa - PMDB; Luis Soyer - PMDB; Mauro Miranda - PMDB; Paulo Mandarine - PPR; Virmondcs Cruvinel - PMDB. Adauto Pereira - Bloco (PM.); Zuca Moreira - PMDB. do Sul George Takimoto - Bloco (PFL); Valter Pereira - PMDB. Luiz Piauhylino - PSB; Maurilio Ferreira Lima - PSDB; Maviael Cavalcanti - PRN; Miguel Arraes - PSB; Nilson Gibson Parana - PMDB; Wilson Campos. Affonso Camargo - PPR; Antonio Ueno - Bloco (PFL); Carlos Roberto Massa - PTB; Carlos Scarpelini - PP; Deni Schwartz - PSDB; Elio Dalla-Vecchia - PDT; Ervin Bonkoski - Jos6 Thomaz Nonft - PMDB; Roberto Torres - Bloco Bloco (PTB); Jose Eduardo - PTB; Jose Richa - PSDB; Luciano (PTB). Pizzatto - Bloco (PFL); Luiz Carlos Hauly - PP; Matheus Icnscn Scrgipc - PSD; Moacir Micheletto - PMDB; Munhoz da Rocha - PSDB; Albano Franco - PSDB; Everaldo de Oliveira - Bloco Pinga Fogode Oliveira; Reinhold Stcphanes - Bloco (PM.); Rcna- (PFL); Francisco Rollembcrg - PMN; Messias Gois - Bloco to Johnsson - PP. (PFL). Dejandir Dalpasquale — PMDB; Edison Andrino - PMDB; Haroldo Lima - PC do B; Joao Almeida - PMDB; Jose Esperidiao Amin - PPR; Nelson Wedckin - PDT; Neuto de Conto Louren^o - PPR; Prisco Viana - PPR. - PMDB; Paulo Duarte - PPR; Ruberbal Pilotto - PPR; Valdir Colatto - PMDB; Vasco Furlan - PPR. Minas Gcrais Aloisio Vasconcelos - PMDB; Annibal Teixeira - PP; Ara- cely de Paula - Bloco (PM.); Avelino Costa - PPR; Israel Pinheiro Amaury Miiller- PDT; Antonio Britio - PMDB; Amo Ma- - Bloco (PRS); Jose Aldo - Bloco (PRS): Jose Geraldo - PMDB; garinos - PPR; Carrion Junior - PDT; Cclso Bemardi - PPR; Mario de Oliveira - PP; Odelmo Ixao - PP; Osmanio Pereira - Eden Pedroso - PT; Fetter Junior - PPR; Ivo Mainardi - PMDB; PSDB; Paulo Heslandcr - Bloco (PTB); Paulo Romano - Bloco Joao de Deus Antunes - PPR; Jose Fortunati - PT; Jose Paulo Bi- (PM.); Raul Belem - PP; Romel Anisio - PP; Ronan Tito - sol - PSB; Luis Roberto Ponte - PMDB; Nelson Jobim - PMDB; PMDB; Samir Tannus - PPR; Sandra Starling - PT; Tarcisio Del- Odacir Klein - PMDB; Osvaldo Bender - PPR; Paulo Paim - PT; gado - PMDB; Tilden Santiago - IT; Wilson Cunha - Bloco Valdomiro Lima - PDT; Victor Faccioni - PPR. (PTB); Zaire Rezendc - PMDB. O SR. PRESIDENTE (Wilson Campos) - As lislas pro- Kspirito Santo prias acusam o comparecimenlo de 201 Srs. Congressistas. Haven- Gerson Camata - PMDB; Joao Calmon - PMDB; Jones do numero regimental, declare aberta a sessao. Santos Neves - PL; Jorio dc Barros - PMDB; Lezio Sathler - Passa-se ao periodo de Breves Comunicaijocs. PSDB; Rita Camata - PMDB; Roberto Valadao - PMDB. Concede a palavra ao primeiro orador inscrito, o nobre Rio de Janeiro Congressista Jair Bolsonaro. Aldir Cabral - Bloco (ITB); Amaral Netto - PPR; Arolde O SR. JAIR BOI.SONARO (PPR - RJ. Pronuncia o seguinte de Oliveira - Bloco (PM.); Benedita da Silva - PT; Carlos Alberto discurso. Sem revisao do orador.) - Sr. Prcsidcnte, Srs. Congressistas, Campista - PDT; Carlos Ijjpi - PD F; Ldesio Frias - PDT; Fran- reconhc^o ter feito alguns pranunciamentos um tanto quanlo acalora- cisco Domelles - PPR; Francisco Silva - PP; Hydekel Freitas - dos, mas entendo terem sido mars do que juslos. PPR; Jair Bolsonaro - PPR; Marino Glinger - PDT; Nelson Bor- Hoje, Sr. Presidente, quero falar apenas de numeros. I xigi - nier - PL; Regina Gordilho - PRONA. camente quando se fala em numeros, o resultado e apenas um. Pre Sao Paulo tendo abordar o que vem acontecendo com os salArios dos cadetes Aldo Rebclo - PC do B; Dclfim Netto - PPR; Eduardo Su- da Academia Militar das Agulhas Negras e, por extensao, com o plicy - PT; Fabio Meirelles - PPR; Morestan Femandes - PT; Ge- dos cadetes da Aeronautica e aspirantes da Escola Naval. raldo Alckmin Filho - PSDB; Heitor Franco - PPR; Helio Bicudo Sr. Presidente, apos o reajuste de 192%, em 1° de Janeiro - PT; Irma Passoni - PT; Joao Mellao Neto - PL; Jose Anfbal - deste ano, o cadete passou a receber um soldo de 0,9 salaries mini- PSDB; Jose Genoino - PT; Luiz Carlos Santos PMDB; Luiz Gus- mos. Cabe lembrar que o soldo do cadete e igual a sua remunera- hiken - PT; Luiz Maximo - PSDB; Maluly Netto - Bloco (PFL); ?ao final, porque em seu contracheque nao existe a figura da Marcelino Romano Machado - PPR; Mauricio Najar - Bloco gratifica^ao de atividade militar, o que, no meu entender, e um (PFL); Mendes Botclho - Bloco (PTB); Nelson Marquezelli - contra-senso, uma economia hurra por parte do Executivo. Bloco (PTB); Osvaldo Stecca - PMDB; Paulo Lima - Bloco Nao existe qualquer garantia legal para que um cadete rece- (PET.); Pedro Pavao - PPR; Tadashi Kuriki - PPR; Walter Nory - ba de soldo pelo menos um salario minimo porque o art. 6° da Lei PMDB. n" 18448, de 1992, diz que nenhum servidor recebera, a titulo de Mato G rosso vencimento ou soldo, importancia inferior ao salario minimo, ex- ceto os pra9as especiais e pra^as prestadoras do Service Militar Jonas Pinheiro - Bloco (PFL). inicial, que sao os reemtas e os pra^as especiais, ou seja, os cade- Distrito Federal tes. Joao Brochado - PP; Osorio Adriano - Bloco (PFL); Val- Portanto, Sr. Presidente, nossa primeira reivindica^ao, mir Campelo - PTB nossa primeira luta e conseguir, a titulo de soldo, pelo menos 1620 Sexta-feira 11 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Mar^o de 1994 um salario nilnimo para os cadeles e, logo depois. conseguir a gra- tanto, so vigeu por qualro anos. Scguiram-se varios anos de rivali- lifica^ao de atividade. For que? Porque agora, no dia 02 de mar^o, dades etnicas e de violenlos conflilos. a remuneraqao liquida de um cadete foi de 12 mil cruzeiros reais. Em 1966, a Guiana tomou-se um Estado indcpendenle den- Para recompor todas essas perdas, o Sr. Fernando Henrique Cardo- tro da Comunidade Britanica e quatro anos apos foi proclamada a so anunciou o abono de 5% a todos os servidores. E o cadele rece- republica. beu ontem um abono de 1.510 cruzeiros reais. Ao que leva esse O pais, com 900 mil habitantcs, apenas um ter^o deles na salario aviltante? Leva ao falo, que ja vem acontecendo, de um ca- area urbana. ainda nao superou as grandes divergencias etnicas dete mais abaslado. de familia de classe media - a famllia rica nao exislenles enlre a maioria de origem Indiana e os africanos. mula- coloca o filho na carreira militar - convidar e pagar a um oulro ca- tos, amerindios e chineses. dele mais pobre para fazer a faxina do apartamento onde moram. Concito os irmaos guianenses a rcunirem-se em tomo do Cada apartamento abriga 12 cadetes, cada um dos quais e respon- ideal de desenvolvimenlo do pais, a fim de que as mazelas do pas- savel pela faxina de um dia. E devem faze-la muilo bem. sob pena sado sejam esquecidas. de serem punidos com o trabalho aos sabados e domingos. O mes- Varias tem sido as vitorias obtidas pelos guianenses, como mo ocorre em rela^ao aos services diarios: o cadele mais abaslado uma das mais baixas taxas de analfabelismo na America - 3% da compra o service do cadete mais pobre. Esta e a conclusao a que exislencia de uma boa rede hospilalar, elevada expeclativa de vida se chega: aquele que tern um pouco mais de dinheiro vai trabalhar e baixa renda de crescimento demografico. menos; vai acordar mais tarde, nao vai fazer os plantoes. Como A economia da Guiana e bastanle equilibrada c suas expor- consequencia. tera mais condi^oes de enfrentar uma aula ou uma laifoes baseiam-se na venda de bauxita. a^iicar. arroz e aluminio. instruyao no dia seguinte, o que Ihe proporcionara melhor grau. E Grandes sao as planta^oes de cana-de-a^ucar, arroz, coco e citri- esse grau vai acompanha-lo ao longo de toda sua vida. Portanlo, o cos. Significalivo e o numero de induslrias, sendo as mais impor- cadete de famllia mais humilde dificilmenle saira, por exemplo, lanles as de processamenlo de bauxita. a^iicar, arroz, madeiras, general, ou dificilmentetera promo<;oes por merecimenlo, apenas rum e cerveja. por antiguidade, porque obteve menor grau do que aquele outro A explora^ao de bauxita traz enorme reccila para o pais, que teve mais tempo para estudar. mas a grande esperan^a atual e a explora^ao de ouro. A Guiana Ha de se ressaltar tambem. Sr. Presidente, que o cadete - ha possui uma das raaiores minas da America do Sul. muitos nordestinos e nortistas no final do ano, com esse salario Parabenizo as auloridades e o povo da Guiana pelas vitorias liquido de 12 mil cruzeiros, nao pode comprar passagem de onibus alcan^adas e pela sociedade que estao conslruindo. Fclicilo-os para Recife, Fortaleza, Manaus, permanecendo em Resende e se pelo transcurso de sua data magna e auguro que o porvir scja mais afaslando do convlvio de seu lar. glorioso ainda. Ha ainda oulro aspecto que decorre dos baixos rendimentos Era o que tinhamos a dizer. Sr. Presidente. do recruta - nao digo em Resende - em Brasilia, por exemplo. Um Obrigado. recruta, em Brasilia - nos, Parlamentares, o obrigamos a servir a Patria -, ganhou liquido de salario, este mes, algo em tomo de dez O SR. PRESIDENTE (Wilson Campos) - Concede a pala- mil cruzeiros reais. O boletim do ano retrasado, da Primeira Re- vra ao Deputado Congressista Paulo Duarte. giao Militar. proibe que o recruta pe^a carona no Eixo Monumen- O SR. PAULO DUARTE (PPR - SC. Pronuncia o seguin- tal. Por que? Porque os individuos de sexo indefinido de Brasilia te discurso. Sem revisao do orador.) Sr. Presidente, Sr"s c Srs. passeiam, no final do expediente, no Eixo Monumental, a beira de Congressistas, apesar de haver os que sao contrarios a Revisao, quarteis. Fazendo o que? Subomando o recruta para que ele se apesar de intimeros percal^os, a Revisao Constitucional esta cm prostitua. E nao e. Sr. Presidente, com publica^ao no boletim que andamento. Estamos votando durante esta semana e votaremos se evita que se prostitua um recruta. Uma das grandes preocupa^o- ainda hoje assuntos referentes a ordem politica. Entendo que os te- es da comunidade nesse meio, tenho certeza, e a AIDS. mas mais importanles. aqueles que se referem a ordem economica, A solu^ao seria proporcionarmos, pelo menos - pelo amor devem ser discutidos e volados na semana que vem, Entre os as- de Deus! - um salario minimo ao recruta, um salario minimo ao suntos referentes a ordem economica, ha um, a meu ver, de suma cadele da Academia Militar das Agulhas Negras, que serao os ge- importancia; trata-se da manuten^ao ou quebra dos monopolies. nerals de amanha! Penso que os detentores de monopolios, principalmente de Essa e a minha posi^ao, Sr. Presidente. petroleo e de telecomunica^oes, devem cstar apavorados, porque nossos gabinetes estao sendo inundados de material promocional O SR. PRESIDENTE (Wilson Campos) - Concede a pala- dessas inslitui^oes. vra ao Congressista Ruben Bento. Por outro lado, temos visto, na televisao principalmente, O SR. RUBEN BENTO (Bloco PEL - RR. Pronuncia o se- campanhas intensas no sentido de procurar, primciro, dcsraoralizar guinte discurso) - Sr. Presidente, Srs. Congressistas, a Republica o Congresso, dizendo que este nao tem autenlicidade ncm corape- Cooperativa da Guiana, pais irmao e vizinho, com o qual mante- tencia para fazer a Revisao Constitucional e alterar o monopolio, mos boas rela^oes de amizade, esta comemorando 24 anos de pro- e, segundo, dizendo da excelencia que sao as estatais que explo- clama^ao da Republica e de tal soberania, pelo que apresento ram o petroleo e as lelecomunica^oes. minhas congratula^oes pelo transcurso desta data significativa. Quanto maior a propaganda, quanto maior a divulgaifao, A regiao, habitada pelos indios aranques, caribes e maraus, maior o medo, maior a incompetencia de quern jamais concorreu e foi colonizada inicialmente pelos holandeses. Cem anos depois, no teme agora concorrer. Seculo XVni, passou a ser tambem explorada pelos ingleses, cujo Por outro lado. a quebra do monopolio vai permitir que se dominio foi definitivamente estabelecido em 1814. tome conta de uma outra realidade, uma realidade que impera em Poucos anos depois, em 1831, as colonias de Berbice, Esse- quase todo o mundo, principalmente no caso do petr61eo, ou scja, quibo e Demerara foramunificadas na chamada Guiana Inglesa. qualquer empresa que explore petroleo no mundo vai pagar para Em 1928, o pais ganhou um govemo representativo limita- participar das licita^oes, vai pagar royalty. No Brasil, a PETRO- do. que foi ampliado pela nova Constitui^ao de 1953, que, enlre- BRAS nao paga para entrar em licilaijcres. enlra prazcrosamente Mar^o de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONALS Sexta-feira 11 1621 sem ter gasto algum; royalty, a PETROBRAS paga, mas paga os Srs, Parlamentares que atacam esses monopdlios nao conhe- uma taxa menor do que pagara as outras companhias nos outros cem, na prftica, o que acontece, nao conhecem a grande conlribui- palses; Imposto de Renda, a PETROBRAS nao paga absolutamen- ^ao que essas duas Areas estao propiciando, do ponto de vista do te; participafao do acionisla do Govemo, do refmo do petroleo, o desenvolvimento tecnoldgico, para o nosso Pals. Existe uma de- Tesouro nao recebe. sinforma^ao absoluta e um grande preconceilo que, ao longo do Por outro lado, se tambem formos fazer um levantamento tempo, foram sendo vendidos pelas nossas elites para o povo bra- do capital que o Tesouro tern investido na PETROBRAS, que e sileiro. em tomo de quase 2 bilboes e meio de cruzeiros reais, e que seria Infelizmente, Sr. Presidente. percebo que essa desinforma- razodvcl uma remunera^ao desse capital em tomo de 10% - apro- 930 e esse preconceito acabam atingindo grande parte de Parla- ximadamente 250 milhoes de dolares - vamos ver que o dividendo mentares que fazem parte do Congresso Nacional. Isto e que a PETROBRAS paga ao Tesouro e bem menor, 6 em tomo de inadmisslvel, na medida em que representantes do povo nao po- 14, 15 milhoes de ddlares anualmente, dem abrir mao de conhecer Areas estrategicas de fundamental im- Entao, o que vemos e que, nesse caso do petr6Ieo, quern es- portancia para o nosso Pals. polia rcalmente o povo brasileiro e a PETROBRAS, porque esla Entendemos que os setores de telccomunicaijoes e de petro- dilapidando um patrimonio que e de loda a Na?ao. leo s6 tem se desenvolvido exatamente devido ao monopolio esta- Assim, Sr. Presidente, entendo que, na vola^ao da ordem tal. Certamente, se tivessemos aqui a iniciativa privada atuando, ccon6mica, isso deverti merecer uma aten^ao especial, porque a com o desmanlelamento, certamente nao estariamos com o grau de quebra, alcm de aumentar o rendimento do Tesouro, vai fazer com desenvolvimento e competitividade que atingimos hoje. como que haja uma produtividade maior e venhamos a ter um combusti- ocorre na PETROBRAS. vel a um pre^o mais baixo, sem que haja esses aumentos abusivos Por isso. Sr. Presidente. queremos saudar o lan^amento do que temos mensalmente, que dificultam todo o processo produtivo livro "PETROBRAS - uma balalha contra a desinformaijao e o do Brasil e que privilegiam s6 uma minoria corporativa que defen- preconceito", de autoria do jomalista Ricardo Bueno. Ele procura de seus interesses e que, por outro lado, sao apoiados por pessoas traduzir, com uma linguagem bastante acesslvel mas com muitos que tern vontade de manter o Brasil no subdesenvolvimento, a dados, uma informafao que e da maior importancia, colocando o nossa popula^ao na miseria, para que seus discursos tenham mais porque da nossa dependencia, a luta pela soberania da nossa eco- efetividade. nomia nacional, o porque da defesa do monopolio estatal e princi- lintendo que o verdadeiro patrimonio de um povo 6 a sua palmente, segundo ele e com a nossa concordancia, por que a cultura, sua educa^ao, sua qualidade de vida. Temos visto palses privatizaijao se traduziria num grande equlvoco a ser cometido por que nao tern qualquer rcserva de pelrdleo, nao tern recurso natural este Congresso Nacional. A Associa^ao dos Engenheiros estA rea- algum e, no entanto, se constituem em grandes economias, como e lizando o lan^amento desse livro, que estA acontecendo nesle mo- o caso, por exemplo, do Japao, que e hoje a segunda economia do mento no Espaijo Cultural da Camara dos Deputados. mundo justamente por uma s6 razao: a educaijao como cultura do Aproveito a oportunidade para convidar todos os Srs. Parla- povo. Ou seja, as fu^oes de Govemo que o Estado deve perseguir mentares, independentemente de suas posi^oes pollticas, a partici- para jamais se tomar um Estado emprestirio. com monopdlios, parem do lan9amento desse livro a fim de que, com dados nas atuando com empresas que, sem concorrencias, sao o exemplo de maos, buscando informa9oes, com subsidies, possamos disculir ineficiencia e ineficicia. com mais profundidade o que significa efetivamente a existencia Era o que tinha dizer. da PETROBRAS e a manuten9ao do monopolio estatal do petro- O SR. JOSE FORTUNATI - Sr. Presidente, pe^o a pala- leo. vra pela ordem, para uma comunica^ao de Lideramja. Saudo o lan9amento desse livro, que vem em uma hora ex- tremamente importante, em uma hora em que atravessamos um O SR. PRESIDENTE (Wilson Campos) - Concedo a pala- processo revisor complelamenle irresponsAvel, onde o que estA em vra a V. Ex* jogo nao 6 a modemidade do Pals, de acordo com a visao da maio- O SR. ODELMO LEAO - Sr. Presidente, pe^o licemja ao ria, mas a quebra dos monopdlios, a ganancia de alguns, o interes- nobre Congressista Jos6 Fortunati para fazer uma comunica^ao. se das nossas elites dominantes. Acredito, Sr. Presidente, que com dados como esses, que O SR. PRESIDENTE (Wilson Campos) - V. Ex' conce- sao irrefutAveis, com a transparencia, com uma discussao plena te- de? remos condi96es, neste plenArio, de derrotar, como fizemos ontem O SR. JOSE FORTUNATI - Concedo, sem problema. com os Govemadores, qualquer emenda que procure o casuismo, que procure, na verdade, solapar a riqueza nacional, combalir ain- O SR. ODELMO LEAO (PRN - MG) - Sr. Presidente, da mais a nossa ja combalida economia. comunicando a V. Ex', pe^o a autorizafao do Congresso para me Mais uma vez quero aqui, em primeiro lugar, destacar o lan- retirar agora de Brasilia, em virtude do falecimento de um tio do 9amento desse importante livro e. em segundo lugar. convidar to- meu filho num desaslre ocorrido na cidade de Uberlandia. dos os Srs. Parlamentares, vollo a dizer, independentemente de O SR. PRESIDENTE (Wilson Campos) - Serf registrada posi9ao polltica ou partidAria, para que compare9am ao lan9amen- a comunica9ao de V. Ex' to do livro e peguem o seu exemplar, leiam esse livro atentamente, Tem a palavra o Congressista Jose Fortunati. buscando, inclusive, outros dados que estao sendo distribuidos pe- O SR. JOSE FORTUNATI (PT - RS. Para uma comuni- los engenheiros, pelos tecnicos da PETROBRAS. ca^So de Lideran^a. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Especialmente, quero destacar aqui dois pequenos textos: Congress! stas, toda vez que se discute a questao dos monopdlios "Monopdlio do Petroleo - Contribui9ao para o desenvolvimen- publicos, uma s6rie de dados equivocados, que demonstram o cla- to e competitividade nacional"; e "Contribui9ao para o desen- ro desconhecimcnto de Parlamentares desta Casa, sao trazidos a volvimento e a competitividade nacional", elaborados pelos tona. O que temos pcrcebido, ao longo do tempo, e que, em rela- tecnicos da Refinaria Alberto Pasqualini - REFAP, la do meu fao a algumas Areas, principalmente lelecomunicafoes e petrdleo. Estado. Parece-me que sao contribui96cs da maior importan- 1622 Sexta-feira 11 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONA1S Marfo de 1994 cia. Certamenle, colcKam a nu a verdadeira discussao que temos Primeiro, o lexto preve; que tiavar A quern inleressa a manuten^ao do monopolio estatal do petroleo? Nao tenho duvida em responder. inleressa a econo- "Antes de votada a lei complementar, nao sera criado mais nenhum municipio novo." mia nacional, inleressa a maioria do povo brasileiro. A quem inle- ressa a privaliza^ao desse setor? Nao lenho duvida em afirmar; Sabemos o quanto e dcmorada a aprova9ao de uma lei inleressa a muito poucos, aqueles que querem. como ja aconleceu complementar nesta Casa. E, uma vez aprovada, sabemos tam- ao longo do tempo, simplesmente abocanhar grande parte da ri- bem que as exigencias que vao ser inseridas nessa lei comple- queza nacional. mentar dificilmente permitirao a cria9ao de novos municipios. E indiscutrvel. Sr. Presidente, ser hoje a PETROBRAS uma Isso vai ser feito de lal modo que so uma cidade grande poderia empresa estatal exemplar em todo, inclusive recebendo premios ser emancipada. inlemacionais pelo seu desenvolvimento em pesquisa e prospec- Por isso apelo aos nobres Congressistas no senlido de que 9ao. Ha um reconhecimento inlemacional de que essa empresa e este jam atenlos a essa tese. uma das mais credenciadas em pesquisa. em compelilividade, no O Relator sugere e prelende inserir na nova Carta que a desenvolvimento nacional. cria9ao de Estados seja aprovada, primeiro, pelas assembleias le- Por isso, parece-me ser extremamente pertinente que este gislativas. Ora, isso nao tem cabimenlo. Os Estados, sim, devem Congresso Nacional reflita com muita profundidade sobre esse ser criados por lei complementar federal e nao estadual. Nao e da tema, para que possamos manter no lexto conslitucional os mono- competencia das assembleias legislativas legislar sobre a cria9ao polios estatais do petroleo e das lelecomunica^oes. de Estados, Muito obrigado. Sr. Presidente. Portanto, apelo aos nobres Congressistas para que manlc- nham essa legisla9ao na forma alual, a fim de que os Estados pos- O SR. PRESIDENTE (Wilson Campos) - Concedo a pala- sam ter mais municipios e as comunidades possam ter vida c vra ao nobre Congressista Osvaldo Bender. desenvolvimento proprios. O SR. OSVALDO BENDER (PPR - RS. Pronuncia o se- Era o que tinha a dizer. Sr. Presidente. guinte discurso. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, Sr*s e Durante o discurso do Sr. Osvaldo Bender, o Sr. Srs. Congressistas, esta na pauta de hoje um item que trata da cria- Wilson Campos. 1° Secrcldno, deixa a cadeira da presi- 9ao de novos municipios. dencia, que e ocupada pelo Sr. Adylson Molla. I" Vice- No caso de vir a ser aprovada a leoria do Relator, as emen- Presidente. das provavelmente acolhidas pelo Relator, nos, alraves da Lideran- 9a do nosso Partido, ja pedidos destaque para vola9ao em O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Concedo a pala- se par ado. vra ao nobre Congressistas Nilson Gibson. Na ultima Constilui9ao inseriu-se um artigo que transferiu O SR. NILSON GIBSON (PMN - PE. Pronuncia o se- para as assembleias legislativas o poder de legislarem sobre a cria- guinte discurso. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente. Sr* e 9ao de municipios novos. Srs. Congressistas. ocupo hoje esta tribuna para mais uma vez de- Antes da ultima Constitui9ao a lei complementar era de ob- bater nesta Casa o caos na area da saude. em Pemambuco. riga9ao do Congresso Nacional, sendo exigidos, no minimo, 10 O Diario de Pemambuco, na primeira pagina, chama a mil habitantes e 5 milesimos da renda dos Estados onde os munici- aten9ao dos leilores para a noticia mais importanle, com o seguinte pios seriam emancipados. tilulo: Medicos pre par am demissao em massa. Ora, a metade dos municipios brasileiros, mesmo os gran- Sr. Presidente, o Sindicalo dos Medicos de Pemambuco di- des, nao tem essa renda de 5 milesimos do seu Estado. vulgou um listao com 700 pedidos de demissao da rede piiblica Esporadicamente, era aprovada a cria9ao de um ou outro hospitalar, caso o Govemador do Estado nao atendesse a contra- municipio, quando nao se impetrava um mandado de seguran9a proposla de tea juste salarial. para impedi-lo. Tao logo um cidadao comum, ou mesmo um pre- Aumentou a adesao ao movimento de demissao coletiva dos feilo, nao via com bons olhos a emancipa9ao, entrava com manda- medicos que trabalham nos hospitals e unidades de saiide do lisla- do de seguran9a e derrubava o processo. do. A prova disso e que ap6s 1988, 1989, quando se transferiu Os medicos solicilaram a intermedia9ao dos Dcputados da para as assembleias legislativas a obrigatoriedade da elaboTa9ao da Assembleia Legislaliva, a fim de solucionar o impasse que coloca lei complementar. no Rio Grande do Sul, por exemplo, foram cria- em risco toda a assistencia medico-hospilalar de Pemambuco. En- dos, desde enlao ate agora, aproximadamenle 170 municipios no- tretanto, nao ocorreu enlendimenlo. vos, todos prdsperas comunidades interioranas, com sua vida Hoje, o 6rgao de classe dos medicos deve realizar uma nova propria e a popula9ao exigida pela lei complementar estadual. assembleia geral extraordiniria, para avalia9ao da contraproposta Certamenle, nao fosse a cria9ao de 170 novos municipios govemamental que seri entregue as 16h, no Palacio do Govemo. no Rio Grande do Sul, a metade da popula9ao dessas localidades E um absurdo o Govemador nao ter ainda definido uma proposta estaria hoje fazendo parte dos grandes cinluroes de miseria da ca- de aumento salarial a ser apresentada aos medicos, que desejam pital. Sem duvida, o fato se repetiu em todos os Estados brasilei- apenas - veja bem V. Ex*, Sr. Presidente, que e da area de saude - ros. o cumprimenlo da lei em vigor. E o que 6 o cumprimento da lei? E O Brasil nao chega a ter 6 mil municipios. A Alemanha. do o pagamento de 3 salarios minimos. E poderia V. Ex* pergunlar a mesmo tamanho do Estado do Rio Grande do Sul, tem 13 mil. Na- este modeslo e humilde Parlamentar, que nao e medico: quanto e quele pais, cada comunidade tem a sua independencia e resolve os que o Govemo paga aos medicos em Pemambuco? Sr. Presidente, seus problemas. Se cada uma das nossas comunidades re solver os apenas 29 mil cruzeiros reais, menos do que o salirio minimo. E seus problemas, certamenle a maioria dos problemas do Brasil se- um ilicito trabalhista, uma apropria9ao indebila. rao resolvidos. Registro que o Diretor do Hospital da Restaura9ao de Per- Transferir novamente a responsabilidade pela CTia9ao de nambuco. Dr. Luiz Gonzaga Virgolino, informou ao Sindicato dos municipios para a lei complementar federal e um relrocesso. Medicos que o Govemador do Estado atenderia a contraproposta Marfo de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Sexta-te;ra 11 1623 dos medicos no pagamento dos 3 saldrios minimos, que e o cum- penalizados. A popula9ao dos Estados dessas regioes, jioitanto, primento legal. Entretanlo, o Govemador do Estado desmentiu o esti livre desse desperdicio, desses exageros que sao cometidos Diretor, dizendo que este nao tinha autoriza9ao para falar em nessa epoca por detentores de cargos ptiblicos, recursos esses im- nome da administra^ao estadual. Afirmou: prescindiveis para a manuten9ao da Saude, Educa9ao, que sao nor- "Deve ter sido um mal-entendido. pois ainda nao chegamos malmente desviados para uma campanha eleitoral com a maior aos indices, que somente teremos amanha, quando vamos apresen- desfa9alez. la-los aos lideres sindicais dos medicos". Sr. Presidente, os salirios Esti de parabens este Congresso pela decisao soberana, to- dos medicos, atualmente, 6 inferior ao salirio minimo. E uma ver- mada pela maioria de seus membros, em consonancia com os ru- gonha e uma ilicitude trabalhista. mos que este Congresso tern tornado, as medidas de moraliza9ao Diante da gravidade da situafao da saude no Estado de Per- toraadas nos tiltimos tempos, pela via democritica, pela via da mo- namhuco - pois o povo e o unico penalizado requeiro a Mesa a raliza9ao, pela via da moralidade publica e, principalmente, o bom forma^ao de uma comissao de parlamentares medicos a fim de vi- uso dos recursos ptiblicos. A reelei9ao de Ptesidente, Govemado- sitar o Estado de Pemambuco para, in loco, constatarem as dentin- res e Prefeitos significaria um retrocesso, um atraso, e nao ajuda- cias que este Dcputado faz. Se estas nao forem comprovadas, V. ria em nada a consolida9ao da democracia em nosso Pais; seria um Ex' podera utilizar o Regimcnto e punir este Parlamentar. ralo por onde vazariara preciosos recursos ptiblicos que faltam na Sr. Presidente, a saude e um direito de todos e dever do Es- mesa e na educa9ao do nosso povo. tado. Oportunamcnte, voltarei ao assunto. Por fim, a diminui9ao do prazo para desincompatibiliza9ao Muitoobrigado. (Muito bem!) seria um casuismo ainda maior, muito mais perigoso, que compro- meteria grandemente a seriedade e ate a honradez deste Congresso O SR. PRESIDENTE (Adylson Motla) - A Presidencia Nacional. comunica aos Srs. Congrcssistas que a presente sessao de carrier Congratulo-me, portanto, com a decisao do Congresso Re- exlraordmario se cnccrrarS as 14h, uma vez que is 14h deveri ler visor. Apesar de o PT eslar em obstru9ao, ontem tomamos a deci- inicio a sessao ordiniria, conforme previsto na Resolufao n" 1. sao de votar visando derrolar esses dois casuismos inaceitiveis da Fajo um apelo aos Srs. Congressistas, que estejam nos seus vida politica brasileira. gabinetes e demais depcndencias da Casa, para que venham ao Outro comentdrio que goslaria de tecer. Sr. Presidente, nes- plcnirio a fim de rcgistrarem as suas presen9as e ensejarem o quo- te instante, 6 com rela9ao as criticas promovidas pela apresentado- rum neccssario para delibera9ao. ra de televisao Hebe Camargo, que desencadearam justas rea95es O SR. NILSON GIBSON - Sr. Presidente. pe90 a palavra, iradas de reptidio deste Congresso. pcla ordem. Assiste toda razao i apresentadora Hebe Camargo, mesmo porque, ao longo da sua vida, em suas escolhas de candidatos, ela O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Concedo a pala- nao tem sido muito feliz. Dessa forma, 6 bastante compreensivel vra, pela ordem, ao nobre Congressisla Nilson Gibson. que esteja magoada, desiludida, desesperada e desanimada com a O SR. NILSON GIBSON (PMN - PE. Pela ordem.) - Sr. politica, jfi que na ultima elei9ao votou no Sr. Fernando Collor de Presidente, sei que estamos em uma sessao da Revisao Constitu- Mello. Enlrelanto, ela nao pode transferir os seus erros - sua mi cional, cntrctanto como nao ocorreu sessao da Camara, solicitei a escolha - a opiniao publica de maneira geral. V. Ex' que fosse cncaminhada c6pia do meu pronunciamento. Acredito que grande parte da popula9ao de Sao Paulo e do Essc c um assunto serio. V. Ex' entende perfeitamente, pois defen- Brasil est5 feliz, porque tem sabido escolhcr e votar em bons poli- deu os dentistas em Portugal e foi vitorioso. Agora, estou defen- ticos, em bons candidatos, que tem dignificado e dignificam, ain- dendo os medicos de Pemambuco. da, a vida publica nacional. O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - A Presidencia Hebe Camargo, pelo sen passado e pelas suas escolhas poli- dara toda atcn9ao que o nobre Deputado Nilson Gibson merece e ticas e eleitorais, nao tem sido muito feliz e, por isso, tem toda ra- fara o nccessirio encaminhamenlo, de acordo com a sua solicita- zao em expor, extravasar o seu sentimenlo de mSgoa, enflm, de 9ao. angtistia e ate de desespero, com reIa9ao ao exercicio da cidadania Concedo a palavra ao pr6ximo orador, nobre Congressisla do voto. Lourival Freitas. As ultimas escolhas de Hebe Camargo, certamente, for am Maluf e Collor, que dispensam comenlirios. O SR. LOURIVAL FREITAS (PT - AP. Pronuncia o se Era o que tinha a dizer. (Muito bem!) guintc discurso. Sem revisio do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Muito obrigado. Congrcssistas, ontcm, o Congresso Nacional esleve i altura da ex- O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - A Presidencia pectativa da opiniao publica e mais uma vez demonstrou que esti comunica aos Srs. Congrcssistas que desejarem se inscrevcr para sintonizado. apesar das pressoes que querem levi-lo a desmorali- debater, discutir ou encaminhar as materias constantes da Ordem za9ao, c em condi9oes de representar os interesses da Na9ao brasi- do Dia, que esti sendo entregue, que poderao faze-lo aqui na leira. com alguns equivocos e perca^os naturais desta atividade Mesa. politica. Refiro-me a Tejei9ao das duas principais propostas apre- senladas pclo Relator: a possibilidade de reelei9ao de Presidente, Falarao de acordo com o Regimento Intemo, aplicando-se a regra do segundo tumo, j4 que 6 omisso no primeiro. A discus- Govemadores, Prefeilos e a diminui9ao do prazo de desincompati- sao lera dois oradores; um a favor e outro contra. E o encaminha- biliza9ao para uma futura elei9ao. Ora, Sr. Presidente, cu ji havia manifestado a minha mento ter4 quatro oradores: dois a favor e dois contra. preocupa9ao com a aprova9ao dessas duas emendas, o quanto Portanto, quern liver interesse em fazer sua incri9ao para os elas significariam de prejutzo para os Cofres Ptiblicos, uma vez itens constantes da pauta de hoje, que o fa9am, pois j4 temos v4- que ningudm dcsconhcce a farra, o exagero com que sao trata- rios Congressistas inscritos. dos os rccursos ptiblicos em vesperas de elei9ao, quando, prin- Este 6 apenas um alerta iqueles que nao estao cientes desta cipalmenle os Estados do Norte e Nordeste seriam os mais possibilidade. 1624 Sexla-feira 11 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Mar^o de 1994 O SR. FRISCO V1ANA - Peijo a palavia pela ordem. Sr. E tambem um transporle de massa e de carga pesada no Presidente. mundo inteiro. Nos Estados Unidos, por exemplo, grande parte do transporle e feilo atraves das ferrovias, que alravessam lodo o pais, O SR. PRESIDENTE (Adylson Motla) - Concede a pala- pralicamente um continente. Na Russia, lambem e assim. Na In- vra ao nobre Congressista Prisco Viana. glalerra, na Franca, paises menores, hi o uso crescente e dimensio- O SR. PRISCO VIANA (PPR - BA. Pela ordem. Sem re- nado do transporle ferroviario para as viagens de grandes, medias visao do orador.) - Sr. Presidente, essa inforrnaijao de V. Ex' sig- e curias distancias. nifica que as inscriqoes anteriores estao anuladas? Ha dez dias me Vale ressaltar lambem a baixa incidencia de acidenles no inscrevi para todos esses itens. transporle ferroviario. O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - A inscri^ao de Portanto, e importantissimo que n6s, nesla revisao, possa- V. Ex* e valida. A Presidencia esla apenas alertando os demais mos criar mecanismos para a abertura ao capital extemo, ao capital parlamentares que nao sabem qual o melodo adotado para a ses- estrangeiro, para que venham investir no Brasil, investir no trans- sao. porle ferroviario, gerando empregos, divisas, impostos para o Mu- nicipio, para o Estado e para a Uniao. O SR. PRISCO VIANA - Pergunto, porque, primeiro. a Para finalizar. Sr. Presidente, quero enaltecer aqui o traba- Revisao esta emperrada, nao anda. nao avan^a e, depois, a Ordem Iho realizado pelo Presidente do Sindicato dos Ferroviarios do Es- do Dia e diariamente alterada por processes de preferencias. inver- tado de Sao Paulo, Sr. Craveiro, um homem compelente, que tern sao. de sorte que se V. Ex' pesquisar qual o estado de esplrito. no lutado pelo seu Sindicato e tern lutado, junto a CGT, pela morali- dia de hoje, de um Congressista Revisor, chegara a seguinte con- za^ao dos sindicalos no nosso Pais. Temos que falar da conduta clusao; perplexidade e confusao totals! desses homens, pessoas serias e ilibadas, que trabalham em prol do O SR. PRESIDENTE (Adylson Motla) - A Presidencia Irabalhador, em defesa do trabalhador e nao fazem polltica partidi- confirma as inscriqoes ja feitas e alerta os Congressistas que quei- ria, nao compactuam com polilicos, porque a fun^ao do sindicato 6 rara fazer suas inscrit^oes para discussao e encaminhamento que o para o trabalhador e nao para os parlidos. (O Sr. Presidente faz faijam, observado. evidenlemenle, o limile estabelecido pelo Regi- soar a campainha.) Pe?o mais um minuto para finalizar. Sr. Presi- menlo. dente, e falar dos elemenlos que conhecemos nessa negocia^ao Concede a palavra ao nobre Congressista Paulo Lima. junto a FEPASA; o Presidente do Sindicato da Alta Mogiana, da O SR. PAULO LIMA (Bloco (PEL) - SP). Pronuncia o se- Mogiana, o Sr. Paulo, um homem decente, simples e serio, que guinte discurso. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, Srs. veste a camisa do operario das ferrovias em prol dos do engrande- Congressistas, primeiramente, eu queria comunicar, com muito or- cimenlo dos ferroviarios do Estado de Sao Paulo. Pica aqui o meu gulho, que Presidente Prudente, cidade do Oesle paulista, esta em leslemunho do trabalho de homens que se dedicam aos sindicalos. festa, em fun^ao da grande obra, desejada por loda a popula^ao Sr. Presidente, Srs. Congressistas, vamos lular pela abertura prudenlina ha mais de trinla anos, que la ira se realizar. trata-se da de credito junto ao BNDES; vamos receber o capital extemo para retirada dos trilhos do trem da FEPASA do cenlro da cidade; tri- o desenvolvimento do transporle ferroviario em nosso Pais, um so- Ihos estes que segmentam a cidade, que rotulam a popula^ao como lu^ao barata para transporle da popular ao brasileira, e com meno- moradores do "alem linha". res riscos de vida. Neste memento, esta acertado, compactuado, o convenio Muito obrigado. Sr. Presidente. entre a Prefeilura Municipal de Presidente Prudente e a Secretaria O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Concede a pala- dos Transportes. Este convenio foi bem-encaminhado, principal- vra ao nobre Congressista Jose Cicote. (Pausa.) menle pelo Prefeilo Agripino Lima, pelo Govemador Fleury Filho, O SR. CD) SABOIA DE CARVALHO - Sr. Presidente, pelo Depulado Esladual Mauro Bragato e lambem por este parla- pe^o a palavra como Lider do PMDB, para uma brevissima comu- menlar. Foi mais de um ano de luta para conseguirmos viabilizar nica^ao. essa obra, uma conquisla historica para a nossa cidade. E um momento de muito regozijo poder aqui anunciar que O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Nos termos regi- estamos realizando uma obra que vai beneficiar aproxunadamente mentais, V. Ex' tern a palavra. 40 mil habilantes, que terao valorizado o seu palrimonio. Os tri- O SR. CID SABOIA DE CARVALHO (PMDB - CE. lhos da FEPASA darao lugai a uma grande avenida, a principal Para uma comunica^ao de Lideran^a. Sem revisao do orador.) - avenida que vai alravessar toda a cidade, ligando todos os bairros Sr. Presidente, Srs. Congressistas, pedindo desculpas, inicialmen- ao centro da cidade. te, ao Colega a quern estou preterindo neste momento. mas e uma Esta de parabens a populai^ao e os pollticos que, unidos, es- explicaqao que nao pode deixar de ser dada. tao trabalhando em prol do desenvolvimento e do progresso de Sr. Presidente, ontem, no calor das discussoes sobre aquelas Presidente Prudente. emendas de reelei^ao, quando o Relator criou diversas circunstan- Neste momento, quero parabenizar tambem o Depulado cias num texto s6, havia uma referenda a possibilidade de se con- Wagner Rossi, ex-Secrelario dos Transportes de Presidente Pru- verter licen9a em renuncia. E eu, entao, como bacharel em Direilo, dente. grande Secretario, grande homem publico do Estado de Sao como advogado, como um homem de universidade, fiz aqui a de- Paulo, que colaborou e muito nesse encaminhamento da retirada vida observa^ao, pedindo a S. Ex' o Relator que fizesse a devida dos trilhos da FEPASA. altera^ao para se evitar aquilo que seria uma aberra^ao juridica, Quero aproveitar a oportunidade. Sr. Presidente, para falar converter licenija em remincia, haja vista que nada pode se conver- da necessidade de, nesla Revisao Constitucional, colocarmos os ter em renuncia pelo carrier personalissimo dessa figura juridica, dispositivos necessaries para implementarmos o transporle ferro- que cabe muito mais no direilo natural do que no Direilo civil, viario no nosso Pals. muito embora possa aparecer em outros setores da legisla^ao na- Sabemos que o transporle ferroviario e muito mais barato cional. que o rodoviario e, em decorrencia disso, barateia o custo das mer- O Sr. Relator nao acolheu, evidenlemenle, a minha sugestao cadorias. e em sua resposla hi de ter sido grosseiro quando das coloca^oes Mar^o dc 1994 DiARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Sexta-feira 11 1625 quc fez. inclusive com alusocs a Dircito Sohrenatural. Depois, um Sr. Prcsidente, a indignai;ao foi total, pois nem ao tempo da colega de plcnario, um dcputado. pergunlou se eu havia falado em ditadura proibiu-se que uma emissora dc TV, ou dc radio, ou de Dircilo Paranatural; nao, cu falci cm uma figura que eslava do Di- jomal entrasse em uma Casa Legislativa, uma Casa do povo, para conseguir informafdes, tanto para os ouvintes quanto para a popu- rcito Natural para o Dircito Civil, porquc assim ensina a Filosofia lai;ao, sobre o que esta acontecendo. A indignajao maior se deveu do Dircilo. assim ensinam as cadeiras introdutorias ao Dircito; as nao apenas ao fato dc se ter proibido o ingresso da Jovcm I'an, tcorias do Dircilo falam exalamente assim como falci naqucla oca- mas tambem relativamente a entrada naquela Casa do SBT - Siste- siao. ma Brasileiro de Televisao. Mas queria ocupar a palavra, pela Lideran^a do meu Parti- Sr. Prcsidente, naquela Casa existe uma ditadura tremenda; do. para sugerir. Sr. Prcsidente, dada a seriedade dos nossos traba- so e permitida a entrada de certas emissoras para tratar de temas Ihos, que o Sr. Relator revissc a sua fala, ontem, para tirar a determinados. Quanto ao tema ligado a corrup^ao, que hoje se cxprcssao relativa a "Dircito Sohrenatural". porquc isso fica um alaslra no futebol paulista. contamos com varios juizes que querem lanto quanto galhofciro, fica dcsrespcitoso e nao se coaduna, evi- depor ncssa CEI que esti sendo destruida antes de ser instalada. O dcntcmcntc. com a sua figura impoluta de douto conhecedor do Juiz Jose Antonio Pereira da Silva, da 33' Vara Civcl de Sao Pau- Dircilo; fica uma coisa indcvida, no momento em que esttivamos lo, capital, concedeu liminar para que nao va ao ar qualquer pro- falando cm algo muito scrio. F foi cxatamente isso que deflagrou a grama que denuncie ou que procure esclarccer a verdade sobre a rcprova^ao, pclo Plcnario, dc todas as ideias atinentes 3 prorroga- Federafao Paulista de Futebol e o seu Prcsidente. ?ao, a rcclcifao. a diminui^ao dc dcsincompatibiliza^ao e outras Esta e uma deniincia que rcputo das mais serias do futebol coisas casuisticas e csdnixulas quc cnodoaram ontem a noite a par- paulista. A corrup^ao no futebol, no Estado de Sao Paulo, c pior te tcorica e doutrinaria. como tambem a parte de merito do que se do que no Rio de Janeiro. La, tambem houve suspensao. atraves de cxaminou ncsta Casa. liminar. Fra apcnas isso quc queria falar. Sr. Prcsidente. pedindo Esses juizes, antes de concederem liminares, prccisam sa- dcsculpas a V. Fx' pela ousadia de interromper a lisla dos inscri- ber que ha dinheiro de torcedores em jogo; torcedores que traba- tos. Iham - empresarios. comerciantes, comerciarios -, querem O SR. PRESIDENTE (Adylsan Motta) - O nobre Con- assistir ao futebol, e o dinheiro deles tem que ser bem-aplicado, gressista usou dc uma prerrogativa regimental. Nao ha o que agra- bem-empregado. deccr. Hoje, vamos entrar, junto a Procuradoria-Geral da Rcpiibli- Concede a palavra ao nobre Congressista Valdir Colatto. ca. com denuncias sobre lavagem de dinheiro, envolvendo o Prcsi- (Pausa.) dente da Federa^ao Paulista de Futebol, Eduardo Jose Farah e PC Com a palavra o nobre Congressista Jose Cicole. Farias. () SR. JOSE CICOTE (PT - SP. I'ronuncia o seguinte dis- Fa^o um apelo a Assembleia Legislativa do Estado dc Sao curso. Sem rcvisao do orador.) - Sr. Prcsidente, SrN e Srs. Con- Paulo, lendo em vista que, dessa maneira, estao se acirrando os grcssistas. ocupo esla tribuna por conta das malarias que tem sido nervos dos futebolislas. Talvez o Sr. Eduardo Jose Farah seja ino- publicadas no jomal O Estado dc S. Paulo sobre corrup^aono fu- cente, mas como vai se inocentar? Aquela Casa esta negando o di- tcboi paulista. E gostaria que pelo menos a Federa^ao Paulista de rcito de defesa e de investiga^ao das denuncias sobre o que esta Futebol ficassc ciente do que csta sendo colocado pelo jomal O acontecendo; o denunciado deve se defender e o seu direito esta Estado dc S. Paulo c pela Jovcm Pan. sendo negado. Fstc Dcputado e os Dcputados Jose Dirceu e Lucas Bu- Gostaria que o Prcsidente da Assembleia Ixgislaliva do Es- sato reccbcram dcnuncias de cnnquecimcnto ih'cito do Prcsi- tado de Sao Paulo acalasse o pedido dos Srs. Deputados. abrindo dente da Federa^ao Paulista dc Futebol. Eduardo Jose Farah. uma Comissao Especial de Inquerito para passar a limpo toda essa Analisamos as dcclara^oes dc renda do Sr. Farah. de 1988, histdria do futebol paulista. Todos os dias o jomal O Estado de S. quando assumiu a Presidcncia daqucla entidade; na epoca, S. S' Paulo, o Estadao, na pagina dos esportes, publica denuncias do possuia um capital de 20 mil dolares; hoje, possui cerca de 2 que esta acontecendo. Ontem, saiu esta manchete: "Qiequc do es- milhdes dc dolares. Fizemos um rastreamento. Sr. Prcsidente, e quema PC Farias ligado ao Prcsidente da Federa^ao Paulista, constatamos um cheque dc 170 mil dolares de Paulo Cesar Fa- Eduardo Jose Farah." rias para Eduardo Jose Farah. Demos entrada na Receita Fede- Lamentavelmente, isso esta acontecendo num Estado como ral e apuramos o fato. Sao Paulo, numa Assembleia Legislativa, uma Casa de leis onde O mais incrivel disso tudo e que ha, na Assembleia Ixgisla- se deveriam ser processadas as mais profundas investiga^oes. tiva do Estado de Sao Paulo, um pedido de Comissao Especial de Muito obrigado. Sr. Prcsidente. Inquerito, solicitada pclo Deputado Maluly Neto, que tem o apoio da nossa Bancada. Precisamos de 28 assinaturas para conseguir O SR. PRESIDENTE (Adylson Mottaj - Concedo a pala- essa comissao. mas no momento temos somente 26 - ja consegui- vra ao nobre Congressista Luiz Gushiken. mos ate 35, 38 assinaturas, mas depois alguns deputados retiraram O SR. LUIZ GUSHIKEN (PT - SP. Pronuncia o seguinte suas assinaturas; nao sabemos se estao em conivencia com o Presi- discurso. Sem revisaodo orador.) - Sr. Prcsidente, SrN e Srs, Con- dentc da Federa^ao Paulista de Futebol. gressistas, leio nos jomais Folha de S. Paulo, dc hoje, e O Estado A Jovcm Pan fez um programa sobre a corrup^ao no fute- de S. Paulo, de ontem. materia que diz respeito a uma representa- bol paulista, e o Prcsidente da Fcdcrayiio Paulista, Eduardo Jose Vao que junlamente com o Deputado estadual por Sao Paulo Luiz Farah, conseguiu uma liminar que suspendeu essa programa^ao. A Jovcm Pan foi a Assembleia Lcgislativa cntrevistar os deputados Alves de Azevedo apresentei ao Ministerio Publico de Sao Paulo, a rcspcito da CTil - Comissao lispccial dc Inquerito - naquela visando a abertura de inquerito civil e criminal tendo cm vista a Casa, mas foi conscguida uma liminar no senlido dc impedir que a investiga^ao que realizamos na qual se apurou que o ex-Govema- Jovcm Pan cntrasse naquela Assembleia, sendo barrada pclo Pre- dor Orestes Quercia. a scmelhan^a de outros casos, foi responsavel sidente da Assembleia Ixgislaliva, o Deputado Estadual Victor pela compra de equipamentos para o Corpo de Bombeiros de Sao Sapienza. Paulo, numa opera^ao fragrantemente ilegal. 1626 Sexla-feira 11 D1ARI0 DOS TRABALHOS REV1SIONAIS Mar^ode 1994 lista conipra. Sr. Presidcnte, que avullou cerca de 80 milho- povo brasileiro. Por outro lado, isso foi muito importanle, pois de- es de dolares. reflete-se em 24 conlratos feilos com empresas es- monslrou que o Congresso sabe exatamenle o que quer, selecio- irangeiras. durante o periodo de 26 de dezembro de 89 a 28 de nando as emendas que sao de inleresse nacional, dezemhro de 90, das quais somente cinco se submeteram a licita- Defendemos, desde o inicio. uma pauta minima, reunindo ijao publica. para negocia^oes partidos, desde o PMDB ale o PV. E importanle Uma investiga^ao facilmente vai delectar um superfatura- que emendas que lentam qucbrar o monopdlio do pelroleo e das menlo de pre^-os, evidcntes quando se comparam conlratos dife- telecomunica(,oes, que lentam a diminui^ao da representalividade rentes com equipamentos identicos. dos Estados do None, Nordeste e Centro-Ocste. sejam colocadas a Espero que o Ministerio Piiblico de Sao Paulo, de acordo mesa e rejeiladas. Caso contrario, ficaremos aqui marcando passo. com as suas prerrogativas, solicite a abertura de inquerito conlra o ate chegarmos a 31 de maio sem que as rcfomias, que inlercssam Sr. Orestes Quercia, peya a devida puniijao e exija o ressarcimento realmenle ao povo brasileiro, e nao a grupos privalivistas, tenham aos cofres publicos. sidoconcluidas. Alias, devo dizer. Sr. Presidente. que, em se tralando do ex- Vejamos, por exemplo, as emendas que retiram a remunera- Govemador Orestes Quercia, nao e eslranho que mvcstiga^des 9ao dos Vereadores em Municipios com menos de 10 mil eleilo- apontem irregularidades, visto que o ex-Govemador Orestes Quer- res. Fizemos um levanlamento e observamos que. dos quase 5 mil cia e conlumaz violador de normas publicas e, em particular, quan- municipios, 3.010 tern menos de 10 mil cleitores, perfazendo um do se refere a negocios envolvendo recursos publicos. total de 16 milhoes 176 mil 827 cleitores, sendo que os Estados O chamado "Caso Israel", toda semana estampado na im- com maior mimero de municipios nessa faixa sao: , prensa, e revelador dos metodos que o ex-Govemador ulilizou na com 527 municipios e 3 milhoes 355 mil 189 cleitores; Sao Paulo, compra dos equipamentos de empresas de Israel, atingindo um vo- em segundo lugar, com 378 municipios e I milhao 834 mil 396 lume de 310 milhoes de dolares, sem licita^ao, com prcijos super- eleitores; Rio Grande do Sul, com 308 municipios e 1 milhao 574 faturados, hoje. e objeto da Justi^a uma invesligai^ao mais mil 913 eleitores; Parana, com 255 municipios e 1 milhao 383 mil aprofundada sobre essa ilegalidade. 969 eleitores; Bahia. com 226 municipios e 1 milhao 503 mil 275 No periixlo em que o Sr. Quercia foi Govemador de Sao eleitores; Santa Catarina. com 194 municipios e 874 mil 572 elei- Paulo, as compras feilas sem licita^ao foram lao grande que hoje o tores; Goias. com 177 municipios e 753 mil 222 cleitores; Rio povo paulista indaga sobre uma possivel conexao entre essas vio- Grande do None, com 134 municipios e 553 mil 576 cleitores; Pa- la^oes - com recursos publicos - e a expressiva riqueza pessoal raiba. com 120 municipios e 647 mil 766 eleitores, e Piaui, com que o ex-Govemador conseguiu amealhar ao longo de sua vida pu- 114 municipios e 548 mil 341 eleitores. Isso, para citar apenas os blica. dez pnmeiros colocados. Penso, Sr. Presidente. que o Ministerio Piiblico de Sao Pau- Nao entendemos qual a razao da nao-remunera^ao dos Ve- lo tern, em maos, um processo importanle a ser desvendado, sobre readores. A regra seria valida se fosse para todos os niveis; Presi- a vida de um homem publico que hoje postula galgar o cargo ma- dente da Repiiblica. Govemadores, Depulados, Prefeitos e ximo da vida publica brasileira. Creio que se faz necessaria, o mais Vereadores, pois sabemos que, nessas condi^oes, o trabalho lende rapido possivel, essa invcsliga^ao, para uma devida puni^ao. Diz a ter um nivel mais elevado. um velho sabio persa: "A juslii^a e o valor social mais importanle Sera que os cinco por cento das receilas dos Municipios que do mundo contemporaneo; a jusli^a se assenta em dois pilares ba- servem para compor o salario dos Vereadores sao responsaveis sicos: o da recompensa e o da puni^ao." No Brasil, esla evidente pela inoperancia de muilos Prefeitos? Nao seriam oulros os fato- que essa no^ao de justii^a nao se aplica aqueles que merecem re- res? Gostaria de lembrar que os Vereadores, cm todos esses Muni- compensa, mas muito mais, nao se aplica aqueles que merecem a cipios com menos de dez mil eleitores, ganham em tomo de um a devida punigao. dois salaries minimos. Entendemos, Sr. Presidente, que o Verea- Espero que o Ministerio Publico, usando de suas prerrogati- dor e o legitimo represenlanle do seu Municipio e como tal deve vas, agilize o pedido que fiz, e defina, rapidamenle, o inquerito ci- ser tratado. vil e criminal, exigindo nao so a puni^ao dos culpados mas Esperantos, enlao, que os nobrcs Congressistas rejeitem esta tambem o ressarcimento aos cofres publicos dessa enorme quantia emenda. utilizada pclo ex-Govemador na compra dos equipamentos para o Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. (Muito bem!) Corpo de Bombeiros de Sao Paulo. Era o que tinha a dizer. Sr. Presidente. (Muito bem!) Durante o discurso do Sr. Merval Pimenta, o Sr. Adylson Malta, I" Vice ■Presidente, dcixa a cadeira da O SR. PRESIDENTE (Adylson Motla) - Concedo a pala- presidencia. que e ocupada pelo Sr. Wilson Campos, 1° vra ao nobre Congressista Joao Thome. (Pausa.) Secretdrio. Concedo a palavra ao nobre Congressista Merval Pimenta. O SR. PRESIDENTE (Wilson Campos) - Concedo a pala- O SR. MERVAL PIMENTA (PMDB - TO. Pronuncia o vra ao nobre Congressista Liberalo Caboclo. seguinle discurso) - Sr. Presidente, St*s e Srs. Congressistas, ocu- O SR. LIBERATO CABOCLO (PDT - SP. Pronuncia o pamos esta tribuna para, mais uma vez, dizermos do nosso descon- seguinle discurso. Sent revisao do orador.) - Sr. Presidente, Srs. tentamento em rela^ao a algumas malerias que sao colocadas na Congressistas, embora seja um assunlo vencido, queria chamar a Revisao Constitucional como indispensaveis, mas que somente aten^ao desla Casa para a grande conlradi^ao a que assistimos, on- servem para distanciar a classe politica da realidade nacional. lem. Lembramo-nos de que, h4 algum tempo, um grande mimero Assisliraos, nos dois ultimos dias, a rejei^ao de emendas de Congressistas defendiam, com todas as armas, o parlamentaris- que tralam, por exemplo, da extin^ao dos vices, da reeleiijao para mo. Diziam eles que o regime presidencialista havia fracassado Presidente, Govemadores c Prefeitos, bem como a questao da de- nesle Pais, haja vista que nenhum Presidente completava quatro sincompatibilizaij-ao, esta ultima verdadeiro casuismo. Essas male- anos. Esses mesmos parlamenlaristas pretenderam um mandalo de rias, a nosso ver, nao deveriam estar na pauta de prioridades, pois oilo anos. Talvez pensem que, aumcnlando o mandato para oito em nada contribuem para a melhoria das con didoes de vida do anos, pelo menos quatro seriam cumpridos. Marfodc 1994 DIARK) DOS TRABALHOS RBVISIONA1S Sexta-feira 11 1627 O segundo argumento cjue os parlamentaristas usavam e o O SR. PRESIDENTE (Wilson Campos) — Concedo a pa- dc que o prcsidcncialismo prcssupoc uni Salvador da patria, um lavra a nobre Congressista Luci Choinacki. mcssias. So quo elcs acreditam que o messias, ao inves de ficar A SRA. EUCI CHOINACKI (PF - SC. Pronuncia os se quatro anos, deve Hear oilo. Creio que a emenda deveria prever guinte discurso. Sem revisao da oradora.) - Sr. Presidente, Sr*s e logo 3.3 anos, porquc e o pcriodo de tempo mais corapatlvel com o Srs. Congressistas. quero falar sobre a minha preocupa^ao com o Messias. fato de que, no nosso Pals, criados pela elite brasileira, hi 32 mi- Diziam ainda que era importante que o povo pudesse, a Ihoes de miseraveis, 60 milhoes de pessoas que se alimentam mal cada momcnto, conteslar o seu dirigente; no entanto, facilitam e uma estrutura produtiva destruida. Precisamos fazer muitas mu- para quo esse novo Prcsidentc sc eternize. Fato ainda mais interes- dan?as para que todos esses problemas possam ser resolvidos. sante e que provaram que, com quatro anos, o individuo ainda nao O Sr. Ministro Fernando Henrique Cardoso, com suas me- csta bom; com oito anos, fica cxcelente. Entao, deveriam sugerir didas de estabiliza^ao economica, esta na contramao da Historia e mais quatro anos para que o Prcsidcnte possa ficar "superexcelen- da realidade do Pals. Trata-se de uma realidade que precisa ser te" ou para quo sc eternize, caracterislica da monarquia, corao o combatida nao apenas com a queda da infla^ao, mas com a extin- Dcputado Cunha Bucno semprc defendeu. Ora, trata-se de uma ^ao da fome e da miseria que ora estamos vivendo. contradifao que mostra que muitas vezes as pessoas reflelem ca- O Presidente da Reptiblica reconheceu a necessidade do suisticamenle o que csta contra a sua propria conscicncia. combate a fome. Precisamos trabalhar para isso, como vem fazen- Outro aspccto importante rcfere-sc as dcclara^oes do nobre do, de forma exlraordinaria, o companheiro Betinho. Entretanto, Relator Nelson Jobim. O conscientc fala o que convent a situafao, Sr. Presidente, entendemos que combater a fome nao e apenas dis- mas o inconsciente rcvela o individuo. As palavras do Relator Nel- tribuir cesta basica, mas sim mexer na estrutura de produ^ao de son Jobim sao bent claras. Disse o nobre Deputado: "E muito im- alimentos e distribuir a renda, na forma de melhorcs salarios para portante que um Prcsidcnte se elcja com uma Camara e depois, no o trabalhador. segundo mandato, continue afinado com essa Camara". Ou seja, S. O programa do Ministro vem, mais uma vez, concentrar Ex' prcssupoc que o Prcsidcnte tcra condi^ocs de organizar um renda: nao mexe na reforma agraria, nao mexe na produ?ao agri- Congrcsso, com o ptxler que tern, a sua scmclhan^a. cola, deixando os pequenos e medios produtores numa situa^ao de Portanto, Sr. Prcsidcnte, trata-se dc urn projeto totalmente falencia, apesar de produzirem 75% da cesta basica. que e o ali- dcscabido num Pais onde sc luta para que o Presidente termine o mento de que necessitamos. Precisamos inverter o processo que seu mandato. onde todos estao tensos ante a fragilidade do manda- esta em desenvolvimento neste Pals, Nao havera solu^ao, neste to. E ainda sc pretendc aumenta-lo na prcsun^ao de que isso pu- Brasil, se nao fizermos o inverse do que esta sendo feito, se nao desse garantir mais cstabilidade. Vi nessa atitude uma incoerencia caminharmos no sentido da historia real do Pals. muito grande. E se rcstavam duvidas, naquele momcnto ficou cla- Precisamos investir na produfao de alimentos basicos, pro- ro que o parlamcntarismo era manobra casuistica para impedir a porcionando ao pequeno produtor garantia de estrutura, de finan- asccnsao dc ccrtas lidcran^as. ciamento, de assistencia tecnica e armazenagem. Com essas Quero dizer ainda, Sr. Presidente, que esses exemplarismos, condi^ocs, o agricultor talvez possa produzir e malar a fome de a partir dos Estados Unidos, me deixam revollado. Fico tremenda- milhoes de brasileiros que estao esperando uma resposta a curio mente cnlristccido quando vcjo homens, como Nelson Jobim, que- prazo. A fome e uma questao urgente, pois o alimento e direito ba- rendo comparar siluafocs totalmente difercntes, sociedades em sico e fundamental do ser humano. cslagios dc cvolu^ao completamente diferentes, repetindo a velha Por essas razoes, acreditamos que o Piano do Ministro Fer- maxima de Ezra Pound "Traduttorc, tradittorc" - quem traduz, nando Henrique Cardoso e desastroso, tern, como todos os outros, trai. E a tradufao de uma Conslituifao para um outro povo e trai- a caracterislica de deixar intociveis os grandes lucros dos bancos, ?ao aos valorcs culturais dessc povo. dos carteis, permitindo a continuidade - repito - da concenlra^ao de renda. Nao vcjo em nenhum segmento organizado da sociedade ci- Protesto contra o Piano, sobretudo porque, quando acompa- vil, cm nenbum sindicato qualqucr questionamento quanto a ne- nhei a Caravana da Cidadania, senli que e urgente investir na ques- ccssidadc de oito ou quatro anos. Sao questoes anlieticas, porque tao fundamental e etnergenle do Pals: a produ^ao de alimentos nao brotam da sociedade para a qual elas se dirigem. basicos. Este e o Brasil real: o Brasil que precisa de dinheiro para Jit dizia o grande sociologo Juergcn Habermas : "Etico e o produzir alimentos, que precisa investir e nao destruir ainda mais que depende das rcla^ocs cspontaneas, das dccisocs nao refletidas, os pequenos agricultores, que vao perdendo o seu poder de produ- do arcaboufo cultural". Nada disso brotou na base desse projeto, ^ao e terminam vendendo as suas terras por nao terem mais condi- que e extcmporaneo, sent nenhum merito e que felizmente foi der- ?6es de se manter na lavoura; isso porque o Govemo estd de rotado nesta Casa. coslas para os agricultores, esta de costas para a fome do Brasil, Quero ainda dizer, mais uma vez, que a Bancada do nosso apenas tern um discurso demagogico, ou seja, que o combate a in- Partido, que semprc c acusada de Icr um caudilho, de ter um ho- fla9ao por si s6 jS e um grande passo. mcm que manda em todos nos, decidiu que votaria contra o proje- Queria chamar a atenfao e dizer que precisamos criar um to, embora o Govemador Ixoncl Brizola tenha sido assediado por movimento centra essa vergonha que mais uma vez tentam pas- todos os outros Govemadorcs para que se solidarizasse com suas sar: um Piano que nao vem resolver mas acenluar, a curto e me- posigocs. No entanto, o Sr. Leonel Brizola disse para esses Gover- dio prazo, a fome e que nao vai mexer na questao fundamental. nadores que quem decidia as questoes no Parlamenlo era a sua O Sr. Fernando Henrique Cardoso, que vai discutir agora o Bancada, jamais com sua interfercncia. MERCOSUL, precisa olhar para a silua^ao real do Brasil. O Portanto, caudilhos sao aqucles cujos Partidos votam a re- MERCOSUL nao pode ser discutido apenas na inlegrafao comer- b(X|uc dos intcrcsses dos seus Govemadorcs ou dos seus aspiran- cial dos grandes grupos economicos deste Pals, precisa ser discuti- tes a tais c quais cargos, do atraves da realidade da nossa agricultura, pois estamos sendo lira o que tinha a dizer, Sr. Presidente. destruldos por esse modelo agricola-economico. Nao podemos permilir que esse Piano seja votado da forma que o Ministro Fer- Muito obrigado. nando Henrique Cardoso esta querendo. 1628 Sexta-feira 11 D1ARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Mar^o de 1994 Queremos recursos, sim, para dar apoio ao Belinho por sua suas enfermidades, as suas falhas, mas acaba mostrando os des- coragem e delermina^ao. nao apenas pela distribui^ao de cestas- vios de conduta, os erros, quer sejam eles do Parlamenlo, da Jusli- basicas por aqueles que hoje estao assumindo a poslura de dizer cja, do Poder Executive, da imprensa ou da mldia nacional. que este Brasil pode ser diferente. de que nao da mais para convi- Quero deixar registrado que, ontem, pela manha, apresenla- ver com 30 milhoes de indigentes, vivendo miseravelmente em mos esse requerimento a Presidencia da Casa, como tambem a tantas ruas do nosso Pals. O Brasil e tao rico, com tantas terras, carta em que formou o processo ao Procurador-Geral da Reptibli- com tanta gente com vonlade de trabalhar. Infelizmente, lemos ca. Dr. Aristides Junqueira e ao Ministro da Justi^a, pedindo a tantas concenlra^des de terra e de riqueza e um Govemo virado de a^ao da Pollcia Federal, porque nao lememos qualquer tipo de in- costas para os problemas da produ^ao agricola e. especialmenle. vestigaqao. Nos, do PDT. temos o nosso passado limpo, inclusive para milhoes de brasilciros famintos. a nossa Lideranija maior, Leonel Brizola, que teve sua vida inves- Era o que linha a dizer. Sr. Presidente. tigada pela ditadura mililar e vasculhada durante 15 anos, com mais de 400 IPM - Inqueritos Policiais Militares - nada conse- O SR. PRESIDENTE (Wilson Campos) - Concede a pala- guindo provar, um desvio sequer, um ato sequer na sua vida piibli- vra ao nobrc Congressisla Eduardo Jorge. (Pausa.) Concede a palavra ao nobre Congressisla Osvaldo Slecca. ca - hoje j4 com 50 anos de vida piiblica, no Brasil, eleito sempre (Pausa.) pelo voto direto. pela vontade do povo. S. Ex' jamais cometeu um Concede a palavra ao nobre Congressisla Carlos Lupi. ato que desabonasse a sua conduta moral, a sua conduta etica pe- O SR. CARLOS LUPI (PDT - RJ. Pronuncia o seguinle rante a sociedade. discurso. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Congres- O PDT quer ir fundo nessa apurac;ao. Queremos que o Sr. sislas, na sessao de ontem da Camara, a qual V. Ex* presidia, exa- Desembargador Antonio Carlos Amorim de nome aos bois, diga lamenle as lOhlSmin, apresenlamos a represenla^ao que fariamos qual e esse Partido. diga quem esta financiando, diga quern sao os financiadores, aponte os culpados e que a Juslic.a puna exemplar- a Mesa da Casa para apurar, junto a Procuradoria Parlamentar ou a Corregedoria, as demincias do Desembargador Antonio Carlos menle aqueles que estao recebendo inegularmenle esse tipo de Amorim. Presidente do Tribunal de Jusli^a do Eslado do Rio de desvio de verbas da mafia italiana. O que nao se pode aceitar, Janeiro, sobre o envolvimento de um Partido politico brasileiro como esta sendo de praxe, sao essas acusa^oes gcneralizadas con- sendo financiado pela mafia italiana. tra tudo e contra todos. Ou come^amos a dizer quem 6 quem nesta Na perlodo da tarde, na sessao do Congresso Revisor, Casa, passando recibo, ou estamos assumindo co-responsabilida- alguns outros Parlamentares tambem endossaram essa iniciali- de de crime que nao cometemos. va. Entao, a partir de agora, eslarei atento a tudo que sair na mi- Mas eu queria deixar regislrado que nao podemos deixar dia, a tudo que sair na imprensa, no r&dio, na televisao, nos jor- passar desapercebido ou deixar de registrar, claramente, a nossa nais, a lodas as demincias que rondam o Congresso, porque quero posrao que, dentro da Camara dos Deputados, varios Parlamenta- que se apure e que se diga quem sao aqueles que tem uma conduta res nao querem passar recibo sobre irregularidades, nao querem que desabone esta Casa, para nao ficar generalizado perante a opi- passar recibo sobre desvio de dinheiro sujo, nao querem passar re- niao piiblica que todos sao ladroes, safados. Sabemos que isso nao cibo sobre Partidos pollticos que tern envolvimento com mafia, e verdade, pois esta Casa e uma representaijao da sociedade. com toxicos, com trafico de enlorpecenles. Ha uma outra grande verdade que precisa ser dita: quem Apresenlamos, tambem, exalamente por esses motives que esta doente hoje, no Brasil. e a famllia, que e a base da sociedade. ja expus, dois requerimentos; um ao Procurador-Geral da Republi- Somos a representa^ao dessa base, e se existem pollticos aqui que ca, tambem na manha de ontem, que tem o Protocolo nao a honram, a sociedade e o povo tem que se conscienlizar para 08100.001012/94-52, onde solicilo ao Sr. Procurador-Geral Arisli- votar melhor, para escolher melhor seus representantes, porque ne- des Junqueira que mande apurar as demincias do Desembargador, nhum de n6s aqui foi indicado indiretamente ou foi nomeado. Quero, Sr. Presidente, deixar registrado que queremos que e o oulro, eu enviei, pelo Protocolo do Ministerio da Justii;a todas as demincias sejam devidamente apuradas. Que a apura9ao 000852, as 15h, ao Ministro da Justi^a Mauricio Correa. com uma nao seja apenas mais um ato demagogico de alguns, que apenas copia dessa demincia, solicitando que S. Ex' tambem pec;a a Poli- querem aparecer na mldia como os donos de todas as verdades, de cia Federal para investiga-la. Ontem mesmo, o proprio Desembar- lodas as purezas e de todas as virtudes. Queremos que tudo seja gador Antonio Carlos Amorim pediu auxllio a pollcia italiana para muito bem apurado. e que se va fundo na responsabiliza^ao dos invest!gar esses fatos. culpados. Nao se pode e generalizar! E quando se fala em um Par- Penso que ate por uma questao de soberania, de interliga^ao tido politico no Brasil. pressupoe-se que todos os Partidos existen- dos Poderes e da eficiencia da Adnunistra^ao Piiblica brasileira, o les possam eslar envolvidos nessa acusa^ao. E n6s. do PDT, pela Ministerio da Jusli^a, alraves da Pollcia Federal, tem que mandar nossa historia, pelo nosso passado, pelo nosso presente e por nao temermos o fuluro, nao lemos medo de nada e de ninguem. invesligar essas demincias, porque sao feitas pelo Presidente do Por isso apresenlei esses requerimentos, deixando-os regis- Tribunal de Justi^a do Eslado do Rio de Janeiro. Nao e um cida- trados na Mesa da Casa, esperando que as providencias cablveis dao tao-somente conscio da sua responsabilidade. e um Presidente sejam tomadas. de um Tribunal de um dos Tres Poderes mais importantes da Re- Era o que tinha a dizer. Sr. Presidente. piiblica. Vollo aqui e quero deixar registrado nos Anais da Casa, que Durante o discurso do Sr. Carlos Lupi. o Sr. Wil- apresenlei esses requerimentos ontem. Como e de praxe. infeliz- son Campos, I"Secretdrio, deixa a cadeira da presiden- mente, poucos orgaos da imprensa registraram que eles foram de cia. que e ocupada pelo Sr. Levy Dias, 2" nossa iniciativa, alguns inclusive colocaram mancheles com outros Vice-Presidente. nomes, como se ela tivesse sido tomada pelo Procurador ou por outros Parlamentares. Contudo, aqui esta toda a documenta^ao O SR. ROBERTO JEFFERSON - Sr. Presidente, pe^o a provando que essa iniciativa foi tomada por nos. palavra em nome da Lideran^a do PTB. Nao me importa a divulgacjao dos atos ou dos fatos, porque O SR PRESIDENTE (Levy Dias) - V. Ex' tem a palavra. a verdade e como a vida. demora a mostrar as suas vicissitudes, as como Llder. Maifo de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Sexta-feira 11 1629 O SR. ROBERTO JEFFERSON (PTB - RJ. Como Llder. A prova de que esta Revisao esta sendo feita no rolo com- Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisao do orador.) - Sr. Presi- pressor e que jk come9aram a se repetir os vicios e os erros da dente, SPs e Srs. Congressislas: Constitui9ao de 1988, remetendo a legisla9ao complementar os O PTB rompeu uma alian^a que tinha na Casa, nos dois ul- nossos desentendimentos em plenario. timos anos, com o PIT e o PSC, I'ormando urn Bloco Parlamentar. E por que nao houve entendimento algum? Porque nao ha A ruptura dessa alianfa nao traz nenhum sentido de desa- Comissao Tematica; o tema nao foi exaurido, nao foi debatido. ven9a ou de embate entre dois Partidos amigos. que sempre cami- Diariamente somos tornados de surpresa pela Ordem do Dia fixada nharam no Congresso Nacional com posifoes ate, muitas vezes. por alguns Lideres, e o Relator come9a a fazer casuismos, como parecidas. Mas rompemos esse Bloco. Hoje o PTB caminha inde- ficou ontem devidamenle comprovado, ao atender aos Govemado- pcndentemente do PFL e do PSC. res. Sr. Presidcnte, queremos pedir a Mesa que fa^a constar na O Relator nao e magico. S. Ex' nao pode tirar as cartas, que lista de vota^ao que o PTB nao e mais Bloco, e apenas PTB. sao espccie de "bemardetes", da manga do colete para tentar repe- Nao hi sessao da Camara hoje. somenle do Congresso tir o vicio da Conslitui9ao de 88: "Remeta-se a legisla9ao comple- Revisional, E importante chamar a aten^ao da Mesa que preside mentar." esles trabalhos para o fato de que desde antcontem, quando for- Sr. Presidente, na semana que vem esta Casa vai apreciar a malizamos a cnlrega do documento firmado pela totalidade da Ordem Economica. Quando come9ar a analisar a PETROBRAS. Bancada do PTB na Camara dos Deputados, cindimos o Bloco, de repenle o Relator vai sacar da manga do colete o monopolio e a lista de vota^ao tern que apresentar o PTB como PTB, nao estatal do petroleo, uma "bemardete", uma "cabralina". uma sube- como Bloco. Desde anteontem 4 noite eslamos insistindo nisso menda revisora sem a publica9ao, sem o adrcde conhecimento da e onlem as ultimas vota^oes mostravam o PTB como Bloco. Na9ao, sem o adrede conhecimento deste Plenario Revisor, para Nao somos mais Bloco, somos PTB. Era o pedido que tinhamos que, na Iegi$ia9ao complementar, se de um destine aos monopo- a fazer. lios do petroleo e de telecomunica9oes. Em segundo lugar, Sr. Presidente, no PTB nao estamos, ab- E isso que vamos ver aqui? De repente, como um prestidigi- solutamente, contra a Revisao Constitucional. Nao somos contra tador, o Relator vai querer sacar da manga do colete o destino do porque somos contra. Eslamos numa posi^ao, que pode ser passa- monopdlio do pctr61eo, que significa gera96es e gera96es de luta geira, contra a Revisao Constitucional, baseada no manifesto que do Brasil pela independencia? recebeu voto dos 25 Deputados presentes a reuniao - ao todo, so- Temos ouvido, Sr. Presidente, alguns discursos aqui, dizen- mos 28 -, que deliberaram o seguinte: do que a PETROBRAS vale tantos barris/dia, que a PETROBRAS "A Bancada do PTB na Camara dos Deputados condiciona vale tantos barris/homem. Nao e por ai a discussao. E pelo que sig- o prosseguimento de sua participa9ao nos trabalhos revisionais a nificou "o petroleo e nosso" e a PETROBRAS para o Pals, no ini- convoca9ao extraordinaria do Congresso Nacional, para essa fina- cio da decada de 50. lidade, ate 31 de julho de 1994, e a reforma do Regimento Inlemo Foi o nosso primeiro passo na ruptura com o capitalismo do Grngresso Revisor, para fim de: colonial, que nos colocava de joelhos! Eramos um Pais do cafe e 1°) fixar em 31 de julho de 1994 o prazo da conclusao dos da cana-de-a9ucar. E a PETROBRAS, ou "o petroleo e nosso". ou trabalhos; o monopdlio estatal do petr61eo, veio para romper com o capital 2°) constituir Comissoes Temalicas com relatores e sub-re- colonial que explorava este Pais! latores, indicados pelos Partidos; Em rela9ao a questao das telecomunica96es, se houve uma 3°) flcxibilizar o tramite e a discussao ampla das propostas, conquista do Govemo militar foi a modemiza9ao das telecomuni- emendas, pareceres e destaques, assegurando-se a participa9ao efe- ca9des no Pais, a partir da decada de 70. E quanto isso custou ao tiva das diversas Bancadas e seus integrantes na aprecia9ao das Pais, a Na9ao? E de repente vamos ver o Sr. Nelson Jobim, um mal6rias." Bernardo Cabral de cachimbo e chimarrao, sacando da manga do Esta, Sr. Presidente, 6 a postura da Bancada do PTB. Quere- colete uma "bemardete", uma subemenda de relator, sem publica- mos participar, mas nao podemos continuar assistindo episddios 9ao, sem conhecimento previo da Na9ao e do Plen&rio? como o de ontem. Por isso, insistimos: tem que haver Comissao Tematica. O Relator, Deputado Nelson Jobim, em que pese a sua inte- Nao se discute o patrimonio nacional em cartadas de manga de co- ligcncia rutilante, luzidia, brilhante. quando em plen&rio discutia- lete, em decisdes casuisticas, para beneficiar grupos. Digo isto mos reelei9ao, sacou da manga do colete uma subemenda que nao porque a sessao de ontem, escandalosamente, visou beneficiar foi publicada! interesses de prefeitos de capital e de govemadores de Estado. Primeiro, tinhamos uma emenda aglutinativa - que mistura- Temo o que possa acontecer quando entrarem em vota9ao va os temas rccIei9ao e desincompatibiliza9ao - nao publicada e interesses sagrados do Pais, como os monopolios das telecorauni- sem o conhecimento dos Congressislas que fazem a Revisao. ca96es e do petroleo. Quando houve uma resistencia do PPS, quando o Congressista Ro- Por isso, o PTB reafirma: vai continuar em obstru9ao ate berto Freire rcsistiu k mistura, ao caf6-com-leite reelei9ao com de- que se flexibilizem as regras desse Regimento autoritario e auto- sincompatibiliza9ao, o que fez o Relator? Sacou da cartola uma cratico, que da ao Sr. Nelson Jobim plenos poderes, ate o de repe- subemenda de relator, dizendo que haveria reelei9ao e que a desin- tir os erros de Bernardo Cabral. compatibiliza9ao ficaria k disposi9ao de uma lei complementar. Muito obrigado. Sr. Presidente. (Palmas.) Ora, Sr. Presidente, esta Revisao esli sendo feita justamente O SR. PRESIDENTE (Levy Dias) - A Mesa infomia ao para cxpungir do Texto Constitucional vigente o excesso de remis- nobre Congressista Roberto Jefferson que ja foi oficializado o des- soes a lei complementar, fruto do desenlendimento a epoca da ligamento do PTB do Bloco. Constituinte. Na Constitui9ao de 1988 tivemos 120 remissoes a lei Concede a palavra ao nobre Congressista Ribeiro Tavares. complementar, porque nao houve acordo e nem houve enlendi- (Pausa.) mento. Concedo a palavra ao nobre Congressista Jose Linhares. 1630 Sexta-feira 11 D1ARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Mar^o de 1994 O SR. JOSE LINHARES (PP - CE. Pronuncia o seguinle siderar o ponto de partida para entender em que sentido este proje- discurso. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, Sr*s e Srs. Coa- to se considera novo. Em primeiro lugar, a situa^ao da economia gressislas, gostaria de trazer a considera^ao desta Casa as conclu- cearense ate os anos 70: Parque industrial inibido, incipiente com base numa atividade rural que nao se havia modemizado nem di- soes da 13' Assembleia Regional da Pastoral do Ceara - Nordeste versificado. As popula^oes rurais sem terra, trabalhando em siste- 1 realizada nos dias 7 a 11 de fevereiro de 1994. mas variados de dependencia (moradores, posseiros, meeiros) sem Este documenlo traz algumas demincias que deveriam estar- identidade economica propria (uma pesquisa dos fins dos anos se- recer esta Casa. Em primeiro lugar, os nossos chefes de FIEPs, la tenla moslrou que 78% da popularao era de baixa renda e muitas no Ceara, confessam que sao favoriveis 4 ditadura. E os govemos industrias eslavam em falencia). A burguesia muilo dependenle do que se estabeleceram, nesses ultimos 8 anos, colocaram como pa- dinheiro subsidiado e das "a^oes clientelislicas" do Govemo Fede- radigma para os scus proprios govemos, sobretudo, o desenvolvi- ral, alem disto lemerosa da "abertura politica" (estes empresarios mento de uma sociedade propriamenle capitalista em um eslado assinaram um manifesto ao Presidente Figueiredo declarando suas subdesenvolvido de uma regiao subdesenvolvida, tentando alacar, reservas 4 abertura democratica, inclusive Jose Flavio C. Lima, em cheio, o problema da miseria, como condii^ao de sobrevivencia presidente da Fiec). Este empresariado mais tradicional esta con- gregado na Fiec. Por sugestoes de seu prbprio presidente, o grupo desle capilalismo desenvolvido. de jovens empresarios assume o poder no CIC. Aqui jovem signi- Logo a Frente nao sobrevivera, caso o povo continue ten- fica primeiramente duas coisas para Costa Lima, presidente da do os seus saldrios cada vez mats dilapidados. O documento de- Fiec: 1) idade; 2) nivel cultural; em contraposi^ao aos empresirios clara que a popula^ao que ganhava entre meio e dois salaries tradicionais no Cear4, os filhos da burguesia local vinham das uni- minimos mensais passou de 80,3% a 82,4%. Registrou-se tam- versidades, com forma^ao tecnico-cientifica. Logo transformaram bem que o crescimento da industria foi de 8,5%, em 1992, sen- o CIC num grande f6tum de debates sobre as questoes fundamen- do que o melhor desempenho ficou com a industria de lais, nacionais e regionais. O CIC alinhou-se aos selores mais are- transforma^ao - 12,5%, a industria de minera^o - 5.5% e as jados do empresariado industrial brasileiro, sobretudo paulista exporla^oes - 2,64%. (Amarilio Macedo 4 revisla IstoE; "Fortaleza esti a 3.087 quild- Os indicadores provam que o numero de empresas no Ceara metros de Sao Paulo. Mas quando se fala de renovacjao de mentali- - que e tido como a 'Tiba da Fantasia" - aumentou 30%. Das dade empresarial, a distancia praticamente deixa de existir"). trazendo 4 Fortaleza para debate nao s6 ftguras importantes, desle 6.870 empresas industriais do Estado, em 1991, 3.983 eslavam lo- empresariado modemo, mas lambem grandes economislas, inclusi- calizadas em Fortaleza, que tern 30% da populatjao do Eslado e ve de esquerda. A partir dai come^aram a defender um capilalismo 78% do seu PIB. tecnologicamente avamjado, acoplado a um sistema administrativo Crescimento da economia como um lodo era 1993: 6,5%. O estrilamente funcional, isto 6, a service nao do clientelismo, mas mais grave e que 62,7% dos trabalhadores nao conlribuem para a do process© de acumula^ao do capital, o que segundo eles s6 po- Previdencia Social e 71,5% tem uma renda de meio salario mini- deria ler exito ligado a ujm processo de liberaliza^ao democr4lica mo. do sistema politico (os membros do CIC eram defensores intransi- gentes da democralizai^ao) e da melhoria das condi^oes de vida da Numa palavra; 3.034.518 pessoas vivem em condi^oes de classe trabalhadora, uma vez que nada adiantaria a modemiza^ao miseria absoluta. lecnolbgica se estes produtos nao pudessem ser vendidos ("Nao Estes dados do IBGE contraditani a afirma^ao de que o existe capilalismo sem consumidor", Tasso) e, sobretudo, se tudo Ceara e uma terra de prosperidade, uma "Hha da Fantasia". Nesses fosse amea^ado por uma multidao de miser4veis. Neste contexto, ultimos oilo anos, sentimos que a miseria tomou-se cada vez o tema da dislribui^ao da renda for central para marcar a mudan^a major. de mentalidade politica e social no jovem empresariado: Trata-se, enlao, fundamentalmente de promover o desenvolvimento de uma Sr. Presidente, gostaria que estes dados do IBGE ficassem sociedade propriamente capitalista num estado subdesenvolvido registrados nos Anais da Casa. de uma regiao subdesenvolvida, tentando alacar de cheio o proble- Era o que tinha a dizer. Sr. Presidente. (Muilo bem!) ma da miseria como condi^ao de sobrevivencia deste capilalismo desenvolvido, como expressou com clareza Inacio Capelo; "Quan- DOCUMENTO A QUE SE REFERS O SR. JOSE do lulamos pela preserva^ao do poder aquisitivo dos trabalhadores LINHARES EM SEU PRONUNCIAMENTO: e porque este modelo que existe at, nao sobreviver4, caso o povo CEARA HOJE continue tendo seu salario cada vez mais dilapidado". O fato poli- Conclusoes da 13' Assembleia Regional da Pastoral do tico novo 6 que este grupo de empres4rios resolveu, para implanlar suas ideias, eliminar o inlermediario e assumir diretamente o poder Ceari - Nordeste 1 -Tiangua, de 7 a 11 de fevereiro de 1994. no Ceara. Tratava-se, portanto, fundamentalmente da impIanta9ao PROJETO DE UMA NOVA HEGEMONIA de um capilalismo modemo (tecnifica^ao da produ^ao e da admi- EMPRESARIAL NO CEARA nislra^ao) vinculado a um discurso social-democr4tico de defesa A modemiza^ao capitalista de melhoria das condi^oes de vida do povo. E o que eles vao cha- - Pressuposto Hislorico - mar "capilalismo humanit4rio": livre mercado com a presen^a for- O atual govemo e a "conlinuagao de um projeto" determina- te da livre iniciativa (contra o que Beni chamou de burguesia do; o novo projeto politico de um grupo de empresarios jovens, estatal), tendo o Eslado como regulador das desigualdades sociais que, tendo assumido a diregao do CIC desde 1978, tem procurado e do desequilibrio entre as pessoas e as regiocs. Numa palavra, nao se contrapor 4s lideran^as da burguesia tradicional do Estado (do perspecliva a longo prazo para o empresariado sem soluijao do ponlo de vista politico isto significa compromisso com o empre- problema social. guismo, patemalismo, clientelismo, numa palavra, a utiliza^ao da Resultado da implanta^ao desle novo projeto de hegemonia maquina estatal em fun^ao de interesses privados). E precise con- empresarial. Mar^o dc 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Sexta-feira 11 1631 MODRLO DR DESENVOI,VIMENTO EXCLUDENTE a) implanta9ao da infra-estrutura, transporte rodoviario e AINDA EM EXITO ferroviirio. melhoramento de porto e aeroporto, camaras frigorifi- BINOMIO BASICO: DESENVOLVIMENTO E cas. servi9os de apoio. etc; DESIGUALDADE b) Forma9ao de mao-de-obra. Os parques tecnologicos do Cariri e Sobral serao focos de dissemina9ao de novas tecnologias. A) DESENVOLVIMENTO 1NTENQAO FUNDAMEN- A mao-de-obra necessita capacita9ao frente aos avan90s tecnolrigi- TAL cos. Dai a implanta9ao de centro de forma9ao tecnica. Qua! a "intcn^ao fundameniral" do govemo segundo sua TURISMO E ARTESANATO propria auto comprccnsao? "Rcgionalizar" o processo de desen- volvimento. o que significa cm primeiro lugar, "interiorizar" o dc- ExpIora9ao ordenada da "costa cearense" e das areas de scnvolvimcnto, isto e. dotar cada area de "infra-esirutura" que atra9ao nas serras e no sertao (Foi uma das metas basicas do Pacto pcrmita uma atividade economica "auto sustentivel" e de requisi- de Coopera9ao com os empresarios). los para cduca^ao, saiidc, cultura e la/cr, Estrategia: planejamento Desenvolver mecanismos de apoio e incentivo ao artesana- regional racionalizado. to. OBJETIVOS GERAIS AGRICULTURA Todo o processo se haseia na "Intcrven^ao do Estado" no Tambem aqui o objetivo basico e promover a modemiza- descnvolvimento economico, social e politico. Esla intcrven^ao 930. Linhas gerais de 3950: I) reforma agraria: promover a infra- tern trcs objelivos ccntrais: 1) incentivar o crescimento economico; estrutura fisica, os sen^os agricolas e formas de organiza9ao do 2) modemiza^ao das atividades cconomicas com respeito ao meio produtor nos imriveis ja desapropriados e nos assentamentos; 2) ambicntc; 3) apoiar a formavao da cidadania. Dai o papel funda- areas de semi-aridez (Sertao Central e Inhamuns); irriga9ao pon- mental do Estado como indutor do processo de descnvolvimento tual voltada para a produ9ao de alimentos basicos e descnvolvi- economico: promo^ao do processo produtivo e intervenfao no mento da pecuaria; 3) bacias hidrograficas maiores; apoiar medios mercado para corrigir distortoes, como tambem apoio a ciencia e a e grandes projelos de irriga9ao, produ9ao de fmlicultura tropical, tecnologia. aproveilamenlo agroindustrial; 4) recupera9ao das culturas do al- Objetivos sociais fundamenlais: redu^ao da taxa de analfa- godao, caju e mandioca. bctismo; rcdu^ao continua da taxa dc mortalidade infantil e eleva- Resultados do desempenho da economia cearense no ano de ^ao da expectativa de vida da populafao. 1993: o crescimento da industria foi de 8.5% (1992: 7,5%), sendo que o melhor desempenho ficou com a industria de transforma9ao; DIRETRIZES BASICAS: 12,5% (1992: 8,5%) a minera9ao: 5,5%. As exporta96es: 2,64% INDUSTRIA, COMERCIO, MINERACAO em virtude da diminui9ao da castanha de caju. O setor industrial ja Objctivo hasico: integra^ao, consolida^ao e modemiza^ao conslribui hoje com 26,5% do PIB. O ntimero de empresas indus- da eslrutura industrial, alem da indu^ao de novos investimentos lriais cresceu 12,23% de 90 para 91. O numero de empresas co- como focos dc irradiaijao do descnvolvimento, merciais aumentou 30%. Das 6.870 empresas industrials do Ceara, ITioridade: consolidagao de complexes induslriais voltados em 1991, 3.983 estavam localizadas em Fortaleza, que tern 30% para o descnvolvimento do ramo tradicional de voca^ao compro- da popula9ao do Estado, mas 78% do PIB. Crescimento da econo- vada na cconomia cearensc: tcxlil, confec^oes, couro e cal^ados. mia como um todo em 93: 6,5% (Brasil: 4,5%). Qual, enlao. a ra- Implanta^ao e/ou fortalecimento de P6los Induslriais: zao da imagem muito posiliva do Estado no Brasil e no mundo, a) ex pi orai,-ao industrial do pescado e implanlaij ao de indus- que facilitou a atra9ao dos investimentos? O ajuste fiscal do Esta- trias derivadas; do, o equillbrio fmanceiro que culminou com a recupera9ao do h) proccssamcnto de matcrias-primas agricolas, sobretudo, BEC, hoje considerado padrao de um banco voltado ao financia- fmlas tropicais, niandicxa, leite, tendo em vista a exporta^ao. Isto mento da produ9ao. Este ajuste fiscal j4 realizado no govemo Tas- pode refor^ar o proccssamcnto de industrializa^ao; so Jercissati foi ajudado por dois falores fundamenlais: 1) c) implanta^ao de prilos "agroindustriais" nos perimetros ir- transferencias de recursos para os Estados a partir da nova Consti- rigados: Russas/Limociro do Norte, Chapada do Moura em Igualu tui9ao; 2) um violento arocho salararial do funcionalismo estadual. e na Bacia do Acarad; B) DESIGUALDADES (e Exclusao) d) P6lo de auto pe^as e segmentos minero metaliirgico e metalmccanico; Indicadores sociais: a situa9ao do povo, suas condi96es de c) atrair investimentos nas ire as de quimica fina, mccSnica vida. dc prccisao, metalurgia, microcletronica e informdtica; O processo de desenvolvimenlo ocorrido no Cearii nao ccai- f) implanta^ao dos Distritos Induslriais de Sobral. Cariri e seguiu reverter o quadro hislririco de desigualdade: em alguns ca- RMF. sos, a coisa ficou estagnada, de modo geral, pode-se dizer que o desenvolvimenlo provocou maior concenlra9ao de renda e, conse- GRANDES PROJETOS INDUSTRIAL quentemente, maior desigualdade e, agora, tambem exclusao. O Instala^ao de uma fdbrica monladora dc veiculos, ZPE, refi- projeto dos jovens empresSrios, uma vez no poder, se chocou com naria de pctrolco, usina dc Itataia (beneficiamento de uranio e pro- o muro da concenlra9ao de renda. analfabetismo, desemprego e duijao de fertilizantes fosfatados), politica de descnvolvimento do falla de saude e tudo indica nao conseguiu mudar substancialmen- setor mineral, que absorve muita mao-de-obra e se apresenta como te o quadro. JA no govemo Jereissati, a popula9ao que ganhava en- complementar a agropecuaria, vidvel, sobretudo em ire as de pouca tre meio e dois sal&rios rmnimos mensais passou de 80,3% para aptidao agricola. O setor principal aqui e do "granito". (Implanta- 82,4%. Consideramos alguns sinais (Fontc: IBGE) 930 do pdlo granitifero). Resla lembrar que todos os grandes proje- Popula9ao do Estado em 1991: 6.512.345 (Homens: tos industrials, que dependiam do govemo federal para sua 3.156.165, mulheres: 3.354.180). Analfabetos acima de 10 anos: implanta9ao, fracassaram (Sidnor, Itataia, etc.). 37,8%, crian9as de 7 a 14 sem frequentar a escola: 22,0%; crian9as Affies complcmenlares: de 10 a 14 que ji trabalham: 19,6%, casas sem esgoto adequado; 1632 Sexta-feira II DIARIO DOSTRABALHOS RBVISIONAIS Mar^o de 1994 60,9%; sem abastecimento de agua adequado: 64.6%; empregados Relatorio final, a rcsponsabilidade penal dos en-'olvidos e o con- sem carleira assinada: 62,7%; trabalhadores que nao conlribuem fisco, o sequeslro dos bens de origem ilicita, que compuseram o para a Previdencia: 71,5%; renda ate meio salario minimo: 61,1%. palrimonio dos mesmos, Numa palavra; 3.034.518 pessoas vivem no Ceara e. condi^oes de Enlretanto. com a demora para a rinaliza9ao desse trabalho, miseria, isto e acima de 40% da popula^ao. (Km Fortaleza sao se observa. hoje. na popula9ao brasileira um certo descredito e, ate 135.304 famllias e no Estado 757.145). mesmo. uma voz quase unanimc que afirma que o rcsultado da No campo, esta acontecendo uma subslituii^ao da lavoura CPI vai acabar em pizza. tradicional. que abastece a mesa do pobre, pela lavoura comercial. Sr. Presidenle, neste momento, deixo rcgislrado nos Anais a sobretudo pela que e destinada a exporta^ao. Assim as grandes minha solicila9ao para que se providencie urgentemente o resulta- planta^oes de caju e frulas tropicals liram o espa^o da mandioca, do final dos trabalhos da CPI, a fim de que possamos cumprir o do jurimum e de oulros produlos tradicionais da mesa do cearense. nosso papel, votando de uma vez por lodas a puni9ao, a cassa9ao Podemos dizer que a populai^ao de nosso Estado tern fome croni- dos mandates de todos os Parlamcnlares cnvolvidos. ca. Ale a seca traz vantagens politicas e economicas para as elites Sr. Prcsidente, mais uma vez quero apclar ao Procurador- agrarias. No Or^amento de 93 foram destinados 476 milhoes de Geral da Repiiblica, Dr. Aristides Junqucira, no sentido de que S. cruzeiros reais para a agricultura e 730 milhoes para o turismo, Ex* utilize os mecanismos legais, de 39605 judiciais, previstos em que e uma grande fonte de renda, mas nao tao grande fonte de em- lei, para que. de uma vez por todas. se bloqueiera as contas banca- pregos. rias e os patrimonies desses Parlamentares. Se S. Ex' nao enlrar No literal, a pesca predatoria substilui a pesca arlesanal. O com uma 3930 de repara9ao de danos para ressarcir o Pais do pre- novo aqui sao os conflitos envolvendo as comunidades pesqueiras juizo sofrido com esses atos ilicitos, ccrtamcnte, corremos o risco com as imobiliarias ligadas a explora^ao turislica. Os grandes pro- de, mais uma vez, acontecer, como tern acontecido no caso do jelos luristicos nao tern beneftciado as comunidades locals por nao "Esquema PC, de os principals responsaveis por aquele esquema absorverem mao-de-obra nativa a nao ser para o subemprego: vi- de corrup9ao conlinuarem a solta neste Pais. passeando e ate dan- gias, caseiros, domesticas, etc. Ha, tambem, o problema serio da do declara96cs, como fez, ha pouco tempo, o ex-Presidente Collor, descaracteriza^ao do trabalho e da vida e o enorme impacto cultu- afirmando que leria 50 milhoes de dolarcs para investir nas campa- ral. Tambem nesla esfera se pode observar um empobrecimento nhas eleilorais - certamente dinheiro oriundo daquclc esquema de gradual da popula9ao nativa e um aumento na concentra^ao de comip9ao que manchou a dignidade da Na9ao brasileira. renda. Entao, Sr. Presidenle, esta Casa prccisa urgentemente dar Na laxa de desemprego, houve uma queda significativa em uma rcsposta a sociedade brasileira, cumprindo o seu papel, punin- 93 o que significa uma retomada da alividade economica, mas do aqueles que realmenle tivercm comprovada a sua participa9ao tudo indica que chegamos ao limite maximo de recupera^ao, inclu- nos atos ilicitos dentro da Comissao do OT9amento. E precise que sive porque a nova revolu^ao tecnologica dispensa empregos. Um a Justi9a tambem fa9a a sua parte, confiscando os bens dos Parla- fato que revela a concentra^ao de renda que caracteriza a atividade mentares cnvolvidos, bloqueando suas contas e seus patrimSnios, produtiva no Ceara e que dos 7 mil e tantos empregos criados no para que, mais uma vez, toda a esperava de se fazer neste Pais mes de dezembro ultimo, 7.000 sao da RME. uma nova fase da politica brasileira, feita com elica, transparencia O Ceara tem a segunda maior concenlra^ao de renda no e nao acabe sendo apenas um sonho que resultara em pizza, neste Nordesle, superado apenas pelo Piaui. Assim, no terceiro ano de momento em que a Na9ao lanlo exige desta Casa e tambem da govemo do Tasso Jereissati, por exemplo, quase 95% da popula- Justi9a brasileira. fao rural ganhava ate dois salaries minimos. uma situai^ao que se Era o que eu tinha a dizer Sr. Presidenle. mostrava pior do que quando ele entrou no govemo em 1986. O Muilo obrigado. (Muito bem!) Ceara registra a pior situa9ao dos Estados do NE em rela9ao ao A SR* SANDRA CAVALCANTI - Sr. Presidenle, pe90 a abastecimento de agua na zona rural; apenas 1,3% dos domicilios ( palavra pela ordem. a media do NE 6 de 10,8). Conclusao: o sucesso do projelo dos jo- vens empresarios em rela9ao ao desempenho das finan9as do Esta- O SR. PRESIDENTE (Levy Dias) - Concede a palavra a do, o relative sucesso no que diz. respeito a induslrializa9ao nao V. Ex' pela ordem. encontra contrapartidanos indicadores sociais. O crescimento eco- A SR* SANDRA CAVALCANTI (PPR - RJ. Pela ordem. nomico, em si mesmo, nao foi capaz de superar os grandes indica- Sem revisao da oradora.) - Sr. Presidenle, o painel acusa a presen- dores de fome e miseria que atingem a maioria da popula9ao. 9a de 316 Congressistas no plenario ou que, pelo menos, por aqui Portanto, as politicas sociais dos govemos "das mudan9as". mes- ja passaram. estando, portanto, na Casa 4 disposi9ao da Ordem do mo quando alcan9aram resultados satisfatbrios. nao foram sufi- Dia. cientes para reduzir os niveis de desigualdades. Isto significa, na Causa-me profunda estranheza, no entanlo, que ja nos apro- realidade, um fracasso na proposta politica do projeto da nova he- ximamos do meio-dia e todos os rcslanles componentcs da Mesa gemonia empresarial para o Ceara. nao se encontram mais aqui, como o Relalor e as Lideran9as dos principals Partidos. Entao, percebo que esta e uma convoca9ao fei- O SR. PRESIDENTE (Levy Dias) - Concede a palavra ao ta para desgastar aqueles que estao aqui dispostos a trabalhar na nobre Congressista Waldomiro Fioravanle. Revisao Constitucional. O SR. WALDOMIRO FIORAVANTE (PT - RS. Pro Pediria a V. Ex', que eslA na Presidencia, que acionasse as nuncia o seguinte discurso. Sem revisao do orador.) - Sr. Presi- campainhas e convocasse imediatamente todos para ck a fim de dente, Srs. Congressistas: darmos inicio a vota9ao. E imporlante destacar que logo apos serem denunciados os Obrigada. fatos de comip9ao na Comissao de Oi^araento e com o bom anda- O SR. PRESIDENTE (Levy Dias) - Congressista Sandra mento dos trabalhos realizados pela CPI, a popula9ao brasileira es- Cavalcanti, a Mesa ja convocou todas as Lidcran9as e o Relator tava resgatando a credibilidade desta Casa. A popula9ao esperava para iniciarmos a Ordem do Dia. tambem a puni9ao de todos os que tivessem o parecer favoravel no Concede a palavra ao Congressista Paulo Ramos. Mar9o de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Sexta-feira 11 1633 O SR. PAULO RAMOS (PDT - RJ. Pronuncia o seguinte Se querem uma informa9ao verdadeira e querem decidir discurso. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, Sr*s e Srs. Con- com isen9ao que compare9am ao Espa90 Cultural para que tenham gressistas, assomo a esta tribuna para tratar rapidamente de duas acesso ao livro do Ricardo Bueno. quesloes e ao mesmo tempo chamar a aten^ao de todas as Sr*s e Aproveito a oportunidade, tratando do monoprilio do petrri- Srs, Congressistas. leo - n3o sei est3 presente o Senador Esperidiao Amin, que gover- O primeiro tema refere-se 4 Medida Provisdria n" 442, que nava o Estado de Santa Catarina na ripoca dos contratos de risco. retira ou transfere parte da competencia da Casa da Moeda para A British Petroleum recebeu licen9a do Govemo brasileiro, atra- que empresas eslrangeiras possam fabricar a nova moeda. Co mo ves do contrato de risco, para pesquisar petrrileo no litoral catari- se nao bastasse ao Ministro da Fazenda e ao Govemo Itamar Fran- nense. L3 permaneceu durante muilos anos, certamente sem co acabarem com a moeda nacional, pretendem agora, com esta investir, sem pesquisar e nao encontrou petrrileo. Ao final do tem- medida provisdria, transferir a responsabilidade de impressao da po, elaborou um documento afirmando que no litoral catarinense moeda para empresas eslrangeiras. n3o havia petrrileo. Hi a 16 um episridio de ingleses ou supostos in- Em primeiro lugar, a Medida Provisdria n" 442 6 flagrante- gleses que teriam sido homenageados num restaurante de Santa mente inconstitucional e deveria ter sido liminannente rejeitada. Catarina. quando da assinatura dos contratos de riscc, como se eles Mas hi alguns outros aspectos que precisam ser considerados. Pri- fossem os salvadores da patria, aqueles que seriam responsSveis meiro, a Casa da Moeda tern possibilidades de imprimir toda a pela reden9ao de Santa Catarina. moeda necessiria em funijao do novo Piano Econdmico. Por outro Posteriormente, A PETROBRAs descobriu petrrileo em lado, a Casa da Moeda desenvolveu uma tecnolqgia prdpria de im- Santa Catarina, no Campo de Caravclas, que tem hoje uma impor- pressao de moeda com a necessiria garantia. Pergunto se o Gover- tancia muito grande para as nossas perspectivas de um Pat's sobe- no Itamar Franco pretende con tratar - e 6 o que diz a medida rano, de um Pais independente. Foi a PETROBRAs, depois de a provisdria -, sem qualquer licita^ao, empresas eslrangeiras, em de- British Petroleum ter certificado de que no litoral catarinense nao trimcnto da nossa Casa da Moeda. E o que e pior, a Casa da Moe- havia petrrileo. que 13 descobriu petrrileo. da ainda fica com a responsabilidade remanescente de entregar is E eu trago e pe90 a transcri9ao nos Anais, como parte do empresas eslrangeiras que vao imprimir a nossa moeda a chapa meu pronunciamento, um artigo que foi publicado no jomal Ago- para a impressao, a tinta e o papel. ra, de 8 de fevereiro de 1994, jomal do Rio Grande do Sul, onde Certamente, quando houver uma compara9ao dos custos de os fatos que narro aqui sao publicados com muito mais detalhes, produ9ao, os das empresas eslrangeiras vao ser raenores, e nao para que pelo menos os represenlantes do povo de Santa Catarina sera divulgado que a Casa da Moeda cedeu todo esse material. possam ter acesso a mais um dado informativo, para que todos nris Se existe o intuito do Govemo - e essa 6 a preocupa95o dos juntos possamos compreender a importancia e a necessidade da moedeiros, dos trabalhadores da Casa da Moeda -, de privatizar a p'eserva9ao do monoprilio do petrrileo como fator de soberania na- Casa da Moeda, esse ji seri um grande passo. cional. Muito obrigado. Mas hi ainda outros absurdos. Mesmo depois de editada a Era o que tinha a dizer. Sr. Presidente. (Muito bem! Palmas) Medida Provisdria, o Banco Central encomendou i Casa da Moe- da a impressao de notas que serao retiradas do mercado. E ainda DOCUMENTOS A QUE SE REFERE O DEPU- hi um outro fato muito mais grave: o prdprio Banco Central tem TADO PAULO RAMOS EM SEU PRONUNCIAMENTO estocadas muitas cidulas - recebo a informa9ao de que o volume SINDICATO NACIONAL DOS TRABALHADORES NA chega a 3 bilhdes de cruzeiros reais. INDUSTRIA MOEDEIRA E DE SIMILARES Enfim, fa90 esta denuncia chamando a aten9ao dos Con- gressistas que integram a Comissao que vai apreciar a Medida FILIADO A CUT Provisdria 442 para a necessidade a(6 em defesa da $eguran9a da nossa moeda, para que futuramente nao seja falsificada, para que CT. SNM. CIRC./94 nao haja qualquer tipo de manipula9ao, fa90 esta advertencia para Rio de Janeiro, 4 de mar90 de 1994 que seja a Medida Provisdria rejeitada liminannente por ser in- Exm" Sr. constitucional. E mesmo que julguem conveniente o aprofunda- Deputado Federal menlo da discussio, que esses detalhes sejam considerados a fim Brasilia - DF de que a Medida seja rejeitada. Scnhor Deputado, Pe90 a V. Ex", Sr. Presidente, a transcri9ao, nos Anais, como parte do meu pronunciamento, de dois documentos elabora- REF: MEDIDA PROVISORIA 442, DE 28-2-94 dos pelo Findicato Nacional dos Trabalhadores da Industria Moe- Considerando a extrema contradi9ao existente entre o dis- deira e Similares. posto no artigo 3° e paragrafos da Medida Provisriria n" 434, que versa sobre o Programa de EstabiIiza9ao Econrimica, e a Medida DOCUMENTOS A QUE SE REFERS O SR. 0 PA ULO RAMOS EM SEU DISCURSO: Provisriria n 442, que autoriza a contrata9ao de fabrica9ao de pa- pel-moeda, visto a Casa da Moeda do Brasil ter assumido e garan- O segundo tema que me traz a esta tribuna diz respeilo ao tido, em reuniao com o Departamento de Fabrica9ao de Cridulas, lan9amento do livro PETROBRAs UMA BATALHA CONTRA no periodo de mar9o/julho/94, entregaria ao Banco Central o seu A DESINFORMA^AO E O PRECONCEITO. de Ricardo Bueno. pedido de 400.000.000 de c6dulas/m6s, de Reais; e aproveito a oportunidade para convidar a todos os Parl amen tares Considerando que a edi9ao da Medida Provisriria n0 442 para comparecerem ao Espa90 Cultural da Cimara, a fim de rece- causou surpresa desagradavel no seio da categoria moedeira, nota- berem das maos do autor um exemplar do livro. Este livro 6 para damente naqueles da Area de produ9ao que ji haviam se compro- que aqueles que defendcm o fim do monoprilio do pelrrileo pos- metido com esta tarefa; sam ter informa96es verdadeiras e diferenciadas daquelas que sao Considerando que em jan/94 a Casa da Moeda do Brasil veiculadas cspecialmente por um jomal do Rio de Janeiro e que chegou a entregar ao Banco Central mais de 300.000.000 de c6du- pertence ao Sr. Roberto Marinho, O Globo. las de cruzeiros reais; 1634 Scxla-feira 11 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Mar^o de 1994 Considerando que a Medida Provisoria n" 442, alem de in- tar da publica9ao da referida Medida Provisoria. o Poder Executi- conslitucional, fere o artigo 2° da Lei n0 5.895, de 19-6-73, que ve determinara a data da P emissao de Real, portanlo nao se cons- cria a Casa da Moeda do Brasil liluindo em argumento faclivel a conlrala9ao imediata e sem Considerando que a Medida Provisoria n° 442; demonslra licita9ao de empresas multinacionais para a fabrica9ao de chapas no seu bojo a prepara^ao do lerreno para a privatizaijao da Casa da impressoras e de cedulas da Uniao, propiciando a vulnerabilidade Moeda do Brasil, que e utna Empresa Publica independenle fuian- do meio circulanle, considerado de Seguran9a Nacional. haja vista ceiramente do Tesouro Nacional, vivendo exclusivamente. com os que nos paises desenvolvidos a emissao e a fabrica9ao de moeda seus proprios meios, da sua produgao e do seu trabalho. nacional e competencia exclusiva do proprio Pais; Considerando ainda o disposto no art. 3° da Medida Provi- NA INDUSTRIA MOEDEIRA E DE S1MILARES soria n0 434 que determina supressao do curso legal e poder libera- CT. SNM. CTRC./94 lorio do Cruzeiro Real a partir da 1* emissao de Real, fica Considerando que a Casa da Moeda do Brasil lera de forne- evidenciada a necessidade imediata de descontinuidadc da fabrica cer as malrizes das chapas de impressao para as empresas conlrata- 9ao do Cruzeiro Real, fato que ja deveria ter ocorrido. tendo cm das, sem licila^ao, fica eslabelecido que o segredo lecnologico vista a existencia de reserva de tal base monetaria nos cofres do desenvolvido pela CMB sera exposto e comprometendo a Segu- Banco Central para absor9ao no Meio Circulanle para utn periodo ran^a Nacional; de aproximadamente 2 anos; Considerando que a Casa da Moeda do Brasil tambem lera Deslarle, solicilamos que V. E x". cm defesa dos inleresses de fomecer para empresas multinacionais conlratadas, sem licila- nacionais e junlamente com vossa bancada, vote contra esta Medi- 9ao, o papel para a impressao das cedulas de Reais; da Provisoria que. alem de ferir direlamenlc a Conslitui9ao Fede- Considerando que o fornecimcnto de loda maleria-prima ral, promove a evasao de divisas, comprometendo scgredos para as empresas multinacionais conlratadas, sem licitaijao, por industrials de Seguran9a Nacional, provocando o desemprego a parte da Casa da Moeda do Brasil, podera baixar os cuslos de im- curio prazo, levando ao Sucateamento do maior e mais modemo portaijao das cedulas de reais. parque industrial da America I^tina na fabrica9ao de valores, mela Considerando que o argumento de baixos cuslos podera ser principal daqueles que so desejam minar o monopolio nacional e usado para uma campanha privatizista, sem lecer maiores comen- locuplelarem-se dos favorecitnenlos multinacionais. nas contrata- tarios sobre o fomeciraenlo de toda materia-prima; 9oes dirigidas. Considerando que, em hipotese alguma, a substitui9ao do Atenciosamente - Severino Jose de Sales, Prcsidente meio circulanle se da de uma vez, conforme esta implicilo no arti- OBS. go 1° da Medida Provisoria n0 442; - A Casa da Moeda esta imprimindo cedulas de 10,000 c Considerando que, em media, a vida tilil da cedula de Meio 50.000 cruzeiros reais, solicila9ao feila pelo Banco Central depois Circulante e de 2 (dois) anos. da Medida Provisoria n0 434. Considerando que, em hipotese alguma, existe a necessida- - Seguran9a da cedulas compromelidas. Imagem latente de de se fabricar, nos proximos 4 (qualro) meses. 1 bilhao e meio apari9ao da palavra falsa quando reproduzida em xerox com 4 co- de cedulas que serao estocadas nos cofres do Banco Central a Utu- res. Sao estudos de 300 anos. lo de reserva do Meio Circulante. - Cedulas existentes no Banco Central: 3.000.000.000 (ires Considerando que, se a Medida Provisoria n" 442 for apro- bilhoes). como a Casa da Moeda cobra por milheiro $40. logico vada, fica eslabelecido que a partir de agosl(V94 a Casa da Moeda que o Piano FHC2 joga $ 120.000,000 pelo buraco (qucima). do Brasil ficara ociosa, com o seu Parque Industrial parado. Materia Publicada no Considerando que esta Medida Provisoria n0 442. atenta Jomal Agora da cidade de Rio Grande - RS contra a Seguran9a e o Patrimonio Nacional; Considerando que a Casa da Moeda do Brasil ja produziu. 8 de feverciro de 1994 antes da Medida Provisoria n" 442, as malrizes das chapas de im- Sergio Jockymann pressao. em numero de 4 vezes mais que o necessario, pressupon- do acordo espurio que deu base a exposi9ao de motivos que A COMPETENCIA fundamentou a Medida Provisoria n0 442; Pois, quando a British Petroleum reccbcu Iicen9a do Cover Considerando as recentes noticias veiculadas nos principais no para pesquisar pelrdleo no litoral catarinense, o estado inteiro jomais do Pais, acerca da Medida Provisoria n" 442, de 28-2-94, comemorou. "Finalmente, exultou Esperidiao Amin, irao descobrir editada pelo Governo Federal, que autoriza o Banco Central a con- o petroleo de Santa Catarina". Nos, brasileiros, do Oiapoquc ao tratar empresas no exterior para a fabrica9ao da nova cedula - o Chui, amamos os gringos. Nos somos malandros, irresponsaveis e Real; incompetenles. Os gringos sao a propria perfei9ao humana. Um Considerando que a Casa da Moeda do Brasil detem a ex- amigo meu assistiu em Camboriu um reslaurante inteiro se por clusividade na fabrica9ao de cedulas e demais valores da Uniao de pe e aplaudir quatro gringos que foram anunciados como conforme o art. 2° da Lei 5.895, de 19-6-73, e os artigos 21 - inci- "tecnicos da British Petroleum, os homens que irao descobrir o so VII, 22 - Inciso VI, 48 - Incisos II, XI e XVI e, ainda, art. 164 nosso petroleo". Pobres dos gringos, eram alemaes e nao ingle- - caput e paragrafo 2° da Conslitui9ao Federal; ses e nem conheciam a British Petroleum. Mas a confian9a nos Considerando que numa licila9ao normal, concorrencia, a gringos era lanla que seus proleslos nao conseguiram abafar os dificuldade para se evitar vicios e falcalruas e enorme, quanto mais aplausos. numa conlrata9ao direla, onde os vicios e falcalruas ficam a solta a Dez anos andaram os gringos da British Petroleum pelo li- merce daqueles que vao fazer o contralo a qualquer pre90, qual- toral de Santa Catarina. No primciro ano, todo o mcs havia um quer valor, com o argumento de necessidade urgenlissima, como boato nos jomais sobre a abertura de um P090. No segundo ano a preve a Medida Provisoria n° 442; British so apareceu uma vez no noliciario para ncgar a descoberta Considerando o paragrafo lc do artigo 3° da Medida Provi- de um carapo em Sao Francisco do Sul. Depois do terceiro ano soria n0 434 que dispoe que, no prazo maximo de 360 dias, a con- ninguem mais falou nos gringos que salram de fininho de Santa Mai\'o dc 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Sexta-feira 11 1635 Catarina, porque nao haviam encontrado nada. Mas. para que nin- - 2 milhoes de litros dc leile nao distribuidos; guem duvidassc de sua competencia, a British Petroleum distri- - mterrup^ao do processo de municipaliza^ao; buiu uma nola a imprensa, publicada na Folha dc S. Paulo, em - 110 mil domicilios sem melhorias sanitarias; 1984. anunciando quo "as pesquisas rcalizadas haviam constatado - crescimento e reurbaniza^ao de doen^as do 3° mundo, que nao havia petrolco no litoral catarinense". Algucm reclamou? como: dengue, colera, febre amarela, leishimaniose, filariose, cha- Ninguem. Um emprcsario de Santa Catarina foi ouvido e foi taxa- gas, entre outras, tivo, "isso encerrava o assunto, porque se houvesse petroleo os in- - redujao de cerca de 1/3 das vacinas oferecidas a todas as glescs teriam achado". crianjas. Incluindo as campanhas nacionais de vacina^ao que fi- No dia 3 de dezcmbro de 1993. depois de oilo meses de cam amea^adas. pesquisas, a Petrobr4s anunciou oficialmente a abertura do po^o 1- - A este quadro soma-sc um cnorme conlingente de popula- BSS-64, no Campo de Caravela, a 180 quilomelros de Itajai, no li- 930 ja hoje desassistida e que, por direito constilucional, deveria toral catarinense. O P090 tern uma vazao de 9.400 barris/dia, o que ter acesso as a96es e sen^os piiblicos de saude. toma o maior produtor dc todo o Brasil. Com a sua modeslia tradi- Paradoxalmenle, a receita do tesouro nacional no mes de ja- cional, a Pelrobras esqueceu de dizer que um dos locais pesquisa- nciro dc 1994 foi 1,5 bilhao de dolares superior a janeiro 1993 e a dos pela British Petroleum foi justamente o Campo dc Caravela. dc fevereiro de 1994, 1 bilhao de dolares superior a fevereiro de onde os gringos constataram "a absolula inexistencia de petrolco 1993. Ou seja, o incremento da receita em rela9ao a 1993 foi de na regiao", como consta no relatorio entregue ao Ministerio de Mi- 2,5 bilhoes de dolares, apenas nos dois primeiros meses do ano. nas e Lsnergia, A descoberta nao apareceu em nenhuma primeira Enquanto isso, o Ministerio da Saude/SUS que neccssila de pSgina e sA ganhou vinle linhas nos grandes jomais do pais. Ago- 14 bilhoes de dolares para 1994, teve scu or9amento reduzido para ra, se aqueles gringos incompctcntes tivessem descoberto petroleo 9 bilhoes de dolares. Esta redu9ao de 5 bilhoes de dolares repre- em Santa Catarina, o Brasil inteiro parava para aplaudir e as televi- senta pequena parcela dos dispendios que o Govemo Federal lem soes dc hoje estavam anunciando o grande feito. Ser brasileiro, se- com a rolagem da divida ptiblica. Segundo o relatorio da Comis- nhores, nao e uma honra, e uma maldi^ao. Especialmcnte no sao que analisou o Piano de Estabiliza9ao, apenas a manuten9ao Brasil. das rescrvas cambiais de 35 bilhoes dc dolares tern custado ao povo brasileiro o pagamcnto de juros supcriorcs a 25% ao ano no O SR. PRESIDENTE (Levy Dias) - Concedo a palavra ao mercado intemo, enquanto eslas reservas sao aplicadas no merca- iluslre Congressista Jose Thomaz Nono. (Pausa) do internacional a 3% ao ano, gerando um custo anual superior a 7 Concedo a palavra ao ilustre Congressista Prisco Viana. bilhoes de dAlares. Estes recursos seriam suficientes para suprir as (Pausa.) demandas das areas sociais. Concedo a palavra ao iluslre Congressista Atila Lins. (Pau- Cortar recursos da Saiide e subtrair direito a cidadania e, sa.) agrcgando-se a isto os demais cortes das areas sociais. estarcmos Concedo a palavra ao ilustre Congressista Ronaldo Perim. condenando parcela crescente da popula9ao a marginaliza9ao so- O SR. EDUARDO JORGE - Sr. Presidente, pc^o a pala- cial. vra pela ordem. Os municipios brasileiros nao podem ser responsabilizados pela crise social e pelas morles que eslao por vir. O SR. PRESIDENTE (Levy Dias) - Concedo a palavra, pela ordem, ao ilustre Congressista Eduardo Jorge. O SR. PRESIDENTE (Levy Dias) - Concedo a palavra ao nobre Congressista Ronaldo Perim. O SR. EDUARDO JORGE (PT - SP.) Pronuncia o se- guinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Congrcssistas, prefeitos e O SR. RONALDO PERIM (PMDB - MG. Pronuncia o sccrclirios de saude reunidos em Brasilia, entre os dias 8 a 10 dc seguinle discurso. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, Srs. mar^o de 1994, dcclaram publicamcnte, a partir do dia 9/3, estado Congressistas, ocupo esta tribuna com os meus senlimentos bas- dc alarte para a saude no Brasil. tante combalidos e, por que nao dizer, bastante enlristecido. Na Alarmados com o agravamento do quadro or^amentario e a discussao intema promovida pclo mcu Parlido, o PMDB, fui um irregularidade do fluxo financeiro, que redundaM na deteriora^ao ardoroso defensor da instala9ao do Congresso Rcvisor. E hoje, Sr. das ji insatisfatorias condi90es de satide e demais serviijos piibli- Presidente, estou aqui para, publicamcnte, assumir a posi9ao de cos oferecidos a popula^ao, deliberam por tomar publico esta in- absoluta descren9a na continuidadc desse processo. sustentavel situafao. Sr. Presidente e Srs, Congressistas, temos compromissos Indignados com os enormes cortes or^amentarios a que fo- imensos perante a Na9ao brasileira - o Or9amento da Uniao ainda ram submetidas as dreas socials, especialmcnte a saude e a assis- nao foi sequer trazido a discussao. tanto na Camara quanto no Se- tencia, consideram necessiria uma real inversao de prioridades, nado; estamos vivendo ja o inlcio do processo, doloroso para to- que asscgure k divida social tratamento similar aquelc dado a divi- dos nos, em que teremos que julgar colegas parlamcntares; as da fmanceira, extema e intema. medidas economicas do Govemo estao ai para ser analisadas e Tal inversao requer altera^ao do atual quadro or^amentirio estamos nos debatendo com uma Revisao que, lamentavelmente, com a urgente intervenfao do Exm" Sr. Presidente da Republica e verifico hoje que se toma impossivel. dos membros doCongresso Nacional. Impossivel, Sr. Presidente, porque as questoes estao sendo Caso isto nao ocorra, teremos na saude um quadro de cala- decididas, as vezes, sob condi9oes emocionais de individualismos midade ptiblica, com agravamento dos indicadores dc saiide da po- que levam em considera9ao e priorizam questoes paroquiais, re- pula^ao brasileira, configurado por diminui^ao do ja precario gionais. Acredilo que nao e isto o que a Na9ao brasileira aguarda, atendimento realizado em 1993, representado por: pretende e espera conseguir desle Congresso Reviser. - 7 milhoes de intcma^ocs a menos em 1994 (de um total Nao aceito aquelas teses sobre legilimidade, pois creio que de 15 milhAesem 1993); este Congresso tern plena legilimidade para fazer a Revisao. Fc- - 225 milhoes de a^oes ambulatoriais nao realizadas; raos o direito de faze-la, sim; mas temos o direito dc nao faze-la - 16 milhoes de pessoas sem medicamentos; tambem. Enlendo e acredilo que nao temos o direito de continuar 1636 Sexta-feira 11 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Mari;o de 1994 fazendo uma Revisao da maneira que esta sendo feita, de afogadi- Mais que isso. as centrais sindicais que estao organizando a Iho, com senlimentos apequenados e sem visar, realmente, iraduzir greve tambem preparam uma mobiliza^ao contra esta Revisao os anseios de toda a sociedade. Constitucional, sentindo que, ao arrocho salarial e a essa polilica For isso, hoje quero manifestar aqui, de publico, e. em parti- favoravel aos oligopolios. a essa falta de iniciativa do Govemo, cular, para o meu Partido e para os meus colegas, mesmo sabendo vao se somar os alaques aos direitos sociais dos trabalhadores e que estou conlrariando muilos por quern tenho o maior apre^o, a aos monopolios estatais na area do petrdleo, minerio, telecomuni- maior admira^ao - como conlrariei, num primeiro momento. aque- ca^oes. les que se posicionaram contra a instala^ao do processo revisor. e Portanto, Sr. Presidente, em nome do PSTU, manifeslamos a quern, hoje, compreendo melhor -, a minha posiqao no senlido nossa posi^ao de apoio aos trabalhadores na sua proposta de greve de que esta Casa tome a atitude absolutamente responsavel de pa- geral, E mais do que: nos propomos a eslar ao seu lado na mobili- rar com essa Revisao enquanto e tempo. zatjao. na organiza^ao desse movimento, ao mesmo tempo em que E ja que e colocada em duvida a legitimidade deste Con- manifeslamos, mais uma vez, a nossa disposi^ao de manter a obs- gresso. que a proxima Legislatura realize, durante um ano, se pos- tru^ao a esta Revisao Constitucional. slvel, a discussao de todos os temas, de todas as grandes questoes Discordamos. inclusive, da posi^ao de companheiros que nacionais e que estas lenham encaminhamento de acordo com o fazem parte de partidos que sao contra a Revisao, mas que estao que a Naijao brasileira espera desla Casa. votando determinadas materias. E necessario manter-se a obstm- Muito obrigado. 9ao, porque esta Revisao. como um todo. nao interessa A popula- 9ao brasileira. O SR. PRESIDENTE (Levy Dias) - Concede a palavra ao Era o que tinha a dizer. ilustre Congressista Ernesto Gradella. O SR. AEFONSO CAMARGO - Sr. Presidente. pe9o a O SR. ERNESTO GRADELLA (PSTU - SP. Pronuncia o palavra pela ordem. seguinle discurso. Sem revisao do orador) - Sr. Presidente, St^s e Srs. Congressistas, gostaria de destacar o lamjamento do livro PE- O SR. PRESIDENTE (Levy Dias) - Concedo a palavra a TROBRAS - Uma batalha contra a desinforma^ao e o preconcei- V. Ex*. Senador Affonso Camargo. to. de autoria do jomalisla Ricardo Bueno. Trata-se de uma O SR. AFFONSO CAMARGO (PPR - PR. Pela ordem. conlribui^ao para esclarecer o papel da PETROBRAS na econo- Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, foi marcada esta sessao mia brasileira e no futuro do desenvolvimento do Pais. Mais do exlraordinaria do Congresso Revisor e, evidentemcnte, em decor- que isso, e um material importanle para fazer frente a campanha de rencia disso. nao foram realizadas as sessocs ordinarias do Senado desinforma^ao dos meios de comunica^ao deste Pais no que se re- e da Camara. fere a questao do monopolio eslalal do petroleo. A sessao se iniciou as lOh da manha - e ja haviamos ques- Mas, Sr. Presidente, Sr*s e Srs. Congressistas, apos meses lionado que deveriamos aproveitar melhor o tempo deste Pais, em que os preijos aumentaram muito mais que a infla^ao - inicial- pois somos campeoes de desperdicio nessa area - e foi dito que, menle, como preven^ao dos grandes empresarios, pensando em quando se completasse o quorum de 293 Congressistas. seria ini- um futuro congelamento de pre^os; e. agora, atraves desses mes- ciada a Ordem do Dia. mos empresarios que ja se protegem lenlando ampliar a media em Estamos com 366 Congressistas jA com presen9a regislrada, que esses pretjos seriam congelados as medidas apresentadas e eu pergunlo a V. Ex' se hA alguma programa9ao no sentido de se pela area economica do Govemo sao de que agora vao-se reduzir adiar ou suspender esta sessao, porque nao estamos vendo aqui os impostos de importaijao. qualquer mobiliza9ao, nem sequer a presen9a do Sr. Relator Nel- Esperava toda a popula<;ao que se tomasse alguma medida son Jobim. efeliva para fazer com que os aumentos abusivos fossem relirados Realmente, jA sao 12hl0min, e e esta a indaga9ao que fa90 e que os pretjos vollassem, no minimo, ao patamar que estavam a V. Ex', porque creio que todos querem saber o que vai acontecer anteriormenle. O Govemo, no entanlo, diz que esses pre^os podem com esta sessao. Hear como estao, e que serao atacados por inlermedio da redu^ao das aliquotas de importa9ao. Enquanto isso, o Govemo continuarA O SR. PRESIDENTE (Levy Dias) - Senador Affonso Ca- conversando com os donos dos oligopdlios para ver se realmente margo, a Mesa jA lomou as providcncias no sentido de convocar as conseguem baixar esses pre^os atraves de conversas e mais con- LideTan9as e o Relator para darmos inicio A Ordem do Dia. A as- versas. sessoria do Relator jA estA presenle. Portanto, creio que dentro de Na verdade, e uma situa^ao ale de dupla personalidade. O alguns instantes iniciaremos a Ordem do Dia. Ministro se comporta como um "lobo mau" quando trata da ques- O SR. AFFONSO CAMARGO - V. Ex', inclusive, regis lao do salario - converte pela media e diz que nao aceita negocia- tra mais um fato estranho; a nao-presen9a das Lideran9as em ple- foes - e, quando se trata de preqos, S. Ex* passa a ser o nArio. "Chapelinho Vermelho" - passa a querer conversar, mesmo sem Sr. Presidente, fico impressionado, porque deixaram de set saber muito bem para onde esta indo, que caminho vai seguir. realizadas uma sessao na Camara e outra no Senado em fun9ao Na verdade, ha dois tratamentos diferentes. desla sessao e, ate agora, nao se fez nada. E realmente incrivel a O Ministro nao e inocente, e esta agindo de ma-fe com os cultura do brasileiro de de$perdi9ar tempo! trabalhadores brasileiros ao tomar essa posi^ao. Frente a isso, S. Ex* 6 responsavel pela mobilizaijao que os trabalhadores estao pro- O SR. PRESIDENTE (Levy Dias) - A Mesa jA tomou to- movendo agora, pois viram que nao ha saida, nao podem aguardar das as providencias, Senador Afonso Camargo. que o Govemo resolva seus problemas. Os trabalhadores estao marcando greve geral par paralisar este Pais, junlando os traba- A SR* SANDRA CAVALCANTI - Sr. Presidente, pe90 a lhadores da industria privada e os servidores publicos federals, no palavra pela ordem. sentido de exigir que os salArios nao tenham as perdas que o Go- O SR. PRESIDENTE (Levy Dias) - Concedo a palavra A vemo Ihes quer impingir. nobre Congressista. Mar^o de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS RHVISIONALS Sexta-feira 11 1637 A SR". SANDRA CAVALCANTI (PPR - RJ. Pela ordem. lanciado na Conslitui^ao, que e o direito dc greve. E o que e raais Sem revisao da oradora.) - Sr. Presidente, esta havendo alguma di- grave: utiliza a Secretaria de liduca^ao como moleque de recado, ficuldade quc justifiquc as ausencias do Relator, do Sub-Relator e exigindo que ela pratique atos de coa^ao cm rcla^ao aos profissio- do Presidente da Mesa? Eles estao em alguma reuniao paralela, em nais da area. algum lugar? Gostaria exatamente de dizcr quc os trabalhadores do Ceara nao accitam a posi^ao de quern quer fazcr-sc passar por social-de- O SR. PRESIDENTE (Ixvy Dias) - Sc ha alguma dificul- mocrata, mas que, na verdade, assume uma atitude neoliberal, con- dade, a Mesa desconhece, Dcputada Sandra Cavalcanti. Estamos traria aos interesses dos trabalhadores. dos despossuidos e dos apclando, insistcntemente, para que venham ao plenario, a fim dc oprimidos do nosso Pais. darmos im'cio a sessao. Se ha, a nivel nacional, o Piano Fernando Henrique, pro- A SR" SANDRA CAVALCANTI - Sr. Presidente. feliz- pugnando o arrocho salarial e a retirada dc verbas da educa^ao; no mente, o Relator ja chcgou. Podemos votar! Ceara, a politica que vem sendo implantada por aquele Govcma- dor, desde que assumiu, e uma politica de terror. E contra ela. Sr. O SR. PRESIDENTE (Uvy Dias) - Pcrfeitamente. Presidente, que eu qucro protestar. Conccdo a palavra ao nobre Congrcssisla Evcraldo dc Oli- Trala-se dc uma atitude total mente absurda, quc gera pro- veira. (Pausa.) fundos desgastes entrc os Irabalhadores quc sao obrigados a utili- Conccdo a palavra ao nobre Congrcssisla Maviel Cavalcan- zar a greve como instrumenlo dc protcslo ante as condi^oes por ti. (Pausa.) que passa a educa^ao no Ceara. Resta aos professores, ncssc caso. Concede) a palavra ao nobre Congressista Osmanio Percira. uma unica altemativa, na mcdida em que contam com o apoio de (Pausa.) setores importantcs da sociedade: a radicaliza^ao. Conccdo a palavra ao nobre Congressista Paulo Delgado. Nao e a primeira vez que a Justi^a do Ceara exige do Go- (Pausa.) vcmador respeito pclas conquistas do povo, apoiadas em lei. Por Conccdo a palavra a nobre Congressista Irma Passoni. (Pau- isso. hojc os professores cstarao entrando com uma a^ao na Justi- sa.) fa- Conccdo a palavra a nobre Congressista Maria laiiza Fonte- Quero aqui, deste plenario, como ja fez no Senado o Sena- nele. dor Cid Saboia dc Carvalho, hipotecar toda a minha solidariedade A SR" MARIA ELIZA FONTENELE (PSTU - CE. Pro aqueles mestres da educa^ao, a exemplo do que esta fazendo a nuncia o scguinlc discurso. Sem revisao da oradora.) - Sr. Presi- Igreja em nosso Estado, do que estao fazendo as comunidades, os dente. Srs. Congrcssistas: artistas, que tern ido as mas em apoio a essa luta. O professor tern Ocupo, nesle momcnto, esta tribuna - e nao podcria deixar que mostrar seu valor, dc fazc-lo - para protestar contra o caos que se inslalou na area da Desejo enfatizar que o povo nao e bobo. Chega de engana- educa^ao no Estado do Ccar4. Terrorismo e o que existe na educa- ^ao, de farsa, de corrup^ao c de opressao! ^ao em nosso Estado. Muito obrigada. Os professores estao em grcve e cxigem a implanta^ao do O Sr. Levy Dias, 2° Vice-Presidente, deixa a ca- piso salarial; um piso que foi concedido, em nivel municipal, na deira da presidencia, que e ocupada pelo Sr. Adylson nossa administra^ao c, em nivel cstadual, na adminislra^ao Gonza- Molki. 1 ° Vice-Presidente. ga Mola. Os professores quercm uma politica salarial defmida e condif oes dignas dc trabalho e ensino. O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Concede a pala- O que temos visto duranlc cssc longo periodo de grcve, vra ao nobre Congressista Hugo Biehl. quasc um mcs? Dc um lado, estao professores, estudantcs e coraunidadc re- O SR. HUGO BIEHL (PPR - SC. FYonuncia o seguinte fletindo sobre a situa^ao da cduca^ao, dcbalcndo, realizando atos e discurso.) - Sr. Presidente, Sr*s e Srs. Congrcssistas, quero regis- manifcslaijocs artisticas. Do mesmo lado, esti a Igreja, inclusive trar nesta Casa um fato particularmente pesaroso para a comunida- demonstrando o scu apoio atraves da presenfa do Cardeal Dom de Chapeco, no Oeste de Santa Catarina: o passamento de uma das Aloisio Lorschcider, que, na tarde de ontem, em assembleia, de- mais estimadas lideran^as daquele p6lo politico c economico bar- clarou scu apoio irreslrito as justas reivindica?oes do professorado. riga-verde - o Sr. Rivadavia Scheffer. tendo inclusive claborado um documcnto declarando a posi^ao da Vereador por sete legislaturas consecutivas. Rivadavia Igreja, a ser divulgado em lodas as missas do pr6ximo final de se- Scheffer dedicou 28 anos de sua existencia a vida piiblica. Ficou mana. conhecido na regiao da grande Chapcco como um dos mais atuan- Do oulro lado, esti o Govcmador, que lira a mascara. Sr. tes e combativos vereadores. Presidente, c, infelizmente, o Prefeito da cidade lambera nao tern Casado com Sra. Elcina Chagas Scheffer, Rivadavia era na- respondido afirmativamente. Ambos condicionam qualquer ganho tural do Municipio sul rio-granjense dc Encantado, mas residia em para o professorado com o tcrmino da greve, num desrespcito ca- Chapeco desde 1921. Era chapecoense por ado9ao, por dedica^ao, bal aos mestres. por opfao. Em 24 de agosto completaria 77 anos. No caso, o Govcmador, usando o marketing Ciro Gomes, Uma particularidade da vida municipal e da vida pessoal modemiza os instrumcnlos da ditadura e implanla o terrorismo na conectava Scheffer com Chapeco. O lider comunitario nascera em irca dc ensino do Estado do Ccara. 24 de agosto de 1917, um dia antes da cria^ao do municipio, em Quais sao as medidas adotadas pclo Govemo? Para dez dias 25 de agosto do mesmo ano, fato sempre lembrado por ocasiao das de grcve; dcsconto dc 1/3 do salario, o quc ja foi efetivado; para solenidades comemorativas. 20 dias dc grcve: dcsconto dc 2/3 do salario; para 30 dias de grcve: "Nene Scheffer" como era carinhosamente chamado pelos demissao em massa. amigos, atuou muitos anos no beneficiamento de erva-mate no dis- 6 isso o quc noticia o Govcmador, quc, na sua prepotencia. trito de Marechal Bormann, bcrfo da colonizafao do municipio de nao respeita um direito conquistado pelos Irabalhadores, consubs- Chapeco, transferindo-se mais larde para a sedc municipal. Foi 1638 Sexla-feira 11 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Mar^o de 1994 eleito vereador para a sua primeira legislatura em 1954, ocupando apenas 40% foram plantados e, desses 96% (noventa e seis por tres vezes a presidencia da Camara e, quatro vezes, a primeira Se- cento) regislraram prejuizo". cretaria. Assumiu por Ires vezes o comando do municipio, na Desta forma, continua o colunista, conforme explica o substituiqao legal do Prefeito nas administra^oes de Sadi Jose de Vice-Presidente da cooperativa Agricola de Irece-Coopirece, Sr. Marco e de Milton Sander, Washington Luiz da Silva, os agricullores que conseguiram salvar Na condi^ao de Presidente do Legislative Municipal mobi- parte das plantaifoes agora vendem o "produto raro" a pre^os bem lizou a comunidade e sensibilizou o conglomerado agroindustrial acima da media para poder arcar com os cuslos do financiamento. SADIA para instalar em Chapecd o atual parque de processa- A situa(jao e mais grave, Sr. Presidente, porque al6m da mento de carnes e aves - o maior da America Latina. seca que motivou a retemjao do produto na regiao de Irece, conse- Em sua mililancia comunitaria fundou uma serie de entida- quenlemente causando o aumento do preqo, em Sao Paulo, e no des: o Rotary Club Chapeco Centre, a Sociedade Amigos de Cha- Parana, principals p61os de produ^ao de feijao do Pais, foi justa- peco (SAC), presidiu a Fundaijao Hospitalar e Assistencial Santo mente o excesso das chuvas o responsavel pela reduijao da produ- Antonio, viabilizando a amplia^ao e a modemiza^ao daquele no- ?ao. Alerto as autoridades sobre a possibilidade de um exodo rural socomio. em massa, se nao forem tomadas as providencias junto ao Banco Algumas de suas vitcriosas campanhas reivindicatorias fo- do Brasil e aqui reivindicadas, de libera^ao de crdditos emergen- ram o asfaltamento da rodovia Chapeco - Goio-En, a eletrifica^ao ciais e prorrogaqao das dividas dos produlores. rural e a urbanizaijao de bairros. "Nene Scheffer lomou parte de to- E o minimo que se pode almejar, no momento, para ameni- dos os movimentos de real interesses coletivo e, mesmo orienlado zar a situaijao e conseguir fazer o feijao voltar a compor a diela do pela lealdade partidaria e pela disciplina doutrinaria da legenda brasileiro, a preyos compaliveis. que esposou, era pessoal de solida formaqao democratica, afeito ao Era o que linha a dizer. dialogo, capaz de transigir de posifoes pessoais em razao do inte- Obrigado. resse maior da colelividade. Nene Scheffer ficara na memoria poli- lica de nossa genie e nossa terra. O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Concedo a pala- vra ao nobre Congressista Julio Campos. O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Concedo a pala- vra ao Congressista Ribeiro Tavares. O SR. JULIO CAMPOS (PEL - MT. Pronuncia o seguin- te discurso.) - Sr. Presidente, Sris e Srs. Congressistas. O SR. RIBEIRO TAVARES (PL - BA. Pronuncia o se- Tomaram-se frequenles, nos ultimos meses, por for9a das guinte discurso) - Sr. Presidente, Srs. Congressistas, de novo ocu- circunstancias adversas vividas pelo povo brasileiro e em virtude po essa tribuna. Sr. Presidente, para tratar da quebra de safra e da das discussoes que precedem a revisao constitucional determinada consequente clevaijao dos pre^os do feijao no territorio nacional. pelo artigo terceiro do Ato das Disposi^oes Conslitucionais Tran- A escassez de chuvas na regiao Norte-Nordeste provocou a sitdrias, declara^oes de representantes de segmentos da sociedade perda quase total da safra de feijao, gerando a trisle perspectiva de civil e de personalidades publicas sobre a delicadeza do momento que daqui para o fim do ano esse produto - comum e basico na presente para a democracia brasileira. mesa do brasileiro - continue a configurar-se como artigo de luxo. A inseguran^a que o povo senle, o descontentamento diante Basta percorrer os supermercados para constatar a dura realidade. do insuportavel custo de vida, a revolta contra a impunidade e a Falta feijao no mercado. Os pre^os subiram exorbitanlemente, pas- corrupyao, o escandalo do desentendimento no ambilo do Executi- sando de CRS 680,00, no camaval para CRS 2.000,00 ou ale ve e do Legislative, bem como a exasperante lentidao da Jusliija e CRS2 200.00 o quilo. E incompreensivel que um quilo de feijao a ineficScia das providencias adotadas pelos ultimos govemos se- possa ter chegado a esse absurdo. Isso representa mais de 210% de riam as causas que fazem lemer pelas institui^Ses, ou fazem prever aumento em menos de 30 dias. E logo agora. Sr. Presidente. que o aconteciraenlos futures pouco alvissareiros para a democracia bra- Govemo esta jogando pesado na tentativa de baixar a mfla^ao, o sileira, visualizada. ainda, como plantinha lenra, fragil e, historica- prego do feijao veio desafiar todo bom senso. Os atacadistas ale- mente, passageira entre nos. gam que houve quebra da safra de feijao de Irece, na Bahia, devi- Parece impossivel que a sociedade brasileira possa conli- do ao atraso das chuvas. nuar por muito tempo nesse ripido, gradual e, aparentemente, irre- A situa^ao exige providencias energicas do govemo. Sobre- freavel processo de esfacelamento. tudo. cobramos providencias junto ao Banco do Brasil S.A., exibi- Para cs gregos antigos, cuja etica se alicer^ava sobre o axio- do que essa instilui^ao financeira prorrogue as dividas e libere ma da "jusla medida", a causa das mudan^as polilicas localizava- credilos especiais de emergencia para os produlores que ainda se se na corrupt ao dos principios, caracterizando-se pelo excesso de ariscam a plantar a leguminosa fora do periodo normal, a esperan- sua pritica. Assim, para Plalao, o govemo timocriitico corrompia-

O SR. VASCO FURLAN (PPR - SC. Pronuncia o seguin- le discurso.) - Sr. Presidente, SPs e Srs. Congressistas, a sociedade Vejamos alguns exemplos de paises desenvolvidos que tri- brasileira vem se defronlando com o fanlasma da fome e do de- butam seletivamenle. desonerando os bens essenciais: semprego. Esfor^os merilorios tem-se observado como a Campa- nha Contra a Fome. iniciada pelo sociologo Herbert de Souza. - Franca - 5.5% (alimentos, temedios, produtos agricolas e da pesca. transporte colelivo) O diagnostico esta feito. Precisamos de comida mais barala - Espanha - 6% e de gerayao de empregos. Um quarto da popula^ao economica- menle ativa do Pals - cerca de 14 milhoes de trabalhadores - esta - Holanda - 6% empregada em atividades rurais - parcela do Agribussiness que - Alemanha - 7% abrange as operaydes executadas denlro das porteiras das fazen- das. O emprego gerado alem da fronleira tambem e expressivo: a - Portugal - 8% industria de alimentayao, apenas, e responsavel por cerca de 15% da mao-de-obra ocupada em loda a industria de transformayao. So- - Inglaterra - 0% (alimentos, remedies, vestuarios basico) menle a cria^ao de aves e responsavel por dois milhoes de empre- gos em pequenas propriedades rurais no sul do Pals. A suinocultura absorve cerca de 1 milhao de trabalhadores rurais so- Ha a considerar. ainda, Srs. Parlamenlares, o seguinte: o mente nos tres Eslados sulinos. Atividades importantes tambem peso do ICMS no custo da alimenta^ao para familias de baixlssi- para a gerayao de empregos sao o cafe e o leile. A lavoura do mo nlvel de renda 6 dcz vezes maior que o mesmo custo para fa- cafe, responde, sozinha, por 2,5 milhoes de empregos diretos no milias de renda igual ou superior a dez salaries mlnimos/mcs. campo. "A propriedade da Reforma Fiscal deve ser o combate a Eslima-se que o efeito direlo e indirelo do crescimento da evasao. Para tanto, a regra basica a ser seguida e a de que cada um agropccuaria sobre o emprego urbano e de 500 a 1000 novos pos- deve conlribuir para o bem comum, em fun9ao da quantidade do los de trabalho para cada 1,2 milhoes de dolares de acrescimo no bolo que consome e nao daquela que produz. O que deve ser tribu- produto do setor. O desgravamcnlo da agricullura devera trazer um tado e o consume e nao a produ^ao. A tributa^ao seletiva do con- crescimento de 4% ao ano no produto agropecuario. o que numa sumo exlirpa os vicios do sistema tribulario e atende as demandas hipotese conservadora criaria 500 mil novos empregos urbanos no por justi^a fiscal. Um imposto abrangentc sobre o consumo de proximo bienio. mercadorias e services, com aliquotas moderadas a essencialidade dos produtos para aliviar o 6nus suportado pelas familias de mais baixa renda, e a solu^ao desejada. O IVA e o unico imposto que pode precncher todos esses alributos." (prof.. Fernando Rezende - A reforma tributaria deve visar uma maior base de conlri- IVA Ja- 1993). buintes, aliquotas menores, eliminar a sonegayao e finalmente, a simplificayao do sislema tribulario. Por fim, quero ressallar que, ao lado do imposto selelivo, sobre alguns ilens c oulros tributos essenciais a polltica economi- ca, como o de importayao e exportayao, na linha dc projelos ja em Tenho certeza que, tanto o depulado Ponte. Luis Henrique, andamenlo no Congresso Nacional, teriamos, ao final da Reforma Gemano Rigotto, Neuto de Conto, Hugo Biehl. Irma Passoni, Iva- Tributaria. dolado o Eslado das condiyoes essenciais para relomar nio Guerra, Werner Wanderer e Amo Magarinos, que me honram o equillbrio e voltar a impulsionar o crescimento economico do com sua escuta, concordam comigo. pals.

Obrigado. Dos varios impostos que compoem o sistema tribulario bra- sileiro, o ICMS e o que mais onera o consume de produtos essen- DOCUMENTO A QUE SE REE ERE O SR. VAS- ciais. Em rcgra geral, o ICMS corresponde a 21,75% do preyo dos CO FURLAN EM SEU PRONUNCIAMENTO: Sexta-feira 11 1641 Marv'o de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS

IMPACTO DOS TRIBUTOS SOBRE ORgAMENTO FAMILIAR

3RASIL MEDIA INTERNACIONAL

TRIBUTOS rRIBUTOS ALIMENTOS AL1MENTOS SOBRE I SOBRE ALIMENTOS 10,1 DV^ ALIMHNTOS 30,80% 30,80% '

59,20:

CONSUMO DEMAIS CONSUMO DEMAIS PRODUTOS PRODUTOS

100% = FAMILIA media paulistana RENDA PER CAPITA / MES DE US$ 243

FONTE: PONDERAgAO ATUAL PIPE (FUNDACAO EINSTITUTO DE PESQU1SA ECONOMICA)

OS: 00369 CR 0035 ANGELHITO E BODANI 1642 Sexta-feira 11 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Mar^ode 1994

RENDA PER CAPITA MENSAL E TRIBUTOS

INCIDENTES EM ALIMENTOS INDUSTRIALIZADOS

DOLARES FOR MES EM1 2500 — 35

30 2000

1500 - - 20

- 15 1000 —

— -o

500 +

t < < < r o x Q < w t z z z z o < u < < cc a: 5 3 £0 tu O U) tr r LU O S a z

TRIBUTOS 0 5.5 7 6 3 3 32,7 RENDA PER CAPITA MES 1395 1716 1970 1546 1038 467.5 243,3

| RENDA PER CAPITA MES Maryo de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Sexta-feira 11 1643 « SR. PRESIDENTE (Adylson Motla) - Concedo a pala- sos maiores para com o povo. O professor Germano animou o mu- vra ao nobre Congressistas Roberto Franca. nicipio, reunindo diversas for^as politicas consolidando uma ad- ministraijao integrada em tomo de ideais corajosos. O SR. ROBERTO FRANCA (PSB - PE. Pronuncia o se- Precisamos romper com a velha pratica das permutas pes- guinte discurso.) - Sr. Presidente. Sr*s e Srs. Congressistas, as ci- soais, dos favores que eslrangulam as administra^oes. Nenhum dades, como as pessoas, conservam carateristicas ao longo de suas momento poderia ser tao rico como este para que os cidadaos olin- vidas. Olinda soma 459 anos de lulas pela liberdade. denses de todas as lendencias se sintam corresponsaveis pelos des- Em 12 de mar^o de 1535, o colonizador portugues iniciou linos da municipalidade. sua ocupayao com a fundafao da Vila de Olinda, por Duarte Coe- A unidade permite a dcscoberta de solu^oes simples e ageis Iho, oriunda dos "Marcos", em Igarassu. que possam assegurar respostas eficazes para as mais carentes e Por seculos, e ate hoje. Olinda e exemplo de lutas constan- para a sociedade civil promovendo a integrafao de todos a um es- les na busca pela afirma^ao dos idcais do seu povo. A peculiar re- tagio real de plena cidadania. beldia de uma Marrim dos Caetes jamais se curvou ao Alguem ja disse: "um sonho que se sonhe junto vira realida- autoritarismo qualquer que fosse, em que pese sofrer ainda as dis- de". Assim, conclamo a todos os que me apoiamos neste mandate criminafoes vigentes oriundas do modelo economico. Apenas para parlamentar, militantes do partido, simpatizantes, outros parlamen- elencar alguns dos seus c*emos dcterminantes. nao e demais invo- tares, trabalhadores e lidcranfas populares, para que estejamos car a sua consciencia nativista aflorada na luta frente aos holande- unidos com a meta de lutar, trabalhar, govemar e construir um ses - cujo preij'o pagou com incendio generalizado —, o primeiro novo tempo, a come^ar pela cidadc onde vivemos. grilo de Repiiblica com Bernardo Vieira de Melo e a sua participa- Olinda merece. fao nas conspira^ocs abolicionistas. Parabens, 12 de mar^o. Eleito Dcpulado Federal pelo Partido Socialista Brasileiro, Roberto Franca reafirmei a alian^a com os oprimidos e nao me afaslarei dessa gen- ie que resiste os bairros de Olinda, mas que, lambem, sobrevive ANEXO desamparada em 67 favclas dcntro de um Municipio com o titulo RELATORIO DE ACOES DESENVOLVIDAS PELA da Patrimonio Historico, Artislico. Cultural e Natural da Humani- ADMINISTRACAO DE OLINDA DURANTE dadc, rcconhecido pela UNESCO. O PRIMEIRO ANO DE GESTAO - 1993 Volei no atual Prefeito de Olinda, Germano Coelho, em Apesar de todo os caos recebido como heran^a, sem que a 1976 e 1992. Mas ainda, colaboro com ele, e penso em Olinda, no Prefeitura tivesse tornado um centavo de emprestimo ate hoje, Congresso Nacional, ora investigando na CPI do Onjamento aque- Olinda conseguiu, depois de iniciada a atual administra^ao, reto- les "politiqueiros que fizeram maracutaias com o dinheiro do mar o desenvolvimento. povo; ora viabilizando verbas para a educa^ao para o melhoramen- As 30.000 toneladas de lixo foram removidas, fez se licita- to de postos de satide, para a limpeza de canais, para as reformas 9ao para limpeza urbana e as emprcsas vencedoras, em consorcio, das escolas municipais c outras obras que haveremos de conquis- estao normalizadas a coleta domiciliar da cidade, os services de tar. capina^ao e varrifao. Em Olinda, foi rcstaurada urn tipo de politica seria, compe- O Pronto Socorro, foi fisicamente restaurado, reequipado e tcnte e honrada no tocante ao papel do prefeito e da rela^ao entre funciona, hoje, 24 horas por dia com medicamentos atendendo o representante c os rcprcscntados, Isto me credencia a exclamar cerca de 600 pessoas diariamente, 22 postos de saude ja foram res- que a esperan^a nao pode e nao deve ceder jamais, nem aos cor- taurados, reequipados, reinaugurados e estao em marcha para um ruptos, nem aos incompctentcs nem aos dcraagogos! atendimento pleno, com clinico geral, ginecologista, pedialra e APELO A UNIDADE odontologo. Talvez o desalento tome conta das pessoas nesses primeiros O Hospital Regional de Olinda foi repensado. Criou se como dias da dcmocracia politica nacional, lantas sao as denuncias de primeira unidade a ser inaugurada a Matemidade Publica de Olinda, corrupfao. Afinal, agora, os meios de comunicafao podem exer- que vai atender 600 parturientes por mes, estando com as obras fisicas cer, com certa liberdade, seu papel de revelar uma parte da podn- praticamenle concluidas e ja em busca do financiamcnto para a im- dao que infccta as institui^ocs. Antes, censurados, imprensa, ridio plantafao do mobiliario e equipamcnlo, pretendendo se entregar a e televisao nao conseguiam denunciar o que havia de errado, mas unidade a popula^aonos primeiros meses de 1994. existia muita coisa suja. Essas revela^oes, agora, sao um servifo Inaugurou se, em meados de novembro, a Casa do Traba- para a democracia. Ihador, primeira unidade de Pernambuco localizada em Olinda, O momcnto e fertil para que seja separado o joio do trigo, o sob a dire^ao da Secretaria de Saude ao Municipio, com medicos e falso do verdadeiro, o negligente do competente, o irresponsSvel pessoal para medico do Estado e da Prefeitura, cuja jurisdi9ao atin- do homem scrio, o cntrcguista do patriota.o ladrao do honesto. ge toda a Zona da Mata Norte de Pernambuco. A politica toma-se etica quando e rcalizada no efetivo com- O processo de municipaliza9ao da saude, dentro do SUS, promisso com a comunidade, Nao se trata de discurso na campa- esta cm curso, tudo indicando que Olinda sera um dos primeiros nha elcitoral nem de tcatrinho nos meios de comunica^ao social municipios de Pernambuco a terem seus servi90s municipalizados, enquanto o Secrctario de Saude licenciado defende tese de mestra- mas de uma certa pratica e de um determinado estilo. E bora de o do, na Universidade de Leeds Inglalcrra, sobre "A Municipaliza- elcitor acordar. 9ao da Saude em Olinda". Em Olinda. podc-sc dizcr, com todas as letras, que ha uma As 29 escolas da rede municipal estao em processo de res- administra^ao cujo titular e honesto, serio, competente. alera de taura9ao, com recursos obtidos do Fundo Nacional de Desenvolvi- ser cxtrcmamentc sensivel as causas populates. mento Educacional, tres delas j4 enlregues as respectivas Outra caracteristica do Prefeito Germano Coelho e o seu comunidades. modo de fazer politica amplo e agregador. Ele sabe, como autenti- Cerca de 1.000 bancas foram recuperadas e a totalidade dos co dcmocrata que e, trabalhar harmoniosamente com o plural, com alunos matriculados estao em sala de aula, para o que a Prefeitura diversas for^as, motivando-as a unir-se em tomo dos compromis- nomeou mais 33 professoras concursadas. 1644 Sexta-feira 11 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Mai^o de 1994 O municipio adquiriu com recursos pr6prios, no Alto da num Bird do Camaval, todas as agremia96es camavalescas de Bondade, amplo leneno coberto de jaqueiras e est4 construindo Olinda, responsiveis pjelo sucesso do maior camaval do mundo. uma escola para 1.000 alunos, com inaugura^ao prevista para o Criada na atual administra9ao, a Secrelaria de Desenvolvi- inicio do prdximo ano lelivo. mcnto Economico e Turismo trabalha com garra para viabilizar A maior escola de Olinda, primeiro Centro de Atendimcnto economicamenle o municipio. Atravis de um programa consislen- integral a Crian^a e ao Adolescente Municipal de Pemambuco, te, cste orgao vem desenvolvendo 39605 em favor da implanta9ao esta em fase de conclusao e abrigara cerca de 3.000 alunos de um de uma serie de polos, nas ireas de informilica, confec9ao e grifi- dos bairros mais pobres e populosos da cidade, Peixinhos, preven- ca. e um mullipolo 2.000, constituido por 160 loles ji aprovados do se sua entrega a popula^ao para o inicio do prbximo ano letivo. nos orgaos compelentes e registrado no Regis. Dm Museu Pedag6gico esli sendo criado para reciclar o O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) — Concede a pala- pessoal docente e abrir a mente do professor para a evolu9ao da pedagogia no mundo, tendo ji iniciado o primeiro curso sisleraati- vra a nobre Congressisla Aracely de Paula. co sobre a Pedagogia Freinet. A SRA. ARACELY DE PAULA (BLOCO - PEL - MG. Um programa de integra^ao do Municipio no Piano Dece- Pronuncia o seguintc discurso.) - Sr. Presidente, Sr*s. e Srs. Con- nal de "Education For All" foi apresentado ao Minislro da Educa- gressisla. em nomc da comunidade Araxaense, a qual tenho a hon- 9ao e do Desporto compromelendo se Olinda era transformar-se ra de repnesentar nesta Casa, lamento, com p)rofundo pesar, em experiencia pilolo da renovaijao educacional no pais. comunicar a Mesa deste colendo Congresso Nacional o trigico e O predio da Empresa de Infra-Estrutura e a respccliva gara- prematuro falecimento de dois profissionais da Engenharia, resi- gem for am recuperados e a administra^ao como um todo planeja dentes em Araxi-MG, Drs. Ivan Costa e Reinaldo Silva, ocorrido mudar-se para um mesmo local, onde funcionou a Empresa De- no ultimo dia 03, quando ambos chegavam a Brasilia para uma au- mestre. diencia de scrvi9o, junto ao DNPM, em nossa companhia. Sem recursos para o recapeamenlo das vias de transportes Fa90 o registro para ressaltar o nosso mais profundo respei- coletivos, desencadeou-se uma ampla opera^ao tapa buracos, em to e carinho a memoria das vilimas c a nossa admiTa9ao e amizade todas as arterias principals, estando se na iminencia de extinguir os para com as respectivas familias, e grande legiao de amigos, em mais de 5.000 buracos deixados em Olinda. especial, aos companheiros do Benesclube, que hoje lamentam lao Todos os salarios atrasados do funcionalismo foram pagos irrepariveis perdas. com juros e corre^ao monetaria, o que significou em oito meses ler Que esta mo9ao represenle. tambim, a solidariedade do se pago onze folhas de pessoal, tendo se ao longo dcste primeiro Congresso Nacional, reprresentado p)or Vossa Excelencia e demais ano corrigido, na medida do possivel, a perda do poder aquisitivo pares. dos salirios. A divida herdada vem sendo discutida e parcelada, priori- O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) Concede a palavra zando se o pagamento das dividas para com a Uniao. com a qual o ao nobre Deputado Eduardo Jorge. municipio ja se encontra adimplente. O SR. EDUARDO JORGE (PT-SP. Pronuncia o seguinle A obra do Canal Bultrins/Fragoso foi relomada, o Hospital discurso.) Sr. Presidente, Srs. Congressislas, mais uma vez, o Co- Regional tambem, o predio destinado inicialmente 4 Biblioteca nassems se mobiliza para denunciar a prccariedade do sistema de Publica de Olinda, esti sendo igualmente recupcrada para a insta- saude no Brasil. la^ao do Centro de Artes, onde funcionari o campus avan^ado da A causa € a mesma de sempxe: os Govemos Estaduais e Fe- Universidade Federal de Pemambuco, ministrando o bacharelado, deral estao estrangulando os or9amentos do SUS. a pxSs-graduaijao e os cursos de especializa^ao em artes contempxr- O caso mais urgenle a ser resolvido esli aqui, na prrbpria raneas. Ainda nao hi pnevisao para a entrega dessas obras que fo- Camara dos Deputados. E o or9amenlo de 1994, onde foi feito cri- ram recebidas hi muito paralisadas. minoso corte nos recursos do Minislerio da Saude de 143 bilhoes O Piano Diretor de Olinda ji foi iniciado, com um semini- de dblares. rio revelando as experiencias de Recife, Jaboatao, Ouro Preto, em O Partido dos Trabalhadores se compromete a lular incan- Minas Gerais e Curitiba. savelmente para reverter esse descalabro na vota9ao deste 0193- O C6digo Tributirio esti sendo modificado, emergencial- mentode 1994. mente, enquanto se aguarda para a mudan^a total o novo Codigo Pe90 que faca parte integrante do meu pronunciamento o Tributirio Nacional. A revisao do Codigo de Obras tambem esti documcnto divulgado ontem no ato realizado no audil6rio do Se- sendo efetivada. nado Federal. Os Cadastros Mercantil, Imobiliirio e patrimonial tambem Outro assunto me traz i tribuna, hoje. Sr. Presidente e Srs. estao em processo de atualiza^ao. Congressislas, nas vispwras de complelar 80 anos faleceu em Sao A violencia, no sitio histbrico, foi conlida, gramas a um tra- Paulo Cristovio Ribciro da Fonseca. Presidente por anos seguidos balho articulado j>ela Prefeitura com o apoio decisive do Batalhao do Diret6rio do PT em Sapopemba na Zona Leste da capital pau- Duarte Coelho da Politica Militar de Pemambuco. Nenhum homi- lista. cidio ocorreu durante o periodo momesco, no perimetro do cama- Seu Cristovio nasceu em Sao Joao do Cariri na Paraiba em val. 51 maracatus desfllaram pela cidade, alem dos caboclinhos, 9/10/1914. Por mais de 20 anos foi o Padre responsivel pela Igreja bloc os de frevo, blocos de ma, escolas de samba e os bonecos gi- do Rosirio em Campina Grande. gantes, pela prrimeira vez em conjunto, fortaleccndo a marca tipnea Deixou o oficio de Padre para casar, mas nio deixou o sa- do camaval de Olinda. Uma institui9ao nova intitulada em lombi: cerdbcio. Casou com Maria Socorro da Fonseca nascida no Rio "Olinda, ile odari ax6" (Olinda, terra de grande energia), fui ini- Grande do Norle. Veio para Sio Paulo. ciada, no adro da igreja de Nossa Senhora do Guadalupie, onde, no Trabalhou como motorista de lixi ale aposenlar-se na Previ- pmsado, os negros escravos eram alforhados pela esmola dos fiiis dencia Social. recolhidas no templo. Essa festa. que contou com a presen9a do Dedicou-se a luta dos movimentos populates na periferia Presidente da Republica e diversos Ministros de Estado, articulou pobre de Sapopemba. Foi um incansivel construtor do Partido dos Marfo dc 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REV1SIONAIS Sexta-feira 11 1645 Trabalhadores na regiao. Unia verdadeira sintese humanizada das quele Estado, onde fica, tambem. seu Centro de Treinamento Tec- propostas dcste Partido. Ele nao era so de falar e fazcr discursos nico. (embora os fizesse e bem!). Ele vivia as ideias. A empresa vem atuando em tres areas: cr nulaijao, trans- Registro no Congresso Nacional, o centro das leis no Pals, missao e sistemas moveis. Alias, com um sisterua desenvolvido que em Sapopemba, vindo do sertao do Nordeste existe/exislia em pela Ericsson, a Telebrasilia e a primeira opcradora do Pais a im- homem vcrdadeiramenlc politico. plantar o Bgs cm suas centrais, o que permitira que. ja a partir do Jesus se move proximo ano, a concessionaria tenha a sua disposiijao quatro mil um padre em transito ramais PABX virtual, numero que. em breve, sera ampliado para Seu Cristo vcm/Vao dez mil. E de ressaltar-se, ainda, que no ano de 1993, a Ericsson foi O SR. PRESIDKNTE (Adylson Motta) - Conccdo a pala- eleila a empresa de telecomunica^oes - do ano, assim como a me- vra ao nobrc Congressista Fernando Diniz. Ihor na area da comuta^ao ptiblica. O SR. FERNANDO DINIZ (PMDB-MG. Pronuncia o se- Por isso. Sr. Presidcnte, e pelos relevantes servi^os que tern guinte discurso.) - Sr. Prcsidcntc, Sr's c Srs. Congressistas. tenho prestado as coniunicaijoes do Brasil nestes setenta anos de atua^ao, recebido seguidas mainifesta96es de politicos preocupados com a congratulamo-nos, desta tribuna. com a Ericsson Telecomunicaijo- tramita^ao dc uma cmcnda que inviabiliza todas as emancipa^oes es S.A. politico administrativa neslc Pais, Era o que tinhamos a dizer. Trata-se de um rctrocesso inaceitavel, pois a cenlraliza^ao O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Concede a pala- s6 favorece a corrup^ao, contrariando a tendcncia do mundo mo- vra ao nobre Congressista Augusto Carvalho. demo que e a desccntralizai^ao. Recentemente, Sr. Presidcnte. aconteceu em meu Estado O SR. AUGUSTO CARVALHO (PPS - DF. Pronuncia o um seminario com os municipios rccem - emancipados e para sa-' seguinte discurso.) - Sr. Presidcnte, Sr*8. e Srs. Congressistas, nao tisfa^ao maior dc todos, scm cxce^ao. o ganho social foi acima da me permito perder qualquer oportunidade que seja para, enquanto expcctativa. parlamenlar, seguir defendendo, com afmco, a plena autohomia Quern conhcce o BRASIL sabc que existcm municipios sindical. Com isso, quero ressaltar, nada mais fafo senao dar se- maiores que varios paises da Europ?., e por isso que defendo com' qiicncia e conscqiicncia as lutas que entao empreendiamos, junto a vecmcncia a revisao politico administrativa. outros bons companheiros, dentro mesmo do movimento sindical. A Revisao Constitucional foi proposta pelos Constituintes Temos uma estrutura sindical. nunca e demais lembrar, que de 1988 para atualizi-la e apcrfci^oa-la. foi copiada, letra a letra, do modelo fascisla imposto ao trabalha- Quero entao protestar veemcntemente contra esta mudanfa dores italianos por Mussolini. Nao por acaso, alias, ela esta estatui- de rumo, ja que se trata dc um verdadciro retrocesso. da na ConsoIicla9ao das Leis do Trabalho, a CLT, decretada por Defender tal ideia e nao conhecer a realidade brasileira, e Vargas em plena vigencia do Estado Noyo e elaborada, alias, num no minimo falta de BRASILIDADE. periodo em que o govemo brasileiro flertava descaradamente com Muito obrigado. as potencias do Eixo. Assim c que. durante a Constituinte, procuramos, nem sem- O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Conccdo a pala- pre com sucesso, e certo, redefinir tal estrutura, procurando, funda- vra ao nobrc Congressista Edesio Frias. mentalmente, dcsatrela-la da tutela govemamental, permitindo sua O SR. EDESIO FRIAS (PDT-RJ. Pronuncia o seguinte livre organiza9ao. numa tentativa de, digamos, arejar o mundo sin- discurso. ) - Sr. Presidcnte, Sr*5 e Srs. Congressistas. desde OS dical, livrando-o de lideran9as inocuas e iniquas, melhor dizendo idos de 1876, quando Graham Bell realizou, pela primeira vez, daquela pelegada inteiramente descompromissada frente aos inte- uma transmissao inteligivel dc voz atraves do telefone. ate noSso resses da massa trabalhadbra. tempo, os sistemas de telcfonia experimentararti notavel progresso, Promulgada, ainda, a Constitui9ao de Outubro, apresenta- e hoje o mundo intciro esta interligado atraves das ligaijoes telefo- mos, ja ao im'cio de 1989, projelo dc lei extinguindo a contribui9ao nicas via sat6lite. obrigatoria, a mesma que, neste mes de ma^o^ e arrancada dos ga- No Brasil, particularmente, a telefonia, nas ultimas deca- nhos dos empregados, medida a base de um dia de trabalho. das, atravessou processo verliginoso de progresso e desenvolvi- E agora, no ambilo da revisao constitucional, cstamos reen- mento, que culminou com a introdu^ao da telefonia celular, que cetando essa luta, ja tendo ouvido, pessoalmente, do Ilustre Depu- funciona como a convencional, s6 que acoplada a equipamento tado Nelson Jobim, relator da materia, que ira acatar a proposi9ao. que a liberta do cabo eletrico, proporcionando enorme mobilida- Nao e esta, no entanto, a tinica peia que se mantem e que de aos usudrios. mantem o sindicato nao totalmente autonomo como se pretende. Pois bem, uma empresa de telefonia que tern conlribuido, e Outras medidas revisoras terao que ser admitidas, ate que o traba- muito, para o dcsenvolvimento dos servi^os telefonicos. no Pais, e Ihador, possa enfim, ter uma entidade sindical por ele mesmo or- a Ericsson Tclccomunica^ocs S.A. ganizada, mantida e dirigida, sem interfetencias outras senao os Essa empresa esta no Brasil desde 1924, completando, neste interesses da categoria que representa. ano, setenta anos de atividadc cm nosso - Pais, sempre proporcio- Nao foi outro nosso objetivo ao apresentar, a revisao consti- nando novas tecnologias, produtos e scrvifos que contribuem pra tucional, proposta de extin9ao, na Justi9a do Trabalho, dos juizes o dcsenvolvimento das tclecomunica^ocs entre n6s. classistas, essa renitencia anacronica, refugio ultimo daquela pole- A Ericsson iniciou suas atividades na Suecia. em 1976 - gada que tanto temos combatido. mesmo ano das inven^ao do telefone - e hoje atua em mais de cem No particular, a imprensa local e nacional abriu amplos es- paises, sendo lider mundial cm tecnologia de rede para comunica- pa90S para apoiar esta ideia que, diga-se a bem da verdade, nao me foes mbveis celulares. e exclusiva, ja que, alem de tantos e tantos companheiros de Parla- No Brasil, a Ericsson dispbe de um amplo centro adminis- mento, vem merecendo o apoio das mais expressivas lideran9as trativo em S3o Paulo e uma fabrica em Sao Jose dos Campos, na- sindicais c dos mais lucidos segmentos dc nossa magistratura, com 1646 Sexla-feira 11 DIARIO DOS TRABALHOS REV1SIONAIS Mar^o dc 1994 especialidade o daqueles juizes que militam na Justiqa do Traba- Por essa razao, rendo minha homenagem 4 IV-. CELIA Iho. BRETAS NETTO por sua eficiente atua^ao no doloroso episodio Permito-me, inclusive, repetir pequeno irecho de editorial que enfrentei recenlemenle, formulando votes para que o service que o Correio Braziliense de 6 desle mar^o dedicou a maleria: medico da Camara prossiga sendo sempre esse oasis de espcran^a, que a gente procura na desgra^a e encontra na felicidade. "Quando semelhante deformidade nasceu. supu- nha-se que os juizes classistas contribuiriam para amar- O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Concede a pala- rar as senten^as a uma justa composi^ao do conflito vra ao nobre Congressista Marino Clinger. trabalhista. O SR. MARINO CLINGER (PDT - RJ Pronuncia o se- Puro engano. A inovaijao agU90u o peleguismo latente, engendrou formas bizarras de apadrinhamento guinte discurso.) - Sr. Presidente. Sr**. e Srs. Congressistas, 4s vesperas de anunciar o mais recenle piano economico e a implan- politico, despertou o carreirismo e, ja agora, desce a vala comum do escandalo. A matreirice de espertalhoes inftl- ta^ao da URV, que arrocha os salaries dos trabalhadorcs brasilei- trados no movimenlo sindicalista ousa, a cada instante. ros, o Govemo aplicou um violento reajusle nas tarifas dc energia eletrica, atingindo os custos da industria, do comercio, enfim, de criar entidades de classe, ainda que superpostas a oulras exislentes. Fixa-se, assim, o lasto de pressao e de "legili- toda a economia nacional, e sobreludo a popula^ao em geral, que midade" para introduzir nas juntas e nas cortes coletivas tera de pagar aumentos de ale 56,6%, ja nas conlas de luz relalivas ao presente mes de mar^o. certos "representantes" de patroes e empregados. que maculam os verdadeiros representantes." Em face das repercussoes enemies em todos os scgmcnlos da Na^ao, o Govemo resolveu adotar medida deslinada tao-so- Quase mais nada a acrescentar. Sr. Presidenle, Srs. Depula- menle a dar uma satisfa^ao 4 opiniao publica, pois, embora tenha dos. A questao se colocou por inteiro no editorial. A cria^ao des- demitido, anteonlem, o direlor do Departamenlo Nacional de sas entidades sindicais que, a algum tempo, eram conhecidas pelo Aguas e Energia Eletrica (DNAEE). que havia aulorizado o referi- codinome de "sindicatos de carimbo", em nada. em absolutamente do tarifaijo, nenhuma providencia veio a ser lomada no senlindo dc nada contribui para levar adiante nosso movimento sindical. Pior, rever o reajuste abusive desse service piiblico esscncial. ainda: fomece lenha para a fogueira reacionaria que insiste em ne- Ou seja. o aumento exorbitante, que conlraria os interesses gar ao assalariado seu direito i autodelermina^ao, a formula^ao de de toda a sociedade. e que compromete tolalmenle a credibilidade uma exata politica social que. engrandecendo e forlalecendo o tra- do piano e do ministro Fernando Henrique, sera mantido sob a ale- balho, fortalece e engradece a sociedade. ga^'ao esdruxula. ate ridicula. de que havera compensa^ao nos pro- Em proxima oportunidade voltaremos ao assunto. Sr. Presi- ximos reajustes a serem pralicados pelo Govemo. denle, notadamente para apresentar argumenta^ao bastante a dis- Esse procedimento evidencia claramente: 1°) que a decisao solver os argumentos inconsistentes e sofismaticos que a pelegada do diretor do DNAEE fora respaldada pelo Ministerio da Fazenda; distribui pelos gabinetes, nao com o intuito de esclarecer, mas, so- 2°) que, ao desrespeitar o seu proprio piano, o Govemo concede bretudo, para confundir. Porque se fizer luz intensa sobre os esca- mau exemplo, ora muito bem seguido por empresarios ganancio- ninhos em que se enquistaram esses tantos juizes ditos classistas. a sos e especuladores, verdadeiros aproveiladores do sacrificio da face da Nai^ao h4 de se encher de horror. popula^ao. para aumenlarem seu patrimonio e suas contas banca- rias. O SR. PRESIDENTE (Adylson Molta) - Coocedo a pala- Lamenlavelmente, o Ministro Fernando Henrique revela fa- vra ao nobre Congressista Joao Fagundcs. ceta ate ha pouco nao observada em seu comportamento politico, O SR. JOAO FAGUNDES (PMDB - RO. Pronuncia o se- demonstrando hipocrisia em afirma^ocs e a^oes 4 frcntc dc lao im- guinte discurso.) - Sr. Prcsidente, Sr*8 e Srs. Congressistas, no fi- portante Ministerio para os destinos do Pais. nal da semana passada fui obrigado a recorrer ao service medico Se ele assim procede, quando se trala de questao relaliva a da Camara dos Deputados para socorrer meu.sogro, de 92 anos, vi- reajuste de larifa publica, censurando e ate demilindo o executor tima de um grave acidente em minha residencia. da medida, visando transmitir a falsa impressao de ser contrario Embora a distancia do Lago Sul ao Congresso, e o horario 4quela decisao, que grau de sinceridade dele se podc esperar quan- 4s primeiras boras da manha dificultasse a rapidez na presta^ao do do anuncia a disposi^ao de exigir dos oligopolios compromisso socorro, a ambulancia da Camara chegou em 15 minutos. condu- para a redu^ao nos preijos, elevados abruptamenle nos ullimos zindo a Dr*-. CELIA BRETAS NETTO, com todos os meios in- dias? dispensaveis a uma situa^ao de emergencia. Coube ao Ministro e ao Govemo como um lodo prestar es- Gramas 4 dedica^ao, equilibrio e habilidade da Dr*-. CELIA clarecimentos convincentes, de maneira a tranquilizar a popula9ao, BRETAS NETTO, e de seus dedicados auxiliares na ocasiao, o assustada com tantos aumentos a partir da aplica9ao do piano, sob pacienle, em estado grave, foi transferido para o H.D.B., onde foi a complacencia do Govemo, que, nao obslante, insiste em mostrar operado em cirurgia de emergencia. imagem de austeridade e seriedade inexistenlc ate nas redoes in- Infelizmenle, a dedica^ao da medica nao impediu o poste- temas dos seus diversos orgaos. rior falecimento do paciente. Mas merecc o meu respeito e reco- Era o que linha a dizer. nhecimento a maneira como foi prestada a assistencia rapida e O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Concedo a pala- eficiente, em momenlo de tanta gravidade que se abateu sobre mi- vra ao nobre Congressista Lezio Salhler. nha familia. Fa^o tal registro - Sr. Presidente - porque n6s somos pr6di- O SR. LEZIO SATHLER (PSDB - ES. Pronuncia o se- gos nas criticas 4s coisas erradas, e somos parcimoniosos naquilo guinte discurso.) - Sr. Presidente, Sr*8 e Srs. Congressistas, j4 por que merece nosso aplauso. diversas vezes, ocupamos esta tribuna para denunciar a geslao ver- Movido por um sentimento de justifa, quero expressar meu dadeiramente desastrosa com que o Govemador do Espirito Santo aplauso na mesma dimensao com que formulo criticas, 4s coisas vem conduzindo o Estado a cuja represenla9ao legislativa lemos a que me parecem erradas na administra^ao publica. honra de pertencer. Nao bastasse a incompetencia politica. o dc- Mar^o de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Sexta-feira 11 1647 sempenho administrativo e de tal sorte acanhado que nao sur- Santo Centrais Eletricas S.A. Confiamos em que a Assembleia Le- precndcm as cnomies dificuldades que hoje preocupam o povo ca- gislativa se mantera fiel a tradi9ao de legitima procuradora da von- pixaba. Calar ante o desmando e a incuria seria compactuar com a lade popular, rejeitando o projeto de lei que tanto prejuizo causaria irresponsabilidadc, com a prevaricafao. com a inepcia que marcam a nossa terra e a nossa gente. Essa, Senhor Presidente, Senhores atualmente a equipe do govemo. Voltamos, assim, a denunciar Deputados, a atitude independente, responsavel e corajosa que o mais um crime que se tenla cometer contra o patrimonio publico povo do Espirito Santo espera dos seus representantes. na luta soli- agora pela disponibilidade das a^oes com que o Estado participa daria em prol de um future melhor, mais prospero, mais justo e do capital social da Espirito Santo Centrais Eletricas S.A - ES- mais feliz. CELSA. Proposta pelo Projeto de Lei n0 29/94, em tramita^ao na Muito obrigado. Assembleia Legislativa, a alicna^ao do lote acion4rio representaria O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Concede a pala- grande perda para a nossa economia, tamanha a importancia da vra ao nobre Deputado Jose Felinto. oferta de energia para o desenvolvimento do Espirito Santo. No dia 3 de marfo, encaminhamos oficio a Executiva Re- O SR. JOSE FELINTO (PP - PR. Pronuncia o seguinte gional do PSDB ressaltando o prejuizo que a venda poderti trazer discurso.) Sr. Presidente, Srs. Congressislas, quero registrar meu aos cofres ptiblicos. A se confirmar noticia publicada em jomal de voto de pesar pelo falecimenlo do Dr. Irian Arcoverde, Meritissi- Vitdria, o procedimento do Executivo beira o escandalo: para ver mo Sr. Juiz do Tribunal de A^ada do Parana. Ressalto a perda que aprovado o projeto na Assembleia, o Govemo estaria negociando esse homem represenla para aquele Estado por tratar-se de um Juiz separadamente com cada deputado. Segundo a nola, "dizem que o de Carreira de Grande atua9ao, tendo percorrido varias Comarcas pre^o esta scndo colado em dolar". Quando o Brasil inteiro luta do Parana, deixando um exemplo de dignidade e trabalho por onde por se ver livre da corrup^ao e da imoralidade, nao podemos, Se- ele passou. nhor Presidente, Senhores Deputados, lolerar atitudes que cons- A esposa, Sr* Eliana Arcoverde e filhos, Marcelo e Marcos, trangem e desmerecem a sociedade capixaba. Incapaz de defender minhas expressoes de profundo pesar e que Deus console a familia a vergonhosa transa?ao, ao Goveraador s6 resta apelar para expe- enlutada. dientes escusos, tao a gosto do seu estilo de trabalho. Tantas sao as falhas da mensagcm com que espera conseguir volos que ate um COMPARECEM MAIS OS SRS: leigo dificilmente se dcixarS convencer pela argumenla^ao equivo- Roraima cada. Alceste Almeida *81000 (PTB); Cesar Dias (PMDB); Fran- Como avaliar as 39668 da ESCELSA pertencentes ao Go- cisco Rodrigues Bloco (PTB); Joao Fagundes PMDB; Marluce vemo? SerS estabelecido pre90 minimo? Como se fara a aliena- Pinto PTB. 930? Por que vender a totalidade das 39668? Sao pergunlas fundamentals que o Govemador se di o direito de nao responder. Amapa Por duas vezes, ao longo da justifica9ao, incide a autoridade em Aroldo G6es PDT; Eraldo Trindade PPR; F4tima Pelaes erro grosseiro, ao ignorar nao ter o Estado - unidade da Federa9ao Bloco (PFL); Henrique Almeida PFL; Jonas Pinheiro PTB; Murilo - ncnhum poder constitucional ou legal como concedenle de servi- Pinheiro Bloco (PFL); Sergio Barcellos Bloco (PFL). 90s de cletricidade, seja na gera9ao, na transmissao ou na dislribui- 930 de energia. De acordo com o art. 3° do projeto de lei, os Para recursos aufcridos com a venda das a96es seriam aplicados na edu- Coutinho Jorge PMDB; Giovanni Queiroz PDT; Herminio ca9ao, na agricultura, nos transportes, na habita9ao e urbanismo e Calvinho PMDB; Mario Martins PMDB; Nicias Ribeiro PMDB; na seguran9a publica. Ora, meus senhores, s6 aos muito ingenues Socorro Gomes PC do B. nao se revela a inten9ao demagdgica do artificio, ate porque, no art. 5°, autoriza-se o Poder Executivo a movimentar e alterar os Amazonas pcrccntuais das verbas destinadas aos diferentes programas. Con- Atila Lins Bloco (PFL); Beth Azize PDT; Euler Ribeiro cluidas as elci96cs c vitoriosos os candidatos do sistema, ficaria, PMDB; Ezio Ferreira Bloco (PFL); Jose Dutra PMDB; Paudemey como s6i acontecer entre n6s, o dito pelo nao dito, sem que se des- Avelino PPR. se a minima salisfa9ao ao povo. Ronddnia Nao se trata, como afirma o Goveraador, de uma "discussao Aparicio Carvalho Bloco (PTB); Mauricio Calixto Bloco academica". A queslao 6 do maior valor para o Espirito Santo, e (PFL). seu dcsdobramenlo rcpcrcutira de forma palpavel na vida de cada cidadao. De importancia fundamental para a economia do Estado e Acre do Pais, nao se pode alterar o perfil do setor energetico sem que Francisco Didgenes (PPR); Joao Maia PP; Mauri Sergio antes se estabele9am, de maneira s6ria e crileriosa, os reais interes- PMDB; Zila Bezerra PMDB. ses da comunidade cujo desenvolvimento depende, diretamenle, Tocantins da oferta de energia. Apcsar de todas as dificuldades, tem a ES- Derval de Paiva PMDB; Edmundo Galdino PSDB; Merval CELSA honrado os seus compromissos para com o publico capi- Pimenta PMDB. xaba: hoje, a qualidade dos servi90s que presta esti entre boa e 6tima para 84,7% dos clientes, segundo pesquisa da pr6pria em- Maranhao presa. A ela se ligam 39605 de grande significado para o desenvol- Alexandre Costa PFL; Cid Carvalho PMDB; Costa Ferreira vimento sociocconfimico da popu]a9ao. como o "Programa de PP; Haroldo Sabdia PT; Jayme Santana PSDB; Joao Rodolfo PPR; Baixa Renda", com tarifas mais baratas para os consumidores ca- Josd Reinaldo Bloco (PFL); Pedro Novais PSD; Ricardo Murad rentes, e o "Projeto Terra", dedicado a eletrifica9ao rural. PSD. Explica-se, portanto, o justo receio com que os espirito-san- Ceara tenses presenciam mais um engano do atual Govemo, ao proper Cid Saboia de Carvalho PMDB; Edson Silva PDT; Emani renuncie o Estado i panicipafao no controle acionario da Espirito Viana PP; Luiz Girao PDT; Luiz Ponies PSDB; Marco Penaforte 1648 Sexta-feira II DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Marijo de 1994 PSDB; Maria Luiza Fontenele PSTU; Mauro Sampaio PSDB; Ser- naldo Perim PMDB; Sergio Miranda PC do B; Vittorio Medioli gio Machado PSDB; Vicente Fialho Bloco (PFL). PSDB; Wagner do Nascimento PRN. Piaui Espirito Santo Chagas Rodrigues PSDB; Felipe Mendes PPR; Hugo Napo- Etevalda Grassi de Menezes Bloco (PTB); Helvecio Castel- leao PFL; Jesus Tajra Bloco (PFL); Lucldio Porlella PPR; Murilo lo PT; Nilton Baiano PMDB; Rose de Freilas PSDB. Rezende PMDB; Mussa Demes Bloco (PFL); Paulo Silva PSDB. Rio de Janeiro Eduardo Mascarenhas PSDB; Jandira Feghali PC do B; Aluizio Alves PMDB; Henrique Eduardo Alves PMDB; Joao Mendes Bloco (PTB); Jose Vicente Brizola PL; Junot Abi- Ibere Ferreira Bloco (PFL); Laire Rosado PMDB; Lavoisier Maia Ramia PDT; Laerte Bastos PSDB; Laprovita Vieira PMDB; Luiz PDT; Marcos Formiga PP. Salomao PDT; Nelson Cameiro PP; Paulo de Almeida PSD; Paulo Portugal PP; Paulo Ramos PDT; Roberto Campos PPR; Roberto Paraiba Jefferson Bloco (PTB); Sandra Cavalcanti PPR; Sergio Arouca Antonio Mariz PMDB; Efraim Morais Bloco (PFL); Evaldo PPS; Vivaldo Barbosa PDT; Wanda Reis PMDB. Goni;alves Bloco (PFL); Francisco Evangelisla PPR; Humberto Sao Paulo Lucena PMDB; Ivan Buriti Bloco (PFL); Jose Luiz Clerot PMDB; Rivaldo Medeiros Bloco (PFL); Vital do Rego PDT. Alberto Goldman PMDB; Alberto Haddad PP; Armando Pinheiro PPR; Belo Mansur PPR; Cardoso Alves Bloco (PTB); Pernambuco Chafic Farhat PPR; Diogo Nomura PL; Eduardo Jorge PT; Ernesto Gilson Machado Bloco (PFL); Gustavo Krause Bloco Gradella PSTU; Euclydes Mello PRN; Eva Blay PSDB; Fibio (PFL); Jose Carlos Vasconcellos PRN; Jose Jorge Bloco (PFL); Feldmann PSDB; Gastone Righi Bloco (PTB); Jorge Tadeu Muda- Jose Mendon^a Bezerra Bloco (PFL); Jose Miicio Monteiro Bloco len PMDB; Jose Abrao PSDB; Jose Cicote PT; Jos6 Maria Eymael (PFL); Mansueto de Lavor PMDB; Marco Maciel PFL; Ney Mara- PPR; Koyu Dia PSDB; Liberato Caboclo PDT; Marcelo Barbieri nhao PRN; Pedro Correa Bloco (PFL); Renildo Calheiros PC do PMDB; Mario Covas PSDB; Maurici Mariano PMDB; Paulo No- vaes PMDB; Roberto Rollemberg PMDB; Robson Tuma PL; Va- B; Roberto Franca PSB; Roberto Freire PPS; Salatiel Carvalho PP; Sergio Guerra PSB; Tony Gel PRN. dao Gomes PP; Valdemar Costa Nelo PL; Wagner Rossi PMDB. Mato Grosso Alagoas Augustinho Freilas PP; Jonas Pinheiro Bloco (PFL); Jose Antonio Holanda Bloco (PSC); Augusto Farias Bloco Augusto Curvo PMDB; Julio Campos PFL; Louremberg N. Rocha (PSC); Divaldo Suruagy PMDB; Guilherme Palmeira PFL; Vito- PPR; Marcio Lacerda PMDB; Oscar Travassos PL; Ricardo Cor- rio Malta PPR. rea PL; Rodrigues Palma Bloco (PTB); Wellington Fagundes PL. Distrito Federal Benedito de Figueiredo PDT; Cleonancio Fonseca PRN; Augusto Carvalho PPS; Chico Vigilante PT; Maria Laura Djenal Gonijalves PPR; Jose Teles PPR; Ixxirival Baptista PFL; PT; Meira Filho PP; Paulo Octavio PRN; Pedro Teixeira PP; Sig- Pedro Valadares PP. maringa Seixas PSDB. Bahia Goias Alcides Modesto PT; Angelo Magalhaes Bloco (PFL); Delio Braz Bloco (PFL); Iram Saraiva PMDB; Irapuan Cos- Aroldo Cedraz PRN; Beraldo Boaventura PSDB; Clovis Assis ta Junior PP; Joao Natal PMDB; Maria Valadao PPR; Mauro Bor- PSDB; Eraldo Tinoco Bloco (PFL); F61ix Mendoni^a Bloco (PTB); ges PP; Pedro Abrao Bloco (PTB); Roberto Balestra PPR; Vilmar Geddel Vieira Lima PMDB; Genebaldo Correia PMDB; Jabes Ri- Rocha Bloco (PFL); Ze Gomes da Rocha PRN. beiro PSDB; Jairo Azi PSD; Jaques Wagner PT; Jonival Lucas PSD; Jorge Khoury Bloco (PFL); Jasaphat Marinho PFL; Jose Elisio Curvo PRN; Flivio Derzi PP; L-evy Dias PPR; Marilu Carlos Aleluia Bloco (PFL); Jutahy Junior PSDB; Jutahy Maga- Guimaraes Bloco (PFL); Rachid Saldanha Derzi PRN; Waldir lhaes PSDB; I^eur lx)manto Bloco (PFL); Luis Eduardo Bloco Guerra Bloco (PFL); Wilson Martins PMDB. (PFL); Luiz Moreira Bloco (PTB); Luiz Viana Nelo Bloco (PFL); Parana Manoel Castro Bloco (PFL); Marcos Medrado PP; Nestor Duarle Edesio Passes PT; Ivanio Guerra Bloco (PFL); Joni Varisco PMDB; Pedro Irujo PMDB; Ribeiro Tavares PL; Ruy Bacelar PMDB; Jose Felinto PP, Max Rosenmann PDT; Otto Cunha; Ser- PMDB; Sergio Brito PPR; Tourinho Dantas Bloco (PFL); Ulduri- gio Spada PP; Wemer Wanderer Bloco (PFL); Wilson Moreira co Pinto PSB; Waldir Pires PSDB. PSDB. Minas Gerais Santa Catarina Angela Amin PPR; Cesar Souza Bloco (PFL); Dirceu Car- Aecio Neves PSDB; Agostinho Valente PT; Alfredo Cam- neiro PSDB; Hugo Biehl PPR; Jarvis Gaidzinski PPR; Luci Choi- pos PMDB; Armando Costa PMDB; Felipe Neri PMDB; Fernan- nacki PT; Luiz Henrique PMDB; Nelson Motto Bloco (PFL); do Diniz PMDB; Genesio Bernardino PMDB; Getulio Neiva PL; Orlando Pacheco Bloco (PFL). Humberto Souto Bloco (PFL); Irani Barbosa PSD; Joao Paulo PT; Rio Grande do Sul Jose San tana de Vasconcellos Bloco (PFL); Jose Ulisses de Oli- Adao Prelto PT; Adroaldo Streck PSDB; Adylson Molla veira Bloco (PTB); Junia Marise PDT; Marcos Lima PMDB; PPR; Carlos Azambuja PPR; Carlos Cardinal PDT; Fernando Car- Mauricio Campos PL; Paulino Cicero de Vasconcelos PSDB; Ro- rion PPR; Germano Rigotlo PMDB; Jose Fogaca PMDB; Mendes Mar^o de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Sexta-feira 11 1649 Ribeiro PMDB; Nelson Proen^a PMDB; Pedro Simon PMDB; 96es Constitucionais Transilorias, promulga a seguinle emenda Telmo Kirst PPR; Waldomiro Fioravante PT; Wilson Muller PDT. conslitucional: SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Esgotado o periodo Art. 1° Sao acrescentadas ao § 9° do art. 14 da destinado ao Hxpediente. Constitui9ao as expressoes: "a proibidade administrati- Passa-se & va. a moralidade para o exercicio do mandato, e, ap6s a expressao "a fim de proteger", passando o dispositivo a ORDEM DO DIA vigorar com a seguinte reda9ao: Item 1: "Art.14 Aprecia^ao, cm segundo tumo, da Proposla de Emenda Re- § 9° Lei complementar eslabelecera outros casos visional n" 4-A/94, referente ao art. 14. § - 9°, da Constitui9ao Fe- de inelegibilidade e os prazos de sua cessa9ao, a fim de deral (inelegibilidade) - Parecer n" 7-A/94. proteger a probidade administrativa, a moralidade para o A proposta foi aprovada em primeiro tumo, na sessao de 22 exercicio do mandato, considerada a vida pregressa do de fevereiro ultimo. candidato, e a normalidade e legitimidade das elei95es Sobre cla nao foram oferecidas quaisquer emendas de se- contra a influencia do poder economico ou o abuso do gundo tumo. exercicio de fun9ao, cargo ou emprego na administra9ao Em discussao a materia. Estti inscrito para falar o nobre Congressista Carlos I-upi, a direta ou indireta. quern concedo a palavra. (Pausa). Estando ausente o Dcpulado Carlos Lupi, e nao havendo Art. 2° Esta Emenda entra em vigor na data de sua publica- mais inscrilos, passo a palavra ao Sr. Relator. 930. O SR. NELSON JOBIM (Relator) - Sr. Presidente, Srs. Sala das Sessoes, 24 de fevereiro de 1994. - Deputado Nel- Congressistas, a rcdaijao proposta, em segundo tumo, tendo em son Jobim, Relator. vista a aprova^ao do primeiro tumo. 6 uma nova reda^ao ao art. O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Em discussao. 14, § - 9°, do texto da Constitui^ao, que passaria a viger com a se- (Pausa.) guinte reda9ao: Nao havendo quem pe9a a palavra, encerro a discussao. Em vota9ao, em segundo tumo, a Proposla de Emenda Re- "Lei complementar cstabeleceri outros casos de 0 inelegibilidade, os prazos de sua ccssa9ao, a fim de pro- visional n 4-A/94. teger a probidade administrativa, a moralidade para o Quero esclarecer aos nobres Congressistas que dois parla- cxercicio do mandate, considerada a vida pregressa do mentares podem falar a favor e dois contrariamenle. candidate c a normalidadc e a legitimidade das elei96es O SR. CARLOS LUPI - Sr. Presidente, pe9o a palavra contra a influencia do poder economico, ou abuso no para encaminhar a vota9ao. cxercicio de fun9ao, cargo ou emprego na administra9ao direta ou indireta." O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Concedo a pala- vra ao nobre Congressista Carlos Lupi, para encaminhar. O texto de segundo tumo corresponde 4 aprova9ao de pri- meiro tumo, em que foram incluidas - com a aprova9ao pratica- O SR. CARLOS LUPI (PDT - RJ. Para encaminhar a vo- mente unSnime deste Plenirio - as seguintes expressdes: ta9ao. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Congressistas, consideramos essa emenda, ji aprovada em primeiro tumo, alta- "...a probidade administrativa, a moralidade para mente positiva para esta Casa. Isso porque vivemos um momento o cxercicio do mandato, considerada a vida pregressa do em que a opiniao publica, de forma geral, e o prdprio Parlamento candidato..." estao conscios das suas responsabilidades com rela9ao a investiga- Portanto, a lei de inelegibilidade infraconstitucional teria 930 e a cria9ao de mecanismos que tenham como objetivo tirar do que atender a esses tres principios; primeiro. a probidade adminis- Congresso Nacional aqueles que porventura tenham cometido atos trativa; segundo, a moralidade para o cxercicio do mandato, consi- nao condizentes com a etica e com os bons costumes desta Casa derada a vida pregressa do candidato; e, terceiro, a normalidade e a legislaliva. legitimidade das elei9oes. Por isso, e de suma importancia que seja aprovada, em se- Sr. Presidente, cram cstas as explica9oes. gundo tumo, essa proposta de emenda revisional, que trata de questoes como a probabilidade administrativa, a moralidade no DOCUMENTO ANEXADO PELO RELATOR exercicio do mandato e tambem leva em considera9ao a vida pre- PARECER N" 7-A, DE 1994 gressa do candidato. do Parlamentar. PROPOSTA DE EMENDA CONSTTTUCIONAL Trata-se de um instrumento que a popula9ao tem ao seu dis- DE REVISAO N" 4-A. DE 1994 por para saber, por exemplo, se determinado candidate realmente tem um passado honrado, um passado que inspira confian9a, Pre- Tendo em vista a aprova9ao integral, em primeiro tumo. do cisamos dizer 4 popula9ao quem somos, de onde viemos e qual e a substitutivo 4s propostas revisionais referentes ao § 9° do art. 14 nossa proposla. Caso contr4rio, poderao ocorrer mentiras e engo- da Conslitui9ao Federal, csta Relatora, em cumprimento ao dispos- dos. O candidato, quando se apresenta 4 popula9ao, tem que dizer 0 to no art. 13 e seu § 1° da Resolu9ao n 01, de 1993-RC. apresenla, pelo menos de onde veio, tem que mostrar o que j4 fez, para que o em anexo, o texto para o segundo tumo de aprecia9ao. povo possa volar nele. Sala das Sessoes, 24 de fevereiro de 1994. - Deputado Nel- E de suma importancia - repito - que essa emenda seja son Jobim, Relator. aprovada, se houver quorum - o nosso Partido est4 obstmindo re- A Mesa do Congresso Nacional, nos termos do art. da gimentalmente os trabalhos do Congresso Revisor - porque se tra- Constitui9ao Federal, combinado com o art. 3° do Ato das Disposi- ta de proposta de vital importancia para o resgate da imagem do 1650 Sexla-feira II DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONA1S Mar^o de 1994 Parlamenio, dos Parlamentares, dos partidos politicos e de lodos Passa-se i vola9ao. aqueles que querem fazer da represenla^ao popular.ar algo seno. Solicito ao Sr. Relator que, mais uma vez, esclare9a o Ple- responsavel, coerente, algo que realmente mereija o respeito da po- nirio sobre o exato teor da materia que seri votada, lendo em vista pulaijao, fazendo com que o candidate se responsabilize por seus que alguns dos Srs. Congressista' chegaram atrasados. alos, o partido se responsabilize por seus candidalos. e a Casa le- A Presidencia faz um apelo para que os Congressislas, De- gislaliva se responsabilize por seus represetantes. putados e Senadores, que se encontram em seus gabinetes e dc- Um representante popular, em primeiro lugar, e um homem mais dependencias venham ao plenario, uma vez que vai se iniciar publico, e, como tal, tern que ter a sua vida exposta. Esse e o onus o processo de vola9ao nominal. que temos que pagar por sermos homens publicos, e dele devemos Com a palavra o Sr. Relator. ter consciencia. O SR. NELSON JOBIM (Relator) - Sr. Presidente, o § 9° A populaijao precisa saber em quern esta votando, precisa do art. 14 da Constitui9ao Federal passa a ter a seguinte reda9ao; ser educada para votar, precisa se conscienlizar do seu voto, preci- sa fazer do seu voto um inslrumenlo de pollticas e de ideias nas "§ 9° - Lei complemenlar eslabelecera outros ca- quais acredite, e nao um instrumento de troca, lenebroso que mui- sos de inelegibilidade e os prazos de sua cessa9ao, a fim tos tern e desejam ver num esquecimenlo elemo. de proteger a probidade administrativa. a moralidade Era o que linha a dizer. Sr. Presidente, para o exercicio do mandalo, considerada a vida pregres- O SR. PRESIDENTE (Adylson Motla) - Concedo a pala- sa do candidate e a normalidade e legilimidade das elci- vra, para encaminhar favoravelmenle, ao nobre Congressista 96es contra a influencia do poder economico, o abuso no Eduardo Jorge. exercicio de fun9ao, cargo ou emprego na adminislTa9ao direla ou indireta." O SR. EDUARDO JORGE (PT - SP. Para encaminhar. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Congressislas, no Esta acrescenlando ao texto primitivo, de 1988, as expres- exercicio da Lideran^a do Partido dos Trabalhadores, quero regis- soes "a probidade administrativa, a moralidade para o exercicio do trar que o PT - estamos em obstru^ao e negociaqao em rela^ao a mandato. considerada a vida pregressa do candidalo". Revisao Conslitucional - nao se tern furlado a discutir a questao O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - A Presidencia do merilo nas resolucjoes aqui propostas. vai conceder a palavra aos Srs. Lideres ou alguem designado para Quanto a questao da obstru9ao, vamos decidir oportuna- orientar as referidas bancadas, por um minuto. Para ordenar os tra- mente, juntamente com os oulros partidos com os quais nos reuni- balhos, permitir-me-ei citar o partido para que o Lider possa se mos, se votamos ou nao, ate que consigamos negociar uma agenda manifestar. maxima ou uma agenda minima que resguarde direitos essenciais A Presidencia concede a palavra ao PMDB para orientar dos trabalhadores brasileiros e pontos importantes na area da or- sua Bancada. dem economica, da previdencia e outras, E importante frisar esse aspecto do posicionamento do Partido dos Trabalhadores. O Sr. Adylson Motta, 1° Vice-Presidente, deixa a Quanto a emenda ao Parecer n0 7-A/94, que trata da inelegi- cadeira da presidencia, que e ocupada pelo Sr. Hunt- bilidade, a nossa posi^ao, ja exprcssa no primeiro tumo, reflete herto Lucena. Presidente. que se trata de providencia posiliva, porque preve lei complemen- O SR. GERMANO RIGOTTO (PMDB-RS) - Sr. Presi lar federal que determine criterios mais rigorosos para a analise dente, acredito que o Sr. Relator expressou muito bem que, por dos casos de inelegibilidades, criterios que preveem que probidade exemplo, o cuidado com rela9ao i vida pregressa nao significa que administrativa, moralidade no exercicio do cargo publico sejam qualquer acusa9ao feita contra o candidate 14 no passado va impli- precondkjoes para que o cidadao possa se habilitar e lomar posse. car em sua impugna9ao ou na impossibilidade de concorrer ou as- O Partido dos trabalhadores enlende que esse acrescimo a sumir o cargo. E a lei complemenlar que vai definir os casos. Constilui^ao brasileira vem bem ao encontro das providencias to- Apenas esti havendo um balizamenlo, atraves da Conslilui9ao, madas em rela^ao as investiga9oes que foram feitas aqui em CP Is com rela9ao a vida pregressa, ao bom desempenho em cargos ou recentes, tanto no caso Collor/PC como no caso da CPI do C)T9a- fun96es publicas que porventura tenha ocupado. Apenas d4 os menlo, de exigir maior rigor na Lei n0 64/90 para analisar os casos principios para que a lei complemenlar defina exatamente o que de inelegibilidades. significa o cuidado com a vida pregressa. A Lei Complemenlar n0 64/90 esta hoje sendo objeto de Entao, alguns Colegas se preocupam porque podera haver, analise em comissao especial na Camara. Se o Congresso Revisio- por exemplo, exorbitancia na analise da vida pregressa. Eu nao te- nal aprovar, em segundo tumo, esse dispositive do Parecer n0 7- nho essa preocupa9ao. Sr. Presidente, ale com injusti9a$ que pode- A/94, a comissao especial da Camara que analisa a Lei n0 64/90 e riam ser cometidas, porque a lei complemenlar e que defmiri o outras leis referentes a questoes eleitorais ja pode levar em conta que realmente sera exigido do candidate com rela9ao a sua vida concrelamenle esse dispositivo e proper modifica9oes na lei que pregressa. trata, de forma detalhada, de como o criterio de probidade admi- Por isso, o PMDB, da mesma forma como encaminhou no nistrativa e moralidade no exercicio do cargo publico seri exigido primeiro tumo, encaminha favoravelmenle. Sr. Presidente. dos futuros candidates. Por isso. Sr. Presidente, Srs. Congressislas, o Partido dos O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - O PMDB Trabalhadores coloca-se favoravel a essa modifica9ao. vota "sim". Quanto a questao da vota9ao - repito vamos oportuna- Concedo a palavra ao Lider do PEL, Depulado Luis Eduar- mente decidir quando votar, quando obstmir. Mas, quanto ao me- do. rilo, quero registrar que o Partido dos Trabalhadores e favoravel a O SR. LUIS EDUARDO (PFL-BA) - Sr. Presidente, o esse dispositivo. PEL recomenda o voto "sim" e solicila aos companheiros que se O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Nao hi mais ora- encontram em diferentes dependencias da Casa que compare9am dores inscritos para o encaminhamenlo, razao pela qual a Presi- ao plenario, pois precisamos votar. dencia encerra a discussao. O PEL vota "sim".

I Mar^o de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Sexta-feira 11 1651 O SR. PRESIDENTE (Humbcrto lojcena) - O PFL vota O SR. EDUARDO JORGE (PT-SP) - Sr Presidente. "sim" como estava inscrito e encaminhei a favor do dispositive - ja fiz Conccdo a palavra ao Elder do PPR. analise do conteudo do merito -, ressalvei que a posi9ao do Parti- do dos Trabalhadores de obstru9ao continua, porque estamos pro- O SR. JOSE LOURENgO (PPR-BA) - O PPR vota curando um entendimento em tomo de uma agenda, maxima ou "sim". Sr. Prcsidcnte, e solicita aos Parlamentares que sc encon- minima. Enquanto isso nao acontece. conlinuamos numa poslura Iram nas divcrsas dcpendencias do Congresso que acorram ao ple- de obstru9ao. nario a fim de votarmos essa matcria importantc para o Pals. No caso, por exemplo, somos favorivel ao dispositive, mas O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - O PM> vota oriento a Bancada a s6 votar a favor depois de atingido o quorum "sim" de 293. Conccdo a palavra ao Eider do PSD. Esta e a posi9ao do Parfido dos Trabalhadores. <) SR. PAUEO DE ALMEIDA (PSD - RJ) - Sr Presiden- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Como vota o tc, o PSD vota "sim" e conclama tambem os seus Depulados a vi- Elder do PTB? (Pausa.) rcm ao plcnario a fim de votarem. Como vota o Elder do PL? O SR. PRESIDENTE (Humbcrto Eucena) - O PSD vota O SR. GETULIO NEIVA (PL-MG) - O Partido Liberal "sim". vota a favor. Conccdo a palavra ao Elder do PSDB. Trata-se de aprova9ao em segundo tumo e o PL convoca a O SR. JOSE ABRAO (PSDB-SP) - Sr. Presidente, a ma- sua Bancada para comparecer ao plenario. tcria, quando foi votada em primeiro tumo. no dia 22 de fevereiro, O SR. PRESIDENTE (Humberto Eucena) - Como vota o foi aprovada por grandc maioria: 311 Congressistas votaram a fa- Elder do PSB? (Pausa.) vor, cnquanto apcnas quatro votaram contra. Como vota o Elder do PCdoB? (Pausa.) A materia foi sobcjamente discutida, houve convencimento. todos entcndcram quo era uma nccessidade para a probidade da O SR. ALDO REBELO (PCdoB-SP) - Sr. Presidente, Srs. atividadc publica. Congressistas, e lamentivel, sinceramente lamentivel que essa Portanto, Sr. Presidente, o PSDB encaminha. em segundo materia esteja sendo submetida a vota9ao e esfeja sendo desperdi- tumo, favoravelmente, votando "sim". 9ada na sua legitimidade por esse processo revisional. Em fun9ao de considerar o processo revisional ilegltimo, O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - O PSDB vota em fun9ao de encontrar uma verdadeira Muralha da China sepa- "sim". 1 rando o trabalho do Relator da Revisao e a base parlamentar deste Como vota o Elder do PI ? Congresso, o PCdoB, em obstru9ao, nao votara mais uma vez esta O SR. ROMEE ANISIO (PP-MG) - O PP vota "sim". Sr. materia. Sr. Presidente. Presidente, e conclama todos os seus Congressistas a virem ao ple- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - O PCdoB nao nario para exercer o scu direilo de voto. votara. Esta em obstru9ao. O SR. PRESIDENTE (Humberto Eucena) - Como vota o Como vota o Elder do PRN? Elder do PDT? O SR. JOSE CARLOS VASCONCELLOS (PRN-PE) - O SR. VITAL DO REGO (PDT-PB) - Sr. Presidente, Srs. "Sim", Sr. Presidente. Congressistas, honra-mc o Elder Carlos Lupi com a oportunidade de fazcr este cncaminhamcnto. Efclivamente, o eminente Relator O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Como vota o foi profundamcnte feliz insculpindo no texto constitucional a pre- Elder do PPS? gressividade do candidato. Eongc de causar qualquer preocupa^ao, O SR. SERGIO AROUCA (PPS-RJ) - "Sim", Sr. Presi da uma fciijao institucional, di uma fei^ao definitiva. inclusive en- dente. sejando demanda ate na Suprcma Corle contra a prdtica de certos O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Como vota o candidatos, cuja prcgressividadc nao Ihes autoriza a representalivi- Elder do PSTU? dade, mas que, por outros motives, a essa representatividade po- dem chegar. O SR. ERNESTO GRADELLA (PSTU-SP) - Sr. Presi- O eminente Relator, que e cfetivamente um jurisla consa- dente, o PSTU esti em obstni9ao e, mesmo ap6s atingido o quo- grado, teve o cuidado de dcvolver a legisla^ao complementar, para rum, nao volarl ManterS a obstru9ao contra esta Revisao regulamentar, infraconstitucionalmcnte, um texto que de nos Constitucional. basta para a tranqiiilidadc de, sem cheques com o princlpio funda- O SR. PRESIDENTE (Humberto Eucena) - Como vota o mental da presun^ao da inocencia, determinar o afastamento das Elder do PMN? compcti96es eleitorais de quantos, sem vida pregressa que Ihes au- torizc a poslula^ao do voto, aqui possam se encontrar exatamente O SR. NILSON GIBSON (PMN-PE) - Em obstru9ao. Sr. porque nao livemos a 39ao, profundamente correta, de evitar aqui- Presidente. lo que p

O SR. NILSON GIBSON (PMN - PE) - Sr. Presidente, o A SRA. BENEDITA DA SILVA - Sr. Presidente, peijo a PMN esta em obstruqao, mas quando houver mimero volara, assim palavra pela ordem. estara fazendo em beneficio da crian^a. O SR. PRESIDENTE (Adylson Molta) - A nobre Con- O SR. PRESIDENTE (Adylson Molta) - Como vola o gressista Benedita da Silva gostaria de fazer um registro. Numa Partido Verde? (Pausa.) homenagem as mulheres, a Presidencia abre esta exce^ao. Como vola o PRONA? (Pausa) Tem V. Ex' a palavra. Como vola o PPS? A SR* BENEDITA DA SILVA (PT - RJ. Pela ordem. O SR. AUGUSTO CARVALHO (PPS - DF) - Sr. Presi Sem revisao da oradora.) - Sr. Presidente. Sr*s. e Srs. Congressis- dente, o PPS vola a favor. tas, pelo visto, nao teremos o quorum para votar esta importanle O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Todos os parti- malferia. dos orientaram as suas bancadas, A Congressista Sandra Cavalcanli foi sucinta e precisa A Presidencia solicita a todos os Srs. Congressistas que lo- quando colocou que essa questao nao deveria eslar sendo disculi- mem os seus lugares, a fim de ter imcio a vota^ao pelo sislema da, como tambem o mencionou a Congressista Rose de Freitas. eletronico. Sabemos que a nova Constituiijao garanle a liccn^a-mater- Os Srs. Congressistas que se enconlram nas bancadas quei- nidade a todas as mulheres e nao a classes sociais, como ouvimos ram registrar os seus codigos de vota^ao, acionando simultanea- em algumas argumentaijoes; 6 mulher, tem o direilo a licenqa-ma- mente o bolao prelo no painel e a chave sob a bancada. temidade. mantendo-os pressionados ate que a luz do codigo se apague. A licen^a-malemidade e concedida a mulher trabalhadora; (Pausa) compreende-se que a Legisladora, no exercicio da sua fun^ao, e Os Srs. Congressistas que nao registraram os seus votos tambem uma trabalhadora da polilica, que deve, como as demais queiram faze-lo nos postos avulsos. trabalhadoras, garantir para o seu filho o direito da amamenla^ao, A Presidencia comunica que no espaqo entre a vola9ao na o direito da assistencia. bancada e nos postos avulsos nao concedera a palavra a nao ser Mais do que defender o direilo it licen^a-malemidade como para questao de ordem sobre o processo de votagao, privilegio para a mae ou o pai, defendemos esse direilo legitimo (Procede-se d volaf do.) porque cle faz parte dos compromissos, ale de acordos intemacio- nais, assumidos por este Pals na defesa do direilo da crian^a; s6 O SR. GERMAN© RIGOTTO - Sr. Presidente, peqo a posso compreende-la dessa forma. palavra pela ordem. Acredito que esta Casa deve criar todos os mecanismos ne- O SR. PRESIDENTE (Adylson Molta) - Tem V. Ex' a pa- cessarios para que a represenlaijao da sociedade brasileira aqui se lavra. fai^a em condi^ao de igualdade. Vou lembrar a este Plenirio um fato ocorrido em 1987, por O SR. GERMANO RIGOTTO (PMDB - RS. Pela ordem. ocasiao da Assembleia Nacional Constituinte. quando tralavamos Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, desejo apenas coovocar das acomoda^oes das Depuladas, conslatamos que o plenario desta os colegas que estao na Casa para que venham ao plenirio. pois Casa nao linha garantido um banheiro para as mulheres. Parece precisamos de numero para aprovar essa emenda. uma coisa simples e natural, mas dentro do componente cultural O PMDB esta encaminhando favoravelmente. Sr. Presiden- da exclusao ou da falla de visibilidade, aqui nao llnhamos um ba- te. nheiro para alender 4s mulheres. Lembro-me de que quando rei- O SR. PRESIDENTE (Adylson Molta) - Nao se trata de vindicamos, pareceu, no primeiro momenlo, ate mesmo nos meios questao de ordem, mas a Presidencia agradece a colaboraijao, rati- de comunicaijao do nosso Pais, que era um privil6gio, porque que- ficando-a. Faz um apelo aos Srs. Congressistas, Deputados e Sena- riamos ter melhores acomodaijoes do que os homens. Cullural- dores, que estejam em seus gabinetes e demais dependencias da mente, o poder colocado numa visao masculina, fez com que as Casa para que venham ao plenario, eis que nos encontramos em mulheres na sua atribuiifao e na sua fun^ao encontrassem essas di- processo de volai^ao nominal. ficuldades que a desigualdade na rela^ao entre homens e mulheres traz. O SR. CARLOS LUPI - Sr. Presidente, pe^o a palavra Por isso e importanle para nos, com todo nosso senlimento pela ordem. e responsabilidade, como bem colocou a Congressista Sandra Ca- O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Tem V, Ex* a pa- valcanli, de uma vez por todas solucionar esta silua^ao que nao en- lavra. controu amparo regimental - por isso est4 sendo trazida para este momento da Revisao Constitucional - e apoiar essa emenda que, O SR. CARLOS LUPI (PDT - RJ. Pela ordem.) - Sr. Pre- acredito, dari um fun a essa questao, e teremos aqui igualdade no sidente, goslaria de saber se V. Ex* vai marcar um tempo para o tralamenlo dado as mulheres nas suas diferentes fun^oes. encerramento da vola^ao, como normalmenle o faz o Senador Era o que tinha a dizer. Sr. Presidente, e agradeijo a benevo- Humberto Lucena. lencia de V. Ex' O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Nao existe um O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - A Presidencia prazo estabelecido. Alias, essa emenda ao Regimento e de autoria desle Congressista que preside a sessao, que defende a necessida- vai encerrar a vota^ao pela evidenle falla de quorum e al6 pelos de de um prazo para o processo de vota^ao. Nao hS um prazo defi- riscos que qualquer proposta cone atingindo um quorum baixo, nido. Teremos sessao as 14h, mas e evidenle que estando em Como havera sessao logo a seguir, essa maleria ser4 o pri- processo de vota^ao e deveremos prolongar um pouco esta sessao. meiro item a ser apreciado, ja entrando no processo de volatjao, concedendo aos Congressistas um tempo razoivel para que pos- uma vez que todas as eta pas j4 foram curapridas. sam votar. Cessado o fluxo nos postos avulsos sera encerrada a O SR. PAULO DELGADO - Sr. Presidente, pe^o a pala- volat^ao. vra pela ordem. Mar^o dc 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Sexta-feira 11 1665 O SR. I'RESIDENTE (Adylson Motta) - Tem a palavra V. Ricardo Murad - PSD - Sim Ex*. Ceara O SR. PAULO DELGADO - (IT - MG. Pela ordem. Sem Cid Sabdia de Carvalho - PMDB - Sim revisao do orador.) - Sr. Presidcnte, gostaria apenas de registrar, lid son Silva - PDT - Sim para que a memoria brasilcira nao se perca. a homenagem a Maria Luiz Pontes - PSDB - Sim Carlota Camargo I'crcira dc Quciroz, primeira mulher brasilcira a Moroni Torgan - PSDB - Sim sc cleger, Constituinte dc 1934, e a Berta Lutz. tambern pioneira Orlando Bezerra - Bloco - Sim da luta parlamcntar das mulheres brasileiras. Sdrgio Machado - PSDB - Sim Era o que tinha a dizer, Ubiratan Aguiar - PSDB - Sim O SR. GERMANO RIGOTTO - Sr. Presidcnte. pe?o a palavra pela ordcm. Piaui O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Tem V. Ex* a pa- Chagas Rodrigues - PSDB - Sim lavra. Joao Henrique - PMDB - Sim O SR. GERMANO RIGOTTO (PMDB - RS. Pela or- Rio Grande do Norte dcm.) - Sr. IVcsidcntc, apos o enccrramenlo desta sessao. a que Garibaldi Alves - PMDB - Sim boras tcra inicio a sessao ordinaria? Ibere Ferreira - Bloco - Sim O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta)- Imediatamente. Paraiba O SR. GERMANO RIGOTTO - Convoco entao os cole- Adauto Pereira - Bloco - Sim gas a vircm ao plcnario, porquc e importante o quorum nesta par- Francisco Evangelista - PPR - Sim le da tardc. Ivan Burily - Bloco - Sim O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - A Presidencia Jos6 Luiz Clerot - PMDB - Sim vai abrir a sessao c havera o periodo para Breves Comunicaijoes, Pernambuco que sera uma oportunidade entao de convocar os Srs. Congressis- Gilson Machado - Bloco - Nao tas para que venham ao plcnario. Jos6 Carlos Vasconcellos - PRN - Sim Esta, portanto, encerrada a vota^ao. Jos6 Mendonfa Bezerra - Bloco - Nao VOTAM OS SRS. CONGRESSISTAS: Jos6 Mucio Monleiro - Bloco - Sim Roraima Mansueto de Lav or - PMDB - Sim Marco Maciel - PFL - Sim Cesar Dias - PMDB - Sim Maviael Cavalcanti - Bloco - Sim Marluce Pinto - PIT) - Sim Roberto Freire - PPS - Sim Amapa Wilson Campos - PSDB - Sim Falima Pclacs - Bloco - Sim Alagoas Murilo Pinheiro - Bloco - Sim Divaldo Suruagy - PMDB - Sim Para Roberto Torres - PTB - Sim Teotdnio Vilela Filho - PSDB - Sim Alacid Nunes - Bloco - Sim Coutinho Jorge - PMDB - Sim Sergipe Djenal Gon?alves - PSDB - Sim Amazonas Everaldo de Oliveira - Bloco - Sim Aureo Mello - PRN - Sim Joao Thome - PMDB - Sim Bahia Eraldo Tinoco - Bloco - Nao Ronddnia F61ix Mendoncja - PTB - Nao Mauricio Calixto - Bloco - Sim Jairo Azi - Bloco - Sim Acre Jairo Cameiro — Bloco - absten^ao Joao Almeida - PMDB - Sim Adelaide Ncri - PMDB - Sim Jonival Lucas - Bloco - Nao Aluizio Bezcrra - PMDB - Sim Jorge Khoury - Bloco - Nao Celia Mendcs - PPR - Nao Jos6 Carlos Aleluia - Bloco — Nao Zila Bczerra - PMDB - Sim Leur Lomanto - Bloco - Nao Tocantins Luis Eduardo - Bloco - Nao Luiz Moreira - Bloco - Nao Darci Coelho - Bloco - Sim Nestor Duarte - PMDB - Sim Dcrval dc Paiva - PMDB - Sim FVisco Viana - PPR - Nao Edmundo Galdino - PSDB - Sim Merval Pimenta - PMDB - Sim Minas Gerais Mois6s Abrao - PPR - Sim Alfredo Campos - PMDB - Sim Maranhao Avelino Costa - PPR - Sim Gen6sio Bernardino - PMDB - Sim Haroldo Sabdia - PF - Sim Getdlio Neiva - PL - Sim 1666 Sexla feira 11 DIARIO DOS TRABALHOS REV1SIONAIS Mar^o de 1994 Jose Santana de Vasconcelos - Bloco - Sim Parana Osmanio Pereira - PSDB - Sim Paulino Cicero de Vasconcelos - PSDB - Sim Affonso Camargo - PPR - Sim Romel Anisio - PP - Sim Antonio Ueno - Bloco - Sim Tarcisio Delgado - PMDB - Sim Dent Schwartz - PSDB - Sim Vitlorio Medioli - PSDB - Sim Elio Dalla-Vecchta - PDT - Sim Flavto Ams - PSDB - Sim Espirito Santo Jose Richa - PSDB - Sim Jorio de Barros - PMDB - Sim Luciano Pizzallo - Bloco - Sim Lezio Sathler - PSDB - Sim Luiz Carlos Hauly - PP - Sim Nilton Baiano - PMDB - Sim Munhoz da Rocha - PSDB - Sim Rita Camala - PMDB - Sim Pinga Fogo de Oliveira - PDT - Sim Rose de Freitas - PSDB - Sim Wilson Moreira - PSDB - Sim Rio de Janeiro Santa Catarina Arolde de Oliveira - Bloco - Sim Angela Amin - PPR - Nao Carlos Lupi - PDT - Sim Dejandir Dalpasquale - PMDB - Sim Eduardo Mascarenhas - PSDB - Sim Dirceu Cameiro - PSDB - Sim Laprovita Vieira - PP - Sim Edison Andrino - PMDB - Sim Roberto Campos - PPR - Sim Luiz Henrique - PMDB - Sim Sandra Cavalcanli - PPR - Sim Nelson Wedekin - PDT - Sim Wanda Reis - PMDB - Sim Neuto de Conlo - PMDB - Sim Sao Paulo Paulo Duarle - PPR - Sim Valdir Colatlo - PMDB - Sim Fabio Feldmann - PSDB - Sim Rio Grande do Sul Geraldo Alckmin Filho - PSDB - Sim Jorge Tadeu Mudalen - PMDB - Sim Adylson Molla - PPR - abslen^ao Jose Abrao - PSDB - Sim Germano Rigotlo - PMDB - Sim Koyu Iha - PSDB - Sim Ivo Mainardi - PMDB - Sim Luiz Carlos Santos - PMDB - Sim Nelson Jobim - PMDB - Sim Luiz Maximo - PSDB - Sim Odacir Klein - PMDB - Sim Maluly Nelto - Bloco - Sim Osvaldo Bender - PPR - Sim Pedro Pavao - PPR - Sim Telmo Kirst - PPR - Sim Roberto Rollemberg - PMDB - Sim Victor Faccioni - PPR - Sim Robson Tuma - PL - Sim O SR. PRESIDENTE (Adylson Motla) - Nao foi atingido Valdemar Costa Neto - PL - Sim o quorum. Mato Grosso Votaram SIM 125 Srs. Congressistas; e NAO 15. Auguslinho Freitas - PP - Sim Houve 3 abstemjoes. Marcio Lacerda - PMDB - Sim Total: 143volos. Oscar Travassos - PL - Nao 0 SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Concede a pala- Ricardo Correa - PL - Nao vra ao nobre Senador Marco Maciel. Welington Fagundes - PL - Sim 0 SR. MARCO MACIEL (PFL - PE. Sem revisao do ora- Distrito Federal dor) - Sr. Presidenle, desejo retificar o meu volo, por equivoco Augusto Carvalho - PPS - Sim Absten9ao quando pretendia votar sim. Benedito Domingos - PP - Sim A SR' IRMA PASSONI - Sr. Presidenle, pc^o a palavra Osorio Adriano - Bloco - Sim pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Concedo a pala- Goias vra a V. Ex' Haley Margon - PMDB - Sim A SR* IRMA PASSONI (PT - SP) - Quero fazer meu re- Iram Saraiva - PMDB - Sim gistro de presen^a. Joao Natal - PMDB - Sim O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Para rcgistro de Lazaro Barbosa - PMDB - Sim presen^a os Srs. Congressistas podem ocupar o microfone. Luiz Soyer - PMDB - Sim 0 SR. JUT AHY JUNIOR - Quero registrar minha pre sen 9a, Maria Valadao - PPR - Sim Mauro Miranda - PMDB - Sim O SR. OSVALDO REIS (PP - TO) - Quero registrar mi- Paulo Mandarino - PPR - abslentjao nha presen9a. Vilmar Rocha - Bloco - Sim O SR. EDEN PEDROSO (PT - RS) - Quero registrar mi- Virmondes Cruvinel - PMDB - Sim nha presen9a. Mato Grosso do Sul 0 SR. EDUARDO JORGE (PT - SP) - Quero registrar Marilu Guimaraes - Bloco - Sim minha presen9a. Man;" dc 1994 D1ARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Sexla-feira 11 1667 Proposta Revisionais e respectivas emcndas, oferecidas ao O SR. FRANCISCO RODRIGUES (BLOCO (PTB) - art. 56 da Constituitao Federal (licenta para afastamento no exer- RR) - Quero registrar minha presen^a. clcio do mandato) - Parecern0 14, de 1994 - RCF. O SR. JOSE SERRA (PSDB - SP) - Quero registrar mi- Propostas Revisionais e respectivas emcndas, oferecidas aos nha prescnf a. arts. 14 e 17 da Constituitao Federal (infidelidade partidaria ) - 0 O SR. JOSE MARIA EYMAEL (PPR - SP) - Quero re Parecer n 18. de 1994 - RCF. gistrar minha presenta. Propostas Revisionais e respectivas emendas, oferecidas ao art. 14. caput e paragrafos 1° a 4° da Constituitao Federal (voto O SR. PAULO ROCHA (IT - PA) - Quero registrar mi- facultalivo) - Parecer n0 3, de 1994 - RCF. nha prescnfa. Propostas Revisionais e respectivas emendas, oferecidas ao A SR" SANDRA STARLING (PI" - MG) - Quero regis- art. 45 da Constituitao Federal (sistema cleitoral) - Parecer n0 21, trar minha presenta. de 1994-RCF. O SR. ALCIDES MODESTO (IT - BA) - Quero regis- Propostas Revisionais e respectivas emendas, oferecidas ao trar minha prcscnfa. art. 47 da Constituitao Federal (dcliberatoes legislativas) - Pare- cer n0 22, de 1994-RCF. O SR. ELISIO CURVO (PRN - MS) - Quero registrar Propostas Revisionais e respectivas emendas. oferecidas ao minha prcscnfa. art. 53 da Constituitao Federal (imunidade parlamentar) - Parecer O SR. PEDRO CORREA (BLOCO (PIT) - PE) - Quero n° 12. de 1994-RCF. registrar minha presenfa. Propostas Revisionais e respectivas emendas, oferecidas ao art. 55 da Constituitao Federal (pcrda do mandato parlamentar) - O SR. JOAO ALMEIDA (PMDB - BA) - Quero registrar 0 minha prcsenfa. Parecer n 13, de 1994 - RCF. O SR. FLORESTAN FERNANDES (IT - SP) - Quero Propostas Revisionais e respectivas emendas, oferecidas ao registrar minha present a. art. 18, paragrafo 3° da Constituitao Federal (criafao de Estados) - Parecer n0 9, de 1994 - RCF. O SR. TUGA ANGERAMI (PSDB - SP) - Quero regis- trar minha presenta. Propostas Revisionais e respectivas emendas. oferecidas ao art. 18. paragrafo 4° da Constituitao Federal (criatao de munici- O SR. JOSE VICENTE BRIZOLA (PDT - RJ) - Quero pios) - Parecer n0 10, de 1994 - RCF. registrar minha presenta e dcclarar quc cstou em obstrutao. O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Esta encerrada a O SR. GIOVANNI QUEIROZ (PDT - PA) - Quero regis- sessao. trar minha presenta. (Levanla-se a sessao as 14 horas e 02 minutos.) O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Nao havendo quorum para dclibcratao, ficam com a sua apreciafao adiada os seguintes ilens da Ordcm do Dia:

Ata da 15a Sessao, em 10 de margo de 1994 4a Sessao Legislativa Ordinaria, da 49a Legislatura Presidencia dos Srs. H umber to Lucena, Adylson Motta e Wilson Campos.

AS 14 HORAS, ACHAM-SE PRESENTES OS SENHO- Osvaldo Melo - PPR; Paulo Titan - PMDB; Socorro Gomes - RES: PCdoB. Roraima Amazonas Alccstc Almeida - ♦Bloco (PTB); Cesar Dias - PMDB; Atila Lins - Bloco (PR.); Beth Azize - PDT; Carlos Francisco Rodrigucs - Bloco (PTB); Joao Fagundes - PMDB; De'Carli - PPR; Euler Ribeiro - PMDB; Ezio Ferreira - Bloco Joao Franta - PP; Julio Cabral - PP; Marcelo I,uz - PP; Marluce (PFL); Gilberto Miranda - PMDB: Joao Thome - PMDB; Jose Pinto — PTB; Ruben Bcnto - Bloco (PFL). Dutra - PMDB; Paudemey Avelino - PPR. Amapa Rondonia Aroldo G6es - PDT; Eraldo Trindade - PPR; Fatima Pelaes Antonio Morimoto - PPR; Aparicio Carvalho - Bloco - Bloco (PR.); Gilvam Borgcs - PMDB; Henrique Almeida - (PTB); Edison Fidelis - PSD; Mauricio Calixto - Bloco (PFL); PFL; Jonas Pinheiro — PTB; Ixiurival Freitas - FT; Muirlo Pi- Odacir Scares - PFL; Pascoal Novaes - PSD; Redilario Cassol - nheiro - Bloco(PFL); Sergio Barccllos - Bloco (PR.); Valdenor PSD; Ronaldo Aragao - PMDB. Guedes - PP. Para Acre Alacid Nunes - Bloco (PFL); Almir Gabriel PSDB; Adelaide Neri - PMDB; Aluizio Bezerra - PMDB; Coulinho Jorge - PMDB; Eliel Rodrigucs - PMDB; Gcrson Peres Celia Mendes - PPR; Francisco Diogenes - PPR; Joao - PPR; Giovanni Quciroz - PDT; Hemunio Calvinho - PMDB; Maia - PP; Joao Tola - PPR; Mauri Sergio - PMDB; Na- Hil&rio Coimbra - Bloco (PTB); Jarbas Passarinho - PPR; Jose bor Juniro - PMDB; Ronivon Santiago - PPR; Zila Bezer- Diogo - PPR; Mario Martins - PMDB; Nicias Ribeiro - PMDB; ra - PMDB. 1668 Sexla-feira II DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Mar9o de 1994 Tocantins de Oliveira - Bloco (PFL); Francisco Rollemberg - PMN; Jose Teles - PPR; Messias G6is - Bloco (PFL); Pedro Valadares - Carlos Patroclnio - PFL; Darci Coelho - Bloco (PFL); Der- PP. val de Paiva - PMDB; Edmundo Galdino - PSDB; Leomar Quin- lanilha - PPR; Merval Pimenta - PMDB; Osvaldo Reis - PP. Bahia Maranhao Alcides Modesto - FT; Angelo Magalhaes - Bloco (PFL); Aroldo Cedraz - PRN; Beraldo Boaventura — PSDB; C16vis As- Alexandre Costa - PFL; Sesar Bandeira - Bloco (PFL); Cid sis - PSDB; Eraldo Tinoco - Bloco (PFL); Felix Mendon^a - Blo- Carvalho - PMDB; Costa Ferreira - PP; Daniel Silva - PPR; co (FTB); Geddel Vieira Lima - PMDB; Genebaldo Correia - Eduardo Malias - PP; Epilacio Cafeteira - PPR; Flaroldo Saboia - PMDB; Haroldo Lima - F'CdoB; Jabes Ribeiro — PSDB; Jairo FT; Jayme Santana - PSDB; Joao Rodolfo - PPR; Jose Burnett - Azi - PSD; Jaques Wagner - FT; Joao Almeida - PMDB; Jonival PRN; Jose Reinaldo - Bloco (PFL); Magno Bacelar - PDT; Nan Lucas - PSD; Jorge Khoury - Bloco (PFL); Josaphal Marinho - Souza - PP, Pedro Novais - PSD; Ricardo Murad - PSD. PFL; Jose Carlos Aleluia - Bloco (PFL); Jose I^ouren^o - PPR; Ceara Jutahy Junior - PSDB; Jutahy Magalhaes - PSDB; F^ur Iximanto Aecio de Borba - PPR; Ariosto Holanda - F'SDB; Cid Saboia - Bloco (PFL); Luis liduardo - Bloco (PFL); Luiz Moreira - Blo- de Carvalho - PMDB; Edson Siiva - PDT; Emani Viana - PP, Gon- co (FTB); Luiz Viana Nelo - Bloco (PFL); Manoel Castro - Bloco zaga Mola - PMDB; Jackson Pereira - PSDB; Jose Linhares - PP, (PFL); Marcos Medrado - PP; Nestor Duarte - PMDB; Pedro Iru- 1-uiz Girao - PDT; Iahz Ponies - PSDB; Marco Penaforte - PSDB; jo - PMDB; Fhisco Viana - PPR; Ribeiro Tavares - PL; Ruy Ba- Maria Laiiza Fontenele - PSTU; Mauto Benevides - PMDB; Mauro celar - PMDB; Sergio Brilo - PPR; Tourinho Danlas - Bloco Sampaio - PSDB; Moroni Torgan - PSDB; Orlando Bezerra - Bloco (PFL); Uldurico Fhnlo - PSB; Waldir Pires - PSDB. (PFL); Sergio Machado - ("SOB; Ubiratan Aguiar - PMDB; Vicente Fialho- Bloco (FTL); Reginaldo CXiarte - PSDB. Minas Gerais Piaui Aecio Neves - PSDB; Agostinho Valente - FT; Alfredo Campos - PMDB; Aloisio Vasconcelos - PMDB; Annibal Teixei- B. Sa - PP; Chagas Rodrigues - PSDB; Ciro Nogueira - Blo- ra - PP; Aracely de Paula - Bloco (PFL); Armando Costa - co (FfL); Felipe Mendes - PPR; Hugo Napoleao - PFL; Jesus Tajra - PMDB; Avelino Costa - PPR; Felipe Neri - PMDB; Fernando Di- Bloco (PFL); Joao Henrique - PMDB; Jose l-uiz Maia - PFTL laicl- niz - PMDB; Genesio Bernardino - PMDB; Getulio Neiva - PL; dio Portella - PPR; Ntinlo Rezende - PMDB; Mussa Demes - Bkxo Humberto Souto - Bloco (PFL); Irani Barbosa - PSD; Israel FL (PFL); Paes Landim - Bloco (PFL); Paulo Silva - PSDB. nheiro - Bloco (PRS); Joao Paulo - PT; Jose Aldo - Bloco (PRS); Rio Grande do Norte Jos6 Geraldo - PMDB; Jose Santana de Vasconcellos - Bloco (PFL); Jos6 Ulisses de Oliveira - Bloco (FTB); Jtinia Marise - Dario Pereira - PFL; Garibaldi Alves Filho - PMDB; Hen- PDT; Marcos Lima - PMDB; Mario de Oliveira - PP; Mauricio rique liduardo Alves - PMDB; Ibere Ferreira - Bloco (PFL); Joao Campos PL; Odelmo Ixao - PF'; Osmanio Pereira - F'SDB; Pauli- Fauslino - PSDB; Laire Rosado - PMDB; Lavoisier Maia - PDT; no Cicero de Vasconcelos - PSDB; Paulo Heslander - Bloco Marco Formiga - PP. (PTB); Paulo Romano - Bloco (PFL); Raul Belem - PP; Romel Paraiba Anisio - PP; Ronaldo Perim - PMDB; Ronan Tito - PMDB; Sa- Adauto Pereira - Bloco (PFL); Antonio Mariz - PMDB; mir Tannus - PPR; Sandra Starling - PP; Sergio Miranda - F'CdoB; Tarciso Delgado - PMDB; Tilden Santiago - PT; Villorio Efraim Morais - Bloco (PFL); Evaldo Gonqalves - Bloco (PFL); Medioli - PSDB; Wagner do Nascimenlo - PRN; Wilson Cunha - Francisco Evangelista - PPR; Humberto Lucena - PMDB; Ivan Burity - Bloco (PFL); Jose Luiz Clerot - PMDB; Rivaldo Medei- Bloco (FTB); Zaire Rezende - PMDB. ros - Bloco (PFL); Vital do Rego - PDT; Zuca Moreira - PMDB. Espirito Santo Pernambuco Etevalda Grassi de Menezes - Bloco (FTB); Gerson Cama- Gilson Machado - Bloco (PFL); Gustavo Krause - Bloco ta - PMDB; Helvecio Castello - FT; Joao Calmon - PMDB; Jones (PFL); Jose Carlos Vasconcelos - PRN; Jose Jorge - Bloco (PFL); Santos Neves - PL; J6rio de Barros - PMDB; Ixzio Sathler - Jose Mendon^a Bezerra - Bloco (PFL); Jose Mucio Monteiro - PSDB; Nilton Baiano - PMDB; Rita Camata - PMDB; Roberto Bloco (PFL); Luiz Piauhylino - PSB; Mansueto de Favor - Valadao - PMDB; Rose de Freitas - PSDB. PMDB; Marco Maciel - PFL; Maurilio Ferreira Lima - F'SDB; Rio de Janeiro Maviael Cavalcanli - PRN; Miguel Arraes - F'SB; Ney Maranhao - PRN; Nilson Gibson - PMDB; Pedro Correa - Bloco (PFL); Re- Aldir Cabral - Bloco (FTB); Amaral Nello - PPR; Arol- nildo Calheiros - F'CdoB; Roberto Franca - F'SB; Roberto Freire - de de Oliveira - Bloco (PFL); Benedita da Silva - FT; Carlos PPS; Salatiel Carvalho - PP; Sergio Guerra - F'SB; Tony Gel - Alberto Campista - PDT; Carlos Lupy - PDT; Edesio Frias - PRN; Wilson Campos. PDT; Eduardo Mascarenhas - PSDB; Franscisco Domelles - PPR; Francisco Silva - PP; Hydekel Freitas - PPR; Jair Bolso- Alagoas naro - PPR; Jandira Feghali - PCdoB; Joao Mendes - Bloco Antonio Holanda - Bloco (F*SC); Auguslo Farias - Bloco (PTB); Jose Vicente Brizola - PL; Junot Abi-Ramia - PDT; (PSC); Divaldo Suruagy - PMDB; Guilherme Palmeira - PFL; Laerte Basics - PSDB; Laprovita Vieira - PMDB; Luiz Salo- Jose Thomaz Non6 — PMDB; Roberto Torres - Bloco (FTB); Vi- mao - PDT; Marino Clinger - PDT; Nelson Cameiro - PP; lorio Malta - PPR. Nelson Bomier - PL; Paulo de Almeida - PSD; Paulo Portugal - PP; Paulo Ramos - PDT; Regina Gordilho - PRONA; Rober- Sergipe to Campos - PPR; Roberto Jefferson - Bloco (PTB); Sandra Albano Franco - PSDB; Benedilo de Figueiredo - PDT; Cavalcanli - PPR; S6rgio Arouca - PPS; Vivaldo Barbosa - Cleonancio Fonseca - PRN; Djenal Goni;alves - PFTt; Everaldo PDT; Wanda Reis - PMDB. Mar^o de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Sexla-feira 11 1669 Sao Paulo Santa Catarina Alberto Goldman - PMDB; Alberto Haddad - PP: Aldo Angela Amim - PPR; Cesar Souza - Bloco (PFL); Dejandir Rebelo - PCdoB; Armando Pinheiro - PPR; Beto Mansur - PPR; Dalpasquale - PMDB; Dirceu Cameiro - PMDB; Edison Andrino - Cardoso Alvcs - BIoco (PTB): Chafic Farhat - PPR; Delfim Netto PMDB; Fisperidiao Amin - PPR; Hugo Biehl - PPR; Jarvis Gaidzins- - PPR; Diogo Nomura - PL; Eduardo Jorge - PT; Eduardo Supli- ki - PPR; Latci Choinacki - FT; Luiz Henrique - PMDB; Nelson cy - PP; Emesto Gradella - PSTU; Euclydes Mello - PRN; Eva Morro - Bloco (PFT); Nelson Wedekin - PDT; Neulo de Con to - Blay - PSDB; Fabio Feldmann - PSDB; Fabio Meirelles - PPR; PMDB; Orlando Pacheco - Bloco (PFT); Paulo Duarte - PPR; Ru- Florestan Femandes - PT; Gastone Righi - Bloco (PTB); Geraldo berval Pilotlo - PPR; Valdir Colatlo - PMDB; Vasco Furlan - PPR. Alckmin Filho - PSDB; Heitor Franco - PPR; Helio Bicudo - PT; lirma Passoni - PT; Joao Mellao Neto - PL; Jorge Tadeu Mudalen Rio Grande do Sul - PMDB; Jose Abrao - PSDB; Jose Anlbal - PSDB; Jose Cicote - Adao Pretto - FT; Adroaldo Slreck - PSDB; Adylson Mol- PT; Jose Gcnolno - PT; Jose Maria Eymael - PPR; Koya Iha - ta - PPR; Amaury Miiller - PDT; Antonio Britto - PMDB; Amo PSDB; Liberate Caboclo - PDT; Luiz Carlos Santos - PMDB; Magarinos - PPR; Carlos Azambuja - PPR; Carlos Cardinal - Luiz Gushikcn - FT; Luiz Maximo - PSDB; Maluly Netto - Blo- PDT; Carrion Junior - PDT; Celso Bemardi - PPR; Eden Pedroso co (PFL); Marcelino Romano Machado - PPR; Marcelo Barbieri - - FT; Fernando Carrion - PPR; Feller Junior - PPR; Germano Ri- PMDB; MArio Covas - PSDB; Maurici Mariano - PMDB; Mauri- gotto - PMDB; Fvo Mainardi - PMDB; Joao de Deus Antunes - cio Najar - Bloco (Pf'T); Mendes Botelho - Bloco (PTB); Nelson PPR; Jose Foga^a - PMDB; Jose Fortunati - FT; Jose Paulo Bisol Marquezelli - Bloco (PTB); Osvaldo Stecca - PMDB; Paulo Lima - PSB; Luis Roberto Ponte - PMDB; Mendes Ribeiro - PMDB; - Bloco (PIT): Paulo Novaes - PMDB; Pedro Pavao - PPR; Ro- Nelson Jobim - PMDB; Nelson FYoen^a - PMDB; Odacir Klein - berto Rollembcrg - PMDB; Robson Tuma - PL; Tadashi Kuriki - PMDB; Osvaldo Bender - PPR; Paulo Paim - FT; Pedro Simon - PPR; Tuga Angerami - PSDB; Vadao Gomes - PP; Valdemar PMDB; Telmo Kirst - PPR; Valdomiro Lima - PDT; Victor Fac- Costa Neto - PL; Wagner Rossi - PMDB; Walter Nory - PMDB. cioni - PPR; Waldomiro Fioravante - FT; Wilson Miiller - PDT. Mato Grosso SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - As listas de presen- Augustinho Freitas - PP; Jonas Pinheiro - Bloco (PFL); 9a acusam o coraparecimento de 471 Srs. Congressistas. Havendo Josd Augusto Curvo - PMDB; Julio Campos - PFL; Louremberg mimero regimental, declare aberta a sessao. N. Rocha - PPR; Oscar Travassos - PL; Ricardo Correa - PL; Ro- Passando-se ao periodo de Breves Comunica^ocs, concedo drigues Palma - Bloco (PTB); Wellington Fagundes - PL. a palavra ao nobre Congressista Osmanio Pereira. (Pausa.) Distrito Federal Concedo a palavra i nobre Congressista Irma Passoni. Augusto Carvalho - PPS; Chico Vigilante - PT; Joao Bro- A SRA IRMA PASSONI (FT - SP. IVonuncia o seguinte hado - PP; Maria Laura - PT; Meira Filho - PP; Osorio Adriano discurso. Sem revisao da oradora.) - Sr. Fh-esidente, Srs. Congres- - Bloco (PIT); Paulo Oclivio - PRN; Pedro Teixeira - FT"; Sig- sistas, a Revisao, ontem, aprovou a queslao dos quatro anos e a maringa Seixas - PSDB; Valmir Campelo - PTB. nao possibilidade de reelei^ao para cargos de F'refeitos, Govema- dores e FVesidentes da Repiiblica. Ha um questionamento nesta Goias Casa sobre se a decisao que tomamos e boa, viSvel e se. no segun- Ant6nio Faleiros - PSDB; Delio Braz - Bloco (PFL); Haley do tumo, nao deveriamos mudar de posifao, Margon - PMDB; Fram Saraiva - PMDB; Frapuan Costa Junior - A argumenta^ao apresentada e que, efetivamente, a nao-ree- PP; Joao Natal - PMDFJ; Lizaro Barbosa - PMDB; Fans Soyer - leifao impossibilita um FYesidente da Repiiblica, Govemador de PMDB; Maria Valadao- PPR; Mauro Borges - PP; Mauro Miran- Estado, ou FVefeilo de concluir os pianos para seus governos; que da - PMDB; Paulo Mandarino - PPR; Pedro Abrao - Bloco apenas quatro anos de mandate nao dao condifoes efetivas de go- (FTB); Roberto Balestra - PPR; Vilmar Rocha - Bloco (PFT); vemar, pois o govemo se instala, se organiza e nao consegue dar Virmondes Cruvinel - PMDB; Ze Gomes da Rocha - PRN. andamento efetivo de obras de comedo, meio e fim. Normalmente os govemos iniciam obras que, as vezes, deixam para seus suces- Mato Grosso do Sul sores execularem-nas, mas, ao assumirem, eles nao dao continui- Ellsio Curvo - PRN; F'livio Derzi - PP; George Takimoto - dade, pois, politicamente nao interessa. Bloco (PIT): Levy Dias - PPR; Marilu Guimaraes - Bloco (PFT); N6s, do Parlido dos Trabalhadores, temos debatido inlensa- Rachid Saldanha Derzi - PRN; Valter Pereira - PMDB; Waldir mente o assunlo, colocando o modo, o processo de govemo, tan to que Guerra - Bloco (PFT); Wilson Martins - PMDB. chamamos o "modo petista" de govemar. outros chamam, em Sao I'arana Paulo, do "modo quercista" de govemar e assim por diante. Isso signi- fica que, efetivamente, acima das pessoas, alem dos indivlduos esta o Affonso Camargo - PPR: Antonio Ueno - Bloco (PFL); melodo, o processo de govemar, significa uma nova postura de gover- Carlos Roberto Massa - PTB; Carlos Scarpelini - PP; Deni no. A administra^ao piiblica, os cargos publicos devem ser concebi- Schwartz - PSDB; Edesio Passes - FT; Elio Dalla-Vecchia - dos como um setor que, efetivamente, 6 estivel, treinado capacitado, PDT; Ervin Bonkoski - Bloco (FTB); Ivanio Guerra - Bloco reciclado, avaliado. E nos govemos apenas 20% dos cargos deveriam (PFT); Joni Varisco - PMDB; Jose Eduardo - FTB; Jose Felin- ser m6veis porque existe uma mSquina que deve funcionar, que deve to - PP; Jose Richa - PSDB; Luciano Pizzatto - Bloco (PFL); dar continuidade e existem cargos de confian^a que sao assumidos no Luiz Carlos Hauly - PP: Malheus lensen - PSD; Max Rosen- momento em que assume um novo govemo. mann - PDT; Moacir Micheletto - PMDB; Munhoz da Rocha - Portanto, hi por Iris disso duas questoes fundamentais, ou PSDB; Otto Cunha ; Pedro Tonelli - IT; Pinga Fogo de Olivei- seja, o modo de govemo e a forma como se concebe a funijao pii- ra; Reinhold Stephanos - Bloco (PIT); Renalo John - PP; Ser- blica. Se isso nao estiver claro, se nao houver um aperfei9oamento gio Spada - PP; Wcmc Wanderer - Bloco (PIT); Wilson da miquina piiblica e da concep9ao do que e um cargo piiblico Moreira - PSDB. eletivo, e que o bem piiblico deve estar acima do que os interesses 1670 Sexta-feira 11 DIARIO DOS TRAB ALHOS REVISIONAIS Mar?o de 1994 individuals momenlaneos de quem govema. efetivamenle, pode- anos, tem se senlido ullrajada ao ver o recesso de seus lares inva- mos dizer que o periodo de quatro anos e pouco. dido por programas e amincios de televisao, cujo objetivo princi- Lembremo-nos da epoca da diladura mililar. Havia um sis- pal parece ser o de inculcar em nossas crianqas e jovens a ideia de lema de govemo dilalorial, e era praticamenle certo que o sucessor que a violencia e um alo de h<"rolsmo e a promiscuidade sexual, de um general seria outro general. Portanto, havia condi^oes de uma virtude. conlinuidade ao sislema de govemo e, mesmo assim, houve obras Para corrigir essa situai;ao e resgatar o papel de meio de di- que foram iniciadas e nunca lerminadas. vulgai;ao de informal;oes e cultura que deve ser o da televisao, a Parece-me nao ser o periodo determinado de tempo que al- Proposta Revisional Popular n" 3.572-6 pede a allera^ao dos arts. guem ocupa o cargo que da a conlinuidade de govemo. mas a for- 220 e 221 da Constitui^ao Federal, de modo a; ma, a metodologia de um sisteraa de govemo. Se uma pessoa I - estender aos poderes estaduais e municipals, cada qual eleila, que tenha como visao maior o bem publico, nao importa no seu ambito, o poder de regular as diversoes e os espeliculos pu- que. naquele momento, ela esteja ocupando um cargo ou que ve- blicos, porque, em todos os casos, a supervisao e mais facil a nha outro sucessor, porque se as prioridades efetivas tiverem uma quem esta mais proximo; preocupaijao publica, elas terao seqiiencia, conlinuidade. II - atribuir ao poder publico a responsabilidade de resguar- Creio que vamos ter um periodo de muita conversa, de mui- dar a moralidade geral, obrigando-se a informar o publico sobre os ta discussao aqui na Casa. Mas chamo a aten^ao para essas duas inconvenienles dos programas desaconselhiveis a crian^as e jo- questoes. vens, vedando-lhes a apresenta^ao em determinados locals e horii- Eu, a principio, era favoravel a reelei^o apos um ano de rios; mandato de 4 anos; fui vencida na Bancada; acato a decisao, mas, mesmo assim, chamo a alen^ao para estas oulras questoes; como e m - vedar o incitamento direto ou indirelo a imoralidade e que se organiza o service publico, os servidores publicos; como e a violencia, atraves dos meios de comunica(;ao social; que se capacila os servidores publicos, para que eles, na verdade, TV - incluir, entre os princlpios que deverao ser obedecidos loquem loda uma maquina administrativa; e qual e o papel daque- pela produ^ao e programa^ao das emissoras de r&dio e televisao, o les que sao nomeados em cargos de confianga temporario, quer di- respeito aos valores elicos e sociais da pessoa e da famllia, bem zer, durante o periodo de alguem que foi eleito? como a preservaqao da inocencia e da moralidade da crian^a e do Por outro lado, e todo um sistema de govemo onde a visao adolescenle. essencial e tocar o bem publico para frenle e nao o locador de Nao se trata. Sr. Presidente, Srs. Congressistas. de um cer- obras em nivel pessoal, visando apenas promo*;ao individual. ceamento arbitrario e indevido da liberdade de expressao, mas do Deixo registrada essa posi^ao, porque me parece que foi um reconhecimenlo de que nao se pode permilir que direitos e liberda- assunto amplamente tratado aqui nas nossas conversas do dia de hoje, reflelindo as conseqiiencias da aprova?ao dessa emenda de des dados a uns prejudiquem os direitos e liberdades de outros. ontem a noile. Ocorre que, sendo o unico velculo de informa^ao e a unica op^ao Era o que linha a dizer. Sr. Presidehte. (Muito bem!) de lazer da maioria das famllias brasileiras, em nosso Pals a televi- sao tern um imenso poder de manipular opinioes e alterar compor- O SR. DIOGO NOMURA (PL - SP) - Sr. Presidente, que- ro registrar o meu voto "sim" emrelai;ao a sessao anterior. tamentos, como, aliis, lemos verificado em diversas ocasioes. Acontece que seus dirigentes, sabedores disso, em lugar de usar O SR. PRESIDENTE (Adylson Molla) - Pica registrado o esse poder para promover o enriquecimento da cultura e o aperfei- voto de V. Ex' ^oamento da educa^ao do povo, aproveitam-se dele para exercer Concede a palavra ao Congressista Osmanio Pereira. uma ditadura que e muito mais tiranica e arbilraria do que qual- O SR. OSMANIO PEREIRA (PSDB - MG. Pronuncia o quer ditadura polltica, pela possibilidade que tern, e exerce, de fa- seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Congressistas, tenho aqui zer verdadeiras lavagens cerebrais no publico especlador, em maos uma Carta Aberta dirigida a todos os nobres Colegas abusando, sem piedade, de sua vulnerabilidade, advinda do baixo Parlamentares, que pe90 seja transcrita nos Anais desta Casa. Foi esta carta aberta publicada em suplemento especial, do numero nlvel educacional da maioria de nossa popula^ao, o qual Ihe res- deste mes do Informalivo TV Plebiscito, Boletim da Associa^ao o tringe a capacidade de critica e de discemimento. Amanha de Nossos Filhos, um nome que, tenho certeza, traduz o Srs. Congressistas, como bem lembra a carta aberta que nos centro das preocupaijoes da maioria das famllias brasileiras. e dirigida, aprovamos recentemenle nesta Casa uma Lei de Prote- O documento pede o apoio dos Congressistas para a Pro- 9ao ao Consumidor, na qual se veda a publicidade enganosa ou posla Revisional Popular n0 3.572/6, apresentada por aquela asso- abusiva, bem como a quem incite H violencia, explore o medo, cia^ao em conjunto com a Associaijao Nacional Pro-Vida e aproveile da deficiencia de julgamenlo e da inexperiencia da crian- Pr6-Famflia, sediada em Brasilia, e a SORAVIM - Sociedade Rei- 9a, ou possa, de qualquer modo, induzir comportamenlos que pre- vindicativa e Assistencial de Vila Medeiros de Sao Paulo. judiquem o indivlduo e a sociedade. Essa lei preve sa^oes Foi essa proposta subscrita por mais de 22 mil pessoas, em- administrativas e penais a serem aplicadas a seus transgressores. bora somenle tenham sido contadas oficialmenle 17.737 assinatu- ras, em razao da exigencia de que cada uma fosse acompanhada Se lanto cuidado tivemos na prote9ao da saude, da segUTan9a e do pelo numero do tltulo eleiloral. bolso dos consumidores, nao 6 exagero algum pedir que se tenha a Mas nao e de admirar que a mencionada proposta revisional mesma preocupa9ao em rela9ao 4 saude moral das famllias e a pre- tenha obtido tao grande apoio popular, tendo sido uma das pou- scrva9ao dos valores tradicionais da nossa sociedade. qulssimas que conseguiram cumprir as severas exigencias do Re- E por isso. Sr. Presidente e nobres colegas, que junto minha gimento Intemo a respeito, coletando mais de 15 mil assinaturas, voz i dos mais de 20 mil subscrilores da Proposta Revisional Po- todas acompanhadas do numero do tltulo eleitoral do ass in ante, no pular 3.572/6, pedindo a V. Ex's que a aprovem. E ao faze-lo, exlguo prazo de duas semanas. E que o assunto de que trata atinge como diz a Carta Aberta, cuja transcri9ao pedi, "V. Ex's conlarao muito de perto nossas famllias e nossa genie que, nos ultimos Mar^o de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Sexta-feira 11 1671 com o mais aprcciavcl dos apoios, quc e o da verdadeira opiniao cores, que tecido precioso! comentavam. Na mullidao, ninguem piiblica brasilcira, a do Brasil real, bem diferente daquele Pals arti- queria parecer idiota: um murmurio de admira^ao percorre as ruas ficial forjado cm ccrtos cstiidios de telcvisao pela midia. e precede o cortejo. Mas eis que uma criamja, preservada da hipocrisia geral, E contarao, ademais com as ben^aos de Deus. com o preito deu um grito no meio da multidao; "O que esta acontecendo? O rei de gratidao dos verdadciros brasileiros e com o reconhecimento da esta nu"! Podemos imaginar o que se seguiu. Um momento de es- Histdria, por tcrcm dado urn contributo inestimivel para sanar um tupefa9ao. As pessoas simples come9aram a murmurar, depois a mal quc afligc toda a parte sadia da Na^ao." exclamar. Aos poucos, a assistencia hipnotizada rendeu-se a evi- lira o quc linha a dizer, Sr. Prcsidente. dencia: nao havia roupa nenhuma. O esperto "alfaiate" trabalhava DOCUMENTO A QUE SE REE ERE 0 SR. OS- as mentes mais do que os tecidos. Sem vestir o rei, soube criar, na MANIO EEREIRA EM SEU ERONUNCIAMENTO: corte e no povo, a ilusao de uma beleza inexistente. Ora, o "rei midia"" - a televisao - ostentando nos lares bra- Bolclim informativo da Associaf ao O Amanha dc Nossos Filhos sileiros uma vulgaridade e uma imoralidade repugn antes, sempre - Ano IV - N" 15- dezembro de 1993 procurou criar a ilusao de que essa degrada9ao era uma forma sutil EMEND A POPULAR PROPOE de arte e de progresso. LIM1TIiS PARA TV Vozes desconlentes, entretanto, fizeram como aquele meni- no e proclamaram a evidencia: a televisao e degradante! Esssas 17.736 elcitores pcdem ao Congrcsso o fim da imorali- vozes foram crescenles. Formaram um coro. Esse coro tern um dadc, vulgaridadc c violcncia cm programas televisivos nome: O Amanha de Nossos Filhos. Seu clamor coloca a TV con- Brasilia - Aproveitando a oportunidade inedita aberta pela tra a parede. Desmascarada. ela esta agora na situa9ao critica do Revisao Conslituicional para a aprcscnlai^ao dc emendas popula- rei de nosso conto: rcs, O Amanha de Nossos L'ilhos mobilizou seus aderentes espar- - ou ela eleva o nivel moral e cultural de seus programas e sos por 2.832 cidadcs brasileiras e conseguiu apresenlar no obtem assim a confian9a de seus stiditos. Congrcsso Nacional, no dia 7 de dezembro, uraa Proposta Revisio- - ou se obstina em seu processo de degiada9ao e cai num nal com 17.736 assinaturas. descredito total. Apcsar do curto prazo de 15 dias e a rigida exigencia, im- Uma vez Ian9ado o grito a televisao degrada, o feiti90 que posta pclo Rcgimento Intcmo da Revisao Constitucional, de que ela exercia sobre inumeros lares come9a a se desfazer para um dia constasse o numcro do litulo de eleitor em cada assinatura oblida, ganhar inteiramente as for9as sadias do nosso Brasil. a campanha alcan90u plcnamente seus objetivos e a eraenda popu- lar foi rcgistrada em tempo habil levando o ntimero 3572-6. Pnlicia liga grupo de Madonna as drogas Na realidade, o total de assinaturas coletadas chegou a Sao Paulo - Os policiais militares destacados para a segu- 22.000, mas apcnas 17.736 foram computadas, ja que o restante ran9a na entrada do Hotel Caesar Park, onde Madonna e sua equi- delas nao cstava acompanhado do ntimero do titulo eleitoral. pe estava hospedada, fizeram uma deten9ao por porte de drogas Para atender a mais uma exigencia do referido Regimenlo (maconha), que estabelece liga96es entre a trupe de Madonna e o Intemo, O Amanha tcve que pedir o endosso de duas associa^oes preso, M4rio Vitor Gisalbert. a sua Emcnda Popular. O que foi feito com muita presteza e des- Segundo os policiais ele vinha freqiientando ha dois dias o prendimcnto pela Associayao Nacional Pro-Vida e Pr6-Familia, de hotel e jS tinha amizade com integranles da produ9ao de Madonna, Brasilia, e pela SORA VIM - Sociedadc Rcivindicativa e Assislen- tendo algumas de suas contas pagas pela equipe. Ao pagar o almo- cial de Vila Mcdeiros, scdiada na capital paulista. 90 o caixa do hotel verificou a procedencia do cheque e.descobriu O REI ESTA NU que era roubado. lira uma vez, no rcino da midia, sua majestade a televisao Avisada, a seguran9a deteve Gisalbert quando ia entrar em um Fiorino Uno branco, chapa WD-7017. Em seguida os policiais Juraci Josino Cavalcantc militares descobriram que o carro nao estava em seu nome. Um se- Os contos sao freqiientemente cheios de sabedoria e de en- guran9a americano chamado Tommy tentou interceder por Gilsa- sinamcntos. Um deles ilustra bem o que se passou no espirilo dos bert junto aos policiais sem sucesso. Ao revislar o veiculo, a tclespcctadorcs que se levantaram contra a degrada^ao moral c policia encontrou um cachimbo cheio de maconha (OESP, 5-11- cultural da midia televisiva. 93. Quern nao conhece a histdria do alfaiate que se apresen- Michael Jackson abusou de crianfas acusa irma tou na corte oferecendo-se ao rei para fazer-lhe a roupa mais extraordiniria, como ningudm jamais usou? Uma roupa t3o TEL AVIV - O cantor Michael Jackson abusou sexualmen- bela e suntuosa quc somcnle os supcrdotados seriam capazes de te de crian9as durante anos e deu dinheiro is familias para que nao not4-la. Nosso rei nao titubeou. Fechou o neg6cio. E o alfaiate dissessem nada. A acu$a9ao foi feita em Tel Aviv pela irma do pos maos a obra. cantor. La Toya Jackson, que afirma ter sido amea9ada de morte Dcsde cntao sd se falou disso na corte. O povinho acompa- por Michael para que nao revelasse os abusos. nhava: cada um se preparava a dizer da roupa uma nova maravilha "Eram sempre menininhos, disse La Toya a jomalistas num que o situassc entrc os mais entcndidos. hotel de Tel Aviv. Se eu ficasse calada, eu sentiria a culpa e a humi- Quando veio a festa do rcino, todo o pais j4 estava ao cor- lha9ao que essas crian9as estao sen tin do. Isso e muito errado. Eu nao rentc: o rei iria estrear scu grandc traje. "J4 pcnsou, minha coma- posso ser e nao serei uma colaboradora silenciosa dos crimes dele dre, cochichavam, uma roupa tao extraordinaria que so os espiritos contra crian9as pequenas e inocentes, afirmcu (FSP, 9-12-93). avan^ados seriam capazes dc pcrceber sua magnificencia?" O rei apareceu em grande corte jo. A roupa fez sensajao. Os Americano exige a^ao contra TV violenta cortesaos se cxtasiavam como podiam. Os notaveis do reino nao Washington - a Ministra da Justi9a dos Estados Unidos, Ja- queriam ficar para Iras: "que roupa maravilhosa, que cintilafao de net Reno, ame9aou as redes de TV com medidas de controle do 1672 Sexta-feira 11 DIARIO DOS TRABALHOS REV1SIONA1S Mar^o de 1994 govemo, se nao tomarem elas mesmas a iniciativa agora - enfali- de nossa Presidenle, D. Laurice Massade Haddade, dirigida ao Mi- zou - de moderar a violencia da programa^ao... sera dificil resislir nislro Mauricio Correa. as pressoes da opiniao publica para que alguma coisa seja feila 16:00 - Contatos com parlamenlarcs conhecidos. (JB, 21-10-93. 17:00- Distribui^ao de noticia sobre a campanha na Sala de Imprensa do Congresso. TV inspira loucura suicida Em vista do eslrangulamenlo de prazo para a coleta de 15 Nova York - Um adolescente morreu e outro ficou grave- mil assinaturas tninimo necessario para apresenla^ao de emendas mente ferido, numa cidadezinha da Pensilvania, quando tentaram populares - foram apresenladas a Mesa da Revisao Constitucional imitar herois do recem-lan^ado filme de TV "The Program", ali- apenas tres propostas de emenda popular. rando-se entre carros de uma autopista para lentar sair ilesos. Inci- Vencendo essa dificuldade numa corrida contra o tempo, O dente semelhanle em Long Island deixou outro adolescente Amanha de Nossos Filhos aprcscntou no dia 7 do correnle sua gravemente ferido (JB, 20-10-93). Proposla Revisional Popular subscrila por 17.736 brasileiros. A Desenho provoca morte emenda propoc que sejam estabelccidos limites a programas de 1 TV de maneira a serem respeitados os valores eticos da pessoa e LOS ANGELES - "Beavis & Butt Head'" , o desenho anima- da familia e preservada a moralidade e a inocencia das crian^as e do da MTV sobre dois moleques de parafuso solto que gostam de jo- adolescentes. gar "poodles" dentro de maquina de lavar, esta sendo acusado de ter incentivado um garoto de cinco anos a provocar a morte de sua ir- NA RA1Z DOS RESULTADOS, A mazinha de dois anos, em Moralme, Omo. A mae disse que o filho te- DEDICA<;AO DE NOSSOS ADERENTES ria imitado o personagem Beavis, que gosta de brincar com fogo. Zeni Luigia Cracco da Reda^ao Nao e tudo: duas escolas de Dakota do Sul proibiram os alunos de irem a aula com camisetas de Beavis & Butt-Head por- De todos os quadranles do Pais recebemos noticias de parti- que eles seriam maus exemplos (JB, 22-10-93. cipantes que sacrificavam suas horas de lazer e ale suas ocupa<;6es profissionais e familiares para se lan^arem na larefa de coleta de Meninos assassinos influenciados por filme assinaturas. Londres - James Bulger, a criamja de dois anos brutalmente Oulros pediam urgentemente lislas. O excesso de trabalho assassinada em fevereiro passado na Gra-Bretanha por dois meni- atropelava-nos a todos, pela massa de correspondencia a alender e no de 11 anos, morreu como o boneco "Chucky" do filme Brin- os preparativos para a viagem a Brasilia. quedo assassino 3: numa linha de trem, com a cabe<;a esmagada e Atendemos a quanlos pudemos, na luta contra a marcha ine- o rosto coberto por tinla azul. O filme havia sido alugado pelo pai xoravel dos ponteiros do rclogio, e a acelerada contagem regressi- de um dos meninos pouco antes da tragedia... va imposta pelo Regimento Intemo da Revisao Constitucional. Dois deputados britanicos apresentaram provas de que o pai Estabelecemos dia 3 de dezembro como data-limite para o de Jon Venables havia alugado cerca de 60 fitas de video violentas atendimento de lislas, uma vez que dia 4 era sabado, e na scgunda- e pomograficas antes do assassinato e que, aparentemente. seu fi- feira, dia 6, ja eslariam seguindo para Brasilia. lho teria assistido a algumas. Recebemos os protestos de alguns de nossos ardorosos par- Uma delas era Brinquedo assassino 3. lerceiro e ultimo ticipantes, que se mostravam decepcionados por nao Ihes ser pro- episodic de uma serie de horror sobre um boneco possuido por um porcionada a oportunidade de colher mais assinaturas. dada a espirito matador, que morre, como o pequeno James, numa linha carencia de prazo. de trem (O Globo, 26-11-93). A culpa nao foi nossa. Cobrem de nossos represenlanles no Congresso Nacional. SOMENTE TRES EMENDAS POPULARES Mas, com a ajuda da Providencia, o essencial conseguimos: APRESENTADAS a Emenda esta apresentada. E a vitdria foi de todos. AGENDA EM BRASILIA Em menos de 10 dias, mais de 20.000 assinaturas chegaram aos escrilbrios de O Amanha, em Sao Paulo. E lemos certeza de Na Capital Federal, o diretor de O Amanha. Paulo Henri- que conseguiriamos muitissimo mais, nao fossem os magros 15 que Chaves, teve trabalho intense no dia 7 de dezembro; dias de prazo, acrescidos de outra rigida exigcncia; a de apresenta- 9:00 - Chegada no predio do Congresso Nacional. com ^ao do numero do lilulo eleitoral. 17.736 assinaturas, encademadas e numeradas. pesando 28 quilos, Pelas proje^oes que fizemos. O Amanha teria alcanfado fa- e envollas em fitas verdes-amarelas. cilmente 100 mil assinaturas, se nossos aderentes dispussem de 9:15 - Encontro com um gmpo de aderentes da Capital Fe- tempo para uma articula^ao em grandc estilo cm suas respeclivas deral, para acertar os detalhes da entrega. cidades. 9:30 - Nosso Diretor chega a seijao de entrega das assinatu- Agora um apelo a vigilancia e a disposi9ao de luta: O Ama- ras. Os trabalhos param por instantes e a curiosidade e geral. nha mantera alraves de parlicipantes residentes em Brasilia, um 9:35 - Sob o numero 3572-6 e registrada a Proposla Revi- acompanhamento do curso das coisas na Revisao Constitucional. sional Popular, apresentada por O Amanha e endossada por mais A qualquer momento podera apelar para seus aderentes, duas associaijoes a Pro-Vida e Pro-Familia e a SORAV1M. Em se- para que o carro de nossa emenda popular ande dentro dos trilhos guida, foram prolocoladas cartas das tres entid',des ao presidenle certos e chegue a bom porto. da Revisao Constitucional, Senador Humberlo Li ma. Nao ficaremos de brakes cruzados ante e eventuais tentali- 9:45 - E dado oficialmente k associa^ao. O Amanha de vas de torpedear nossas propostas. A hora e. pois, de vigilancia e Nossos Eilhos o recibo de entrega dos referidos documentos. raobiliza^ao. 15:00 - No Ministerio da Justiija, e entregue o primeiro lote de 12.000 petiroes para que seja introduzido um novo ilicito penal NO MINISTERIO DA JUSTKJA contra as emissoras de TV violadoras dos valores eticos e sociais Aproveitando sua esladia em Brasilia, Paulo Henrique Cha- da familia brasileira. As assinaturas foram acompanhadas de carta ves entregou, no Ministerio da Jusli^a um lote de 12.000 petiroes. MarfO de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Sexta-feira 11 1673 solicitando do Ministro Mauricio Correia a introdu^ao, no antepro- piiblica. quando vi no jomal que numa cidade do interior, um jeto de reforma do Cddigo Penal, de um novo illcito penal consti- mcxjo se enforcou ap6s a novela que apresentou o enforcamcnto tuido pelos "atentados aos valores 6ticos da pessoa e da famllia" do Tiao Galinha (M.C.G. - Marilia, SP). em programas de televisao. O vigario pediu - Quero solicitar-lhe que me envie outro fasciculo TV; uma "escola", mas de que? O que recebi deixei ESCREVEM NOSSOS AMIGOS em minha cidade natal para um grupo de pais. O nosso vig&rio Palcstras para 5.000 - Tendo nas minhas maos o fasciculo gostou demais e pediu-me que deixasse com esse grupo (E.J.S. - TV: uma "escola" mas de que?, aproveitei-o como subsidio Rio de Janeiro. RJ). inestimSvel para as minhas palestras de reflexao nas reunides com Magnifico - "Achei-o o fasciculo TV: uma "escola", mas os pais dos meus alunos, no fim do 3°. bimeslre. Foram seis pales- de que? magnifico e gostaria que as pessoas, cujos nomes envio, tras de 1 hora no salao nobre do nosso Liceu, para um total de recebessem um fasciculo cada uma (Z.A.C.L. - Rio de Janeiro, mais de 5.000 pais. Todos ficaram profundamente impressionados RJ). com os efeitos pemiciosos que a TV causa hoje em seus filhos e Fui a luta - Ao saber desta nova campanha [do fasciculo], nossos alunos. Gostaram imensamente e me solicitaram o fascicu- fiquei muito contenle e j4 fui 3 luta era um col6gio aqui perto de lo. Sera que 6 possivel enviar-me 200 exemplares? (A.A.S.S. - casa, conversei com a Diretora, que deu total apoio e disse que eu CuiaM, MT). poderia ficar 3 vontade e que poderia passar em todas as classes Tenaddade - Apresso-me em devolver-lhe a peti^ao de que estivessem tendo aula (O.C.J. - Sao Carlos, SP). Emenda Popular. Espero que, com a ajudar de Deus, tenhamos Profcssores do Acre - Recebi sua carta de 1° de novembro bom exilo nesta empreitada. Realmente 6 uma ocasiao unica para ultimo agradecendo a contribui^ao para a divulgafao dos fascicu- agirmos (...) Admiro a tenacidade de O Amanha de Nossos Fi- los sobre os efeitos da TV na formaijao e aprendizado. D. Yolanda lhos em nao deixar a peteca cair (D.H.S.G.- Cruzeiros, SP). e eu solicitamos mais cinco fasciculos para enviarmos a profcsso- Boicote a Antarctica - Boicote! Gostaria de pedir a voces res de nossos filhos. Ela inclusive quer remete-los a professorcs do que incentivassem as pessoas de boa vontade a fazerem um boico- Acre (M.M. Brasilia, DF). te a todos os produtos da Antarctica que patrocinou a vindade Ma- Fazendo propaganda - Muitissimo obrigado pelo envio donna aqui no nosso Pais. Aqui em casa nao entra nenhum dos exemplares do livrelo TV: uma "escola", mas de que? bri- produto Antarctica, mesmo que seja de graja (O.M.S. - Vilha Vc- Ihantemente elaborado pela seleta Comissao de Estudos de vossa Iha, ES). entidade. Nao s6 distribui todos todos exemplares, como tamb&n For^a c fe - Estou comovida pela for?a e K que a associa- venho fazendo propaganda da Grande Cruzada empreendida pelos (ao O Amanha de Nossos Filhos transmite atraves de petifdes, senhores (M.V.W. Brasilia, DF). proteslos e do fasciculo TV: uma "escola", mas de que? Recebi Publicar trechos - Venho agredecer-lhe a autoriza(ao para o fasciculo e li com bastante aten^ao, achei espetacular e muito publicar trechos da brochura TV: uma "escola", mas de que?[...) importante para o esclarecimento dos pais e dos professores Esse estudo 6 de grande valor, pois mostra o problema da TV (O.C.S. - Pariquera-A9U, SP.) como ele existe n3o s6 no Brasil, mas tamb6m no estrangeiro. Pa- Entre amigos e profcssores - Logo procurei distribuir en- rabens pela publica^ao! Que o Senhor Jesus abenfoe seus traba- tre os amigos e profcssores os fasciculos [TV: uma "escola", mas Ihos e Ihe de a alegria de uma seara muito copiosa! (E.B. Rio de de que?J, os quais, ansiosos e felizcs, muitos Ihe agradecem Janeiro, RJ). (Z.T.R. - Fortaleza, CE). Exerddos escolares - Fiz alguns exercicios em aula e sor- Volta da censura - O ideal seria, na minha opiniao, a volta teamos trSs cartas de alunos que melhor reproduzindo o texto. Tra- da censura de costumes, e sua alribui^ao ao Minist6rio da Educa- balhei com eles, tambem, o livrinho sobre TV. Valeu a pena. Se (ao. Mas temos que avaliar circunstancias, evitar o mal maior. houver tempo de mandar folhelos "Basla de imoralidade..." para Acho por isso 6tima a emenda constitucional da Entidade que colher assinaturas entre alunos eleitores, poderS remetg-los. subscrevo, pelo seu alto valor moral e civico (A.L.C. S3o Paulo, (E.E.F. Ibirubi, RS). SP). Tirei copias - Passo-lhe 3s mSos uma c6pia do folheto TV: O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) — Antes de conce- uma "escola", mas de que? que reproduzi para os profcssores da der a palavra ao prdximo orador, a Presidencia vai permitir aos nossa escola, no Dia do Professor. Foram 50 copias entregues, Srs. Congressistas que nao registraram o seu voto na sessao ante- com a mais completa aceitafio de todos (P.G., Conquista, MG). rior, que o fafam agora. Responsabilidade Judicial - A respeito da emenda, gosta- O SR. FABIO MEIRELLES (PPR - SP) - Si. Presidente, ria que fosse pensada e acrescentada a responsabilidade judicial meu voto 6 "sim". em caso de tragfedias, ou graves acontecimentos, incentivados pela TV. Por exemplo, no caso do menino que sc enforcou. A TV devc- O SR. EUCLYDES MELLO (PRN - SP) - Meu voto 6 ria responder em processo. Quando acontece algum assalto ou se- "sim". Sr. Presidente. qilestro e os assaltantes dizem ter aprendido na TV, csta deve responder em processo judicial (A.R. Quixadi, CE). O SR. JOAO FAUSTINO (PSDB - RN) - Meu voto 6 Ate crian^as estao matando - Hi pouco tempo (um mes e "sim", Sr. Presidente. pouco) outro menino disparou um tiro no ouvido. E uma menina tambem matou um menino aqui em Lages. At6 as crianfas estao O SR. JONES SANTOS NEVES (PL - ES) - Meu voto 6 matando ou se matando! A que ponto chega a violencia, a imorali- "sim". Sr. Presidente. dade, a ponto de muitos imitarem (L.S. Lages, SQ. O SR. GERSON PERES (PPR - PA) - Meu voto 6 "sim". Imitou Tiao Galinha - E com satisfaijao que recebi o ma- Sr. Presidente. terial de O Amanha de Nossos Filhos (...) A televisao tem mos- trado muito do que hi de pior. E os exemplos arrastam. (...) O SR. ODACIR SCARES (PEL - RO) - Meu voto 6 Cheguei a escrever ao Sr. Roberto Marinho e ao Presidente da Re- "sim". Sr. Presidente. 1674 Sexla-feira II DLARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Marijo de 1994 Pe90 ao Presidente em exercicio do Congresso Revisor que O SR. PRESIDENTE (Adylson Molta) - Concedo a pala- fa9a um alerta a Mesa. As atitudes que estao sendo tomadas, a meu vra ao pr6ximo orador inscrito, nobre Congressisla Rose de Frei- ver sao demagogicas, porque sao notorias quando dizem respeito a tas. um aspecto que pode ser ressaltado pela iraprensa, mas para mim todas as atitudes que visam ressaltar o trabalho daqueles que res- A SRA ROSE DE FREITAS (PSDB - ES. Pronuncia o peitam esta Casa merecem relevancia. Estamos aqui, como sempre seguinte discurso. Sem revisao da oradora.) - Sr. Presidente, Srs. fazemos, dedicando o nosso tempo exclusivamente a alividade Congressistas, venho manifestar, desta tribuna, a minha grande parlamentar e nao podemos nos submeler a confusoes. preocupa^ao com o andamento dos trabalhos do Congresso Revi- Quero pedir a V. Ex", por todo o empenho que tem, que en- ser. contremos uma saida para o andamento dos trabalhos do Congres- Sr. Presidente. com toda a admira9ao que lenho a V. Ex*, so Revisor. A balburdia que aconteceu ontem aqui nesta Casa. Sr. pela condu^ao, mesmo que episddica, dos trabalhos do Congresso Presidente, nao pode mais ocorrer. Revisor, quero dizer que e impossivel pensar no bom andamento Agrade90 o tempo que me foi dedicado. da Revisao Constitucional se nao enconlrarmos uma formula ade- O SR. PRESIDENTE (Adylson Molta) - A Presidencia quada de encaminhamento dos trabalhos denlro do plenirio desta nao tem o direilo de inlerferir e recebe como uma colabora9ao as Casa. reflexoes feitas pela Depulada Rose de Freitas que tem sido a per- O que aconteceu aqui, ontem. no plenario desta Casa, foi manenle preocupa9ao desta Presidencia. tao lamenlivel que s6 merece registar essa cxpressao. O que se E lenho dito, sem querer lomar tempo, que o melhor cami- ouve, reiteradas vezes, nos corredores, nas reunioes, 6 que o Con- nho para fazer esta Casa andar e observarmos sua regra basica. o gresso Revisor nao terS como concluir os seus trabalhos no prazo Regimento Intemo. Observando-o, 95% dos problemas serao re- previsto a continuar a falta de ordenamento da pauta, a falta de or- solvidos. Concordo plenaraenle com o que esta nele explicito: o denamento das lideran9as formais desta Casa nas discussoes dos parlamentar s6 pode usar da palavra, dentro do Regimento, inscre- assuntos que sao pertinentes is sessoes que sempre participamos. vendo-se para Breves Comunica96es, usando a sua prerrogaliva na V. Ex*, Sr. Presidente, quando preside a sessao, procura dis- Comunica9ao de Lideran9a, inscrevendo-se para encaminhar vota- cemir a conduta regimental da boa conduta para o andamento dos 9ao ou para discutir matferia ou entao por questao de ordem devi- trabalhos. Entrelanlo, o mesmo nao vem acontecendo nas sessoes damente fundamentada Fora disso, e liberalidade da Mesa e so que sao presididas pelo nosso caro amigo, a quern dedico profun- incentiva o tumulto. Por isso esta Presidencia muilas vezes ate e do respeito, Senador Humberto Lucena, que, pacientemente, tern criticada por procurar cumprir com mais rigor o Regimento Inter- concedido a palavra ate mesmo em quesldes de ordem com varies ne para o bem da Casa, da Institui9ao. microfones abertos a pessoas que questionam a questao de ordem Agrade90 as observa95es da Depulada Rose de Freitas e do companheiro, que dialogam com o Relator, numa verdadeira creio que S. Ex' esti preocupada com algo comum a lodos n6s: balburdia. queremos realmente que esta Casa funcione e tenha aquela ima- E mais ainda: nao 6 possivel que esta Mesa continue a igno- gem grandiosa que desejamos ai fora. rar a campanha publica e sistemilica, campanha paga, que esti Para registrar a presen9a com rcla9ao a vota9ao anterior, sendo feita contra o Congresso Nacional. concedo a palavra ao nobre Deputado Jos6 Dulra. Eu nao aceito. Sr. Presidente, ser chamada per aqueles adje- O SR. JOSE DUTRA (PMDB - AM) - Muito obrigado. tivos que cstao sendo colocados nas propagandas que sao veicula- O SR. ODACIR SO ARES - Sr. Presidente, V. Ex* me per- das na lelevisao acerca do Congresso Revisor. mite? Volei contra a revisao constitucional e tenho. hoje, essa tese mais clara dentro de mim, quando vejo que a reforma constitucio- O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Pois nao. V. Ex' nal nao avan9a. Ficamos aqui quatro, seis, sete horas prorrogando tem a palavra. sessoes para discutir assuntos que, rapidamente, poderiam ser en- O SR. ODACIR SO ARES (PFL - RO. Pela ordem. Sem caminhados. O Presidente di encaminhamento i sessao, concede revisao do orador.) - Sr. Presidente, queria apenas trazcr ao conhe- questao de ordem, palavra de ordem, sucessivamente, e quando es- cimento do Congresso Nacional os trabalhos que estao sendo reali- tamos num processo de vota9ao. ainda se levanta novo encaminha- zados pela Cotnissao Misla do Congresso Nacional, deslinada a mento e o Presidente, com o gesto de maior boa-vontade, retoma a aprecia9ao da Medida Provisriria n" 434, que trala da polit.ca mo- palavra aos oradores que vao se inscrevendo sucessivamente. netiria do Govemo. especificamente da conversao do Cruzeiro Fa90 este alerta. Sr. Presidente, porque hoje de manhi ouvi Real em URV e posteriormenle em Real. um parlamentar falar acerca da apresentadora Hebe Camargo, que Queria dizer a V. Ex' e a toda a Casa que a Comissao vem teria dito, na sua reapresenta9ao, na abertura do seu programa, al- cumprindo rigorosamenlc suas alribui9oes com vistas a modificar gumas palavras ofensivas aos parlamentares. - se for o caso, se disso ficar convencida - a Medida Provisdria, Como e que podemos adotar uma medida - e esta principalmente, em rela9ao a duas quesloes bisicas: perdas sala- Mesa, nesse aspecto, tem sido omissa - para a apresentado- riais e pre90s, uma vez que o Govemo, apesar de registrar na Me- ra, uma medida para as propagandas que sao veiculadas na dida Provisdria sua preocupa9ao com a monitora9ao dos pTe90s, televisao que chamam a lodos os Congressistas de ladroes e nao dispde de qualquer instrumenlo eficaz, materialmenle exerci- ratos. Nao aceito esses adjetivos, e a Mesa que tem que to- livel, para a conten9ao dos aumenlos abusivos de pre90s. mar uma posi9ao. A Comissao. na ultima segunda-feira, ouviu o Ministro da Sei que nesta Casa ha parlamentares sob suspeita que serao Fazenda, Fernando Henrique Cardoso; anteontem, os Minislros julgados brevemente, que passaram pela CPI e oulras circunstan- Walter Barelli e Romildo Canhim; ontem, as centrals sindicais e. cias mais, mas dai jogar todos na vala comum da falta de moral, de na parte da manha de hoje, os presidentes das confedera96cs patro- 6 tic a e de responsabilidade, isso eu nao posso aceitar. Sou, alem de nais de todo o Pais. parlamentar mae de familia, educadora de meus filhos e quero dei- Tem havido bastante consenso, Sr. Presidente, no fato de xar para eles a unica heran9a possivel que e a minha dignidade que lodos admilem ler havido perda salarial no momenlo da con- pessoal e os ensinanentos que herdei dos meus pais. versao dos salirios em URV. e a grande questao - que, inclusive. Mar?o dc 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Sexta-feira 11 1675 foi colocada hojc pclo empresario Emerson Kapaz. do Pensamento vemo do Estado de Rondonia. E tudo isso em prejuizo da socieda- Nacional das Bases Emprcsariais - e que se loma necessario en- de sofrida daquele Estado, que hoje sofre intemperies de toda sor- contrar um ponto de cquilibrio entrc a pretensao dos trabalhadores te, de toda ordem; um Estado completamente deteriorado em suas brasileiros, no scntido dc rccuperar as perdas ocorridas com a con- estradas vicinais, em seus sctores produtivos, com falta de energia versao dos salarios em URV, e a qucslao que vem sendo levantada eletrica, e o Govemo estadual lanfa mao dos j4 parcos recursos do pelo Govcmo dc quo uma eventual rccupcraf ao das perdas poderia Tesouro do Estado para fazer festa, para fazer campanha eleitoral gcrar uma acclcrafao da infla^ao. num verdadeiro acinte, um atentado a dignidade do Estado de A Comissao tern, nos scus trabalhos, verificado que existe, Rondonia. como eu acabci de dizer. um consenso rclalivamcnte a essas duas Era a comunica^ao, Sr. Presidentc, que o Partido da Frente questocs: a qucstao das perdas salariais - o quo o proprio Govemo Liberal, do Estado de Rond6nia, gostaria de trazer ao conhccimen- admitc ter havido - e a acelerafao dos pre^os dos principals pro- to desta Casa, condenando e denunciando essas atitudes do Gover- dutos da cesta basica. no de Rondonia, que lira dos cofres publicos. de maneira direta e Quero trazcr ao conhccimento de V. Ex' e de todo o Parla- indireta, achincalhando, execrando, atacando, agredindo a dignida- mento brasilciro o fato de que, amanha a tarde, a Comissao estara de e a decencia do povo do Estado de Rondonia, o dinheiro para novamenle se avistando em audiencia especial com o Minislro mais uma festa. com mais uma enganayao, com mais um comicio Fernando Henrique Cardoso, numa tentaliva de se encontrar esse politico, com mais um exercicio de prestidigita^ao na tentativa - o denominador comum. que nao tern conseguido - de enganar a popula9ao daquele Esta- A Comissao esta tambem procurando conseguir no proximo do. domingo, ou no maximo na segunda-feira. uma audiencia, junta- Era a denuncia que eu gostaria de formular em nome do mentc com as centrais sindicais, com o Presidentc Itamar Franco. PEL. Sr. Presidenle. Prctende a Comissao, na proxima ler^a-feira, dia 15 de mar- Muito obrigado. 90, votar o mcrito dessa Medida Provisoria no seu ambito de com- O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Concede a pala- petencia, no seu ambito dc 39ao, trazendo para o Congresso vra ao nobre Congressista Vital do Rego. (Pausa.) Nacional um novo habito, que c o dc se fazcr votar nas comissoes Concede a palavra a nobre Congressista Beth Azize. (Pau- mistas as mcdidas provisbrias que sao baixadas pelo Poder Execu- sa.) tive e que gcralmentc nao conscguem ter o seu mcrito votado nas Concede a palavra o nobre Congressista Mendes Ribeiro. comissoes mistas c terminam nao sendo votadas pclo Congresso (Pausa.) Nacional, levando o Poder Executive ao habito nocivo e nefasto Concedo a palavra ao nobre Congressista Nilson Gibson. que 6 o dc rccditar essas mcdidas provisorias sem limite. Ao trazcr a V. Ex* c a toda Casa estas informa^ocs, desejo (Pausa.) dizer que a Comissao Mista cspcra que. votando no ambito da sua Concedo a palavra ao nobre Congressista Beto Mansur. competencia essa Medida Provisoria e modificando-a e transfor- O SR. BETO MANSUR (PPR - SP. Pronuncia o seguinte mando-a cm um projeto de lei dc convcrsao, o Congresso Nacio- discurso. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidentc, Srs. Congres- nal possa vota-lo no maximo, no dia 25 ou 26 dc mar^o. sistas, temos feito diversos pronunciamentos nesta Casa sobre a Eram essas as considcra^oes que desejava fazer, agradecen- pauta do dia da Revisao Conslilucional. No dia de ontem, Sr. Pre- do a V. Ex' haver permitido esta oportunidadc, sidentc, live uma satisfa9ao muito grande em ver o plenirio cheio Muito obrigado. e todos discutindo. E 16gico que, ontem, tivemos tumulto. Alguns Parlamenla- O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - A Presidencia res inclusive comentando aqui o respeito ao Regimento. Acho ate agradecc as informafocs de intcrcsscs dc todos os Congressistas correto que a Mesa (393 o Regimento ser respeitado. Entretanto, a prcstadas pelo nobre Senador Odacir Soares. Casa estava viva no dia de ontem, exatamente porquc existiam na O SR. MAURICIO CALKTO - Sr. Presidentc, peyo a pauta questoes de interesse de todos os Congressistas. E nesse sen- palavra para uma comunicafao de Lidcranya. tido. Sr. Presidentc, que (390 este pronunciamento. Vemos novamente, ao item 1 da pauta, a licen9a para afas- O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - V. Ex* tern a pa- lamento do exercicio de mandato; assunto j4 discutido diversas ve- lavra pelo PEL, uma vez que houve o desmembramento do Bloco. zes aqui. Nao vejo como este assunto possa estar, primeiro, na O SR. MAURICIO CALIXTO (PEL - RO. Como Eider. Constitui9ao do Pals e, segundo, que possa despertar o interesse de Para uma comunicafao. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidentc. Deputados c Senadorcs, fazendo com que esta Casa ficasse repleta Srs. Congressistas, o Partido da ['rente Liberal, basicamente, do no dia de ontem. Estado dc Rondonia, vem trazcr ao conhecimenlo da Nafao, do Sr. Presidentc, temos diversos assuntos importantes a serem Congresso Nacional mais uma grandc atitude condenavel do Go- debatidos e aprovados ate o dia 31 de maio, quando se encerra a vemo do Estado dc Rondonia. Revisao Constitucional. N6s temos alguns Partidos - e cito o PTB Prcpara o Sr. Govcmador dc Rondonia uma festa faraonica - que pedem a prorroga9ao do prazo da Revisao Constitucional, no prdximo dia 15 que, cm tese, scria para comeraorar os ires anos mas que abandonam a sessao, obstmindo-a, enquanto um tema de govemo do Sr. Osvaldo Pianna Filho. O PEL, Sr. Presidentc, como o da Reforma Tributiria 6 deixado de lado. Aprovamos, al, quer declarar ao Pais e ao Congresso que se trata de uma acinte, uma "meia-sola" que foi o Fundo Social de Emergencia. trala-se dc uma atitude, por todos os seus termos, que achincalha a Iniciamos a Revisao Constitucional pelos temas importan- dignidade e a decencia da gente de Rondonia. tes, claro, mas algumas coisas foram debatidas e aprovadas, mas E propdsito do Govemo dc Rondonia contratar cantores de so elas nao resolverao o problema do Pals. Uma reforma tributaria renome nacional para leva-los a pra^a ptiblica e proporcionar o cir- ampla, que acabc com os 59 impostos. taxas e contribui9oes exis- co a populaijao de Rondonia para comemorar os scus tres anos de tcnles no Pals. Uma reforma plena que permita o ingrcsso do Bra- desgovemo. Preve-se gasto entre 500 mil a um railhao de d61ares sil na economia mundial e, sobretudo. que possibilite a ele para toda essa parafemalia que estarii sendo mobilizada pelo Go- 1676 Sexla-feira 11 DiARIO DOS TRABALHOS REVISIONA1S Mar^o de 1994 resolver os gravissimos problemas de miseria que atinge a quase presidincia, que e ocupada pelo Sr. Wilson Campos. 1° tnetade da popularao brasileira. Secretdno. Outro ponto fundamental tambem e a discussao da quebra O SR. PRESIDENTE (Wilson Campos) - Concede a pala- dos monopolios, lanlo na area de telecomunica^oes como na do vra ao nobre Depulado Carlos Lupi. pelroleo. Vemos os diversos grupos - inclusive esse corporativis- mo lodo que envolve as empresas estalais - gastando uma enormi- O SR. CARLOS LUPI (PDT-RJ. Pronuncia o seguinte dis- dade de dinheiro com propagandas. Hoje, o Estado de S. Paulo curso. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Congressis- nolicia que a PETROBRAS vai gastar por volta de 2 milhoes de las, lembrei-me, durante o discurso do orador que me antecedeu, dolares, com propagandas de trinta segundos nas redes de lelevi- de expressao cunhada na epoca da ditadura militar "vivandeiras sao do Pais inteiro; e envia tambem diversos folhelos, livros em de quarteis" Agora ouvi "vivandeiras da destmi^ao nacional". As cinco cores, feilos com um dos papeis mais caros de impressao, pessoas nao querem discutir a realidade de duas empresas, uma para todos os parlamentares, defendendo o monopolio. das quais 6 allamente lucraliva para o Brasil, 6 vital para a econo- mia e soberania nacional. Nao sou eu que digo isso. Vou cilar Posiciono-me contra o monopolio da PETROBRAS, pois exemplo personalidades do mundo, mencionadas em um livro edi- entendo que o Estado brasileiro deve ter o conlrole do petroleo e tado hoje, do Ricardo Bueno: Henry Kissinger, por exemplo. das lelecomunica^oes no Pais, mas lemos que abrir esse mercado Creio que o Depulado que me antecedeu ji ouviu falar nele; nao se para outras empresas. Nao eslamos defendendo, de maneira algu- trala de nenhum socialista. Sao palavras de Kissinger "Os paises ma, a privaliza^ao da PETROBRAS ou da TELEBRAS; essas em- industrializados nao poderao viver se nao tiverem 4 sua disposifio presas lem que existir mas com eficiencia e concorrendo com os recursos naturals nao-renovivcis do Planeta. Terao que montar outras empresas, principalmente nacionais que querem participar um sistema de pressdes e constrangimentos garantidores das con- da riqueza desses setores. secu^ao dos seus intentos". Ou seja, para os paises industrializa- Observamos, na area de lelecomunica^oes, o sistema caoti- dos, paises ricos, 6 claro que 6 importante apropriar-se do solo, da co da telefooia celular na cidade de Sao Paulo. Ha aproximada- soberania, da pros pec 9 ao do petrdleo dos povos do Terceiro Mun- mente uns seis 6 meses, a telefonia celular foi implantada nesta do, porque precisam muito mais do que n6s do petrbleo e da ener- cidade, quando deveria ter sido ha tempos. A cidade de Sao Paulo gia para que possam desenvolver sua riqueza, sua tecnologia de era o unico grande mercado virgem no mundo inteiro. Mesmo as- ponla. Enquanto isso, exportamos laranja, cafi, produtos lerciirios sim, j4 exislem quatrocentos possiveis usuarios querendo entrar no e importamos deles a tecnologia de ponta, conseguida atraves da sistema e, absolutamente, nao exislem telefones celulares para se- maleria-prima que a eles fomecemos. Ficamos na ignorancia, fica- rem vendidos. mos sempre submetidos ao jugo desses (raises ditos de Primeiro Por que? Exatamenle porque o controle e estatal, inexiste a Mundo. Temos ainda as palavras do hoje Presidente do Clube Mi- concorrencia de empresas privadas inveslindo no sistema. e, com litar, Coronel Nillon Cerqucira - portanto, nao um homem de es- isso, o Brasil situa-se em 42° lugar entre os paises lalino-america- querda; pelo contririo, um homem nilidaraente de direita nos. O Clube Militar permanece coerenle com os principios da Acredito no desenvolvimento do nosso Pais; no ano passa- atual legisla9ao especial do monop61io do petrbleo. do o crescimento do Produto Intemo Bruto, PIB. foi de 5%, e. para Sr. Presidente, citei esses dois exemplos para moslrar que que continue crescendo, precisamos ter as telecomunicaijoes fun- nio se trata de discuss4o de corrente politica ideolbgica; trata-se cionando bem, porque pais nenhum avan?a se nao desenvolver sua de discussio de quern imagina querer este Pais uma Na9ao e de propria comunicaqSo. quern imagina fazer deste Pais o quintal daqueles que querem sub- E um absurdo. Sr. Presidente, que em um baino movimen- meter o nosso povo ao poder econdmico, ao podcr do dinheiro, ao tado de Sao Paulo, como o Pacaembu, o usuario precise pagar 5 poder das armas. mil d61ares por uma linha telefonica. A medida em que se planeja, Sr. Presidente, Srs. Congressistas. hi um folhelinho da PE- por exemplo, montar uma empresa em Sao Paulo com dez linhas TROBRAS - ao contririo do que anunciou o Depulado, o folheto lelefonicas, ela teri que separar 50 mil ddlares para a compra des- nao esli sendo distribuido; consegui este no exemplar que adquiri sas linhas. do livro do Ricardo Bueno -, editado gra9as a um fundo de que Isto 6 vergonhoso, pois paises que incentivam o desenvolvi- dispoem os funcionirios desta empresa. Nao se trata de dinheiro mento fazem com as empresas de telecomunica^oes operem aju- de multinacional, de dinheiro de alguns que recebem para defender dando o com6rcio e a industria, oferecendo telefones. interesses escusos de lerceiros; trata-se do dinheiro de um fundo As mudan(as s6 ocorrerao. Sr. Presidente, na medida em bancado pela PETROBRAS e pelos prbprios funcionirios. A PE- que quebremos o monopdlio e falamos com que essa empresa, a TROBRAS 6 do povo, a PETROBRAS nao 6 de um individuo. Telcbtis - que ji prestou e presta inegiveis servi^s a comunidade Quero saber qual empresa teri condi96es de compri-la, pois tern brasileira possa concorrer com a iniciativa privada que reduza o um capital estimado em ISO bilhoes de dblares? Qual o empresirio custo principalmcntc dos senses telcfonicos. nacional que teri condi95es de bancar investimentos que nao sao Sr. Presidente, qucro referir-me ainda ao sistema de proces- lucrativos de imediato? Por isso, ftzeram o contrato de risco; aban- samento de dados, pois hi {raises que ji estao discutindo as gran- donaram o contrato ao constatarem que nSo era lucralivo. A PE- des vias eletrdnicas, com centrais telefdnicas que mandam TROBRAS csti ai com uma rescrva de 10 bilhScs de barris de diversos sistemas de informa^ao. Aqui. em Sao Paulo, esti-se dis- petrbleo, aumenlando em mais um bilhio de barris de petrbleo, cutindo a quebra ou nao do monopdlio das telecomunicafdes. agora com as quatro ultimas descobertas de P090S. Sao temas importantes para o desenvolvimento desta Na- Tcnho aqui exemplos para os malemiticos e economistas, 9ao. Espero que as lideran^as, que o Relator da Revisao, que a que gostam de numeros; Custo do barril do petrbleo nacional - Mesa coloque esses temas para que possamos discutir. ano de 1992 - menos de 15 dblares por barril; o custo do importa- Muito obrigado. Sr. Presidente. do pelo Brasil foi em tomo de 20 dblares por barril. Custo de des- coberta - 1991. O da PETROBRAS, por barril de petrbleo, foi em Durante o discurso do Sr. Beta Mansur, o Sr. tomo de 2,5 dblares; o importado, em tomo de 4 dblares. Adylson Motta, 1° Vice-Presidente, deixa a cadeira da Mar? o dc 1994 DIARIO DOS TRABALHOS RliVISIONAIS Sexla-feira 11 1677 Mais numcros para os privatizantes: O SR. BETO MANSUR - Sr. Presidente, pe^o a palavra Oasolina. Estrutura dc prc^o. Nos Estados Unidos, que e o pcla ordem, uma vez que fui citado pclo nobrc Congressista Carlos modelo, o patrao. o Hdcr, a piitria deles; 72% do total do prc^o do Lupi. conibustlvcl vai para o rcfinador, ou scja, para o produtor dc pctro- leo. No Brasil, 36% do prcfo da gasolina vai para o Govcmo Fe- O SR. PRESIDENTE (Wilson Campos) - V. Ex' acabou deral sob forma dc impostos, ou seja. divisas que a propria de falar. Concedo a palavra... PETROBRAS gcra para o Govcmo Federal. Dc cada litro que a O SR. BETO MANSUR - Sr. Presidente. fui citado. O De- PETROBRAS vende, 36% do pre^o desse litro de petrolco e re- putado Carlos Lupi me citou como "o meu antecessor". vertido em impostos para o Govcmo Federal. Nos Estados Unidos O SR. PRESIDENTE (Wilson Campos) - Nao vou conce- - o modelo deles - vai para o Govcmo apenas 21%: No Brasil, des V. Ex' nao foi citado. para o refinador, rcsla 18%; nos Estados Unidos, sao 72% do va Concedo a palavra a nobre Congressista Benedita da Silva. lor. A SR" BENEDITA DA SILVA (FT - RJ. Pronuncia o se- E mais. Sr. Presidente - at e que esta a mamata, como fala guinte discurso. Sent revisao da oradora.) - Sr. Presidente, Srs. o Congressista Gerson Peres, um dos homens nacionalistas desta Congrcssistas, goslaria de me associar as palavras do Deputado Casa ha um dado "consumo dc energia por ano". Estados Uni- Carlos Lupi, porque entendo que tcmos de preservar as riquezas de dos - 1989: 8.5 dolarcs per capita. Brasil - 1989; menos de I do- nosso Pais, e o que aqui produzimos devemos aplicar, para que si- lar per capita gasto em produ^ao dc energia. tua^ocs como a que irci apresentar nao aeon tenant mais em nosso E claro que interessa aos pat'scs que dependem da produ^ao Pais. Estou. neste momento. Sr. Presidente e Srs. Congrcssistas, energetica, que dependem do petrolco para scu crescimento. para trazendo uma campanha: "Miss Brasil - 2000". Poderiam achar o sua desenvoltura, fazcr com que tenha privaliza^ao em paises litulo maravilhoso, mas ele expressa a realidade do Brasil: uma como o nosso. menina, cuja coroa e uma caixa de chicletes, o cetro 6 uma bisna- Quanto a TELEBRAS, tambem somos contra a privaliza- ga, a faixa e apenas um pacote de plastico e seu manto um cober- 1,'ao. Hojc. cm muitos setores, o Govemo e obrigado a investir no tor rasgado. interior, a investir no Nordeste, Icvando cabos da EMBRATEL, le- Essa 6 a situagao de miscria que o Pais esta vivendo. Esta vando cabos de telefonia, porque e necessaria a comunica^ao entre campanha I an 9 ad a pelo Centre de Articulaijao de Popula96es Mar- as cidades brasileiras. ginalizadas, com o apoio do Fundo das Na96es Unidas para a In- Pergunto: sera que alguma empresa particular se arriscaria a fancia - UN1CEF - representa para nos um motivo de investir algumas dezenas dc milhares e milhares de dolares para algo que nao 6 lucrative para cla, mas que e de intcresse da Na- questionamenlo. Isso porque vemos aqui alguem cujo premio e a ma, cuja felicidade e nao ter moradia, cuja situa9ao e estar margi- ^ao? Obviamcnte que nao Sr. Presidente. nalizada, e ser estuprada, violentada a cada momento. cuja oportu- Esses dois setores sao os que radicalmente defendemos nidadc e nenhuma, pois faz parte da lisla dos analfabetos, das como os que devcm pcmianccer sob controlc do Estado. Ha gran- despossuidas, das abandonadas, das desacrcditadas. das presas fa- des grupos inlemacionais inleressados em adquiri-los. Sao os tini- ceis do matadouro cotidiano. cos que tern dinhciro para investir. Nenhum grupo privado Podemos registrar, a titulo dc exemplo, que no mesmo ins- brasileiro tern rccursos para isso, a nao scr que seja em sociedade - tante em que no Rio de Janeiro se lanv'ava essa campanha, no Pa- ou como tcsta-de-ferro - dc grupo intcmacional. rana. foi Ian9ada outra campanha cm que se dizia o seguinte: Se amanlta a EMBRATEL fosse privalizada, ficaria nas "mate um infrator menor". Essa campanha da Missc Brasil - 2000 maos dc um todo poderoso dono dc cadcia de lelcvisao. Eslc pode- e a oportunidade que temos de tomar conhccimento da situa9ao dc ria cscolhcr a noticia que scria transmitida para o Brasil; podcria milhares dc meninas e adolesccntes. Essa questao nao e prioridade decidir se transmitiria a mortc ou elei^ao de um Presidente. Per- na Ordem do Dia da discussao da Revisao Constitucional. mas o gunto; transmitida noticias que ferissc interesses desse grupo? fator economico, cvidcntemenlc, e prcpondcranlc para idcntificar A EMBRATEL tern um papcl fundamental para as teleco- situa95cs como esta, porque a falta de oportunidade e a falla de in- munica^oes brasileiras. A televisao, o radio sao fundamcntais para veslimcnto social faz com que tenhamos essas meninas pcrambu- a cultura e cduca^ao de um povo. Nao obslante, querem intema- lando nas mas. cionalizar a nossa cultura. Jit o fazem hoje. Fa9o o registro dessa bclissima campanha parabenizando o Ja estou terminando, Sr. I'residente, aguardando a mesma Sccretario Geral do CEAP, Professor Ivanir dos Santos, ex-aluno bcnevolcncia que foi dada ao mcu antecessor, que teve um grande da FUNABEM, um dos que conseguiram escapar dessa situa9ao, cxpedicnle de 18 minutos, mas ja estou terminando. pT4 »*aTi 01/94 01/94 pelo Brasil. Com esta compreensao, nos, parlamenlares filiados a parti dos do campo dcmocratico e de esquerda assumimos publicamente a responsabilidade de encaminhar no Congresso Nacional a dis- cussao de um novo projeto, sua concep^ao de Estado e um progra- ma comum de a(,ao polltica. A sociedade reclama um Brasil mais H i a*-? yJ" justo e para isso precisamos buscar a conforma^ao desse novo blo- i:u Kf« 'JCI JiAMiA "O" co politico, pluralisla e cavocionado para o exerclcio do podcr. Respeitando as mstancias e delibera^bcs dos partidos a que eslamos filiados. reafirmamos a possibilidadc da unidade das for- i^as democr'alicas ainda no primeiro lumo das elei^des de 1994. A unidade e necessaria. Acredilando na sua viabilidade, de- cidimos construir a Frente Parlamentar por uma Nova Polltica.. Na polltica se busca fazer a hora. Nao se espera que ela EE aaai aconleija - ou pior, que nao aconteija. OCMOHSTmATlVO 0* fAOAUEJITO oo»i ooto Oil* »IWXI M'MW lOMIHlltlACAO MUM 00 ttHOO Brasilia, 9 de mar^o de 1994 P" IKUtCOlACMiMirtaaCAO I*00 Assinarara inicialmente esta frente, os seguinles Dcputados mmb vr Federals: - Sidney de Miguel PV/RJ - Zaire Rezende PMDB/MG t 990 94 - Waldir Pires PSDB/BA - Roberto Freire PPS/PE - Eduardo Jor- re11 skLkHro »*M 1 901 ,JJ| 1111k »k»Tt i/»i ge PT/SP - Roberto Franca PSB/PE - Sergio Miranda PCdoB/MG ikJeaktt'iCkCM:McakTinckCkO iiMCtki - Julahy Junior PSDB/BA - Luis Gushiken PT/SP - Uldurico Pin- to PSB/BA - Sergio Arouca PPS/RJ - Tuga Angerami PSDB/SP - Sandra Starling FF/MG - Alvaro Ribeiro PSB/PE - Auguslo Car- valho PPS/DF - Paulo Silva PSDB/P1 - Jose Fortunali PT/RS - Ubiratan Aguiar PSDB/CE - Eden Pedroso PT/RS - Deni 4 UuZ n.iia x. Schwatz PSDB/PR - Benedita da Silva FF/RJ - Sigmaringa Sei- aiEs n « .u xas PSDB/DF - Chico Vigilante PT/DF - Joao Faustino IStll PSDB/RN - Morestan Eernandes PT/SP - Jabes Ribeiro PSDB/BA - Helio Bicudo PT/SP - Ricardo Moraes PSB/MA - ■pi Mm [• Marco Penaforle PSDB/CE - Paulo Rocha PT/PA - Laerte Bastos •OVUM 90 l»f*00 01 tiO^ULO ubm nc m PSDB/RJ - Pedro Tonelli FF/PR - Sergio Gaudenzi PSDB/BA - DBMOHSTRATfVO Dt PACAK1MTO y*'0 OiV MIOOM. 111*00 Jose Cicote 1T/SP - Flavio Ams PSDB/PR - Paulo Paim PT/RS - koaiMinokCio fctokt DO (iikoo isiam I\fkoaiNisTOkric A*OCl UOkll i»»: 00 ciokilIHkOC Arioslo Holanda PSDB/CE - Paulo Delgado IT/MG - Clovis As- yen MIS IkOOll [Mkiivei c 10-'XH sis PSDB/BA - Haroldo Saboia PT/MA - Beraldo Boaventura rr^ r... 5 v>>k«to okit PSDB/BA - Irma Passoni PT/SP - Senador Julahy Magalhaes cakiiricjtckoUl-BUkT k«fk IV«;ULixMi PSDB/BA - Senador Eduardo Suplicy PT/SP - Jaques Wagner Slklk-OkO'lkCICIOMki HMO 0* lltvltO PT/SP - Agostinho Valente - PT/MG - Jose Dirceu PT/SP - Vla- :ot OuOktcoi i « dimir Palmeira FF/RJ - Jose Genoino PT/SP - Paulo Bernardo PT/PR - Helvecio Caslello FIVES - Valdir Ganzer PT/PA - Ede- sio Passes PT/PR - Alolsio Mercadanle PT/SP - Tilden Santiago PT/MG - Joao Paulo PT/MG - Lounval Freitas PT/AP - Alcides Modesto PT/BA - Adao Pretlo PT/RS - Nilmario Miranda r o n- PT/MG - Luci Choinacki PT/SC - Waldomiro Fioravanle FF/RS - Carlos Santana FT/RJ. t-u aua pica Mil MUk Mar9o de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Sexta-feira 11 1681

CCVIMMO M I1T«M ( tie MiL* ■ ..JT" mmmm oo 111*00 M its oooco DBMOMITIUTIVO OK FACAMCVTO -0*10 MV »ltM*i IHMC /£rs\ *a*l«IIT**C*0 1I04* M (HMO DKMOMmUTIVO 1 00*1 eOTOKt* HIM** rST4M ' r'm***" i "QiU-ii imb —r "Ti7Wiiww-— ■001 K 0*11 M 111*00 w 1 j *Mii>;iia*c*o MC M**if 111 aauMi P rwn'iiT—tjm I trvtnmcn aminihracmt'CIROOl OCUII uc M oca*!! riTAOO («r |^y£J-*iml.l«n,« Ol/** 11SAC fUNC UOllCOl 111 I »*C( VMM 11/01 on od OI/O*01/0* 1 ( .nz.rsn.: ' ai i3 t ^eeS-T^ZZT;• in*iif£^i r tr~rtr rr -r B W 1 Sir aa 'IK1I *ot.. *oC|^|yo«*1i*c '

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1 in "gj.'.wiiuC □" u-OLa » M.n 1 lii.tJ K 'ft* "9" 'IKM as& mm 1682 Sexta-feira 11 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Mar^o de 1994 Os caminhos da primeira altemativa teriam exigido cora- / ' zjSL MVIRM DO (STADO DC liO DACLO gem, for9a moral e firmeza de principios para enfrentar as pressoes DKMOMSTIUTIVO Ot PACAMXNTO OOM-ODTO MS* •ISSDAk ISTaOD - que sabemos serem terriveis, daqueles que scmpre se beneficia- *•■)NISIDacaO UDM OO (STaOD ram da miseria, e que nao pretendem abandonar seus privilegios, aDnlhiSTDacaoiNCaDOOS SIMll INC M •(•ait l»'*aO m A op9ao pela segunda vertente, entretanto, exigia apenas cinismo e 7 n to low-MTDI 1 habilidade, para adotar um comportamento lortuoso, que nao a re- 00'rw 0M*1|»|C*CAAS*iMlD DAM (SD(Cm DIDC»*10« u/w IS Ifta.sa velasse explicitamente - porque as sensibilidades odeiam o mal, ODATIMCACAD DDI * UUOt DIDC. 12/nT»/DS • m.ai>aT M J0)X)' 1*MD(IW«D a.oo• 00 MOC• IDC il/Dl«J/t3 1 •IT.Di embora sejam capazes de suporta-lo pacientemenle, quando vela- CM SIK> ra*D PUDct SMJCf (SI SD «*iM »J/M m.*ua.sa do. Repetem-se assim os mesmos discursos dos govemos anle- riores. Por que nao recuperar o valor do salario minimo? Porque "a economia do Pais nao aguenlaria"; porque haveria insuportavel au- menlo nos gastos com as folhas de pagamento dos ser'idores pii- blicos; porque se desequilibraria o o^amento da Previdencia Mi- 1 'Vwl 1 1 ' ■ ■ 1 Social; porque os repasses desses reajustes para os PTC90S seriam •or* NOT*: VOCC b«««* sao 'MAO CTtSCI »IC* "0'* MSCM inflacionarios. Dessa forma, Senhores, nao e demais suspeitar de lodo o dr- duo processo de reconslru9ao democralica que temos vivido, ao Marina de Freitas Marques; todas elas visitadoras sanilarias apo- longo dos ultimos dez anos. Nao e muito dcsconfiar que tudo isso sentadas. nada mais seja do que uma encena9ao monumental de nossas eli- A situa^ao destas servidoras que desempenharam uma fun- tes dirigenles, levada adianle com o fim de perpcluar sua doraina- 9ao tecnica correspondente ao ntvel medio e desesperadora. As 930 sobre os brasileiros. suas aposentadorias foram reduzidas praticamente ao salario mlni- E como nao pensar assim, quando sao impunemente ignora- mo. das as determina96es do lexlo conslitucional - norma primeira de For exemplo, Eidaldea recebeu bruto em dezembro/93 nossa convivencia democralica? e como assim nao entender, se, 23.628,00 e liquido 21.399,00 contra um salario minimo na apesar de reconhecermos a debilidade que fere o atual Salario Mi- epoca de 18.760,00. Em janeiro/94 recebeu bruto 42.530,00 e nimo, insistimos em maltrapilhos argumentos tecnico-contabeis? liquido do 38.365,00 contra um salario minimo na epoca de Como acredilar verdadeira uma democracia que mais se prcocupa 32.882,00. em disfar9ar a miseria do que em protegcr os miseraveis? E lamentavel que o Govemo do Estado lenha rebaixado a Sr. Presidente, Srs. Congressistas, apesar de tudo, mais do esle nivel os proventos deste pessoal que duranle decadas atende- que apenas lamentar a triste sina dos assalariados no brasil, cabe a ram pacientes, crian^as, gestantes. hansenianos, tuberculoses, etc. esta Casa defende-los contra os goveraantes covardes, que fogem Tanto dentro dos centres de saude como em visilas nos Bairros e da luta contra os fortes, preferindo enfrentar os fracos. Ao exami- Favelas das nossas Cidades. nar a Medida Provisdria da URV, porlanto, nao nos deixemos con- Fa^o este registro no Congresso Nacional e encaminharei taminar pelo enlusiasmo irresponsavcl; nao nos iludamos, copia ao Govemador do Estado de Sao Paulo e ao Secrelario de acreditando em domar a infla9ao com medidas cosmelicas. Saude de Sao Paulo para que estudem que tipo de Providencia e Para os lecnocratas do Govemo nada e mais facil do que possivel imediatamente para corrigir esta injusli^a, esta violen- lra9ar exposi9oes leoricas sobre a obten9ao do equilibrio economi- cia. co, ainda que a cusla da miseria. Mas sercmos nos, os polilicos, Anexo as copias dos demonslrativos de pagamentos. aqueles de quern se cobrara, no future, as juslificativas para mais Eduardo Jorge. um eventual fracasso. Nos e que leremos de explicar ao povo tra- balhador porque nesle piano de estabiliza9ao - como de resto em O SR. MAURI SERGIO - Sr. Presidente, pe9o a palavra todos os anteriores - os salaries ficaram rcslritos a media, enquan- pela ordem. to os pre90s dispararam sem controle algum. O SR. PRESIDENTE (Wilson Campos) - Tern V. Ex' a Se o Poder Executive resolveu caminhar pela vertente da palavra. falacia, da menlira e da hipocrisia, haveremos nos de rcconduzi-lo aos dominios da verdade e do direito. E boa maneira de isso fazer- O SR. MAURI SERGIO (PMDB - AC. Pela ordem. Sem mos e providenciar, logo de inicio, a recupera9ao imediata dos revisao do orador.) - Sr. Presidente, Sr's e Srs. Congressistas, conceilos de Salario Minimo insculpidos na Carta Magna, confe- lenho certeza de que nenhum dos Senhores tera argumentos rindo-lhe poder de compra condizente com as necessidades de para protestar, se eu afirmar aqui que o nosso salario minimo nossos trabalhadores e com a dignidade que eles merecem. nao passa de uma farsa. Todos concordamos que ele e irrisorio, O SR, PRESIDENTE (Wilson Campos) - Concede a pala- lodos temos consciencia de que ele 6 incapaz de cumprir o dis- vra ao nobre Deputado Everaldo de Oliveira. posto na Conslitui^ao: "atender as necessidades vitais basicas (do trabalhador) e de sua familia com moradia, alimenta^ao, O SR. EVERALDO DE OLIVEIRA (Bloco FL - SE. educa^ao, saude, lazer, vestuario, higiene, transporte e previ- Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisao do orador.) - Sr. Presi- dencia social". dente, Sr's e Srs. Congressistas, as chuvas estao chegando no Nor- Ora, isso constalado, surgem duas vertentes bem defmidas deste e e exatamente agora que devemos nos unir para conseguir de possibilidades de 3930: ou realizar uma verdadeira dislribui9ao que o Fundo de Desenvolvimenlo do Nordeste priorize, de forma de renda, no Brasil, ou conlinuar sustentando o "status quo", en- emergencial, o financiamento do custeio agricola na produ9ao de quanto for possivel. A julgar por suas atitudes, o govemo do Sr. alimentos basicos, O Fundo deve fortalecer os micros, os peque- Itamar Franco fez op9ao politica pela segunda, embora procure nos e medios produlores rurais do sertao nordestino que estao lo- manter nos discursos a imagem de quern tivesse escolhido a pri- talrnenle descapitalizados, apos uma seca inclemenle, onde, em meira. algumas areas, nao chove ha mais de dois anos. Mar^odc 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Sexta-feira 11 1683 Nesta data. Sr. Presidente, estou encaminhando expediente O sertanejo de minha terra nao tem mais nada, senao dispo- aos Srs. Presidcntes do Banco do Nordeste do Brasil e do Banco si9ao de trabalho. A seca arrazou sua terra, matou sua criafao e do Estado de Sergipc betn como ao Govemador deste Estado. Sr. nera sementes h4 hoje para o plantio. Temos que chegar a ele ime- Joao Alves Filho, encarecendo a necessidade de acelerar o proces- diatamente com subsidios para refazer sua terra e observem que so de maneira que, ainda, neste mes, j4 estejam disponlveis os re- pedimos cr6ditos subsidiados para financiar o custeio agricola na cursos para o custeio agricola no sertao, subsidiados e produ9ao de alimentos b4sicos por micros, pequenos e medios provenientes do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste. O Fun- produtores do Nordeste, quando sabemos que todas as grandes po- do foi criado constitucionalmenle exatamente para prover a sofrida tencias mundiais dos paises produtores do Primeiro Mundo subsi- regiao de mcios para conviver com as secas ciclicas e suas danosas diam toda agricultura. O que queremos aqui e recurso do FNE para conseqiiencias. e nao hi forma mais correta do que, por intermfedio a agricultura b4sica. do incentive a agricultura - e observe-se que estamos pleiteando A verdade e que as chuvas estao chegando. Mas o sertanejo apoio aos micro, pequenos e medios produtores de alimentos b4si- nao tem mais nada. Esti descapitalizado, o que tinha algumas pou- cos como o milho e feijao. cas ovelhas ou as viu morrer ou as vendeu para manter a familia; E bora de resgatarmos a cidadania do sertanejo. Alcan^a- as ovelhas seguiram o mesmo caminho, ate as galinhas sumiram, e mos o ponto onde, juntos, representantes do Govemo municipal, sequer sementes h4 para plantar. E nossa obriga9ao acionar os dis- estadual e federal, conseguircmos resultado compensador na lula positivos que permitam a utiliza9ao do Fundo de Desenvolvimento contra o flagelo das secas que, ano ap6s ano, consome verdadeiras do Nordeste para custeio agricola de micro, pequenos e medios fortunas, sem que as raizes do problema sejam atingidas. O produ- produtores do sertao, subsidiando a agricultura de alimentos basi- tor nordestino esta totalmente descapitalizado. Nunca na histdria cos. do sertao houve um empobrecimento tao grande, tao acelerado, _ A agricultura e uma atividade que gera empregos e rique- que hoje impossibilita o produtor de plantar e colher apds a longa zas. E fundamental na economia de qualquer coletividade. O go- estiagem da qual sai agora. Mas cerlo de que um dia a seca volta- vemador de Sergipe, Joao Alves Filho, conhece essa realidade. E, ri, esperando apenas que esse dia esteja bera longe e at6 14, o ser- com sacrificio imensur4vel, concilia a busca de solu9oes para o tanejo mclhor eslruturado para enfrent4-lo. O sertanejo eslA problema do sertanejo com a melhoria da qualidade de vida do disposto a trabalhar incessantemente para colher uma safra que povo. Faz em todo o Estado obras que sao solu95es definitivas permita manter-se e a sua familia, e gerar excedentes que possam para a questao das secas, conciliando de forma correta a busca da scr colocados no mcrcado para amenizar a fome de seus conterra- melhoria da qualidade de vida de todo o povo com o desenvolvi- neos. mento integrado e continuo de Sergipe. Em seu primeiro govemo, E agora que devemos nos juntar todos para estabelecer me- em 83/87, deu a partida a um pioneiro e ousado programa de agri- didas que signifiquem o apoio efetivo ao homem do campo, espe- cultura irrigada, implantando no interior projetos que come9aram a cialmente no sertao. E a melhor forma de o fixar 4 sua terra, exibir primeiros e excelentes resultados na fase final de seu gover- evitando-sc os humilhantes exodos rurais, 6 dar-lhe condifdes de no. trabalhar o seu peda^o de chao. Dados recentes mostram que o Infelizmente, seu sucessor nao deu a minima aten9ao 4que- custo de um homem no campo 6 vinte vezes menor do que o custo les projetos, que foram praticamente interrorapidos. Ao retomar, de um homem na cidade, com o relevante detalhe de que no cam- Joao Alves tamb6m retomou os projetos, e hoje exibe 5 excelentes po ele estar4 produzindo, enquanto que na cidade ele estar4 en- pclos produtores de graos, frutas e hortigranjeiros, gra9as irriga- grossando as fileiras dos que pedem assistencia as autoridades, 9ao. Joao Alves lan9ou ainda o primeiro projeto envolvendo par- alem de irrcmediavelmente sujeito 4 marginalidade. Subsidiar re- ceria de Govemo e iniciativa privada, o Plat6 de Ne6polis, um cursos para micros, pequenos e m6dios produtores do sertao 6 um experimento que envolve 7.200 hectares de terras em uma regiao investimento infmitamenle inferior 4 manuten^ao dessas pessoas particularmente pobre. Ali, breve, come9ar4 a produ9ao de fmti- na cidade, se eles tiverem que fugir das ro^as por n4o tcr como cultura tropical irrigada, para exporta9ao e para a agroindustria. cultiv4-las. Plantar no sertao. Sr. Presidente, Si's e Srs. Congrcs- As margens do Sao Francisco, ao lado de onde se ergue a sistas, 6 loteria. O produtor acerta uma vez e erra duas ou tres, su- Hidroel6trica de Xing6, desenvolvem-se dois projetos, Calif6mia I portando os onus absurdos decorrentes dos financiamcntos com e n, com aproveitamento das 4guas do rio. O segundo serve-se da corrcijao plena. 4gua a ser represada pela barragem, que acionar4 as turbinas de Vou exemplificar. Sr. Presidente. Em minha cidade. P090 Xing6. Sao cinco mil hectares, na primeira etapa, mas poderi che- Verde, em Sergipe, que era at6 h4 pouco a maior produtora de mi- gar a 40 mil hectares, numa fase posterior, quando o lago estiver lho c feijao em Sergipe, tendo ainda forte participafao na produ- todo formado. ?3o de mandioca e algodao, o Banco do Brasil, em 1986, A preocupa9ao do govemador de Sergipe com a 4gua 6 a formalizara mais de 1.200 contrato de custeio agricola. 'Aquela prioridade ntimero um de seu Govemo. Prioridade que ele inicioi' dpoca, havia juros subsidiados para o pequeno produtor poder fi- em sua primeira administra9ao, implantando adutoras, abrindo po- nanciar suas safras. Ale 1993, a quantidade de contratos de custeio 90s, constmindo cistemas. Neste seu segundo govemo, bate todos naquela agencia foi se reduzindo de forma dr4stica 4 medida em os recordes possiveis. Sergipe tem a maior malha de adu93o de que a politica agricola do Govemo conduzia ao absurdo de cobrar todo o Nordeste, com 1.700 quilfimelros. A 4gua chega ao sertao corre^ao plena nos financiamcntos a micros, pequenos e medios por colossais adutoras, como a do alto Sertao e a Sertaneja, que se produtores rurais do sertao nordestino. H4 casos em que o produ- interligam e abastecem todo o interior do Estado. E com um deta- tor foi obrigado a vender tudo, rigorosamente tudo, para pagar os lhe: com 4gua tratada. Na jun93o das duas adutoras uma gigantes- financiamcntos porque a produ^ao jamais acompanhou c nunca ca esta93o de tratamento purifica a 4gua, que chega 4s casas com a poderia acompanhar, naturalmente, o crescimento avassalador da mesma qualidade da 4gua que 6 servida na capital. divida. Em 1993, a agencia do Banco do Brasil de P090 Verde, Em Aracaju, 97 por cento das residencias regulares j4 dis- que chegou a contratar mais de 1.200 contratos de custeio em poem de 4gua encanada. E tratada. Que pode set tomada direta- 1986, em 1993, registrou zero contratos de custeio agricola. Como mente das tomeiras, sem qualquer risco. Gra9as aos estudos que o municipio pode manter-se produtor nessas condi?6es. realizados por ordem do govemador Jo3o Alves Filho, na periferia 1684 Scxta-feira 11 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Marijo de 1994 da capital foram descobertas reservas gigantescas de agua, que do em volume de petrbleo, produzindo. nesse periodo de 1987, permiliiao o abastecimenlo da Grande Aracaju atfe o ano 2020. E. saltamos de 426,5 milbdes metros cubicos para 432, a Argentina novamente, igua tratada, gramas a esfor9os de tratamento erguidas caiu de 181,9 milhoes de metros cubicos para 152,5. Fazendo uma pelo govemo Joao Alves Filho, com capacidade para tratar mil li- compara9ao ripida, os numeros mostram que a Argentina nao esti tres de igua por segundo. Tres novos reserval6rios guardam, jun- respondendo. Alim disso, a Sr* Margaretb Tatcher viri ao Brasil tos, 25 mil metros cubicos de igua. Interligados por 18 para trazer as li96es da Inglaterra, a pioneira desse discurso neoli- quildmetros de subadutoras de grande diametro, totalmente novas, beral privalizante; os numeros, na Inglaterra, mostram que, depois alimentam redes de distribui^ao de mais 70 quilomelros. para das privaliza96cs, as reclama96es dos consumidores aumentaram abastecer a regiao metropolitana da capital sergipana. com rela9ao a todas as tarifas de servi9os publicos, porque aumen- Dal mais uma razao para pregarmos total integralao. E um tou o pre90 e diminuiu o Indice de senses e de produ9ao. Esses gigantesco desafio, uma responsabilidade imensa para o Govemo excmplos nio batem com as afirma96es retbricas dos defensores do Estado enfrentar sozinho. Sergipe e o menor Estado da Fedcra- da quebra do monopblio estatal da PETROBRAS e das lelecomu- ijao, e sua administra^ao estadual esti executando, lodo esse nica96es. imenso trabalho, ao lado de outras vultosas obras, de grande signi- Qucro registrar lambem que estou seriamente preocupado ficado, c que assegurarao progresso e desenvolvimenlo para Sergi- com a privatiza9ao das empresas estatais produloras de energia pe. Precisa de apoio, de incentive, de amparo, de ajuda. E a bora elelrica neste Pals. Estamos al com o decreto do Presidenle da Re- de chegarmos. pubbca colocando todos as estatais do setor elelrico para serem O Govemo Federal tern o Fundo de Desenvolvimenlo do privatizadas. Eu, que convivo hi longos anos com uma grande em- Nordeste, instrumento que transfere recursos da esfera federal para presa estatal, a Companhia Hidreletrica de Sio Francisco, sei per- aquela regiao. Pois o Fundo deve, imediatamente, destinar rccur- feilamenle o desastie total, tanto do ponto de vista econbmico sos para dar ao sertanejo condigoes de se recuperar, e ao Govemo como social, que iri provocar a quebra do monopbbo estatal do setor do Estado ajuda na obra cicldpica que realiza. elblrico. Jamais uma empresa privada vai assumir o onus social do se- O Minislerio da Inlegra^ao Regional, a SUDENE, o Banco tor estralegico eletrico neste Pals. A conta que a popula9ao ja pagou e do Nordeste do Brasil, brgaos que gerenciam o Fundo de Desen- bastante alta; basta levar em conta que 95% da energia eletrica deste volvimenlo do Nordeste, devem ser acionados. E bora de somar. O Pals tern como fonte energelica as barragens produloras das unidades Govemo Federal nao pode ficar insenslvel as necessidades do hidreletricas. e exatamente essas grandes barragens sacrificaram cen- Nordeste. tenas, milhares de pessoas para a sua constru9ao. O memento e este. Vamos dar ao sertanejo a oporlunidade Ainda estamos em um processo de reassenlamento de 5.400 .sc recompor. Vamos resgatar o sertanejo. E nossa obriga^ao. E familias sb da Barragem de Itaparica, alem das outras tantas barra- nosso dever. gens. como Tucurul. Sobradinho, que ale hoje nio assentou as fa- Era o que tinha a dizcr. Muito obrigado a todos. milias que foram sacrificadas pela constru9ao dessas barragens. E ainda temos prejulzos na navega9io, prejulzos ambien- O SR. PRESIDENTE (Wilson Campos) - Cbnccdo a pala- tais, na piscicultura e outros grandes prejulzos que foram pagos vra ao Congrcssista Alcides Modesto. pela popula9ao brasileira. para termos hoje essa grande estrutura O SR. ALCIDES MODESTO (PT - BA. Pronuncia o se- produtora de energia. guinte discurso. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidenle, SA e Outro dado importante 6 que sb temos dois sistemas neste Pals; Srs. Congressistas, inicialmente, gostaria de agradecer o tltulo o sistema Norte/Nordeste e o sistema Sul/Sudeste/Centro-Oeste. honroso com que fui saudado pelo Presidenle da sessio deste Con- Como 6 que vamos privatizar, pulverizar em empresas? Como vai ser gresso por reverendlssimo, embora esteja hi muitos anos afastado essa distribui9ao? E como 6 que chegarao as redes eletricas aos rinco- da alividade religiosa para dedicar-me i atividade politica e social; es mais atrasados deste Pals, principalmente no Norte? Nao serao, cer- mas e um tltulo que honra o meu passado e dignifica minba vida tamente essas ireas que vao ser privatizadas, porque a empresa que sb prescnte. pensa cm hicro nao vai qucrer privatizar as imidades geradoras de Gostaria, Sr. Presidenle, primeiramente, de registrar que energia em regioes que nio estio dando tucro. E o con junto desse sis- hoje nesta Casa foi lan9ado pelo aulor Ricardo Bueno este livro: tema que permile ao Estado brasileiro assegurar um setor estralegico Petrobras, uma batalha contra a desinforma^ao e o preconcei- para o desenvolvimenlo do nosso Pals. to. E um livro que, apesar de ler tido o conhecimenlo somente Sr. Presidenle, unindo-me a sociedadc brasileira, unindo-me agora no seu lan9amento. lendo rapidamenle algumas piginas, aos parlamentares desta Casa em defesa do monopblio da PETRO- concentra informa96es da mais alta importancia. BRAS, das telecomunica96es e de outros setores estratbgicos da Nesse debate que os privatizantes deste Pals colocam toda nossa economia c da vida social deste Pals, eu gostaria de registrar o Ian9amento desse livro sobre a PETROBRAS e solicilar que os bora, afirmando que deve ser qucbrado o monopdlio da PETRO- BRAS porque cla e ineficiente. porque scus funciooirios sao ma- senhores parlamentares leiam com alen9io dados importantes con- lidos nelc. rajis, lem salirios astronomicos, essas mentiras todas sao desmascaradas fortemente neste livro. Antes de encerrar, Sr. Presidenle, o que me traz tarabbm a Gostaria de ler alguns trechos a tltulo de informal aos parla- esla tribuna 6 o fato de ler recebido mais dois documenlos. Como mentares deste Congresso a importancia da leitura do livro que foi serapre fiz durante o meu mandato parlamentar, nio deixo de re- lan9ado nesta Casa no dia de hoje. Uma preciosidade. gistrar a violencia que continua no campo brasileiro. Parlicipei da Diz aqui a ore lb a do livro: "Virou moda atacar as empresas CPI da Violencia no Campo c nio posso dcixar de registrar mais estatais, culpando-as por todos os males que assolam a economia uma violencia que se comele contra os trabalhadores de Bom Je- brasileira." sus da Lapa, no nosso Estado da Bahia, bem como no Estado de Essa 6 uma retbrica que os privatizantes desta Casa usam a Sergipe, nosso vizinho. toda bora. Essas afinruujbes nao batem com os numeros. Vcja, por Gostaria que os parlamentares sergipanos atentassem para a exemplo. Sr. Presidenle, que a Argentina e colocada como modelo gravidadc do problema em Lagoa Nova, Pacatuba, no Estado de porque privatizou sua estalal. Enquanto o Brasil continua crescen- Sergipe. onde familias de posseiros estio sendo amea9adas, na sua Mar^o dc 1994 D1ARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Sexta-feira 11 1685 inlegndade fisica, de scr expulsas dc suas terras, ao tempo em que 2. Os posseiros haviara cercado as ro^as para evitar a entra- os fazendeiros eslao colocando sou gado para comer as planta^des, da de gado, O pistoleiro Valdemarjio dia 19-2-' 4 derrubou a cer- que sao tao escassas no Nordeste, dos pequenos produtorcs. dos ca e roubou dois rolos de arame. pequcnos posseiros. 3. Hoje, 4* feira - 9-3-94, o gado ja comeu toda a planta(ao E precise, portanto, que se tome uma mcdida energica con- dos posseiros; tra a violencia pcrmancnte dos senhores latifundiarios em rela^ao 4. Os pistoleiros que vigiam a Fazenda andam fortemente aos pequenos agricultores e posseiros do nosso Pais. principalmen- armados com armas de fogo e cachorros policiais treinados; te na Bahia. 5. Os posseiros precisam entrarem na Area para trabalhar, Lamento profundamentc que Sergipe esteja participando da buscar Agua, alimentos e pescarem. Como fica a situagao deles que violencia no campo, que ja denunciei lantas vezes desta tribuna. estao ameai,-ados de morte, caso entre na area? Obrigado, Sr. Presidcnte. 6. Que seguranna podem ter estes posseiros com a volta dos pistoleiros processados que quase tiraram a vida de trabalhadores e DOCUMENTOS A QUE SE REFERE O SR. AL- agentes de pastoral. jA era 1991? E que voltam, hoje, com toda ar- CIDES MODESTO EM SEU DISCURSO: rogancia, repelindo a mesma fa^anha de anos atras?

Aracaju. 9 de mar^o de 1994. OF. 6/94 INFORMAgOES SOBRE O ACONTECIMENTO 8 de marfo de 1994. DO DIA 8-3-94, EM EAGOA NOVA - PACATUBA - SE Prezado Companheiro CONFLITO FAZENDA SERIGY Alcides Modesto, Na parte da manha, os posseiros cstavam trabalhando em Prezado Senhor: suas ro^as quando viram chegar uma boiada de mais ou meaios Atraves deste, estamos comunicando fatos ocorridos no dia 150 cabefas. Acorhpanhando a boiada estava o pistoleiro Demar 6 de marno/94, na Fazenda Batalha neste Municipio de Bom Jesus que mora em Lagoa Grande, povoado localizado dentro da Fazen- da I-apa - BA, pelo fazendeiro Cicero Teixeira Magalhaes e seus da Serigy. O mesmo e pistoleiro desta Fazenda. filhos conhecidos como Rosalvinho e Leonardo e um sobrinho de Os posseiros vendo a chegada do gado, vieram e tentaram nome Antonio Jose, os mesmos foram apompanhados de 3 poli- impedir a cntrada dos mesmos, nas suas ro^as. Encontraram dois ciais militares. homens montados a cavalo, os quais se identificaram dizendo se- O fazendeiro Cicero Teixeira junto seus a filhos e sobrinho, rem os donos do gado: chegando na Area foi logo ameapando os trabalhadores de revdlve- 1° - Fernando - mora em Japaratuba/SE. Dono de proprie- res, espancando homens e mulheres deixando bastante machuca- dades prdximas i Fazenda Serigy. ' dos, com ferimentos graves. Tudo, isto ocorreu na frente dos 2° - Vado - mora em Brejao da Etiopia - Pacatuba/SE. Pa- policiais e eles deram total cobertura para o fazendeiro e foram rente do ex-prefeito de Pacatuba, o Senhor Cajuza. Vado e tam- presOs 4 (quatro) trabalhadores que sao bs Srs. Juscelino Dias da bem dono dc vArias propriedades da regiao. ■ Os posseiros Silva, Sabino Scares dos Santos, Martinho Dias da Silva e Paulo questionaram a prcsen^a do gado em suas ro^as e os proprietirios Batista de Souza. . • , , disseram que nao se preocupassem que eles iam chamar o gerente Diante desta situapao, no dia seguinte um dos filhos do fa- da Fazenda para convcrsar com eles. zendeiro ameapou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Logo em seguida, chega ao local, uma pampa em alia Velo- Rurais de Bom Jesus da Lapa, dentro da delegacia, dizendo se ele cidade com 3 pistolciros e mais 4 pistoleiros montados a cavalo. for na Area vai dar 2 tiros; isto aconteceu na frente do delegado o Foram chegando e pcrguntando quern qucria conversar com o ge- Sr. Gilvam Macedo de Matos Pemet, eje ouviu e nenhuma provi- rente que ia ganhaf uma "escopetada na testa". E foram partindo dencia foi lomada. , para cima dos trabalhadores, fortemente armados com escopetas, HA tempos este fazendeiro vem ameapando os trabalhado- revdlveres, "12" e '765". Querendo cxpulsa-Ios da terra. res, oferecendo propinas para eles fazerem a feira e ele Cicero Tei- S6 nao houve derramamento de sangue porque o ntimero de xeira carregava a mudanpa deles e deixava a Area desocupada. posseiros era grande c as crianfas e as mulheres ficaram de frente Quer dizer, os, direitos dos trabalhadores serA trocado por e todos juntos, nao recoaram. Esta discussao levou mais ou menos uma feira? 2 horas. Aos poucos os pistoleiros foram saindo. Indignado com a nao aceitapao dos trabalhadores, partiu Entre os pistoleiros, estavam dois ja bem conhecidos e in- para agressoes. clusive processados, por ocasiSo da violencia praticada em 1991. Segundo observapao dos posseiros, houve muitas pressoes Os pistoleiros sao: Valdemar Ribeiro de'Souza - gerente; Jose Ro- por parte do presidente da Camara dos Vereadores de Bom Jesus naldo Ferreira Lima - que atirou na boca do posseiro Deusdete dos da Lapa, o Sr. Valdivino Borges, que fosse feito um acordo entre Santos. Muitas pessoas passaram mal. Inclusive, uma senhora - posseiros e o fazendeiro sem a presenpa da Promotoria Publica e Divaci Santos, gravida, teve que ser intemada no Hospital de Pro- do advogado dos trabalhadores. prid, passando muito mal. Diante da situa9ao que se encontra os posseiros da Fazenda Quando foi umas 13h, os proprietirios do gado voltaram no Batalha, pedimos aos companheiros como membro da CPI da Vio- acampamento e pediram que queriam ter uma conversa com os lencia do Campo, a sua colabora^ao para que juntos possamos re- posseiros. Mostravam-se "preocupados com a situa^ao". Diziam solver este problema, que o gado ia ficar s6 8 dias na Fazenda, e, que o vigia ia cuidar Cordiais sauda9oes - Mario Pereira dos Santos, Presiden- para o gado nao comer as plantafocs. te - Maria do Carmo A. de Souza (Carminha), FT - Partido dos Observances: Trabalhadores de Lapa - BA. 1. O acampamento em que estao os posseiros 6 uma Area vi- O SR. PRESIDENTE (Wilson Campos) - Concedo a pala- zinha a Fazenda Serigy; vra ao nobre Congressista Luiz Gushiken. 1686 Sexla-feira 11 D1ARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Mar^o de 1994 O SR. LUIZ GUSHIKEN (PT - SP. Pronuncia o seguinte nemas de liderant^as as mais expressivas desse municipio, dando discurso. Sem revisao do oradot.) - Sr. Presidenle e Srs. Congres- conta do seu quase total isolamento de todos os centros descnvol- sislas, ocupo a Iribuna para Irazer ao conhecimenlo desla Casa que vidos da regiao. Esta isolado de Manaus, porque a BR-319 esla in- o Sr. Orestes Quercia, figura publica conhecida no Brasil, ate por- terrompida; esta isolado de Porto Velho, porque a conlinuai;ao que ocupa, com uma certa insislencia. as paginas policiais da im- dessa rodovia lambem esta interrompida, e pcla Transamazonica prensa, vai ser objeto de uma represenla^ao que eu e o Deputado nao tem conditjoes de chegar scquer a fronleira do Estado do Para, esladual Luiz Alves de Azevedo estaremos impelrando amanha. Por isso. Sr. Presidenle, o desespero; por isso a rcvolta des- junto ao Ministerio Ptiblico. sa cidade inleira, que possui hoje cerca de 40 mil habitantes e que Tal falo se da em virtude de uma conslalaijao a que chegou nao tem como se comunicar com o reslo do Brasil. Por isso, na im- minha assessoria, depots de investigar, de maneira acurada. vinle e possibilidade de agir mais pronlamente nesse particular e sabendo qualro conlratos realizados pelo Govemo do Eslado de Sao Paulo que o Minislro Bayma Denis assumiu ha pouco mais de 48 horas o na geslao do Sr. Orestes Quercia, relatives a compra de equipa- Ministerio dos Transportes, venho a tribuna fazer a intcrpretatjao mentos para o Corpo de Bombeiros. Essa compra atingiu a impor- do anseio, da reivindicatjao e, acima de tudo, da esperantja de que lancia de 80 milhoes de dolares, e e visivel a ausencia de licitaijao, o novo Minislro dos Transportes possa, efetivamente, se debru^ar e visivel o superfaluramenlo. ou seja, e visivel a pralica contumaz sobre esse grave problema que o povo de Humaita enfrcnla. Espe- de irregularidades desse ex-Govemador na gestao da coisa publi- ramos que se possam alocar recursos neccssarios, pelo mcnos. Sr. ca. Alias, essa figura publica tern aparecido na imprensa exala- Presidenle, 4 recupcrat^ao do trecho da BR-319, que liga a cidade mente pelas suas praticas quando manipulava recursos ptiblicos. de Humaita 4 capital do Eslado de Rondonia, Porto Velho. Alem Chamo a atemjao para um caso que ficou conhecido como "impor- disso, apelamos na mcsma direqao ao Minislro dos Transportes, ta^ao de Israel", que toda a semana aparece na imprensa, que da para que designe recursos para recuperar o trecho dessa mesma ro- conta de uma compra de 310 milhoes de dolares, em que o super- dovia nos 100 quilometros que ligam Manaus 4 cidade do Casta- faluramenlo de pre<;o era visivel. Devo dizer que esse caso se en- nho. contra na Justiqa, motivado por uma peli^ao que enviei ao Eram essas. Sr. Presidenle. as reivindicaifbes sentidas que Ministerio Ptiblico hi tres anos. pattern do mais fundo da consciencia da gente amaz.onense e brasi- Espero que o Ministerio Ptiblico do Eslado de Sao Paulo, leira que habita a cidade de Humait4. orgao que, durante um bom tempo, foi manobrado pelo ex-Gover- Era o que tinha a dizer. Sr. Presidenle. nador, nesle exato momento, quando tern em suas maos um caso O SR. PRESIDENTE (Wilson Campos) - Concedo a pala- comprovadamente ilegal relative a processes de corTup9ao, tenha vra ao nobre Congressista Gerson Peres. coragem para dar prosseguimento e pedir a abertura de inquerito O SR. GERSON PERES (PPR - PA. Pronuncia o seguinte civil e criminal, exigindo do ex-Govemador o ressarcimento aos discurso. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidenle, Srs. Congres- cofres ptiblicos dessas importancias, facilmente comprovaveis, que sistas, volto a abordar o problema do conlrole das lelccomunica- devem ser restituidas ao Erario ptiblico. tfoes pelo Eslado. Em pronunciamentos anteriores, O ex-Govemador tem mania de tralar o dinheiro ptiblico fundamentamos as razoes do nosso ponto de vista, levando em como se fosse patrimonio pessoal, a tal ponlo que, hoje, parcela considerate ao o momento historico por que passa o Brasil e o est4- significativa da populagao do meu Eslado faz conexao entre sua gio economico e social em que se enconlra. A seguir, passo a dis- expressiva riqueza, acumulada ao longo de sua vida publica, e a correr sobre as razoes do nosso posicionamento sobre o monopolio pratica da violagao de normas legais, em se tralando do dinheiro dos serviteos ptiblicos nas telecomunica9oes. ptiblico. Ja existe um precedente que merece receber maior alen- Imaginem V. Ex' uma cidade servida por duas empresas: tjao de parte do Ministerio Ptiblico. uma central A e oulra B. Qual ser4 a conseqiicncia dislo? Os assi- Espero, assim como espera a sociedade brasileira, que a in- nantes da central A nao falariam com os da B, a mentis que as cen- vesligaijao seja feita de maneira imparcial, porque nao 6 mais pos- trais lelefonicas A e B fossem intcrligadas. Para isso e preciso sivel conviver com praticas de govemo que tratam o dinheiro alguns condicionantes como compalibilidade lecnologica entre as como se fosse algo pessoal. centrais, planejamento integrado, inveslimenlo con junto de interli- Era o que tinha a dizer. Sr. Presidenle. gat^ao e repasses larif4rios contlnuos entre as empresas concorren- tes. Seriam necessaries tanlos oulros entendimenlos que, ao inves O SR. PRESIDENTE (Wilson Campos) - Concede a pala- de concorrentes, A e B seriam, apos esses enlendimentos, parcei- vra ao nobre Deputado Jose Dutra, em permula com o Deputado ros de um oligopolio, para atender 4s exigencias sociais. Renildo Calheiros. Logo, em certas atividades, sempre ocorrcr4 monop61io ou O SR. JOSE DUTRA (PMDB - AM. Pronuncia o seguinte oligopolio. Ambos sao indesejaveis, porem inevitaveis. Lamenta- discurso. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidenle, Srs. Congres- velmente. Sr. Presidenle, sao inevitaveis! Em certas atividades, re- sistas. a situa^ao em que se encontram as rodovias brasileiras e pito, sempre ocorrerS um ou oulro. Nesses casos, nao haveri mais realmente preocupante. O Govemo nao tem conseguido adminis- a competi^ao entre prestadores de services, pressuposto da demo- trar a questao da recupera^ao desse enorme palrimdnio nacional; cracia. E, assim sendo, que o monopdlio fique sob o conlrole do assim, de Norte a Sul, de Leste a Oesle deste Pals, n6s nos defron- Estado. Relirar esse conlrole do Estado e enlreg4-lo aos oligopo- tamos com graves problemas relatives a esse segmento da vida lios ou, diria entre aspas, aos monopolies privados, traria resulta- brasileira. dos, pelas analises de fatos ocorridos, desastrosos para a sociedade No meu Eslado, o Amazonas, a situaqao 6 por demais gra- brasileira. ve. De um lado, vemos a rodovia BR-319 inleiramente fora de tr4- Trago nesle pronunciamenlo. Sr. Presidenle, uma grave de- fego h4 quatro anos, com series prejulzos para quantos produtores mincia; uma denuncia lao seria nesse campo que todos os parla- resolvam desenvolver suas atividades 4s margens dessa rodovia. E mentares que aqui se assentam — e acredito todos sao responsaveis nesse curso. Sr. Presidenle, no sul do Amazonas, esti situado o - terao que refletir sobre ela. Parte de uma pergunla importanle; a Municipio de Humaiti, que faz parte exatamente desse complexo quern inleressa mexer no monopdlio? Respondemos com uma de- rodoviirio do sul do meu Eslado. Hoje, rccebo cerca de 10 lelefo- mincia; inleressa ao Institulo Brasileiro para o Descnvolvimenlo Marfo de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Sexta-feira 11 1687 das Telecomunicaijoes, o aparelho lobista que defende interesses munica96es. Ele tern defeitcs, e claro, mas o que e perfeito? Ape- das organizaijoes, mexer no monopdlio? sar disso, nossas empresas estao entre as melhores do mundo. Ao perceberem que uma parte da comunidade brasileira - e Sr. Presidenle, vou voltar a falar sobre este tema, porque ele que, pelas pesquisas, nao e a maioria - essas emprcsas se aninharam e vasto, e os nossos colegas precisam ser esclarecidos da impor- em consdrcios, prestem bem a aten^ao, e o pior, emprcsas nacicxiais tancia de se defender a abertura de parcerias nesse campo, de se se acoplaram a estrangeiras e formaram uma meia duzia de fortes ccn- fazer algumas ou virias concessoes para o servi9o privado, mas s6rcios para, tao logo esta Revisao Constitucional abra as porlas, colo- nunca enlregar o Programa Nacional de Telecomunica96es. Nun- carera os lenticulos da sua imposi^ao econSmica, inviabilizando a ca! Por que? Porque paises desenvolvidos como Portugal, Espa- possibilidade de o Brasil completar a ftin^ao social das telecomunica- nha, Itilia, Fran9a, Sui9a, Belgica, Holanda, Alemanha, Suecia, ?oes, atendendo is areas subdesenvolvidas que ainda nao foram atin- Noruega, Finlandia, Austria, Irlanda, Islandia, Grecia, Dinamarca gidas por esse processo de desenvolvimenlo. e o Japao, o grande Japao, nao enlregaram essa preciosidade, no Vou citar, nesta demincia, o primeiro consbrcio ji formado: seu todo, i iniciativa privada. a Stet, estatal italiana, com a South Western, americana, e, dentro Sao as considera9oes que fa90, convocando os brasileiros, dessas duas, o BRADESCO, a GLOBOPAR e a Monteiro Aranha. nao os xenofobistas, mas os verdadeiros brasileiros que conhecem da ERICSSON, formam o primeiro consorcio para abocanhar as o seu Pais, pois ainda hi 60 milhoes de pobres que precisam desse tclecomunicaij'oes, ainda sob controle do Estado. precioso meio de comunica9ao na mao do Estado. a defenderem as O segundo consrircio 6 da AT&T americana. a maior do nossas telecomunica96es como elas estao. Talvez num estigio mundo. A ela ji se agasalharam num canto a Andrade Gutierrez e muito mais longo, possamos discutir a elimina9ao do monopolio o Grupo Machline, da SHARP. nesse campo. Fa^o esta demincia, porque sou um horaem publico que nao Por enquanto, nem sonhar. E se quisermos ter o que temos esti vinculado a nenhum desses grupos economicos. O meu man- date 6 puro, pois nasceu das umas, pelo trabalho e pela defesa do de bom, que preservemos a nossa TELEBRAS com a nossa EM- inlcresse publico em meu Estado. BRATEL. O lerceiro consdrcio 6 da Motorola, americana, terceiro Muito obrigado. Sr. Presidente. maior fabricanle de microcircuitos do mundo; a American Tet, O SR. PRESIDENTE (Wilson Campos) - Concedo a pala- americana, e 11 dentro esti a nossa conhecida Odebrecht e o UNI- vra ao nobre Congressista Adroaldo Streck. BANCO. O SR. CHICO VIGILANTE - Sr. Presidente, pe90 a pala- O quarto consorcio formado 6 a Bell Salts, americana, pres- vra para uma questao de ordem. tadora de servifos na regiao da Fldrida; Banco Safra, Cartao de Crfedito Intcmacional American Express e o grupo Estado, que O SR. PRESIDENTE (Wilson Campos) - Eu pediria a V. edita o jomal O Estado de S.Paulo. Ex" que me perdoasse, mas ji anunciei um orador. Assim, s6 pos- O quinto consdrcio 6 a Bell South americana, prestadora de so conceder a palavra a V. Ex* se o orador anunciado consentir. servifos na regiao da Fldrida, a Arbi, coquetel de empresas inclu- Pe9o a V. Ex* que aguarde. sive a Caralba Mctais, e a RBS, rede de comunicafdes sediada no Nobre Congressista Adroaldo Streck, V. Ex* cede a palavra Rio Grande do Sul. ao nobre Deputado Chico Vigilante? O sexto consdrcio inclui a Macaw, americana do grupo AT&T; a GRPM Marconi, estatal portuguesa; a CONSTRAN, do O SR. ADROALDO STRECK - Nao, Sr. Presidente. Eu grupo Itamarati; e a Splice. pediria ao nobre Colega que fizesse a sua questao de ordem ap6s o Vejam bem, estao montados os grupos para comprar a nos- meu pronunciamento. (Pausa.) sa EMBRATEL. Sd eles podem faze-Io, porque ela custa 150 bi- O SR. ADROALDO STRECK (PSDB - RS. Pronuncia o Ihdes de ddlares, tirados do sangue, do suor e das ligrimas do scguinte discurso. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, Srs. povo brasileiro. Ela detim um service publico igualiyel ao das dez Congressistas, estou ouvindo uma quantidade de pronunciamentos empresas melhores do mundo. Nao perde no campo da tecnologia sobre privatiza96es de sen^os ptlblicos brasileiros. Tudo indica e da pesquisa, de tiltima gera9ao, como a da libra dtica. Esti li a que, como sempre, no Brasil, vamos operar o inverso do mundo, EMBRATEL, com os primorosos tdcnicos brasileiros, dando li^ao ou seja, quando o mundo inteiro se conscientiza de que e hora de o ao mundo. Estado assumir as coisas, al partimos para privatiza9oes no Brasil. Nao podemos nos ajoelhar ante is imposiijdes do absolutis- Estamos sempre na contra-mao da historia em virtude de algumas mo das ideias, porque sd Deus 6 absolute. Nem tudo pode ser pri- poucas cabe9as pensantes brasileiras, que nao querem mudar. vatizado, como nem tudo pode ser estatizado. Muda o Leste europeu, muda a Albania, muda a China, muda todo Concordo com as privatizaijoes de algumas dezenas ou ate o mundo. Agora, o Brasil, nao! O Brasil nao pode mudar. centenas de fibricas imiteis de ca9arolas, hoteleiras, sidenirgicas e Privatizar, Sr. Presidente, nao significa dar a uma empre- outras tantas que estao al sacrificando o or9amenlo das famllias sa privada a oportunidade de fazer um grande negdcio, com- brasileiras. Concordamos, mas discordamos da privatiza9ao das le- prando uma empresa publica. Precisamos levar em lecomunica96cs, estatal que foram montada sob a egide da filoso- considera9ao, em primeiro lugar, o interesse do usudrio. Ele 6 fta de principios bisicos de distribui9ao dos lucres para as ireas que 6 o objelivo de uma eventual privatiza9ao. E vou Ihes dar, mais pobres, com faz a EMBRATEL. aqui, um exemplo de telefonia, ji que este 6 um dos assuntos A nossa Amazonia vai ver agora, no mes de maio, o segun- do satilite ser jogado para acabar de integri-la. S6 o Estado tem a importantes em pauta. Em Porto Alegre, por exemplo, 6 impos- slvel comprar um telefone, porque a cidade n3o comporta nem capacidade de fazer a fun9ao social desse prccioso elemento e ins- mais uma linha lelefdnica. A minha linha telefdnica residencial trumento de desenvolvimenlo social. 6 compartilhada por mais dois ou ties vizinhos, porque seguida- Entio, nao podemos admitir que, ao sabor das conve- mente estamos falando conjunlamente. Ao lev an tar o telefone, niencias de poderes econfimicos, ao sabor de enriquecimenlo de OU90 conversas de um vizinho e vice-versa. outros empreendimentos no estrangeiro, silenciemos com medo Canoas 6 uma cidade pequena, ao lado de Porto Alegre, Li e entreguemos o que temos de bom, como 6 o servi9o de teleco- hi demanda reprimida de 17 mil telefones, e nao hi qualquer pets- 1688 Sexta-feira 11 DIARIO DOS TRABALHOS REV1SIONAIS Marijo de 1994 pectiva de que esses usuarios possam, nos proximos ties anos, ler tes que reflelem a capacidade realizadora do povo brasileiro", cujo sua linha telefonica. For al afora, segue esse verdadeiro absurdo vazio significara a falencia das elites do Pais. das telecomunica^oes no Brasil, que continuam em maos do Poder A proposta do Relator da Revisao. Deputado Nelson Jobim, Publico, sem que ninguem de solu^ao para o usuario que precisa joga o Pais no dilema perigoso de optar pela quebra do monopdlio de lelefone, hoje em dia, ate como instrumenlo de trabalho. estatal num momento de crise politica e economica sem preceden- Nao se deve vender uma concessao dessas para uraa empre- les, quando o Poder Publico e o Govemo nao tern as minimas con- sa so, e, sim, para, no rmnimo, duas, tres ou quatro, como aconlece di^oes de enfrentar o poder devastador dos oligopdlios. nos Estados Unidos. O Deputado Gerson Peres pergunlava, ha A govemabilidade do Brasil, desde o Govemo Samey ate o poucos instantes, como compalibilizar assinantes de uma e de ou- de Itamar Franco, vem sendo constantemente amea^ada pela a^ao Ira empresa. Mas o conduto das duas empresas de lelecomunica^o- desestabilizadora dos grandes grupos induslriais e financeiros aqui instalados, para os quais a ideologia liberal e parte da estrategia es e o mesmo. Nao ha duas redes diferentes. Essa operatjao e feita apenas fachada para manipuladores dos mercados. em conjunto. O tipo de service, de tarifa, e que leva o usuario a Entregar selores ou empreendimentos do porte da PE- oplar por uma ou outra empresa; e. quando ele esla mal-atendido TROBRAS, TELEBRAS ou EMBRATEL a iniciativa privada e por uma empresa, deixa de usar seus services e passa para oulra. contribuir para o enfraquecimento desla Na^ao como um todo Ha horarios especiais em que as telecomunica^oes sao bara- e, num futuro proximo, tomar insustenlivel qualquer govemo tissimas em outros palses. Por cxemplo, exislem alguns momentos democratico, pois, aproveilando-se do nosso cr6nico atraso ci- em que e muito mais barato falar de Washington para Brasilia do vilizatdrio e dos fartos recursos disponiveis, o poder de decisao que de Brasilia para Porto Alegre. Sao esses detalhes, portanto, desses grupos ditara as leis e as regras da vida politica e econd- que precisam ser levados em conta, quando se fala em privaliza^ao mica do Pais. de services. Quanlo as privatiza^oes do setor do petroleo, temos recebi- A impotencia e o desequilibrio das a^oes do Govemo diante dos interesses oligopolizados, mais do que suspeitos, revelaram, do lobby fortissimo nos gabineles, com publicaijoes carissimas em durante a elabora9ao e apresenta9ao do Piano FHC, a cumplicida- policromia - nao sei, sinceramente, quern paga isso tudo. Alega-se de da autoridade govemamental com os interesses dos grandes que a PETROBRAS e empresa competente, e concordo com isto; grupos. Uma serie de concessoes e de recuos deixaram evidentes so que ela gasta demais, quer dizer, ela conhece apenas um lado do os acertos feilos com o objetivo de preservar os grandes acumula- balcao, que e de comprar por 10 e vender por 100. Assim, e claro, dores de capitais, maiores obslAculos a distribui9ao de renda na- qualquer negocio da certo, na medida em que se exerce um mono- cional. polio durissimo, como e o caso do monopolio dessa empresa. Mas Enlre eles evidentemenle alinham-se os monop61ios esta- tambem nao podemos, dentro do raciocinio dos que querem a pri- tais, responsiveis pelo larifa90 dos servi90s e produtos piiblicos vatiza^ao, imaginar que o capital privado deva tomar o file mig- disparados nos ultimos dias, um assalto aos consumidores, cujo re- non, que e o refino. Nao! Ha tambem muita came de pesco^o na flexo vira nos indices de inf^ao dos pr6ximos meses, comprome- atividade petrolifera, que essas empresas particulares interessadas em participar desse ramo certamente devera assumir. tendo o programa econdmico. A rejei9ao do relatorio do Deputado Nelson Jobim deve es- Por essa razao. Sr. Presidente, apresenlei emenda supressiva a emenda - se nao me falhe a memoria - do Deputado Roberto tar amparada na opiniao publica nacional, para impedir falsas in- Campos, pedindo que se suste, nesla Revisao Conslitucional, a pri- terprela96es ou questionamentos oportunistas desta decisao que certamente o Congresso Nacional saberi tomar. vatiza^ao total das telecomunicaijdes. Por que? Porque imagine que este assunto e muito amplo e precisa conlar com uma partici- Diante desse quadro, e possivel sonhar com o dia em que os monopolies nao mais exislirao, extintos do ccnirio econdmico pa^ao complela da sociedade brasileira. Vamos abrir o debate e pelo aumento da renda. pela expansao da oferta, pela influencia ver como fica melhor. Precisamos saber, por exemplo, quern vai majoritaria e saudavel da pequena iniciativa industrial ou rural, suprir de telefones as comunidades inlerioranas onde nao e interes- para os quais o atual programa econdmico nao oferece altemativa: sante, do ponto de vista economico, manter nem mesmo um lele- falta uma politica industrial geradora de 20 milhdes de empregos, fone publico. Essas quesloes - privatiza^ao das lelecomunica^oes, privalizatjao do petroleo - precisam ser examinadas, mas nao nesta que tera na pequena e microempresa sua principal alavanca; ou ru- ral, pois a reforma agraria sequer foi referida nas inumeras oportu- Revisao. Esse tema deve ser tratado com mais vagar e com jeito. nidades que se teve, nos ultimos meses, de falar do futuro do Muito obrigado. Brasil. O SR. PRESIDENTE (Wilson Campos) - Concede a pala- Sr. Presidente, pe90 a lranscri9ao do artigo intitulado "A vra ao nobre Congressista Joao Paulo. morte que amea9a os milos", a que me referi, bem como dos arti- gos "Atenlado ao Piano", tambem do jomal Correio Braziliense e O SR. JOAO PAULO (PT - MG. Pronuncia o seguinle "A grande farsa do combate aos oligopdlios", do ilustre jomalista discurso.) - Sr. Presidente, Sr*s e Srs. Congressistas, o fun do mo- Aloysio Biondi, publicado na Folha de S. Paulo do dia 6 de mar- nopolio do petroleo podera ser votado nas proximas semanas pelo 90. Congresso Revisor. O jomalista Rubem Azevedo Lima publicou, Essas malerias relratam, essencialmente. Sr. Presidente, a no jomal Correio Braziliense do ultimo domingo, artigo sob o ti- falta de seriedade do Ministerio da Fazenda ou do piano do Gover- tulo "A morte que amea9a os milos", cuja transcri^ao nos Anais do no contra a infla9ao, que esconde o apoio aos cartdis, cobran9a de Congresso Revisor solicito neste instante. Ele confirma a realiza- tarifas em dobro e outras distOT96es. O Sr. Ministro Fernando Hen- 9ao de debates promovidos pela ESG no proximo dia 14, transmi- rique Cardoso nada mais fez do que abrir caminho para o aumento tidos em rede nacional, via satelite, para que o Pais seja ouvido exagerado de pre90s dos cartels, dos monop61ios, dos oligopdlios. sobre essa questao nacional. Finalizando o meu discurso, leio um trecho do ultimo artigo Ha informa^oes importantes no texlo desse brilhante profis- mencionado: sional, como as referencias dos interesses exlemos na exlimjao da Ao deixar o govemo, Dallari assumiu a fun9ao de consultor INTERBRAS pelo ex-Presidente Fernando Collor e a conclusao e ocupa hoje o posto de Presidente Executive da Associa9ao de de que os grandes monopdlios estatais sao "mitos politicos concre- Produtores e Exportadores de Came. (...) Marijo dc 1994 DIARIO DOS TRABALHOS RHVISIONAIS Sexta-feira 11 1689 As ligafocs dc Dalian com setores empresariais - isto quan- eslimulo aos protestos das classes trabalhadoras contra a conten- to a suspci^ao dc Jose Milton Dallari - nao seriam suficientes, por 9ao salarial. Pior ainda. Acoberta sob o manto de uma moralidadc si so, para colocar em diivida sen empenho em evitar abuso nos vacilante os expedientes ulilizados por comerciantes e produtores pre^os. Afmal, se FHC e assessores "progressistas" mudaram tanto desonestos para aumentar os pre90s de forma abusiva. Diga-se, a (e poc "tanto" nisso), Dallari tambem podcria assumir novas atitu- proposito, que a fiscaliza9ao da Sunab ja regislrou a ocorrencia de des. As evidencias nao mostram isto. remarca9oes dc ate 100% nos cinco dias antcriores a implanta9ao E o artigo conclui: da URV. Nao se pode dar a semelhante comportamento se nao o Moral da historia: o combate aos oligopolios tern sido uma nome de assalto a popula9ao. farsa, e nada indica que va mudar. O brasileiro s6 deve acreditar Aqui mesmo em Brasilia, nas barbas dos poderes da Repu- se, amanha, os jomais estamparem uma manchete parecida com blica, comerciantes houve que usaram as maquinas de ctiquelagem esta: "Dallari convoca Dallari para explicar a especula^ao com para estimar os pre90s 32% acima da varia9ao cambial do dolar. prc^os da came c do leite". O resto c farsa. moeda sujeita a infla9ao anual nunca alem de 3%. Ate agora, s6 os proprielarios de imoveis destinados ao mercado da loca9ao com- O Sr. Ministro Henrique Cardoso anuncia que deixara o Mi- preenderam o sentido do piano, pela aceita9ao de alugueis com nisterio para scr candidate, com certeza, para continuar prestando base na oscila9ao da URV. scrcigo aos carteis, aos monopblios e aos oligopolios. No caso do "tarifa9o" na presta9ao de sen^os de eletricida- Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. de e fundamental que o govemo volte atras e invalide o aumento DOCUMENTO A QUE SE REFERE O SR. JO AO autorizado pelo DNAEE. E a maneira de evitar a vulnera9ao do PA ULO EM SEU DISCURSO: programa economico pela descren9a popular. E quanto a voracida- de dos especuladores. contra ele devem movimentar-se todos os ATENTADO AO PLANO instrumenlos punitivos da lei. Afinal de contas, remarca96es em Parece incrivel, mas o primeiro atentado contra a eficacia cima de lodas as expectativas de estabiliza9ao e nos nlveis ja cons- do piano economico do ministro Fernando Henrique Cardoso par- tatados convertem-se em enriquecimento ilicito. E a riqueza sent tiu do prdprio govemo. O Departamento Nacional de Aguas e causa e crime. Energia EI6trica autorizou aumento medio nas contas de luz da or- A MORTE QUE AMEAQA OS MITOS dem de 43,25%. A decisao atinge em cheio o titular da Fazenda, antes de ba- A fim de submeler a opiniao publica assunto de tanta im- ler com inusitada violencia nos bolsos dos usuanos. Dm dia antes portancia para o Brasil a Escola Superior de Guerra promovera de- do insuspeitado aumento, o ministro havia assegurado que as tari- bates sobre o monop61io estatal do pctroleo, a se realizarem em fas publicas ji estavam alinhadas. Reajustes ocasionais poderiam sua sede, no Rio, com transmissao nacional via satelite, no proxi- ocorrer no futuro, mas sempre mcdiante indices abaixo da infla- mo dia 14. 9ao. O comandante da ESG, brigadeiro Sergio Feolla, um dos ar- Nao s6 um setor do govemo cuidou de desacredilar o com- tifices do projeto de constru9ao do 0393 AMX. falou, ha dias, des- promisso publico de Fernando Henrique Cardoso como o fez da sa questao, atribuindo as articula96es pela quebra do monopolio a forma mais cscandalosa possivel. Tomada como meio de compen- pressoes de grupos estrangeiros. sar a infla^ao do mes de fevereiro, a revisao tarifaria alfou-se aci- Criada em 1953, ap6s mcmoravcis debates, a Petrobras so ma dcla nada mcnos do que 3,55 pontos percentuais. E imaginar se instalou no ano seguinte e completa agora 40 anos de efetiva que toda a filosofia do piano se baseia em mecanismos que igno- existencia. O projeto de Vargas, que a instituia, foi mudado pelo ram a rcposiijao de perdas gcradas no ventre da infla^ao inercial. Congresso, para assegurar o monopolio, conforme subslitutivo do Por isso mesmo fixa um novo ponto para a desenvolvimento das entao deputado Eusebio Rocha. rela90cs fianceiras a partir de um indexador de aplica9ao univer- Essa tese fora discutida em varies foros, mas principalmen- sal. te no Clube Militar, dirigido por dois militares nacionalistas, os Este nao 6 portm, o aspecto mais censurSvel da decisao go- generais Estillac Leal e Horta Barbosa. Das discussoes ali travadas vemamental. Grave, gravissimo, 6 o fato de haver sido adotada participou quase toda a oficialidade que servia no Rio, podendo sob pressoes de govemadores para tapar o rombo nas contas das ser lembrados, entre outros, os nomes de Nelson Vemeck Sodre e empresas cl6tricas estaduais, ligadas por nm fio formal it Eletro- de Jarbas Passarinho, entao tenente, hoje senador. brSs. Aqui, flagra-se uma contradi9ao inaccitavel entre o que o go- Nestas quatro decadas, a Petrobras invesliu no Pais mais do vemo prega c as suas praticas cotidianas. Por um lado desembesta que todas as multinacionais aqui instaladas, durante o periodo, iracundas acusa96es contra o corporativismo e gastos perduUrios GTa9as a isso, alem de produzir pelroleo em quantidade que pou- das empresas estatais e, por outro, remete ao contribuinte a obriga- pou ao Brasil bilhoes de dolares na pauta de importa9ao, a Petro- 9ao de pagar-lhes o pre90 da desidia e do descontrole ftnanceiro. bras contribuiu para reativar o parque industrial brasileiro, O episodic serve para alertar a opiniao publica sobre a ne- encomendando 70 petroleiros e firmas nacionais, implantou a in- cessidadc de destinar ao listado aposentadoria compulsdria de suas diistria de fertilizantes, a produ9ao de potassa, da quimica do pe- atividades economicas. Tomou-se insuportivel, hit tempos, sub- trdleo etc. meter o povo ao exercicio perenc de estoicismo para sustentar complcxos cconomicos ineficazes, falidos, e uma burocracia esta- Nao houve brasileiro que nao tivesse opiniao sobre o mono- tal insaciivel em seus apetites de mando e privilegios. A revisao p61io, apoiado por quase todos, e consagrado sob o lema "O petro- constitucional em curso est4 convocada, em nome do interesse na- leo 6 nosso". Foram momentos inesqueciveis de participa9ao cional, a abrir na Carta Politica dc 1988 mais largos espa90s ao popular. O ex-Presidente Artur Bemardes, entao deputado, consi- programa de privatiza9ao. Se, em um momento de delicada transi- derou o clima de mobiliza9ao em tomo do assunto "Mais emocio- 9ao economica, as agencias publicas se sentem autohzadas a lesar nante do que os movimentos de Independencia e da Aboli9ao". o interesse da eoletividade, imaginem o que nao farao se acaso Depois disso, a tese do monopolio foi consagrada sem pcrmanecerem intocavcis no futuro. maiores problemas pela Constituinte de 1988. Com a posse de Fer- Cora o exemplo de oraissao e desrespeito 4s regras de um nando Collor a Presidencia da Repiiblica, em mar9o de 1990, vol- piano claborado para rcsgalar o Pais do caos, o govemo fomece tou-se a falar no fim do monopdlio. Cinco meses antes caira o 1690 Sexla-feira 11 DIARIO DOS TRABALHOS RHVISIONMS Marijode 1994 muro de Berlim, mas so 20 meses mais tarde a ex-URSS implodi- ram. os pre^os teriam que disparar. A equipe nao tomou conheci- ria. Ao contrario do que se diz agora, tal fato nao teve, pois. ne- mento da escasscz para minimizar seus efcitos, nem antcs-ncm nhuma Lnfluencia no primeiro lance da pressao explicila sobre o agora. Brasil, no caso do petroleo, executado pelo consorcio Credit Suis- O desastre dos pre?os do feijao e um exemplo da grande fa- se-First Bank Corp. O grupo, que fora enquadrado, cinco anos an- Iha das equipes de economistas que se propdem a combater a in- tes, nos Estados Unidos, por lavagem de dinheiro sujo, sugeriu fla^ao com cheques espantosos. As equipes parecem (parecem. como passo inicial de venda da Petrobras a desativa^ao de sua repita-se) muito preocupadas com oligopolies, cartels e oulras dis- subsidiiria, a Interbras. responsavel por negocios comerciais no tor^oes. exterior, de ordem de US$3 bilboes por ano. Mas disparadas brutais de feijao, batata, soja, legumes, tam- O autor do piano foi a companhia suiga Marc Rich, uma das bem fazem os indices de infla^ao de detcrminados meses explodi- maiores empresas do mundo em transa^des com petroleo. Entre rem, e fazem a infla^ao continuar cm alta nos meses scguintes - seus clientes eslavam o Chase Manhattan Bank a companhia pe- porque a corre^ao monctaria, a indexa^ao, provoca a alta dos de- trolifera Atlantic Pchfield, cujo presidente, Robert Anderson, era mais pre^os. socio da firma de lobby intemacional. Kissinger Associate do ex- Sem lobby - O Presidente da Rcpiiblica dcvcria escolher ja secretario de Estado dos EUA Henry Kissinger. Este, antes da pos- alguem para acompanhar os preyos dos alimentos in natura, para se de Collor, eslivera duas vezes com o presidente recem-eleito. evitar a repeti^ao de episodios como o do feijao. E precise alguem Como lobista, Kissinger neulralizaram em 1989. a rea^-ao do em- que se preocupe com os interesses do produtor e do consumidor. presariado americano ao massacre de esludantes chineses em Pe- isto e. nao pode ser um nome ligado ao lobby agricola, que cruza quim. Coincidencia ou nao o certo e que Collor extinguiu a os brakes diante de alta de pre^os. porque aumenlam os ganhos Interbras. dos produlores. Estes sao alguns antecedentes opera^ao que agora quer o Ha tecnicos, como o economista Fernando Homcm de Mel- ftm do monopolio da Petrobras. no Congresso Re visor da Consti- lo, que estudam permanentemenle as quesldes agricolas, do plan- tuiijao de 1988. O brigadeiro Ferolla sustenta que isso e inadmissi- tio a venda no varejo, e tern iseni.'ao suficiente para prionzar o vel, sem que o Pais scja ouvido. Ele vai lutar para ouvi-lo. combate a carestia e nao outros interesses. objetivamente, sem rancores. Diladura - O aumento de 46% nas tarifas de energia eletri- Como Brasilia, a Petrobras, alem da Telebras. esta sob a ca. que provocou indigna<;ao, mostra perfeitamenle a necessidade fogo implacavel de seus inimigos. Nao sao Utopias inconscienles de vigilancia do Congresso e da sociedade, e mostra lambent que. nem fantasias neuroticas. Trata-se de tres mitos politicos concre- ao contrario do que a imprensa tern apregoado desde o comedo do tos, que refletem capacidade realizadora do povo brasileiro. Certa- govemo Ilamar, um minislro da Fazcnda lodo-prxleroso e um dis- mente nao sao perfeitos. Mas, se deixarem de pertencer ao lonjao absurda. Uma fonle de prejuizos, ora para o Tesouro (a so- patrimonio dos feitos de que pais se orgulha, o que restara? Traz ciedade). ora para o consumidor. Um foco de infla^ao. com imensos vazios, que podem perfeitamenle servir de tumulo para a decisoes das quais acha que nao prccisa prestar contas. falencia das elites nacionais. Os brasileiros por certo nao querem O minislro FHC concedeu reajustes na faixa dos 40% para isto mas nao falta quern queira. pcqucnas concessionarias da Amazonia. Para a Cesp, do govemo paulisla, autorizou aumento de 48,9%. Em janeiro, a empresa do De olho na economia govemador Flcury ja ganhara oulro aumento. de 50.2%i. Em no- A GRANDE FARSA DO COMBATE vembro, alguma coisa parecida. AOS OLIGO POLIOS Na epoca, esses aumentos nao provocaram rca^ao, apesar Piano do govemo contra inflaijao esconde apoio aos cartels, de serem um desmentido as afirma^oes do minislro FHC, de que eobran^a de tarifas em dobro e outros dislor^oes as tarifas de energia subiram 8% acima da inflayao ate outubro. No palanque, a promessa de conlen^ao. Nas negocia^oes com gover- Aloysio Biondi nadores, a farra. Nada como ser um ministro-ditador. Pode adotar Especial para a Folha a polilica do "e dando que se recebe", as custas da classe media e O "Piano Real" esta nas ruas, pode-se discordar, e lotalmen- do povao. le, de suas direlrizes. Pode-se considerar um absurdo que o pais Explora^ao - O Institulo de Economia do Sctor IMblico c seja submetido a nova cxperimenla^ao, autoritaria, por vaidades e um orgao lecnico do govemo paulisla. Seus calculos sobre o pre^o ambi^oes de alguns. Por maior que seja a discordancia. porem, ja da energia elelrica cobrado pela Cesp estao de cstarrccer. Em nao ha possibilidade de recuo, pois a desmoraliza^ao do govemo 1989, a tarifa do quilowalt/hora era de US$ 43 para as residencias trariaconseqiiencias imprevisiveis. (classe media, basicamente) e USS 21 para a induslria. So resla, esperar que o Congresso evite aberra^oes contidas Com a politica de recupera^ao das tarifas do govemo Col- no piano. E que a sociedade esbraveje. exija providencias que real- lor, a residencial subiu para USS 62 em 91 e USS 72 em 92. Com mente resultem em combale a inflaijao, e que a equipe FHC conti- Fernando Henrique/Fleury, passou para USS 92 em dezembro ulti- nua com dificuldades de adotar. mo e USS 97 em janeiro - antes do novo sallo, agora em mar^o. A queda da inflai^ao pode ocorrer, se houver mudanqas de Em sintese, de 89 para 94, o pre^o da energia paulista para comportamento, como se segue: residencias passou de USS 43 para USS 97. Mais de 120% de au- Alimentos - Ha exatos tres domingos, as linhas finais desta mento real, acima da infla^ao. coluna afirmavam que, ja na quarta-feira de cinzas, os minislro Para a induslria? De USS 21 para USS 23. E isso mcsmo. FHC levaria uma paulada na cabe^a com os preyos do feijao. Base Entre sorrisos, o ministro FHC diz que autorizou aumentos para a para a previsao: a seca dizimou a colheita de 400 mil loneladas da Cesp porque havia defasagem. Entre sorrisos, o govemador Fleury regiao de Irece, Bahia. reduzindo-a a 20 mil loneladas, ou 5% do arranca o couro do consumidor e ganha o apoio dos empresarios previsto. Quase nada. para seus sonhos politicos. E garanle votos, na Camara, para os Tradicionalmenle, sao essas 400 mil loneladas que garan- projetos do ministro sonhador. Tudo, em meio a conversa ftada do tem o consume no SuVSudeste em fevereiro/mar^o. Elas evapora- "combate aos oligopolios...". Mai\o dc 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REV1SIONAIS Sexia-feira 11 1691 Reviravolta - O cconomista Jose Milton Dallari foi convi- O SR. PRESIDENTE (Wilson Campos) - Concede a pala- dado pclo ministro FHC para cuidar da "guerra dos pre^os", nego- vra ao nobre Congressista Osvaldo Stccca. ciando c teoricanientc procurando cvitar aumcntos abusivos dos O SR. OSVALDO STECCA (PMDB - SP. Pronuncia o celebrcs oligopolios. Ele chegou a ser O responsavel por essa mesma seguinte discurso, Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, Sris e Area, dc controlc de pre^os. na equipe do ex-ministro Delfim Netto. Srs. Congressistas, a 9 de junho de 1969, o Brasil realizou acordo Ao dcixar o govemo, Dallari assumiu a fun^ao de consultor de coopera^ao cicnlifica e tecnologica com a Reptiblica da Alema- e ocupa hoje o posto de presidente executivo da Associa^ao de nha. Produtores c Exportadores de Came. Especie de presidente efeti- Esse acordo ja produziu trabalhos muito importantes para o vo. com conhecimentos tecnicos, e ele quern efetivamente orienta nosso desenvolvimento, mas. enlre os estudos que se realizam, en- o setor sobre qucstocs como politica de pre^os (islo e. que pre^os tendo que os mais importantes sao os que se referem as energias cobrar...). concenlra^ao empresarial (formacao de carteis e oligo- renovaveis. a encrgia solar termica. a energia fotovoltaica e a bio- polios) etc. Alcm disso, Dallari e tambcm consultor, istoe. "conse- massa. Ihador" sobre os mesmos temas, de dois setores similares: Sabemos e conhecemos os efeitos desaslrosos que a queima indiistria dc alimentafao (Abia) e supcrmcrcados (Abras). de combustivcis fosseis vem causando a lodo o mundo. impreg- Suspeifao - As ligai^ocs dc Dallari com setores empresa- nando a almosfera com o excesso de carbono, produzindo o cha- riais nao seriam suficicntcs, por si so. para colocar em duvida seu empcnho em evitar abuso nos prc^os. Afinal. sc 1TJC e assessores mado efeito estufa c, mais recenlemente, degradando a nossa "progrcssistas" mudaram tanto (e poe "tanto" nisso), Dallari tam- Floresta Amazonica. com observa^oes insuspeilas de cienlistas b6m pixleria assumir novas alitudcs. As cvidcncias nao mostram islo. amcricanos. Cumplicidadc - Logo ao assumir. Dallari foi colocado dian- A encrgia renovavel e a salda para paises do Terceiro Mun- tc de criticas a disparada dos pre^os do Icile - e derivados, Ele co- do, como o Brasil, e e lambent a saida para os paises do Primeiro megou a versao, divulgada bobamente pela imprensa, de que a Mundo. Para nos, do Terceiro Mundo. porque o nosso consume de culpa era dos - pasmc-se - "padeiros", que tinham aumentado sua petrolco per capita e baixo. Se elevassemos esse consume ao ni- margcm dc lucrocm 100%. vel dos paises europeus, nao haveria petroleo suficienle no mundo Ora. o Sr. Dallari e um tccnico compclente. assessor da in- para atender aos paises do Terceiro Mundo. E como sao os paises diistria de alimentafao. Sabe que o setor de leile e laticlnios esta do Terceiro Mundo que detem as reservas de petroleo. existe uma sendo dominado por carteis, grandcs grupos nacionais e multina- ferrenha oposiijao dos paises desenvolvidos para que os paises em cionais. desenvolvimento atinjam o mesmo estagio dos paises ricos. Nos tlltimos anos, eles ate compram pequenas fabricas de Atraves da energia altemativa, podemos atingir esse estagio queijos ou usinas de pastcuriza^ao no interior, e chegam a fechS- de desenvolvimento, sem tirar petroleo dos paises do Primeiro las - para ficarem como tlnicos compradores do leile. Aviltam pre- Mundo. Seria uma porta mais admissivel. mais consentida. Alem ^os para o produtor. E cobram prc^os dc ouro pela venda ao disso, nao acrescendo mais consume de petroleo no mundo, redu- consumidor. ziriamos o processo de envenenamento que toda a popula^ao hu- Naqucle cxato momcnto cm que o pre

O SR. OSVALDO MELO (PRE - PA. Pronuncia o se- Feita essa inlrodu^ao, queria solicilar a transcri^o nos guinle discurso.) - Sr. Presidenle, Sr's e Srs. Congressistas; Anais desla Casa do Editorial "Arrancada da Agroindustria" publi- CONTRA A REELEigAO E CONTRA A REDUCAO DO cado na edicao do dia 8 de mar^o de 1994, no jomal do meu Esta- PRAZO DE AFASTAMENTO DOS EXECUTTVOS. do O Popular, pagina 04. Ele enfeixa ponlos que gostariamos se tomassem do conhecimento de todos os brasileiros. Para lisura de um processo eleitoral, este nao deve sofrer al- Era o que tinha a dizer. Sr. Presidenle. teraqoes no curso da campanha eleitoral. como e o caso das elei^o- DOCUMENTO A QUE SE REE ERE O SR. MAU- es gerais que estao programadas para outubro deste ano. Ainda RO MIRANDA EM SEU PRONUNCIAMENTO: mais que o art. 16 da Conslituifao Federal, e bastanle claro, quan- do assegura que o processo eleitoral" so podera enlrar em vigor Goiania, 8-3-94,0 Popular um ano apos a sua promulgai^ao". A Constituiijao, ao estabelecer esse princlpio. procurou evi- ARRANCADA DA AGROINDUSTRIA tar os casuismos que lantos males vem causando a vida publica e a O crescimento economico de Goias nos proximos anos leri democraciabrasileira. que passar pela evoluijao sistemalica de todos os setores de ativi- Essas considera^oes e«tou fazendo a proposito das delibera- dades, mas esta reservado nesse impulse um especial papel a ser ^oes tomadas ontem, pelo Congresso Revisor, quando, em volai^ao cumprido pela agroindustria. A vocagao economica do Estado amadu- memoravel, que salvou a honra e a dignidade de nossas inslilui^o- receu o momenlo da emersao agroindustrial, com uma descentraliza- es, conseguiu rechaqar a manobra nefasta de alguns Govemadores. 9ao saudavel do parque fabril. A inicialiva privada tern proporcionado visando estabelecer a reelei9ao de Executives, assim como reduzir, a sua contribui^ao. pois plantou as sementes desse avanijo desde os para novenla dias, o prazo de desincompalibiliza^ao, permanecen- anos 70. Cabe ao Govemo agora incrementar o objetivo. do no poder, para usar a maquina adminislrativa e visando seus in- Se o piano economico recem-deflagrado conscguir, ainda teresses politicos-eleitorais, em beneficio proprio. que parcialmente, os resullados desejados e para os quais foi con- Tentaram, alguns Congressistas, reverter o quadro inslilu- cebido. a parlir de um determinado nivel de eslabilidade, nao a cional, quando determina a regra constitucional, que os titulares de curtissimo, mas em prazo proximo, eslara recriado um clima favo- cargos executives - Presidente, Govemadores e Prefeitos, - devem ravel a inveslimentos. Em Goias exisle o espa^o e a perspectiva renunciar aos respectivos mandates ate seis meses anleriores ao promissora convidando para os inveslimentos, principalmenle em pleilo, ou seja. ale o proximo dia 2 de abril, nao se podendo abs- setores como a modemiza^ao de pralicas agropecuarias e o benefi- trair o senlido etico desse principio, que e salutar. ciamenlo de malerias-primas origin an as desse setor a agroindus- Estamos, nesta oportunidade, registrando nossas ccngratu lai;ev- trializav'ao. es a todos os congressistas que votaram contra a reelei^ao e contra a Alem do potencial e das vantagens economicas possibilita- redu^ao do prazo de afastamento dos Executives, especialmente os das por inveslimentos no Estado e indispensavel, entrelanto, o nossos corapanheiros da representaijao paranaense, no Parlamento, compromisso politico do Govemo Estadual com um processo de que, como n6s, mostraram que nao se curvam ks lenta^oes do poder e dinamizaqao da economia. O Govemo Estadual tern que bancar al- nem revelam submissao a inleresses casulsticos. gumas das condi^oes de atra^ao do inveslimenlo e precisa portanto Numa satisfa^ao ao nosso eleitorado e aos princlpios que nor- estar qualificado para faze-lo. teiam nossa atua^ao politica e parlamentar, queremos deixar consig- Como por coincidencia a chegada da nova perspectiva ocor- nado que o nosso vote pessoal, apesar de pedidos e pressoes que re simultaneamente com a abertura de uma campanha politico- sofremos, foi inflexlvel: votamos contra qualquer tipo de reelei^ao, e eleitoral ligada a sucessao do govemo goiano. E fundamental que contra, tambem, a redu^ao do prazo de afastamento de Govemadores, o lema dos inveslimentos e do fortalecimenlo industrial de Goiis Ministros, Prefeitos e Secretarios de Estado, por considerarmos fora seja inserido na pauta dos debates. Os candidatos tern que estar de proposito qualquer mudan^a na regra do jogo eleitoral. preparados para oferecer a sua avalia^ao da meta de agroindustria- Era que tinha a dizer. Sr. Presidente. liza^ao de Goias e, se nao aprofundarem seus estudos a respeito e O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Concedo a nao contarem com bom assessoramento, perderao uma oportunida- palavra ao nobre Congressista Mauro Miranda. de de afirmado e eslarao prejudicando o encaminhamento das de- fini^oes a respeito com o respaldo do eleitorado - respaldo que O SR. MAURO MIRANDA (PMDB - GO. Pronuncia o dara legitimidade a programas de govemo para o setor agroindus- seguinle discurso.) - Sr. Presidenle. Sr's e Srs. Congressistas.lenho trial. afirmado constanlemente aqui, na Camara dos Depulados, sobre a O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Concedo a voca^ao desenvolvimentista da regiao Cenlro-Oesle brasileira, cer- palavra ao nobre Congressista Jutahy Magalhaes. to de que nela reside um future promissor para quern se dispoe a investir e trabalhar para um melhor aproveilamenlo do polencial O SR. JUTAHY MAGALHAES (PSDB - BA. Pronuncia nela existenle. Em nosso Estado de Goias e vislvel o inleresse dos o seguinle discurso.) - Sr. Presidente, Sr's e Srs. Congressistas, o empresarios induslriais das regioes mais desenvolvidas do Pats em art. 54 da Constilui9ao brasileira trata dos diversos casos de in- investir na propaga^ao dos seus negocios. compalibilidade entre fu^oes e cargos ocupados por Deputados e O Govemo de Goias, por exemplo, vem intensificando pro- Senadores, desde a expedi9ao do diploma e desde a posse. gramas que procuram atrair novas industrias de fora para o Estado Incompatibilidade 6 - segundo ensina Pinto Ferreira era e incentivando tambem os empresarios goianos a se enveredarem Comentarios a Constitui^io Brasileira - "o impedimento consti- por esse caminho. Mais de 30 distritos agroindustriais foram cria- tucional proibindo ao parlamentar o desempenho de delerminadas dos so no Govemo de Iris Rezende e se trabalha agora para dota- atividades ou a realiza9ao de certos negdeios, enquanto for titular los de uma infra-estrutura capaz de atender aos inleresses dos do mandato legislalivo". industriais, o que significa a gera^ao de mais empregos, a melhoria A Constitui9ao enumera dois impedimentos que ocorrem da condi^ao de vida das familias, um adequado atendimenlo social desde a expedi9ao do diploma e qualro, a partir da posse. Pinto e muito mais desenvolvimento. Ferreira classiftca-os em quatro calegorias: Man,o dc 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Sexta-feira 11 1699 - dc carater negocial, previslo no art. 54. inciso I, alinea a, Estou convencido. Sr. Prcsidente. e Srs. Congressistas, de ou scja, fimiar ou nianler contrato, desdc a expedi^ao do diploma, que a Proposta por mim apresentada pode contribuir para o aper- com pessoa juridica dc direito piiblico. aularquia. empresa publica, fci^oamento do texto constitucional. sociedade dc economia mista ou empresa concessionaria dc servi- Tal como se encontra formulada na alual Conslituifao. a 90 piiblico, salvo quando o conlrato obcdccer a claiisulas umfor- norma constante da alinea a, do inciso II do art. 54 e quase uma mes; mcra transposi?ao do art. 34, inciso II, alinea a, da Emcnda Cons- - dc carater funcional, eonforme disposto no art. 54. inciso titucional de 1969. A esta foi tao-somentc acrescentada a expres- I, alinea b e inciso II alinea b, isto e. aceitar ou exercer, desde a sao "controladores", que se presta, alias, para designar, de forma expedifao do diploma, cargo, fun?ao ou emprego remunerado, in- mais adequada, quern, nas empresas, detem o poder de decisao. clusive os de que sejam demissiveis ad nutum. nas entidades No entanio, a formula^ao da norma peca por falta de objelividade citadas, ou, nclas ocupar, desdc a posse, cargo ou fun^ao de que quando mantcm, do texto anterior, a expressao "empresa que goze sejam demissiveis da mcsma forma; de favor dccorrente de contrato com pessoa juridica de direito pii- - dc carater politico expresso no art. 54. inciso II. alinea c, blico". Com efeito, a expressao "favor", originaria, diga-se de pas- da seguinte maneira: patrocinar, desde a posse, causa em que seja sagem. do primciro texto constitucional republicano, tomou-se interessada qualquer das entidades acima enumeradas; inadequada nos dias atuais. Registre-se, ademais, que do vocabulo - de carater profissional, constantes do art. 54. inciso II. ali- "favor" nao ha um entendimento pacifico, pois pode-se interpretar neas a e d, assim formulados: ser proprietarios, controladores ou como variavel a sua extensao. O significado dc "favor" tern sido, diretores dc empresa que goze de favor dccorrente de conlrato com alias, amplamentc discutido por eminentes autorcs em comentarios pessoa juridica de direito piiblico, ou nela exercer fun^ao remunc- feitos aos diversos textos constitucionais, exatamente quando ana- rada; ou ser titulares de mais de um cargo ou mandate piiblico ele- lisam. da Carta Magna, os dispositivos rclativos a incompatibilida- tivo. de. Ecrreira Pinto, por exemplo, comenta, que "o grande problema Como se sabe, os parlamentarcs que desrespeitarem ou vio- que se ofcrcce a intcrprcta^ao e a significa^ao e o alcance da ex- larcm os mandamentos constitucionais sobre incompatibilidade es- pressao favor". tao sujeitos a pcrda do mandate, por delibera^ao da Casa A meu ver, ela vem sendo repctida nos diversos textos legislativa a que pcrtcnccm, nos tcrmos do art. 55. inciso I e § 2° constitucionais brasileiros por mcra tradifao, Ja a Constituifao de da Constitui^ao Federal. 1891 dispunha no art. 24 que "o Deputado ou Senador nao pode Do que vem sendo cxposto. Sr. Frcsidente, Srs, Congressis- tambem ser Presidente ou fazer parte de Diretorias de bancos, companhias ou empresas que gozem favores do Govemo federal tas, conclui-sc que a Constitui^ao de 1988, como alias ja o ti- definidos em lei". nham procurado fazer os diversos textos constitucionais Mais tarde, a Constitui^ao de 1934, atraves do artigo 33, es- anteriorcs, c baslantc cxprcssa c casuistica cm rcla^ao a incom- tabeleceu que "nenhum Deputado, desde que seja empossado, po- patibilidade do mandate parlamenlar com o exercicio de oulras dera ser diretor, proprietario ou socio de empresa beneficiada com atividades, privilegio, isenfao ou favor, em virtudc de conlrato com a Admi- Nao obstante isso, julgo ser necessario alterar, aproveitando nislra9ao Publica". o ensejo da Rcvisao Constitucional. a reda^ao de um dos dispositi- A Carta de 1937, art. 44, letra c, proibia ao membro do Par- vos da Ixi Magna que tratam da incompatibilidade, com o fim de lamento nacional "exercer qualquer lugar de administraijao ou toma-lo mais objetivo e mais abrangente. consulta ou ser proprietario ou socio de empresa concessionaria de Refiro-mc cxprcssamcnte a alinea a do inciso II do art. 54. servi9os piiblicos, ou de sociedade, empresa ou companhia que Prevc-se ali que, desde a posse, os parlamentarcs nao poderao "ser goze de favores, privilegios, isen^oes, garantias de rendimento ou proprietarios, controladores ou diretores de empresa que goze de subsidies do poder piiblico". favor decorrcnte de conlrato com pessoa juridica de direito piibli- Em seguida, as Constitui^Ses de 1946 (art. 48. inciso II, le- co. ou nela exercer fun^ao remuncrada". tra a) e de 1967 (art. 36, inciso 0, letra a), bem como a Emenda Considcro, Sr. Iricsidente, Srs. Congressistas, inadequada e Constitucional de 1969 (art. 34, inciso II, letra a) contiveram dis- incompleta a rcdaf ao da alinea citada, porquanto nenhuma empre- positivos iguais. Dispunham que "os Deputados e Senadores nao sa privada pode "gozar de favor" do Poder Piiblico. Considcro. poderao, desde a posse, ser proprietarios ou diretores de empresa alem disso. que se deva ampliar a vedafao constante desse disposi- que goze de favor dccorrente de contrato com pessoa juridica de tivo constitucional, abrangendo-se toda c qualquer empresa que te- direito piiblico. ou nela exercer fumjao remunerada. Diferem do nha rcla^ao negocial com rirgao piiblico. Pundamento meu ponto dispositive constante da atual Constitui^ao simplesmente porque de vista no entendimento de que o exercicio do mandate popular e nao faz referenda a condi^ao de controladores, como ja menciona- incompativcl com qualquer atividade que possa tcr conflito de in- do. teresses com o Poder Diblico. Sr. Presidente, Srs. Congressistas, eonforme acentuei ante- Para aperfci^oar o dispositive em tola, ofercci a Proposta riormenle, a nova reda^ao amplia o niimero de empresas nas quais Revisional n" 14169-9. com a sugestao de que ele passe a ter a se- Deputados e Senadores ficam impedidos de exercer fun9ao remu- guinte rcdagao: nerada ou das quais nao podem ser proprietarios, controladores ou Art. 54. Os Deputados e Scnadores nao pixlcrao: diretores. Na Constitui9ao em vigor, a veda9ao diz respeito apenas aquelas que gozam de favor dccorrente de contrato com pessoa ju- II - desdc a posse: ridica de direito piiblico. Segundo a proposta que apresento, o es- a) ser proprictirios, controladores ou diretores dc peclro das entidades com as quais as empresas antes referidas nao cmprcsas, que mantenham conlrato ou rela^ao negocial podem manter contrato ou rela9ao negocial toma-se muito mais dc qualquer naturcza com cntidadc da adminislra^ao di- amplo, englobando nao s6 as entidades pertencentes a administra- reta ou indireta, quo rcceba subvenfao do Poder Piiblico 930 direta, bem como as integrantes da administra9ao indireta: as ou, ainda, nclas exercer fumjao remunerada. aularquias - ja incluidas presentemente no dispositive constitucio- nal - e, alem destas, as empresas piiblicas e as sociedades de eco- 1700 Sexla-feira 11 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Mar^o de 1994 nomia misla, estas duas ultimas categorias definidas como pessoas O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Concedo a juridicas de direito privado. Alem disso, a Proposta Revisional palavra ao nobre Deputado Ciro Nogueira. apresentada inclui todas as entidades que recebem subven^ao do Poder I-Mblico. exislentes em grande mimero nao so nas tres esfe- O SR. CIRO NOGUEIRA (PEL - PI. Pronuncia o seguin- ras de govemo. o federal, o estadual e o municipal, mas tambem te discurso.) - Sr. Presidenle, Srs. Congressistas, por mais de uma fora delas. vez ocupei esta tribuna dirigindo apelo ao Ministcrio dos Trans- portes, no sentido de ver com simpatia a situa^ao da BR-404, que Por seu lado, a Proposta Revisional por mim apresentada liga o municlpio de Piripiri, no meu Eslado, o Piaui. a minha terra tern um escopo principal: ampliar a prole^ao do mandalo politico. natal, Pedro n, dai se prolongando ate Crateiis, fazendo a liga<;ao Sem diivida, tem sido essa uma preocupa^ao permanente com o Estado do Ceara. dos legisladores dos mais diversos parses democraticos, sobretudo A importancia dessa rodovia pode ser encarada por mais de a partir do fim do seculo passado. um aspeclo. Pinto Ferreira, cm sua obra aqui ja referida, Comentarios a A BR-4C)4 cruza a regiao agricola mais produtiva de Pedro Constitui^ao Brasileira, faz um exame comparado da experiencia II. Portanto, atraves daquela eslrada circulam as riquezas do muni- politico-juridica de diversos parses, em diferentes momentos de cipio, sendo pois, da maior relevancia. sua importancia economica. sua hisloria. a respeito da incompalibilidade, mostrando as solu^o- Mas nao e esta apenas a vantagem da BR-404. Esta rodovia es encontradas por eles para impedir que seus parlamenlares cor- encurta consideravelmenle a liga^ao da capital Teresina com For- ressem o risco de se tomarem dependentes dos govemantes. Em taleza, a capital cearense. Reduz a viagem, por conseguinle, em todos eles, ha normas severas e rtgidas quanto a incompalibilida- tempo e dinheiro. de. citando-se especialmente os Eslados Unidos, Mexico, Argenti- Em se tralando de uma medida de grande significa^ao, para na, Belgica, Holanda, Luxemburgo, Alemanha, Espanha, a econotnia e para a popula^ao de dois Eslados, volto a apelar, Dinamarca, Franca e Inglalerra. para o Ministerio dos Transportes, no sentido de que autorize a re- Em ultima analise, com a incompatibilidade. prelende-se cupera^ao de oilo quilomelros no trecho Piripiri/Pedro II. Pratica- conferir maior independencia ao Poder Legislative, preservando o mente loda a rodovia foi asfaltada, faltando apenas oilo mandato politico do perigo da seduqao e de processes de coopta- quilomelros, falla que nao se juslifica c dcsmerece o trabalho i^ao que os mandatarios poderiam sofrer por parte dos govemantes. executado. Procura-se. em sintese, impedir que Deputados e Senadores sub- Ha recursos alocados ao or^amento da Uniao, dependendo metem-se aos interesses de chefes do Poder Executivo ou de diri- o assunto apenas de decisao politica. genles de oulras entidades, perdendo, em consequencia, a rndispensavel independencia ao pleno exerctcio do mandato que o O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Concedo a povo Ihes oulorgou. Alem disso, busca-se evtlar que os parlamen- palavra ao nobre Congressisla George Takimolo. lares se lomem sujeitos a malevolencia dos govemados. O SR. GEORGE TAKIMOTO (PIT. - MS. Pronuncia o O fundamento da Proposta e sobretudo de natureza etica. seguinte discurso.) - Sr. Presidenle, Sr*s e Srs. Congressistas, na Segundo as sabias palavras de Temistocles Brandao Cavalcantr, data de onlem. agricullores do Distrito Federal e de Goias mobili- exprcssas em A Constitui^ao Federal Comcntada, "a medida zaram-se em manifesta^ao frenle a este Congresso Nacional, rei- restritiva e (...) allamenle moralizadora e cobre o exercicio do vindicando conduces para a conlinuidade da produi^ao de mandalo de certas garantias que o prestigiam, envolvendo-o de alimenlos, efetivaijao de uma politica agricola que restabele^a e in- uma rnsuspei^ao sem a qual nao pode haver dignidade pailamen- centive a produlividade do campo, e denunciando incorre^oes jun- lar" to ao PROAGRO. Sao idenlicas its reivindica^oes dos agricullores Sr. Presidenle. Srs. Congressrstas, ao fmalizar este pronun- de meu estado. Mato Grosso do Sul - um dos maiores celeiros ciamento, reiterando tudo o que acabo de expor, pe^o o apoto de agricolas desle Pais - e, certamente as mesmas dos agricullores de V. Ex's para a aprova^ao da Proposta Revisional que da nova re- todo o Brasil. daijao a alrnea a do inciso II do art. 54 da Constituiqao Federal. Sob re eles ja me manifestei por diversas oportunidadc e, Aprovando a Proposta. eslara o Congresso Revrsor, por certo, con- ocupando esta tribuna, nao poderia deixar de faze-lo novamente. tribuindo para que, segundo anligas e oportunas palavras de Carlos A manifesla^ao de onlem - que fa^o minha - demonstrou, Maximiliano regislradas em Comentarios a Constitui^ao Brasi- de forma bastante clara, a exorbilancia de pre^os pralicados frenle leira de 1891, se tire "ao Executivo um instrumento de predomt- ao consumidor final. Apesar de todas as dificuldades de credito; nio. impedindo de acenar a legisladores altivos com as honras e dos imposlos abusivos; dos cuslos de adubos e outros insumos; investiduras, e excluindo das delibera9oes do Congresso a tnfluen- transporte e diversos incidenles sobre a produijao, os mesmo pro- cia oficial daqueles que dependem diretamenle do Chefe de Esta- dutos onlem comercializados, sao vendidos ao mercado consumi- do". dor por pre^os superiores entre 51 e 457%, como e o caso do leite. Hojc. mais do que nunca, a Naijao clama por etica na politi- A resolu^ao dos problemas estruturais da agricultura brasi- ca e quer govemantes e parlamenlares dignos de seus mandatos; leira e da mais alta relevancia e deve, urgentemente, receber o tra- nem cormptores, nem corrompidos! A incompatibilidade e uma tamenlo e a considera^ao que Ihe deve ser dada, mas e negada pelo das principais armas para a moraliza^ao da vida publica. pois. Govemo. como acentua Carlos Maximiliano, "arranca aos poderosos uma O assunto Agricultura tem recebido un ratamento displi- arma de corrup^ao, outorga ao Parlamento mais um penhor de in- cente por parte das autoridades govemamenla.s que nao condiz dependencia"! Portanto, que a Conslitui^ao impe^a tudo o que com a sua importancia e que nao pode, definitivamenle, ser mais possa comprometer a imparcialidade, a objelividade e a indepen- aceito por parte de qualquer um de nos. dencia que Deputados e Senadores devem ter, pois, como diziam No desenvolvimenlo da produ^ao agrocola reside a solu^ac os romanos "quern recebe um favor, vende a liberdade"! de uma grande parte de muitos outros problemas nacionais, tais Era o que tinha a dizer. Sr. Presidenle. como o desemprego, a fome, e lanlos outros. Mar^o Oe J 994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Sexta-feira 11 1701 Nestas breves palavras, o meu inconformismo com a situa- Marcio Lacerda - PMDB. ^ao. lira o que linha a diz.er. Sr. Presidentc. Distrito Federal COMPARECERAM MAIS OS SENIIORES: Benedito Domingos - PP. Rorauna Goias Avcnir Rosa - I'P. Onofre Quinan - PMDB; Ronaldo Caiado - Bloco (PFL). Para Mato Grosso do Sul Carlos Kayalh Bloco - (PTB); Domingos Juvenil - PMDB Jose Elias - Bloco (PTB); Nelson Trad - Bloco (PTB). Valdir Ganzer - PT. Amazonas Parana Aurco Mcllo - PRN. Antonio Barbara - PMDB; Basilio Villani - PPR; Delcino Tavares - PP; Fidi Siliprandi - PSD; Flavio Ams - PSDB. Kondonia Amir Lando - PMDB: Carlos Camur^a - PP. O SR. PRESIDENTE (Humberlo lareena) - Passa-se a Acre Ordem do Dia Flaviano Mclo - PMDB. Item 1: Volafao, em primciro tumo. das Propostas Revisionais e Tocantins respeclivas emendas. oferecidas ap art. 56 da Conslilui?ao Federal Freire Junior - PMDB; Moises Abrao - PPR. (licen^a para afastamento no exercicio do mandalo). 0 Maranhao 0 Parecer n 14. dc 1994-RCF. do Relator. conclui pela apresenta^ao do substitutivo. Francisco Coelho - Bloco (PFL); Samey Filho - Bloco Em sessao anterior, o Sr. Relator apresentou subemenda ao (PFL) substitutivo, ficando o texto redigido nos seguintes termos: Ccara Art. 1°. O art. 56 passa a vigorar com a seguinte reda^ao: Art.56 Carlos Benevidcs - PMDB; Carlos Virgilio- PPR. 1 - (mantido.) Piaui II - licenciado pela respectiva Casa; Paes Fandim - Bloco (PFL). a) para tratamento de saiide; Rio Grande do Nortc b) por molivo de licen9a matemidade, nos termos do inciso XVni do art. 7°; Fernando Freire - PPR; Mavio Rocha - PL. c) para tratar. sem remunera^ao, de interesse particular, des- Paraiba de que o afastamento nao ullrapasse 120 dias por sessao legislati- Jose Maranhao - PMDB; Lucia Braga - PDT; Raimundo va. Lira - PFL. Mantidos os §§ 1°, 2<>e 3° Pcrnambuco Em votaijao a subemenda apresentada pelo Sr. Relator. Vo- Alvaro Ribeiro - PSB; Osvaldo Coelho - Bloco (PFL); Ro- ta^ao nominal. berto MagalhSes - Bloco (PFL) Peyo aos Srs. Congressislas que ocupem seus lugares. Pe^o ao Sub-Relalor que ocupe o lugar do Sr. Relator. Alagoas O SR. CARDOSO ALVES - Sr. Presidente, pe^o a pala- Clcto Falcao - PSD; Mcndon^a Neto - PDT; Olavo Calhei- vra pela ordem. ros - PMDB; Tcotdnio Vilela Filho - PSDB. Scrgipe O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Concede a palavra a V. Ex' pela ordem. Lourival Baptista - PFL. O SR. CARDOSO ALVES (PTB - SP. Pela ordem. Sem Bahia revisao do orador.) - Sr. Presidente, nao quero voltar a este assun- Jairo Cameiro - Bloco (PFL); Joao AIvcs - PPR; Joao Car- to. a comentar a natureza desta emenda, a comentar a materia con- los Bacelar - Bloco (PSC); Sergio Gaudenzi - PSDB tida nesta emenda. Mas eu me sinto no dever de, como Deputado, Minas Gcrais como advogado, como amante do Direito Constitucional, como defensor dos foros de sabedoria desta Casa, dizer a V. Ex' que vou Ibrahim Abi-Ackel - PPR; Paulo Delgado - PT. me declarar, sozinho, em obstnifao. Nego-me a votar esta materia. Rio dc Janeiro E materia secund&ria de Regimento Intemo, nao e nem materia priorilana no Regimento. Alvaro Valle - PL; Mavio Palmier da Veiga - PSDB; Jose Com o maior respeito a V. Ex', ao Sr. Relator, quero deixar Egydio - PPR; Sergio Cury - PDT. patenle aqui que aspiro para o meu Pats uma Constituiijao singela, Sao Paulo despojada. que se assemelhe a um catecismo, que seja conhecida de todo o povo, que informe a cada um dos cidadaos os seus direi- Cunha Bucno - PPR; Fausto Rocha - PL; Jose Serra - los. M nao quero a perfeifao da constitui9ao inglesa, que nao exis- PSDB; Tuga Angcrami - PSDB. le, que e consuetudiniria, desejaria, sim, a constitui9ao americana, Mato Grosso curta, sensivel, incisiva nos seus poucos artigos. 1702 Sexta-feira 11 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Mar^o de 1994 Assim sendo. Sr. Presidente, com a devida vetua de V. Ex', devo dizer que estou de acordo. Essa posi9ao, contudo, nao me comunico a Casa que nao quero inserir na Const!tuiqao Federal do leva a emitir parecer pela supressao do texto que ora se vota, pela meu Pals materia secundaria de Regimento Intemo. razao seguinte. A inser9ao nos texlos conslitucionais brasileiros de materias O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - A Presidencia estranhas a doutrina constitucional, mais vinculadas a mecanica quer informar ao Plenario que esta materia que esta sendo votada inlema de funcionamento do Poder do que a OTganiza9ao dos Po- ja foi discutida e encaminhada. Nao ha mais encaminhamento de deres constitutivos do Estado, decorre do primeiro texto constitu- vota9ao. Vamos passar k vota9ao. cional da Historia polltica brasileira, ou seja, a Constitui9ao Pe90 aos Srs. Congressistas que ocupem os seus lugares. Imperial de 1824. Os Srs. Llderes podem orientar suas Bancadas. Era na ocasiao tao aceso o debate entre as prerrogativas im- A SRA. SANDRA CAVALCANTI - Sr. Presidente, pe90 periais, encamadas na figura de D. Pedro I, e as prerrogativas a palavra. conslitucionais e legislalivas, objeto de uma busca dramatic a por O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Para orientar parte de nossa Primeira Assembleia Nacional Consliluinle, que se a Bancada do PPR, concedo a palavra a nobre Lider Sandra Caval- lomou necessario eslipular no corpo da Carta Magna quais as prer- canti. rogativas da pessoa do imperanle e quais os atributos e prerrogati- vas dos depulados eleitos pelo povo para a elabora9ao de nossa A SRA. SANDRA CAVALCANTI (PPR - RJ. Como El- primeira Conslitui9ao. Qucstoes hoje irrelevantes e, talvez, ridlcu- der. Sem revisao da oradora.) - Sr. Presidente, o Deputado Cardo- las, como: a questao da permanencia do Imperador de chapeu ou so Alves e todos os que se manifestaram aqui contra a materia nao no ambiente da Assembleia; a entao gravissima questao das estao cobertos de razao. Dc fato, trata-se de materia regimental. precedencias no que diga respeilo a penelra9ao no recinlo da As- Mas nao vi, no elenco das emendas apresentadas ao Relator, uma sembleia Conslituinte; a liturgia da leitura da Fala do Trono e de linica emenda supressiva. Bastaria que tivessem feito uma emenda sua consequente resposla significavam, a epoca, questoes muito supressiva, e teriamos um artigo estabelecendo que, para afastar-se mais imporlantes do que aquelas relativas k simples convivencia da Casa. o procedimento sera determinado pelo Regimento Intemo entre os Poderes porque significavam uma questao de precedencia de cada Casa Legislativa. E tenho eerieza de que todos votariamos. e, consequcnlemente, de supremacia de um Poder sobre o outro. Nem mesmo no curso do Segundo Reinado, quando a intro- Mas, Sr. Presidente, esta materia s6 esta sendo votada por- missao do Poder Moderador, chave da nossa organiz^ao constitu- que, lamentavelmente, em 1988, entre as muitas asneiras cometi- cional, procurou solucionar as questoes decorrentes do convlvio das na ansia de ir mais longe na elabora9ao de um Texto entre a assembleia, }k nao mais conslituinte mas legislativa, e a Constitucional, invadimos o Regimento Intemo da Camara dos pessoa do imperante, foi suficiente para erradicar das priiticas e Depulados, E o fizemos em rela9ao a todos, portanto, homens e costumes parlamentares os princlpios regimcntais estatuidos no mulheres. corpo da Constitui9ao. Estabelecemos que eles s6 poderiam se afastar por motivo Foi essa a razao pela qual a Carta Constitucional de 1824 de doen9a - e como esta na Constitui9ao - e para tratar de interes- abarcou um sem-ntimero de disposi96es conslitucionais e regimen- ses particulares. E foi mais longe a Constitui9ao na sua ansia regi- tals que, por esplrito de repeti9ao, foram repercutindo de forma a mentalista: estabeleceu que quando for por interesse particular, o se fazer presente nas cartas subsequentes. afastamento nao pode ser superior a 120 dias e lera que ser sem re- Nem mesmo a Constitui9ao de 1891, cuja primeira versao munera9ao. Resultado: quando se prelende prever tudo, sempre mereceu os cuidados da competencia de Rui Barbosa, conseguiu acaba aparecendo um imprevisto. fugir a necessidade de inslituir determinados comportamentos que, Entao, na bora de conceder-se afastamento para uma Parla- em outras na9oes e 4 vista de outras contingencias histdricas, me- mentar, que tinha necessidade de se afastar por razoes de materai- lhor ficariam localizadas nos regimentos inlemos das respectivas dade, a Constitui9ao impedia a Mesa de faze-lo. casas legislalivas. Esta emenda nada lem a ver com as mulheres, nada tern a A Constitui9ao de 1934 reproduziu quase na Integra o con- ver com matemidade. Esta emenda e para consertar uma asneira junto de disposi96es regimenlais referentes ao processo legislativo regimental que esta no texto constitucional. Nenhum Elder, ne- que a Carta de 1824 havia absorvido e disciplinado. E, ate hoje, nhum dos homens que pensam assim, como os Depulados Cardo- em virtude da tradi9ao do nosso Direito Constitucional, as nossas so Alves e Luis Eduardo, lembrou-se de a pre sen tar uma emenda constitui9oes vem repetindo dispenses que melhor ficariam ads- supressiva desta parte regimental. tritas ao poder regimental. Agora s6 temos a seguinte op9ao: ou votamos esse conser- Sr. Presidente e Srs. Congressistas, a elimina9ao das dispo- to, ou fica o texto constitucional, que e um horror. Basta escolher. si96es do art. 56 do texto da Constitui9ao importaria, em face do O PPR vota "sim". que aqui ficou exposto, numa especie de aleijao. E que se extrairia O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Concedo a do corpo da Constitui9ao uma unica disposi9ao, quando sao nume- palavra ao Sr. Relator substituto, Deputado Ibrahim Abi-Ackel, rosas e multiplas disposi9oes da mesma nature za insertas no mes- para dar esclarecimento ao Plenirio. mo litulo da Constitui9ao Federal. Com a palavra o Sr. Relator. Se se quer aproveitar a Revisao Constitucional para reduzir Em seguida darei a palavra aos Llderes para orientarem o texto, k semelhan9a do que desejam os iluslres Congressistas suas Bancadas. Roberto Cardoso Alves e Sandra Cavalcanti, titulares ambos da Nao hi mais encaminhamentos. minha admira9ao, de todas as disposi96es de natureza regimental O SR. IBRAHIM ABI-ACKEL (Relator) — Sr. Presidente, sobreexislentes no corpo da Constitui9ao Federal, o esfor90 n5o Sris e Srs. Congressistas, sob o ponto dc vista doulrinirio, cabe- pode ficar limitado k extTa9ao de apenas dois incisos. me dizer, por convic9ao prdpria e antiga, que as crilicas e observa- E necessario um esfor90 de adequa9ao da Constitui9io 9oes feitas a existencia no texto constitucional de dispenses aquilo que realmente tem nobreza constitucional, com o integral melhor ficariam contempladas no Regimento Intemo da Casa, afastamento de todas as normas de natureza regimental que, em Mar^o de 1994 D1ARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Sexta-feira 11 1703 virtude da nossa lradi?ao constilucional e era virtude das nossas a todas as mulheres brasileiras, independente da fun93o que ocupa- vicissitudes histdricas, nela foram inseridas. rem. Essa a razao pela qual, concordando, em principio, com as O PCdoB mant6m-se cm obstru95o. Sr. Presidente. observa?6es feilas contra a existencia desses disposilivos no texto O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Como vota o constilucional, emito meu parecer no sentido de sua preservaijao. Llder do PMDB? E que a extraijao parcial de disposilivos, no caso de signiftca^ao em numero mlnimo, contribuiria para agravar ainda mais essas O SR. JOAO THOME (PMDB - AM) - "Sim", Sr. Presi- distorfoes, ao inves de colaborar para a limpeza do texto constilu- dente. cional daquelas disposi96es que nao Ihe pertencem. De resto, essas O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Como vota o disposi^ocs resultam de emcndas oferecidas pelos Srs. Parlamenta- Llder do PTB? res. De sorte que o parecer 6 favorivel it sua manuten^ao. Passo, agora, em poucas palavras, a examinar e minudenciar quais sao as O SR. ROBERTO JEFFERSON (PTB - RJ) - O PTB modificafdcs introduzidas, esti em obstru9ao, Sr. Presidente. Essas introdufoes sao mlnimas, Srs. Congressistas, posto O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Como vota o que o texto atual, no inciso II do art. 56, determina que e penrutida Llder do PSDB? a concessao de licen^a a um membro da Casa para tratar, sem re- O SR. JOSfe ABRAO (PSDB - SP) - O PSDB acompanha munera9ao, de interesse particular, desde que o afastamento nao o Relator e vota "sim". Sr. Presidente. ultrapasse 120dias. A modifica9ao proposta pelo eminente Sr. Relator, Nelson O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Como vota o Jobim, a qucm ocasionalmente substituo na condi9ao de Relator Llder do PP? ad hoc, da tratamento mais compativel a norma, segundo o inte- O SR. MARIO CHERMONT (PP - PA) - "Sim", Sr. Pre- resse da prdpria Casa legislativa e do Parlamentar interessado. sidente. Diz; O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Como vota o Para tratar, sem remunera9ao, de interesse (particular, desde Llder do PDT? que o afastamento nao ultrapasse 120 dias por sessao legislativa. A unica modifica9ao que se introduz i aquela que limita a O SR. CARLOS LUPI (PDT - RJ) - O PDT encaminha a uma sessao legislativa a possibilidade do afastamento, sem remu- sua obstru9ao 3 materia. nera9ao, para tratamento de interesse particular, nao ultrapassando O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Como vota o a licen9a 120 dias. Llder do PL? O parecer 6, portanto, e em conclusao, pela aprova9ao da emenda. O SR. JONES SANTOS NEVES (PL - ES) - 'Sim", Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - O Sub-Rela- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Como vota o lor, Deputado Ibrahim Abi-Ackel, mantem o parecer do Relator. Llder do PT? Pe90 aos Srs. Lideres que orienlem as suas Bancadas. Como vota o Llder do PC do B? O SR. EDUARDO JORGE (PT - SP) - O Partido dos A SRA. JANDIRA FEGHALI (PCdoB - RJ) - Sr. Presi- Trabalhadores continua em processo de obstru9ao, tentando sensi- dente, em primeiro lugar, quero dar um esclarecimento. V4rios 6r- bilizar as virias Lideran9as para a negocia9ao de uma agenda mi- gaos de comunica9ao publicaram essa emenda como sendo de xima ou minima, con forme o gosto. minha autoria, no entanto, nao fiz emendas a revisao. Na verdade, Nesta questao, a nossa posi93o 6 favorivel, todavia, s6 vo- o nome de Emenda Jandira Feghali foi em fun9ao de eu ler con- taremos quando o quorum for alcan9ado. quistado, com o apoio de quase todo o Congresso Nacional, a li- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Como vota o cen9a gestante, como Deputada, no ano passado. Llder do PMN? Hi duas questoes fundamentais que merecem ser csclareci- das. N5o lenho duvida de que o texto constitucional garante a toda O SR. NILSON GIBSON (PMN - PE) - Sr. Presidente, o e qualquer mulher que exet^a um trabalho, por um direito da segu- PMN continua em obstru9ao, aguardando o quorum necessirio ridadc social, o direto & Iicen9a matemidade, seja ela trabalhadora para, ent3o, votar favoravelmente pela crian9a. avulsa, empregada dom6slica, trabalhadora de qualquer vtnculo, O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Como vota o deputada ou ocupante de qualquer cargo publico, pois todas as Llder do PFL? mulheres tem filho da mesma forma e as necessidades do nascituro e da parturientc sao as mesmas. O SR. LUlS EDUARDO (PFL - BA) - Sr. Presidente, no Quero deixar claro o meu protesto a alguns argumentos aqui Partido a questao 6 aberta, o Llder vota "n3o". expostos, inclusive por deputadas contrarias a esle direito a qual- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Como vota o quer mulher que seja. Llder do PPS? Em segundo lugar. Sr. Presidente, creio que o erro esti no fato de, no capltulo da Constitui9ao que trata da Uce^a para depu- O SR. SERGIO AROUCA (PPS - RJ) - "Sim", Sr. Presi- tado, nao se ter especificado a licen9a por molivo de matemidade. dente. A meu ver, se esse capitulo nao existisse, mas essa questSo cons- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - A Mesa pede tasse do Regimento, o direito estaria assegurado. aos Srs. Congressistas que tomem assento cm seus lugares. Quero deixar regislrado aqui, apesar de estar obstruindo a Os Srs. Congressistas que se encontram nas bancadas quei- Revisao e nao ser autora da emenda, que esse m6rito, lamentavel- ram acionar, simultaneamente, o botao preto no painel c a chave mente, tao mal acompanhado neste processo revisional cheio de sob a bancada, mantendo-os pressionados at6 que a luz do c6digo casulsmos, n3o pode ser negado, pois o direito 3 licen9a 6 inerente se apague. 1704 Sexla-feira II DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONA1S Mar^o de 1994

Os Srs Congressistas que nao registraram os seus votes 0 SR PRESJDENTE (Humbcrto Ixtcena) - Concede a queiram faze-lo nos postos avulsos. nalavra a V Ex* Pe^o aos Srs. Congressistas que eslao fora do recinto que venham ao Plenario para votar. O SR. CARLOS LUPI (PDT - RJ. Pela ordem. Sent revi- Ja e a lerceira vez que esta maleria e submelida ao Plenario sao do orador.) - Sr. Presidente, ha duas questoes sobre as quais do Congresso Revisor. gostana de ser informado por V, Ex". Se nao houver quorum hoje, Procede-se a vota9ao: esse item sera o primeiro a ser volado na pauta da proxima sessao? O SR. GERMANO RIGOTTO - Sr. Presidente. pe^o a O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Exatamente. palavra pela ordem. A nao ser que haja uma inversao da pauta. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Concede a O SR. CARLOS LUPI - Mas. nesse case, tern que ser vo- palavra a V. Ex' lada pelo proprio Plenario? O SR. GERMANO RIGOTTO (PMDB - RS. Pela or O SR. PRESIDENTE (Humbcrto Lucena) - Exatamente. dem.) - Sr. Presidente, V. Ex' esta convocando sessao do Con- O SR. CARLOS LUPI - A segunda pergunta e a seguinte: gresso Revisor para a proxima segunda-feira? Havera sessao V. Ex' dara um prazo final? Gostaria apenas de ter uma ideia de ordinaria? quanlo tempo aguardaremos para a vota^ao. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Nao. para se- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Oportuna- gunda-feira nos ainda nao vamos marcar sessao 4s 18 boras, por- mente, como sempre, por hora. esta no inicio. que os Lideres ainda nao concordaram em mobilizar suas Bancadas. Mas, aproveilando a intervene ao de V. Ex*, poderiamos O SR. GERMANO RIGOTTO - Sr. Presidente, pe^o a fazer um apelo aos Srs. Lideres para, na proxima semana, manler- palavra pela ordem. mos mobilizado o Plenario do Congresso Revisor ate a sexla-feira O SR. PRESIDENTE (Humbcrto Ixicena) - Concede a pela manha. Fariamos sessoes na ter^a, quarta e quinta-feira pela palavra a V. Ex* manha e, a tarde. os que nao residem era Brasilia viajariam. O SR. GERMANO RIGOTTO (PMDB - RS Pela ordem O SR. GERMANO RIGOTTO - Entao, nao esta marcada Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, gostaria apenas de con- sessao do Congresso Revisor para a proxima segunda - feira? cluir a sugestao feita ainda ha pouco ao Sr. Presidente. Alem des- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Nao, porque sas sessoes - concordo com V. Ex* em marcar para a tenja-feira de ainda nao tenho o compromisso dos lideres. Marcaria e pediria o manha uma sessao extraordinaria seria bom que isso ficasse cla- empenho para sexta-feira as 09 horas. ro, para que os Srs. Congressistas saibam exatamente qual 6 a pro- grama^ao da proxima semana. Se vai haver sessao extraordiniria O SR. GERMANO RIGOTTO - E bom que isso ftque do Congresso Revisor na ler^a-feira de manha, e importante a mo- bem claro. Sr. Presidente, porque na segunda e na sexla-feira pas- biliza^ao para que os Srs. Congressistas estejam aqui. sadas houve muita cobrancja com relaijao ao falo de terem sido Numa sessao passada, Sr. Presidente, falei a V. Ex' a respei- marcadas sessoes do Congresso Revisor e, aparentemente. elas to da importancia de, nas sessoes vespertinas, iniciarmos cedo a nao terem ocorrido por falta de quorum. Ordem do Dia. Nao 6 possivel que hoje, mais uma vez, iniciemos E bom que fique claro que nao esta havendo convocaijao do a Ordem do Dia a partir das 17 horas. Eu j4 disse que vou solicitar Congresso ReVisor para a prrixima segunda-feira. 4 Mesa uma verifica^ao de quorum - nao sei se e possivel isso -, O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — A segunda- para que os Congressistas sejam chamados ao plen4rio, porque, no feira esl4 reservada para sessoes no Senado e na Camara. Agora, momento que hi lal verifica9ao. os Congressistas aparecem. se houver anuencia dos Lideres e houver uma mobiliza^ao, podera Acredito que devemos tomar uma decisao: quando a sessao haver uma sessao extraordinaria do Congresso Revisor a noite. e realizada 4 tarde, fa^amos uma verifica9ao de quorum 4s 15 ho- Mas s6 se houver a concordancia dos Lideres. ras e miciemos a Ordem do Dia, sob pena de os nossos trabalhos arrastarem-se e os problemas continuarem, como esli acontecen- O SR. GERMANO RIGOTTO - Faria a seguinle suges- do. tao a V. Ex*: que, dentro do possivel, em contato com a Presiden- cia da Camara, na prdxima semana, tivessemos sessao do O SR. ERNESTO GRADELLA - Sr. Presidente, pe9o a Congresso Revisor nao apenas a partir das qualorze horas, mas palavra pela ordem. pela manha, como tivemos hoje, quando ate votamos em segundo O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Concede a turao uma das nossas emendas. E que a partir de quarta-feira tives- palavra a V. Ex' semos sessoes, inclusive iniciando na parte da manha uma sessao extraordinaria de manha e uma sessao ordiniria 4 tarde. E essa a O SR. ERNESTO GRADELLA (PSTU - SP. Pela ordem. sugestao que fa^o a V. Ex' Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente. a respeito da proposta do Deputado Germano Rigotto, entendemos que nao e possivel para- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Pois nao. Po- deriamos ter sessao na lerga-feira tambem. lisar os trabalhos da Camara, apenas pensando no quorum do Congresso Revisor. O SR. GERMANO RIGOTTO - Exatamente. Ter^a-feira. Os Deputados, para apresenlarem proposi96es, sejam elas O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Come^aria- requerimenlos de informa9ao ou projetos, s6 podem faze-lo em mos amanha. Se houvesse quorum, poderiamos iniciar na ten;a e sessao que tenha Ordem do Dia. Na verdade, se as sessoes que lem ir ate sexta-feira pela manha. Ordem do Dia - as de ler9a, quarta ou quinta-feira - forem uliliza- das pelo Congresso Revisor, havera uma paralisa9ao, de forma que O SR. CARLOS LUPI - Sr. Presidente, pe^o a palavra nenhum Deputado, ate maio, podera apresenlar as suas proposi96- pela ordem. es. Mar^o de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Sexta-feira 11 1705 Inclusive, achamos que, se a Mesa da Camara resolver fazer A SRA. IRMA PASSONI (PT - SP. Pela ordem. Sem revi- um acordo para antecipar as sessoes do Congresso Revisor, deve s5o da oradora.) - Sr. Presidente, pe90 a palavra pela ordem duran- deixar um espa^o aberto, para que os Deputados possam apresen- te esta sessSo porque V. Ex' - se pudermos dizer assim - alem de tar as suas proposifoes. ser Presidente do Congresso Revisor, e Presidente do Congresso N6s mesmos temos guardado um requerimento de informa- Nacional, que nSo existe. mas e Presidente das sessoes do Con- ?oes, que hoje nao foi posslvel apresenlar. e nao sabemos. caso se gresso Nacional. implanle essa mcdida, quando poderemos faze-lo. Ontem, neste plenirio, o Presidente interino da Camara dos Em relafao a vota^ao que esti havendo, man ifestamos a po- Deputados apresentou um quadro no qual est8 desenhado que esta- si9ao do PSTU de obstru9ao. mos a dever a aprecia9ao de vinte e uma medidas provisdrias. E at O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - A Presidencia se diz que nSo trabalhamos, porque temos tambem na fila vinte e quer informar a V. Ex", nobre Elder, que nao tomaii nenhuma pro- uma medidas provisdrias. videncia de convocar sessao, sem um entendimento com o Presi- Ora, nao temos tido sessoes para examinar essas vinte e dente da Camara dos Deputados, evidentcmente. uma medidas provisdrias. que e$t8o vencendo, estao vencidas ou j8 foram reeditadas por parte da Presidencia da Republica. Portan- O SR. AFFONSO CAMARGO - Sr. Presidente, pe^o a to, pergunto, j8 que estamos tratando da ordena9ao dos nossos tra- palavra pela ordem. balhos, ou multiplicando sessoes. etc., qual 6 a posi9ao de V. Ex' O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Concedo a em rela9ao 8s medidas provisdrias que ji venceram, que estao sen- palavra a V. Ex' do reeditadas? Ent8o, ftca parecendo tambem que esta Casa nSo trabalha, porque nSo examina medidas provisdrias. O SR. AFFONSO CAMARGO (PPR - PR. Pela ordem. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, tenho insislido bastante O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Quero dizer a nesse problema, porque sei do inleresse de V. Ex' em que a Revi- V. Ex', e louvo a sua preocupa9ao com re^So 8s medidas provi- sao siga denlro de uma velocidade normal - pois essa velocidade sdrias, que lamentavelmente elas estSo se multiplicando, porque nao 6 a normal estamos, em princlpio, come^ando a votar Ires at6 hoje o Senado Federal nSo aprovou o Projeto Nelson Jobim, boras depois do inlcio da sessao. Inclusive, queria chamar a aten- que regula a uliliza9ao dessas medidas. 980 do Deputado Germano Rigotto de que estive verificando o Re- Na semana passada, fizemos uma reuniSo do Congresso gimento junto 8 Mesa e pude concluir que esse pedido de Nacional para apreciar algumas dessas medidas. Lamentavelmente verifica9ao nao tern amparo regimental. A tinica forma de resolver nSo houve quorum. E sempre a questao do quorum. Na prdxima - nao adianta marcar a bora da sessao - e combinar a bora em que semana, vamos ter outra sessao do Congresso Nacional, justamen- se vai iniciar a vota9ao. te para apreciar as medidas, mas 6 precise que os Srs. Congressis- Nesse sentido, as Lideran9as teriam que fazer um acordo tas venham ao plenario, porque sem quorum nao se pode votar. para definir a bora que vai cougar a vota9ao e pedir que os scus A SRA. IRMA PASSONI — Portanlo, na reorganiza9ao liderados venham a plen&rio registrar a presen9a, caso contririo, dos trabalhos, no calendirio di6rio e semanal, e precise que se ga- nao vamos resolver o problema, ranla tambem o horario dessas sessoes, porque se as fizermos 8s JS hit um certo consenso no sentido de que poderiamos co- 20 boras, j8 tendo havido tres sessoes anleriormente. os Congres- me9ar 8s 15 boras, o mais tardar 8s 15h30min, mas isso nao ocorre sistas normalmente se retirarao da Casa. na pritica. Fiz inclusive uma experiencia duranle um certo periodo O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Exatamente. ontem 8 tarde e observei que vinha um parlamentar por minuto. Temos que conciliar as sessoes do Senado Federal, da Camara dos Em dez minutos vieram apenas dez Congressistas para marcar sua Deputados, do Congresso Nacional e do Congresso Revisor. E V. presen9a. Se nao houver um entendimento em torno da bora cm Ex' tern toda razao, porque a medida provisdria e materia de alta que vai come9ar a vota9ao da Ordem do Dia, nSo vamos conseguir relevancia, e muitas delas sao bastante controvertidas. resolver o problema. O SR. PAULO HESLANDER - Sr. Presidente, pe9o a pa- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - A Presidencia lavra pela ordem. quer esclarecer ao nobre Congressista Affonso Camargo c ao Ple- n8rio que a questao de se iniciar a v013980 mais cedo esti posta em O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - V. Ex' tem a rela93o 8 presen9a no painel eletrdnico. seguindo o dispositive do palavra. Regimento da CSmara dos Deputados. subsidiirio do Regimento O SR. PAULO HESLANDER (PTB - MG. Pela ordem.) da RevisSo Constitucional. - Sr. Presidente, quero somente reiterar que o PTB continua em Ocorre, por6m, que o que tern acontecido, e e o que aconte- obstni9ao. ce sempre, 6 que os Congressistas v6m a plendrio, regislram a pre- sen9a e retiram-se. Mas pode haver um momento - e al enlra a (Prossegue a votagao.) questSo do Congressista Germane Rigotto - em que. apesar de es- O SR. CARLOS LUPI - Sr. Presidente, pe90 a palavra tarem registrado no painel, por exemplo, 220 Congressistas, este- pela ordem. jam aqui presentes menos de 59, numero necess8rio para manter a sessSo. Al cabe pedir verifica9ao de quorum, para manter ou nao O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - V. Ex* tem a a sessao. E esses que j8 est8o registrados virSo aqui, para haver palavra. quorum na devida oportunidade. O SR. CARLOS LUPI (PDT - RJ. Pela ordem.) - Sr. Pre- A SRA. IRMA PASSONI - Sr. Presidente, pe9o a palavra sidente, como o fluxo de votantes 6 quase nenhum, eu gostaria de pela ordem. saber se V. Ex* dari novamente um prazo para o termino da ses- sao. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Concedo a O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Eu darei. Ex'. palavra 8 nobre Congressista. Veja V. Ex' que os Srs. Congressistas estao votando. 1706 Sexla-feira 11 DIARIO DOS TRABALHOS RL-V1SIONA1S Mar^o de 1994 <) SR. CARLOS Ll'RI - Mas V. Fa3 nao vai dar um pra- O SR. PRESIDENTE (Humbcrto Lucena) - A Presidcn- zo? cia. antes de dar a palavra a V. Ex', pede aos Srs. Congressislas que estao fora do plenario e que ainda nao volaram que queiram O SR. RRKSIDENTE (Humbcrto Lucena) - Eu darei o faze-lo. Ainda ha pouco. estava regislrada a presen^a de 340 Srs. prazo. Daqui a pouco cu dou. Congressislas. No entanto. ate agora so estamos com 241. Acredi- O SR. RACLO DEI.CADO - Sr. Presidcntc. pc^o a pala- to que muitos parlamentares ainda estao em seus gabinetes, e vao vra pela oTdcm. chegar para que possamos complelar o quorum qualificado. Concedo a palavra ao nobre Congressisla Marcclino Roma- O SR. PRESIDENTE (Humherto Luccna) - Teni V Fx" a no Machado, pela ordem. palavra. O SR. MARCELINO ROMANO MACHADO (PPR - O SR. PAULO DELO ADO (PI - MO. Pcla ordem. Sem SP. Pcla ordem. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, na se- revisao do orador.) - Sr. Ocsidente, cu goslaria, a partir das obser- mana passada, numa reuniao de Lideres com V. Ex' e com a Mesa vaijocs - com todo o rcspcito, data maxima vcnia, como di/em os que esta dirigindo o Congresso Revisor. ficaram estabelecidos a advogados - do Senador Alfonso Camargo, de di/er que o nosso paula e os dias em que o Congresso se reuniria para deliberar so- problema no Congresso Rcvisor nao c de forma, mas de conleudo. bre as materias que estao propostas na Revisao Constitucional. In- As dificuldades para conseguir aqui, permanentemente. niaiorias clusive ficou aprovado, e tivemos oportunidade de comunicar a que possam prcxluzir rcsultados nas votagiies nao se devem a anar- nossa Bancada. que. durante a semana, as reunifies do Congresso quia do processo legislativo. Revisor se inicianam as 18 horas de segunda-feira. aconteceriam O cidadao desconfia muito da eficacia do trabalho parla- as terras, quartas. quintas. e ale as 14 horas de sexta-feira. mentar. porque nao cncontra, no nosso Pais ou em qualquer oulro Estamos exatamenle vivendo as 17 horas e 20 minutos da pais do mundo, uma forma, uma maneira semelhante de Irabalhar quinla-feira. e o quorum, nesla vola^ao. estii regislrando, por en- e produzir cfeitos positives. Fla e anarquica, e impossivel de pro- quanto. 246 Srs. Congressislas. A minha Bancada estii solicilando duzirrcsultados praticos. uma orientai^ao porque. pela deliberaijao da semana passada, os Mas esle nao 6 um problema que tenha surgido com o Con- Srs. Congressislas deveriam permanecer aqui hoje e ate amanha as gresso Revisor. Eu diria que o Congresso Rcvisor. da forma como 14h. Solicilo de V. Ex' um esclarecimento. Goslaria de saber se foi convocado, se instalou c csta funcionando, agravou o problema havcra convcxayao ainda. se deveremos manter a Bancada no da anarquia do frincionamento do Parlamento brasileiro. Congresso em Brasilia, se poderemos libera-la para amanha, ou se Nao e possivel. ncm na Santissima Trindade. o dom da ubi- tcremos ainda amanha alguma volac^ao previsla ale as 14h, como qiiidade; nao e possivel que Parlamentares possam estar ao mesmo foi deliberado. tempo em duas, tres ou quatro fun^oes diferentes no Congresso Estou levantando essa questao de ordem para pedir uma Nacional. Nao eslou falando daqueles 100 Deputados - 20% do orienlayao a V. Ex" Como deveremos proceder, quando algum Congresso Nacional - que sislematicamente nao comparecem. Parlamenlar da nossa Bancada solicilar a infomia^ao do que estara Nao sei nem quern sao elcs. Mas sugiro. Sr. Presidente, sem ne- acontecendo ate o final da tarde e amanha pela manha? nhum objelivo de perscgui^ao ou de natureza mesquinha - porque prxle ser que haja uma variagao, quem falta hoje nao falta amanha O SR. PRESIDENTE (Humbcrto Lucena) - Veja bem, no- - , que a Mesa do Congresso Revtsor analise quem sao aqueles bre Lider: na ultima reuniao a que V. Ex' se refere, os Lideres en- 100 parlamentares quo nunca comparecem ao Congresso Nacio- lenderam que nao deveriam comprometer-se de imediato com essa mobiliza^ao as segundas e as sextas-feiras. Enlretanlo, entendo nal. Tivemos, durante a Constituinte, a presen^a da lotalidade que a solu^ao e essa. Na segunda-feira, sfi podemos fazer sessao dos membros do Congresso Nacional na vola^ao dos 5 anos para do Congresso Revisor a partir de 18h extraordinariamenle. Agora, Presidente da Republica. Alias, muitos daqueles que hoje conles- na sexla a sessao e ordinaria. O que ocorre sislematicamente e que lam decisbes lomadas ontem cslavam junto daqueles que ha 5 ou 6 as sextas-feiras nao ha quorum. Conseqiientemente, trata-se de anos atras votavam pelos 5 anos do Presidente Samey. numa deci- um problema de mobilizaijao. O que temos que fazer de novo e sao que, do meu ponto de vista, foi lamentavel para o Congresso uma reuniao de Lideres so para acertar a mobiliza9ao, pelo menos daquele periodo. para as sextas-feiras de manha. Se conseguirmos nos reunir as ter- Mas, veja, Sr Presidente, hoje, o que nos temos e que mais 9as, quartas, quintas e sexlas de manha, leremos um rendimenlo de de 20% nao comparecem nunca. nao vem. nao volam. H a segunda trabalho muito maior. E chegara um momento em que, mais perto vota^ao - depois daquela dos 5 anos para o Presidente Samey - das convent;fies, etc., pois se trata de ano eleitoral, teremos que fa- em que conseguimos a presen^a da totalidade dos parlamentares zer sessfies, inclusive, aos finais de semana; caso conlrario, a Revi- aconteceu as vesperas da eleiijao de 1992, quando decidimos sobre sao Constitucional nao lerminara, como e o desejo da maioria da o impeachment do Presidente da Republica anterior, o que produ- Casa. ziu o Govemo atual. O SR. MARCELINO ROMANO MACHADO - Sr. Pre Enlao, Sr. Presidente. o que qucro dizer, conteslando o no- sidente. apenas goslaria de saber se mantenho a convoca^So para a bre Senador do Parana, e que o que ha aqui e o enlendimenlo - e nossa Bancada para a proxima segunda-feira, 4s 18h, ou faqo con- confesso que considero crescente esse entendimento. em todas as voca<;ao para a tenja-feira pela manha. Bancadas - de que a Revisao, da forma que esta, e inoportuna. Sou daqueles que pensam que a Revisao e necessaria, mas esta se reve- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Prefiro dizer a lando cada vez mais inoportuna. V. Ex' que, como os Lideres nao se comprometeram com a mobi- Era o que tinha a dizer. e agradeyo a atemjao de V. Ex'. Sr. liza<;ao na segunda-feira, que o fa^a para ter^a-feira de manha, Presidente. porque amanha a sessao e ordinaria. No entanto, sexta-feira o quo- rum nao se mantem. O SR. MARCELINO ROMANO MACHADO - Sr. Pre Antes de prosseguir. a Presidencia vai marcar meia hora sidente, pet^o a palavra pcla ordem. para o termino da vola^ao. Mar^o de 1994 DLARIO DOS TRABALHOS REV1SIONA1S Sexia-feira 11 1707 O SR. VIVALDO BARBOSA (PDT - RJ - Sr. Presiden- O SR. VIVALDO BARBOSA - V. Ex* nao pode. Sr. Pre- te, ha praticamente meia hora que o posto esla aherto. sidente, a qualquer instante da sessao, fixar um prazo fora da pra- xe. O SR. PRESIDENTK (Humberto Lucena) - V. Ex* esta enganado. Estao chegando Parlamentares de instante a instante. A O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - V. Ex* nao sessao durara ate as 19h. pode debater com a Presidencia, nobre Congressista. O SR. VIVALDO BARBOSA - Sim. Sr. Presidente, mas O SR. VIVALDO BARBOSA - Sr. Presidente. estou justi- o posto j4 esta abcrto hi muito tempo. ficando a minha questao de ordem. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Essa e uma O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena Fazendo soar a atribui9ao minha. Estou marcando meia hora. campainha.) - Mas nao pode. Eu ji decidi. Ji esti decidido. O SR. VIVALDO BARBOSA - Sr. IVesidente, pe^o a pa- O SR. VIVALDO BARBOSA - V. Ex* nao aguardou o lavra apenas para fixar criterios. Hi p<*jcos dias. na vota^ao da termino da fundamcnta^ao da minha questao de ordem! emcnda do Piano Fernando Henrique Cardoso. V. Ex", atendendo O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Esti decidida ao pedido do Elder Germano Rigotto, que esta presente, encerrou a questao de ordem. com muita velocidade e muita rapidcz a reuniao. O SR. VIVALDO BARBOSA - Sr. Presidente, nao for- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Qual foi a mulei a questao de ordem! sessao? O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Nao e nem O SR. VIVALDO BARBOSA - A sessao em que estavam questao de ordem. votando as disposi^ocs transilorias da emcnda constitucional do O SR. VIVALDO BARBOSA - Mas, Sr. Presidente, V. Piano Fernando Henrique Cardoso. Ex* esti anlecipando o termino da minha questao. V. Ex* encerrou para que nao se completasse o quorum porque podcria nao ser aprovado e, no caso, a materia nao teria O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Nao hi nem sido votada, atingido o quorum. V. Ex' tomou a decisao para nao questao de ordem. A questao de ordem... se atingir o quorum. V. Ex", deixando para fixar... O SR. VIVALDO BARBOSA - V. Ex* esti concluindo O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Ali o plenirio antes que eu termine de expor a minha ideia. estava esvaziado. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Nao hi ques- O SR. VIVALDO BARBOSA - Eu gostaria de concluir. tao de ordem a resolver Sr. Presidente. Invoque V. Ex' o Regimento! A questao de ordem tern que ser fundamentada V. Ex* sabe disso! O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - S6 que V. Ex* nao pode dialogar com a Mesa. O SR. VIVALDO BARBOSA - Estou querendo a oportu- nidade de fundamenti-la. Sr. Presidente. O SR. VIVALDO BARBOSA - Nao estou dialogando; es- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Entao, pegue tou levantando uma questao de ordem. o Regimento e fundamente-a. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Nao, nao hi questao de ordem. O SR. VIVALDO BARBOSA - Sr. Presidente, a questao de ordem que estou levantando... O SR. VIVALDO BARBOSA - Estou levantando uma questao de ordem, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — E baseada em que artigo? O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Mas nao hi questao de ordem. Qual e o dispositive regimental? O SR. VIVALDO BARBOSA - E baseada na praxe dos tempos... O SR. VIVALDO BARBOSA - Sr. PresidentCi o disposi- tive regimental, o qual peijo a V. Ex* que consulte, 6 o que deter- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Nao. Nao mina o funcionamento c o horirio de funcionamento da votaijao. existe questao de ordem em praxe. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Mas nao hi O SR. VIVALDO BARBOSA - Sr. Presidente, V. Ex' nao prazofixado... esti aguardando que eu conclua uma frase sequer! O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Um momen- O SR. VIVALDO BARBOSA - Sr. Presidente. hi prazo to. pela praxe. O SR. VIVALDO BARBOSA - V. Ex* nao esti aguardan- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Trata-se de do que eu conclua uma frase sequer. Sr. Presidente! questao vencida. A Presidencia ji deu o prazo de meia hora. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - E materia O SR. VIVALDO BARBOSA - V. Ex* fixou o prazo de vencida, nobre Congressista. meia hora... O SR. VTVALDO BARBOSA - Nao 6 matiria vencida. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Meia hora. Nao formulei a materia. Sr. Presidente! Nao formulei a questao! O SR. VIVALDO BARBOSA - Entao, tern que contar. Sr. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Entao, formu- Presidente, a partir do momento em que os postos foram abertos. le outra questao de ordem, porque essa nao existe mais. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Absolutamen- O SR. VIVALDO BARBOSA - Sr. Presidente, quero for- te. mular esta questao que V. Ex* nao esti permilindo que eu formule. 1708 Sexu-feira 11 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Mai^o de 1994

O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Um momen- O SR. CHICO VIGILANTE - Sr. Presidente, pe^o a pala- vra pela ordem. lo. Vou ler para V. Ex*; Art. 403. - ConstituirA questao de ordem, suscil4- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Concede a vel em qualquer fase da sessao, pelo prazo de cinco mi- palavra ao nobrc Congressisla Chico Vigilante. nutos, qualquer duvida sobre interpreta^ao cw aplica^ao O SR. CHICO VIGILANTE (PT - DF. Pela ordem. Sem deste Regimenlo. revisao do orador.) - Sr. Presidente, pedi a palavra para fazer um Duranle a Ordem do Dia, pode ser levanlada a apelo a V. Ex* dentro de um precedente aberto anteriormenle e al6 questao de ordem. de um zelo excessive do nobre Depulado Germano Rigotto. Art. 404. - A questao de ordem devera ser objeli- Sabemos que quase todas as Lideranjas encaminharam a fa- va, indicar o dispositivo regimental em que sc baseia, re- vor desta materia; enlretanto, o Partido da Frenle Liberal deixcu a ferir-se a caso concreto relacionado com a malaria questao em aberto. Enlretanto, Sr. Presidente, temo que esta mate- tratada na ocasiao, nao podendo versar tese de nalurcza doulnnaria ou especulaliva. ria nao scja aprovada, em que pese o volo favorivel da quase lota- V. Ex' nao invocou nenhum dispositivo. lidade dos partidos, em face do baixo quorum que aqui sc vcrifica. O SR. VIVALDO BARBOSA - Sr. Presidente, ha uma Portanlo, apelo que V. Ex' compreenda a questao do quo- norma regimental que determina o funcionamento do processo de rum e encerre a sessao dentro deste princlpio e de nenhum outro. vota^ao. Nao e possivel, como em nenhuma norma, ao arbilrio. fi- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Ji fixei o pra- xar em cada materia um tempo de vota?ao. V. Ex' tern fixado um zo para encerramcnto, nobre Congressisla. tempo de vota^ao, como norma regimental, porque e uma praxe da Casa, incorpora-se Us normas regimentais. Assim que V. Ex* abre O SR. PAULO DE ALMEIDA - Sr. Presidente, pcto a os postos de vota^ao, V. Ex* fixa o prazo em que o poslo de vota- palavra pela ordem. ijao ficari abcrto. V. Ex* aguardou praticamenle meia hora para o O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Concede a funcionamento dos postos de votaijao e s6 entao fixou mais meia palavra ao nobre Congressisla Paulo de Almeida. hora para o funcionamento. Essa nao foi a praxe adotada ale aqui. Dai, Sr. Presidente, a questao de ordem e para que V. Ex' O SR. PAULO DE ALMEIDA (PSD - RJ. Pela ordem. continue observando as mesmas normas regimentais que tern ado- Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, o PSD quer fazer o enca- lado ale aqui, especialmenle aquela em que V. Ex' atendeu o De- minhamento da matiria pedindo aos Srs. Ccngressistas que com- putado Gcrmano Rigotto, que sempre se comunica com a Mesa pare^am para votar. com gcslos e palavras, etc., para dizer e indicar quando deve ter- E, alendendo a pedido da Depulada Etevalda Grassi, o PSD minal ou prosseguir uma sessao. que V. Ex' adole as mesmas nor- encaminha o voto "nao". mas que adotou quando encerrou a sessao a pedido do Llder O SR. GERMANO RIGOTTO - Sr. Presidente. pe

PRES1DENTE Senador HUMBERTO LUCENA

1? VICE-PRESIDENTE Deputado ADYLSON MOTTA

2? VICE-PRESIDENTE Senador LEVY DIAS

1? SECRETARIO Deputado WILSON CAMPOS

2? SECRETARIO Senador NABOR JUNIOR

3? SECRETARIO Deputado AECIO NEVES

4? SECRETARIO Senador NELSON WEDEKIN

EDigAO DE HOJE; 104 P AGIN AS