Branco Luizakatiaandradecast

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Branco Luizakatiaandradecast ii v vi À Pipoca e ao Tot, pelas múltiplas e surpreendentes (re)leituras de nós em laço vii viii AGRADECIMENTOS À Professora Carolina Rodríguez-Alcalá, pela oportunidade de trabalhar junto, pela firme, assertiva e competente orientação da tese, exigente sempre; por acreditar num trabalho meu; pela pronta e generosa acolhida sempre que necessário. À Professora Mónica Zoppi-Fontana, minha orientadora de área, pela seriedade, competência, segurança com que me norteou; pela generosa leitura da tese na fase de qualificação e de defesa. À Professora Claudia Pfeiffer, pela possibilidade de me fazer ler sua prática docente como um gesto ético e de possível transmissão da teoria; pela generosa leitura da tese na fase de qualificação e de defesa. À Professora Bethania Mariani, por me mostrar a Unicamp como um horizonte possível, e por fazer redespertar o desejo de lançar-me à deriva dos sentidos; pela atenção, confiança e generosidade afeto-teórica únicas com que sempre acolheu minhas questões e me propôs outras; pela generosa leitura da tese. Ao Professor José Simão, por generosamente compartilhar sua prática teórica e pelas interlocuções que me levaram a viver e compreender caminhos de questionamento e de formulação antes silenciados; pela generosa leitura da tese. Aos Professores Vanise Medeiros, Leandro Diniz e Lauro Baldini, pelas leituras atentas e generosas. À Professora Eni Orlandi, pelo afeto doce, carinho atento e acolhida certa nas horas mais necessárias; pela interlocução sincera, generosa e profícua que me ajudaram a prosseguir. Ao Professor Eduardo Guimarães, pela aposta no meu percurso acadêmico e pelo estímulo firme e necessário para seguir adiante. Aos meus grandes amigos e companheiros de discursivas jornadas José Edicarlos de Aquino (o Edi), Eduardo Alves Rodrigues (o Edu), Gabriel Leopoldino dos Santos (o Gabe), Tatiana Freire de Moura (a Tati) que, de diferentes modos, em diversos ritmos, em tempos singulares, por sentidos possíveis, foram meu esteio e minha morada diários, fortes, certos, atentos, carinhosos e restauradores. Sem vocês, esse percurso teria se indistinguido em muito mais veredas. Ao grupo pen SS e, por me proporcionar a possibilidade da interlocução teórica materializada em nossas reuniões, encontros, leituras e questionamentos. Com esse grupo realizei sonhos, e a ele agradeço comentários, considerações e discussões ao longo desse percurso. ix Aos amigos Socorro Leal e José Simão que, mesmo longe, se fizeram próximos de diferentes modos, e à amiga Vanise Medeiros que, vizinha acercada, se me fez ninho do espaço seu generosamente partilhado; a vocês, pelo carinho, pela atenção, pela forma como, singular e especialmente, me ajudaram a suportar o percurso; por estarem sempre presentes, ouvintes, atentos; pelas trocas teóricas sempre oportunas; e por não me deixarem esquecer que é possível uma minha escrita. Aos queridos colegas de (per)curso da Unicamp e da UFF, pela força de diversas formas em diferentes momentos; através de seus próprios movimentos, me fizeram ver que era preciso chegar, que um fim era possível e necessário, mesmo que ilusório, mesmo que não satisfatório. À FAPESP, pelo apoio financeiro. A Ana Lagostera e aos funcionários da Biblioteca, pelo apoio e interesse; à Secretaria de Pós-graduação em nome de Claudio, Rose e Miguel, pela presteza e atenção com que me ajudaram durante o percurso. Aos Professores pesquisadores de Moçambique Samima Patel, Tembe Muguvela Hlalukwani e Gervasio Absolone Chambo pela atenção e consideração com que me ajudaram a compreender um pouco da historicidade linguística de seu país. Ao amigos Edi e Eduardo, pela forma incondicional com que me apoiaram durante minha ida às embaixadas. Aos Costas de Moraes, pela acolhida, na hora exata, gesto solidário, olhar generoso, biblioteca farta e aberta, com o saboroso direito aos eventos em família. À amiga Mónica e a seus queridos filhotes, pela pega do encontro que me proporcionou o SPA da tese , com teoria, carinho, afeto e diversão. Ao Professor Gabriel Leopoldino dos Santos, pela versão em espanhol do resumo. Ao Professor Fernando Antonio de Barros Madeu pela ajuda nas pesquisas de textos na internet. À minha grande pequena família, minhas flores de maracujá , Nandinha, Tot, Guá, Isinha, Fernandinho, Dedé, e Flavinha ( in memoriam ) por me fazerem não esquecer de que há amor. Seu carinho, atenção, abraços, beijos, risos e sorrisos – meus alimentos, aconchego, alegria. x […] Retomando a questão inicial do universal e das lutas, o diálogo proposto nos coloca, porém, frente a uma espinhosa questão em aberto – é possível um mundo comum? O primeiro passo para isso seria reconhecer que hoje existem muitos mundos (Latour). Assim, algo universal teria que não ser tomado como dado, mas sim a construir – o comum. A construir a partir das lutas, das conexões entre as múltiplas lutas. (TIBLE, Jean. Lutas Cosmopolíticas: Marx e os Yanomami. Maquinações, Global brasil , nº 12, p. 46, 2010, Rede Universidade Nômade. ISSN 18072259. (www.revistaglobalbrasil.com.br e www.universidadenomade.org.br) xi xii RESUMO Este trabalho objetiva compreender o funcionamento do discurso da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) sobre língua portuguesa, fundado a partir de um imaginário de homogeneidade linguística, que produz a evidência de que há "uma" e a mesma língua portuguesa falada nos seus oito países membros e de que todos os seus cidadãos falam essa mesma língua. Para observar e analisar o processo de produção desses efeitos de sentido, nosso corpus se constitui de materiais que tratam sobre língua(s) (em especial, as línguas portuguesas em espaços angolano, brasileiro, cabo-verdiano, guineense, moçambicano, português, santomense), e sobre multilinguismo, etnoculturalidade e políticas de línguas. Assim, além de estudos acadêmicos, recolhemos instrumentos normativos elaborados pela CPLP e pelos governos de seus países membros, pela UNESCO, pela Academia Africana de Línguas (ACALAN), tais como Atas, Recomendações, Declarações, Constituições, Acordos, Estatutos, Tratados, Protocolos, Convênios, dentre outros que, no decorrer da pesquisa, se mostraram pertinentes à análise. Este trabalho tem sua inscrição no domínio da História das Ideias Linguísticas (HIL), sob uma perspectiva materialista, configurada a partir dos dispositivos teórico e analítico da Análise de Discurso na linha dos estudos de Michel Pêcheux (França, 1966-1983) e de Eni Orlandi (Brasil, 1971-), que permite conjugar a ideologia, a história da sociedade com a história do conhecimento linguístico e a história da língua. Nessa perspectiva, descrevemos, interpretamos e compreendemos o modo complexo como a CPLP produziu e produz uma discursividade sobre língua portuguesa a partir da observação do funcionamento de noções como a de "lusofonia", e certas noções de "língua materna", "língua nacional", "língua oficial" e "política de línguas" articuladas a certas noções de "comunidade", "nação" e "Estado" . Nessa discursividade, ganhou reflexão a questão da organização internacional que se produz na evidência de que é possível um espaço supranacional homogêneo. Nossa hipótese é a de que o gesto de formação de uma comunidade como a CPLP, tal como está concebida, faz silenciar sentidos como o da heterogeneidade própria à língua portuguesa, o da sua relação assimétrica com as outras línguas faladas nesses países, e o das diferentes historicidades determinantes da e determinadas pela relação sempre política entre sujeitos, línguas e espaços na disputa por significar. Nesse sentido, compreendemos, pelas análises, que os efeitos de sentido de língua portuguesa estarão em deriva e em devir quando colocados na relação de diferença, podendo significar e não significar língua nacional, língua materna e língua oficial, sendo sempre outras, as línguas portuguesas em espaço*. Palavras-chave : CPLP/Lusofonia – Língua Portuguesa – Língua Nacional /Língua Oficial– História das Ideias Linguísticas – Análise de Discurso. xiii xiv ABSTRACT This thesis aims to understand how the discourse of the Community of Portuguese Speaking Countries (CPLP) about "Portuguese language" has been functioning, as founded on the basis of an imaginary of homogeneity of languages producing the evidence that "Portuguese language" is one and the same language spoken by all citizens in its eight Member States. In order to observe and analyze the production processes of these meaning effects, the corpus is constituted of materials about language(s) (in special the Portuguese Languages in Angolan, Brazilian, Cape-verdean, Bissau-Guinean, Mozambican, Portuguese, Santomean spaces), and about multilingualism, ethnoculturalism and languages policies. For this, besides academic studies, we collected normative instruments produced by CPLP and by its Member States' governs, by UNESCO, by The African Academy of Languages (ACALAN), such as Minutes, Recommendations, Declarations, Constitutions, Agreements, Statutes, Treaties, Protocols, Covenants, among others that, during the research, were relevant for the analysis. This work is inscribed in the realm of the History of Linguistic Ideas (HIL), under the materialist perspective, and configured by the theoretical and analytical devices of the Discourse Analysis – as proposed by Michel Pêcheux's studies (France, 1966-1983), and by Eni Orlandi's (Brazil, 1971-) – that allows to conjugate the history of the society and its ideology together with the history of the production of scientific knowledge about a language, and the history of the language(s). Based on this perspective,
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