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Tempo Œ Livre Œ Atividade Física Œ Esportes Œ Náuticos E Radicais

Tempo Œ Livre Œ Atividade Física Œ Esportes Œ Náuticos E Radicais

GUILHERMEZANIBONI TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO SurFlow – Onda Artificial

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR II Balneário Camboriú - SC 2006-I

GUILHERMEZANIBONI TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO SurFlow – Onda Artificial Trabalhoapresentadoaocursode DesignIndustrial,da UniversidadedoValedoItajaí,Centro deEducaçãoSuperiorII,soba orientaçãodoprofessor: RenatoBucheleRodrigues.

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR II Balneário Camboriú - SC 2006-I

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Dedicatória

Dedico este projeto primeiramente à Deus eàminhafamília,emespecialaosmeuspais, Cleuson e Leila, e minha irmã Roberta, que muito apoio e conforto me deram durante todaaminhavida. Emumsegundomomento,dedicoàtodos os meus amigos e aos colegas de classe Julian (Foca), Fabrício e Rodrigo, por muito me ajudarem durante esse período de graduação, ao professor Carlos Eduardo de Borba (Duda), pelo apoio e incentivo e ao professor Renato B. Rodrigues, pela excelente orientação e apoio, sempre acreditandoemmeuprojeto.

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SUMÁRIO: LISTA DE FIGURAS ...... 07 LISTA DE GRÁFICOS ...... 13 LISTA DE TABELAS ...... 14 RESUMO ...... 15 ABSTRACT ...... 16 1. Introdução ...... 18 1.1 Contextualização ...... 18 1.2 Objetivo Geral ...... 19 1.3 Objetivo Específico ...... 19 1.4 Justificativa ...... 20 2. METODOLOGIA DO PROJETO E PESQUISA ...... 21 2.1 Ferramentas de Projeto ...... 22 2.1.1 Ferramenta de Definição do Problema ...... 22 2.1.2 Análise da Problemática ...... 22 2.1.3 Briefing ...... 23 2.1.4 Writestorming ...... 23 2.1.5 Painel Semântico ...... 23 2.1.6 Benchmarking ...... 23 2.2 Cronograma ...... 23 3. PESQUISA BIBLIOGRÁFICA ...... 28 3.1 Tempo Livre ...... 28 3.1.1 Tempo Morto...... 28 3.1.2 Tempo Comprometido ...... 29 3.1.3 Tempo de Lazer...... 29 3.1.3.1 Atividades Culturais ...... 30 3.1.3.2 Atividades Gastronômicas ...... 31 3.1.3.3 Atividades de Turismo ...... 32 3.1.3.4 Atividades Físicas e Esportivas ...... 33 3.2 Esportes Terrestres ...... 34 3.3 Esportes Aéreos ...... 36 3.4 Esportes Aquáticos ...... 37 3.4.1 Natação ...... 39 3.4.2 Canoagem ...... 43

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3.4.3 Vela ou Iatismo ...... 47 3.4.4 Esportes Radicais ...... 48 3.4.4.1 Wakeboard ...... 50 3.4.4.2 Bodyboard ...... 52 3.4.4.3 Kitesurf ...... 54 3.4.4.4 Ski Aquático ...... 57 3.4.4.5 Surf ...... 60 3.4.4.5.1 Histórico ...... 60 3.4.4.5.2 Evolução das Pranchas ...... 63 3.4.4.5.3 Historico do Surf no Brasil ...... 64 3.4.4.5.4 Equipamentos Utilizados ...... 67 3.4.4.5.5 Locais para a Prática ...... 76 3.4.4.5.6 Problemas com Relação à Prática do Surf ...... 84 3.4.4.5.7 Problemas em Relação à Saúde do Praticante ...85 3.4.4.5.8 Benefícios do Surf ...... 92 3.4.4.5.9 Linha do Tempo ...... 95 4. PESQUISA DE CAMPO ...... 101 4.1 Modelo dos Questionários ...... 101 4.2 Resultados da Aplicação dos Questionários ...... 101 4.3 Análise dos Resultados da Pesquisa de Campo ...... 118 5. CONCEITUAÇÃO ...... 120 5.1 Definição do Problema ...... 120 5.2 Conceitos do Produto ...... 121 5.3 Pré-Requisitos do Projeto ...... 125 6. CONCEPÇÃO ...... 127 6.1 Ferramentas e Técnicas de Criatividade ...... 127 6.2 Geração de Alternativas ...... 128 6.2.1 Alternativa I ...... 129 6.2.2 Alternativa II ...... 131 6.2.3 Alternativa III ...... 133 7. ALTERNATIVA ESCOLHIDA ...... 135 7.1 Considerações Finais Sobre a Alternativa ...... 135 7.2 Testes de adequação da alternativa ...... 135 7.3 Modelo Volumétrico ...... 136

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7.3.1 Execução do Modelo Volumétrico ...... 136 7.3.2 Adequação do Modelo ...... 139 8. ASPECTOS FÍSICOS...... 142 8.1 Ergonomia ...... 142 8.1.1 AEP - Análise de Produtos Existentes ...... 142 8.1.2 Usabilidade ...... 143 8.1.3 Adequação Antropométrica ...... 145 8.1.4 Adequação Fisiológica ...... 146 8.1.5 Adequação Ambiental ...... 146 8.1.6 Adequação Cognitiva ...... 147 8.2 Operacional ...... 148 8.3 Estético Formal ...... 149 8.3.1 Função Formal ...... 149 8.3.2 Sugestão de Combinações ...... 149 9. ASPECTOS TÉCNICOS ...... 152 9.1 Materiais ...... 152 9.1.1 E.V.A. – Etil Vinil Acetato ...... 152 9.1.2 Resina Estervinílica ...... 153 9.1.3 Fibra de Vidro ...... 154 9.1.4 Aço Inoxidável ...... 155 9.1.5 P.V.C. - PoliCloreto de Vinila ...... 155 9.2 Produção Industrial ...... 156 9.2.1 Componentes ...... 156 9.2.2 Métodos e Técnicas ...... 160 9.2.2.1 Laminação de Fibra com Resina ...... 160 9.2.2.2 Soldagem de Aço Inoxidável ...... 161 9.2.3 Tecnologias Empregadas ...... 162 9.2.3.1 Bomba Hidráulica ...... 162 9.2.4 Montagem ...... 164 9.4 Desenho Técnico ...... 164 10. ASPECTOS ESTRATÉGICOS ...... 170 10.1 Informacional ...... 170 10.2 Marketing ...... 170 10.2.1 Produto ...... 170

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10.2.2 Preço ...... 171 10.2.3 Praça ...... 171 10.2.4 Promoção ...... 171 10.3 Ambiental ...... 172 11. MODELO FINAL ...... 173 12. CONCLUSÃO ...... 174 13. BIBLIOGRAFIA ...... 175 14. ANEXOS ...... 178 14.1 Anexo 1 ...... 178 14.2 Anexo 2 ...... 181 14.3 Anexo 3 ...... 184 14.4 Anexo 4 ...... 188

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Lista de Figuras

Figura 01: MD3E...... 21 Figura 02: Cronograma...... 24 Figura 03 Cronograma...... 24 Figura 04 Cronograma...... 25 Figura 05 Cronograma...... 25 Figura 06 Cronograma...... 26 Figura 07 Cronograma...... 26 Figura 08 Cronograma...... 27 Figura 09 Cronograma...... 27 Figura 10: Escovando os dentes...... 28 Figura 11 Trabalho...... 29 Figura 12: Pescando...... 30 Figura 13: Assistindo TV...... 31 Figura 14: Atividade Gastronômica...... 31 Figura 15: Turismo...... 32 Figura 16: Atividade Física...... 33 Figura 17: Vôlei...... 34 Figura 18: Rally de Velocidade...... 35 Figura 19: Rally de Velocidade...... 35 Figura 20: Rally de Velocidade...... 35 Figura 21: Bungee Jump...... 36 Figura 22: Sky Dive...... 37 Figura 23: Para-Quedismo...... 37 Figura 24: Nado Sincronizado...... 38 Figura 25: Jet-Boating...... 38 Figura 26: Freestyle JetSki...... 39 Figura 27: Pólo Aquático...... 39 Figura 28: Natação...... 40 Figura 29: Nado de Costas...... 41 Figura 30: Nado de Peito...... 41 Figura 31: Nado Crawl...... 42 Figura 32: Nado Borboleta...... 43

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Figura 33: Canoagem...... 44 Figura 34: Canoagem estilo Velocidade...... 44 Figura 35: Canoagem estilo Slalon...... 45 Figura 36: Canoagem estilo Adaptada...... 45 Figura 37: Canoagem estilo Descida...... 46 Figura 38: Canoagem estilo Maratona...... 46 Figura 39: Iatismo...... 47 Figura 40: Regata de Iatismo...... 48 Figura 41: Wakeboard...... 49 Figura 42: Downhill...... 50 Figura 43: Skate...... 50 Figura 44: Wakeboard...... 51 Figura 45: Wakeboard...... 52 Figura 46: Fabricação de bodyboard...... 53 Figura 47: Bodyboard...... 53 Figura 48: Bodyboard...... 54 Figura 49: Pipa...... 54 Figura 50: Kitesurf...... 56 Figura 51: Kitesurf...... 56 Figura 52: Ski Aquático...... 57 Figura 53: Ski Aquático estilo Slalon...... 58 Figura 54: Ski Aquático...... 58 Figura 55: Equipamentos...... 59 Figura 56: Havaianas...... 60 Figura 57: Capitão James Cook...... 61 Figura 58: Nativo Havaiano...... 61 Figura 59: George Freeth...... 62 Figura 60: Duke Kahanamoku...... 62 Figura 61: Selo homenageando Duke Kahanamoku...... 63 Figura 62: Cavalo deTotora...... 63 Figura 63: Réplica da prancha de Blake...... 64 Figura 64: Osmar Gonçalves...... 65 Figura 65: Surfistas no Arpoador...... 65 Figura 66: Affonso Freitas...... 66

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Figura 67: Affonso Freitas...... 67 Figura 68: Prancha de Surf...... 68 Figura 69: Deck Antiderrapante...... 68 Figura 70: Leash...... 69 Figura 71: Roupa de Borracha...... 69 Figura 72: Prancha para Tow-In...... 70 Figura 73: Fundo...... 70 Figura 74: Fundo...... 71 Figura 75: Fundo...... 71 Figura 76: Fundo...... 71 Figura 77: Rabetas Squash e Round Squash...... 71 Figura 78: Rabeta Square...... 72 Figura 79: Rabeta Swallow...... 72 Figura 80: Rabeta Round Pin...... 72 Figura 81: Rabeta Pin...... 72 Figura 82: Rabeta com Wing...... 72 Figura 83: Quilhas e chaves de quilha...... 73 Figura 84: Capas de prancha...... 74 Figura 85: Rack para automóveis...... 74 Figura 86: Rack para bicicletas e motocicletas...... 75 Figura 87: Mochila com compartimento para roupa de borracha...... 75 Figura 88: Kit com raspador e parafina...... 76 Figura 89: Surf na Pororoca...... 77 Figura 90: Onda na Pororoca...... 77 Figura 91: Surf no Rio Isar, Alemanha...... 78 Figura 92: Surf no Rio Zambezi, África...... 78 Figura 93: Praia do Sonho, São Paulo-Brasil...... 79 Figura 94: Zicatela-Puerto Escondido, México...... 79 Figura 95: Caldeira, Portugal...... 80 Figura 96: Ilha dos Lobos-RS, Brasil...... 80 Figura 97: Indonésia...... 80 Figura 98: Teahupoo...... 81 Figura 99: Piscina de ondas...... 81 Figura 100: Onda em piscina...... 82

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Figura 101: Sistema gerador de ondas...... 82 Figura 102: Piscina de onda parada...... 83 Figura 103: Piscina de onda parada...... 83 Figura 104: Mapa do Swell...... 84 Figura 105: Mapa do vento...... 84 Figura 106: Hérnia de disco...... 85 Figura 107: Esforço nos joelhos...... 86 Figura 108: Alongamento...... 86 Figura 109: Yoga...... 87 Figura 110: Corte provocado pelo equipamento...... 88 Figura 111: Lesão provocada por tubarão...... 88 Figura 112: Queimadura solar...... 89 Figura 113: Protetor solar fator 60...... 90 Figura 114: Aplicação de protetor solar...... 91 Figura 115: Manchas na pele...... 91 Figura 116: Lesão Benigna...... 92 Figura 117: Lesão Maligna...... 92 Figura 118: Cavalo de Totora...... 95 Figura 119: Prancha Havaiana...... 95 Figura 120: Prancha Havaiana...... 96 Figura 121: Prancha de George Freeth...... 96 Figura 122: Prancha de Tom Blake...... 96 Figura 123: Prancha de fibra...... 97 Figura 124: Prancha Mini Model...... 97 Figura 125: Prancha Biquilha...... 97 Figura 126: Prancha Triquilha...... 98 Figura 127: Prancha de Tow-In...... 98 Figura 128: ...... 98 Figura 129: Onda do Mar...... 99 Figura 130 Onda de Rio...... 99 Figura 131: Onda em piscina...... 99 Figura 132: Onda em piscina do tipo Flow-Ride...... 100 Figura 133: Pororoca...... 100 Figura 134: Conceitos do produto...... 122

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Figura 135: Público Alvo...... 123 Figura 136: Tema visual...... 124 Figura 137: Alternativa I...... 129 Figura 138: Alternativa II...... 131 Figura 139: Alternativa III...... 133 Figura 140: Alternativa I...... 135 Figura 141: Testes de manobras...... 136 Figura 142: Execução do modelo volumétrico...... 137 Figura 143: Execução do modelo volumétrico...... 137 Figura 144: Execução do modelo volumétrico...... 137 Figura 145: Modelo volumétrico...... 138 Figura 146: Modelo volumétrico a ser projetado...... 138 Figura 147: Modelo volumétrico a ser projetado...... 138 Figura 148: Modelo volumétrico projetado na parede...... 139 Figura 149: Modelo volumétrico projetado na parede...... 139 Figura 150: Modelo volumétrico em escala...... 140 Figura 151: Modelo volumétrico em escala...... 140 Figura 152 Modelo volumétrico em escala...... 141 Figura 153: Onda do tipo Flow Ride...... 142 Figura 154: ...... 143 Figura 155: Sentido do fluxo da água...... 144 Figura 156: Utilização do produto...... 144 Figura 157: Utilização do produto...... 144 Figura 158: Referencial humano...... 145 Figura 159: Diferentes montagens do produto...... 146 Figura 160: Tombo em piscina Flow Ride...... 147 Figura 161: Caixa de comando...... 148 Figura 162: Formas do SurFlow...... 149 Figura 163 : Typhoon Lagoon...... 150 Figura 164: Renderização ambientada do SurFlow...... 151 Figura 165: Utilização do produto...... 153 Figura 166: Utilização do produto resina ...... 154 Figura 167: Utilização do produto...... 154 Figura 168: Utilização do produto...... 155

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Figura 169: Utilização do produto...... 156 Figura 170: SurFlow em vista explodida...... 157 Figura 171: Módulo 1...... 157 Figura 172: Módulo 2...... 158 Figura 173: Módulo 3...... 159 Figura 174: Módulo 4...... 159 Figura 175: Laminação de fibra de vidro...... 160 Figura 176: Retirada de bolhas de ar...... 161 Figura 177: Solda TIG...... 162 Figura 178: Bomba BEW...... 163 Figura 179: Manual de montagem...... 170 Figura 180: Propaganda em sites...... 172 Figura 181: Modelo final...... 173 Figura 182: Modelo final ...... 173

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Lista de Gráficos Gráfico 01 – Questionário 01 Questão 02...... 101 Gráfico 02 – Questionário 01 Questão 03...... 102 Gráfico 03 – Questionário 01 Questão 04...... 102 Gráfico 04 – Questionário 01 Questão 05...... 103 Gráfico 05 – Questionário 01 Questão 06...... 103 Gráfico 06 – Questionário 01 Questão 07...... 104 Gráfico 07 – Questionário 01 Questão 08...... 104 Gráfico 08 – Questionário 01 Questão 09...... 105 Gráfico 09 – Questionário 01 Questão 10...... 105 Gráfico 10 – Questionário 01 Questão 11...... 106 Gráfico 11 – Questionário 01 Questão 12...... 106 Gráfico 12 – Questionário 01 Questão 13...... 107 Gráfico 13 – Questionário 01 Questão 14...... 107 Gráfico 14 – Questionário 01 Questão 15...... 108 Gráfico 15 – Questionário 01 Questão 15...... 108 Gráfico 16 – Questionário 01 Questão 16...... 109 Gráfico 17 – Questionário 02 Questão 02...... 109 Gráfico 18 – Questionário 02 Questão 03...... 110 Gráfico 19 – Questionário 02 Questão 04...... 110 Gráfico 20 – Questionário 02 Questão 05...... 111 Gráfico 21 – Questionário 02 Questão 06...... 111 Gráfico 22 – Questionário 02 Questão 07...... 112 Gráfico 23 – Questionário 02 Questão 08...... 112 Gráfico 24 – Questionário 02 Questão 09...... 113 Gráfico 25 – Questionário 02 Questão 10...... 113 Gráfico 26 – Questionário 02 Questão 11...... 114 Gráfico 27 – Questionário 02 Questão 12...... 114 Gráfico 28 – Questionário 02 Questão 13...... 115 Gráfico 29 – Questionário 02 Questão 14...... 115 Gráfico 30 – Questionário 02 Questão 15...... 116 Gráfico 31 – Questionário 02 Questão 16...... 116 Gráfico 32 – Questionário 02 Questão 17...... 117 Gráfico 33 – Questionário 02 Questão 18...... 117 Gráfico 34 – Questionário 02 Questão 19...... 118

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Lista de Tabelas TABELA 01 – Análise entre as perguntas 4 e 8 do questionário aplicado ao público geral...... 118 TABELA 02 – Análise entre as perguntas 4 e 9 do questionário aplicado ao público geral...... 118 TABELA 03 – Análise entre as perguntas 5 e 7 do questionário aplicado ao público geral...... 119 TABELA 04 – Análise entre as perguntas 2 e 5 do questionário aplicado ao público geral...... 119 TABELA 05 – Análise entre as perguntas 2 e 11 do questionário aplicado aos praticantes de surf...... 119 TABELA 06 – Aspectos positivos e negativos da Alternativa I...... 129 TABELA 07 – Aspectos positivos e negativos da Alternativa II...... 131 TABELA 08 – Aspectos positivos e negativos da Alternativa III...... 133 TABELA 09 - Utilização em função do peso e velocidade...... 148 TABELA 10 - Materiais e processos...... 152 TABELA 11 - Materiais e valores...... 171 TABELA 12 - Materiais...... 173

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RESUMO Este relatório é um trabalho apresentado como TCC do curso de Design Industrial da Universidade do Vale do Itajaí. Tratase do desenvolvimento de um produto para praticantes de surf, que propicie aos mesmos praticar a atividade mesmo que em condições adversas, como a falta de ondas ou local adequado. Foram feitas pesquisas bibliográficas e uma pesquisa de campo para se identificarfatoresrelevantesnodesenvolvimentodoprojeto,ecomoauxíliodestas informaçõesdesenvolvidasalternativasaoproblemadeprojeto. Após a definição da alternativa que seria implementada, partiuse para as funções do produto, onde foram analisadas as funções e definidos itens ergonômicosdoprojeto,eposteriormenteadefiniçãodomemorialdescritivo,onde foram definidas a função formal, os aspectos técnicos, os materiais, o sistema de produçãoeastecnologiasempregadasnoproduto.Aofinaldomemorialdescritivo, foram definidos os aspectos estratégicos e elaborados o desenho renderizado, o desenhotécnicoeomodelofinaldoprodutodesenvolvido.

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ABSTRACT ThisreportisaworkpresentedasTCCofthecourseofIndustrialDesignfrom theUniversidadedoValedoItajai. One is about the development of a product for practitioners of surf, that it propitiatestothesameonestopractisethesameactivitythatinadverseconditions, asthelackofwavesoradequateplace.Bibliographicalresearchhadbeenmadeand a field research to identify excellent factors in the development of the project, and withtheaidoftheseinformationdevelopedalternativetotheprojectproblem. Afterthedefinitionofthealternativethatwouldbeimplemented,waschanged thefunctionsoftheproduct,wherethefunctionsanddefineditensoftheprojecthad been ergonomic analyzed, and later the petition, where the formal function, the technicianaspects,thematerials,theproductionsystemandthetechnologiesused intheproducthadbeendefined.Totheendofthepetition,thestrategicalaspects wasdefinedandtherendererdrawingwaselaborated,thetechnicaldrawingandthe finalmodelhadbeendefined.

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1. INTRODUÇÃO O presente trabalho consiste em um desenvolvimento de produto para praticantes de surf, que devido à inúmeros fatores muitas vezes ficam impossibilitadosdepraticaroesporte.Poressemotivofoiconstatadoqueseriauma áreademuitoboaaceitabilidade,eoptandousepelacriaçãoedesenvolvimentode umprodutoquepermitaapráticadosurfaqualquermomentoquesedeseje. Oscapítulosaseguirtratamdodesenvolvimentodoprojetoeproduto.

1.1 Contextualização PararealizaragraduaçãonoCursodeDesignIndustrial, daUniversidadedo Valedo Itajaí–UNIVALI,oacadêmicodeverealizarumtrabalhodeconclusãode curso(TCC),comafinalidadedecriarumprodutovoltadoparaolazerouturismo. O lazer deixou de ser considerado somente como o momento de repouso, sendodefinidotambémcomoareproduçãodaforçadetrabalhonashorasdelazer, onde a pessoa busca divertirse e desligarse de todas as suas tarefas e preocupações. Amaioria dascidadesdesenvolveumapreocupaçãocomo lazer,enasua maioria,estãovoltadasparabenseserviçosligadosaomesmo,sejamcomserviços ligadosàcultura,alimentação,esporteousomenterecreação. Olazeréumaáreaqueestásempreemconstanteevolução,poissempretem de existir novos produtos que despertem interesse dos usuários, que permitam a prática de lazer escolhida, que facilitem a suas atividades ou até mesmo que auxiliemnacorreçãodepossíveisproblemas,sejamelesproblemasergonômicosou problemasdeprojeto. Assim decidiuse por em prática o projeto de uma onda artificial, visando ofereceraosusuáriosquenãotemcomochegaraomarumaexperiênciasimilarao surf, e mesmo aos que têm possibilidade de estar sempre em contato com o mar umaexperiênciainteressante.

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1.2 Objetivo Geral Desenvolverumprodutoquepermitapraticantesdeatividadesdelazer entreterseeobteraexperiênciadapráticadosurfsimilaraosurfnomar,mesmo quenãohajacondiçõesdapráticadoesportenomar. 1.3 Objetivos Específicos

▪ Identificar as necessidades e desejos dos praticantes de surf, através da realizaçãodediferentespesquisas. ▪ Obter as informações necessárias para a elaboração de um produto que possibilitepraticaroSurf,mesmoestandodistantedeondasnaturais,simulando aaçãoeformadeumaondanaturaldomar. ▪ Inovaroprodutoparaobterumaspectovisualarrojado,nãoapenasdoproduto, masdoambienteemqueéutilizado. ▪ Possibilitaraexperiênciadesurfar,treinarourecrearse,mesmoemcondições adversas,ondenãoseriapossívelapráticadosurf,sejapeladistânciadomar, ausênciadeondasporfatoresgeográficosouclimáticos,ouquaisquerfatores queimpossibilitemousuáriodepraticaromesmo.

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1.4 Justificativa

A análise se faz necessária com o intuito de auxiliar na execução de um produto que visa proporcionar a pessoas em atividade de lazer experiências similares ao surf no mar, tornando o produto com características mais similares possívelcomasideaisparaapráticadosurf. Por ser um produto inovador, exigir tecnologia, e investimento, ficar à vista das pessoas, sejam elas praticantes ou meros expectadores, e estar relacionado com esportes radicais, o produto deve ter um design inovador, e que tenha uma estéticacondizentecomaatividadepraticada. Podese observar a necessidade de um produto que simule o ambiente da práticadosurftantopelaquantidadedepraticantesquemuitasvezesficamsemter um local adequado para a prática da atividade, e que é estimada pela ASP, a Associação dos Surfistas Profissionais, doze milhões de praticantes, quanto pelos benefíciosproporcionadospeloesporte.Sejameles,benefíciospsicológicoscomoa melhoradaautoestimeeareduçãodoestresse,bemcomobenefíciosfísicos,como oaumentodamassamuscular,oaumentodacapacidadepulmonareamelhorano sistema vascular, benefícios esses que fazem o corpo trabalhar corretamente e evitamdoençaseproblemasdesaúde.

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2 .0 METODOLOGIA DE PROJETO E PESQUISA O método para a execução desse projeto foi o MD3E, desenvolvido por Santos (2000), que consiste no desdobramento do projeto em três etapas, pré concepção,concepçãoepósconcepção,sendoestastrêsetapassubdivididasem maistrês,conformeaFigura01.

Figura01:MD3E. Fonte:Santos(2005).

O primeiro passo para o desenvolvimento do projeto é a PréConcepção, onde é feita uma pesquisa bibliográfica para a fundamentação do projeto, abrangendo as áreas de lazer, turismo de lazer, bem como outras áreas que são ligadas ao lazer. Em seguida é feita uma pesquisa de lazer esportivo, esportes e sobreSurf. Apóstodaapesquisasobreolazereaáreaescolhida,iniciaseapesquisa de produtos concorrentes, existentes no mercado, onde é feita uma análise dos produtosqueomercadoofereceatualmente,chamandoseessaetapadeestadodo design. Iniciase a pesquisa de campo através de entrevistas com surfistas profissionais, fabricantes de equipamentos para o surf e parques aquáticos e

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proprietáriosdeparquesaquáticos,sendoasmesmasfeitasnolocaldafábricaou nopróprioparqueaquático,afimdequesepossaaproveitarestesresultadospara uma visita ao estabelecimento. Estando as entrevistas feitas é dado prosseguimento, feita com pessoas, praticantes de surf ou usuários de parques aquáticos, de ambos os sexos, para identificar problemas existentes, soluções e satisfaçãodocliente. Comacoletadetodasessasinformações,iniciaseafasedafundamentação doprojeto,ondeseencontraajustificativa,obriefingeaconceituação.Apartirdaí temse toda a parte de concepção, onde alternativas para que se resolva a problemáticasãogeradasatravésdetécnicasdecriatividade.Alternativasestasque sofremanáliseafimdeescolherseaalternativaquemelhorseencaixaeresolveos problemasdoprojeto. Então se inicia a pósconcepção, onde é fabricado o modelo volumétrico, desenhotécnico,perspectiva, renderings eambientaçãoeconfecçãodoprotótipo.A partirdaí,temseomemorialdescritivodoprojeto,ondesãoanalisadasaestética, formas, função de uso, função ergonômica, função técnica, função operacional, funçãoinformacionalefunçãodemarketing.

2.1 Ferramentas de Projeto São usadas várias ferramentas pra auxiliar no desenvolvimento do projeto, ferramentas para solucionar problemas específicos, organização do trabalho, escolhernomeparaoproduto,geraridéiasentreoutras. 2.1.1 Ferramenta de Definição do Problema BAXTER(1995),emseulivroProjetodeProduto,sugerequenadefiniçãodo problemaodesigneroupesquisadorrealizeoitoperguntas,perguntasestasquepor sua resposta auxiliam na elaboração do problema de projeto, o qual deve ser resolvido,assuasfronteiraseoespaçodoproblema.Estaferramentaseráaplicada noiníciodoprojeto. 2.1.2 Análise da Problemática É uma análise feita com os produtos já existentes no mercado, onde se analisam pontos positivos e negativos, vantagens e desvantagens, em todos os

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aspectosfuncionais, ergonômicos,formais,tecnológicos,dimensionamento,estudo decores,acabamentoedemarketing. 2.1.3 Briefing Briefing é a ferramenta através da qual são passadas as informações do solicitante do projeto para o designer através de um formulário de perguntas e respostas. O briefing auxilia o designer passando resumidamente as informações maisimportantes,fazendocomqueomesmoencontrefacilmenteascaracterísticas econceitosquedeveráutilizarnaconcepçãodoproduto. 2.1.4 Writestorming O Writestorming é uma ferramenta que consiste em escrever conceitos e possíveis soluções que devem ser lavados em conta e auxiliem na solução do ProblemadeProjeto,executadoemtempoprédeterminado. 2.1.5 Painel Semântico SegundoBaxter(1995),opainelsemânticoserveparatransmitirsentimentos e emoções. É um painel com imagens que podem representar estilo de vida, expressão do produto, resistência, conceitos que sejam relevantes na criação do produto,entreoutros. 2.1.6 Benchmarking O Benchmarking éumaferramentaqueauxilianaobtençãodasinformações necessáriasparaqueseobtenhavantagenscompetitivas,auxiliandoaestabelecer metas, padrões de qualidade e liderança. É uma ferramenta que dá um grande auxiliode melhoriacontínua,fazendocomquesecompreendaprocesso,auxilia a analisarospontospositivosdosprodutosdasempresasconcorrenteseimplantaro queéviávelaopróprioprodutodesenvolvido. 2.2 Cronograma Cronogramaéumaferramentacompostaporumcalendárioondesão prédefinidasasdatasemquecadaetapadoprojetodeveserrealizada,ferramenta esta que auxilia o projetista para de que não se deixe partes do projeto a serem realizadassemotemponecessário,facilitandoassimodesenvolvimentodomesmo.

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Com essa finalidade, foram desenvolvidos cronogramas contendo todas as etapasdoprojeto.

2005

DiaAgosto 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 Metodologia * PBLivros * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * PBInternet * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * PBRevistas * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * Figura02:Cronograma. Fonte:Arquivopessoal.

Dia 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 Setembro

PC–Elab. * * * * dosQuest.

PC–Aplic. * * * * * * * * * * * * * * * * dosQuest.

PCAnálise * * * * * dosQuest.

Ferramentas def. * * * problema

Análise da * * * problemática

Figura03:Cronograma. Fonte:Arquivopessoal.

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DiaOutubro 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 1415 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

Briefing * *

Painel * * Semântico

Análise * *

PrébancaI * * *

Conceituação * * * * * * * * * * * * *

Concepção * * * * * * * *

Escolhadas * * * * alternativas

Figura04:Cronograma. Fonte:ArquivoPessoal.

Dia 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 Novembro

Detalhamento * * * * * * *

PrébancaII * * *

Finalização * * * * * * * * * * * *

Figura05:Cronograma. Fonte:Arquivopessoal.

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2006

DiaMarço 0102 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

Definição da * alternativa

Modelo volumétrico * * * * * * * * * e adequação Aspectos físicosdo * * * * * * * * * * * * * * * * * produto Ergonomia Figura06:Cronograma Fonte:Arquivopessoal.

DiaAbril 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

Aspectos físicosdo * ****** ** produto Operacional

Aspectos físicosdo produto * ** ** ** ** * Estético Formal

Aspectos ******* * * * * técnicos Figura07:Cronograma Fonte:Arquivopessoal.

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DiaMaio 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 Aspectos ************* estratégicos Ajustes ***** Desenho ***** Técnico Correção * ** ** ** * Contrução * * * * * domodelo Figura08:Cronograma Fonte:Arquivopessoal. DiaJunho 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 Contruçãodo * * * * * * * modelo Montagemda * * * * * * * * * * * * apresentação Ajustesfinais * * * * * * Entrega * relatório Apresentação * Figura09:Cronograma Fonte:Arquivopessoal.

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3.0 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA Com a finalidade de se obter a fundamentação teórica necessária para o desenvolvimentodoprojeto,obtendoresultadosarespeitodetodososaspectosque possam estar envolvidos e possam ser relevantes ao mesmo, é feita uma análise bibliográfica,pesquisandosesobreessesassuntosemlivros,periódicoseinternet, emdatapréestabelecidanocronograma. 3.1 Tempo Livre Segundo Giraldi (1993, p.75): “Tempo Livre é a parcela de tempo linear marcadopelorelógioequecadaumdenóspossuiparasi,apósocumprimentodas atividades profissionais e sócio familiares”. Ainda segundo Giraldi(1993, p75): ”o TempoLivrepodeserclassificadoemTempoMorto,TempoComprometidoeTempo deLazer”. 3.1.1 Tempo Morto SegundoaclassificaçãodeGiraldi(1993,p.75):“aprimeiradivisãodoTempo Livre é o Tempo morto, que pode ser considerado como o tempo gasto para satisfazer as necessidades biológicas da pessoa, o tempo que obrigatóriamente devesergastoparamanterobemestareasaúdedapessoa.” Atividadescomodormir,comer,escovarosdentes,dentretantasoutrasque sãoexecutadasdiariamentepelaspessoasafimdemanterasaúdeehigiene,eque nãodevemserdispensadassãoconsideradascomoTempoMorto.

Figura10:Escovandoosdentes. Fonte:http://www.seinenabc.blogger.com.br.

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3.1.2 Tempo Comprometido Outra divisão sugerida por Giraldi (1993) para o Tempo Livre é o Tempo comprometido, que é o tempo utilizado para desempenhar a função de cada indivíduo. Na sociedade atual praticamente todos desempenham uma função, as pessoas que não desempenham uma função para com a sociedade, ao menos desempenham uma função para si próprias, pois tem que no mínimo conseguir comidaesuprirsuasnecessidadesbásicas.Essetempogastonasfunçõessociais, como o trabalho, nas obrigações para com a família e religião são considerados TempoComprometido,poisnessetempoapessoanãopoderáexecutaratividades delazer.

Figura11:Trabalho. Fonte:http://www.apcdpiracicaba.org.br. 3.1.3 Tempo de Lazer AindasegundoGiraldi(1993,p.75):”aterceiradivisãopossívelparaoTempo Livre é o Tempo de Lazer, que compreende o tempo que o indivíduo dispõe para praticaratividadesdedescansoedivertimento.” Mesmo que seja considerado por grande parte da população como uma atividadederecreação,aatividadedelazerpodeterconteúdosdelazerdosmais variados. Atividades de descanso e divertimento são atividades de lazer que são consideradashigienizadorasmentais,poisquebramarotinaeliberamaimaginação, bemcomooutrasatividadestrazemumdesenvolvimentosocialecultural,fazendo comqueolazersetorneumaocupaçãoaltamenteeducativa. Lazerpodeserconsideradoentãocomooconjuntodeocupaçõesqueoindividuo pratica por livre vontade, seja para divertirse, repousar, recrear ou entreterse, diferenciadasdasocupaçõesfamiliares,profissionaisesociais.

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Muitas vezes o tempo de lazer é utilizado na prática de atividades físicas, devidoàcrescenteligaçãofeitaentreaatividadefísicaeobemestarpessoalfeita pelamídiaeprofissionaisdoramo. Por este motivo o tempo de lazer está situado dentro do Tempo Livre, o tempoqueapessoaestalivredesuasobrigações.Nãopodeserconsideradocomo tempo livre o tempo gerado pelo desemprego, que deve ser tratado como tempo desocupado, pois a pessoa estando nessas circunstancias não tem condições de desenvolveratitudesqueauxiliemnodesenvolvimentodolazer.

Figura12:Pescando. Fonte:http://www.flyfishingargentina.com. Otempodelazertemmuitassubdivisões,muitasatividadescompreendidasdentro do mesmo, porém, foram escolhidas para a pesquisa de fundamentação teórica atividades que tivesse algum tipo de influência ou ligação com o tema escolhido, como Atividade Cultural, Atividades Gastronômicas, Atividades de Turismo e AtividadesFísicaseEsportivas. 3.1.3.1 Atividades Culturais Semprefoideconhecimentogeralqueaspessoasdispensamboapartedo seutempoemfrenteàtelevisão,ecomaglobalizaçãoatual,avidacadavezmais atribulada ecommenostempolivre,aspessoaspassamaprocuraratividades de lazerpróximasdesi,equeocupemomenortempopossível. Com essa procura crescente por atividades de lazer rápidas, as atividades culturaisganhamcadavezmaisforça,poisémuitomaisfácilparaumapessoaque moraemumacidadegrandedispensar2horasdoseudescansoindoaocinema,ou 15 minutos de seu dia em frente à televisão, do que se deslocar até algum lugar distanteparapraticaralgumaoutraatividade.

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Mesmo pessoas que praticam outras atividades de lazer, como atividades esportivas ou turismo, nas horas que sobram acabam tendo o lazer cultural, visto que na maioria das vezes é um lazer contemplativo, em que a pessoa está descansando e por muitas vezes nem se dá conta que está praticando esta atividade.

Figura13:AssistindoTV. Fonte:http://www.multirio.rj.gov.br. Existem ainda as pessoas que praticam a atividade cultural de lazer, sem somente presenciála, mas participando da criação, estas estarão também praticando atividade física e mental, e por isso terão o enriquecimento da mente, integradacomoexercíciodaescolhaindividual.

3.1.3.2 Atividades Gastronômicas UmaimportantevertentedaatividadedelazeréoLazerGatronômico,noqual opraticantepreparacomidasebebidaspelosimplesprazerde“acertar”areceita, seja ela uma receita indicada ou uma receita criada na hora, o que transforma o TempoComprometidoemTempodeLazer.Nestetipodelazeroprincipalatrativoé propiciarasimesmoeaosconvidadosadegustaçãodoalimentofeito,integrando aspessoastantonomomentodopreparoquantodadegustação.

Figura14:AtividadeGastronômica. Fonte:http://graaffloris.com. 31

ExisteaindaumoutrotipodeLazerGastronômico,ondeopraticanteaoinvés deprepararoalimentosomentevaiaolocalparafazeradegustação,transformando oTempoMorto,noTempodeLazer,comopodesecitaroexemplodeapreciadores de queijos e vinhos, que vão à vinícolas e cantinas para fazer a degustação de vinhosequeijos. 3.1.3.3 Atividade de Turismo Graçasaodesenvolvimentodostransportes,asfacilidadesdefinanciamento eobarateamentodosmesmos,aAtividadedeLazerdeTurismodeixoudeseruma atividadeelitizadaparasetornarumfenômenodemassa. Visitarlugaresnovoseconhecernovasculturassãopontosquemuitoatraem aspessoas,eemvistadavidaestressantedomundoglobalizado,sairdolocalonde passaamaiorpartedotempoparaconhecerlugaresnovos,ouatémesmoumlugar conhecido,masondeapessoapossase“desconectar”dosproblemasdiárioséum meiodelazermuitoutilizado. Aatividadedelazervoltadaaoturismoéaqueatividadequemaisinvadee seconectacomasoutras,poisparasepraticartodososoutrostiposdeatividadede lazerpodesefazerusodoturismo,comopodemosobservarnoexemplodealguém que vai praticar esportes em um local longe de casa, alguém que assistir à uma peça de teatro em uma cidade vizinha ou alguém que vai em viagem a um país estranhoedegustadasnovasbebidasecomidasconhecidas.

Figura15:Turismo. Fonte:http://www.mpagarching.mpg.de/~jcuadra.

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3.1.3.4 Atividades Físicas e Esportivas A pratica da atividade física no esporte é feita levandose em conta alguns critérios, como sexo, idade, condições sócioeconômicas e a habilidade do praticante.Podesetomarcomoexemploosurf,quedeixadeatendergrandeparte dapopulação,poisdemandadehabilidadedopraticanteeumlocalpróprioparaa praticadomesmo. Um critério considerado de suma importância é a idade, pois algumas atividadesfísicasdependemdaidadeecondicionamentofísicodopraticante,como podeserobservadonoexemplodeumacriança pequena,queterádificuldadede praticar atividades que lhe exijam forca física, ou de uma pessoa idosa terá dificuldadedepraticaralgumaatividadequelheexijaequilíbrio. Pode se finalmente considerar este tipo de lazer como sendo algo que não decorredeimposição,poisoesforçoexigidopelaatividadefísicacomolazerpode serconsideradocomosendoopróprioobjetivodaatividadedesenvolvida. Outravertentedaatividadefísicaéoatodeassistirapráticaesportiva,oque é praticado por uma parcela bem maior da população, e deve ser respeitado da mesma forma. Porém ambas as hipóteses devem ser consideradas como importantesformasdelazer,sejapelaquantidadedeadeptosoumesmopelopapel positivoquedesempenhamnasociedade. As modalidades esportivas costumam ser classificadas de acordo com o ambiente no qual são praticadas, tanto no Brasil como no exterior, como aéreas, aquáticaseterrestres.(UVINHA,2003).

Figura16:AtividadeFísica. Fonte:http://www.quid.fr.

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3.2 Esportes Terrestres De acordo com a classificação de Uvinha (2003), a primeira classificação possível para as Atividades Físicas e Esportivas é os Esportes Terrestres, que compreendemasatividadespraticadasemterra. Graças à terra ser o ambiente do Homem, ele passa a maior parte do seu temponela,eporissotemmaiorcapacidadedecriarcoisasrelacionadasàterra,e comosesportesnãopodeserdiferente. Existemmilharesdeesportesejogosterrestrescriadospelohomem,variando de lutas a jogos, de esportes onde usase somente a força física até esportes à motor. OsEsportesTerrestrespodemterestasmuitasdivisõesesubdivisões,como nosEsportesondeseusaequipamentoscomrodas,ondehádiversasramificações e podem varias dos radicais como o skate, onde a propulsão é humana até o automobilismo, onde a propulsão acontece por motor à combustão. Esportes da Natureza, como o tracking, e Esportes Acrobáticos como o Ginástica e InLine Patins. É importante que se cite também os esportes de grupo, como o vôlei, basquete,etantosoutrospraticadosemterra. Deacordocomoesportequesedesejapraticarexisteolocalcerto,quepode ser natural, como as florestas e cannions do tracking e cannioning, os pouco modificados, como as trilhas para o DownHill de Bicicletas e Mountain Bike, e os totalmente construídos, como as pistas de Skate, de automobilismo e as quadras paraesportesdegrupo,comooVôleieoBasquete.

Figura17:Vôlei. Fonte:http://www.cob.org.br.

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Figura18:RallydeVelocidade. Fonte:http://cardoso.com.sapo.pt.

Figura19:Bicicross. Fonte:http://www.cbbx.com.br.

Figura20:Ginástica. Fonte:http://www.prof2000.pt.

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3.3 Esportes Aéreos AsegundaclassificaçãoparaasAtividadesFísicaseEsportivaspropostapor Uvinha(2003)éosEsportesAéreos,quesãoosesportespraticadosnoar. ApesardeoArnãoseroambienteondeohomempassaamaiorpartedo seutempo,apósainvençãodoaviãoedeequipamentosdesegurançamaisfortese adequadosaosesportes,osEsportesAéreostiveramumagrandeexpansão. Estetipodeesportepodeseraindadivididoentreasmodalidadesquepartem deumabasefixa,comonocasodoBungeeJump,oRappeleaAsaDelta,eosque partemdeumabasemóvel,comoéocasodoSkydiveeoParaquedismo,devidoà necessidadedesepartirdeumamaioraltitudeparaquehajatempodeseexecutar todasasmanobrasacrobáticasedepousocomsegurança.

Figura21:BungeeJump. Fonte:http://www.toys4kids.com.mx.

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Figura22:SkyDive. Fonte:http://www.skydiveorange.com.

Figura23:ParaQuedismo. Fonte:http://ruggedelegantliving.com. 3.4 Esportes Aquáticos A terceira e última classificação proposta por Uvinha (2003) para as Atividades Físicas e Esportivas é os Esportes Aquáticos, que são todas as atividadesesportivaspraticadasemmeioaquático. Os Esportes Radicais Aquáticos, apesar de serem praticados em local diferente do que vivemos, a água, apresentam inúmeras modalidades, que são praticadasemdiferenteslocais.

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Existem tipos de Esportes Aquáticos que são praticados exclusivamente no mar,emáguasalgada,comoSurfdeOndasGigantes,etambémmodalidadesque sãopraticadassomenteemáguadoce,corredeirasderiosecachoeiras,comono casodoNadoSincronizado,Rafting,Kayaking,eoBóiaCross,porém,emgeralos esportes aquáticos podem ser praticados em água doce ou salgada, em piscinas, rios,lagoasounomar,dependendoexclusivamentedamodalidadepraticadapara quesefaçaaescolhadoambiente. Paraaescolhadoambiente,levaseemcontaaprofundidadenecessária,a correnteza no caso de rios, a força das ondas no caso de mar e o tamanho da piscina, lago ou lagoa, no caso de modalidades onde há a utilização de embarcações,ouquesedesejeumaáreadelimitadaprecisamente. Existem ainda as adaptações, como no caso do Surf e Bodyboard na Pororoca e em piscinas, em que o equipamento sofre modificações afim de obter uma melhor adaptação às condições do ambiente que não são as ideais para a práticadosmesmos.

Figura24:NadoSincronizado. Fonte:http://www.foresight.com.br.

Figura25:JetBoating. Fonte:http://www.tracymoseley.com.

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Figura26:FreestyleJetSki. Fonte:http://360graus.terra.com.br.

Figura27:PóloAquático. Fonte:http://www.clubepaineiras.com.br. 3.4.1 Natação Na antiguidade, saber nadar era uma importante arma que o homem dispunha para sobreviver. E muitos dos nados de cometição foram baseados nos estilos de nado praticados pelos indígenas. Como a natação é um exercício que trabalha a maioria dos grupos musculares do corpo, e a cultura grega cultuava a beleza física, a prática da natação tornouse importante para o desenvolvimento harmoniosodocorpo.Acreditasequejánestaépocaacompetiçãoerapraticada,e osmelhoresnadadoreseramhomenageadoscomestátuas.Oesportetambémera

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incluído no treino dos guerreiros, os romanos tinham na natação um importante aliadoparaobterumamelhorpreparaçãofísica. ComaquedadoimpérioRomano,anataçãopraticamentedesapareceuatéa idade média, onde a natação era vista com temor, por haver suspeitas que a sua prática disseminasse epidemias, comuns na época, que foram desmentidas na épocadorenascimento,quandosurgirampiscinaspúblicas,apartiradaconstruída emparis,porLuisXIV. A natação começou a ser difundida somente após a primeira metade do século XIX quando começou a progredir como desporto, a partira das primeiras provas realizadas em Londres, porém em um único estilo, com uma braçada de peito,executadadelado,quepassoumaistardeaserexecutadadefrente,levando seosdoisbraçosporcimadaágua. A partir desta modificação, a natação passou por inúmeras adaptações, até chegaraosestilosexistenteshojeemdia,oCrawl,Costas,Peito,eBorboleta,sendo queoCrawléoestilomaisrápido.

Figura28:Natação. Fonte:http://www.cdof.com.br. Funcionamento: De acordo com os sites da Federação Amazonense de Natação e com a EnciclopédiavirtualWikipédia,a nataçãoédivididaemquatroestilosbásicos,são eles. NadodeCostas Neste tipo de nado, o nadador permanece todo o percurso com o abdome voltadoparaforadaágua.AbatidadepernasésemelhanteàdoCrawl.Osbraços alongamseporsobreacabeçaalternadamenteentramnaáguapassandojuntoà

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orelha,comapalmadamãoviradaparafora,detalformaqueodedomínimosejao primeiroapenetrarnaágua.Emseusmovimentoatéoquadril,obraçoempurraa águaeimpulsionaocorponadireçãocontrária.

Figura29:NadodeCostas. Fonte:http://www.terra.com.br. NadodePeito Este é o mais lento dos estilos, é executado com o corpo e os braços estendidos, as palmas das mãos voltadas para fora e o rosto dentro da água. As pernas são trazidas para junto do corpo, com os joelhos dobrados e abertos enquantoosbraçosseabremerecolhemàalturadopeito.emseguida,aspernas são impelidas para trás, para impulsionarem o nadador, num movimento parecido com o da rã,ao mesmo tempo em que os braços são estendidos para frente. A inspiração de ar é feita no final da puxada do braço, quando o nadador ergue a cabeçaparaforadaágua.

Figura30:NadodePeito. Fonte:http://www.atarde.com.br.

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NadoCrawl Nocrawl,onadadorcomeçaaprovadoblocodepartida.Paramergulhar,ele deveimaginarqueestácaindoemumburaco.Dessaforma,seucorpocriamenos atrito com a água e, conseqüentemente, consegue ir mais longe com o mergulho. Paraorealizaromergulhocorreto,recomendaseaosiniciantesobservarembema posição do corpo na hora da saída. Os joelhos devem ser bem flexionados, os braçosesticadosàfrente,semprenaalturadasorelhas.Nomomentoemqueouvir o sinal de partida, o nadador salta e mantém esse posicionamento. Dessa forma, alémdeexecutarumasaídacorreta,oatletaestáprotegendoasuaprópriacabeça. O estilo Crawl, é considerado estilo livre, onde o nadador poderá usar um estilopróprio,porémoestilomaisusualéoqueonadadormovimentaosbraçose as pernas alternadamente para cima e para baixo, mantendose de barriga para baixo.

Figura31:NadoCrawl. Fonte:http://cpj.planetaclix.pt. NadoBorboleta Onadoborboletaassemelhaseaocrawl.Aspernaseosbraçosmovemse de modo parecido, com a diferença de que as pernas e os braços se mexem ao mesmotempo. Nesse estilo, também não há um a compensação de ombros, isto é, o nadador não realiza o movimento rotatório dos ombros e dos quadris, quando ocorrer a passagem da água. Por isso, ele exige do nadador mais força para enfrentararesistênciadaáguaeétambémbastantecansativo.

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Figura32:NadoBorboleta. Fonte:http://www.aoa.com.br. Equipamentos: Sunga ou roupa extremamente leve e que tenha pouco atrito com a água, óculosparanataçãoetouca. 3.4.2 Canoagem Há6000anosjáseusavaacanoacomomeiodetransporte,sendonaépoca umanecessidadedospovos,principalmentedosesquimós,ospioneiros,quefaziam suas embarcações de madeira e peles, tornando estas embarcações leves e rápidas.. Comopassardosséculos,transformouseemesporte,atravésdoesforçodo inglês John McGregor, que fundou em 1865 o Clube Real de Canoagem, em Londres,enquantoqueacanoaerautilizadaporindígenasnointeriordocontinente americano para sua locomoção, e o caiaque era utilizado pelos esquimós para pescar e transportálos entre dois pontos da costa. Esses caiaques rudimentares eram formados por uma estrutura de madeira, revestida com pele de foca e calafetadacomagorduradasarticulaçõesdosanimais. Ointeressepeloesportefoicrescendoeapartirde1936,nosJogosOlímpicosde Berlim,passouaconstardoprogramaoficialdosjogosolímpicos,ondesepassoua utilizar canoas, e novamente na Alemanha, nos Jogos Olímpicos de Munique, em 1972,amodalidade"Slalom"surgiucomoesportededemonstração,vindoafigurar noquadrodemedalhassomentenosJogosOlímpicosdeBarcelonaem1992.

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HojeaCanoageméumdosesportesaquáticosmaispraticadosdomundoem diversas modalidades distintas, entre elas Oceânica, Águas Brancas, Onda, VelocidadeePólo.

Figura33:Canoagem. Fonte:http://360graus.terra.com.br. Funcionamento: De acordo com a Confederação Brasileira de Canoagem, a canoagem é divididaentremuitascategorias,ondesedestacamasseguintes: Velocidade Velocidade é uma modalidade essencialmente de competição, que é praticadaemriosoulagosdeáguascalmascom9raiasdemarcadasnasdistâncias de1.000,500e200metros,emcanoasde1,2ou4pessoas.

Figura34:CanoagemestiloVelocidade. Fonte:http://360graus.terra.com.br. Slalom OSlalomépraticadoemrioscomcorredeiras,numpercursoquevariaentre 250e400metrosondeatravésdearamessuspensossãopenduradasaté25portas

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quedevemserultrapassadasnaseqüêncianuméricaenosentidoindicados.Cada toquedocanoísta,embarcaçãoouremoemqualquerumadasbalizasacrescenta2 segundosaoseutempo,eanãopassagempelaportaimplicaem50segundosa maisnotempofinal,vencendoocompetidorquefizeromenortempo.

Figura35:CanoagemestiloSlalon. Fonte:http://cardoso.com.sapo.pt. Adaptada Canoagem Adaptada é a canoagem executada por pessoas portadoras de necessidades especiais, onde o praticante pode ou não usar de equipamentos extras que o auxiliem a desenvolver o seu melhor rendimento com segurança e saúde. As adaptações podem ser nos barcos ou externas, ou seja, gestos e comunicaçãoporsonsespeciaiseatéadaptaçõesnasregras.

Figura36:CanoagemestiloAdaptada. Fonte:http://cardoso.com.sapo.pt.

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Descida O competidor tem que demonstrar o controle sobre seu barco em águas rápidasenquantopercorreumapistaprédefinidanomenortempopossível.

Figura37:CanoagemestiloDescida. Fonte:http://cardoso.com.sapo.pt Maratona Nas competições de maratona o competidor percorre uma distância longa designada,levandoemcontapossíveisobstáculosquepossaviraenfrentareaté mesmoterquesairdobarcoparatranspor.

Figura38:CanoagemestiloMaratona. Fonte:http://cardoso.com.sapo.pt. Equipamentos: Embarcaçãodeacordocomamodalidadeescolhida,remo,coletesalvavidas ecapacete.

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3.4.3 Vela ou Iatismo Visto que o homem é um animal terrestre, vencer a água foi um dos seus maiores desafios, desde a antiguidade o homem constroi embarcações dos mais diferentestiposemateriaisafimdefazertravessiasemriosoumares. A Vela, como esporte, surgiu no século 17. Originada na Holanda, foi introduzidanaInglaterrapeloreiCarlosII,em1860,esetornouesporteolímpicoem 1900, no entanto saiu das olimpíadas em 1904, retornando em 1908 e permanecendoatéosdiasdehoje.AlgumasfontesafirmamqueaorigemdoIatismo sedeuporumaapostafeitaentreCarlosIIeseuirmão,oduquedeYork,afimde determinarqualdesuasembarcaçõesseriaamaisveloz. Iatismo na época atual se entende por competições esportivas envolvendo barcosmovidosunicamenteàscustasdovento.Ascompetiçõesdavelaenvolvem os mais diferentes tipos de embarcações, que são separadas de acordo com as categorias,conhecidascomoclasses.

Figura39:Iatismo. Fonte:http://rio2002negocios.com.br. Funcionamento: As competições da Vela são formadas por séries de regatas, que são as corridasdoiatismo.Emcadaregataobarcosomadeterminadonúmerosdepontos deacordocomsuaposiçãodechegada.Venceacompetiçãoaquelequesomaro menornúmerodepontosaofinaldasériederegatas. Avelaéumesporteolímpicodesde1900easclassesqueparticiparãodos próximos Jogos Olímpicos, em Pequim, no ano de 2008 são a Tornado, 49er,

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Yngling, Star, 470 masculina e feminina, Finn (masculina), Laser masculina e femininaeaPranchaàVelamasculinaefeminina.

Figura40:RegatadeIatismo. Fonte:http://www.portoseguro.org.br. Equipamentos: Embarcações, com todo o aparato próprio de cada modelo e coletes salva vidas. 3.4.4 - Esportes Radicais De acordo com Cortez (2003): “Esportes Radicais são os esportes que buscamolimite,oestremodaaventura,dificuldadeedesafio.” Tempos atrás facilmente se distinguia os diversos tipos de esportes existentes. Com a proximidade cada vez maior entre o homem e a natureza, e a buscapornovasemoções,surgiramosesportesradicais. Osesportesradicaisnasceramcomavontadedaspessoasdesuperarseus limites e de provar uma carga maior de adrenalina, desenvolvendo habilidades específicasemcadatipodeatividade. Há esportes para a superação pessoal, como o Rappel. Outros são ideais paradesenvolveracapacidadedeenfrentarriscos,comooPáraQuedismoexistem também esportes adequados para formação de times porque exige integração perfeitadatripulação,comooIatismo. Todo atleta praticante, profissional ou não, sempre respeita as regras e normasdesegurançaemsuasatividades,alémdeusarequipamentosespecíficos adequados, analisar as condições ambientais como o tempo e a intensidade dos

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ventos, fazendo uso de técnicas corretas, e respeito ao patrimônio ambiental e sociocultural. Todas essas preocupações com a segurança transformam os Esportes Radicais em atividades que podem ser praticadas por homens e mulheres de quaisquer idades, em grupos ou individualmente, sem nenhum risco. A intenção maior é testar a resistência física e mental dos praticantes em atividades ora competitivas,oranão. Comocrescimentodasegurançanapráticadestesesportes,oaumentoda qualidadedosequipamentosdecadamodalidadeeosequipamentosdesegurança levouaocrescimentoexponencialdestetipodeesporte,crescimentoestequepode ser observado pela criação de jogos conhecidos como Olimpíadas Radicais, o X Games,queocorredesde1995incluindodiversasmodalidadesdeesportesradicais eoGravityGamesqueépatrocinadoporváriasempresasindependentes. São compreendidos entre os esportes radicais algumas das diversas modalidadesdeesportecombicicleta,comooBiciCross,oDownhill,o4xeoCross Country, Esportes aquáticos como o Surf, Wakeboard e o Bodyboard, e esportes terrestrescomooSkateeoStreetLuge.

Figura41:Wakeboard. Fonte:http://www.harrydeweijer.com.

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Figura42:Downhill. Fonte:http://web.mit.edu.

Figura43:Skate. Fonte:http://www.scoutout.ch. 3.4.4.1 Wakeboard Nãoexisteumcaminhobemdefinidodatrajetóriadoesporte,porémexistem algumaspessoaseeventosimportantesqueajudaramaowakeboardtomaraforma quetemhoje. SeexistirumpioneironoesporteessapessoaéosurfistadeSanDiego,Tony Finn.Elemisturouosurfcomoesquiaquáticoparainventaro"skurfer".Oskurfer era basicamente uma prancha pequena com nenhuma cinta ou sapata em que o

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esportistaficavaempé.Semcintaparaprenderospésnapranchaerasinistropara levantar e o esportista ficava limitado às cavadas. Mas no verão de 1985, dois amigosdeTonyquepraticavamowindsurf,MikeeMarkPascoederamumaenorme contribuiçãoaoesporte.Elesadaptaramcintasefizeramafuraçãonapranchade Tony. A partir deste momento, o praticante já podia saltar e executar manobras. Essa nova mudança teve suas desvantagens também, pois com isso se tornava difícil começar a andar em águas profundas, pois era difícil manter a prancha na superfície. O esporte estava passando por uma fase difícil, precisava de alguém parasolucionaressesnovosproblemas.FoiaquiqueapareceuHerbO`Brien,dono daH.O.Sportsecomumenormeconhecimentoemesportesaquáticos. Em 1990 ele se juntou com alguns dos melhores shapers do Havaí e fez o primeirowakeboard,oHyperlite.Agrandesacadafoiusarummaterialqueflutua masquepodesersubmergidosemmuitoesforço,aocontráriodeumapranchade surf.Essanovaetapafoiespetacularparaoesporte,levandoanovosníveisnunca antes imaginado. O nome "skiboarding" ainda durou algum tempo, mas wakeboarding logo se tornou nome oficial. Herb O'brien continuou a melhorar a prancha e pesquisando descobriu que um shape "twin tip" era melhor porque o praticantepodiafacilmentetrocardebase.Apartirdaí,JimmyRedmon,quefundou aAssociaçãoMundialdeWakeboard(WWA),começoufazerregraseformatospara ascompetições.Oesporteestourouem1992quandocomeçouaterumadivulgação nagrandemídiacomdireitoareportagensaténocanalesportivoESPN.

Figura44:Wakeboard. Fonte:http://www.robinhoodcamp.com.

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Funcionamento: Opraticanteérebocadoporumalanchaesquiandosobreapranchadewakeboard, tentandoexecutarasmanobrasdesejadas.

Figura45:Wakeboard. Fonte:http://www.genetics.wayne.edu. Materiais: Embarcação com motor potente (Recomendase no mínimo um motor de 30Hps),cordacommanoplaparaoreboque,PranchadeWakeboard,ColeteSalva VidaseRoupadeBorrachaparaosdiasfrios. 3.4.4.2 Bodyboard O bodyboard é um esporte derivado do Surf, criado, nos moldes existentes hojeemdiaporTomMorey.TomMoreynãoéresponsávelpelainvençãodaarte, ou esporte, ou estilo descer ondas deitado sobre uma pequena prancha, pois existem relatos datados do século XV mostrando polinésios surfando deitados em pequenas tábuas. Essas pequenas tábuas rudimentares eram consideradas pranchasdopovo,jáqueapenasàrealezaerapermitidosurfarempé,oquesepor lado realmente confere ao surf Standup o status de esporte dos reis, por outro comprova que há mais de quinhentos anos o é a maneira mais divertida de correr a onda. De volta ao século XX, mais ainda antes de Morey, diversostiposdebellyboards(pranchasdebarriga,literalmente)foramusados:as planondas de madeira, pranchas de isopor, colchões plásticos infláveis, dentre outros materiais. Porém coube a Tom Morey o mérito de transformar uma

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brincadeira de praia em um esporte ultraradical com centenas de milhares de praticantes por todo o mundo e uma indústria que movimenta muitos milhares de dólaresemequipamentos,campeonatosemídia.Em1971,Moreydeixouaindústria depranchasnaCalifórniaemudouseparaoHawaii,dispostoaseguiracarreirade bateristadejazz.Aomesmotempo,Tomnãoparavadepensarnacriaçãodealgo que fosse a prancha mais veloz, mas que pudesse ser surfada de outra maneira. Nãohaviamuitasopçõesnaquelaépoca.Ouvocêcompravaumapranchadeisopor de valor muito baixo que quebrava num segundo ou então um colchão de ar que dobravaenãofaziacurvas.

Figura46:Fabricaçãodebodyboard. Fonte:http://waves.terra.com.br. Tom Morey fez muitas tentativas até chegar ao que se tornou ideal, começandoporpranchasde6pésatéchegaràspequenasbodyboards,moldando blocosdepolietilenocomumferrodepassarquenteatéchegaràformadesejada,o maislargopossíveleplano,combordasinspiradasemumtipodepranchachamada HotCurl,queeramfeitasemumângulode45graus,oquefezcomqueaprancha tomasseosmoldesideaisparaobodyboardegarantisseosucessodoesporte.

Figura47:Bodyboard. Fonte:http://waveblasters.com.

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Funcionamento: Opraticantedevetentardeslizaraondaexecutandomanobras,utilizandose doimpulsogeradopelosseuspésdepatoparaconseguirentrarnaondaeauxiliar naexecuçãodasmanobras.

Figura48:Bodyboard. Fonte:http://www.janoszphotos.com. Materiais: Prancha de Bodyboard, Leash (Corda utilizada para prender a prancha ao pulso,afimdequenãosepercaaprancha),PésdePatoeRoupadeBorrachapara osdiasfrios. 3.4.4.3 Kitesurf Amaioriadasversõessobreosurgimentodaspipas(kites,eminglês)aponta aChina,amaisdedoismilanosatráscomoseulugardeorigem,ondeatéteriam ajudadoanavegaçãodebarcoseotransportedepesadosmateriaisdeconstrução.

Figura49:Pipa. Fonte:http://www.hiflykites.co.za.

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0exploradoritalianoMarcoPoloteriasidooresponsávelporlevarainvenção asiáticaparaaEuropa,em1295. DominaJalbert,dosEUA,criouem1964aprimeirapipaqueerainfladadear. Nadécadade70,algunsamericanoscomeçaramausarpáraquedasparapuxálos sobre esquis aquáticos. Em 1977, o holandês Gijsbertus Panhuise consegue patentearumequipamentoemqueumapessoaemumapranchaépuxadaporum páraquedase,em1978,umcatamarãmovidoàpipadesenvolvidopeloamericano IanDayultrapassaavelocidadede40Km/h. Nadécadade80,foramfeitasváriastentativasesporádicasbemoumalsucedidas decombinarpipascomcanoas,patins,patinsdegelos,esquis,esquisaquáticos, entre outros. Uma delas foi a do suíço Andreas Kuhn, que, sobre uma prancha similar à de wakeboard e impulsionado por um equipamento de parapente de aproximadamente 25 metros quadrados, levantava da água. Mostrado pela TV européia, ele foi provavelmente o primeiro a saltar a alturas elevadas com ventos fracos. Mas foi o trabalho de duas famílias, uma americana e uma francesa, também na décadade80,queiniciouacronologiaparaqueokiteboardchegasseàformaque tematualmente: 0 americano Bill Roeseler, um projetista da Boeing, e seu filho, Cory, usam uma espécie de asa delta de estrutura rígida de fibra de carbono para puxálos sobreesquisaquáticos.Aomesmotempoemqueissoocorria,osirmãosfranceses Bruno e Dominique Legaignoux, navegadores, surfistas e windsurfistas, desenvolvem uma pipa com câmaras de ar. Uma vez infladas, o ar não mais escaparia delas, permitindo que fossem erguidas novamente da água sempre que caíssem, sem precisar da ajuda de terceiros. A invenção é patenteada e posteriormenteestapipadeestruturainflávelcomeçamaservendidasnomercado. Em 1995, os surfistas americanos Laird Hamilton e Mike Waltze deixam o Kiteskiemevidênciaaotestaraspipasrígidascomsuaspranchasdesurfepresas aospés.Éprecisoque,enquantoumestánaprancha,ooutroajudeareerguera pipasemprequeelacainaágua.0windsurfistafrancêsManuBertin,radicadoem Maui, chega da Europa com as pipas infláveis dos irmãos Legaignoux e causa tamanha revolução que é até considerado o inventor do kiteboard. As primeiras pranchasespecíficasparaoesportetambémcomeçamaserdesenvolvidas.

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Após esse desenvolvimento, é disputado em Maui o que foi chamado de I Campeonato Mundial, nas modalidades Longa Distância, Wave e Slalom. Dos 24 competidores,entrehomensemulheres,22usamaspipasinfláveiseapenasdois optampeloskiteski.0americanoMarcusFlashAustinéocampeãonaclassificação geral,comapipainflável.CoryRoeseler,comseuKiteski,ficaemsegundo.

Figura50:Kitesurf. Fonte:http://www.windthings.co.uk. Funcionamento: O praticante deve esquiar sobra a água utilizandose da prancha para executar curvas e manobras, sendo puxado pela Pipa que por sua vez é movimentadapelovento.

Figura51:Kitesurf. Fonte:http://itopwww.epfl.ch. Materiais: PranchadeKitesurt,ColeteSalvaVidas,PipaeRoupadeBorrachaparaos diasfrios.

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3.4.4.4 Ski Aquático Muitassãoaslendasarespeitodosurgimentodoesquiaquático,masamais "aceita"éaquefaladoesquiadorsuiço,queapósdescerumamontanhagelada,já emsuabase,acabouporterminarsua"performance"naságuasdeumlago,graças à inércia da decida. Passouse a adaptar uma corda a um barco, para "puxar" os esquiadorsobreaságuas.Evidentementequeomaislongepossíveldasmontanhas geladas. Os primeiros esquis a surgirem por aqui no Brasil, vieram pelas mãos de pessoasdasociedadepaulistana(porvoltadosanos40/50)importadosdosEUA. Eramtodosfabricadosemmadeiraque,depoisdetratada,eraempenadaparatera "forma"correta. Porestaépoca,esquiavasesemprecomosdoispés(umemcadaesqui),e asevoluçõesselimitavamàalgumas"acrobacias"ousadasparaaépoca,taiscomo: pularamarola,ficaragachado,tirarumesquiforad’água,etc.Foiapartirdosanos sessenta,queoesquiaquáticopassouaserpraticadotalcomooconhecemoshoje: quatromodalidadesdesignadasporslalom,saltosnarampa,truquesesola. NoBrasil,ograndeintrodutordoesqui,equeaindaparticipaativamentede seu desenvolvimento é o paulista Paulo Weigand. Detentor de inúmeros títulos internacionais,Pauloéhojeumdosmelhoresveteranosdomundo,participandoda DiretoriadaConfederaçãoBrasileiradeEsquiAquáticoCBEA.

Figura52:SkiAquático. Fonte:http://www.tarsomarques.com.br.

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A princípio, qualquer pessoa está apta à esquiar, desde que se disponha a fazer duas coisas: molharse e equilibrarse. Após algumas tentativas, devese insistir,poisseráapenastentandoficarempéecaindo,queoinicianteiráconseguir esquiar. Agrandevantagemdeseesquiarcomoformaderecreação,équesepode praticálocomqualquerembarcação,commotorizaçãosuficiente.Deum"JetSki"à umalancha"offshore"de36pés,podeseesquiartranquilamente.Arigor,umbarco oulanchade12pés,comomotorapartirde25HP,jásãosuficientesparatirarda águaumadultode70kg,comdoisesquisnospés.

Figura53:SkiAquáticoestiloSlalon. Fonte:http://www.skiclubealentejo.com. Dependendodoobjetivodoesquiador(edasuaaptidão),podeelededicarse ao esqui aquático, encarandoo como um esporte competitivo (o Campeonato Brasileiroédisputadohámaisde20anos,nasmodalidesslalom,truqueserampa), oucomoumameradiversão.

Figura54:SkiAquático. Fonte:http://www.cacador.com.br.

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Funcionamento: O praticante deve equilibrarse sobre o esqui e deslizar sobre a água, executando ou não manobras na parte plana da água ou nas marolas formadas, sendopuxadoporalgumaembarcação. Materiais: PranchadeSki,Embarcaçãocommotorpotente(Recomendasenomínimo um motor de 25Hps), corda com manopla para o reboque, Colete SalvaVidas e RoupadeBorrachaparaosdiasfrios.

Figura55:Equipamentos. Fonte:http://www.canoa.com.br.

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3.4.4.5 Surf 3.4.4.5.1 Histórico Paradescreverahistóriadosurf,deveserecorreràantigaspublicaçõesde navegadoreseexploradores,vistoqueoSurféumesportemilenarepraticadopor antigascivilizações. ThorHeyerdahl(escritorenavegador)escreveuumlivrochamadoExpedição KonTikicontandosobreaorigemdosPolinésios(descendentesdeíndiosperuanos e considerados os primeiros imigrantes do Pacífico). Thor participou de uma expedição em 1947, similar ao que os polinésios faziam muitos anos antes, eles viajavam pelas correntes do Oceano Pacifico até aportarem nas atuais ilhas Polinésias. Oquesesabeéqueestespolinésiosviviamdomar,eramamantesdomar, ótimos pescadores e construtores de embarcações resistentes, para com elas enfrentaremquaisquercondiçõesqueooceanolhespropunha.Essesnativosforam navegadoresporobrigação,opçãooutradição,eemalgummomentoalgumdestes polinésiosresolveuqueotrabalhopodiavirardiversão,deslizandonasondascom tábuas de madeira. Porém, o que eles realmente buscavam, era a conquista do Pacífico,denorteaSul.

Figura56:Havaianas. Fonte:http://www.todito.com. Por volta do século X, resolveram conquistar novas ilhas, sendo que numa destas viagens encontraram um arquipélago de vegetação abundante e ondas maravilhosas, o Havaí. Não se sabe ao certo quando começou a prática do surfe (lembrandoquenestaépocanãotinhaestenome),porémoprimeiroregistrodesta atividadefoifeitapeloCapitãodaMarinhaRealBritânica,JamesCook,em1778.

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Figura57:CapitãoJamesCook. Fonte:http://www3.leradome.com. No diário de bordo, este explorador dos mares descreveu cenas de vários indígenasnusdeslizandoemaltavelocidadesobreondasdequatroacincometros de altura em um lugar chamado Waimea Bay, no Havaí. Partindo deste ponto, o surfefoisepopularizandoeosnativosHavaianospassavamaencararosurfcomo algoligadoaraízesculturais,artísticasereligiosas.

Figura58:NativoHavaiano. Fonte:http://www2.cruzio.com/~empireacademy. Emrespeitoànatureza,aocortaremumaarvoreparafazeremsuaspranchas, os antigos havaianos deixavam uma oferenda no na base dela, pois acreditavam queoutraárvorenascerianolocal.Asárvoreshavaianaseram:KoaouWILIWILI,e atingiamde16a20pésdecomprimento.Nestaépocaosnativosjásurfavamem diagonal,oquefaziacomqueexplorassemamaiorpartedaonda,elesusavamas palavras LALA (surfar diagonal para direita) e MUKU (surfar diagonal para esquerda). Porvoltade1907.GeorgeFreeth(PrincipalsurfistadoHavaí),JackLondon (aventureiroamericanoescritor)eAlexandreFord(organizadordo1ºclubedesurfe canoagemdasilhas),acreditavamelutavamparaqueosurfnãofosseextinto,eles queriam poder divulgar esta pratica maravilhosa pelo mundo a fora. Por obra do destino, um americano Henry Huntington, proprietário de uma companhia de

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ferroviasnaCalifórnia,iriainaugurarnomesmoano,afamosarotadaCostaOeste dosEstadosUnidos,entreLosAngeleseTedondaBeach. George Freeth foi convidado por Henry para as festas divulgando que ele andavasobreasondas,Freeth,chegounaCalifórniacomsuaPranchahavaianae láficouatésuamorteem1919.

Figura59:GeorgeFreeth. Fonte:http://www.surfmuseum.org. Mais ou menos na mesma época surge o salva vidas, legítimo polinésio e nadador recordista mundial Duke Pahoa Kahanamoku. Ele ficou sendo conhecido comoo“Paidosurf”,poisseencarregoudeespalharosurfpelomundocomoqueria Freetheseusamigos,atravésdesuasviagenspelasolimpíadasecompetiçõesde nataçãoestavaelecomsuapranchadebaixodobraçodivulgandoosurfcomoum deseustreinamentosesendoreconhecidocomooembaixadordosurfmundial.

Figura60:DukeKahanamoku. Fonte:www..com.

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A partir da divulgação de Duke, o surf tomou grandes proporções, espalhandoseportodososcontinentesatravésdeseusdiscípulos.

Figura61:SelohomenageandoDukeKahanamoku. Fonte:http://www.surfingleses.com.br. 3.4.4.5.2 A Evolução das Pranchas Hácercade1.500anos,osperuanosdacivilizaçãomochicadescobriramque feixescomjuncobemamarradosdavaumabelaembarcação,ágilobastantepara deslizar nas forcas das ondas : nascia o “cavalo de totora”, poderíamos dizer que elesforamàsprimeiraspranchasusadapeloshomens.Estaspranchastinhamuma forma“parecida”comaspranchasdehoje,tinhamrabetas,partecentralmaislarga, bicopontiagudo,etinhamcercadetrêsmetrosdealtura.

Figura62:CavalodeTotora. Fonte:http://sd71.bc.ca/sd71/edulinks/peru.

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Anos depois , no Hawai as pranchas usadas eram uma árvore talhada. A melhoria do surf aconteceu somente quando Duke Kahanamoku conheceu Tom Blake, em um campeonato de natação em Detroit no ano de 1913. Os dois se tornaramgrandesamigos,eTomacaboudeixandosuamarcaregistradanahistória, criandopranchasocas(paraficaremmaisleves)einventouaquilhaem1920,com intuitodedardireçãoaspranchas(atéentãoelesviravamapranchaemdiagonalou com o pé ou com remo). Em 1928, as pranchas de Blake foram adotada pelo governo americano para os salva vidas em todas as praias , notandose sua eficiêncianoauxilioderesgateparaasvítimasdeafogamento.

Figura63:RéplicadapranchadeBlake. Foto:http://www.waves.com.br. Em1949osurfistaBobSimons,construiuaprimeirapranchainteiramentede fibra de vidro, dando origem, com pouca variação às pranchas de Surf utilizadas hojeemdia. 3.4.4.5.3 História do Surf no Brasil No Brasil a prática do surf foi introduzida nos anos 50, trazido dos EUA, entretantoopaulistaOSMARGONÇALVESdescobriuosurfmuitoantes,em1938, em SANTOS. Ele foi a primeira pessoa no Brasil a pegar ondas. Seu pioneirismo abriu o caminho para que, hoje, no limiar do terceiro milénio, alguns milhões de brasileirostenhamoprazerde"andarsobreaságuas".

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Figura64:OsmarGonçalves. Fonte:http://affonsofreitas.vilabol.uol.com.br. Nascido em 14 de setembro de 1922, Osmar Gonçalves tinha 16 anos, quando entrou para história do surf ao ser o primeiro brasileiro a pegar ondas. E, infelizmente, em 30 de abril do ano de 1999, o surf brasileiro perdeu uma parte significativadesuahistória,comamortedeOsmar,Vítimadeumcâncer.Bemantes dos pranchões tomarem as ondas do Rio de Janeiro, nos dourados anos 50, o santista Osmar Gonçalves correu as primeiras ondas de que se têm notícia no Brasil.NoRiodeJaneiro,umdospioneirosfoiArduínoColasanti,queveiodaItália paraoBrasil,em1948,juntamentecomseupai,Manfredo,atordecinemaeteatroe a irmã Marina (jornalista e escritora). Ele cresceu no Arpoador, disputando provas internacionais de caça submarina e vendendo lagostas e cavalinhas que pescava. FoiumdosprimeirosapegarondasnoRiodeJaneiro,nadécadade60.

Figura65:SurfistasnoArpoador. Fonte:http://affonsofreitas.vilabol.uol.com.br.

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Omar,portanto,sempreestevediretamenteligadoàvidadeArduínoqueaté mesmo quando virou ator de cinema, chegou a interpretar um típico garotão de praia,oque,paraelenãoeranemumpoucodifícil. No final dos anos 60 e início dos anos 70, não só o país como o mundo, atravessavamumperíododemudançasdecomportamentoeatitudes,refletidosno esporte, através dos cabelos compridos, o soul , as primeiras pranchas ao estilominimodel,osprimeiroscampeonatos,opíerdeIpanemanoRiodeJaneiroe olançamentodaprimeirarevistadesurfdoBrasil,quenãopoderiateroutronome senão:BrasilSurf. Nestamesmaépoca,já;com37anos,surgeAffonsoFreitas,umcomerciante demóveis,queparaaderiraoesportetevedeenfrentar3grandesdesafios:aidade, o preconceito e o aprendizado. Venceu todos e transformouse num surfista de corpoealma,fazendodoesportesuafilosofiadevida. Filhodeumvelholobodomar,Affonsojápossuíanosangueapaixãopelas ondas,oqueofezmudartodaasuavidafechandosualojademóveisnocentodo Rio e mudandose para o Recreio dos Bandeirantes, onde vive até hoje com sua famíliaepraticareligiosamenteseusurfdiáriode2horas.

Figura66:AffonsoFreitas. Fonte:http://affonsofreitas.vilabol.uol.com.br. Affonso Freitas transformou o surf numa filosofia de vida, onde conseguiu, alémprazerdedeslizarsobreasondas,terumasaúdeperfeitaecriarumafamília íntegra e vencedora com sustento derivado do esporte. No pontal do Recreio dos Bandeirantes, conhecido pelos surfistas como Praia da Macumba, fundou a Surf Center ROCKY POINT uma espécie de Clube do Surf, que há muito tempo já é referência entre os surfistas do Rio de Janeiro. Ali, Freitas, resolveu montar a "garagemdaspranchas",ondeossurfistasquemoramlongeefrequentamapraia, podemseassociareatravésdeumamensalidadesimplória,guardarsuaspranchas,

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desfrutar de um vestiário para tomar banhos de ducha e trocar de roupa após a práticadosurf,eteracessoaumapequenalanchonete,ondesãovendidoslanches baratos,eaSurfShopnaqualosatendentes,sãoaprópriafamíliaFreitasquese revezamentresi.

Figura67:AffonsoFreitas. Fonte:http://affonsofreitas.vilabol.uol.com.br. Com toda essa dedicação ao surf, Freitas conseguiu encorajar muitas pessoas de idade, hipertensos, diabéticos, hipocondríacos e sedentaristas, que descobriramnapraticadosurfacuraparaseusantigosmales,dividindoaharmonia com jovens e crianças, ao deslizarem sobre as ondas em perfeita sintonia com a natureza.Atravésdolivro"Saúdeemsuasmãos",Freitasfazumpequenorelatodas mudançasqueoesportepropiciouemsuavida.Tudoisso,nosfazreaverconceitos dasociedadeemquevivemos. Funcionamento: Opraticantedevedeslizarsobreasuperfíciedaondaexecutandomanobras comaprancha,tentandoaproveitandotodaaextensãodaonda. Materiais: PranchadeSurf,Leash(Cordaqueprendeapranchaaopédopraticante)e RoupadeBorrachaparaosdiasfrios. 3.4.4.5.4 Equipamentos Utilizados Osurf,graçasaosseusinúmerosestilos,demandadeumagamaimensade equipamentos utilizados na sua prática, para a escolha do equipamento correto, deveserlevadoemcontaoestilodopraticante,radical,queutilizaráumaprancha

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com linhas mais “quebradas” e com o tamanho mínimo necessário ou retrogrado, queutilizaráumapranchamaislargaecomlinhasmaissuaves,independentemente do tamanho da prancha. A habilidade do praticante é outro item de extrema importância,poisparaumapessoacombastantepráticaapranchapodesermais finaeestreita,enquantoparauminicianteapranchadevesermaislargaegrossa, afim de garantir uma maior flutuação.O tamanho e tipo da onda que irá surfar, também deve ser levado em conta, pois quanto maior a onda maior deve ser a prancha,equantomais“cavada”aonda,maioresdevemserasquilhaseaprancha deveterumdesignmaisfinoparaaderirmelhoraparede.

Figura68:PranchadeSurf. Fonte:http://www.tropicalbrasil.com.br. Além da prancha, outros equipamentos são necessários para garantir uma boa performance do praticante, como a parafina, ou o Deck antiderrapante, que é aplicadosobreaprancha,nolocalondeopraticanteirácolocarospés.

Figura69:DeckAntiderrapante. Fonte:http://www.tropicalbrasil.com.br. ParaquenãopercaapranchaosurfistadevefazerusodoLeash,queéa corda que prende a prancha ao pé do mesmo, que deve variar o tamanho, aumentandodeacordocomotamanhodasondassurfadas.

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Figura70:Leash. Fonte:http://www.tropicalbrasil.com.br. No caso de querer praticas o surf em locais onde a temperatura da água é fria,podemserutilizadasasroupasdeborracha,queevitamqueocalordocorpose dissipenaáguafriaeapessoaentreemhipotermia.Estasroupassãocompostas de neoprene, que são confeccionadas com mangas e pernas longas e curtas, podendo haver também partes separadas de camisa ou calça, o que garante ao surfistaumamaiorvariedadederoupasdeborracha.

Figura71:RoupadeBorracha. Fonte:http://www.mormaii.com.br. Diferentemente dos casos de surf normal existe o Power Surf, ou TowIn, comoémaisconhecido,ondeopraticanteutilizasedeumapranchapequena,de cercade6péscompresilhasnospés,sendorebocadoporumjetskiparaentrarem ondasgigantes,de25a60pés.EstaspranchasdeTowInsãomaispesadasqueas normaisemaisfortes,paraagüentarapressãodasgrandesondas.

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Figura72:PranchaparaTowIn. Fonte:http://waves.terra.com.br. Características das pranchas Ao contrário do que se pode imaginar, pequenas mudanças na prancha tornamsegrandesmudançasnahoradautilização,eparaseobterdiferentestipos depranchas(maissoltas,maispresas,maisvelozes,comalinhamaisquebrada) podeseutilizarumainfinitagamadecombinaçõesentrerabetas,fundosequilhas. Abaixo podese conferir as características de cada tipo de rabeta, fundo e quilha,conformeocatálogodafábricadepranchasPróilha: Tiposdefundos SINGLE e DOUBLE CONCAVE: É feito um concave, ouconcavidadenofundointeirooudois,umdecada lado da longarina, terminando próximo à quilha traseira, através desses concaves se formam uma bolhadearentreapranchaeaágua,noqualsentese a prancha totalmente colada ao pé, o que permite Figura73:Fundo. fazermanobrasbemradicaiseproporcionandomaior Fonte:CatálogoPróIlha. maneabilidade.

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TRIPLE CONCAVE: Um fundo muito difundido no mundointeiroemuitousadopeloscompetidores.Este modelo pode proporcionar manobras incríveis sem perder velocidade e pressão do fundo em relação a

onda,dandoàpranchamuitaprojeçãonasmanobras Figura74:Fundo. fortes sem perder a maneabilidade. São feitas 3 Fonte:CatálogoPróIlha. concavidades no fundo da prancha, dois perto das quilhaseumcentralemaisàfrente. “V” BOTTOM : Usado, não muito exagerado, próximo às quilhas, ajuda bastante para que a prancha tenha umatrocadebordamuitoboa,poisformaum“V”no fundodaprancha.

Figura75:Fundo. Fonte:CatálogoPróIlha. FLAT: Um fundo básico, reto, mas muito funcional para qualquer tipo de prancha, no qual se consegue umequilíbriobemgrandeentrevelocidadeeprojeção porestarcomumcontatomaiordofundocomaágua.

Figura76:Fundo. Fonte:CatálogoPróIlha. Tiposderabetas SQUASHeROUNDSQUASH:Muitousadaem pranchas pequenas e médias, já que permite uma maior sustentação da rabeta em ondas pequenas, sendo a mais versátil de todas as Figura77:RabetasSquashe RoundSquash. rabetas. Fonte:CatálogoPróIlha

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SQUARE: Difere da Squash pela suas pontas mais quadradas, fazem com que se tenha uma performance de linha mais quebrada na onda Figura78:RabetaSquare. jogando muito mais água nas manobras, Fonte:CatálogoPróIlha. assemelhaseumpoucocomaSwallow.Boaem ondascavadas,pordarumaótimaaderênciana onda. SWALLOW: Esta rabeta foi desenvolvida para quebrar a linha da manobra mais facilmente e retornar à linha da onda com a mesma Figura79:RabetaSwallow. facilidade,tendoassimumarespostarápida. Fonte:CatálogoPróIlha ROUND PIN: Para um surf mais seguro, com linhasmaisredondas.Émuitousadaparaondas cavadas. Figura80:RabetaRoundPin. Fonte:CatálogoPróIlha. PIN: É a rabeta ideal para as pranchas para pranchas grandes, usada somente para ondas grandes, possibilitando uma melhor virada na Figura81:RabetaPin. basedaonda. Fonte:CatálogoPróIlha. WING: Todo tipo de wing tem a finalidade de quebrar a linha da prancha. Normalmente os wings são usados quando se faz uma prancha Figura82:RabetacomWing. mais larga na parte da frente, havendo a Fonte:CatálogoPróIlha. necessidade de usar esta quebra de linha para estreitar a rabeta da prancha, deixandoa mais soltaerápidanatrocadeborda. Tipos de Quilhas: As quilhas podem ser do tipo fixa ou de encaixe, no caso das quilhas de encaixe, “copinhos” são acoplados ao bloco da prancha na fase de acabamento, onde são acopladas as quilhas através de encaixe e presas por parafusos. Na

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prática a diferença principal que se pode notar é a facilidade de transporte das pranchascomquilhadeencaixeeapossibilidadedemudarotamanhoeaposição dasquilhas(paratrás,parafrente,ângulomaisabertooumaisfechado),tornando assimapranchamaispresaáondaoumaissolta. Quantoaotamanhoobservasequequantomenorotamanhodaquilha,mais soltaapranchaficaemrelaçãoàonda.

Figura83:Quilhasechavesdequilha. Fonte:http://www.mmsurfshop.com.br. Equipamentos auxiliares Osequipamentosauxiliaressãoosequipamentosutilizadosantesedepoisda prática do surf, sendo considerados como equipamentos para transporte os equipamentos que o praticante faz uso para fixar e transportar o equipamento, e qualificados como equipamentos auxiliares os equipamentos que o praticante faz uso na manutenção do equipamento, como raspadores de parafina e chaves de quilhas. Equipamentos para transporte Devido ao surf ser um esporte praticado nas praias, as pranchas serem frágeis, e os praticantes do esporte estarem constantemente viajando afim de procuraremnovosemelhoreslocaisparaapráticadomesmo,osurfdemandade vários equipamentos auxiliares, a maioria deles relacionados ao transporte do equipamento. Oequipamentoauxiliarmaisutilizadopelossurfistas,éaCapadePrancha, ondeosurfistalevaoequipamentoétransportadocomomínimoderiscodedano, existemcapasdedoistipos,dotipoTérmico,queéacapaimpermeável,estofadae

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térmica, que protege a prancha do calor e do choque, evitando ainda que alguma água que possa ter ficado no equipamento escorra e molhe outros acessórios ou mesmoointeriordocarro.Existetambémacapadotipo“Camisinha”,queéfeitade malhaoutecidoleve,queapesardeteropesoevolumereduzidos emrelação à capaTérmica,protegemenosdocaloredechoquesdoqueacapaTérmica.

Figura84:Capasdeprancha. Fonte:http://www.mmsurfshop.com.br. Nas andanças que o surfista realiza à procura do melhor lugar para surfar, inúmeras são as maneiras de transportar a prancha, seja dentro do carro, na caçamba,oupresaaotetodocarro. Paraprenderapranchaaotetodoveículo,utilizasedesdeasFitasdeNylon, que são presas ao veículo passadas por dentro da carroceria e amarradas às pranchas no teto. É uma maneira simples de transportar a prancha, porém tem alguns inconvenientes, como no caso de entrar água pela fita, quando acontece umachuvaforte. SãoutilizadostambémosRacksdeTeto paraotransporte,quesão barras geralmentedealumínio,fixadasaotetodocarropormeiodeparafusos,presilhasou ventosas, onde as pranchas são fixadas, seja por meio das Fitas de Nylon, ou ExtensoresdeBorracha.

Figura85:Rackparaautomóveis. Fonte:http://cmbangert.com.

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Nocasodemotosoubicicletas,sãoutilizadosRacksLaterais,quesãobarras fixadas ao quadro da moto ou bicicleta, onde a prancha é presa por meio de ExtensoresdeBorrachaepodesertransportadacomamaiorsegurançapossível.

Figura86:Rackparabicicletasemotocicletas. Fonte:http://www.boardsite.com.br. Ao término da prática do surf, impreterivelmente as roupas, sejam roupas comuns, ou de borracha se encontram molhadas, e o praticante utilizase de algo impermeável para transportála. Muitos praticantes utilizam uma simples sacola plásticaouumsacodelixo,porserummeiofácilebaratodearmazenararoupa. Porém, nesse caso há o inconveniente de ocorrer algum furo ou rasgo e a água presentenaroupavazar,molhandooqueestiverguardadojunto. Outros praticantes optam por bolsas especiais, que são confeccionadas em tecido de nylon, e cumprem os requisitos impostos, não deixando molhar os pertences próximos e mantendo a roupa isolada. O inconveniente deste tipo de bolsa,bemcomodasmochilascomuns,quesãousadasparaotransportedaroupa équedevemserlavadasaotérminodouso.

Figura87:Mochilacomcompartimentopararoupadeborracha. Fonte:http://www.mmsurfshop.com.br.

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Equipamentos para Manutenção Os equipamentos de manutenção, como as chaves de quilha e os RaspadoresdeParafina.Aschavesdequilhaservempararetirarecolocaraquilha deencaixenaprancha,parafusandoedesparafusandoamesma.JáoRaspadorde Parafinaservepararemoveraparafinavelhanahoradatroca,efazerranhurasna superfíciedaparafinaaplicada,afimdequeopédopraticanteescorregueomenos possível.

Figura88:Kitcomraspadoreparafina. Fonte:http://www.tropicalbrasil.com.br. 3.4.4.5.5 Locais para a Prática Osurfdevidoaserumesportequedependedaforçadeumaonda,sejaela natural ou artificial, necessita de locais específicos para a prática, pois a onda deverá ter força e tamanho suficiente para permitir ao surfista praticar o esporte, como deve ter a formação ideal, afim de permitir ao mesmo realizar as manobras antesqueaondaseacabe. Deveselevaremcontaquedevidoàáguadomarsersalgada,demandade umapranchacommenorflutuação,enquantoosurfdeáguadocedemandadeuma pranchacommaiorflutuação,poisalémdeserumaondamaisfraca,aáguadoceé maisfluida. Rios–Pororoca AondadaPororocaéformadapeloencontrodorioeomaremalgunslocais domundo,sendomaisconhecidasparaapráticadosurfaPororocaBrasileiraea

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francesa,quetambéméchamadadeMascaret,ondesãoformadasondasdeaté4 metros de altura, com uma velocidade entre 30km/h e 50km/h, e podem proporcionar tanto bons momentos aos surfistas, quanto maus momentos aos moradoresribeirinhos.Devidoaserumaondaderio,emquenãohábancadade areia para sua formação, esta onda atinge longas distâncias, e podese observar queorecordemundialdedistânciapercorridaemumaondafoiobtidonapororoca, ondeosurfistaSergioLauspercorreu10,1Kmemumamesmaonda.

Figura89:SurfnaPororoca. Fonte:http://www.waves.com.br. Devido a ser uma onda de água doce, e a haver muitos detritos na água, comogalhoseatémesmoárvoresinteiras,oequipamentoutilizadoparaapráticado surf é diferenciado, sendo necessária a utilização de pranchas com uma maior flutuaçãoeequipamentosdeproteção,comobotinhasdeneoprene.

Figura90:OndanaPororoca. Fonte:http://www.waves.com.br.

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Rios–Ondasparadas Asondasparadasemriossãoformadasgeralmenteporumalajedepedras que“barra”ofluxodeágua,formandoumarampacomaprópriaágua,localondeo atleta poderá “surfar” parado, pois a força da gravidade atuará contra a força da correntezamantendoosurfistanarampa.

Figura91:SurfnoRioIsar,Alemanha. Fonte:http://www.ganzmuenchen.de.

Figura92:SurfnoRioZambezi,África. Fonte:http://www.tube6.de. Mar–Fundodeareia Nacostabrasileiraamaioriadasondasquebramsobrefundosdeareia,que apresentam melhores condições quando combinações de swell formam picos que abrem até as valas, que são canais de retôrno da água para o outside. Uma característicaimportantedobeachbreakéquesãomodeladosporcorrentesquese alteram constantemente fazendo com que ajustes ideais de fundo, ondulação e ventosejamnecessáriasparaumdiaclássico.Porsermenosprevisívelaondado beach break obriga o surfista a desenvolver maior criatividade e rapidez nos movimentos.

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Figura93:PraiadoSonho,SãoPauloBrasil. Fonte:http://www.fotolog.net/session.

Figura94:ZicatelaPuertoEscondido,México. Fonte:http://www.waves.com.br. Mar–Fundodepedra OPointbreakcaracterizaseporterumfundofixodepedra,areiaoucoral, apresentandosuasmelhorescondiçõesemdiasdeswellgrandeealinhado,poisa ondaquebraacompanhandoodesenhodofundo,geralmentecomgrandeextensão. Outra particularidade deste tipo de fundo é de formar ondas com uma só direção, isto é, direita ou esquerda com excelente qualidade, pois as ondas não fecham, possibilitandoaosurfistautilizartodoorepertóriodemanobras.

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Figura95:Caldeira,Portugal. Fonte:http://www.fotolog.net/session.

Figura96:IlhadosLobosRS,Brasil. Fonte:http://www.waves.com.br. Mar–Fundodecorais É chamado de Reef break uma formação rochosa ou de coral, geralmente afastadadacosta,queproporcionaondasfortesecavadas,sendomuitoafetadada pela maré, que quando cheia permite um surf mais seguro e menos tubular, e quandovaziamaisperigosoeradical.

Figura97:Indonésia. Fonte:http://www.fotolog.net/session. 80

No arquipélago de Fernando de Noronha, encontramse os melhores reef breaks do Brasil. A ausência da plataforma continental faz com que a ondulação quebresobreoreefcomtodasuaforça.

Figura98:Teahupoo. Fonte:http://i.timeinc.net/surf. Piscinas–Ondaartificialsimilaraomar Aspiscinasdeondas,comosãoconhecidasasondasartificiaisdebancada doce, são estruturas presentes geralmente em parques aquáticos, projetadas inicialmenteapenasparadivertirbanhistas,semmuitaforçaoutamanhonasondas, porémcomopassardostempos,adaptaçõesforamfeitasafimdeelevarotamanho eocomprimentodasondasdepiscina,paraqueasmesmaspossamsersurfadas.

Figura99:Piscinadeondas. Fonte:http://www.waves.com.br. Logicamentenãohátecnologiaatéomomentoparaproduzirondascomoas domar,nemnoquesitoforçanemnotamanho,poisalémdatecnologiacara,este

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tipo de onda tem ainda o problema do espaço, já que uma piscina dificilmente chegaráaotamanhodeumapraia,pormenorqueestaseja.Porémaspiscinascom onda são muito procuradas nos parques aquáticos, seja por iniciantes ou experientesquedesejamexperimentarumanovasensação.

Figura100:Ondaempiscina. Fonte:http://www.waves.com.br. A onda é formada em piscinas com as dimensões médias de 1,8 mil metros quadrados, e pode ser formada de duas formas. A primeira consiste em uma espéciedepulmãodear,ondeéinjetadoaratravésdequatroturbinasde150hp´s cada,equeproduzasondasatravésdaaberturaefechamentosincronizadode16 valvulas, sendo essa abertura e fechamento é controlada por computador, onde podemsergeradas8tiposdiferentesdeondas.

Figura101:Sistemageradordeondas. Fonte:http://www.waves.com.br. Osegundotipodeondaéformadopelamovimentaçãosincronizadadepás, queproduzemaondulaçãoque“quebra”aosechocarcomabancadadapiscina.

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Piscinas–Ondaartificialparada Asondasartificiaisparadassãocompostasbasicamenteporbombasdeágua eumaparedeinclinadadecimentooufibra,recobertosdeplacasdeEVA(nocaso dasparedesdefibra,aonda,tambémchamadadeFlowRide,podesertransportada paraoutroslocais,ocupandoemmédianovecontainers,porpesar1000toneladas). Sãobombeadasemdireçãoárampa/parede,quetemoformatoprédefinido afimdedaraformacorretaàonda,550000litrosdeáguaatravésde2a4bombas deáguadealtapotência,bombeando7toneladasdeáguaporsegundo,formando assimaondacomaté10pés.

Figura102:Piscinadeondaparada. Fonte:http://www.iriemantalma.com. Podese destacar como pontos negativos o valor elevado do produto, em torno de U$1000.000,00, e principalmente a dificuldade em se usar quilhas nas pranchas, visto que a lâmina d´água formada entre a prancha e a parede é muito fina,emtornode15cm.

Figura103:Piscinadeondaparada. Fonte:http://www.iriemantalma.com.

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3.4.4.5.6 Problemas com Relação à Prática do Surf Devido ao surf ser um esporte aquático e praticado principalmente no mar, alguns problemas dificultam sua prática. A formação de ondas de qualidade exige queumaboaondulação(Swell)chegueàcosta,ecomoaspraiassãoviradaspara diferentes direções, ondulações de diferentes quadrantes “encaixamse” em diferentes praias.É necessário ainda que haja o vento adequado na costa para garantiraboaformaçãodasmesmas,poisumventolateral,oumaral(vindodeuma direção perpendicular à praia) pode prejudicar completamente as ondas e impossibilitarapráticadosurf.

Figura104:MapadoSwell. Fonte:http://www.waves.com.br. Além do problema da ondulação adequada e do vento, a distância das residências dos praticantes até o local onda irá praticar o surf é outro grande problema,poisumapessoaquemoreamaisde300kmdapraia,dificilmenteirá praticarosurfcomregularidadedevidoàdistânciaeàdificuldadenotransportedo equipamento.

Figura105:Mapadovento. Fonte:http://www.waves.com.br. 84

3.4.4.5.7 Problemas com Relação à Saúde do Praticante Devido a ser um esporte radical e aquático, e a ser praticado em várias condições, sejam elas ideais ou adversas, alguns problemas de saúde são observados.Estesproblemasvãodesdelesõeseacidentes,devidoàradicalidade do esporte, passando por problemas de pele, devido à longa exposição ao sol, e indoatéproblemasinternos,comoasma,bronquite,eoutrasdoençasocasionadas porcondiçõesadversas. Lesõesmusculareseemarticulações Devidoàscondiçõesadversasemqueépraticado,osurfdemandadealguns cuidadoseatençãoredobradaemalgunscasos.Nocasodaslesõesmuscularese dearticulações,deveseatentarparaalgunspontosdocorpoquesãomaisexigidos duranteaatividade,quesãoacolunacervicalelombar,osombroseosjoelhos.No casodacolunacervicalelombar,oesforçoéexigidopelomotivodeocorpoestar nahorizontaleemhiperextensãonahoradaremada,eomesmotemquesuportaro pesodacabeça,sobrecarregandoassimasvértebrasepodendoatémesmocausar hérniasdedisco.

Figura106:Hérniadedisco. Fonte:http://www.bestcorpus.com.br. No caso dos ombros, estes são extremamente exigidos, pois o ate de atravessar a arrebentação para chegar ao local onde pegará as ondas exige extremoesforçodosmesmos,equantomaiorestiveremasondas,emaislongeelas estiveremquebrando,maiorseráesseesforço. Já no caso dos joelhos, as manobras mais radicais e críticas exigem muito esforçodosjoelhos,comprometendofrequentementeosligamentosearticulações, sendoàsvezesnecessáriofazerumacirurgiaparacorrigirestaslesões.

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Figura107:Esforçonosjoelhos. Fonte:http://www.waves.com.br. Por todos esses tipos de lesão é extremamente necessário que o surfista pratiqueumasériedealongamentoseexercícios,afimdefortaleceramusculaturae evitarestaslesões.Comodevidoalongamentoparacadapartedocorpo,oriscode lesõescaimuito,mesmocomcondiçõesdasmaisadversas,comofriointenso. Alémdaimportânciadoalongamentoparaevitarlesões,outrosfatoressãode destaque, como o aperfeiçoamento motor e a eficiência mecânica, destacados a seguir.

Figura108:Alongamento. Fonte:http://www1.folha.uol.com.br. Aperfeiçoamentomotor : Umaboaflexibilidadepermitiraaopraticantearealizaçãodearcosarticulares mais amplos, possibIlitando a execução de movimentos que seriam mais difíceis, limitandoaperformancedoatleta.

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Eficiciênciamecânica: Determinadosmovimentosexigemmuitoesforçofísico;chegandoáumlimite de distencibilidade nos músculos, ligamentos e tecidos conjuntivos; visto que um bomalongamentoéimprescindívelantesdoiniciodeumabateriadeexercícios. Éumítemdeextremaimportânciaparaumaboaflexibilidade,oalongamento antes de qualquer atividade física, sabendo seus limites e a carga que poder suportar, e com um tempo mínimo de 15 segundos para cada exercício, além de procurarsempreorientaçãoespecializadaparaexercíciosespecíficos,muitocomuns noyoga.

Figura109:Yoga. Fonte:http://www.yogameditation.se. Ferimentos(Cortesebatidas) Dentre as lesões mais comuns que atingem os surfistas estão os cortes e pancadas,sejamelesprovocadospelopróprioequipamentoaoerrarumamanobra oucairdaonda,ouosferimentosprovocadospelavidamarinha,ferimentosestes quepodemserprovocadostantoporanimaismarinhos,comoatépeloprópriocoral oufundodepedradolocalondeseestápraticandoosurf. No caso dos cortes provocados pelo próprio equipamento, a assepsia deve ser feita como em ferimentos comuns, limpandose muito bem o local e retirando possíveisresíduos.

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Figura110:Corteprovocadopeloequipamento. Fonte:ArquivoPessoal. Já no caso do ferimento ter sido causado por corais, pedras ou animais marinhos,cuidadosespeciaisdevemsertomados,poiscadatipodeanimalmarinho requer um tipo de tratamento, seja pela presença de veneno, resíduos do próprio animal, como os espinhos de um ouriço, ou pela presença de bactérias, como no casodoscoraiseanimaiscomootubarão,ondehámilharesdetiposdebactérias,e ondeoferimentodevesermuitobemtratado,afimdequenãohajainflamação.

Figura111:Lesãoprovocadaportubarão. Fonte:http://www.emedicinehealth.com.

Problemasdepele Essencialparaavida,sejaparaocrescimentodeplantasouoequilíbrioda vida de animais, a luz solar é um dos mais importantes elementos da natureza, porém,tudoqueéaplicadoemexcessopodetrazerproblemas,ecomaluzsolar não é diferente. Sendo composta por ondas eletromagnéticas de diferentes comprimentos, a luz solar pode ser perigosa por seus raios causarem câncer de pele,alémdemalesespecíficoscomoosraiosUVAtiraremaelasticidadedapele, fazerem aparecer rugas, manchas e causar desidratação. Segundo Steinmann

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(2003, p49): “Estes raios não produzem vermelhidão, porém são os responsáveis pela pigmentação da pele, enquanto os raios UVB são os responsáveis pelas queimadurasnapele”.

Figura112:Queimadurasolar. Fonte:http://www.ufrrj.br. Ainda segundo Steinmann (2003, p49): ”diferentes tipos de pele tem diferentes reações à exposição solar”. Abaixo podese observar algumas reaçõescomunsàdeterminadostiposdepele: Tipo1PELEULTRASENSIÍVEL Apelequeimamuitofácil,masnuncasebronzeia.Sãoos“branquelas“.A pele é muito clara e com algumas pintas.; frequentemente os cabelos são ruivoseolhosazuis. Tipo2PELEMUITOCLARA A pele queima facilmente , havendo mínimo bronzeamento. São os de pele brancalevementepigmentada.Geralmenteossãoolhosclaroseoscabelos louros. Tipo3PELECLARA Apelequeimamoderadamenteesebrônzeagraduamente.Geralmentesão surfistasdecabeloseolhoscastanhos.Játolerammelhorosol. Tipo4PELECLARA,MASRESISTENTE/MORENACLARA Apelequeimaummínimoesempresebrônzea.Sãoosatletasdecabelose olhoscastanhosmaisescuros. Tipo5PELEMORENAMUITOESCURA A pele raramente queima, mas bronzeiase intensamente . São aqueles de olhosecabelosescuros. Tipo6–PELENEGRA A pele virtualmente não queima . São os surfistas de pele negra altamente pigmentada.

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Para o tratamento destas queimaduras utilizase praticamente o mesmo princípio.Nocasodequeimadurasdeprimeirograu,vermelhidãomoderadadapele, otratamentodeveserfeitoaplicandoseáguafrianolocaleevitandoexposiçãoao sol.Jánocasodequeimadurasdesegundograu,ondeavermelhidãoéintensae podemserobservadasbolhas,devemseraplicadoscremesàbasedealoevera,e devese evitar furar as bolhas, aplicandose gaze untada com vaselina nos locais maiscríticos. FatordeProteçãoSolar(FPS) Ofatordeproteçãosolar(FPS),indicaquantotemposepodeexporao sol sem que haja queimadura. Um fator 30, por exemplo, permite que uma pessoaseexponhaaosol,semsequeimar,pôrumperíodo30vezesmaior doqueseriasenãoestivesseusandooproduto.Supondoquesemproteção apelecomeceaqueimarem5minutos,comumFPS30apelevairesistir semsequeimarcercade150minutos(30x5).

Figura113:Protetorsolarfator60. Fonte:http://www.sundown.com.br. Além dos filtros solares UVA,UVB e UVC o protetores solares de primeira linha incluem filtros infravermelhos e agentes hidratantes e emolientes para corrigir compensar a desidratação e o ressecamento da pele,alémdevitaminasantioxidantescomoasvitaminaEeCqueimpedema formaçãoecombatemosradicaislivres.

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Os protetores solares devem sempre ser aplicados em pele seca, 20 minutosantesdeentrarnaágua.

Figura114:Aplicaçãodeprotetorsolar. Fonte:http://www.mol.org.br. Tiposdelesãodepele O site http://www.projetomarazul.com.br traz a classificação dos tipos de manchas(nevos)decorrentesdaexposiçãoàluzsolar,ondeconstamasseguintes descrições:

Manchas Manchas na pele, também conhecida como nevos, que comece a crescer, mudardecor,deformaouasangraroucoçar,devemserinvestigadas,ummédico deveserprocurado,poisamanchapodeserumcâncerdepeleemfaseinicial,e podesernecessáriofazerumabiópsiaafimdeapurarmelhorocaso.

Figura115:Manchasnapele. Fonte:http://www.ufrrj.br. LesõesBenignas Os nevos comuns são redondos e simétricos, tem bordas regulares , um únicotomdecoreumtamanhoinferiora6mm,sendoconsideradosbenignos.

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Figura116:LesãoBenigna. Fonte:http://www.saudeparavoce.com.br. LesõesMalignas Os nevos com caracteristicas malignas geralmente são assimétricos, tem bordasirregularesedoisoumaistonsdecores,tendoaindaumdiametrosuperiora 6mm.

Figura117:LesãoMaligna. Fonte:http://www.ufrrj.br.

3.4.4.5.8 Benefíícios do Surf OSurf,antesdeumasimplesatividadedelazeréumesporte,umaatividade física, e como toda atividade física, Surf proporciona vários benefícios aos praticantes,comoosdescritosporGodoy(2002,p.125):

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Aumentode: Circulaçãocolateral. Tamanhodosvasos(luz). Eficiênciacardíaca. Retornovenoso. Conteúdodeoxigênionosangue. Massadeeritrócitosevolumesangüíneo. Capacidadefibrinolítica. Melhoraafunçãotireoídeana. ProduçãodeHGH(hormôniodocrescimento). Tolerânciaaoestresse. Reduçãode: Intolerânciaàglicose. Níveisdelipídios. Obesidade. Pressãoarterialsistêmica. Freqüênciacardíaca. Arritmia. Açãoneurohormonalexagerada. Estressepsíquico. Depressãoisquêmica. Produçãocrônicadecatecolaminas. Manifestaçãoclínicaparaomesmoesforço. Gordudacorporal. Graçasàserumesporteextremamenteradical,aeróbicoedeexplosão muscular, o surf é um esporte que traz inúmeros benefícios aos praticantes. Pelo contato com a natureza que o esporte proporciona, se obtém o relaxamento das tensões do diaadia e afastamento do estresse. Proporciona ao praticante uma grandemelhoranaautoestima,vistoqueacadanovaondaoatletabuscasuperar seus limites, e a cada “caldo” sofrido o mesmo se supera e vê que conseguiu superar seus limites. Esses benefícios são proporcionados devido à liberação de substânciasquemelhoramofuncionamentodosistemanervosocentral.

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Além dos benefícios psicológicos proporcionados, destacamse também os benefíciosfísicos,vistoquearemadaéumexercícioqueseforfeitocorretamente corrigeapostura,melhoraacoordenaçãomotoraearesistênciafísica.Porserum exercícioaeróbico,ajudaafortaleceramassamuscular,aumentaaresistênciafísica por estimular o desenvolvimento das fibras musculares, reduz o risco de osteoporoseporestimularocrescimentodososteoblastos,quesãoascélulasque contribuemparaocrescimentoósseoeaumentaacapacidadepulmonar,vistoqueo exercício aumenta a rede de pequenos vasos que irrigam os alvéolos pulmonares melhorandooaproveitamentodooxigênionospulmões. O contato com a água aliado ao exercício aeróbico auxilia ainda para a prevençãoetratamentodedoençascomoasma,bronquite,hipertensãoedoenças docoração,poisestimulaaaçãodeaminoácidosquemelhoramaaçãoprotetorado organismo, bem como estimulam a vascularização, garantindo um melhor funcionamentodosistemavascular,reduzindoaformaçãodeplacasdegorduranas artérias, e reduzindo fatores de risco para as mesmas, como o colesterol e a hipertensão. Um fator que faz com que o surf seja um esporte propício a qualquer ser humano é a nossa própria constituição física. Segundo a professora Fátima Oliveira(2005):"Ofatodadensidadedocorpohumanosersemelhanteàdaágua, resultaemumpesocorporalmenorquandoestásubmerso.Estacaracterísticado meio líqüido o torna propício à iniciação da prática de atividades aquáticas em qualqueridade,assimcomotambémpossibilitaqueindivíduoscomlimitações,como por exemplo, os obesos, beneficiemse da diminuição de peso hidrostático tendo maiorfacilidadeparaexercitaremse".

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3.4.4.5.9 Linha do Tempo AfimdesedescreveraevoluçãodosprodutosrelacionadosaotemadoTCC, foram elaboradas duas “Linhas do Tempo”, uma relativa às pranchas, que são o principal equipamento utilizado no surf, e outra relativa às ondas e tipos de surf criadospelohomem. LinhadoTempodePranchas

CavalodeTotora O primeiro modelo de prancha, de 500 d.C. Foi criado pelos polinésios para descer as ondas. Feita de junco amarrado em feixes tinha uma boa flutuação e era utilizadatambémparapesca. Figura118:CavalodeTotora. Fonte:http://www.llampanet.com. TábuasHavaianas PranchautilizadapelosHavaianosnoséculoXVII,era feitademadeiramaciçaapartirde umaárvoreinteira.Com este tipo de prancha os nativos deslizavam nas ondas de joelhosedeitados. Figura119:PranchaHavaiana. Fonte:http://www.surfingmuseum.org.

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TábuaHavaiana PranchautilizadapelosHavaianosnofinaldoséculoXVII,erafeita de madeira maciça a partir de uma árvore inteira. Com este tipo de pranchaosnativosjádeslizavamnasondasempé. Figura120:PranchaHavaiana. Fonte:http://www.surfingmuseum.org. PranchaHavaiana Com a popularização do surf no século XVIII foram criados novos tipos de prancha, como a utilizada por GeorgeFreeth,ondeaspranchasdeixavamdeseruma peçaúnicaepassavamasertábuasunidaspropregos ouencaixes. Figura121:PranchadeGeorgeFreeth. Fonte:Fonte:http://www.surfmuseum.org.

PranchadeSurfOca Com o crescimento exponencial do surf, os praticantes tentaram váriasinovaçõesparatentarmelhoraraperformancenasondas,eem 1920TomBlake,depoisdeconheceretrocarinformaçõescomDuke Kahanamoku,crioupranchasocas,comum“esqueleto”,chapasde madeiracoladas,eumaquilha,paradardireçãoàprancha. Figura122:PranchadeTomBlake. Fonte:http://www.surfingmuseum.org. 96

Pranchadefibradevidro Em1949osurfistaBobSimons,construiuaprimeiraprancha inteiramentedefibradevidro,jádotadadequilhas,dandoorigemàs pranchasatuais. Figura123:Pranchadefibra. Fonte:http://www.surfingmuseum.org.

MiniModels Nofinaldadécadade60,aspranchascomeçaram a ter seu tamanho reduzido, visando uma maior facilidade em se executar as manobras, porém continuaramdotadasdeumaquilhaapenas. Figura124:PranchaMiniModel. Fonte:http://www.malibulongboards.com.

Biquilhas No começo da década de 70, visando uma melhor estabilidade da prancha em relação à onda, foram criadas as Biquilhas,pranchasdotadasdeduasquilha,umaemcadaladoda longarina(madeiracentraldaprancha). Figura125:PranchaBiquilha. Fonte:http://www.waves.com.br.

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Triquilhas Durante a década de 70, quando houve uma explosão no desenvolvimentodosurf,váriasinovaçõesforamtestadas,eaquedeu maiscertofoiousodetrêsquilhasnaspranchas,oqueseutilizaatéos diasdehoje. Figura126:PranchaTriquilha. Fonte: http://www.proilha.com.br . PranchadeTowIn AspranchasdeTowIn,nasceramjuntocomaevoluçãodosurf emondasgrandesnofinaldadécadade90,criadaspelanecessidade dos atletas de uma prancha mais forte, pesada e firme, para que agüentasseaforçadasondasgigangesestapranchafoielaboradacom barrasdeferronaparteinferiorelaminaçãomaisreforçada. Figura127:PranchadeTowIn. Fonte:http://www.waves.com.br. Foilboard Apranchadoestilofoilboardnasceuno Havaí, no ano 2000, quando foi adaptada à uma prancha normal um hidrofólio, uma espéciedeaerofólioqueficasubmersoepela própria força da onda mantém a prancha “suspensa” no ar, fazendo com que o praticanteadquiraumavelocidademaior. Figura128:Foilboard. Fonte:http://www.waves.com.br.

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LinhadotempodasOndas OndasdoMar Em500d.C.ospolinésiosdescobriram que podiam deslizar nas ondas do mar utilizandose dos Cavalos de Totora, embarcaçãofeitadejunco. Figura129:OndadoMar. Fonte:http://www.fotolog.net/session. OndasdeRio No fim da década de 80, os havaianos, entediados pela falta de ondas, resolveram represar a águadoRioWaimea,esoltaraáguaemdireçãoàuma bancada de areia, afim de formar uma onda estática. Com pranchas de surf, esses atletas conseguiram surfaraondaporumbomtempoatéqueaáguadorio levasseabancadadeareiaembora. Figura130OndadeRio. Fonte:http://surfline.com. Ondaempiscina Com a criação de grandes parquesaquáticoseoinvestimentode grandes empresários, no começo dos anos 90 foram criadas as piscinas de onda,tantodotipoFlowRide(Parada), comoaspiscinascomondasimilarao mar. Figura131:Ondaempiscina. Fonte:http://www.waves.com.br.

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Figura132:OndaempiscinadotipoFlowRide. Fonte:http://www.standingwave.com. Pororoca O surfista paranaense Sérgio Laus, encantadopelaPororocanaAmazônia,faz uma expedição no final dos anos 90 para comsucesso,surfarnaPororoca. Figura133:Pororoca. Fonte:http://www.waves.com.br.

100

4. PESQUISA DE CAMPO Para obterse maiores informações a respeito do públicoalvo, informações estas que possam ser relevantes ao projeto, e elucidar questões que devam ser exploradasnaelaboraçãodoproduto,éfeitaapesquisabibliográfica,comaplicação doisdiferentestiposdequestionários,umespecíficoaospraticantesdosurf,eoutro aopúblicogeral,possíveisfreqüentadoresdeparquesaquáticos. 4.1 Modelo dos Questionários A Pesquisa de Campo foi aplicada à praticantes de surf (vide anexo 1) e pessoasquefossempossíveisfrequentadorasdeparquesaquáticos(videanexo2), nascidadesdeBrusque,BalneárioCamboriú,eviaemail,entreosdias07e27de setembrode2005. 4.2 Resultados da Aplicação de Questionários Comaspesquisasfeitaseosresultadosobtidossãoexecutadasanálisesdas respostas.Tendoaanálisesidoencerradasãoelaboradosgráficos“Pizza”para melhorapreciaçãodosresultados.Podeseobservarabaixooresultadodos questionários. Questionário aplicado ao público em geral

Qualsuaidade?

Até10anos Entre10e15anos Entre15e20anos Entre20e30anos Entre30e50 Anos Maisde50anos

Gráfico01–Questionário01Questão02. Fonte:Arquivopessoal. Agrandemaioriadosentrevistadostinhaentre15e30anos.

101

Qualseusexo?

Masculino Feminino

Gráfico02–Questionário01Questão03. Fonte:Arquivopessoal. Foramentrevistadosnamaioriahomens. Qualolocalondereside?

Praia Interioraté50kmdaPraia Interiormaisde100kmdapraia Interiorde50até100kmda praia

Gráfico03–Questionário01Questão04. Fonte:Arquivopessoal. Amaioriadosentrevistadosmoravanointerior,porémpróximoaolitoral.

102

Comquefreqüênciavaiàpraia?

Maisdeumavezpormês Umavezpormês Umavezacadatrêsmeses Umavezacadaseismeses Umavezporano Menosdeumavezporano

Gráfico04–Questionário01Questão05. Fonte:Arquivopessoal. Amaioriadosentrevistadossurfamaisdeumavezaomês. Noverão,passaasfériasnapraiaounointerior?

Praia

Interior

Gráfico05–Questionário01Questão06. Fonte:Arquivopessoal. Todososentrevistadospassamasfériasnapraia. Qualéomaiorempecilhoparairàpraia? 103

Distânciadaresidência Faltadeférias Problemascomadatadasférias Clima Nãoháproblemasparairàpraia

Gráfico06–Questionário01Questão07. Fonte:Arquivopessoal. Osempecilhosparairàpraiaforamdosmaisvariados,sendoconstatadoque nãoháproblemacomrelaçãoadatadasférias,adistânciadaresidência,oclimae afaltadefériastiveramumaporcentagemdeescolhassemelhantes,eamaiorparte dosentrevistadosnãovêproblemasparairápraia. Vocêpraticaalgumesporterelacionadocomapraia?

Sim Não

Gráfico07–Questionário01Questão08. Fonte:Arquivopessoal. Amaiorpartedosentrevistadospraticaalgumesporterelacionadoàpraia.

104

Surf Bodyboard Longboard Sandboard Kitesurf windsurf Kaiaking BeachVolei BeachSoccer Outros

Gráfico08–Questionário01Questão09. Fonte:Arquivopessoal. Dos entrevistados que praticam esportes relacionados à praia, a grande maioria pratica surf, porém foi observado que os usuários praticam também bodyboard,beachsoccer,dentreoutros,poucomencionados. Qualomaiorproblemaquevocêencontraduranteaprátidedesteesporte?

Habilidade Custo Distânciadolocal CondiçõesClimáticas Nenhum

Gráfico09–Questionário01Questão10. Fonte:Arquivopessoal. Os maiores problemas encontrados na prática do esporte esclhido são a habilidade,adistânciadolocaleascondiçõesclimáticas. Comquefreqüênciavaiàparquesaquáticos? 105

MaisdeumavezporMês UmavezporMês Umavezacadatrêsmeses Umavezacadaseismeses Umavezaoano Menosdeumavezaoano

Gráfico10–Questionário01Questão11. Fonte:Arquivopessoal. Afreqüênciaqueosentrevistadosvãoàpraia,namaioriadosquestionários coletadosfoinamaioriadasentrevistasumaoumenosdeumavezpormês. Vocêcostumafreqüentarparquesaquáticosemqueépoca?

Verão Inverno Anotodo

Gráfico11–Questionário01Questão12. Fonte:Arquivopessoal. A grande maioria dos entrevistados respondeu que costuma freqüentar parquesaquáticosnoverão. Vocêcostumapraticaralgumaatividadefísicaemespecialnosparquesaquáticos? 106

Sim Não

Gráfico12–Questionário01Questão13. Fonte:Arquivopessoal. Dos entrevistados, a grande maioria não costuma praticar alguma atividade físicaemespecialnosparquesaquáticos. Qual?

Natação Surf Voleyball Futebol Outros

Gráfico13–Questionário01Questão14. Fonte:Arquivopessoal. Dos entrevistados que praticam alguma atividade em especial nos parques aquáticos, a maioria respondeu que pratica natação, alguns responderam que praticam futebol, e alguns que praticam outros esportes, porém nenhum dos entrevistadosrespondeuquepraticasurf. Oquevcgostariaquemelhorassenainfraestruturadosparquesaquáticos?

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Diversidade Qualidade Emoção Radicalidade Integração

Gráfico14–Questionário01Questão15. Fonte:Arquivopessoal. Quanto à questão que perguntava o que o entrevistado gostaria que melhorasse na infraestrutura dos parques aquáticos, o destaque foi para a radicalidade,comumpoucomaisderespostasqueosoutrositens,adiversidade,a integração,aemoçãoeaqualidade. Qualaatraçãodosparquesaquáticosquemaisaprecia?

Tobogãns Piscinacomondas Rioartificial Piscinadehidromassagem PiscinasNormais Outrasatrações

Gráfico15–Questionário01Questão15. Fonte:Arquivopessoal. As atrações mais apreciadas pelos entrevistados nos parques aquáticos foramostobogânseaspiscinascomondas.

108

Quaisosproblemasvocêidentificanosparquesaquáticos?

MaterialObsoleto Difícilacesso Problemascomrespeitoàhigiene Faltadesegurança Burocraciaparaentrar Faltadelocaisparaalimentação Outros

Gráfico16–Questionário01Questão16. Fonte:Arquivopessoal. Osproblemasdemaiorrelevânciaidentificadosnosparquesaquáticospelos entrevistadosforamodifícilacessoeproblemascomrespeitoàhigiene.

Questionário aplicado aos praticantes de surf

Qualsuaidade?

Até10anos Entre10e15anos Entre15e20anos Entre20e30anos Entre30e50anos Maisde50anos

Gráfico17–Questionário02Questão02. Fonte:Arquivopessoal. Amaioriadosentrevistadostinhaentre15e30anos.

109

Qualseusexo?

Masculino Feminino

Gráfico18–Questionário02Questão03. Fonte:Arquivopessoal. Todososentrevistadoserahomens. Qualolocalondereside?

Praia Interioraté50kmdapraia Interioraté100kmdapraia Interiormaisde100kmdapraia

Gráfico19–Questionário02Questão04. Fonte:Arquivopessoal. Agrandemaioriadosentrevistadosmoravanointerior,porématé50kmda praia.

110

Comquefreqüênciavaiàpraia?

Maisdeumavezaomês Umavezaomês Umavezacadatrêsmeses Umavezacadaseismeses Umavezporano Menosdeumavezporano

Gráfico20–Questionário02Questão05. Fonte:Arquivopessoal. Agrandemaioriadosentrevistadosvaiàpraiamaisdeumavezaomês,e todososentrevistadosvãoàpraianomínimoumavezacadatrêsmeses. Vocêpraticasurf?

Sim Não

Gráfico21–Questionário02Questão06. Fonte:Arquivopessoal. Todososentrevistadoserampraticantesdesurf. 111

Qualafreqüênciaquepraticasurf?

Maisdequatrovezesporsemana Entrequartoeduasvezesporsemana Umavezporsemana Umavezacadaduassemanas Umavezaomês Menosdeumavezaomês

Gráfico22–Questionário02Questão07. Fonte:Arquivopessoal. Metadedosentrevistadospraticasurfentreumaequatrovezesporsemana. Qualoprincipalproblemaparaapráticadosurf?

CondiçõesClimáticas Distância CondiçõesFísicas CondiçõesFinanceiras LimitesPsicológicos Outros

Gráfico23–Questionário02Questão08. Fonte:Arquivopessoal. Oprincipalproblemaparaapráticadosurfdescritopelosentrevistadossão ascondiçõesclimáticas,seguidopeladistância.

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Quantoàcompetições...

Nuncaparticipo Jáparticipei,porémnãocostumo Souparticipanteassíduo

Gráfico24–Questionário02Questão09. Fonte:Arquivopessoal. Quanto à participação em campeonato, houve uma divisão bastante equivalente entre os entrevistados que nunca participam e os que já participaram, porém não costumam participar, sendo que poucos responderam que são participantesassíduos. Quantoàsuaperformance...

Iniciante InicianteIntermediário Intermediário IntermediárioExperiente Experiente Profissional

Gráfico25–Questionário02Questão10. Fonte:Arquivopessoal. Quanto à performance, pôdese observar que houve uma grande divisão entreosentrevistados,sendoquemuitopoucosresponderamquesãoprofissionais.

113

Qualsuapreferênciaporondas?

Pequenas Médias Gigantes Grandes Todas

Gráfico26–Questionário02Questão11. Fonte:Arquivopessoal. Apreferênciaporondasentreosentrevistadosfoiparaasmédias,sendoque umagrandepartegostatambémdeondasgrandes. Qualsuapreferênciaquantoaotipodeonda?

Cavadas Normais Cheias

Gráfico27–Questionário02Questão12. Fonte:Arquivopessoal. A grande maioria dos entrevistados prefere as ondas normais, porém um quartodosentrevistadosprefereondascavadas.

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Qualsuapreferênciaquantoaotipodefundo?

Fundodepedra Fundodeareia Fundodecorais

Gráfico28–Questionário02Questão13. Fonte:Arquivopessoal. Quanto ao tipo de fundo onde a onda se forma, a grande maioria dos entrevistadosprefereofundodeareia. Qualaépocaquepreferesurfar?

Outono Inverno Primavera Verão Indiferente

Gráfico29–Questionário02Questão14. Fonte:Arquivopessoal. Aépocaemqueosentrevistadospreferemsurfarfoinagrandemaioriados casos o verão, com uma grande soma de pessoas que preferem surfar durante o inverno. 115

Jásurfouemambientesdiferentesdomar?

Sim Não

Gráfico30–Questionário02Questão15. Fonte:Arquivopessoal. Apenas uma pequena parte dos entrevistados já surfou em ambientes diferentesdomar. Sejásurfou,emquais?

RiosPororoca RiosOndaParada PiscinaTipoMar PiscinaOndaparada

Gráfico31–Questionário02Questão16. Fonte:Arquivopessoal. Dos entrevistados que afirmaram já terem surfado em ambientes diferentes do mar, metade afirmou ter surfado em ondas paradas em piscinas e metade em ondasparadasemrios.

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Senãosurfou,emquaisgostariadesurfar?

RiosPororoca RiosOndaParada Piscina–Tipomar PiscinaOndaparada

Gráfico32–Questionário02Questão17. Fonte:Arquivopessoal. Aquestãoquetratoudequalambienteoentrevistadogostariadesurfarteve umadivisãomuitohomogênea,comlevevantagemparapiscinasqueformamondas similaresaomaredesvantagemparaondasparadasemrios. Estariadispostoapagarparafrequentarumlocalcomondasartificiais?

Sim Não

Gráfico33–Questionário02Questão18. Fonte:Arquivopessoal. Uma pequena parte dos entrevistados estaria disposto a pagar para freqüentarumlocalcomondasartificiais. 117

Quantoporhora?

AtéR$10,00 EntreR$10,00eR$20,00 EntreR$20,00eR$30,00 EntreR$30,00eR$50,00 MaisdeR$50,00 Nãopagaria

Gráfico34–Questionário02Questão19. Fonte:Arquivopessoal. Dosentrevistadosqueestariamdispostosapagarparafreqüentarumlocal comondasartificiais,oitemmaisescolhidofoioqueosusuáriospagariamentre R$10,00eR$20,00.

4.3 Análise dos Resultados da Pesquisa de Campo Deacordocomosresultadosobtidossãofeitasanálisescomcruzamentodos resultados,afimdeobterinformaçõesqueauxiliemnaelaboraçãoe desenvolvimentodoprojeto. Práticadeesportesaquáticosporpessoasquemoramaté50kmdolitoral: Praticam Sim Não Total Número de pessoas 38 33 71 Porcentagem 53,52% 46,47% 100% TABELA01–Análisemistaentreperguntas. Fonte:Arquivopessoal. Esportesaquáticospraticadospelaspessoasquemoramaté50kmdolitoral: Praticam Surf Outros Total Número de pessoas 33 4 37 Porcentagem 89,18% 10,81% 100% TABELA02–Análisemistaentreperguntas. Fonte:Arquivopessoal.

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Entreaspessoasquevãoàpraiaemmédiaumavezpormês,osmaiores empecilhosobservadossão: Praticam Distância Clima Total Número de pessoas 13 15 28 Porcentagem 46,42% 53,57% 100% TABELA03–Análisemistaentreperguntas. Fonte:Arquivopessoal. Entreaspessoasquevãoàpraiamaisdeumavezpormês,asidadesmais observadascomrespeitoaosmesmossão: Praticam Entre 15 e 20 anos Entre 20 e 30 anos Total Número de pessoas 14 18 32 Porcentagem 43,75% 56,25% 100% TABELA04–Análisemistaentreperguntas. Fonte:Arquivopessoal. Daspessoasqueconstamnafaixaetáriaentre15e20anos,apreferência porondas,quantoaotamanhoé: Praticam Médias Grandes Total Número de pessoas 7 7 28 Porcentagem 50% 50% 100% TABELA05–Análisemistaentreperguntas. Fonte:Arquivopessoal. Apesardeoesporteaquáticomaispraticadoentreosentrevistadosque moramaté50kmdapraiaserosurf,apesardeamaioriadosentrevistadosserem maioresdeidade,adistância,juntamentecomosfatoresclimáticossãofatoresque extremaimportânciaparaosmesmos.Eapesardeamaioriadosentrevistados seremadultos,somentemetadedelespreferemondasgrandes.

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5. CONCEITUAÇÃO A conceituação vem, através dos dados obtidos pelas pesquisas, tanto a bibliográficaquantoadecampo,atribuirosconceitospertinentesaoproduto.Afase de conceituação é iniciada com a análise da problemática, quando são atribuídos conceitos ao produto, afim de solucionar os problemas identificados na análise da problemática.Paraencerraraconceituação,sãoestabelecidososprérequisitosdo projeto, através de um Briefing contendo as características e especificações necessáriasparaodesenvolvimentodoproduto.

5.1 Definição do Problema Para se fazer a análise da problemática é utilizada a ferramenta de Mike Baxter (2000), conhecida como As 8 perguntas de Baxter, perguntas estas que orientam de forma dinâmica e objetiva a interpretação dos resultados obtidos atravésdaspesquisasrealizadas. Aanálisedaproblemáticatemporfunçãooesclarecimentodoproblemade projeto,oporquedaexistênciadesseproblema,qualseriaasoluçãoidealparaesse problemaeoquecaracterizaessasoluçãoideal. DasoitoperguntassugeridasporBaxter,forameliminadasasperguntasque nãotrariaminformaçõesrelevantesaoprojeto,eutilizadasapenasasperguntasque trariamrespostasimportantes.Sãoelas: Qual é exatamente o problema que você está querendo resolver? “Comoproporcionaràpraticantesdesurfapossibilidadedesurfarmesmoem condiçõesadversasefaltadeondas,sejamporcondiçõesclimáticasoudistânciado litoral.” Por que esse problema existe? O problema existe pois os praticantes de surf dependem de um local específicoparaapráticadoesporte.Bemcomocondiçõesclimáticasfavoráveis. Qual é a solução ideal para o problema? Desenvolver um produto que reúna as características necessárias para o surfista praticar as manobras do esporte, em condições o mais próximas das naturaispossível.

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O que caracteriza essa solução ideal? Um produto que crie ondulações, sejam elas similares ao mar ou estáticas, quepermitamaousuárioutilizarosequipamentosutilizadosnosurfnormalmente. Quais são as restrições que dificultam o alcance dessa solução ideal? Umprodutoquesimuleumaondateráobrigatoriamentedimensõeselevadas, oqueacarretaemcustoselevadosecomponentesdealtaperformance.

5.2 Conceitos do Produto Os conceitos do produto são gerados tendo como base as respostas dos entrevistadosemambasaspesquisasdecampo,alémdeumaanálisedemercado identificandoastendênciaseosanseiosdosconsumidores. Para definir esses conceitos, é utilizado como ferramenta a elaboração de painéis semânticos que segundo Baxter(2000), transmitem através de imagens e palavraschaves sentimentos e emoções que auxiliam na elaboração dos valores quedevemseragregadosaoproduto,alémdeapresentaropúblicoalvoeotema visualquetodooprojetoiráseguir.

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AFigura134daconceituação,fazreferênciaàspalavraschavesquetrazem oconceitoquedeveestarimplícitonoproduto,agregandoosvalorespertinentesao mesmo. Esses conceitos respondem diretamente aos problemas observados nas pesquisas. No caso do painel elaborado, constatase que o produto deve ser funcional,descontraído,divertidoedeveutilizarsedoprincípiodabiônica.

Figura134:Conceitosdoproduto. Fonte:Arquivopessoal.

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A Figura 135 diz respeito ao público alvo levantado segundo a pesquisa. A mesmainformaqueopúblicoalvoexploradosãohomensemulheres,praticantesde surf, ou esportes em ondas, de todas as idades, porém joviais e abertos à novas experiências.

Figura135:PúblicoAlvo. Fonte:Arquivopessoal.

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AFigura136éreferenteaptemavisualqueoprodutodeveexplorar.Comoo produto desenvolvido tratase de um produto relacionado à esportes radicais e aquáticos, buscase um tema futurista, com linhas limpas, porém sempre relacionadoànatureza(biônica),itemmuitoprezadopelospraticantesdosurf.

Figura136:Temavisual. Fonte:Arquivopessoal.

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5.3 Pré-requisitos do Projeto – Briefing Para se sejam estabelecidos os prérequisitos do projeto é de suma importância a elaboração de um Briefing, tendo como base as informações levantadas pelas pesquisas. O Briefing tem como finalidade a especificação das informaçõespertinentesaoprojeto. 1- PRODUTO Nome: SurFlow Categoria: produtosesportivosedelazer. Ocasião de uso: lazer e prática de atividades físicas em parques aquáticos ou locaisespecializadosemlazereesportesaquáticos. Qual será a principal função de uso: utilizar o produto como uma onda natural, praticandomanobrassobreumapranchadesurf. Quais serão as possíveis funções secundárias do produto: utilizar o produto como uma onda natural, porém utilizando o mesmo para a prática de outras atividadesaquáticas,comoobodyboard,oflowrideeoskimboard. Imagem do produto no mercado: equipamentoparapráticadesurf,similaràuma ondanatural. Principais características promocionais do produto em relação à concorrência: funcionalidade, baixocustoeapossibilidadedeutilizarumapranchadesurfcomum. Pontos positivos: beleza,interação,funcionalidade. Pontos negativos: Altocustodeprodução,devidoaoempregodecomponentesde altaperformancecomoasbombasdeágua. 2-MERCADO Tamanho do mercado: médio. Apesar de abranger o a indústria do turismo, o produto terá dimensões elevadas, o que faz necessária a instalação em um local amploeespecíficoparaomesmo. Principais mercados: nordeste,porcontarcomumagrandequantidadedeparques aquáticoselocaisqueseencontramlongedolitoral,pornãodispordelocaisparaa práticadosurf. Sazonalidade: a procura pelo uso do produto está relacionada às condições climáticas,comotemperaturaecondiçõesmarítimas.

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3- CONSUMIDOR Sexo: masculinoefeminino Classe social: classepredominanteA Faixa etária: entre10e40anos. Hábitos e costumes dos consumidores em relação ao produto: necessitamde locais para a prática do surf, praticam o esporte por motivos profissionais ou por entretenimento. Influencias ambientais e culturais a que o usuário está exposto: Quem adquire o produto: Parquesaquáticos,elocaisouempresasespecializados emesportesaquáticos.

4- RAZÕES DE COMPRA DO PRODUTO Por quê os empreendimentos adquirem este produto? Paraoferecermaisuma opçãodelazerepraticaesportivaaosclientes,bemcomooferecerapráticadosurf, mesmo em condições adversas, como a falta de ondas no mar ou a distância do mesmo. Benefícios que o consumidor espera do produto: interação, descontração, prazer,diversão,usabilidade,aprendizado,treinamento.

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6. CONCEPÇÃO Notópicorelativoàconcepção,serãoespecificadasastécnicasutilizadasna etapa de concepção, como o MESCRAI, o Pricípio da Biônica, Brainstorming e Thumbnails. Através destas técnicas é iniciado o processo de geração de alternativas. Posteriormente, há a seleção da melhor alternativa, com as melhores característicasqueatendemosprérequisitosdeprojetoetornamamelhorsolução paraoproblemadeprojeto. 6.1 Ferramentas e Técnicas de Criatividade Paraodesenvolvimentodassoluçõescriativasparaoprojetoforamutilizadas quatroferramentas:oMESCRAI,oPrincípiodaBiônicaeoBrainstormingaliadoaos Thumbnails. O MESCRAI é fundamentado em sua própria sigla, onde cada letra representaumaaçãonodesenvolvimentodoproduto.O“M”significamodifique,o “E” elimine, o “S” substitua, o “C” combine, o “R” rearranje, o “A adapte e por fim temoso“I”quesignificainverta.OMESCRAI,alémdeserutilizadonageraçãode alternativas,étambémutilizadonasposterioresetapasdoprojeto. O Princípio da Biônica consiste em buscar em elementos da natureza, soluções orgânicas e estruturais que possam ser transformados soluções para problemasdeprojeto,sejamproblemasdeformaouestruturais. OBrainstormingconsistequandoumoumaisparticipantesreúnemsepara, no sentido literal da palavra, realizar uma tempestade de idéias, não havendo qualquer tipo de restrições ou preconceitos. Ele pode ser utilizado na geração de alternativastantonaestéticadoproduto,atravésdedesenhos,quantoaonomeque sedaráaomesmo. Já os Thumbnails são uma versão miniaturizada de uma imagem sem redução,quecomoelementodoprojeto,permitequeseinsiraváriosdesenhosem umaúnicafolha,facilitandoavisualizaçãoecomparação. O Brainstorm foi utilizado aliado aos Thumbnails afim de unir os benefícios proporcionados por ambas as técnicas, quando as representações do Brainstorm foramfeitasatravésdeThumbnails(videanexo03).

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6.2 Geração de Alternativas Comasferramentasetécnicasdecriatividadedefinidas,partiuseentãopara ageraçãodealternativas,quesebaseounosresultadosdaspesquisasdecampoe bibliográficaparaadefiniçãodosatributoseauxílioaodesenvolvimento.Nageração de alternativas foram seguidos três ramos distintos de alternativas, cada ramo baseado em um tipo de onda. Primeiramente foram desenvolvidas alternativas baseadasemondasdomar,ondasquenãofossemestáticas,posteriormenteforam desenvolvidas alternativas baseadas em ondas paradas e rios, e finalmente foram geradas alternativas integrando os diferentes tipos de formação de ondas que podem existir, como o mar, rios, ventos, terremotos, ondas formadas por embarcaçõesetsunamis. Com trinta e cinco alternativas definidas, foram escolhidas três para detalhamento, onde uma alternativa de cada ramo foi detalhada em possíveis grafismos/conceitosparaoambiente,funcionamentodoprodutoedetalhamentoda onda,ondefoiinseridoumreferencialhumanoparacomparação.

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6.2.1 Alternativa I

Figura137:AlternativaI. Fonte:Arquivopessoal. Pontos Positivos Pontos Negativos Tamanhovariável. Sistemahidráulicodemédioporte. Baixogastodeenergia. Baixa quantidade de água necessária Necessitadebombahidráulicaforteou paraofuncionamento. múltiplasdepequenoamédioporte.

Ondaformadacontínuamente. Possibilidadedeinstalaçãodemúltiplas Dificuldade na modificação de rampasformadorasdeondas. formação das ondas depois de implementado. Altapossibilidadedeambientação.

TABELA 06–PontospositivosenegativosdaAlternativaI. Fonte:Arquivopessoal.

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Considerações sobre alternativa I: Inspiradanasondasformadasemrios,ondeháumapedracomobaseparaa formação da onda, a Alternativa I utiliza uma espécie de duto onde a água é bombeada formando um rio artificial, que quando passa pelas rampas especiais dispostasformaumaondaestáticaesurfávelcomumapranchadesurfnormal. Foram detalhadas a onda estática formada com referencial humano, o sistema de funcionamento, onde a água é movimentada através de bombas formandoorio,eumpossívelconceito/ambientaçãoagregadoaoproduto,ondese simularia um rio natural, com uma ilha central, e dutos de água saindo de pedras falsas.

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6.2.2 Alternativa II

Figura138:AlternativaII. Fonte:Arquivopessoal. Pontos Positivos Pontos Negativos Ondasformadassimilaresaomar. Necessitadepistãohidráulicoforte. Baixogastodeenergia. Dimensõeselevadas. Possibilidade formação de diferentes Elevada quantidade de água tiposdeondas. necessáriaparafuncionamento. Ondadepequenaamédiaduração. Possibilidade de formação de poucas ondassimultâneas. Altapossibilidadedeambientação.

TABELA07–PontospositivosenegativosdaAlternativaII.

Fonte:Arquivopessoal.

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Considerações: Asegundaalternativatevecomoinspiraçãoasondasformadasnomar,onde oventocriaondulaçõesqueviajamatéencontraralgumobstáculo,ondeoatritocom ofundomaisrasofazcomqueaondase“quebre”.NocasodaAlternativaII,umapá de dimensões elevadas é empurrada contra a água criando a ondulação, que percorreumtanquedeáguaatéchegaràsuabancada(partemaisrasa,projetada paraqueaondaquebrecomperfeição)eestourar,permitindonestemomentoqueo surfistautilizeaondaparamanobras. Foram detalhadas a onda formada na bancada artificial, com referencial humano, o sistema de funcionamento, onde a pá é empurrada contra a água formando a ondulação e um possível conceito/ambientação agregado ao produto, ondesesimulariaumapraianatural,comgrafismosnalateraldotanquesimulando umpíernapartesuperioreanimaismarinhosnapartesubmersa.

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6.2.3 Alternativa III

Figura139:AlternativaIII. Fonte:Arquivopessoal. Pontos Positivos Pontos Negativos Tamanhoreduzido. Possibilidade de formação de no máximoduasondassimultâneas. Gastodeenergiaregular. Dificuldade na modificação do sistema. Ondaformadacontinuamente. Dificuldade na modificação de formaçãodasondas. Boapossibilidadedeambientação. Possibilidaderegulardeambientação. TABELA08–PontospositivosenegativosdaAlternativaIII.

Fonte:Arquivopessoal.

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Considerações: Aterceiraalternativatevecomoinspiraçãoasondasformadasembarcações em movimento, onde a embarcação corta a água, empurrandoa para os lados, criandoumaondulação,quechegaa“quebrar”quandoencontraumlocalmaisraso. Na Alternativa III, uma espécie de hélice gira, empurrando a água em um sentido tangente ao movimento circular da mesma, criando uma ondulação oblíqua à bancada desenvolvida circularmente ao redor da hélice, fazendo com que a onda “quebre”comperfeição. ForamdetalhadasnaAlternativaIIIondaformadanabancadaartificial,com referencial humano, o sistema de funcionamento, onde a hélice empurra a água formando a ondulação e um possível conceito/ambientação agregado ao produto, ondesesimulariaalgoindustrial,vistoqueéumprodutobemdiferentedosoutros,e trazumconceitodemaiortecnologiaimplícito.

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7. ALTERNATIVA ESCOLHIDA

Figura140:AlternativaI. Fonte:Arquivopessoal.

7.1 Considerações Finais sobre a Alternativa FoiselecionadacomoalternativafinalaAlternativaI,porbuscarsimilaridade àsondasestáticas,formadasemrios,ondeopraticantepodesurfaraondaporum tempoinfinitamentemaiordoqueasondasdepiscina,demar,ouatémesmodas outras alternativas. Além do tempo elevado de duração da onda, a alternativa selecionada apresenta um menor custo de produção, e seu sistema de funcionamento é bastante simples, necessitando apenas de uma bomba d´agua paracadarampainstaladanorioartificialqueformaoproduto. 7.2 Testes de Adequação da Alternativa Afimdequesefossepossívelverificaraadequaçãodoprojetoaousuárioe às funções a que se propõe a desempenhar, é feita a adequação, estudando funções e dimensões do produto, com o auxílio de modelos volumétricos e de funcionamento.

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Antes de definir as medidas e de fazer o modelo volumétrico, foram feitos cálculoscomauxíliodeimagensparadeterminaroespaçonecessárioparafazera manobraderetorno(CuteBack),quefazcomqueosurfistavoltedofimparamais perto do início da onda, e com isso, concluiuse as dimensões necessárias para garantirautilizaçãodetodaaondaformadasemproblemasdeespaçofísico.

Figura141:Testesdemanobras. Fonte:Arquivopessoal.

7.3 Modelo Volumétrico Paraarealizaçãodotestedimensionaldoproduto,foramconfeccionadosdois tiposdemodelovolumétrico,umprimeiroempapelão,emescala1:20,poisdevido às grandes dimensões do produto final, se tornaria inviável a construção de um modelo em maior escala. O modelo em escala 1:20 foi construído para que se pudesse observar a disposição das partes e formas do produto. E um segundo modeloondeforamprojetadasasformasemedidasdoprodutoemumaparede,em escala 1:1, pois serviria para análises de acordo com o referencial humano, onde com o auxílio de um modelo humano e uma prancha de surf de tamanho real, se verificouaadequaçãodasmedidaseformasdoproduto.

7.3.1 Execução do modelo volumétrico Paraaexecuçãodomodelovolumétricodepapelãoemescala,foiutilizado papelão, cola, fita adesiva, estilete, lápis e régua. Para a confecção do modelo o papelãofoiriscadocomaspedidasdetodasaspartesnecessáriasàmontagemdo modelo, e posteriomente cortado. Primeiramente foram montadas as duas rampas ondeasondasseformam,ecoladasàbasedepapelão,comoformatooval.Apósa

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colagem dasrampasna base,foramfeitasasparedeslateraisnabase,formando umapiscinacircular,quefoirevestidainteiramentedefitaadesiva.

Figura142:Execuçãodomodelovolumétrico. Fonte:Arquivopessoal.

Figura143:Execuçãodomodelovolumétrico. Fonte:Arquivopessoal.

Figura144:Execuçãodomodelovolumétrico. Fonte:Arquivopessoal.

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Figura145:Modelovolumétrico. Fonte:Arquivopessoal. Paraaexecuçãodomodeloemescalareal,foiutilizadoapenasfitaisolante, fita métrica e lápis, pois foram feitos desenhos em CorelDRAW da alternativa (somente a rampa formadora da onda artificial) em vista frontal e lateral, onde o usuário estaria interagindo, e posteriormente estas medidas foram passados para umaparedecomoauxíliofitaisolantepreta,paramarcarasformascorretamente.

Figura146:Modelovolumétricoaserprojetado. Fonte:Arquivopessoal.

Figura147:Modelovolumétricoaserprojetado. Fonte:Arquivopessoal.

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7.3.2 Adequação do Modelo Tendo como base um referencial humano de percentil 95% e o modelo volumétrico em escala 1:1, verificouse que o dimensionamento do modelo em relaçãoreferencialhumanoestavacorreta,tantonaalturacomonalargura.

Figura148:Modelovolumétricoprojetadonaparede. Fonte:Arquivopessoal.

Figura149:Modelovolumétricoprojetadonaparede. Fonte:Arquivopessoal.

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Duranteaanálisedomodelodepapelãoemescala1:20,foiutilizadoumjato d´agua direcionado para a rampa, como aconteceria no produto final, onde foi analisado que para um melhor funcionamento do produto, e um melhor fluxo de águaatravésdarampa,deveriahaverumamaiordistânciaentrearampaeaparede oposta à rampa, que foi a única mudança requerida no projeto para o bom funcionamentodomesmo.

Figura150:Modelovolumétricoemescala. Fonte:Arquivopessoal.

Figura151:Modelovolumétricoemescala. Fonte:Arquivopessoal. Relacionando o modelo ao ambiente, foram feitas análises com relação à disposiçãodeequipamentos,controleseambientação.Analisandooespaçocentral domodelo,foiconstatadoqueomesmatem68metrosquadrados,ondesedispões deumespaçode18metrosdeextensãoporquatrometrosdelarguraedoismetros

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de altura, onde as extremidades são em forma de semicirculo. Através dessa análise,podeseconcluirqueesteespaçoseriasuficienteparaacomodarasduas bombashidráulicasdefinidasnoprojeto,comdimensõesde2metrospor1,5metros quadrados.Paraqueestapartedosistemadefuncionamentonãofiqueàmostra,foi analisado a possibilidade da instalação de uma cobertura na parte central do produto, onde pode ser feito um trabalho de paisagismo, fazendo este espaço parecerumailha,comárvoresepedras,etransformandoaparteinternadestailha numacasademáquinas.

Figura152Modelovolumétricoemescala. Fonte:Arquivopessoal. Quantoàinstalaçãodacentraldecomando,foideixadaemaberto,vistoque amesmaseresumaàumacaixadecomando,emuitosdoslocaisondeoproduto podeserinstaladotemseuspróprioslocaisdeinstalação,sendoquealgunsutilizam apenasumpedestalcomacentral instalada,alguns preferemautilização deuma cabine de comando, e outros tem seus próprios centros de comando. Por este motivofoiconsideradoqueainstalaçãodacentraldecomandoficariaàdisposição dequefosseutilizálo.

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8. ASPECTOS FÍSICOS Atravésdosaspectosfísicosdoproduto,épretendidomostraraconfiguração visual do produto. Estes aspectos englobam itens como ergonomia, operações e antropometrianoproduto,sendoestedenominadodeSurFlow.Ascaracterísticasdo nomeeconceitodenominadoserãoabordadosaseguirnafunçãoinformacionaldo memorialaserdescritobemcomoaparteestéticoformaldomesmo. 8.1 Ergonomia Apartedosestudosergonômicosdoprodutoavaliaergonomicamenteo mesmo,verificandoseestáadequado. 8.1.1 AEP - Análise de Produtos Existentes Paraqueseobtenhainformaçõesdemodificações,ajustesediferenciaisdo produtoemrelaçãoàprodutosexistentes,forampesquisadosprodutosquejáse encontramemfuncionamento,similaresaoprodutodesenvolvido. OFlowRideéumaespéciederampaondeéformadaumaondaestáticaem seulocaldeformação.Oprodutoécompostoporumarampainclinada, confeccionadaemfibradevidrooucimento,porondeébombeadaáguaatravésde nomínimo4bombasdealtofluxoepotência,quenãopodemserdesligadas enquantosequersurfaraonda,etemumaltoconsumodeenergia.Alâminade águaproduzidaporessetipodeequipamentoébastantefina,nãopermitindoa utilizaçãodepranchasdesurfcomuns.

Figura153:OndadotipoFlowRide. Fonte:http://www.waves.com.br. Quantoaocustodoequipamento,esteébastanteelevadosendonecessário uminvestimentomínimodeummilhãodereais.Estevalorfoicalculadocombase 142

em pesquisas feitas com outros equipamentos similares dentro desta categoria de esporte. JáaWavePool,nomedadoàspiscinascomondasmóveis,éumapiscina ondeofundoéinclinadoetemdiferençasdeprofundidade,easondassão formadasatravésdebombasecomportas.

Figura154:WavePool. Fonte:http://www.waves.com.br. Nosistemaondeaondaseformapelaaçãodasbombas,écriadoum compartimentoqueservecomoumpulmão,ondeoaréarmazenadosobpressão. Nomomentoemqueoaréliberado,éformadaumaondasimilaraomar,quese locomoveatravésdapiscinaatéencontrarumabarreira(apartemaisrasada piscina),ondeaondaganhatamanhoepressão,quebrandoeproporcionandouma paredeondeépossívelsurfar.Apesardeserpossívelautilizaçãodepranchasde surfcomuns,asondasdificilmenteatingemumtamanhorazoávelparaapráticado surf(1m),eomotordevepermanecerligadopor15minutos,comintervalosde15 minutos,afimdequesereduzaasmarolasdapiscina. OinvestimentonecessárioparaaimplantaçãodaWavePooléumtanto elevado,girandoemtornodeummilhãoequinhentosmilreais.

8.1.2 Usabilidade Quantoaofuncionamentodoproduto,estefoidesenvolvidotendocomobase asondasartificiaisestáticasdotipoflowride,easondasestáticasqueseformam emrios.Oprodutoécompostoporrampas,dispostasemumapiscinaemformade rio, formando um circuito fechado por onde é bombeada água, formando uma correntecomumfluxocontínuodeágua,comumalâminade30cmdeespessura. Paraconseguirsurfaraondaformada,ousuáriotemdoismeiosdistintos.

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Figura155:Sentidodofluxodaágua. Fonte:Arquivopessoal. Aprimeiramaneiradeentrarnaondaédescerdapartesuperiordarampa, emdireçãoálâminad´água,deitadoouempé.

Figura156:Utilizaçãodoproduto. Fonte:Arquivopessoal.

Asegundamaneiraéentrarnaáguapróximoarampa,deitadonaprancha, remandocontraacorrentezaatéseposicionarembaixodarampa,ondedevidoà pressãod´águaficaráparadonaonda,sobreofluxo,d´água,quandodeveficarem péparapoderexecutarasmanobras.

Figura157:Utilizaçãodoproduto. Fonte:Arquivopessoal.

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8.1.3 Adequação Antropométrica Aaptidãofísicaéfundamentalparaautilizaçãodoprodutodesenvolvido,eo desempenho atlético é a soma de fatores como constituição física, capacidades metabólicas, aeróbicas e anaeróbicas, habilidades, técnicas e táticas utilizadas no esporteescolhido.Poressemotivoéimportanteverificarseospraticantesdesurf, profissionaisouamadores,temcondiçõesfísicasparautilizaroproduto.Deacordo com um estudo realizado pela Universidade UNIPRAN, onde se estudou uma amostra de 12 praticantes de surf, obtendo resultados onde os praticantes estão perfeitamente aptos ao esporte e a composição corporal dos mesmos está antropométricamenteadequadaedeacordocomapráticadeesportes. Oprodutofoidesenvolvidotendoemvistaoreferencialantropométrico95% masculino, visto que a dificuldade na utilização do produto diminui proporcionalmenteàestaturadousuário.Comoautilizaçãodoprodutosedácom umaposturadiferenciadadapopulaçãogeral,porserumapráticaesportivaeexigir uma postura diferenciada, além do usuário utilizarse de uma prancha para a utilização do produto, a altura do usuário fica redimensionada de acordo com postura podendo gerar uma distorção no referencial antropométrico estabelecido pela teoria ergonômica. Sendo assim, com base no referencial masculino 95%, e umapranchadesurfcomumenteutilizadaporpessoasdestaestatura,definiusea alturadopercentil95%masculinocomosendoade160cm(distorçãogeradapela prática),eotamanhodapranchaparaopercentil95%masculinocomo180cm. Associandoopercentil95%masculinoaotestedeadequaçãodaalternativa, onde se testou o espaço necessário para realizar manobras, podese definir o tamanhoexatonecessárioparaumautilizaçãootimizadadoproduto.

Figura158:Referencialhumano. Fonte:Arquivopessoal. 145

8.1.4 Adequação Fisiológica Para que o produto possa proporcionar a prática do surf de forma plena, e comosdesafioseesforçosfísicosquedemanda,foidimensionadodeacordocoma ergonomia dinâmica, que referese aos movimentos realizados pelos segmentos corporais,afimdepermitirqueousuáriopermaneçaotempoquedesejar,podendo fazer pausas para evitar que haja exaustão muscular, o que faz com que haja demoranarecuperaçãodousuário. Afisiologiaestimaademandaenergéticadocoraçãoedospulmões,exigida porumesforçomuscular.Paraevitarafadigamusculardeveserrespeitadootempo de duração do esforço contínuo, que no caso do produto Surf Flow, foi calculado atravésdogastoenergético. De acordo com Dul (1995), devem haver pausas na tarefa quando o gasto energético ultrapassar 250W, isto é 3,57 Kcal/Min, afim de que se evite o esgotamentofísico.Nocasodosurf,enquantoopraticanteestámanobrandosobre a parede da onda, o valor estimado para a prática é de 670W, portanto devem haver várias pausas periódicas durante a utilização do produto, de acordo com a aptidãofísicadousuário. 8.1.5 Adequação Ambiental Apesar de a sugestão para montagem do produto ser em uma piscina em forma de rio oval, as rampas formadoras de onda podem ser dispostas em vários formatosdepiscina,desdequeamesmasejaemformaderioeumcircuitofechado. Porém,nocasodeseutilizarmaisrampasnocircuitodeverásertestadoofluxode água e implementadas mais bombas hidráulicas no circuito, para garantir que a velocidadeefluxodeáguasemantenhaadequadoaofuncionamentodoproduto.

Figura159:Diferentesmontagensdoproduto. Fonte:Arquivopessoal.

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O produto foi desenvolvido para ser utilizado em qualquer ambiente, respeitando o espaço mínimo de 13 metros de largura por 28 metros de comprimento,eporissooslocaismaisindicadosparaaimplementaçãodoprojeto sãoparquesaquáticoselocaisondesecriaumambienteespecíficoparaoproduto, comofeirasdesurf. Como o surf é um esporte onde o praticante tem contato com a água, é interessantequeoprodutosejautilizadoemlocaisondeoclimasejaagradávelou com climatização no ambiente e aquecimento na água, evitando assim a necessidadedeutilizaçãoderoupasdeborracha. No caso de não haver climatização no ambiente, aquecimento da água e aindaoclimadaregiãoserfrio,podeseutilizartranqüilamenteroupasdeborracha, oquetrásavantagemdeproporcionarumamaiorproteçãocontraimpactosnahora dasquedas.

Figura160:TomboempiscinaFlowRide. Fonte:CapturadovídeoFlowRide. 8.1.6 Adequação Cognitiva Quantoàadequaçãocognitiva,podeseobservarqueomanejoecontroledo produto não demanda de mecanismos e sistemas complexos, pois os únicos comandospresentesnoprodutosão:Liga/Desliga,queestãoinstaladosnacaixade controle, sendo identificados pelas palavras liga e desliga nos respectivos botões, que encontramse nas cores verde e vermelha, respectivamente. A alavanca de velocidades, que varia entre Baixa/Média/Forte, identificados na escala com a velocidadeeascoresazul,amarelaevermelharespectivamente.Estescomandos são dispostos conforme a freqüência de utilização e não são utilizados portanto pedais,nemoutroscomandos.

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Figura161:Caixadecomando. Fonte:Arquivopessoal.

8.2 Função Operacional Quantoàfunçãooperacional,oprodutoédesimplesoperação,poiso operadorteráapenasqueligarabombahidráulicaeajustaravelocidade.Na esquerdadacaixadecontroleestãodispostososbotõesdeLigaeDesliga,em verdeevermelhorespectivamente,enaesquerdaaalavancadevelocidadesda bombahidráulica,quecontacomtrêsgraduações,develocidadealta,médiae baixa,comumaescaladecoresvariadodevermelho,paravelocidadealta,amarelo paravelocidademédia,everdeparavelocidadebaixa. ParaqueoSurFlowfuncioneepossaserutilizadocorretamente,devese seguiroprocedimentoabaixodescrito: 1ºLigaroprodutonobotãoverdeeaalavancadevelocidadenavelocidadebaixa. 2ºRegularavelocidadedabombahidráulicaconformeavelocidadequesedeseja naondaeopesodousuário,avelocidadecorretadefuncionamentodeveser escolhidaemfunçãodastabelasxxabaixo. 3ºQuandoterminarouso,ooperadordevevoltaraalavancadevelocidadeparaa velocidadebaixaedesligaroSurFlowpressionandoobotãovermelho.

Até 50 kg Entre 50 e 85 Mais de 85Kg Velocidade baixa Ideal Ondalenta Difícilutilização Velocidade média Ondarápida Ideal Ondalenta Velocidade alta Difícilutilização Ondarápida Ideal Tabela09:Utilizaçãoemfunçãodopesoevelocidade. Fonte:Arquivopessoal.

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8.3 Função Estético Formal Afunçãoestéticoformaltratadaformadoproduto,utilizaçãodaGestalt,ea escolhadascoreseformasutilizadas. 8.3.1 Função Formal Quanto à função formal, o produto é constituído por linhas mistas, sendo predominante as formas geométricas na piscina em forma de rio, e linhas geométricas e orgânicas na rampa formadora de ondas. Traz ainda consigo um conceitodeprodutoarrojado,semesquecerdequefoiobedecidaamaispoderosa das leis da gestalt, a de que “os produtos devem ser simétricos e ter uma linha simples, assemelhandose a figuras geométricas” ( BAXTER, 2001, p.33 ). Além desta, outras leis como similaridade e proximidade estão presentes no produto. O conjunto destas leis transmite uma maior harmonia visual do produto. Seu acabamento possui uma textura agradável ao toque, conferida pelo material com queérevestido,oE.V.A..

Figura162:FormasdoSurFlow. Fonte:Arquivopessoal.

8.3.2 Sugestão de Combinações MuitosprodutossimilaresaoSurFlow,quesepropõemaformaralgumtipode ondaartificialsãoinstaladosemparquesdediversãoouparquesaquáticos,epara quetenhamumamelhorambientaçãoeassociaçãocomoqueseindicamaoferecer são pintados e modelados para que façam referência a algum ambiente, como praiasoulocaisespecíficos,comodemonstraafiguraXXondeoambienteécriado paralembrarumapraiaantigacompíersepirataria.

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Figura163:TyphoonLagoon Fonte:http://www.islandwatersports.com Para o produto SurFlow, a sugestão de cores e detalhes foi definida de acordocomaambientaçãoutilizadanadefiniçãodealternativas,ondeofundo da piscinaearampasãopintadosdeazulemdoistons,lembrandoumfluxocontínuo de água, e as paredes internas são pintadas em tons de marrom, com grafismos lembrando rochas, o que remete a lembrança dos usuários a um rio selvagem. E paracompletaraambientação,nailha artificialcentraléfeitoumpaisagismopara quesepareçaomáximopossívelcomumailhareal. Apesar da sugestão dada para as cores e detalhes, o produto pode ser confeccionado nas cores desejadas, com ou sem ambientação ou paisagismo, sendo definidos esses quesitos pelo responsável do local onde será instalado o produto, seja ele um parque aquático, parque de diversões ou um local qualquer. Sendo assim, devese escolher as combinações que fazem com que o SurFlow melhorseadapteaoambienteondeseráinserido. Naimagem164temseumarenderizaçãodoSurFlowambientadocomoem localdeumarepresa,compedras,animaiseárvores.

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Figura164:RenderizaçãoambientadadoSurFlow. Fonte:Arquivopessoal.

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9. ASPECTOS TÉCNICOS Para que fossem esclarecidos todos os aspectos técnicos, definindo materiais, produção e tecnologias utilizadas no produto foram feitos estudos definindo o que seria mais viável se empregar no produto, conforme demonstra a tabela10. Peça Material Processo MódulosIaIV FibradeVidroeResinaEstervinílica Laminaçãodefibras. Estruturametálica AçoInox SoldagemtipoTIG Tabela10:Materiaiseprocessos. Fonte:Arquivopessoal. 9.1 Materiais Para que o produto apresente as características técnicas desejadas, foram feitos estudos à respeito de vários materiais que pudessem ser utilizados no produto,efinalmenteosmateriaisqueapresentavammaiorviabilidadedeutilização, bemcomoestariammelhorrelacionadoscomoprojetoforamdefinidos.Sãoeles: 9.1.1 E.V.A. – Etil Vinil Acetato A Borracha E.V.A., ou Etil Vinil Acetato é um composto microporoso constituído por Resina de E.V.A., agente de expansão, agente reticulante, cargas ativadoreseauxiliaresdeprocesso,alémdeoutrospolímeroscomoaborracha.O E.V.A.éutilizadohámuitotemponaindústriacalçadista,paratrabalhosacadêmicos eartesanais.Apesardeabsorverumaquantidademoderadadeágua,oE.V.A.,por suas características é o tipo de material mais indicado para cobrir a superfície do produto, visto que é um material de fácil manuseio e limpeza, e tem uma ótima durabilidade.OE.V.A.utilizadonoprojetoseráoE.V.A.decélulasfechadas,com densidade de 20 grs/cm³, que é um material comumente usado em tatames, pois tem a densidade ideal para absorver impactos, e quando aplicado ao produto, ajudará a evitar contusões por parte dos praticantes. Quanto à sua instalação no produto,aplacaésimplesmentecoladacomcoladecontato,epodeserencontrado emplacasde1,5mpor2me15mmdeespessura.

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Figura165:Utilizaçãodoproduto. Fonte:http://www.evatecnica.com.br.

9.1.2 Resina Estervinílica A resina estervinilica é similar à resina à resina poliéster que reage com estireno,eseuprocessodecuraéfeitoporumcatalisadoreumacelerador,porém ao contrário da resina poliéster, a reação da molécula ocorre apenas no final da terminação da cadeia, ao invés de ocorrer em vários pontos intermediários. Isso torna a resina muito mais flexível, possibilitando absorver choques em maiores quantidades.DeacordocomositedaempresaBarracuda,“Laminadosfabricados com resina estervinílica apresentam uma menor absorção de água e menor hidrólise,quenadamaisédoqueaquebradacadeiamolecularpelaaçãodaágua, quando comparada com as resinas convencionais de laminação. Isto ocorre principalmentedevidoadoisfatores:menorpolaridadedasresinasestervinílicase reduzidospontosdeataquequímico.”Aresinaestervinílicaestásituadaemtermos de propriedades mecânicas entre a resina de poliéster e a epóxi, resiste bem à corrosão, tração, e flexão. Devido às suas propriedades, e ao custobenefício que proporciona,aresinaestervinílicafoiescolhidaparaconstituirjuntocomafibratoda parteestruturalquedáformaaoproduto,comoasrampaseparedesdoproduto.

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Figura166:Utilizaçãodoprodutoresina Fonte:http://www.resepox.com.br. 9.1.3 Fibra de Vidro A fibra de vidro é um material sintético produzido a partir de finíssimos filamentos de vidro, que unidos com certos tipos de resinas e catalisadores se transformam em um material altamente resistente, e que permite a utilização em váriostiposdeprodutosecomdiferentesformas.Afibradevidroapesardepossuir propriedadesmecânicasinferioresàsdotecidodefibradecarbono,temumcusto relativamente menor, e se utilizada em camadas, no número adequado, se torna maisviáveldoqueafibradecarbono,poisseutilizadadaformaadequadatemsuas característicasfísicasmelhoradas,esetornamaisresistente,tantoàtraçãocomoà flexão. Para que se aumente mais ainda essas características, são utilizados no produtotecidosdefibradevidrotriaxiais,quesãoformadaspelasuperposiçãode fibras unidirecionais, o que garante as propriedades mecânicas citadas, além de reduziroconsumoderesinaefacilitaromanuseio.

Figura167:Utilizaçãodoproduto. Fonte:http://www.barracudatec.com.br.

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9.1.4 Aço Inoxidável O aço inoxidável é uma liga composta principalmente de ferro e cromo , contendo pelo menos 11% de cromo, também ligado ao níquel e molibdênio . Apresenta apresenta propriedades físicoquímicas superiores aos aços comuns, sendoaaltaresistênciaaoxidaçãoatmosféricaasuaprincipalcaracterística.Asua elevadaresistênciaacorrosão éatribuídaaumapelículadeóxidodecromoquese fomanasuperfícieexpostaaomeio.Paraisto,énecessárioaquantidademínimade 11% de cromo em sua composição. Esta película é aderente e impermeável, isolando o metal abaixo dela do meio agressivo. Este processo é denominado passivação . Por ser muito fina, a película tornase transparente e permite que o material continue apresentando seu brilho característico. Além da resistência à corrosão,oaçoinoxidávelapresentaaindarelativafacilidadedeconformação,boa relação custo benefício e resistência mecânica adequada para ser utilizado como reforçoestruturalinternonoproduto.

Figura168:Utilizaçãodoproduto. Fonte:http://www.oficinadopensamento.com.br.

Alémdestesatributosfísicosemecânicosimportantesparaoprojeto,oaço inoxéummaterialdefácilconservação.Atravésdalimpezaadequadaerotineira,é possível manter inalteradas as suas características originais, preservando sua beleza,higieneedurabilidade.

9.1.5 P.V.C. - PoliCloreto de Vinila OP.V.C.ouPoliCloretodeVinilaéumderivadodosalmarinhoedopetróleo, sendo o segundo termoplástico mais consumido no mundo, tento sua maior utilizaçãoemtuboseconexões.Possuiumagrandeversatilidadedeaplicações,que vãodesdeartigosrígidosatéflexíveis.Temcomocaracterísticasprincipaisaleveza, que facilita o manuseio e aplicação, resistência à reagentes químicos, insetos,

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bactériaseroedores,bomisolamentotérmico,elétricoeacústico,impermeabilidade, resistênciaaochoque,edurabilidadecomvidaútilsuperiorà50anos.

Figura169:Utilizaçãodoproduto. Fonte:http://www.oficinadopensamento.com.br. Além das características físicas favoráveis do P.V.C., o mesmo pode ser reciclado,esuareciclagemvemacontecendodesdeocomeçodesuaprodução,e temdiversasaplicações,dependendodotipodereciclagem.Nareciclagemquímica, oP.V.C.érecicladovoltandoàsmatériasprimasdeorigem,nareciclagemmecânica omaterialéutilizadonaconfecçãodeoutrosprodutos,enareciclagemenergéticaé recuperadaaenergiacontidanoresíduoplástico. Porsuascaracterísticasfísicasequímicasaliadasaobaixocustodomaterial e à facilidade em se encontrar peças feitas em P.V.C., o mesmo se torna um material de extrema viabilidade para emprego nos tubos e conexões utilizados no produtoSurFlow. 9.2 Produção Industrial Napartedeproduçãoindustrial,serãoabordadositensreferentesàprodução doSurFlow,comométodosetécnicasdeprodução,equipamentosutilizadosna produçãoetecnologiasempregadasnoproduto. 9.2.1 Componentes O SurFlow é um produto que é desenvolvido para montagem por módulos, onde podem ser utilizados de três a quatro tipos diferentes de módulos, que são unidos por uma peça específica para a união dos mesmos através de parafusos. Estes módulos podem ser utilizados repetidamente, formando diferentes circuitos para a piscina em forma de rio. Após montados esses módulos são utilizadas

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lâminasdeE.V.A.pararevestiraparteinternadosmesmos.Naimagem165temos uma vista “explodida” do SurFlow, onde podese observar os diferentes tipos de módulos,eumexemplodesuadisposiçãonocircuitofechado.

Figura170:SurFlowemvistaexplodida. Fonte:Arquivopessoal.

Módulo 1: Curva Omódulodecurvaéconstituídodeumapeçaemfibradevidroe resinacomumângulodecurvade90ºeumaespessurade1cm,oquefazcomque essemódulopossaserutilizadoparaformarcurvasemqualquerdireçãonapiscina emformaderio,fazendooSurflowtermaioroumenorcomprimento.

Figura171:Módulo1. Fonte:Arquivopessoal.

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Módulo 2: Reta com Rampa de Direita O módulo 2 constitui as retas e a rampa onde a onda quebra para o lado direitodequemestáremandonaonda.Éconstruídoemfibradevidroeresina,com uma espessura de 1 cm e um reforço estrutural interno de aço inoxidável. Serve para unir as curvas e tem espaço suficiente antes da rampa para que a água se estabilize.Omódulo2éinstaladocomarampanaparteinternadoSurFlowquando a água circula no sentido horário, e na parte externa do SurFlow quando a água circulanosentidoantihorário.

Figura172:Módulo2. Fonte:Arquivopessoal. Módulo 3: Reta com Rampa de Esquerda O módulo 3 constitui as retas e a rampa onde a onda quebra para o lado esquerdodequemestáentrandonaonda.Éconstruídoemfibradevidroeresina, com uma espessura de 1 cm e um reforço estrutural interno de aço inoxidável, servindoparaunirascurvas.Bemcomoomódulo2,temespaçosuficienteantesda rampaparaqueaáguaseestabilize.Omódulo3éinstaladocomarampanaparte externadoSurFlowquandoaáguacirculanosentidohorário,enaparteinternado SurFlowquandoaáguacirculanosentidoantihorário.

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Figura173:Módulo3. Fonte:Arquivopessoal. Módulo 4: União de Módulos Omódulo4éumapeçadeuniãoentremódulos,podendounirqualquerum dosmódulosquecompõemoSurFlowfirmemente,evitandodesencaixedaspartes econseqüentesvazamentosdeágua.Éumapeçafeitaemfibradevidroeresina, tambémcom1cmdeespessura.

Figura174:Módulo4. Fonte:Arquivopessoal.

Revestimento de E.V.A. AsplacasdeE.V.A.sãocortadasdeacordocomafichatécnicaparafacilitar orevestimentodoproduto.

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9.2.2 Métodos e Técnicas Neste tópico serão abordados os métodos e técnicas construtivas utilizados naproduçãodoSurFlow. 9.2.2.1 Laminação de Fibra com Resina Todos os quatro módulos utilizados no SurFlow serão confeccionados pelo métododelaminaçãodefibradevidrocomresinaestervinílica.Alaminaçãoéum processo relativamente barato, e que permite uma produção reduzida. Para se realizar a laminação de peças é necessário um molde. No caso do SurFlow será utilizado um molde “Positivo”, ou “Macho”, o que garante um melhor acabamento superficial com menor trabalho, pois se não houver rugosidades na superfície do molde,asuperfíciedapeçamoldadatambémnãoterá.

Figura175:Laminaçãodefibradevidro. Fonte:http://www.barracudatec.com. Na laminação com fibra de vidro devese cobrir o molde com o tecido ou mantadefibra,impregnadacomresinacatalisadacorretamente,naquantidademais próximapossívelàsaturação.Quantoàcatalisaçãodaresinaestervinílica,elasedá comcatalisadordeestireno.Ocatalisadordevesermisturadoàresinaparaquese

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dê a cura da mesma, que deve ser aplicada imediatamente na fibra. O tempo de curadaresinavariaconformeatemperaturaambiente. Deveseobservaraquantidadecertaderesinaparaafibra,afimdequenão hajaresinaemexcesso,oquefazcomqueapeçasetornequebradiça,enemque hajafaltaderesina,oqueocasionaexcessodeflexibilidadeeporosidadenapeça. Devese observar ainda a presença de bolhas, onde se deve compactar até a impregnaçãodaresina.Estacompactaçãodeveserfeitacomrolodemetalmolhado em resina, afim de que a fibra não grude no rolo, conforme demonstra a imagem 171. No momento que a resina atinja o estado de gel, qualquer trabalho com a mesma deve ser interrompido, ou o laminado poderá se mexer, ocasionando espaçosvaziosedefeitosdelaminação.Apósacuracompletadaresinaépossível lixar,pintaroucolarapeça.

Figura176:Retiradadebolhasdear. Fonte:http://www.barracudatec.com. 9.2.2.2 Soldagem de Aço Inoxidável OtipodesoldagemdefinidaparaaspartesemaçoinoxidávelnoSurFlowfoi a solda TIG, ou solda por arco gasoso de tungstênio. A soldagem TIG é um processodesoldagemestabelecidoentreumeletrodonãoconsumíveleapeçaa sersoldada,ondeapoçadefusãoéprotegidaporumgásinerte,epodeserfeito externamente,manualouautomatizado.Foiotipodesoldagemdefinidaporsero processo mais amplamente usado devido à versatilidade, qualidade e ótimo acabamentoestéticoqueproporciona.Deacordocomositewww.metálica.com.br, “Acapacidadedesoldarembaixacorrenteeportantoentradadepoucocalor,mais

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a capacidade de adicionar o arame de adição necessária, é ideal para materiais finosearaizcorreemumdosladosdasoldagemdechapaetubo,maisgrossa”.

Figura177:SoldaTIG. Fonte:ApostiladesoldagemACESITA. Asoldagemdeaçoinoxidáveldemandadealgunscuidados,comoutilizarum materialdeadiçãocomacomposiçãoquímicaomaispróximopossíveldoaçoaser soldado, utilizar as ferramentas somente em aço inoxidável, limpar as juntas com escova,esmerilhadeiraouprocessosquímicos. 9.2.3 Tecnologias Empregadas O tópico sobre tecnologias empregadas aborda todos os mecanismos que demandam de tecnologias terceirizadas a serem implantados no produto, como mecanismoseletrônicosebombashidráulicas.

9.2.3.1 Bomba Hidráulica ParaqueofluxodeáguanoSurFlowatinjaavelocidadeideal,énecessáriaa instalação de um sistema de bombas hidráulicas de alto fluxo. De acordo com as pesquisasrealizadasabombamaisadequadaparaoSurFlowéabombaBEWda marca HidroVector. A bomba BEW é uma bomba multiestágio que consegue o bombeamentodeaproximadamente140litrosporsegundo,poissãoindicadaspara oabastecimentodeágua,irrigação,alimentaçãodecaldeirasecombateàincêncios. AbombaBEWpodeseracionadacommotoresdieselouelétricos,ficandoa escolhadotipodemotordeacionamentoàcritériodocompradordoproduto.

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Figura178:BombaBEW. Fonte:http://www.hidrovector.com.br. Características Técnicas de acordo com o site do fabricante: Construçãorobusta,mancaisnasduasextremidadesdoeixo,elevadasAlturas Manométricasem1800RPM,especialmenteadequadaparaacionamentocom motoresdieseloumotoreselétricosem4pólos. .BombaHorizontal,multiestágios,comcorposdeestágiosverticalmente seccionados,vedadosentresipormeiodeanéis“O”eunidosàscarcaçasde sucçãoerecalqueatravésdetirantes. OEixoévedadopormeiodegaxetasnaexecuçãostandard,eopcionalmentepor selomecânico.Édotadodebuchasprotetorasnaregiãodoengaxamentoepossui luvasdistanciadoras. ORotoréfechado,radialedefluxoúnico,possuiequilíbriodeempuxoaxialatravés defurosdealívionoladodianteiroetraseiro. OsAnéisdeDesgastesãomontadosnosladosdianteiroetraseirodoRotor, alojadosnoscorposdesucção,recalque,estágiosedifusores. OsMancaissãolubrificadosagraxaesituadosnasduasextremidadesdabomba, comrolamentosderolocilíndriconoladodoacionamentoedeesferadeduplo contatoangularnoladodorecalque.

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9.2.4 Montagem AmontagemdoSurFlowsedápelauniãodosmóduloseinstalaçãodomotor e parte hidráulica. Para maior entendimento sobre o processo de montagem foi elaboradoumManualdeInstrução,conformedemonstraaFunçãoInformacional.

9.4 Desenho Técnico O desenho técnico compreende os desenhos de todos os módulos e do produtointeirocomasrespectivascotas,emescala,etemafunçãodeinformaras dimensõeseânguloscorretosdoproduto. A seguir foram desenvolvidos os desenhos técnicos do SurFlow, iniciando pelo desenho do produto inteiro, e seguido dos desenhos dos módulos que compõem o produto, todos com a imagem da peça representada para melhor visualização.

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10. ASPECTOS ESTRATÉGICOS Os Aspectos Estratégicos abordam todas as estratégias de venda, comercialização, distribuição e marketing que atuarão juntos para o sucesso do produto.

10.1 Informacional Quantoàfunçãoinformacional,foielaboradoummanualdemontagempara facilitarainstalaçãodoSurFlow,conformedemonstradonaimagem174eemmaior escalaemanexo.

Figura179:Manualdemontagem. Fonte:Arquivopessoal.

10.2 Marketing Paraumamelhorcompreensãodosaspectosdemarketingqueenglobamo SurFlow, foi utilizada a ferramenta MIX de Marketing, de Kothler (2001), que implementaaestratégiademarketingatravésdequatroáreas,produto,preço,praça epromoção,detalhadasaseguir. 10.2.1 Produto A área que diz respeito ao produto aborda a adequação do produto ao público.Essaadequaçãoéoobjetivodetodooprocessodedesign,eportantoos benefíciosoferecidospeloprodutojáforammencionados. AsdecisõeseimplementaçõesforamtomadasparaqueoSurFlowatendaas necessidadesdepraticantesdesurf.Assimsendo,oprodutodeveproporcionaruma

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ondaartificialcomcondiçõesdesepraticarosurfemtodasuaplenitude,podendo sefazertodasasmanobraseacrobaciasquesefazemondasnaturais.

10.2.2 Preço OpreçodoSurFlowfoibaseadonoscustosdeproduçãoenovalorcobrado para a implementação de um sistema concorrente, que gira em torno de USD$1.000.000,00. Como o projeto foi desenvolvido para que o preço final do produtofossebastanteinferioraosconcorrentes,essametafoiatingida,vistoqueo custodeproduçãogiraemtornodeR$100.000,00,Comopodeseverificarnatabela abaixo.

Componentes Valor Fibraeresina R$25.000,00 AçoInox R$2000,00 Motores R$10,000,00 Equipamentoselétricos R$4.000,00 E.V.A. R$1.500,00 Encanamento R$400,00 Outros R$1500,00 Total R$43.900,00 Tabela11:Materiaisevalores. Fonte:Arquivopessoal.

10.2.3 Praça AformadevendadoprodutosedarápelaInterneteposteriormenteatravés davisitaderepresentantes.

10.2.4 Promoção Como os principais meios de venda são a Internet e as visitas de representantes,deveseestaratentoparaqueaspessoassaibamdaexistênciado produto,questãoquedeveráserresolvidacompropagandasemsitesrelacionados comsurf,esportesradicaiselazerconformeindicaasetademonstradanaimagem

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175 e ainda visitas bem estruturadas, e com apresentação de fotos e vídeos do produto.

Figura180:Propagandaemsites. Fonte:Arquivopessoal. Emumsegundomomentoéinteressantequesefaçaadivulgaçãodoproduto emfeiraseeventosesportivosedelazer. 10.3 Ambiental ComooSurFlowéumprodutoquenecessitadeumaestruturaambientalao seuredor,foielaboradaafunçãoambientalparadefinirestaestrutura. Deacordocomaestruturadoproduto,elenãoteránenhumresíduoousobra, comofumaçaoufuligem,vistoqueosmotoresfuncionamutilizandoenergiaelétrica. Jáaágua,quedevesertrocadaregularmente,podeserutilizadaparairrigarplantas oupodeserdescartadaemesgotoscomuns,pornãohaversubstânciastóxicasna suacomposição. Oambientequeoprodutoocuparáficaacritériodoproprietáriodo estabelecimento,ficandoomesmoencarregadodopaisagismoearquiteturado local.Umapropostaparautilizaçãodoprodutoéopaisagismoimitandouma represa,compedras,animaisearvoresemtornodoproduto,conformedemonstraa figura164,representadanocapítulo8.3.2SugestãodeCombinações.

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11. MODELO FINAL Afim de que se obtivesse uma melhor compreensão do produto, foi confeccionado um modelo do SurFlow em escala 1:20, conforme demonstram as figuras181e182,comosmateriaiseprocessosdescritosabaixo:

Material Parte Processo MDF Pisos Corte/Colagem Papelcartãocouro Paredes/Rampa Corte/Colagem EVA Revestimento Corte/Colagem TintaVinil Revestimento Pintura Areia Revestimentodopiso Colagem ColaBranca Revestimentodopiso Colagem Tabela12–Materiais. Fonte:ArquivoPessoal. Paraosprocessosacimadescritosforamutilizadasferramentasespecíficas, são elas: Serrafita, estilete, lápis, régua, trena, prego, martelo, prensa e lixas 80, 120e240.

Figura181–ModeloFinal. Fonte:ArquivoPessoal.

Figura182–ModeloFinal. Fonte:ArquivoPessoal.

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12. CONCLUSÃO

Para realizar um projeto,criar um produto, é necessário ter uma boa idéia, mastãoimportantequantoaidéiaérealizarumaboapesquisaaprofundadasobreo assunto. ComaPesquisadeBibliográfica,podeseobservaroscaminhosqueligavam o Tempo Livre ao Surf, que é a atividade que será praticada no produto desenvolvido. Pesquisandose a respeito do surf, foram obtidas todas as informaçõesrelevantesaoprojeto,comofuncionaoesporte,comoédadaaprática, histórico, materiais e equipamentos, benefícios e problemas causados, comprovandose que o surf é um esporte saudável, e que se praticado adequadamente traz inúmeros benefícios e muito poucos problemas. Foram identificadosaindanestaetapaostiposdeondasexistentesecomoacontecesua formação,bemcomoapranchautilizadaemcadatipodeonda. Na etapa da Pesquisa de Campo, podese constatar os diferentes perfisde praticantes de surf, bem como seus gostos e preferências, a freqüência que praticantes ou não praticantes vão à praia e à parques aquáticos, e a possível aceitaçãodeumprodutoquegereumaondaartificialporpartedopúblicoalvo. Comaspesquisascompletasemmãospodesedesenvolveraconceituação, definindo os atributos que o produto e o projeto devem ter, e posteriormente, desenvolver e definir alternativas para a solução do problema de projeto. Alternativas estas que unem vários conceitos e informações conseguidas através daspesquisasfeitaseferramentasutilizadas,equesãodevidamentedetalhadas. Com a alternativa definida e detalhada, podese observar que a “Onda Estacionária”, formada traz a solução ideal ao problema, pois tem o custo de produção e implementação muito menor que a concorrência, podendo ainda ser utilizado com pranchas de surf comuns, o que faz com que a onda formada se aproxime o máximo possível da realidade e seja a solução ideal para o projeto, e umaótimasoluçãoparaadificuldadedospraticantesdosurfemencontraraslocais comascondiçõesideaisparaapráticadoesportenomomentoemquedesejarem, trazendo com isso a possibilidade de praticar o surf em países onde não existam ondasartificiais,efacilitandoassimoprocessodetornarosurfumesporteolímpico.

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13. BIBLIOGRAFIA

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14. ANEXOS 14.1 Anexo1 Questionário Prezado(a)Amigo(a), Estequestionáriofazpartedapesquisadeconclusãodecursodedesignindustriale temcomoobjetivo,comasinformaçõesobtidas,identificarnovasformasdepráticadeatividadede surf.Paraocontroledopesquisadorquantoaoretornodosquestionários,pedimosqueidentifique seunome,masnaanáliseeapresentaçãodapesquisaestesdadosserãosuprimidos,semidentificar onomeparticipante.Agradecemosantecipadamenteasuavaliosacontribuição. 1Qualseunome? 2Qualsuaidade? a) Até10anos () b) Entre10e15anos()c) Entre15e20anos() d) Entre20e30anos() e) Entre30e50anos()f) Maisde50anos() 3Qualseusexo? a) Masculino() b) Feminino() 4Qualolocalondereside? a) Praia() b) Interioraté50kmdapraia() c) Interioraté100kmdapraia() d) Interiormaisde50kmdapraia() 5Comquefreqüênciavaiàpraia? a) Maisdeumavezpormês() b) Umavezpormês() c) Umavezacadatrês meses() d) Umavezacadaseismeses() e) Umavezporano() f) Menosde umavezporano() 6Vocêpraticasurf? a) Sim() b) Não()

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7Qualafreqüênciaquepraticasurf? a) Maisde4vezesporsemana() b) Entre4e2vezesporsemana() c) Umavezporsemana() d) Umavezacadaduassemanas() e) Umavezaomês() f) Menosdeumavezaomês() 8Qualoprincipalproblemaparaapráticadosurf? a) Condiçõesclimáticas(Faltadeondas)() b) Distância() c) CondiçõesFísicas() d) (Condiçõesfinanceiras() e) Limitespsicológicos() f) Outros() 9Quantoàcompetições... a) Nuncaparticipo() b) Jáparticipei,porémnãocostumoparticipar() c) Souparticipanteassíduo() 10Quantoàsuaperformance... a) SouIniciante() b) SouInicianteIntermediário()c) Intermediário( ) d) IntermediárioExperiente() e) Experiente() f) Profissional() 11Qualsuapreferênciaporondas? a) Pequenas() b) Médias() c) Grandes() d) Gigantes() e) Todas() 12Qualsuapreferênciaquantoaotipodeonda? a) Cavadas() b) Normais(nemcheiasnemcavadas)() c) Cheias() 13Qualsuapreferênciaquantoaofundo? a) Fundodepedra() b) Fundodeareia() c) Fundode corais() 14Qualaépocaquepreferesurfar?

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a) Outono() b) Inverno() c) Primavera() d) Verão() e) Indiferente() 15–Jásurfouemambientesdiferentesdomar? a) Sim() b) Não() 16Sejásurfou,emquais? a) Rios–Pororoca() b) Rios–Ondaparada() c) Piscina–Tipomar() d) Piscina Ondaparada() 17Senãosurfou,emquaisgostariadesurfar? a) Rios–Pororoca() b) Rios–Ondaparada() c) Piscina–Tipomar() d) Piscina Ondaparada() 18Porque? 19Estariadispostoapagarparafrequentarumlocalcomondasartificiais? a) Sim() b) Não() 20Quantoporhora? a) AtéR$10,00() b) EntreR$10,00eR$20,00() c) EntreR$20,00 eR$30,00() d) EntreR$30,00eR$50,00() e) MaisdeR$50,00() f) Nãopagaria() Ok. Obrigado

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14.2 Anexo 2

Prezado(a)Amigo(a), Estequestionáriofazpartedapesquisadeconclusãodecursodedesignindustriale temcomoobjetivo,comasinformaçõesobtidas,identificarnovasformasdepráticadeatividadede surf.Paraocontroledopesquisadorquantoaoretornodosquestionários,pedimosqueidentifique seunome,masnaanáliseeapresentaçãodapesquisaestesdadosserãosuprimidos,semidentificar onomeparticipante.Agradecemosantecipadamenteasuavaliosacontribuição. 1Qualseunome? 2Qualsuaidade? a) Até10anos () b) Entre10e15anos()c) Entre15e20anos() d) Entre20e30anos() e) Entre30e50anos()f) Maisde50anos() 3Qualseusexo? a) Masculino() b) Feminino() 4Qualolocalondereside? a) Praia() b) Interior até 50 km da praia ( ) c) Interiorde50até100kmdapraia() d) Interiormaisde100kmdapraia() 5Comquefreqüênciavaiàpraia? a) Maisdeumavezpormês() b) Umavezpormês() c) Umaveza cadatrêsmeses() d) Umavezacadaseismeses() e) Umavezpor ano() f) Menosdeumavezporano() 6Noverão,passaasfériasnapraiaounointerior? a) Praia() b) Interior()

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7Qualéomaiorempecilhoparairàpraia? a) Distânciadaresidência() b) Faltadeférias() c) Problemas comadatadasférias() d) Clima() e) Nãoháproblemasparairàpraia() 8Vocêpraticaalgumesporterelacionadocomapraia? a) Sim() b) Não() 9Qual? a) Surf() b) Bodyboard() c) Longboard() d) Sandboard() e) Ski() f) Kitesurf()g) Windsurf() h) Kaiaking() i) BeachVolei() j) Beach Soccer() l) Outros() 10Qualomaiorproblemaquevcencontraduranteaprátidedesteesporte? a) Habilidade() b) Custo()c) Distânciadolocal() d) CondiçõesClimáticas () e) Nenhum() 11Comquefreqüênciavaiàparquesaquáticos? a) Maisdeumavezpormês()b) Umavezpormês() c) Umavezacadatrês meses() d) Umavezacadaseismeses() e) Umavezporano() f) Menosdeuma vezporano() 12Vocêcostumafreqüentarparquesaquáticosemqueépoca? a) Verão() b) Inverno() c) Anotodo() 13Vocêcostumapraticaralgumaatividadefísicaemespecialnosparques aquáticos? a) Sim() b) Não()

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14Qual? a) Natação() b) Surf() c) Voleyball() d) Futebol() e) Outros() 15Oquevcgostariaquemelhorassenainfraestruturadosparquesaquáticos? a) Diversidade() b) Qualidade() c) Emoção() d) Radicalidade() e) Integração() 16Qualaatraçãodosparquesaquáticosquemaisaprecia? a) Tobogans() b) Piscinacomondas() c) Rioartificial() d) Piscinadehidromassagem()e) Piscinasnormais() f) Outrasatrações() 17Pq? 18Quaisosproblemasvocêidentificanosparquesaquáticos? a) Materialobsoleto() b) DifícilAcesso() c) Problemascom respeitoàhigiene() d) Faltadesegurança() e) Burocraciapraentrar() f) Faltadelocaispara alimentação() g) Outros()Quais? Ok! Obrigado(a),

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14.3 Anexo 3

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14.4 Anexo 4

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