Carteira Dividendos 30 De Abril De 2021
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Fernando A. Hadba, CFA, FRM - Estrategista Pessoa Física Carteira Dividendos 30 de abril de 2021 DESCRIÇÃO Esta carteira é recomendada para quem tem visão de longo prazo, isto é, não pretende vender suas ações em um curto espaço de tempo. Para quem tem essa disponibilidade e ACOMPANHAMENTO perfil mais conservador, uma alternativa é investir em empresas boas pagadoras de DA CARTEIRA dividendos. As ações recomendadas nesta carteira são de empresas pouco voláteis, com RENTABILIDADES1 baixo endividamento e que oferecem dividendos como forma de remuneração ao acionista. Período Carteira IBOV Ela conta com o Serviço de Rebalanceamento Mensal da Santander Corretora em que ao contratar o serviço, a sua carteira de ativos será rebalanceada sem que você precise comprar Abril +2,00% +3,23% e vender as ações de seu portfólio. Saiba mais. 2021 -4,42% +0,39% +26,42% +52,82% 12 meses OBJETIVO 24 meses -10,50% +25,05% O objetivo desta carteira é superar o índice Ibovespa a longo prazo. Para isso, o estrategista Desde o +145,09% +77,12% faz uma criteriosa análise fundamentalista que busca não apenas maximizar o dividend yield, Início mas também o ganho de capital e retorno com o aluguel de ações. As alterações podem ser feitas a qualquer momento, o que permite mais flexibilidade às recomendações. DESTAQUE DE ABRIL Dividend Yield: índice financeiro que ilustra o quanto uma empresa paga em dividendos em relação ao preço de VALE3 +13,04% suas ações a cada ano. ESTATÍSTICAS Início da Carteira 01/01/2011 PERFIL DO INVESTIDOR Meses com performance 62 de 123 superior ao (50,4%) Benchmark (IBOV) EXEMP CLASSIFICAÇÃO DE RISCO2 VANTAGENS Beta 0,80 Acúmulo de patrimônio a longo prazo: Fator multiplicador: ao receber os 1 investir em ações que pagam bons dividendos dividendos, o investidor tem a A rentabilidade da Carteira e do seu respectivo benchmark são calculados através do preço médio das pode ser um método eficaz de gerar riqueza. alternativa de reinvestir este valor na ações do primeiro dia útil após a publicação do relatório, e não pelo preço de fechamento do dia anterior. Dividendos não sofrem tributação de IR, pois compra de mais ações, resultando em 2 Referente aos últimos 12 meses. Glossário na penúltima a empresa já pagou o IR antes de distribuir os maiores dividendos à frente. A decisão página deste relatório. Fonte: Santander. lucros. Portanto, para declará-los basta final de reinvestir ou não os dividendos informar no quadro “Rendimentos Isentos e pagos fica a critério do investidor. Não Tributáveis”. RECOMENDAÇÃO PARA MAIO Percentual Preço-Alvo Div. Yield Empresa Setor Código Preço¹ Recomendado 2021 Estimado 2021 Alupar Energia & Saneamento ALUP11 12,00% R$ 26,96 R$ 31,63 5,23% BR Distribuidora Óleo & Gás BRDT3 14,00% R$ 22,67 R$ 29,00 5,74% Cyrela Construção Civil CYRE3 10,00% R$ 23,80 Em Revisão 6,53% Engie Brasil Energia & Saneamento EGIE3 12,00% R$ 41,21 R$ 49,17 8,58% Itaúsa Instituições Financeiras ITSA4 12,00% R$ 10,13 R$ 12,50 4,01% Klabin Papel & Celulose KLBN11 14,00% R$ 28,13 R$ 36,00 3,51% Vale Siderurgia & Mineração VALE3 14,00% R$ 110,80 R$ 120,00 9,75% Telefônica Brasil Telecomunicações VIVT3 12,00% R$ 43,35 R$ 61,00 6,71% (1) Preço médio do dia 30/04/2021. Para fins de cálculo da rentabilidade da Carteira e do seu respectivo benchmark, os mesmos serão calculados através do preço médio das ações do primeiro dia útil após a publicação do relatório, e não pelo preço de fechamento do dia anterior. Fonte: Santander. AÇÕES MANTIDAS NA CARTEIRA DIVIDENDOS Alupar (ALUP11) ▪ O setor de energia elétrica é historicamente um dos mais defensivos dentro da B3 e, indo além, dentre as três categorias que compõe o setor (Geração, Transmissão e Distribuição – GTD), a Transmissão é o mais resiliente e defensivo de todos. Nesse sentido, relembramos que a Alupar possui a concessão de 30 sistemas de transmissão, totalizando 7.929 km de linhas, por meio de concessões com prazo de 30 anos, localizados no Brasil e uma vitalícia na Colômbia. ▪ A empresa acredita ser possível terminar o projeto da Transmissora Caminho do Café (TCC) até o final de 2020, adicionando mais receitas ao portfólio, mas a Empresa Sudeste de Transmissão de Energia (ESTE), controlada indiretamente pela Alupar Investimento e a Taesa, não terá nenhuma antecipação (o projeto ainda depende de uma subestação de um terceiro). ▪ Além disso, a empresa ainda não vê motivos para vender o seu braço de Geração agora, pois (i) os efeitos da Covid-19 impactaram os preços no mercado; e (ii) não tem uma visibilidade clara de onde poderia alocar os recursos originados pelo processo de venda deste negócio. Entretanto, na eventual ocorrência desse evento, poderíamos esperar uma distribuição extraordinária de dividendos. ▪ Os resultados do 4T20 da Alupar vieram em linha com as estimativas. O EBITDA regulatório aumentou 27,2% a.a. (vs. nossas estimativas de +1,6%), refletindo principalmente (i) o início de novas operações; (ii) ajustes inflacionários; e (iii) expectativa de redução de receita de 50% em algumas unidades (ERTE, ENTE, STN e Transleste). A empresa também anunciou um pagamento total de dividendos de R$ 246 milhões (DPS de 0,84 e DY de 3,4%), que serão negociados ex-dividendo a partir de 28 de abril. Notamos que a empresa divulgou as estimativas do projeto Agreste Potiguar, com um Capex total de R$ 1,1 bilhão (R$ 5,14 milhões por MW) e uma capacidade assegurada de 110MW. ▪ Direcionadores: (i) aumento da geração de caixa; (ii) aumento dos pagamentos de dividendos; (iii) crescimento por meio de M&As e projetos novos (fontes eólica e solar seriam oportunidades em potencial); e (iv) alta do IGP-M tende a ter menor impacto no setor de Energia Elétrica. ▪ Riscos: (i) uma alta expressiva nas taxas de juros futuros no curto, o que diminuí a atratividade dos dividendos da companhia (vis-à-vis a rentabilidade de títulos de renda fixa); (ii) menores taxas de retorno (TIR) em futuros leilões de transmissão, que poderiam limitar o crescimento; (iii) riscos associados à construção e desenvolvimento de novos projetos; e (iv) desinvestimento do FI-FGTS. BR Distribuidora (BRDT3) ▪ A BR Distribuidora é líder no setor de distribuição de combustíveis no Brasil e está presente com mais de 8.000 postos de serviço em todo território nacional. Seu portfólio inclui desde combustíveis derivados de petróleo a produtos químicos. ▪ Para o 1T21, estimamos EBITDA ajustado de R$ 953 milhões, implicando adj. EBITDA/m³ de R$ 101 (vs. R$ 59/m³ no 1T20 e R$ 94/m³ no 4T20). Além disso, ganhos de estoque de ~R$ 35-39/m³ devem se traduzir em um EBITDA/m³ reportado que pode chegar a R$ 135-140. Esses resultados sólidos resultam de uma combinação de: (i) um aumento sólido de 3% no volume (com vendas maiores de óleo combustível levando a uma melhor lucratividade); e (ii) reduções de custos; apesar de (iii) menores volumes no segmento de varejo (afetando o ciclo Otto). Destacamos os itens não recorrentes de: (i) provisão de R$ 150 milhões referente à Samarco; (ii) impacto positivo tributário de ~ R $ 100 milhões; bem como (iii) um potencial impacto negativo de importação de hedges de ~R$ 50 milhões. ▪ Os resultados do 4T20 confirmaram algumas mudanças que estão ocorrendo na empresa, a exemplo do forte crescimento de volumes, ganhos de mercado e corte de custos permanentes de cerca de R$ 1 bilhão por ano. Este novo perfil permitirá crescimento em setores como energia, em especial gás, lojas de conveniência ou pagamento de dividendos. Adicionalmente a contratação de um novo CEO com larga experiência no mercado de energia permitirá reduzir o risco da expansão neste setor. ▪ A empresa reportou margem EBITDA de R$102/m³ no 4T20, em linha com as nossas estimativas, refletindo: (i) o aumento robusto de 3,5% a.a. em volumes que permitiu diluição de custos e ganhos de market share; e (ii) as iniciativas contínuas de corte de custos da empresa que já criaram uma economia de opex de ~R$ 1 bilhão/ano. Como resultado, a BRDT tornou-se uma das empresas de melhor desempenho no setor de distribuição de combustível - em meio a um 2020 desafiador para a indústria - ao mesmo tempo em que propõe pagamento de dividendos adicionais. ▪ Direcionadores: (i) novo CEO com larga experiência no mercado de energia; (ii) crescimento da operação de varejo com a JV com a Lojas Americanas; (iii) retomada econômica no quarto trimestre e melhora na venda de combustíveis; (iv) política de corte de custos e orçamento base zero da empresa; e (v) desregulamentação do mercado de gás no Brasil. ▪ Riscos: (i) venda da posição restante da Petrobras; (ii) grandes variações da taxa de câmbio entre compra e venda dos produtos; e (iii) política de preço dos combustíveis no Brasil que indiretamente pode afetar a empresa. Cyrela (CYRE3) ▪ A Cyrela é empresa do setor imobiliário com forte presença nacional, operando em 16 estados brasileiros, além de Argentina e Uruguai. Vemos a empresa como uma das mais bem posicionadas para se beneficiar da retomada do ciclo imobiliário, em função da combinação de balanço sólido, portfólio diversificado entre segmentos (da baixa a ultra alta renda) e sólida capacidade de execução. ▪ Embora a avaliação ao redor de 1,6x P/VPA (contra uma média de 1,5x para os seus pares) não seja exatamente barato, o principal motivo da manutenção no portfólio é a criação de valor aos acionistas com a realização dos recentes IPOs, além de possuir bom histórico de pagamento de dividendos. ▪ A Cyrela reportou sólidos resultados operacionais no 1T21. Apesar de os lançamentos terem registrado queda de 60% a.a.